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Análise da conformidade do sistema de proteção contra descargas atmosféricas em edifícios residenciais na cidade de Campo Mourão (Paraná)

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Academic year: 2021

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ARCIO ALONSO DE ABREU VIEIRA

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ALISE DA CONFORMIDADE DO SISTEMA DE PROTEC

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CONTRA DESCARGAS ATMOSF ´

ERICAS EM EDIF´ICIOS

RESIDENCIAIS NA CIDADE DE CAMPO MOUR ˜

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TRABALHO DE CONCLUS ˜

AO DE CURSO

CAMPO MOUR ˜AO 2018

(2)

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ALISE DA CONFORMIDADE DO SISTEMA DE PROTEC

¸ ˜

AO

CONTRA DESCARGAS ATMOSF ´

ERICAS EM EDIF´ICIOS

RESIDENCIAIS NA CIDADE DE CAMPO MOUR ˜

AO (PARAN ´

A)

Trabalho de Conclus˜ao de Curso de Graduac¸˜ao apre-sentado `a Disciplina de Trabalho de Conclus˜ao de Curso 2, do Curso Superior de Engenharia Civil do Departamento Acadˆemico de Construc¸˜ao Civil -DACOC - da Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a - UTFPR, para obtenc¸˜ao do t´ıtulo de Bacha-rel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Esp. Evandro Luis Volpato

CAMPO MOUR ˜AO 2018

(3)

TERMO DE APROVAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso

ANÁLISE DA CONFORMIDADE DO SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS EM EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS NA CIDADE DE CAMPO MOURÃO

(PARANÁ) por

Márcio Alonso de Abreu Vieira

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado às 17h do dia 03 de Julho de 2018 como requisito parcial para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL, pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

Prof. Me. Valdomiro L. Kurta Prof. Me. Luiz Becher

(UTFPR) (UTFPR)

Prof. Esp. Evandro Luis Volpato (UTFPR)

Orientador

Responsável pelo TCC: Prof. Me. Valdomiro Lubachevski Kurta

Coordenador do Curso de Engenharia Civil: Prof. Dr. Ronaldo Rigobello

A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso.

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Campo Mourão

Diretoria de Graduação e Educação Profissional Departamento Acadêmico de Construção Civil

(4)

Agradec¸o primeiramente a Deus, que me proporcionou o privil´egio e oportunidade de ter vindo estudar em Campo Mour˜ao. Que me deu forc¸a, sabedoria e discernimento para supe-rar os obst´aculos. A Primeira Igreja Batista de Campo Mour˜ao e membros que me “adotaram” e foram uma fam´ılia para mim, me proporcionando carinho e assistˆencia.

Um agradecimento especial aos meus pais, Alba e Marcos, e a minha irm˜a ´Agatha que sempre me deram total apoio e suporte para a realizac¸˜ao de um sonho. Apesar da distˆancia, se fizeram presente em todos os momentos de dificuldade e acreditaram em meu potencial. Sem eles essa conquista n˜ao seria poss´ıvel e n˜ao tenho palavras que possa descrever o quanto eu gostaria de agradecer.

Aos meus amigos e colegas que compartilharam momentos bons e ruins, conhecimen-tos e hist´orias ao longo desses anos que nunca ser˜ao esquecidas. Fica o meu sincero agradeci-mento, vocˆes fazem parte dessa conquista.

Ao Professor e Orientador Evandro Luis Volpato, pela oportunidade, paciˆencia, con-fianc¸a e ensinamentos transmitidos durante o desenvolvimento desse trabalho. Estendendo tamb´em aos professores do Departamento de Construc¸˜ao Civil (DACOC) por todo conheci-mento compartilhado durante esses anos.

Por fim, a Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a (UTFPR), que me ofereceu toda estrutura (f´ısica, aux´ılio financeiro, alimentac¸˜ao e aux´ılio psicol´ogico) e principalmente conhecimento. Obrigado pelo ensejo de estar prestes a exercer a profiss˜ao que almejei.

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VIEIRA, M´arcio. AN ´ALISE DA CONFORMIDADE DO SISTEMA DE PROTEC¸ ˜AO CON-TRA DESCARGAS ATMOSF ´ERICAS EM EDIF´ICIOS RESIDENCIAIS NA CIDADE DE CAMPO MOUR ˜AO (PARAN ´A). 85 f. Trabalho de Conclus˜ao de Curso – , Universidade Tec-nol´ogica Federal do Paran´a. Campo Mour˜ao, 2018.

A norma mais recente sobre Sistema de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´ericas, a ABNT NBR 5419 (2015), oferece uma gama de informac¸˜oes complexas e minuciosas para c´alculo da necessidade de protec¸˜ao e dimensionamento de um SPDA em comparac¸˜ao com a norma do ano de 2005 (´ultima norma vigente). A maioria dos edif´ıcios de Campo Mour˜ao foram constru´ıdos antes da vigˆencia da norma atual, portanto h´a um resguardo sobre o atual sistema de protec¸˜ao dos edif´ıcios, pois podem estar em desconformidade. Diante disso, este trabalho tem o intuito de coletar os dados por meio de inspec¸˜ao visual para uma avaliac¸˜ao do Sistema de Protec¸˜ao. Ap´os a realizac¸˜ao da inspec¸˜ao e a realizac¸˜ao dos c´alculos, n˜ao foi encontrada nenhuma edificac¸˜ao que apresentasse os requisitos m´ınimos exigidos pela norma.

Palavras-chave: Sistema de Protec¸˜ao, Descarga Atmosf´erica, ABNT NBR 5419, Pesquisa de Campo, Campo Mour˜ao

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VIEIRA, M´arcio. ANALYSIS OF THE CONFORMITY OF THE PROTECTION SYSTEM AGAINST ATMOSPHERIC DISCHARGES IN RESIDENTIAL BUILDINGS IN THE CITY OF CAMPO MOUR ˜AO (PARAN ´A). 85 f. Trabalho de Conclus˜ao de Curso – , Universidade Tecnol´ogica Federal do Paran´a. Campo Mour˜ao, 2018.

The current standard about Protection Systems against Atmospheric Discharges, ABNT NBR 5419 (2015), provides more information for calculations of the protection needed and the de-sign of a SPDA when compared to the 2005’s standard (the previous one). Most buildings of Campo Mour˜ao were built before the current standard, therefore the systems used on buildings nowadays may not meet the current standard. Therefore, this work intends to collect the data through visual inspection for an evaluation of the Protection System. After the inspection and the calculations, no building was found that presented the minimum requirements required by the standard.

Keywords: Protection System, Atmospheric Discharges, ABNT NBR 5419, Field Research, Campo Mour˜ao

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FIGURA 1 Atividade do raio no campo de vis˜ao do LIS de 1998 - 2013 . . . 13 –

FIGURA 2 Induc¸˜ao de cargas positivas no solo . . . 14 –

FIGURA 3 Captor tipo Franklin . . . 18 –

FIGURA 4 Angulo de protec¸˜ao correspondente `a classe de protec¸˜ao . . . 19ˆ –

FIGURA 5 Instalac¸˜ao gen´erica dos elementos . . . 21 –

FIGURA 6 Gr´afico 1 - Existˆencia de projeto . . . 28 –

FIGURA 7 Gr´afico 2 - N´ıvel de Protec¸˜ao . . . 29 –

FIGURA 8 Gr´afico 3 - Elementos do Subsistema de Captac¸˜ao . . . 29 –

FIGURA 9 Subsistema de Captac¸˜ao . . . 30 –

FIGURA 10 Gr´afico 4 - ´Area da cobertura a ser protegida . . . 31 –

FIGURA 11 Protec¸˜ao no per´ımetro da caixa d’´agua . . . 31 –

FIGURA 12 Gr´afico 5 - Situac¸˜ao do Dimensionamento dos Condutores do Subsistema de Captac¸˜ao . . . 32 –

FIGURA 13 Subsistema de Descida . . . 33 –

FIGURA 14 Emenda no Subsistema de Descida . . . 33 –

FIGURA 15 Conex˜ao de ensaio . . . 34 –

FIGURA 16 Gr´afico 6 - Estrutura de aterramento interligado . . . 35 –

FIGURA 17 Gr´afico 7 - Eletrodo afastado corretamente da parede externa . . . 35 –

FIGURA 18 Caixa de inspec¸˜ao . . . 36 –

FIGURA 19 Corros˜ao no subsistema de aterramento . . . 36 –

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TABELA 1 Relac¸˜ao entre n´ıveis de protec¸˜ao para descargas atmosf´ericas e classe de SPDA . . . 17 –

TABELA 2 Valores m´aximos dos raios da esfera rolante, tamanho da malha e ˆangulo de protec¸˜ao correspondente a classe do SPDA . . . 19 –

TABELA 3 Valores t´ıpicos de distˆancia entre os condutores de descida e entre os an´eis condutores de acordo com a classe do SPDA . . . 20 –

TABELA 4 Material, configurac¸˜ao e ´area de sec¸˜ao m´ınima dos condutores de captac¸˜ao, hastes captoras e condutores de descida . . . 22 –

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ABNT Associac¸˜ao Brasileira de Normas T´ecnicas NBR Norma Brasileira

PR Paran´a

SPDA Sistema de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´ericas NASA National Aeronautics and Space Administration LIS Lightning Imaging Sensor

TRMM Tropical Rainfall Measuring Mission ELAT Grupo de Eletricidade Atmosf´erica INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais MTE Minist´erio do Trabalho e emprego

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia CC C´odigo Civil

CDC C´odigo de Defesa do Consumidor NR Norma Regulamentadora

(10)

1 INTRODUC¸ ˜AO . . . 10 2 OBJETIVOS . . . 11 2.1 Objetivo Geral . . . 11 2.2 Objetivos Espec´ıficos . . . 11 3 JUSTIFICATIVA . . . 12 4 REFERENCIAL TE ´ORICO . . . 14

