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MANUAL TÉCNICO DE ROTINAS PRODUTIVAS DE JORNALISMO TELEVISIVO

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1 Fundação Universidade Federal de Rondônia – Campus de Vilhena

Departamento Acadêmico de Comunicação Social / Jornalismo

MANUAL TÉCNICO DE ROTINAS PRODUTIVAS DE

JORNALISMO TELEVISIVO

Vilhena

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2

MANUAL TÉCNICO DE ROTINAS PRODUTIVAS DE

JORNALISMO TELEVISIVO

Elaboração: Prof. Dra. Maíra Bittencourt

Vilhena 2017

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3 BITTENCOURT, Maíra.

Manual técnico de rotinas produtivas de jornalismo televisivo. Edição 2017. Vilhena, 2017. 38 p.

1. Rotinas televisivas;. 2. Operação de câmera;. 3. Edição de vídeo;. 4. Reportagem de televisão. 5. Apresentação e ancoragem.

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4 Sumário

1. As teorias das cores e os princípios de iluminação ... 7

2. A iluminação na TV ... 11

3. Padrões de iluminação ... 11

4. Tipos de refletores artificiais ... 13

5. A captação de imagens ... 13

6. Filtros ... 14

7. Balanço de Branco (White Balance) ... 14

8. Íris ... 15

9. Linguagem Visual ... 15

10. Enquadramentos ... 15

11. Planos ... 15

12. Movimentos ... 17

13. Organização dos elementos na tela ... 17

14. A produção de pauta – a ideia ... 18

15. Os formatos de narrativa do telejornalismo: nota pelada, nota coberta, nota pé, reportagem, entrada ao vivo, boletim e série de reportagens ... 21

16. A rotina: da produção à reportagem ... 24

17. A decupagem ... 27

18. A edição ... 31

19. Utilizando o Adobe Premiere ... 31

20. O espelho ... 34

21. Apresentação e ancoragem ... 35

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5 Lista de imagens

Imagem 1. Escala Kelvin da temperatura das cores ... 7 Imagem 2. Escala Kelvin da temperatura das cores em relação à luz solar ... 8

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6 Lista de tabelas

Tabela 1. Classificação das temperaturas Kelvin em relação à diferentes tipos de iluminação ... 9 Tabela 2. Comandos do Adobe Premiere Pro CS6 ... 31

(7)

7

1) As teorias das cores e os princípios de iluminação

As teorias sobre as cores são muito antigas. Aristóteles, filósofo grego que viveu em 335 a.C., já tinha estudos sobre a temática. Ele pensava as cores como propriedade dos objetos. Afirmava que eram em seis: o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e preto.

Leonardo Da Vinci (1452 – 1519), uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, que se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico, dizia que a cor não era uma propriedade dos objetos, mas sim da luz. Ele entendia que todas as outras cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e amarelo. E que o branco e o preto não são cores, mas extremos da luz. Da Vinci foi o primeiro a observar que a sombra pode ser colorida.

Isaac Newton (1642 – 1727), inglês, físico e matemático, um dos cientistas mais influentes de todos os tempos, dividiu as infinitas cores do espectro em sete grupos: (todos os graus de) vermelho, laranja, amarelo, verde, azul anil e violeta.

Goethe (1749 – 1832), escritor e pensador alemão, que também fez incursões pelo campo da ciência, passou trinta anos tentando terminar o que considerava sua obra máxima: um tratado sobre as cores que poria abaixo a teoria de Newton. A principal objeção de Goethe a Newton era de que a luz branca não podia ser constituída por cores, cada uma delas mais escura que o branco. Assim ele defendia a ideia das cores serem resultado da interação da luz com a "não luz" ou a escuridão.

William Thomson ou Lord Kelvin (1824 – 1907), afirmou que as cores estão ligadas às temperaturas. Essa foi uma das maiores revoluções e contribuições para a área de fotografia e filmagem. É com essas temperaturas que trabalhamos até hoje. Ele afirmou que a luz branca é atingida com temperatura de 3200K. Todas as câmeras saem da fábrica com esse ajuste. Os refletores e lâmpadas de estúdio estão também regulados pelo padrão Kelvin.

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8 Fonte da imagem:

http://1.bp.blogspot.com/_SW7FEBhudqM/TBtuLMtfcCI/AAAAAAAAALo/F-LeuRtz_TM/s400/colortemp.gif

Aplicando essa regra, na prática podemos aplicar as temperaturas da seguinte maneira:

Imagem 2. Escala Kelvin da temperatura das cores em relação à luz solar

Fonte da imagem: http://www.jlm-energias.pt/imagens/tempcor.png

A luz do sol é utilizada como referência de ideal de iluminação, pois todos os seus comprimentos de ondas estão em harmonia, gerando assim a luz branca. Ela é a mesma em todos os horários, porém a sua temperatura de cor pode variar por causa da sua posição em relação à atmosfera terrestre.

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9 Tabela 1. Classificação das temperaturas Kelvin em relação à diferentes tipos de

iluminação

As cores podem influenciar diretamente no tipo de narrativa que desejamos. Vejamos a seguir alguns tipos de sensações que cada cor pode causar.

CORES QUENTES: Vermelho

Características: É a cor que possui a maior quantidade de efeitos psicológicos, devido a sua rara ocorrência na natureza. Estimula os sentidos, atenuando a melancolia e a inércia. Afeta a pressão sanguínea e incita a sensação de fome. Quando bem utilizada passa a ideia de sofisticação e riqueza.

Associações: Ação, amor, atividade, bravura, calor, desejo, dinamismo, emoção, energia, excitação, extroversão, fogo, força, guerra, impacto, ira, lábios, martírio, motivação, movimento, mulher, pecado, perigo, potência, revolta, sangue, sensualidade, sexo, sol, timidez, vergonha, vida, violência, vitalidade, vontade, vulgaridade.

Laranja

Características: É a cor que mais está presente na natureza. Representa imaginação, aventura e jovialidade, por isso, quando usado em excesso pode provocar a impressão de ausência de seriedade. Construtiva, porém expansiva. Por ser uma mistura do amarelo e do vermelho, representa moderação, sendo mais equilibrada que as duas.

Associações: Aurora, energia, euforia, festa, outono, pôr do sol, prazer, senso de humor, tentação.

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10 Características: Desenvolta e esportiva, porém imprecisa, podendo causar desvio de atenção. Embora não seja uma cor motivadora por essência, está sempre ligada à alegria, ao sol e todo o tipo de referência ao brilho e à luminosidade. Geralmente usada em contraste com o preto ou alguma cor mais sóbria com fins de destaque. É a cor mais intensa de todas, por isso, associada à riqueza e nobreza.

