SOARES, L. G. GESTÃO DE CASO APLICADA EM PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO. 158 f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Universidade Estadual de Maringá. Orientadora: Dra. Ieda Harumi Higarashi. Maringá, 2017.
RESUMO
Estudo com objetivo empregar e analisar a gestão de caso como estratégia de cuidado no pré-natal de alto risco. Desenvolvido por meio de uma pesquisa convergente assistencial. Realizado no município de Guarapuava-Pr, em um ambulatório do nível secundário de alto risco, nos domicílios e nas unidades básicas de saúde. Participaram do estudo, gestantes de alto risco residentes em Guarapuava-Pr. Primeiramente, coletou-se dados quantitativos com o objetivo de coletou-selecionar as gestantes para o posterior emprego da gestão de caso, segundo momento de pesquisa. Foram incluídas 314 gestantes, as quais foram entrevistadas no ambulatório, no primeiro semestre de 2017. Os dados desta fase do estudo permitiram identificar as gestantes que apresentavam condições clínicas não controladas/estabilizadas ou presença de malformações ou intercorrências que poderiam levar a complicações gestacionais e/ou fetais, em associação com escolaridade materna menor que quatro anos e/ou ter tido um filho natimorto, sendo estes os critérios definidos para inclusão na gestão de caso. Seis gestantes foram acompanhadas por meio da gestão de caso, período de abril a agosto de 2017. Esta etapa permitiu a realização de ações assistenciais que convergiram com a pesquisa em questão. A coleta de dados qualitativos foi realizada por meio de observação-participante e registros em diário de campo. A tomada de notas de campo foi utilizada para registrar os dados coletados, os quais foram analisados pelo processo de apreensão, síntese, teorização e transferência, tal qual preconizado pela pesquisa convergente assistencial. O emprego da gestão de caso convergiu para duas categorias: aproximação entre gestão de caso e gestações de alto risco complexa; e a gestão de caso como ferramenta potencializadora da Rede de Atenção à Saúde Materno-Infantil. Já o resultado do perfil das 314 gestantes, foi analisado por estatística descritiva, frequência absoluta e relativa determinou quanto às variáveis demográficas, socioeconômicas: idade de 20 a 34 anos (66,9%); brancas (48,4%); com companheiro (89,2%); escolaridade entre 5 e 9 anos (47,1%); desempregadas/do lar (54,5%); renda de 2 salários mínimos (42%). Quanto ao histórico de saúde: doenças crônicas não transmissíveis (46,2%); procura rara pelos serviços de saúde (56,1%). Quanto ao histórico de saúde e obstétrico: primigestas (28%) ou tinha tido uma gestação (28,3%); reincidência de gestação de alto risco (33,4%); planejamento familiar (51,6%) gestações não planejadas (58,8%); IMC gestacional de obesidade (36,7%). Quanto à causa: doença hipertensiva específica da gestação (19,3%); hipertensão arterial crônica (15,3%). Sobre a assistência pré-natal atual: iniciaram pré-natal no primeiro trimestre (69,1%); quatro ou mais consultas (44,6%); sem acompanhamento pela atenção primária UBS (78%); não participaram de educação em saúde (76,1%). Os resultados permitiram concluir que dentre uma população estratificada como alto risco, coexistem
algumas gestantes que apresentam condições clínicas e sociais consideradas complexas, as quais exigem um cuidado diferenciado. A gestão de caso demonstrou efeitos positivos ao reconhecer e intervir nas situações complexas e potencializou a utilização da rede de serviços. De modo geral, a população feminina em idade fértil necessita de ações de promoção à saúde e prevenção de doenças, não somente no ciclo gravídico-puerperal. A atenção primária precisa fortalecer o cuidado à gestante de alto risco, juntamente com o nível secundário.
Palavras-chave: Cuidado Pré-Natal; Enfermagem; Gravidez de Alto Risco; Saúde Materno-Infantil
SOARES, L. G. CASE MANAGEMENT APPLIED IN HIGH-RISK PRENATAL CARE. 158 p. Thesis (PhD in Nursing) – State University of Maringá. Advisor: Dr. Ieda Harumi Higarashi. Maringá, 2017.