4.1 Origem e Formac¸˜ao do Raio . . . 14

4.2 Incidˆencia de Raios no Brasil . . . 15

4.3 Avaliac¸˜ao da Necessidade de Protec¸˜ao . . . 15

4.4 Medidas de Protec¸˜ao . . . 16

4.5 Sistema de Protec¸˜ao Contra Descargas Atmof´ericas . . . 16

4.5.1 Classe do SPDA . . . 17 4.5.2 Tipos de SPDA . . . 17 4.5.3 Elementos do SPDA . . . 18 4.5.3.1 Subsistema de Captc¸˜ao . . . 18 4.5.3.2 Subsistema de Descida . . . 20 4.5.3.3 Subsistema de Aterramento . . . 21 4.5.4 Materiais e Dimens˜oes . . . 22

4.5.5 Leis, Normas T´ecnicas e Recomendac¸˜oes Aplic´aveis ao SPDA . . . 24

5 MATERIAL E M ´ETODOS . . . 26

6 APRESENTAC¸ ˜AO E DISCUSS ˜AO DOS RESULTADOS . . . 27

6.1 Contato com os Respons´aveis Pelos Edif´ıcios . . . 27

6.2 Projeto . . . 27 6.3 Gerenciamento de Risco . . . 28 6.4 Subsistema de Captac¸˜ao . . . 29 6.5 Subsistema de Descida . . . 32 6.6 Subsistema de Aterramento . . . 34 6.7 Componentes . . . 36 6.8 Relat´orio Final . . . 37

6.8.1 Projeto e N´ıvel de Protec¸˜ao . . . 37

6.8.2 Subsistema de Captac¸˜ao . . . 38 6.8.3 Subsistema de Descida . . . 39 6.8.4 Subsistema de Aterramento . . . 40 7 CONCLUS ˜AO . . . 41 REFER ˆENCIAS . . . 43 Apˆendice A -- DECLARAC¸ ˜AO . . . 45

Apˆendice B -- RELAT ´ORIO DE INSPEC¸ ˜AO DO SPDA . . . 47

Apˆendice C -- RELAT ´ORIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO . . . 49

Apˆendice D -- PLANILHA DE C ´ALCULO DO GERENCIAMENTO DE RISCO . . . 50

D.1 Edif´ıcio A . . . 50

(11)

D.5 Edif´ıcio E . . . 62 D.6 Edif´ıcio F . . . 65 D.7 Edif´ıcio G . . . 68 D.8 Edif´ıcio H . . . 71 D.9 Edif´ıcio I . . . 74 D.10Edif´ıcio J . . . 77 D.11Edif´ıcio K . . . 80 D.12Edif´ıcio L . . . 83

(12)

1 INTRODUC¸ ˜AO

A descarga el´etrica atmosf´erica (raio) ´e um fenˆomeno da natureza totalmente impre-vis´ıvel e aleat´orio, tanto em relac¸˜ao `as suas caracter´ısticas el´etricas (intensidade de corrente, tempo de durac¸˜ao, etc), como em relac¸˜ao aos efeitos destruidores decorrentes de sua incidˆencia sobre as edificac¸˜oes (TERMOT ´ECNICA, 2001).

H´a milhares de anos os raios s˜ao observados e estudados, mas pouco progresso foi ob-tido com esses estudos, onde as grandes dificuldades s˜ao compreender um fenˆomeno que ocorre em um curto per´ıodo de tempo e em locais aleat´orios (KINDERMANN, 1997).

Apesar de todas as pesquisas e descobertas realizadas, n˜ao ´e poss´ıvel impedir que um raio caia sobre uma determinada edificac¸˜ao. No entanto, toda a cautela na captac¸˜ao e conduc¸˜ao segura do raio ao solo ´e pertinente, dado que o sistema de protec¸˜ao contra descar-gas atmosf´ericas (SPDA) pode minimizar ou neutralizar os danos.

No Brasil, a extens˜ao territorial, a localizac¸˜ao pr´oxima `a linha do equador e algumas outras particularidades f´ısicas e climatol´ogicas, fazem deste, um dos pa´ıses de maior incidˆencia de descargas atmosf´ericas (SOUZA, 2014).

Portanto, a norma exige que se fac¸a uma an´alise da necessidade do uso de um sistema de protec¸˜ao. Havendo a necessidade, deve ter um SPDA instalado, mesmo nas edificac¸˜oes an-tigas. Sendo que a inexistˆencia desse equipamento podem originar preju´ızos, acidentes e at´e risco de morte para quem vive no condom´ınio.

Sem essa protec¸˜ao, ou com um sistema inadequado, o raio pode danificar a estrutura do edif´ıcio e percorrer as instalac¸˜oes el´etricas. A falha do SPDA tamb´em p˜oe em risco pessoas que estiverem circulando pelas dependˆencias do condom´ınio no momento da queda do raio.

Dessa forma, o presente estudo tem por finalidade expor uma an´alise do SPDA dos edif´ıcios a fim de verificar a conformidade. A norma destaca v´arios sistemas de protec¸˜ao que podem ser aplicados para a protec¸˜ao da edificac¸˜ao, de acordo com a classsificac¸˜ao de gerencia-mento de risco.

(13)

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar a conformidade, em relac¸˜ao `a ABNT NBR 5419 (2015), do Sistema de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´ericas de edif´ıcios localizados na cidade de Campo Mour˜ao – Paran´a (PR).

2.2 Objetivos Espec´ıficos

• Averiguar se h´a documentac¸˜ao existente do SPDA (Sistema de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´ericas;

• Avaliar tecnicamente o SPDA dos edif´ıcios;

(14)

3 JUSTIFICATIVA

Atualmente a sociedade est´a extremamente dependente dos equipamentos eletrˆonicos sens´ıveis, e estes por sua vez, mais suscept´ıveis aos efeitos das tempestades atmosf´ericas; in-terferˆencias geradas por manobras na rede el´etrica, acionamento de motores e campos eletro-magn´eticos, por isso a necessidade de se projetar, instalar e manter esses equipamentos de acordo com as normas t´ecnicas vigentes (PATR´ICIO, 2016).

Quando uma descarga atmosf´erica atinge diretamente uma edificac¸˜ao, al´em dos pro-blemas que podem causar nos equipamentos eletrˆonicos, existe tamb´em o risco de morte de seres vivos e o comprometimento da estrutura da edificac¸˜ao (PATR´ICIO, 2016).

Desta forma, torna-se relevante os dados estat´ısticos sobre raios no Brasil. Visto que contribui de forma significativa para o processo de tomada de decis˜ao, pois grande parte do que se faz ´e baseado em m´etodos quantitativos (IGN ´ACIO, 2010).

A National Aeronautics and Space Administration 1 (NASA) utiliza a tecnologia do Lightning Imaging Sensor 2 (LIS), que ´e um sensor de raio baseado no espac¸o a bordo do sat´elite Tropical Rainfall Measuring Mission (TRMM). O instrumento LIS registra o tempo de ocorrˆencia de um evento de raio, mede a energia radiante e estima a localizac¸˜ao durante as condic¸˜oes diurna e noturna com alta eficiˆencia de detecc¸˜ao.

A Figura 1 mostra a atividade do raio no campo de vis˜ao do LIS. Conforme o Grupo de Eletricidade Atmosf´erica (ELAT) – ligado ao Instituto de Pesquisas Espaciais3 (INPE) - a regi˜ao Sudeste e Sul do Brasil ´e a que possui maior densidade de descarga atmosf´erica no Pa´ıs. De acordo com o ELAT, o territ´orio brasileiro ´e atingido por cerca de 50 milh˜oes de raios, que acertam, em m´edia, 500 pessoas e um grande n´umero de edificac¸˜oes. S˜ao 130 mortes e mais de 200 feridos por ano (2000 – 2014), sem contar os preju´ızos financeiros gerados para o Pa´ıs.

Com n´umeros expressivos de mortes e danos causados pelas descargas atmosf´ericas, destaca-se a importˆancia da utilizac¸˜ao do SPDA nas edificac¸˜oes para a seguranc¸a das pessoas e consequentemente da estrutura.

1Administrac¸˜ao Nacional do Espac¸o e da Aeron´autica 2Sensor de Imagem Relˆampago

(15)

Figura 1: Atividade do raio no campo de vis˜ao do LIS de 1998 - 2013

(16)

4 REFERENCIAL TE ´ORICO

4.1 Origem e Formac¸˜ao do Raio

Para Souza (2014) , a maneira simplificada, por´em cl´assica, de explicar a origem das descargas atmosf´ericas ´e considerar a descarga como um rompimento da isolac¸˜ao do ar entre duas superf´ıcies carregadas eletricamente e com polaridades opostas.

Segundo Kindermann (1997) , a nuvem carregada, induz no solo cargas positivas, que ocupam uma ´area correpondente ao tamanho da nuvem. Como a nuvem ´e arrastada pelo vento, a regi˜ao de cargas positivas no solo acompanha o deslocamento da mesma, formando pratica-mente uma sombra de cargas positivas que segue a nuvem. Ver Figura 2.

Figura 2: Induc¸˜ao de cargas positivas no solo

Fonte: Kindermann (1997)

Neste deslocamento, as cargas positivas induzidas v˜ao escalando ´arvores, pontes, edi-f´ıcios, para-raios, morros, etc..., ou seja, o solo sob a nuvem fica com carga positiva. Entre a nuvem e a terra formam-se diferenc¸as de potenciais que variam de 10 a 1.000.000 kV, sendo que a nuvem se encontra entre 300 e 5.000 metros de altura. Nota-se que para a descarga se efetuar n˜ao ´e necess´ario que o gradiente de tens˜ao (campo el´etrico) seja superior `a rigidez diel´etrica de toda a camada de ar entre a nuvem e o solo, bastando, para isto, um campo el´etrico bem menor. Isto ´e explicado pelo fato de o ar entre a nuvem e a terra n˜ao ser homogˆeneo, pois cont´em grande quantidade de impurezas, umidade e ar ionizado, que est˜ao em constante agitac¸˜ao. Com isto, o ar entre a nuvem e a terra fica muito “enfraquecido”, e um campo el´etrico menor ja ´e suficiente para que o raio consiga perfurar o ar e descarregar na terra (KINDERMANN, 1997).