As variações do amarelo, principalmente o esverdeado, podem provocar efeitos negativos, como sensação de inveja e má fé, ou doença, como a icterícia e a hepatite. Também associado à covardia

Associações: Adolescência, alerta, ciúme, conforto, egoísmo, esperança, espontaneidade, flores grandes, gozo, iluminação, inveja, lógica, ódio, orgulho, originalidade, razão, sabedoria, sol, verão, versatilidade, vivacidade.

CORES FRIAS

Verde

Características: Associada diretamente com a natureza pela sua predominância durante a primavera, por isso muito usada em produtos que indicam naturalidade, como azeites, frutas, verduras e legumes, porém pouco agradável para alimentos em geral. Transmite sensação de frescor, liberdade e limpeza. Símbolo da esperança.

Associações: Abundância, águas claras, bem-estar, bosque, ciúme, coragem, crença, desejo, dinheiro, equilíbrio, esmeralda, firmeza, frescor, imortalidade, liberdade, limpeza, natureza, perseverança, primavera, ressurreição, Santa Trindade, saúde, tapete de jogos, tranqüilidade, umidade.

Azul

Características: Cor estável e sóbria, denotando requinte e confiabilidade. É uma das tonalidades mais frias de todas e a sua mescla com o verde produz os matizes mais gelados. Possui grande poder de atração e estabiliza as inquietações. Raramente prende o olhar e, dependendo da aplicação, pode ser entendida como apática.

Associações: Afeto, águas tranqüilas, amizade, amor, céu, confiança, divindade, espaço, fidelidade, frio, gelo, infinito, intelectualidade, inteligência, limpeza, mar, masculinidade, meditação, organização, precaução, profundo, pureza, sabedoria, sentimento, serenidade, simplicidade, verdade, viagem, virgindade.

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11 Características: Austero e fúnebre, porém altamente elegante. Evoca enigma, magia, religião e luxúria. Usado comumente em artigos religiosos, acessórios funerários e produtos finos. O uso excessivo desta cor pode trazer demasiada introspecção, causando impressão de algo ruim.

Associações: Caixão, calma, delicadeza, dignidade, egoísmo, espiritualidade, fantasia, feminilidade, floral, gentileza, grandeza, gratidão, hematoma, igreja, justiça, mistério, misticismo, noite, profundo, sonho, tranqüilidade.

2) A Iluminação na TV

A iluminação na televisão existe basicamente para dois motivos, o primeiro deles, e mais básico, é possibilitar a gravação. Essa quantidade mínima de luz depende de cada câmera. Uma câmera amadora ou semiprofissional necessita de muito mais luz externa do que uma câmera profissional. Isso ocorre porque as câmeras profissionais possuem ajustes maiores de obturador.

O segundo motivo da iluminação na TV é tornar a gravação mais interessante. As luzes podem produzir efeitos nas pessoas, despertar emoções, de acordo com a variação de cores e temperaturas, dar efeito de nitidez, contornos e profundidade. É possível criar um clima “dramático” simplesmente com a iluminação.

3) Padrões de iluminação

De modo mais abrangente podemos dividir a iluminação em três tipos: natural, artificial e ambiente. A natural, como o próprio nome diz, é produzida naturalmente pelo sol, lua ou estrelas. A luz artificial é conseguida através de refletores. A iluminação ambiente é a união das duas anteriores e é a mais difícil de ser trabalhada, pois, está relacionada ao agrupamento de temperaturas diferentes na mesma cena.

Podemos trabalhar com diversos tipos de iluminação na produção de televisão. As captações mais simples são feitas com um ponto de luz, mas podemos chegar a utilização de cinco ou mais pontos. A utilização desses pontos de luz vêm criar efeitos e esses podem ser caracterizados pelo tipo da iluminação escolhida.

A luz dura é aquela que incide diretamente sobre o objeto fotografado, causando uma sombra bem marcada e nítida. Os efeitos causados pela luz dura são:

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12 - Ideia de mistério;

- Algo escondido nas sombras; - Filmes de suspense, terror... - Cena forte;

- Mais contraste entre Luz e Não-Luz.

Já a luz suave é aquela que gera sombras sem contornos nítidos e não é possível dizer exatamente em que ponto essa sombra começa ou termina. Os efeitos causados pela luz suave são:

- Se direta: Mistério e força;

- Se difusa: Delicadeza, fragilidade, calma e alegria. - Aquele efeito de pele lisinha das revistas

Quando usamos iluminação artificial podemos atingir tanto a luz dura quanto a suave. Quanto maior o refletor, mais suave é o efeito. Quanto menor o refletor, mais duro é o efeito. Além disso, existem duas maneiras de “suavizar” a luz: filtrando-a ou rebatendo-a.

Para suavizar podemos utilizar folha de papel vegetal, gelatinas ou um difusor profissional. Para rebater podemos utilizar cartolina brancas, lâminas de isopor, paredes brancas, rebatedor profissional. Para filtrar utilizamos a luz de frente para o objeto escolhido (papel vegetal, gelatinas...). Para rebater utilizamos de costas.

Vejamos a seguir as possibilidades de utilização.

 1 Ponto de luz: Fonte única de iluminação. Ela acompanha o eixo da câmera mantendo iluminado o que está exatamente na frente dela. Geralmente resulta em uma iluminação “chapada”, ou seja, sem sombra e volume. É mais ou menos o efeito do flash sobre as fotografias.

Ex.: Sun Gun, relfetor acoplado na câmera.

 2 Pontos de luz: É uma iluminação para ambientes internos geralmente com uma iluminação principal (luz no teto do ambiente) e uma iluminação secundária.

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13

 4 Pontos de Luz: Acrescenta-se aos dois pontos mais uma luz de fundo e um contra-luz. A luz de fundo serve para separar os elementos da cena com o fundo, dando a impressão de um ambiente mais profundo que a realidade. A fonte de luz é colocada em direção ao fundo da cena. O Contra-luz serve para criar contorno no objeto, ilumina o objeto ou sujeito por traz.

 5 Pontos de Luz: Utilizado para gravação em Chroma Key que exige uma iluminação perfeita para que haja um recorte adequado.