ABSTRACT
This study aimed to apply and analyze case management as a high-risk prenatal care strategy. It was developed through convergent care research and was carried out in the city of Guarapuava-PR, Brazil, in an outpatient clinic of the secondary level of high-risk, at the patients’ homes, and in basic health units. Participants comprised high-risk pregnant women living in Guarapuava-PR. Initially, quantitative data were collected to select the pregnant women for the subsequent use of case management, the second phase of research. A total of 314 pregnant women were interviewed in the outpatient clinic in the first semester of 2017. Data from this phase of the study enabled to identify the pregnant women who had uncontrolled/stabilized clinical conditions or the presence of malformations or intercurrences that could lead to gestational and/or fetal complications, in association with maternal education of less than four years and/or have had a stillborn child, these being the inclusion criteria defined for the case management. Six pregnant women were followed-up through case management, from April to August 2017. This stage allowed the implementation of care actions that converged with this research. Qualitative data collection occurred through participant observation and field diary records. Field notes were used to record the collected data, which were analyzed by the process of apprehension, synthesis, theorization, and transfer, as recommended by the convergent care research. The implementation of case management converged to two categories: approach between case management and complex high-risk pregnancies; and case management as a tool to improve the Maternal and Child Health Care Network. Results of the profile of the 314 pregnant women were analyzed by descriptive statistics, absolute and relative frequency, according to demographic and socioeconomic variables: aged from 20 to 34 years (66.9%); Caucasians (48.4%); with partner (89.2%); between 5 and 9 years of education (47.1%); unemployed/housewives (54.5%); income of 2 minimum wages (42%). Regarding health history: chronic noncommunicable diseases (46.2%); demand for health services (56.1%). Concerning health and obstetric history: primigravida (28%) or had one pregnancy (28.3%); recurrence of high-risk pregnancy (33.4%); family planning (51.6%); unplanned pregnancies (58.8%); gestational obesity BMI (36.7%). As for the cause: specific hypertensive disease of pregnancy (19.3%); chronic hypertension (15.3%). About current prenatal care: started prenatal care in the first trimester (69.1%); four or more consultations (44.6%); without follow-up by primary care BHU (78%); did not participate in health education (76.1%). The results enabled to conclude that among a population stratified as high-risk, coexist some pregnant women who present clinical and social conditions considered complex, thus requiring a distinctive care. Case management revealed positive effects in recognizing and intervening in complex
situations and enhancing the use of the service network. Overall, the female population of childbearing age needs actions for health promotion and disease prevention, not only in the pregnancy-puerperal cycle. Primary care needs to strengthen care for high-risk pregnant women, along with the secondary care.
SOARES, L. G. GESTIÓN DE CASO APLICADA EN PRENATAL DE ALTO RIESGO. 158 f. Tesis (Doctorado en Enfermería) - Universidad Estatal de Maringá. Orientadora: Dra. Ieda Harumi Higarashi. Maringá, 2017
RESUMEN
Estudio con objetivo de emplear y analizar la gestión de casos como estrategia de cuidado en el prenatal de alto riesgo. Desarrollado a través de investigación convergente asistencial, llevado a cabo en el municipio de Guarapuava-PR, Brasil, en ambulatorio del nivel secundario de alto riesgo, en los domicilios y en las unidades básicas de salud. Participaron del estudio gestantes de alto riesgo residentes en Guarapuava-PR, Brasil. En primer lugar, se recogieron datos cuantitativos con objetivo de seleccionar a las gestantes para el posterior empleo de la gestión de caso, segundo momento de investigación. Se incluyeron 314 gestantes, las cuales fueron entrevistadas en el ambulatorio, en el primer semestre de 2017. Datos de esta fase del estudio permitieron identificar a las gestantes que presentaban condiciones clínicas no controladas/estabilizadas o presencia de malformaciones o intercurrencias que podrían llevar a complicaciones gestacionales y/o fetales, en asociación con escolaridad materna menor de cuatro años y/o haber tenido un hijo nacido muerto, siendo estos los criterios definidos para inclusión en la gestión de casos. Seis gestantes fueron acompañadas por medio de la gestión de caso, período de abril a agosto de 2017. Esta etapa permitió la realización de acciones asistenciales que convergieron con la investigación en cuestión. Recolección de datos cualitativos realizada por medio de observación-participante y registros en diario de campo. La toma de notas de campo fue utilizada para registrar los datos recolectados, los cuales fueron analizados por el proceso de aprehensión, síntesis, teorización y transferencia, tal cual preconizado por la investigación convergente asistencial. El empleo de la gestión de caso ha convergido para dos categorías: aproximación entre gestión de casos y gestaciones de alto riesgo compleja; y la gestión de caso como herramienta fortalecedora de la Red de Atención a la Salud Materno-Infantil. El resultado del perfil de las 314 gestantes fue analizado por estadística descriptiva, frecuencia absoluta y relativa, determinándose en cuanto a las variables demográficas, socioeconómicas: edad de 20 a 34 años (66,9%); blancas (48,4%); con compañero (89,2%); escolaridad entre 5 y 9 años (47,1%); desempleadas/ el hogar (54,5%); renta de dos salarios mínimos (42%). En cuanto al historial de salud: enfermedades crónicas no transmisibles (46,2%); búsqueda rara por servicios de salud (56,1%). En cuanto al histórico de salud y obstétrico: primigestas (28%) o había tenido una gestación (28,3%); reincidencia de gestación de alto riesgo (33,4%); planificación familiar (51,6%); gestaciones no planificadas (58,8%); IMC gestacional de obesidad (36,7%). En cuanto a la causa: enfermedad hipertensiva específica de la gestación (19,3%); hipertensión arterial crónica (15,3%). Sobre la asistencia prenatal actual: iniciaron prenatal en el primer trimestre (69,1%); cuatro o más consultas (44,6%); sin seguimiento por la atención primaria UBS (78%); no participaron de educación en salud (76,1%). Los resultados permitieron concluir que, entre una población estratificada como alto riesgo, coexisten algunas gestantes que presentan condiciones clínicas y
sociales consideradas complejas, las cuales exigen cuidado diferenciado. La gestión de caso demostró efectos positivos al reconocer e intervenir en situaciones complejas y potenció la utilización de la red de servicios. En general, la población femenina en edad fértil necesita de acciones de promoción a la salud y prevención de enfermedades, no sólo en el ciclo gravídico-puerperal. La atención primaria debe fortalecer la atención a la gestante de alto riesgo, junto con el nivel secundario.
Palabras clave: Atención Prenatal; Enfermería; Embarazo de Alto Riesgo; Salud Materno-Infantil