(17)

A queda do raio se d´a devido ao fato da camada de ar, durante uma tespestade, estar “enfraquecida”. Primeiramente pequenos t´uneis de ar ionizado ficam, pelo poder das pontas, com alta concentrac¸˜ao de cargas que v˜ao, aos poucos, furando a camada de ar a procura dos caminhos de menor resistˆencia, isto ´e, os t´uneis ionizados, tentando se aproximar das cargas positivas do solo (KINDERMANN, 1997).

A maioria dos raios ocorre entre nuvens, formando descargas paralelas `a surperf´ıcie do solo. Isto se d´a durante uma tempestade, onde nuvens se aproximam a uma distˆancia tal que a rigidez do ar ´e quebrada pelo alto gradiente de tens˜ao, com a consequente formac¸˜ao do raio, ocorrendo a neutralizac¸˜ao das nuvens. Pr´oximo do Equador, da totalidade de raios de uma tempestade a maioria ocorrem entre nuvens do que entre nuvens e a terra. J´a com o aumento da latitude esta tendˆencia diminui (KINDERMANN, 1997).

4.2 Incidˆencia de Raios no Brasil

O estudo, realizado pelo ELAT, compara dados do primeiro levantamento de mortes por raios, referente ao per´ıodo de 2000 a 2009, com dados do segundo levantamento (citados na sec¸˜ao 3), referente ao per´ıodo de 2000 a 2014. Os resultados evidenciam que as mortes por raios no Brasil est˜ao diminuindo e o perfil e regi˜ao das fatalidades est˜ao mudando (INPE, 2015). No primeiro levantamento eram 132 casos de mortes por raios em m´edia por ano contra 111 no segundo. As v´ıtimas tamb´em tˆem diminu´ıdo de idade consideravelmente. Nos primeiros dez anos 40% das v´ıtimas tinham at´e 24 anos, j´a nos ´ultimos 15 anos o n´umero passou para 68%. As circunstˆancias das mortes tamb´em alteraram (INPE, 2015).

Os dados mais recentes mostram que mais pessoas tˆem morrido dentro de casa, 12% no primeiro levantamento contra 19% no segundo, e praticando atividades de agropecu´arias (19% contra 25%) (INPE, 2015).

Al´em do preju´ızo inestim´avel pela perda de vidas, as descargas atmosf´ericas ainda causam muitos preju´ızos materiais. Milh˜oes de reais s˜ao gastos todos os anos com reparos a linhas de transmiss˜ao, subestac¸˜oes, sistemas de distribuic¸˜ao, telefonia e telecomunicac¸˜oes, ind´ustrias e propriedades privadas (ST ´EFANI, 2011).

4.3 Avaliac¸˜ao da Necessidade de Protec¸˜ao

A avaliac¸˜ao da necessidade ou n˜ao do sistema de protec¸˜ao contra descargas atmosf´e-ricas se d´a atrav´es da ABNT NBR 5419 (2015), Parte 2: Gerenciamento de risco, na qual ´e desenvolvido propriamente dito a an´alise de risco da edificac¸˜ao e ap´os essa an´alise, deve-se

(18)

verificar se o valor do risco calculado est´a dentro do risco toler´avel pela norma ou n˜ao.

Se o risco calculado for menor que o risco toler´avel, a instalac¸˜ao do sistema de protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas n˜ao ´e necess´aria.

Caso contr´ario, medidas de protec¸˜ao devem ser adotadas no sentido de reduzir o risco calculado para todos os quais a estrutura est´a sujeita.

No caso em que o risco n˜ao possa ser reduzido a um n´ıvel toler´avel, o propriet´ario deve ser informado e o mais alto n´ıvel de protec¸˜ao deve ser providenciado para a instalac¸˜ao.

4.4 Medidas de Protec¸˜ao

Medidas de protec¸˜ao s˜ao direcionadas para reduzir o risco de acordo com o tipo de dano e devem ser consideradas efetivas somente se elas estiverem conforme os requisitos das seguintes normas:

• ABNT NBR 5419 (2015), Parte 3: para protec¸˜ao contra ferimentos de seres vivos e danos f´ısicos `a estrutura;

• ABNT NBR 5419 (2015), Parte 4: para protec¸˜ao contra falhas de sistemas eletroe-letrˆonicos.

A selec¸˜ao da maioria das medidas de protec¸˜ao adequadas deve ser feita pelo projetista de acordo com a participac¸˜ao de cada componente de risco e de acordo com aspectos t´ecnicos e econˆomicos das diferentes medidas de protec¸˜ao. Parˆametros cr´ıticos devem ser identificados com o objetivo de determinar as medidas mais eficientes para reduzir o risco.

4.5 Sistema de Protec¸˜ao Contra Descargas Atmof´ericas

O Sistema de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´ericas protege as edificac¸˜oes, equipa-mentos, instalac¸˜oes el´etricas e de telecomunicac¸˜oes, reduzindo os danos impostos `as estrutu-ras, os impactos dos desligamentos e manutenc¸˜oes corretivas. Esses sistemas tem a func¸˜ao de protec¸˜ao, captando e direcionando a corrente el´etrica proveniente da queda de raios para siste-mas de aterramento (SOUZA, 2014).

A primeira func¸˜ao ´e neutralizar n˜ao s´o o poder de atrac¸˜ao das pontas, mas tamb´em o crescimento do gradiente de potencial el´etrico entre o solo e as nuvens, por meio do permanente escoamento de cargas el´etricas para a terra. A segunda func¸˜ao ´e oferecer `a descarga el´etrica um caminho preferˆencia, de baixa impedˆancia, reduzindo os riscos decorrentes da sua incidˆencia (SOUZA, 2014).

(19)

No Brasil a ABNT NBR 5419 (2015) que regulamenta e estabelece as diretrizes so-bre as instalac¸˜oes do sistema de protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas. S˜ao encontradas orientac¸˜oes sobre dimensionamento, elaborac¸˜ao de projetos, instalac¸˜ao e manutenc¸˜ao de SPDA.

4.5.1 Classe do SPDA

As caracter´ısticas de um SPDA s˜ao determinadas pelas caracter´ısticas da estrutura a ser protegida e pelo n´ıvel de protec¸˜ao considerado para descargas atmosf´ericas. A Tabela 1 apresenta as quatro classes de SPDA (I a IV) e que correspondem aos n´ıveis de protec¸˜ao para descargas atmosf´ericas definidos na ABNT NBR 5419-1 (2015).

Tabela 1: Relac¸˜ao entre n´ıveis de protec¸˜ao para descargas atmosf´ericas e classe de SPDA N´ıvel de Protec¸˜ao Classe de SPDA

I I

II II

III III

IV IV

Fonte: ABNT NBR 5419 (2015)

A classe do SPDA requerido deve ser escolhida com base em uma avaliac¸˜ao de risco. Ver ABNT NBR 5419-2 (2015).

4.5.2 Tipos de SPDA

Segundo Mamede (2013), os projetos de um sistema externo de protec¸˜ao contra descar-gas atmosf´ericas podem ser definidos, de forma geral, por dois diferentes tipos de construc¸˜ao, ou seja:

• Estruturas Protegidas por Elementos Naturais: podem assim ser denominadas as estrutu-ras que utilizam como protec¸˜ao quaisquer elementos condutores integrantes da mesma, na func¸˜ao de captac¸˜ao dos raios, descida das correntes de descarga e aterramento para a dissipac¸˜ao dessas correntes. Exemplos, coberturas met´alicas das edificac¸˜oes, calhas met´alicas instaladas na periferia das edificac¸˜oes, tubos e tanques met´alicos, pilares met´a-licos, armac¸˜oes de ac¸o interligadas das estruturas de concreto e das fundac¸˜oes;

• Estruturas Protegidas por Elementos N˜ao Naturais (artificiais): s˜ao os elementos condu-tores espec´ıficos na func¸˜ao de captac¸˜ao dos raios, descidas das correntes de descargas e aterramento para a dissipac¸˜ao destas correntes. Exemplos: captor tipo Franklin, cabos de cobre, eletrodos verticais (hastes de aterramento).

(20)

4.5.3 Elementos do SPDA

Segundo Mamede (2013) os sistemas de protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas, de forma geral, s˜ao constitu´ıdos de trˆes partes bem definidas, por´em intimamente interligadas, ou seja:

4.5.3.1 Subsistema de Captc¸˜ao

S˜ao os elementos condutores expostos, normalmente localizados na parte mais elevada da edificac¸˜ao, respons´aveis pelo contato direto com as descargas atmosf´ericas. Os captores podem ser classificados segundo sua natureza construtiva (MAMEDE, 2013):

• Captores naturais: S˜ao constitu´ıdos de elementos condutores expostos, normalmente par-tes integranpar-tes da edificac¸˜ao que quer se proteger. S˜ao exemplos de captores naturais as coberturas met´alicas das estruturas, mastros ou quaisquer elementos condutores expostos acima das coberturas, tubos e tanques met´alicos, etc.

• Captores n˜ao naturais: S˜ao constitu´ıdos de elementos condutores expostos, normalmente instalados sobre a cobertura e a lateral das edificac¸˜oes cuja finalidade ´e estabelecer o contato direto com as descargas atmosf´ericas. S˜ao exemplos de captores n˜ao naturais: os condutores de cobre nu expostos em forma de malha e os captores do tipo Franklin. Ver figura 3.

Figura 3: Captor tipo Franklin

Fonte: Termot´ecnica (2001)

Os subsistemas de captac¸˜ao podem ser compostos por qualquer combinac¸˜ao dos se-guintes elementos: hastes (incluindo mastros), condutores suspensos e condutores em malha.

(21)

determina o volume de protec¸˜ao, e para isso existem desses elementos 3 m´etodos aceit´aveis segundo a ABNT NBR 5419 (2015):

• M´etodo do ˆangulo de protec¸˜ao (Captor Franklin); • M´etodo da esfera rolante (aplicados em todos os casos); • M´etodo das malhas (aplicado em todos os casos).

Os valores para o ˆangulo de protec¸˜ao, raio da esfera rolante e tamanho da malha para cada classe de SPDA s˜ao dadas na Tabela 2 e Figura 4. Para informac¸˜oes mais detalhadas sobre o posicionamento dos elementos, ver Anexo A da ABNT NBR 5419-3 (2015).