4) Tipos de refletores artificiais

Fresnel: Leva o nome de seu inventor. Possui lente na frente da lâmpada. Lâmpada móvel, se aproximada da lente sua área abrange um espaço maior; Direciona foco e luz; As abas = bandôs, evitam a dispersão de 100 w a 20.000w

Aberto Arri 1000: Similar ao fresnel mas não possui lente na frente; luz dura; deve ser rebatida.

Mini-Brut; Brut, Maxi-Brut: É uma espécie de calha de luz onde vários farois ficam em série; É usada como luz geral, geralmente para estúdios; Podem ser de 2, 3 e 6 lâmpadas.

Spot: Também chamado de tripé de luz; É portátil e fornece bastante luz de formas diferentes. Pode ser trabalhada como luz dura ou suave.

Soft: Utilizado para obter luz suave. É o mesmo soft porém com difusor embutido.

SunGun: Pode ser acoplado nas câmeras. Emite luz frontal que tenta se aproximar da luz do sol.

5) A captação de imagens

A captação de imagens é parte primordial na televisão. Se o repórter estiver ausente é possível fazer a reportagem só com o cinegrafista, porém, se não tiver cinegrafista não há reportagem de TV. As imagens são o grande diferencial na televisão.

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14 Dependemos delas sempre. Boas imagens são capazes de “salvar” um VT com conteúdo mais ou menos.

6) Filtros

É o primeiro ajuste que deve ser feito em uma câmera. Os filtros são ajustes ao tipo de iluminação. Geralmente são 3, mas pode chegar a 5. São identificados por número: 1, 2 e 3 ou por ND 3, 6 e 9.

Esses ajustes atuam no sentido de adequar a sensibilidade das 2 cores (vermelho, verde e azul) na câmera, de acordo com o tipo de iluminação. Como vimos, a luz do sol tem temperatura de cor e 5600K, produzindo uma luz azulada. As luzes internas têm temperatura de 3200k, produzindo luz amarelada. Se não existissem os filtros as imagens captadas na luz do sol puxariam para o azul, da mesma forma as captadas em ambientes internos puxariam para o amarelo.

Os filtros diminuem uma cor excessiva através das posições. Nas câmeras com 3 filtros eles devem ser utilizados da seguinte maneira: (3) luz do sol, (2) dia nublado e (1) luz artificial. É preciso mudar as posições cada vez que mudamos de ambiente. Se gravarmos com o filtro de luz artificial num ambiente externo de luz solar a tendência é que as imagens fiquem demasiadamente azuladas ou quase sem contraste (esbranquiçadas). Da mesma forma se utilizarmos o filtro de externa no ambiente interno a tendência é que as imagens fiquem demasiadamente amareladas ou escuras.

7) Balanço de Branco (White Balance)

É a identificação do branco no ambiente. Depois de ajustado o filtro da

câmera é necessário ajustar o branco. É como se pudéssemos dizer para a

câmera o que é o branco naquele ambiente. A partir disso ela regula todas as

outras temperaturas de cores.

Para ajustar o branco, a câmera deve ser apontada para um local onde seja

branco (camiseta, parede, folha de papel...), depois aperta-se o botão do WB

durante alguns segundos.

Essa operação deve ser feita toda vez que mudar de ambiente, ligar ou

desligar a câmera. Primeiramente se ajusta o filtro e na sequência o WB.

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15

8) Íris

A íris é que regula a entrada de luz na lente da câmera. Ela pode ser controlada manual ou automaticamente. Na opção automático, a câmera regula sozinha e pode haver variações de luz durante a captação, que dá aquele efeito “amador”.

Na opção manual o operador da câmera regula a íris. Essa regulagem pode ser feita de acordo com a captação ou buscando a saturação, efeito contra-luz etc.

9) Linguagem visual

A linguagem visual possui tanta influência quanto a linguagem narrada. Ela pode gerar efeitos e impressões até mesmo sem que seja dito nada. Algumas regras auxiliam nesse processo, os enquadramentos e planos são exemplos disso.

10)

Enquadramentos

É a posição da câmera em relação ao objeto. O enquadramento pode reforçar sentimentos e intenções da cena. São 3 os tipos mais comuns de enquadramentos utilizados no telejornalismo, sendo eles:

Câmera normal: Ela aproxima o olhar do expectador e coloca os personagens em condição de igualdade.

Câmera de cima para baixo: Passa ideia de inferioridade.

Câmera de baixo para cima: Passa ideia de superioridade; Torna grande o objeto.

11)

Planos

O plano é a proporção que cada personagem ou objeto é enquadrado. O tipo de plano escolhido pode influenciar os espectadores e/ou ressaltar emoções do vídeo.

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16 Grande Plano Geral:

- Visão ampla, distante, macro...

- Finalidade: Em geral utilizado para começar histórias ou para trocar de ambiente

Plano Geral:

- Um pouco menor que o Grande Plano Geral.

- Finalidades: Mostrar o local da cena; localizar o personagem no ambiente.

Plano Conjunto:

- Mostra o cenário mas com foco maior no personagem.

- Finalidade: Mostrar o personagem sem perder a referência de local.

Plano Americano:

- Enquadra o personagem do joelho para cima.

- Finalidade: Mostrar o personagem sem perder as expressões corporais.

Plano Médio:

- Enquadra o personagem da cintura para cima; - Utilizado na maior parte dos programas de TV.

Primeiro Plano: - Na altura do busto;

- Muito utilizado em diálogo e entrevistas.

Primeiríssimo Plano:

- Enquadra apenas a cabeça do personagem; - Utilizado para salientar emoções.

Close-up, super Close-up e plano detalhe: - Fechado em detalhe (olho, boca, mãos, pés...).

Plano Subjetivo: Quando se tem a sensação de estar presente na cena. Tipos:

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17 * Câmera atrás do personagem;

* Personagem com o olho na câmera.

12)

Movimentos

Os movimentos de câmera também possuem funções. Não há motivo de realizar um movimento sem que se queira narrar algo com ele. Dentre os movimentos existentes, os mais comuns são os seguintes:

Panorâmica: A câmera se movimenta no seu eixo mostrando o todo do cenário. - Horizontal: Da esquerda para direita ou da direita para esquerda.

- Vertical (Till): De cima para baixo ou de baixo para cima. - Oblíquo: Em diagonal

Funções: Introduzir, ambientar, novo ponto de vista, como se estivesse virando o pescoço...

Travelling: A câmera se desloca em qualquer posição, acompanhando o movimento do personagem. Geralmente a câmera é colocada sobre um carrinho ou sobre um suporte qualquer paralelo ou em direção ao objeto.

Função: Colocar o telespectador como participante na história

13)

Organização dos elementos na tela

Regra dos terços: Devemos dividir de forma imagética a imagem em 9 quadrados, traçando duas linhas horizontais e duas verticais. Formarão 4 pontos. Devemos localizar nosso objeto central em algum desses pontos.

Simetria: Quando optamos por dividir a imagem ao meio e colocar a mesma porção de imagem e conteúdo de um lado e de outro.

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18

14)

Produção de Pauta – a ideia

A pauta é o tema, aquela ideia inicial, uma história, uma denúncia, um assunto novo, algo que merece ser aprofundado ou um acontecimento. A partir da ideia inicial devemos pensar se ela é interessante ao nosso público e por quê as pessoas gostariam de vê-la na televisão. Antes de decidir por apostar na pauta você deve pensar se a proposta está realmente ligada ao que a maior parte do público alvo da emissora gostaria de ver e saber. Em um momento de indecisão, faça um balanço dos pontos que mais interessam nela ou daqueles que fazem parte da vida da maior parte das pessoas que compõem o público alvo da sua emissora. Se o conteúdo for de relevância para a maior parte do público alvo, certamente será pauta, aí cabe seguir os critérios de produção para obter um material de qualidade e completo.

Posto isso, se você chegou à conclusão de que vale investir na pauta, deve começar a pensar em como ela será trabalhada. Existem dois tipos de pautas: as factuais e as não-factuais. As factuais são aquelas não premeditadas, são os acompanhamentos de fatos, possuem menor exigência de qualidade. As não-factuais são aquelas premeditadas, produzidas e por isso possuem maior exigência de qualidade.

Devemos criar uma lista de possíveis entrevistados, afinal, jornalista não opina nem dá explicações sobre os fatos em reportagem, apenas ouve os entrevistados e “monta o quebra-cabeças”, atribuindo sentido às falas.

Quando você for começar a pensar sobre as fontes deve fazer uma lista com o nome, cargo ou profissão e telefone de contato de cada possível entrevistado. Compre uma agenda de papel e vá antando nela todos os contatos que você for adquirindo a cada pauta. Você pode optar também por adicioná-los a algum tipo de arquivo digital (planilha Excel, aplicativos de agenda etc). O importante é armazenar esses contatos. Cultivar fontes e possuir uma listagem de possibilidades é algo fundamental para um jornalista.

a) A reunião de pauta

Em televisão ninguém trabalha sozinho. Por mais enxuta que seja a emissora, sempre teremos uma equipe. A reunião de pauta é o momento de encontro com a equipe. Produtores, editores, chefe de reportagem, repórteres e cinegrafistas (esses dois últimos se não estiverem em externa) se encontram nesse momento para discutir às possibilidades para o jornal do dia ou do dia seguinte.

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19 Na reunião de pauta cada um, principalmente os produtores e editores, devem sugerir pautas. Elas serão analisadas por todos e, a partir da decisão da maioria (com o aval do editor chefe) serão definidas às prioridades. É da reunião de pauta que sai a linha editorial a ser seguida em cada reportagem. É nela que também se define o que vai para frente o que cai e o que deve ser trabalhado como pauta gaveta.

Mas de onde vêm as pautas? As pautas chegam na redação de diversas formas. Uma delas é através da ronda. A ronda é “a sucessão de telefonemas feitos pela mesa de produção”1, esses telefonemas podem ser para órgão que cobrem emergências (como bombeiros, polícias...), para assessorias de imprensa, para afiliadas (no caso de quando se trabalha em uma emissora com rede), enfim, deve abranger um leque de possibilidades que resultem em pautas.

Além da ronda, as pautas surgem através de fatos do dia, e-mails recebidos, indicações de temas enviados por fontes, telespectadores ou até mesmo inquietações da própria equipe da redação. É importante também reservar um espaço para o acompanhamento de casos, ex.: no jornal de hoje cobriu uma investigação a respeito do assunto X, é importante que se volte nela daqui um mês, ou daqui quanto tempo for necessário para apresentar o desfecho. Esse quesito falta muito no jornalismo, por isso temas importantes são esquecidos e simplesmente deixam de existir sem ao menos uma explicação final.

Ao fim da reunião de pauta deve existir um pré-espelho do telejornal com as pautas que serão trabalhadas e algumas possibilidades de stand-by. A produção, propriamente dita, começa assim que termina a reunião de pauta.

b) A produção

Com os temas definidos, o produtor começa a pensar no esboço de gravações. É papel da produção ligar e agendar com todos os entrevistados. A produção também deve providenciar autorizações para gravar em determinados locais. Deve fazer todo o meio de campo necessário para que, quando a equipe de reportagem saia da redação, haja o menor número de imprevistos possíveis.

Cabe à produção fazer o resumo dos acontecimentos, agrupar os dados dos entrevistados, explicar o objetivo da reportagem e o foco que deve ser dado à matéria e fornecer materiais de apoio.

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20 Abaixo deixo um modelo de lauda de produção que pode ser seguido para que nenhuma das etapas seja esquecida.

Educação no presídio de Vilhena

(Inserir aqui acima a retranca da reportagem)

Dados de identificação

Programa que será veiculado: Nome do Repórter:

Nome do Cinegrafista/fotográfo: Nome do produtor:

Identificação da câmera e da mídia de gravação:

Resumo/ Explicar aqui qual o foco da matéria:

A ideia é fazer uma

grande reportagem no formato multimídia abordando a educação no

presídio feminino. Conhecer as condições de ensino (salas, biblioteca...).

Saber

sobre

os

tipos

de

curso

(fundamental,

médio

ou

profissionalizante). Entender quais as detentas podem participar dos

cursos. Abordar as dificuldades e verbas repassadas pela administração

pública. Conhecer os efeitos da educação na vida das detentas.

Dia da externa, horário da externa e horário de retorno: 15 de março, às 9h.

PRIMEIRA MARCAÇÃO

O que será feito? Depoimentos das detentas sobre a educação recebida Nome do entrevistado:

Cargo do entrevistado: Local:

Endereço: Contato:

Linha de abordagem para essa entrevista:

Material de apoio (Colocar aqui pesquisas, outras reportagens, dados que possam auxiliar o repórter a ter mais informações sobre a pauta).

SEGUNDA MARCAÇÃO

O que será feito nesse local? Entrevistas com as fontes oficiais (professora e diretor), panorama geral sobre a educação nos presídios do país e realidade de Vilhena.