Tabela 2: Valores m´aximos dos raios da esfera rolante, tamanho da malha e ˆangulo de protec¸˜ao correspondente a classe do SPDA

- M´etodo de protec¸˜ao

Classe do SPDA Raio da esfera Rolante R (m)

M´aximo afastamento dos

condutores da malha (m) Angulo de protec¸˜ao αˆ o I 20 5 x 5 Ver Figura 4 II 30 10 x 10 III 45 15 x 15 IV 60 20 x 20 Fonte: ABNT NBR 5419 (2015)

Figura 4: ˆAngulo de protec¸˜ao correspondente `a classe de protec¸˜ao

Fonte: ABNT NBR 5419 (2015)

A norma faz uma considerac¸˜ao para as edificac¸˜oes maiores que 60 metros de altura, pois estas est˜ao sujeitas a descargas laterais. Para combater essa solicitac¸˜ao deve-se atender ao

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menos os requisitos para o n´ıvel de protec¸˜ao IV, posicionando os elementos em cantos, quinas, bordas e saliˆencias significativas.

4.5.3.2 Subsistema de Descida

S˜ao elementos condutores expostos ou n˜ao que permitem a continuidade el´etrica en-tre os captores e o sistema de aterramento. Os sistemas de descidas podem ser classificados segundo a sua natureza construtiva (MAMEDE, 2013):

• Sistemas de descidas naturais: S˜ao elementos condutores, normalmente partes integrantes da edificac¸˜ao que por sua natureza condutiva permitem escoar para o sistema de aterra-mento as correntes el´etricas resultantes das descargas atmosf´ericas. S˜ao exemplos postes met´alicos, torres met´alicas de comunicac¸˜ao (radio e TV), as armaduras de ac¸o interligadas dos pilares das estruturas, etc;

• Sistemas de descidas n˜ao naturais: S˜ao constitu´ıdos de elementos condutores expostos ou n˜ao, dedicados exclusivamente `a conduc¸˜ao ao sistema de aterramento da edificac¸˜ao das correntes el´etricas dos raios que atingem os captores, como por exemplo os condutores de cobre nu instalados sobre as laterais das edificac¸˜oes, ou nela embutidos.

Para uma melhor distribuic¸˜ao das correntes, devemos considerar interligac¸˜oes horizontais com os condutores de descida, ao n´ıvel do solo e em intervalos entre 10m e 20m de altura de acordo com a Tabela 3.

Tabela 3: Valores t´ıpicos de distˆancia entre os condutores de descida e entre os an´eis condutores de acordo com a classe do SPDA

Classe do SPDA Distˆancias (m)

I 10

II 10

III 15

IV 20

NOTA: ´E aceit´avel que o espac¸amento entre condutores de descidas tenham no m´aximo 20% al´em dos valores acima.

Fonte: ABNT NBR 5419 (2015)

Por recomendac¸˜ao da norma, os condutores de descida devem estar instalados nos can-tos da estrutura al´em dos demais condutores j´a imposcan-tos pela distˆancia de seguranc¸a.

O subsistema de descida deve ser instalada de forma que seja uma continuac¸˜ao di-reta dos condutores do subsistema de captac¸˜ao. Devem ser instalados em linha di-reta e vertical, fazendo os caminhos mais curtos at´e a terra.

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4.5.3.3 Subsistema de Aterramento

S˜ao constitu´ıdos de elementos condutores enterrados ou embutidos nas fundac¸˜oes das edificac¸˜oes respons´aveis pela dispers˜ao das correntes el´etricas no solo. Os sistemas de aterra-mento podem ser classificados segundo a sua natureza construtiva (MAMEDE, 2013):

• Sistemas de aterramento naturais: S˜ao constitu´ıdos de elementos met´alicos embutidos nas fundac¸˜oes das edificac¸˜oes e parte integrantes destas. Por exemplo as fundac¸˜oes de concreto armado das edificac¸˜oes;

• Sistemas de aterramento n˜ao naturais: S˜ao constitu´ıdos de elementos condutores enterra-dos horizontal ou verticalmente que dispersam as correntes el´etricas no solo. S˜ao exem-plos os condutores de cobre nu diretamente enterrados em torno da edificac¸˜ao e hastes de terra com cobertura eletrol´ıtica de cobre enterradas verticalmente.

A recomendac¸˜ao da norma ´e que exista uma ´unica infraestrutura de aterramento, ou seja, o eletrodo deve atender contra descargas atmosf´ericas, sistema de energia el´etrica e sinal.

Devem ser instalados de forma em que haja possibilidade para uma futura inspec¸˜ao do subsistema.

Figura 5: Instalac¸˜ao gen´erica dos elementos

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4.5.4 Materiais e Dimens˜oes

Materiais e suas dimens˜oes devem ser escolhidos tendo em mente a possibilidade de corros˜ao tanto da estrutura a ser protegida quanto do SPDA.

Configurac¸˜oes e ´areas de sec¸˜ao m´ınima dos condutores dos subsistemas de captac¸˜ao e de descida s˜ao dadas na Tabela 4.

Tabela 4: Material, configurac¸˜ao e ´area de sec¸˜ao m´ınima dos condutores de captac¸˜ao, hastes captoras e condutores de descida

Fonte: ABNT NBR 5419 (2015)

Os elementos de captac¸˜ao e descida devem estar fixados de forma que as forc¸as eletro-dinˆamicas ou mecˆanicas acidentais n˜ao causem afrouxamento ou quebra dos condutores.

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A distˆancia entre os pontos de fixac¸˜ao dos condutores do SPDA, devem respeitar as seguintes medidas:

• 1,0 metro para condutores na horizontal;

• 1,5 metros para condutores na vertical ou inclinado.

Utilizar o menor n´umero de conex˜oes poss´ıveis e quando necess´ario, devem ser feitas com solda el´etrica ou exot´ermica e conex˜oes de press˜ao ou compress˜ao. Emendas nos condu-tores de descida n˜ao s˜ao permitidos, exceto por conector de ensaio.

Configurac¸˜oes e dimens˜oes m´ınimas dos condutores do subsistema de aterramento s˜ao dadas na Tabela 5.

Tabela 5: Material, configurac¸˜ao e dimens˜oes m´ınimas de eletrodo de aterrramento

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4.5.5 Leis, Normas T´ecnicas e Recomendac¸˜oes Aplic´aveis ao SPDA

• A NR 10 (2016) elaborada pelo MTE contempla as responsabilidades associadas ao SPDA, definido nos subitens de medidas de controle conforme:

- 10.2.3 As empresas est˜ao obrigadas a manter esquemas uni filares atualizados das instalac¸˜oes el´etricas dos seus estabelecimentos com as especificac¸˜oes do sistema de ater-ramento e demais equipamentos e dispositivos de protec¸˜ao;

- 10.2.4 Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontu´ario de Instalac¸˜oes El´etricas, contendo, al´em do disposto no subitem 10.2.3, no m´ınimo:

a) conjunto de procedimentos e instruc¸˜oes t´ecnicas e administrativas de seguranc¸a e sa´ude, implantadas e relacionadas a esta NR e descric¸˜ao das medidas de controle exis-tentes;

b) documentac¸˜ao das inspec¸˜oes e medic¸˜oes do sistema de protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas e aterramentos el´etricos;

c) especificac¸˜ao dos equipamentos de protec¸˜ao coletiva e individual e o ferramental, aplic´aveis conforme determina esta NR;

d) documentac¸˜ao comprobat´oria da qualificac¸˜ao, habilitac¸˜ao, capacitac¸˜ao, autorizac¸˜ao dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

e) resultados dos testes de isolac¸˜ao el´etrica realizados em equipamentos de protec¸˜ao individual e coletiva;

f) certificac¸˜oes dos equipamentos e materiais el´etricos em ´areas classificadas; e g) relat´orio t´ecnico das inspec¸˜oes atualizadas com recomendac¸˜oes, cronogramas de adequac¸˜oes, contemplando as al´ıneas de ”a”a ”f”;

- 10.4.4 As instalac¸˜oes el´etricas devem ser mantidas em condic¸˜oes seguras de funci-onamento e seus sistemas de protec¸˜ao devem ser inspecionados e controlados periodica-mente, de acordo com as regulamentac¸˜oes existentes e definic¸˜oes de projetos;

- 10.14.5 A documentac¸˜ao prevista nesta NR deve estar, permanentemente, `a disposic¸˜ao das autoridades competentes.

• Atrav´es do CDC (Lei 8078) (1990), artigo 39: ´E vedado ao fornecedor de produtos ou servic¸os, dentre outras pr´aticas abusivas: (Redac¸˜ao dada pela Lei no8.884, de 11.6.1994)

- Inciso VIII - Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou servic¸o em desacordo com as normas expedidas pelos ´org˜aos oficiais competentes ou, se normas es-pec´ıficas n˜ao existirem, pela Associac¸˜ao Brasileira de Normas T´ecnicas ou outra entidade

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credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalizac¸˜ao e Qualidade Industrial (Conmetro);

• A Decis˜ao Normativa No. 70 (2001) do CONFEA, nos artigos 1o, 2o e 3o, disp˜oe sobre a instalac¸˜ao, manutenc¸˜ao e fiscalizac¸˜ao dos servic¸os t´ecnicos referente ao SPDA:

- Art. 1o As atividades de projeto, instalac¸˜ao e manutenc¸˜ao, vistoria, laudo, per´ıcia e parecer referentes a Sistemas de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´ericas-SPDA, dever˜ao ser executadas por pessoas f´ısicas ou jur´ıdicas devidamente registradas nos Creas. Par´agrafo ´unico. O projeto de SPDA envolve levantamento das condic¸˜oes locais do solo, da estrutura a ser protegida e demais elementos sujeitos a sofrer os efeitos dire-tos e indiredire-tos de descargas atmosf´ericas, os c´alculos de parˆametros el´etricos para a sua execuc¸˜ao, em especial para os sistemas de aterramento e ligac¸˜oes eq¨uipotenciais, selec¸˜ao e especificac¸˜ao de equipamentos e materiais, tudo em rigorosa obediˆencia `as normas vi-gentes.