Nome do entrevistado: Cargo do entrevistado: Local:

Endereço: Contato:

(21)

21 Material de apoio:

Material de apoio:

Diretor da Colônia Penal e professora

solicitam apoio da Câmara de Vilhena

Editoria II março 4, 2016 0

O vereador Junior Donadon recebeu, nesta sexta-feira, 4, na sala da presidência da Casa de Leis, Jair Stiipp (diretor da Colônia Penal) e Francisca Oliveira (professora no presídio feminino). Ambos solicitaram ao parlamentar apoio visando melhor estrutura no ensino educacional no presídio feminino.

Jair e Francisca relataram ao presidente da Câmara de Vereadores algumas dificuldades que atrapalham uma melhor qualidade de ensino no local. Uma delas é a falta de apoio do Executivo Municipal que não oferece apoio financeiro. “A princípio viemos informar ao presidente da Câmara o trabalho desenvolvido no presídio feminino. Ao mesmo tempo pedimos apoio dos vereadores para que possamos usufruir de apoio financeiro e traçar uma meta de atividades que envolvem as detentas”, explicou.

Para Junior Donadon, a questão merece atenção especial, já que atividades no presídio têm por finalidade única a ressocialização. “O poder público municipal tem que tratar isto de forma emergencial”, frisou.

Jair e Francisco irão expor as ações e dificuldades a todos os vereadores na sessão ordinária do dia 15 de março.

Fonte: Assessoria

15)

Os formatos de narrativa do telejornalismo: Nota pelada,

nota coberta, nota pé, reportagem, entrada ao vivo, boletim e

série de reportagens

No telejornalismo existem algumas possibilidades diferentes de narrativa de assuntos. Nem tudo precisa ser abordado em forma de reportagem. Existem temas que podem ser simplesmente citados no telejornal, outros precisam ser aprofundados com imagens e entrevistas, há ainda aqueles que chegam na última hora e só conseguem ser exibidos se for através de uma entrada ao vivo. Tem também pautas que precisam de muito mais tempo e produção. Para cada necessidade existe um formato diferente. Vejamos abaixo algumas opções.

(22)

22 Nota ao vivo ou nota pelada: Notícia lida pelo apresentador do telejornal, sem qualquer imagem de ilustração.

Nota coberta: Nota cuja a cabeça é lida pelo apresentador e o texto seguinte é coberto com imagens. Esta nota pode ser gravada ou ao vivo.

Nota pé: Nota lida pelos apresentadores ao final da matéria. Nela aparecem informações complementares (site, telefone...) ou que chegaram de última hora.

VT, reportagem ou matéria: É feita pelo repórter, cinegrafista e auxiliar, na rua. É o corpo do telejornal. Nela estão as notícias.

Entrada ao Vivo: Transmissão ao vivo de um fato. Normalmente é feito por um repórter ou apresentador no local do acontecimento. Pode contar com imagens pré-captadas.

Boletim: Resumo do fato. É gravado pelo próprio repórter no local dos fatos. Dá origem ao stand-up.

Séries de reportagens: Sequência de reportagens sobre um mesmo tema com objetivo de aprofundar no assunto. As séries tratam de temas não factuais e exigem uma produção bem mais aprofundada.

a) A reportagem

Embora existam as diversas possibilidades de formatos, a reportagem é o grande produto jornalístico. Deve ser composta por OFF, Imagens, Passagem e sonoras. Vejamos detalhadamente o que é cada uma dessas partes da reportagem:

OFF: Texto feito pelo repórter com base nas imagens e nos fatos vivenciados na rua. Esse texto é passado com o editor e gravado pelo repórter na redação. É aquela narração da notícia que é colocada durante a matéria. Para deixar o OFF mais atraente é preciso um bom texto e uma boa locução.

Existem inúmeras maneiras de se iniciar uma reportagem de TV . Uma delas é começar o texto com o que há de mais interessante, importante, forte e atual, seja por meio de imagens, declarações ou informações. Outra maneira é começar pelo "personagem" - uma pessoa atingida diretamente pelo assunto a reportar.2

O OFF deve ser claro, curto e objetivo, sem palavras rebuscadas. As frases devem ser bem pontuais para facilitar a compreensão. A TV, diferente do jornal, não oferece a

2 MORAES, Thiago. OFF: Modo de Fazer. Disponível em: < http://teleblognews.blogspot.com.br/2013/02/off-modo-de-fazer.html>. Acesso em: 19 mar. 2017.

(23)

23 chance de voltar para uma segunda “leitura”, assim, o telespectador precisa entender a reportagem no momento em que ela está sendo exibida.

Abaixo deixo algumas dicas passadas pelo repórter Thiago Moraes em seu blog Tele Blog News:

Em reportagens o indicado é evitar os adjetivos, para que o texto seja o mais imparcial possível e apenas se restringir a reportar o fato.

Em algumas reportagens com deadline muito curto, o repórter deverá escrever o texto do OFF no local das gravações. Geralmente, ele dobra a folha da pauta ao meio, na vertical, e usa as costas da página em branco para escrever (veja na foto). Se preciso for, o repórter grava o texto dentro do carro de reportagem e envia o material (OFF gravado e fita bruta) por um motoboy.

Na hora de digitar o OFF no computador, prefira "caixa alta" (letras maiúsculas). Isso facilita a leitura.

Nos pontos finais, normalmente se usa duas barras (//). Elas também ajudam na interpretação para encerrar o assunto.

Frases

Formule estruturas simples de frases com sujeito + verbo + predicado.

Exemplo 1: "O atacante recebeu a bola e partiu pro gol. O goleiro foi pra cima, mas Gustavo foi mais rápido. Um a zero para o time da casa."

Exemplo 2: "Francisco é a esperança da equipe médica. O carpinteiro ganhou o primeiro coração artificial do Brasil. A cirurgia levou 12 horas e não teve qualquer complicação."

Preste muita atenção nas concordâncias verbais.

Exemplo: "A maioria das mulheres é (e não "são") mais emotiva (e não "emotivas") que os homens."

Palavras

O poeta francês Paul Valery (1871 - 1945) dizia: "Entre duas palavras, escolha sempre a mais simples. Entre duas palavras simples, escolha a mais curta." Meu conselho é o mesmo.

Exemplo: ao invés de "residência", use "casa"; ao invés de "transeunte", use "pedestre"; ao invés de "automóvel", use "carro", ao invés de "orquestrado", use "planejado" etc.

Corte os pleonasmos (as redundâncias - repetição de ideias). Exemplo: "subiu pra cima", "desceu pra baixo", "saiu pra fora", "cair pra baixo", "multidão de pessoas", "elo de ligação", "monopólio exclusivo", "principal protagonista" etc.