- Art. 2oAs atividades discriminadas no caput do art. 1o, s´o poder˜ao ser executadas sob a supervis˜ao de profissionais legalmente habilitados.

Par´agrafo ´unico. Consideram-se habilitados a exercer as atividades de projeto, instalac¸˜ao e manutenc¸˜ao de SPDA, os profissionais relacionados nos itens I a VII e as atividades de laudo, per´ıcia e parecer os profissionais dos itens I a VI:

I – engenheiro eletricista; II – engenheiro de computac¸˜ao; III – engenheiro mecˆanico–eletricista;

IV – engenheiro de produc¸˜ao, modalidade eletricista; V – engenheiros de operac¸˜ao, modalidade eletricista; VI – tecn´ologo na ´area de engenharia el´etrica, e VII – t´ecnico industrial, modalidade eletrot´ecnica.

- Art. 3oTodo contrato que envolva qualquer atividade constante do art. 1odever´a ser objeto de Anotac¸˜ao de Responsabilidade T´ecnica-ART.

§1o Dever´a ser registrada uma ART para cada tipo de p´ara–raios projetado e/ou fabricado.

§ 2oQuando as ARTs relativas `as atividades de instalac¸˜ao el´etrica/telefˆonica exigi-rem a instalac¸˜ao de SPDA, esta dever´a estar expl´ıcita na respectiva ART.

• A NBR 5419 (2015), elaborada pela ABNT, tem por objetivo definir a condic¸˜ao m´ınima admiss´ıvel para: projeto, instalac¸˜ao e manutenc¸˜ao do SPDA, aplic´avel `as estruturas co-muns, utilizadas para fins residenciais, comerciais, industriais, administrativos e agr´ıcolas.

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5 MATERIAL E M ´ETODOS

A metodologia planejada para a realizac¸˜ao dessa pesquisa foi dividida em duas eta-pas: a primeira foi composta por uma revis˜ao bibliogr´afica para embasamento te´orico, a partir de artigos acadˆemicos, monografias, sites, livros e normas, caracterizando a mesma como uma pesquisa explorat´oria. E a segunda parte consistiu em uma coleta, manuseio e an´alise de dados juntamente com uma pesquisa de campo.

Os parˆametros analisados encontram-se descritos na ABNT NBR 5419 (2015). Da parte 2 da norma, que descreve sobre Gerenciamento de Risco, s˜ao eles: linha de energia, linha de sinal, fator localizac¸˜ao, tipo de piso e protec¸˜ao contra incˆendio e da parte 3 da norma, que descreve sobre Danos f´ısicos a estruturas e perigos `a vida, s˜ao eles: subsistema de captac¸˜ao, subsistema de descida, subsistema de aterramento, componentes, materiais e dimens˜oes.

A coleta de dados foi realizada por inspec¸˜ao visual, onde tamb´em foram obtidas in-formac¸˜oes fornecidas pelos respons´aveis dos edif´ıcios. Antes da inspec¸˜ao foi entregue uma declarac¸˜ao, conforme o Apˆendice A, ao respons´avel de cada edif´ıcio solicitando autorizac¸˜ao para a realizac¸˜ao da mesma.

A amostra da pesquisa ficou restrita a edif´ıcios maiores que 20 metros de altura, no qual foram identificados 24 edif´ıcios com esse pr´e-requisito.

O levantamento de dados ocorreu por meio de dois modelos de relat´orio, sendo eles: Inspec¸˜ao do SPDA, conforme o Apˆendice B, e o de Gerenciamento de Risco, conforme o Apˆendice C. Durante as visitas foram registradas as irregularidades, com fotos e anotac¸˜oes, para o c´alculo do gerenciamento de risco e a execuc¸˜ao de um comparativo.

Com aux´ılio do relat´orio de geranciamento de risco foi calculado o n´ıvel de protec¸˜ao, de acordo com o Apˆendice D, de cada edif´ıcio. Pelo n´ıvel de protec¸˜ao obteve-se os requisitos exigidos pela norma. Ap´os obter o n´ıvel de protec¸˜ao, ´e examinado as caracter´ısticas, materiais e dimens˜oes do sistema existente no edif´ıcio com os requisitos m´ınimos.

Posteriormente ser´a gerado um relat´orio final do SPDA que conter´a as irregularidades encontradas.

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6 APRESENTAC¸ ˜AO E DISCUSS ˜AO DOS RESULTADOS

6.1 Contato com os Respons´aveis Pelos Edif´ıcios

Houve uma hesitac¸˜ao dos respons´aveis pelos edif´ıcios para retornar o contato. Em um primeiro momento, ocorreu a tentiva de ir nos pr´edios para falar diretamente com o respons´avel, por´em sem sucesso, pois a maioria deles n˜ao estavam presentes no im´ovel.

Como alternativa, foi feito uma declarac¸˜ao com as assinaturas dos professores, pas-sando uma seguranc¸a maior aos respons´aveis. Essa declarac¸˜ao foi entregue em todos os 24 edif´ıcios que se encontram dentro do pr´e-requisito estabelecido, conforme descrito no Cap´ıtulo 5 (Material e M´etodos).

Nos edif´ıcios que n˜ao dispunham de porteiro, ocorreu a necessidade de efetuar diver-sas visitas, novamente sem conseguir contatar o respons´avel. Portanto as declarac¸˜oes foram entregues aos moradores (solicitando que a mesma fosse entregue ao respons´avel) que estavam de passagem na portaria no momento da visita. Sendo assim a entrega n˜ao foi necessariamente efetuada diretamente ao respons´avel. J´a nos edif´ıcios que possu´ıam porteiro, foram entregues ao mesmo.

Apesar de ter o contato na declarac¸˜ao para facilitar a comunicac¸˜ao com o respons´avel, apenas 29,3% dos 24 poss´ıveis retornaram. Em outros 29,3% dos edif´ıcios obteve-se contato atrav´es da insistˆencia nas visitas e por meio de indicac¸˜oes de outros respons´aveis. Totalizando contato com 58,6% dos edif´ıcios, 50% retornaram positivamente e a diferenc¸a sinalizou negati-vamente.

6.2 Projeto

Desde o ´ınicio da pesquisa, a verificac¸˜ao da existˆencia de projeto seria para facilitar o trabalho de campo, pois teria informac¸˜oes sobre as dimens˜oes do edif´ıcio e informac¸˜oes mais detalhadas sobre o pr´oprio sistema de protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas. Al´em disso, a NR 10 exige que a documentac¸˜ao esteja permanentemente `a disposic¸˜ao de autoridades competentes. A Figura 6 apresenta os dados sobre a existˆencia de projeto nos edif´ıcios. Dentro da parcela de 42% sinalizados negativamente, 25% deles informaram que possuem projeto, por´em n˜ao foi disponibilizado e/ou apresentado, logo foram considerados inexistentes. Mais da metade

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dos respons´aveis pelos edif´ıcios n˜ao tem e/ou sabem informac¸˜oes sobre o SPDA, e de acordo com o C´odigo Civil (Lei 10406) (2002) o mesmo ´e respons´avel, dentro da esfera c´ıvel, pelas obrigatoriedades n˜ao cumpridas.

Figura 6: Gr´afico 1 - Existˆencia de projeto

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

6.3 Gerenciamento de Risco

Para o c´alculo do Gerenciamento de Risco de cada edif´ıcio foi utilizado uma planilha de autoria pr´opria, conforme o Apˆendice D. Na elaborac¸˜ao da planilha foram utilizados os exemplos contidos no Anexo E da ABNT NBR 5419 (2015), Parte 2: Gerenciamento de Risco. Na planilha foram considerados todos os crit´erios estabelecidos pela norma, por´em somente as informac¸˜oes das dimens˜oes do edif´ıcio e as informac¸˜oes que est˜ao contidas no Apˆendice C (linha de energia, linha de sinal, fator localizac¸˜ao, tipo de piso e protec¸˜ao contra incˆendio) variaram no c´alculo do Gerenciamento de Risco. Todas os outros valores do c´alculo foram padr˜oes e invariavelmente foi considerado o caso mais cr´ıtico.

Ap´os tabelar todas as informac¸˜oes de Gerenciamento de Risco dos edif´ıcios, foi poss´ıvel encontrar o n´ıvel de protec¸˜ao de cada um. A Figura 7 acima representa de modo geral os n´ıveis de protec¸˜ao que cada edif´ıcio deveria ter. Observa-se que o N´ıvel de Protec¸˜ao I ´e o mais cr´ıtico e o N´ıvel de Protec¸˜ao IV ´e o menos cr´ıtico.

Confrontando a ABNT NBR 5419 (2005) com a norma vigente, a mesma n˜ao aborda esse tema, visto que todos os edif´ıcios residenciais s˜ao classificados com N´ıvel de Protec¸˜ao III, isto ´e, n˜ao depende de outros crit´erios a n˜ao ser o tipo de utilizac¸˜ao do edif´ıcio.

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Figura 7: Gr´afico 2 - N´ıvel de Protec¸˜ao

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

6.4 Subsistema de Captac¸˜ao

A Figura 8 exp˜oe que quase todos utilizam somente o captor Franklin. Isso ocorre pelo fato do captor atender seguramente os edif´ıcios de at´e 60 metros de altura e ser economicamente mais vi´avel em comparac¸˜ao com os outros sistemas de captac¸˜ao.

Figura 8: Gr´afico 3 - Elementos do Subsistema de Captac¸˜ao

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

Dos edif´ıcios inspecionados, apenas em um deles ´e utilizado o conjunto do captor Franklin com a Gaiola de Faraday, e nessa situac¸˜ao o captor Franklin (1 unidade) n˜ao era sufi-ciente, logo a utilizac¸˜ao da Gaiola de Faraday deve ter sido comum acordo entre o profissional e o respons´avel pelo edif´ıcio para complementar o sistema. A Figura 9 apresenta os captores dos edif´ıcios inspecionados.