(24)

24 Seja criativo e abuse dos sinônimos. Em uma mesma frase evite duas palavras iguais, mas sem transformar o texto em uma "aberração". Se ficar estranho, reformule as frases ou incorpore uma na outra sem que fiquem muito longas.

Jargões

Não complique com palavras difíceis usadas apenas por profissionais como policiais, médicos, cientistas, engenheiros, advogados etc. O repórter deve traduzir essas palavras para o grande público. Se não souber o significado, não se intimide em perguntar para um profissional competente. Se o jargão for necessário no texto, use, mas explique-o em seguida.

Exemplo: "O Governo proibiu as empresas aéreas de fazer overbooking, ou seja, vender passagens acima da capacidade dos aviões."

Imagem x texto

As imagens, feitas pelos cinegrafistas, têm muita informação visual para a reportagem em TV. Não é necessário descrevê-las. Elas são valiosas para complementar o texto e ilustrar o que esta sendo dito. Cinegrafista e repórter devem estar em sintonia. Um precisa saber o que o outro pensa em fazer na matéria para que tudo seja aproveitado na edição.

Passagem: É o momento em que o repórter aparece na reportagem. Essa gravação deve ser feita no local do acontecimento e deve conter informações que não conseguem ser contempladas por imagens. A passagem pode ser utilizada para descrever algo que não se tem imagens, destacar informações, unir situações, destacar entrevistado, falar informações complexas ou mostrar detalhes.

Sonoras: São as entrevistas gravadas. Antes de gravar tire as dúvidas com o entrevistado e pense nas perguntas. Nunca mais do que 3 perguntas, afinal, serão utilizados no máximo 40 segundos de fala. Se atente para gravar os contraplanos enquanto conversa com o entrevistado.

16)

A rotina: da produção à reportagem

Vimos até aqui aspectos importantes de produção e criação de reportagens e telejornais. Agora, antes de passarmos às técnicas de edição, deixarei aqui um roteiro básico da produção diária, nele, podemos identificar o passo-a-passo, da produção até a reportagem pronta.

(25)

25 Pré-produção

Identificação de um tema;

Levantamento inicial de informações.

Reunião de Pauta

Momento de apresentar as possibilidades de pautas para o grupo; Nela serão definidos os temas a serem abordados no jornal;

Com o espelho definido, aprovado pelo editor-chefe, começa a produção propriamente dita.

Produção

Elabore a lauda de produção; Marque entrevistas;

Pegue autorizações; Levante dados;

Organize a reportagem com todos os dados necessários para a equipe de externa.

Preparativos para externa Separe a câmera;

As fitas ou cartões de memória a serem utilizados; Tripé;

Iluminação; Microfones; Baterias.

Lauda de produção.

“A escolha do equipamento adequado à reportagem é muito importante. Num ambiente de muito ruído, como o de um estádio, por exemplo, é preciso ter atenção especial aos microfones a utilizar. De ambiente, para captar o som das bancadas; unidireccionais para captar a voz do repórter”.3

No local

3 OLIVEIRA, Jorge Nuno. Manual de jornalismo de televisão. Disponível em: < http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.aspx?skey=&doc=73220&img=458>. Acesso em 20 mar. 2017. p. 39.

(26)

26 Identificar os acontecimentos e com eles o que deve ser a prioridade de captação, tanto em termos de imagens quanto em termos de conteúdo falado;

O repórter deve estar em constante diálogo com o cinegrafista para que sejam captadas as imagens necessárias para a narrativa em questão;

Quanto mais objetivo for esse trabalho mais fácil será na hora da montagem. O repórter deve recolher o máximo de informações possíveis do entrevistado antes da gravação. Essas informações vão auxiliar na entrevista. E

Enquanto o repórter conversa com o entrevistado o cinegrafista já pode ir captando imagens de apoio.

O repórter já deve começar a pensar na montagem da reportagem ali mesmo na externa, assim, poderá solicitar imagens específicas para sua narrativa. O OFF deve ser escrito de acordo com as imagens que se tem disponíveis e as entrevistas.

Os takes captados pelo cinegrafista devem ter duração entre 5 e 10 segundos. Utilizar o tripé sempre que possível. Quando for utilizar movimentos conte 3 segundos iniciais parado, faça o movimento e termine com 3 segundos novamente parado.

17)

A decupagem

Decupagem é o momento de avaliação do que foi gravado com perspectiva de montagem da reportagem. É o momento em que o repórter vai parar para visualizar as imagens e entrevistas e anotar as cenas a serem utilizadas e os trechos da entrevistas.

O repórter é responsável por anotar o time code do início e final de cada entrevista, da passagem e das imagens específicas a serem utilizadas na reportagem. Ele também de transcrever a fala dos entrevistados e separar os trechos que serão usados na reportagem. Segue abaixo exemplos de textos de reportagens de televisão já com as marcações da decupagem.

(27)

27 VT SÉRIE EDUCAÇÃO 5

Cabeça

Hoje, na nossa quinta reportagem da série “A educação precisa de respostas”, uma campanha do grupo RBS, você vai saber por que 89% dos estudantes chegam ao ensino médio sem saber o necessário de matemática./ Nossa equipe conversou com especialistas e estudantes e mostra para você quais as principais dificuldades que levam a esse índice.// imagens

FLÁVIO DIAS

ROBSON CUSTÓDIO

OFF 1

(Orientação para edição: esse primeiro pedacinho de OFF pensei que poderíamos cobrir com as imagens das contas no modo acelerado, segue o time code de início e fim, aí é só colocar aquele efeito de acelerar)

(00.12.07.04 até 00.12.25.00) Logaritimos, (00.12.38.00 até 00.13.09.160 equação com raíz quadrada, (00.13.14.00 até 00.13.59.00) cálculo de área... Tem gente que fica cansado só de ouvir falar na matemática.//

SONORA – DOUGLAS GODINHO Estudante 3 ano

00.06.55.20 Ah eu não gosto não, eu acho muito chato. Eu acho que a gente nunca deve estudar o que não gosta 00.07.02.00

SONORA – LAURA KANEKO Estudante 7ª série

00.09.00.00 Eu acho matemática muito chata. Porque é muito difícil 00.09.06.00 OFF 2

E essa opinião é quase um consenso entre os estudantes./ Seja no ensino fundamental ou médio, são poucos os que realmente gostam da matemática./ Nessa escola, no muniípio de Ibiúna, interior de São Paulo, não é diferente./ Mas tudo isso tem motivos./ E um deles é por não compreender a matéria.//

SONORA – MARCELA NISHIYAMA estudante 3º ano

00.04.06.00 Eu não me dou bem com a matéria porque eu tenho dificuldade de entender, na hora de aplicar a matéria. Eu posso até entender o que o professor fala, mas se eu vou fazer sozinha já tem uma certa dificuldade 00.04.18.29

OFF 3

Segundo a professora Iole, que é docente na Universidade de São Paulo e possui doutorado em matemática, outros dois motivos estão relacionados aos professores./ Segundo ela, muitos dos educadores das séries iniciais não têm gosto pela disciplina, por isso procuraram a pedagogia ou o magistério, mas depois de formados se deparam com a obrigação do ensino de todas as áreas./ E essa falta de afinidade com os números também é repassada aos alunos.//

(28)

28 SONORA – IOLE DE FREITAS DRUCK

Doutora em matemática e docente da USP

00.12.25.00 Então ela passa a ser uma “chatura” que tem que decorar e isso continua no fundamental e chega no ensino médio então vira um caos. O ensino médio está muito em crise, ele deveria ser voltado para formar os cidadãos, que possa ler jornal, que possa usar essas ferramentas da matemática no seu cotidiano, para tratar de questões salariais, ver se as contas estão certas na hora de ser despedido, ou na hora de ser admitido, mas eles não dominam essas ferramentas porque elas são completamente sem nexo. 00.13.08.00

OFF 4

Com métodos mais pesados os estudantes, que até começam com curiosidade, acabam deixando de ter interesse pelo assunto.//

SONORA – NICOLAS SANTIAGO Estudante 7ª. série

00.15.14.00 No começo ela é legal, mas daí vai ficando mais difícil, fica mais chata, cansa muito 00.18.22.00

OFF 5

E essa não é uma opinião somente do Nicolas./ Segundo dados do Inep, que é o Instituto Nacional de Pesquisas em Ensino, do governo federal, o aproveitamento da matemática vai caindo ao longo da vida escolar./ ///ENTRA ARTE/// Enquanto que estudantes de 4ª a 5ª série do ensino fundamental conseguem 32,6% de aproveitamento esse índice cai para 14,8% do 8º ao 9ª ano e para 11% quando chegam ao 3º do ensino médio.// ///SAI ARTE///

SONORA – ANDREA BERGAMASCHI

Gerente de projetos do movimento “Todos pela educação”

00.04.10.00 As dificuldades com a matemática, elas começam no início do ensino fundamental. A gente consegue perceber, com alguns estudos que a gente fez, já mostraram que essas crianças já presentam dificuldade com a matemática já no terceiro ano do ensino fundamental. Um estudo que foi aplicado em 2011 mostrou que 42% só das crianças aos 8 anos dominavam as atividades adequadas para aquela fase da etapa escolar. Então isso acaba comprometendo todo o desempenho escolar dela dali para frete. Porque o aprendizado da matemática ele depende muito da consolidação de aprendizados anteriores 00.04.51.00

OFF 6

Quando os estudantes são questionados sobre o que poderia gerar interesse pela disciplina a resposta é quase unânime.//

SONORA – LAURA KANEKO Estudante 7ª série

00.09.10.00 Quando o professor é divertido descontrai mais e fica bem mais fácil aprender 00.09.16.00

SONORA – MARCELA NISHIYAMA estudante 3º ano

(29)

29 SONORA – PAULA VICTÓRIA

Estudante 7ª série

00.17.53.00 A interessante a professora ser mais engraçada, descontrair os alunos, ia ser mais legal assim 00.18.00.00

OFF 7

Para a professora Vanessa esse também seria o melhor caminho./ Procurar sempre unir o conteúdo com o dia-a-dia dos estudantes e somar a isso um toque de descontração.// SONORA – VANESSA PACCIOTTI

Professora de matemática

00.15.10.00 Acredito que trazendo o dia-a-dia para dentro da sala de aula. O trabalho junto com a disciplina de informática. O computador que é uma coisa do dia-a-dia deles, que eles gostam bastante que é interessante. Aí pode trabalhar com matemática com gráficos, tabela de excel e trazendo a matemática da rua para dentro da sala de aula. Compra, mercado, tudo que eles usam e às vezes eles pensam que, para quê matemática, que não vem nunca mas está no dia-a-dia deles 00.15.35.00

OFF 8

Para os estudantes que já conseguiram ter essa experiência a resposta para a matemática é diferente./ Rafael é filho de produtores de hortaliças./ Na propriedade convive diariamente com cálculos e negociações./ Olhando para a realidade de seus pais e para sua própria vivência e plano de vida consegue perceber a importância da matemática e aí tornar o aprendizado mais fácil.//

SONORA – RAFAEL ALBERTIN estudante 3º ano

00.05.30.00 Ah eu acho que a matemática é uma das matérias importantes hoje em dia. Você utiliza em quase todos os cursos, tem grande peso no vestibular nas áreas de exatas. E hoje em dia acho que sem matemática não dá para seguir 00.05.46.00

VT CUSTO LEITE

Cabeça

Crise no setor leiteiro./ Os custos de produção aumentaram e o preço pago pelo produto não acompanhou./ Outro problema está na entrada cada vez maior de lácteos importados com preços mais baixos que os brasileiros./ Com esse cenário já tem muitos produtores pensando em desistir da atividade.//

Imagens

EDUARDO ONGARO

OFF 1

Na família Fortes já são 4 gerações trabalhando na produção de leite./ A propriedade começou com o bisavô do Thiers, passou para o avô, pai e agora ele e o irmão tocam as atividades./ Quando assumiram a propriedade acreditavam que nunca iam trabalhar em outra atividade./ Mas agora já começam a pensar em deixar a produção leiteira./ Um dos

(30)

30 maiores problemas está na importação de leite./ Há muitos anos se fala da entrada de produto importado, mas segundo o produtor esse cenário vem ficando ainda pior nos últimos anos./ Os produtos estrangeiros chegam para as fábricas brasileiras com valor inferior, por conta de impostos e também de exigências sanitárias brasileiras que não são impostas lá fora./ Com produtos mais baratos na indústria nacional a remuneração para os produtores fica travada.//

SONORA - THIERS FORTES produtor rural

00.19.09.00 O governo deveria dar mais atenção para a gente. A gente tá precisando muito de medida de contenção a essa importação com urgência porque senão o setor eu acho que deve parar o produtor de leite vai parar de tirar leite, não aguenta mais 00.19.25.00 OFF 2