N˜ao basta apenas ter o subsistema de captac¸˜ao, ele deve estar dimensionado correta-mente conforme as caracter´ısticas do edif´ıcio. E para verificar se o plano horizontal do edif´ıcio

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Figura 9: Subsistema de Captac¸˜ao

(a) Captor Franklin + Haste (Observac¸˜ao: N˜ao possui sinalizador noturno)

(b) Fita de alum´ınio formando Gaiola de Faraday

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

a ser protegido pelo subsistema estava regular era necess´aria a altura da haste que possui o cap-tor, a diferenc¸a de n´ıvel (altura) de onde a haste esta posicionada at´e a cobertura, as dimens˜oes do per´ımetro do edif´ıcio e o ˆangulo alfa que se encontra na Figura 4.

A Figura 10 representa a parcela de edif´ıcios em que o subsistema de captac¸˜ao abrange todo o per´ımetro. Nos casos onde se encontram irregular, existem duas situac¸˜oes (podendo-se aplicar somente uma ou o conjunto das duas) que podem facilmente resolver esse problema, sendo a primeira delas reposicionando a haste com o captor e a segunda pode-se alterar a altura da haste. Ainda como soluc¸˜ao, por´em economicamente mais cara, pode-se acrescentar mais um captor Franklin ou utilizar a Gaiola de Faraday em conjunto do captor j´a existente.

Realizando um comparativo da ABNT NBR 5419 (2005) com a norma corrente, houve mudanc¸a em relac¸˜ao ao ˆangulo de protec¸˜ao. Pois na norma anterior, os ˆangulos eram tabelados de acordo com os intervalos de altura, quando na norma atual ´e utilizado um gr´afico, conforme a Figura 4, que cont´em maior precis˜ao. Por´em a norma antiga ´e mais conservadora em relac¸˜ao ao ˆangulo de protec¸˜ao.

Caso a cobertura seja de material combust´ıvel, a norma solicita um cuidado especial em relac¸˜ao `a distˆancia entre os condutores do subsistema de captac¸˜ao e o material. Caso acon-tecesse, era preciso utilizar isoladores para afastar o condutor da cobertura, como n˜ao possu´ıa nenhum edif´ıcio com esse tipo cobertura, o condutor poderia ser fixado diretamente na su-perf´ıcie, mas n˜ao foi necess´ario verificar essa condic¸˜ao.

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Figura 10: Gr´afico 4 - ´Area da cobertura a ser protegida

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

A verificac¸˜ao de captac¸˜ao no per´ımetro da caixa d’´agua era importante de ser realizado pelo fato de geralmente ser o elemento mais elevado do edif´ıcio. Por consequˆencia, s´o era ne-cess´ario realizar essa verificac¸˜ao se atendesse essa condic¸˜ao. Em todos os casos em que essa condic¸˜ao foi satisfeita, havia um subsistema de captac¸˜ao sobre a mesma, exceto em um pr´edio. Conforme j´a dito no par´agrafo anterior, a Figura 11 demonstra que existe um sinali-zador noturno com haste met´alica fora do cone de protec¸˜ao do captor Franklin, sendo capaz de receber a descarga atmosf´erica e atingir a rede el´etrica do edif´ıcio, portanto o sinalizador noturno deveria ser reposicionado.

Figura 11: Protec¸˜ao no per´ımetro da caixa d’´agua

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

Outro fator significativo que era necess´ario verificar ´e a corros˜ao, pois a mesma ´e um processo de deteriorac¸˜ao do material que produz alterac¸˜oes prejudiciais, ou seja, o material

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pode n˜ao cumprir sua func¸˜ao. Dada essa informac¸˜ao, destaca-se a importˆancia do sistema de protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas n˜ao possuir elementos com corros˜ao, pois pode colocar todo o sistema em risco. A verificac¸˜ao ocorreu, conforme o relat´orio, e n˜ao foi encontrado nenhum elemento com corros˜ao no subsistema de captac¸˜ao dos edif´ıcios inspecionados.

A Figura 12 mostra a situac¸˜ao do dimensionamento dos condutores do subsistema de captac¸˜ao. Apenas em um edif´ıcio foi encontrado irregularidade, onde a ´area da sec¸˜ao encontrada foi de 13,9 mil´ımetros quadrados, sendo que a norma exige que a ´area m´ınima da sec¸˜ao seja de 35,0 mil´ımetros quadrados (valor v´alido para o mesmo material j´a existente).

Figura 12: Gr´afico 5 - Situac¸˜ao do Dimensionamento dos Condutores do Subsistema de Captac¸˜ao

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

6.5 Subsistema de Descida

O subsistema de descida ´e t˜ao importante quanto o subsistema de captac¸˜ao, pois ´e o mesmo que recebe as correntes distribu´ıdas pela captac¸˜ao encaminhando-as para o solo . O c´alculo do n´umero de descidas de um edif´ıcio ´e simples, basta dividir o per´ımetro do edif´ıcio por uma distˆancia, conforme a Tabela 3, que varia de acordo com o N´ıvel de Protec¸˜ao.

N˜ao foi encontrado nos edif´ıcios o n´umero de descidas em conformidade com a regula-mentac¸˜ao da norma. Enfatizando que a norma exige que o n´umero m´ınimo de descidas seja igual a 2 para um per´ımetro menor ou igual de acordo com a Tabela 3. Na Figura 13 ´e poss´ıvel visualizar o subsistema de descida de dois edif´ıcios inspecionados.

Assim como a norma antiga j´a n˜ao permitia, a norma vigente tamb´em n˜ao permite que haja emendas nos condutores de descida, exceto a conex˜ao de ensaio, por´em em 1 edif´ıcio foi encontrada emenda na descida, conforme a Figura 14.

A interligac¸˜ao horizontal ´e uma obrigac¸˜ao segundo a norma, pois melhora a distribuic¸˜ao das correntes das descargas atmosf´ericas e devem existir com intervalos conforme a Tabela 3.

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Figura 13: Subsistema de Descida

(a) (b)

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

Figura 14: Emenda no Subsistema de Descida

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

Na pesquisa de campo n˜ao foram encontradas nenhuma interligac¸˜ao horizontal, o que n˜ao ga-rante a equipotencializac¸˜ao do sistema.

E tamb´em h´a uma recomendac¸˜ao da norma para instalar os condutores de descida nos cantos salientes da estrutura, o que tamb´em n˜ao foi encontrado em nenhum edif´ıcio.

Nas junc¸˜oes entre cabos de descida e eletrodos de aterramento, uma conex˜ao de en-saio deve ser fixada em cada condutor de descida. O elemento de conex˜ao deve ser capaz de ser aberto apenas com aux´ılio de ferramenta, devendo permanecer fechado e n˜ao pode manter contato com o solo. Foi encontrado conex˜ao de ensaio em um edif´ıcio, conforme a Figura 15.

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Figura 15: Conex˜ao de ensaio

(a) Cabo de descida em um tubo n˜ao met´alico com conex˜ao de ensaio

(b) Conex˜ao de ensaio aberta

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

Como j´a tratado no subsistema de captac¸˜ao, a corros˜ao e o dimensionamento dos con-dutores tamb´em foi verificado nesse subsistema. E o resultado se replica para os dois fatores, n˜ao havendo corros˜ao nos elementos do subsistema de descida e apenas um caso onde o condu-tor de descida n˜ao foi dimensionado corretamente.

6.6 Subsistema de Aterramento

Segundo a norma, quando se tratar da dispers˜ao da corrente da descarga atmosf´erica para a terra, o m´etodo mais importante de minimizar qualquer sobretens˜ao potencialmente pe-rigosa ´e estudar e aprimorar a geometria e as dimens˜oes do subsistema de aterramento.

Um item tratado no relat´orio desse subsistema, ´e se h´a uma ´unica estrutura de aterra-mento em todo edif´ıcio, ou seja, se o eletrodo ´e comum e atende `a protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas, sistema de energia el´etrica e sinal (TV a cabo, dados, etc). Apesar de ser uma recomendac¸˜ao da ABNT NBR 5419 (2015), a norma que retrata sobre Instalac¸˜oes El´etricas de Baixa Tens˜ao - ABNT NBR 5410 (2008) - exige que haja uma ´unica estrutura.

A Figura 16 mostra que eventualmente nenhum dos edif´ıcios seguiu essa recomenda-c¸˜ao. Em relac¸˜ao as respostas negativas, 25% delas afirmaram que a estrutura de aterramento eram interligadas, no entanto n˜ao foi poss´ıvel verificar a veracidade, logo n˜ao foram considera-das.

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Figura 16: Gr´afico 6 - Estrutura de aterramento interligado

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

O eletrodo de aterramento deve ser enterrado na profundidade de no m´ınimo 0,5 metro e ficar posicionado `a distˆancia aproximada de 1,0 metro ao redor das paredes externas. Dada essa informac¸˜ao, a Figura 17 diz a respeito do posicionamento do eletrodo.

Figura 17: Gr´afico 7 - Eletrodo afastado corretamente da parede externa

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

A instalac¸˜ao dos eletrodos devem ocorrer de tal maneira a permitir sua inspec¸˜ao du-rante a construc¸˜ao e facilitar a sua manutenc¸˜ao quando for necess´ario. Essa verificac¸˜ao foi realizada, como se pode ver na Figura 18 (a), por´em em um dos edif´ıcios que possivelmente possu´ıa acesso, se encontrava vedado com argamassa (para facilitar a limpeza, segundo o res-pons´avel), foi avaliado com inexistˆencia de acesso. Ver Figura 18 (b).

Diferentemente dos outros subsistemas, foi encontrado corros˜ao nos eletrodos. Isso se justifica pelo fato do eletrodo estar em contato constante junto do solo com ac¸˜ao de ´agua e/ou outros contaminantes. Ver Figura 19.

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Figura 18: Caixa de inspec¸˜ao

(a) Gr´afico 8 - Acesso para inspec¸˜ao do eletrodo (b) Poss´ıvel caixa de inspec¸˜ao vedada com argamassa

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

Figura 19: Corros˜ao no subsistema de aterramento

(a) Gr´afico 9 - Corros˜ao nos elementos do subsis-tema de aterramento

(b) Eletrodo com corros˜ao

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

mesmo, estavam dimensionados corretamente.

6.7 Componentes

Os componentes de um SPDA devem suportar os efeitos eletromagn´eticos da corrente de descarga atmosf´erica e esforc¸os acidentais poss´ıveis sem serem danificados e devem ser fabricados com materiais listados pela norma (ABNT NBR 5419, 2015).

(39)

pˆode ser identificado 1 irregularidade nos fixadores horizontais violando a distˆancia m´axima permitida e 2 irregularidades nos fixadores verticais pela mesma causa.

Apesar de n˜ao constar no relat´orio, foi verificado tamb´em se haviam emendas e a forma como elas eram feitas. A norma permite que sejam feitas por meio de solda el´etrica ou exot´ermica e conex˜oes mecˆanicas de press˜ao ou compress˜ao. Todas as emendas encontradas foram feitas com conex˜oes mecˆanicas, segue a Figura 20.

Figura 20: Conex˜oes mecˆanicas

(a) (b)

Fonte: Autoria Pr´opria (2018)

6.8 Relat´orio Final

Ap´os todas as an´alises propostas no trabalho, seguem as tabelas de cada subsistema contendo os dados coletados, ou seja, o relat´orio final.

6.8.1 Projeto e N´ıvel de Protec¸˜ao

Edif´ıcio A B C D E F G H I J K L

Projeto SF SF SF N˜ao N˜ao SF N˜ao N˜ao N˜ao SF SF SF N´ıvel de Protec¸˜ao III II II II II II II III II IV II II SF - Sem informac¸˜ao

(40)

6.8.2 Subsistema de Captac¸˜ao

Edif´ıcio Tipo de Captor Cobertura MC Caixa d’´agua Corros˜ao Diˆametro do condutor (mm)

A Franklin N˜ao Sim N˜ao 12,5

B Franklin N˜ao N˜ao N˜ao 9,8

C Franklin N˜ao Sim N˜ao 10,7

D Franklin N˜ao Sim N˜ao 7,2

E Franklin N˜ao Sim N˜ao 10,5

F Franklin N˜ao Sim N˜ao 10,2

G Franklin N˜ao Sim N˜ao 10,0

H Franklin N˜ao Sim N˜ao 4,2

I Franklin + Faraday N˜ao Sim N˜ao *

J Franklin N˜ao Sim N˜ao 10,7

K Franklin N˜ao Sim N˜ao 9,8

L Franklin N˜ao Sim N˜ao 13,0

MC - Material Combust´ıvel Situac¸˜ao Irregular * Fita de alum´ınio (sec¸˜ao transversal 20,0 mm x 3,5 mm)

Edif´ıcio Altura do mastro (m) Diferenc¸a de altura (m)* ˆ Angulo alfa (o) Raio de protec¸˜ao necess´ario (m)** Raio de protec¸˜ao existente (m) A 3,0 3,2 68,2 15,5 15,5 B 3,0 7,0 54,1 20,4 13,8 C 3,0 8,0 52,5 14,1 14,3 D 14,0 3,6 41,8 13,9 15,7 E 3,0 4,0 60,0 18,7 12,1 F 5,0 3,0 67,8 20,2 19,6 G 3,0 8,0 52,5 14,6 14,3 H 6,0 3,0 63,0 14,4 17,7 I 8,0 5,0 49,0 21,4 15,0 + Faraday J 3,0 4,0 69,5 15,6 18,7 K 3,0 5,0 57,8 12,6 12,7 L 3,0 3,0 62,5 13,3 11,5

* Entre a base do mastro e o plano horizontal a ser protegido

(41)

6.8.3 Subsistema de Descida Edif´ıcio N´umero de descidas Interligac¸˜oes Horizontais Condutor nos cantos Conex˜ao de ensaio Corros˜ao Diˆametro do condutor (mm)

A 1 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 12,5

B 1 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 9,8

C 2 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 10,7

D 1 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 7,2

E 1 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 10,5

F 2 N˜ao N˜ao Sim N˜ao 10,2

G 2 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 10,0

H 2 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 4,2

I 1 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao *

J 1 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 10,7

K 2 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 9,8

L 2 N˜ao N˜ao N˜ao N˜ao 13,0

(42)

6.8.4 Subsistema de Aterramento Edif´ıcio Aterramento interligado Eletrodo afastado Acesso para inspec¸˜ao Corros˜ao Diˆametro do eletrodo (mm) A N˜ao SF N˜ao SF SF B N˜ao SF N˜ao SF SF

C N˜ao N˜ao Sim N˜ao 12,8

D N˜ao Sim Sim Sim *

E SF SF N˜ao SF SF

F N˜ao SF N˜ao SF SF

G N˜ao Sim Sim Sim 8,0

H SF SF N˜ao SF SF

I SF SF N˜ao SF SF

J SF SF N˜ao SF SF

K N˜ao SF N˜ao SF SF

L N˜ao Sim Sim N˜ao 15,0

SF - Sem informac¸˜ao Situac¸˜ao Irregular * Eletrodo enterrado

(43)

7 CONCLUS ˜AO

No comec¸o do trabalho, foi proposta uma an´alise do Sistema de Protec¸˜ao contra Des-cargas Atmosf´ericas de alguns edif´ıcios em Campo Mour˜ao (PR) confrontando a ABNT NBR 5419 (2005) com a ABNT NBR 5419 (2015), pois a ´ultima ´e considerada recente e a maioria dos edif´ıcios foram constru´ıdos antes a vigˆencia dessa norma.

Portanto, os pr´edios estariam com a situac¸˜ao do SPDA regular caso tenham contratado um profissional para regularizar a situac¸˜ao ou fizeram inspec¸˜oes regularmente ou tenham so-frido fiscalizac¸˜ao e posteriormente uma ordenac¸˜ao para regularizar o sistema.

Na realizac¸˜ao do trabalho houve grande dificuldade, na metodologia do trabalho, de efetuar contato com os respons´aveis pelos edif´ıcios, constatando uma quantidade razo´avel de 50% de autorizac¸˜oes sobre uma amostra total de 24 poss´ıveis. A dificuldade se deu por alguns edif´ıcios n˜ao possu´ırem porteiro ou pela falta de tempo e/ou interesse do respons´avel do edif´ıcio sobre o assunto, mesmo n˜ao causando ˆonus.

Ainda sobre a metodologia, observa-se que a existˆencia de projeto teria facilitado o processo de inspec¸˜ao e o trabalho poderia ter ficado mais detalhado com informac¸˜oes mais pre-cisas.

Com relac¸˜ao `a pesquisa, as an´alises dos subsistemas foram suficientes para um re-sultado plaus´ıvel diante dos objetivos. O subsistema de captac¸˜ao no geral teve um parecer satisfat´orio, com problemas pontuais e que apresentam facilidade na resoluc¸˜ao.

J´a o subsistema de descida teve um resultado cr´ıtico, onde as exigˆencias m´ınimas de alguns pontos (n´umero de descidas e interligac¸˜oes horizontais) analisados n˜ao foram satisfeitas em nenhum dos edif´ıcios e a conex˜ao de ensaio foi encontrado em apenas um pr´edio.

No subsistema de aterramento n˜ao foi poss´ıvel analisar todos os quesitos nos edif´ıcios pelo fato de 67% deles n˜ao terem acesso para inspec¸˜ao. Como tamb´em foram encontradas irre-gularidades nos componentes do SPDA, o mesmo n˜ao encontra-se conforme com a norma.

Dito isso, por meio da pesquisa de campo realizada ficou provado que nenhum edif´ıcio apresenta as condic¸˜oes necess´arias para o atendimento `a norma, portanto est˜ao todos irregula-res.

O n˜ao cumprimento `a norma, gera responsabilidades ao profissional que realizou o servic¸o e ao s´ındico. O encarregado t´ecnico pelos projetos e execuc¸˜ao tem a responsabilidade profissional diante da Decis˜ao Normativa No.70 do CONFEA, conforme dito em 4.5.5, item 3.

(44)

Entre as atribuic¸˜oes do s´ındico disposta no C´odigo Civil , artigo 1348, destaca-se o inciso V, que caso haja omiss˜ao, negligˆencia ou m´a gest˜ao na conservac¸˜ao e guarda das partes comuns do condom´ınio ou descontinuidade na prestac¸˜ao dos servic¸os essenciais, o s´ındico po-der´a, conforme o caso, responder civil e/ou criminalmente por seus atos ou omiss˜oes (FLORES, 2017).

E ainda que a obra ou manutenc¸˜ao seja realizada por empresa terceirizada, a responsa-bilidade civil ser´a compartilhada entre a empresa, o condom´ınio e o s´ındico (FLORES, 2017).

Os condˆominos podem recorrer ao CDC, conforme dito em 4.5.5, item 2, responsabi-lizando o profissional competente e o s´ındico pelo desacordo com as normas expedidas pelos ´org˜aos oficiais competentes.

Havendo ainda a possibilidade da seguradora do condom´ınio, caso houver, n˜ao inde-nizar os danos causados pela descarga atmosf´erica devido o SPDA estar em desacordo com as normas.

´

E importante recordar e salientar a justificativa desse trabalho, pois a maior preocupac¸˜ao ´e a seguranc¸a das pessoas que se encontram no edif´ıcio e de modo consequente a preservac¸˜ao do patrimˆonio.

(45)

REFER ˆENCIAS

ASSOCIAC¸ ˜AO BRASILEIRA DE NORMAS T ´ECNICAS. NBR 5419: Protec¸˜ao de estruturas contra descargas atmosf´ericas. Rio de Janeiro, ago. 2005. 48 p.

ASSOCIAC¸ ˜AO BRASILEIRA DE NORMAS T ´ECNICAS. NBR 5410: Instalac¸˜oes el´etricas de baixa tens˜ao. Rio de Janeiro, mar. 2008. 217 p.

ASSOCIAC¸ ˜AO BRASILEIRA DE NORMAS T ´ECNICAS. NBR 5419: Protec¸˜ao contra des-cargas atmosf´ericas. Rio de Janeiro, jun. 2015. 309 p.

C ´ODIGO CIVIL. CC Lei 10406. Bras´ılia, jan. 2002. 1 p.

C ´ODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CDC Lei 8078: Protec¸˜ao ao consumidor. Rio de Janeiro, set. 1990. 1 p.

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA. Decis˜ao Normativa No. 70: Fiscalizac¸˜ao dos servic¸os t´ecnicos referentes aos sistemas de protec¸˜ao contra descargas at-mosf´ericas. Rio de Janeiro, nov. 2001. 1 p.

FLORES, A. L. D. M. A responsabilidade civil e criminal do s´ındico. 2017. Dis-pon´ıvel em: <http://www.condominiosc.com.br/jornal-dos-condominios/ponto-de-vista/2980-a-responsabilidade-civil-e-criminal-do-sindico>.

IGN ´ACIO, S. A. Importˆancia da estat´ıstica para o processo de conhecimento e tomada de decis˜ao. 2010. Dispon´ıvel em: <http://www.ipardes.pr.gov.br/biblioteca/docs/NT 06 importancia estatistica tomada decisao-.pdf>.

KINDERMANN, G. Descargas Atmosf´ericas. 2a. ed. Porto Alegre: [s.n.], 1997. MAMEDE, J. F. Instalac¸˜oes el´etricas industriais. 7a. ed. Rio de Janeiro: [s.n.], 2013.

MINIST ´ERIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR 10: Seguranc¸a em instalac¸˜oes e servic¸os em eletricidade. Rio de Janeiro, abr. 2016. 14 p.

NASA. Lightning atmospheric electricity research. 2013. Dispon´ıvel em: <https://lightning.nsstc.nasa.gov/data/data lis.html>.

PATR´ICIO, F. N. Protec¸˜ao contra descargas atmosf´ericas - spda. 2016. Dispon´ıvel em: <http://177.92.30.55/ws/wp-content/uploads/2016/12/protecao-contra-descargas-atmosfericas-SPDA.pdf>.

SOUZA, A. N. d. e. a. SPDA - Sistemas de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´ericas Teoria, Pr´atica e Legislac¸˜ao. S˜ao Paulo: [s.n.], 2014.

ST ´EFANI, R. V. d. Metodologia de Projeto de Sistemas de Protec¸˜ao contra Descargas At-mosf´ericas para Edif´ıcio Residencial. [S.l.], 2011. Escola de Engenharia de S˜ao Carlos da Universidade de S˜ao Paulo.

(46)

TERMOT ´ECNICA, I. e C. L. Apostila orientativa sobre spda. 2001. Dispon´ıvel em: <https://www.tel.com.br/imagenstel/institucional/apostila spda.pdf>.

(47)

AP ˆENDICE A -- DECLARAC¸ ˜AO

Eu, M´arcio Alonso de Abreu Vieira, documento de identificac¸˜ao noxx.xxx.xxx-x, CPF noxxx.xxx.xxx-xx, registro acadˆemico noxxxxxxx, estudante de Engenharia Civil da Universi-dade Tecnol´ogica Federal do Paran´a (UTFPR), venho solicitar autorizac¸˜ao para uma inspec¸˜ao visual do Sistema de Protec¸˜ao contra Descargas Atmosf´erica (SPDA) do edif´ıcio.

Esta inspec¸˜ao tem como finalidade o Trabalho de Conclus˜ao de Curso (TCC) com o tema: “AN ´ALISE DA CONFORMIDADE DO SISTEMA DE PROTEC¸ ˜AO CONTRA DESCARGAS ATMOSF ´ERICAS EM EDIF´ICIOS RESIDENCIAIS NA CIDADE DE CAMPO MOUR ˜AO (PARAN ´A)”, exclusivamente acadˆemico, sem divulgac¸˜ao da identidade da edificac¸˜ao, ˆonus ou gerac¸˜ao de danos.

Para validade deste documento, seguem as assinaturas do Professor Orientador, do Coordenador de Curso e do Chefe de Departamento de Construc¸˜ao Civil da UTFPR.

Campo Mour˜ao, ____ de Marc¸o de 2018.

M´arcio Alonso de Abreu Vieira Aluno

Evandro Luis Volpato Orientador

Ronaldo Rigobello Coordenador de Curso

Vera Lucia Barradas Moreira Chefe de Departamento

(48)

Se o senhor puder entrar em contato para facilitar a comunicac¸˜ao eu agradeceria, caso contr´ario, deixe seu parecer abaixo que voltarei em alguns dias para recolher a folha e ter a informac¸˜ao sobre o seu veredito. Segue o contato para mais informac¸˜oes ou d´uvidas.

Telefone/Whatsapp: (xx) x xxxx-xxxx

Obs.: A inspec¸˜ao visual seria feita em uma data de comum acordo entre as partes.

Parecer:

(49)

AP ˆENDICE B -- RELAT ´ORIO DE INSPEC¸ ˜AO DO SPDA

Edificac¸˜ao:

Largura: ______ Comprimento: ______ Per´ımetro: ______ Altura: ______ Existe projeto de SPDA SIM N ˜AO SEM INFORMAC¸ ˜AO

Subsistema de captc¸˜ao:

Elementos do subsistema: FRANKLIN FARADAY Observac¸˜ao:

Cobertura Material Combust´ıvel: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Captac¸˜ao no per´ımetro da caixa d’´agua: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Corros˜ao nos elementos: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Dimens˜ao do condutor: ______

Subsistema de descida:

Interligac¸˜oes horizontais: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Condutor nos cantos, al´em da distˆancia de seguranc¸a: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Conex˜ao de ensaio em cada condutor: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

(50)

Corros˜ao nos elementos: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Dimens˜ao do condutor: ______

Subsistema de aterramento:

Estrutura de aterramento do edif´ıcio toda interligada: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Eletrodo afastado pelo menos 1 metro da parede externa: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Eletrodo tem acesso para inspec¸˜ao: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Corros˜ao nos elementos: SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Dimens˜ao do condutor: ______

Componentes:

Fixac¸˜ao horizontal (1 metro): SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Fixac¸˜ao vertical (1,5 metros): SIM N ˜AO Observac¸˜ao:

Os dados coletados nesse relat´orio foram recolhidos por inspec¸˜ao visual com o aux´ılio de trena a laser, paqu´ımetro digital e projetos existentes, se for o caso.

(51)

AP ˆENDICE C -- RELAT ´ORIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO

Linha de energia:

Fator de instalac¸˜ao: ENTERRADO A ´EREO Observac¸˜ao:

Distˆancia: ______

Linha de sinal (Telefone e Internet):

Fator de instalac¸˜ao: ENTERRADO A ´EREO Observac¸˜ao:

Distˆancia: ______

Edificac¸˜ao:

Fator Localizac¸˜ao: CERCADO POR OBJETOS MAIS ALTOS

CERCADO POR EDIFICAC¸ ˜OES DA MESMA ALTRA OU MAIS BAIXOS ESTRUTURA ISOLADA

Tipo de solo/piso: AGRICULTURA E/OU CONCRETO

M ´ARMORE E/OU CER ˆAMICA CARPETE E/OU ASFALTO E/OU MADEIRA Protec¸˜ao contra incˆendio: NENHUMA

EXTINTORES, ALARMES MANUAIS, HIDRANTES, ETC

(52)

APÊNDICE D – PLANILHA DE CÁLCULO DO GERENCIAMENTO DE RISCO D.1 EDIFÍCIO A

Características da estrutura e meio ambiente

Parâmetro Comentário Símbolo Valor Referência

Densidade de

DA Campo Mourão Ng 10,4 Descargas Atm./km²/ano

Dimensões L, W e H

26, 17,

27

Fator de

localização Variável Cd 0,5 Tabela A.1

SPDA Variável Pb 0,1 Tabela B.2

Ligação Equipot. Nenhuma Peb 1 Tabela B.7

Blindagem

espacial externa Nenhuma Ks1 1 Equação B.5

Linha de Energia

Parâmetro Comentário Símbolo Valor Referência

Comprimento Valor aproximado Ll 10

Fator de

Instalação Variável Ci 0,5 Tabela A.2

Fator tipo da linha Linha de energia em AT Ct 0,2 Tabela A.3 Fator Ambiental Urbano, edifício > 20m Ce 0,01 Tabela A.4 Blindagem da

Linha Não blindado Rs - Tabela B.8

Blindagem, aterramento e

isolação

Linha aérea não blindada Cld 1 Tabela B.4 Cli 1 Estrutura Adjacente Nenhuma Lj, Wj e Hj - Fator de localização da estrutura Cdj - Tabela A.1 Tensão suportável do sistema interno (kv) Uw 2,5 Parâmetros Resultantes Ks4 0,4 Equação B.7 Pld 1 Tabela B.8 Pli 0,3 Tabela B.9 Linha de Sinal

Parâmetro Comentário Símbolo Valor Referência

Comprimento Valor aproximado Ll 10

Fator de

(53)

Fator tipo da

linha Linha de sinal Ct 1 Tabela A.3

Fator Ambiental

Urbano, edifício >

20m Ce 0,01 Tabela A.4

Blindagem da

Linha Não blindado Rs - Tabela B.8

Blindagem, aterramento e

isolação

Linha aérea não blindada Cld 1 Tabela B.4 Cli 1 Estrutura Adjacente Nenhuma Lj, Wj e Hj - Fator de localização da estrutura Cdj - Tabela A.1 Tensão suportável do sistema interno (kv) Uw 1,5 Parâmetros Resultantes Ks4 0,67 Equação B.7 Pld 1 Tabela B.8 Pli 0,5 Tabela B.9 Fator Zona Z2

Parâmetro Comentário Símbolo Valor Referência

Tipo de piso Variável rt 0,1 Tabela C.3

Proteção contra choque (estrutura)

Nenhuma Pta 1 Tabela B.1

Proteção contra

choque (linha) Nenhuma Ptu 1 Tabela B.6

Risco de

incêndio Baixo rf 0,01 Tabela C.5

Proteção contra

incêndio Variável rp 0,5 Tabela C.4

Blindagem

espacial interna Nenhuma Ks2 1 Equação B.6

Energia Fiação interna Ks3 1 Tabela B.5

DPS coordenados Pspd 1 Tabela B.3

Telecom Fiação interna Ks3 1 Tabela B.5

DPS coordenados Pspd 1 Tabela B.3

L1: perda da vida humana

Perigo especial hz 1 Tabela C.6

D1 Lt 0,1 Tabela C.2 D2 Lf 0,1 D3 Lo - Fator para

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