Outro problema está no custo de produção./ A soja ficou mais alta o milho também./ Somando ainda os demais insumos e a mão-de-obra os custos totais aumentaram 40%./ Mas o preço recebido pelo leite continua o mesmo do ano passado entre R$ 0,90e R$ 0,93.//

SONORA – Repete THIERS FORTES produtor rural

00.17.23.00 Não tem como dar soja e milho para a vaca mais a gente não sabe mais como fazer para reduzir custos. 00.17.31.00

MAÍRA BITTENCOURT Taubaté - SP

Aqui no vale do Paraíba os produtores já trocaram soja e milho por polpa cítrica e também sevada. A redução é de 40% nos custos de R$ 10 ao dia por animal por apenas R$ 6. O problema é que também há redução na quantidade de produção de leite 00.33.53.00 SONORA – MARCELO MEDEIROS

Produtor rural

00.23.50.00 O leite baixo do jeito que tá e os custos altos a gente tem que tirar de alguém e infelizmente a gente tira dos animais, que não é o certo mas é o que nós temos que fazer 00.23.58.00 COLAR 00.23.10.00 Nós estamos nutrindo um pouco menos os animais, causa que vai gerar problema para a gente 1 ano 1 ano e pouco. Porque esses animais a taxa de concepção baixa. Esses animais o ano que vem não vão produzir na época certa com o pico de lactação que é necessário e os pastos continuam lotados com os animais e não tem a produção necessária 0023.32.00

OFF 3

A redução é de 20% na produção de cada vaca./ Mas a situação não pode continuar assim, por isso os produtores da região já estão planejando protestos públicos em rodovias federais para chamar atenção do governo e sociedade perante essa situação.//

SONORA – REPETE MARCELO MEDEIROS Produtor rural

00.24.43.00 O governo tem que olhar porque o produtor não tá resistindo. Ele não vai conseguir tocar a propriedade dele se continuar dessa forma ele não tem mais 4 ou 5 meses de vida 00.24.52.00

(31)

31 OFF 4

Segundo Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, a crise no setor do leite chegou em um momento crucial onde será preciso um posicionamento definitivo.//

SONORA –JORGE RUBEZ Presidente da Leite Brasil

00.06.31.22 Ou vai aumentar o preço ao produtor para ele conseguir sobreviver e isso tem reflexo sim no preço final não tem outra alternatia ou senão nós vamos ter que importar leite de fora ao invés de gerar emprego aqui no Brasil nós vamos gerar no Mercosul ou em outros países

18)

A Edição

Com o texto pronto e decupagem feita, o material deve ser aprovado pelo editor-chefe para que seja gravado o OFF. Com OFF gravado, o arquivo de áudio, das imagens e o roteiro são passados para o editor de imagens. Com o material em mãos o editor vai montar a reportagem. É essencial que todos tenham feito o seu melhor para que exista uma boa reportagem. Não adianta de ter um bom texto, se não se tem boas imagens, da mesma forma o contrário.

O trabalho do editor é selecionar o que há de melhor para ser exibido. Porém, ele não tem autorização para modificar o que foi aprovado pelo editor-chefe, dessa forma, deve seguir o roteiro apresentado.

Vejamos agora como adentrar no mundo da edição através de um dos softwares mais utilizados no mercado jornalístico, o Adobe Premiere.

19)

Utilizando o Adobe Premiere

A utilização do Adobe Premiere está intimamente ligada aos comandos oferecidos pelo software, por isso, podemos começar observando quais são esses comandos existentes.

Tabela 2. Comandos do Adobe Premiere Pro CS6

Resultados Windows Mac OS

Novo Projeto Ctrl+Alt+N Opt+Cmd+N

Nova Sequência Ctrl+N Cmd+N

Novo título (Inserir Créditos e

(32)

32

Abrir projeto Ctrl+O Cmd+O

Salvar Ctrl+S Cmd+S

Salvar como... Ctrl+Shift+S Shift+Cmd+S

Capturar... F5 F5

Importar... Ctrl+I Cmd+I

Exportar Mídia Ctrl+M Cmd+M

Seleção Ctrl+Shift+H Shift+Cmd+H

Editar

Desfazer Ctrl+Z Cmd+Z

Refazer Ctrl+Shift+Z Shift+Cmd+Z

Recortar Ctrl+X Cmd+X

Copiar Ctrl+C Cmd+C

Colar Ctrl+V Cmd+V

Limpar Delete Avançar exclusão

Duplicar Ctrl+Shift+/ Shift+Cmd+/

Selecionar tudo Ctrl+A Cmd+A

Desmarcar tudo Ctrl+Shift+A Shift+Cmd+A

Localizar... Ctrl+F Cmd+F

Agrupar Ctrl+G Cmd+G

Desagrupar Ctrl+Shift+G Shift+Cmd+G

Renderizar efeitos na área de trabalho Enter Return

Aplicar transição de vídeo Ctrl+D Cmd+D

Aplicar transição de áudio Ctrl+Shift+D Shift+Cmd+D

Marcadores

Marcar entrada I I

Marcar saída O O

Marcar o clipe Shift+/ Shift+/

Marcar seleção / /

Deslocamentos

Ir para entrada Shift+I Shift+I

Ir para saída Shift+O Shift+O

Adicionar marcador M M

Ir para próximo marcador Shift+M Shift+M

(33)

33

Limpar marcador atual Ctrl+Alt+M Opt+M

Limpar todos os marcadores Ctrl+Alt+Shift+M Opt+Cmd+M

Deslocamento para a esquerda J J

Deslocamento para a direita L L

Deslocamento lento para a esquerda Shift+J Shift+J

Deslocamento lento para a direita Shift+L Shift+L

Parar deslocamento K K

Voltar Seta para a esquerda Seta para a esquerda

Voltar cinco quadros – unidades Shift+Seta para a esquerda

Shift+Seta para a esquerda

Avanço de quadros Seta para a direita Seta para a direita

Avançar cinco quadros – unidades Shift+Seta para a direita Shift+Seta para a direita

Painéis

Mixer de áudio Shift+6 Shift+6

Controles do efeito Shift+5 Shift+5

Efeitos Shift+7 Shift+7

Painel Mixer de áudio

Mostrar/ocultar faixas... Ctrl+Alt+T Opt+Cmd+T

Painel Capturar

Gravar vídeo V V

Gravar áudio A A

Ejetar E E

Avanço rápido F F

Ir para ponto de entrada Q Q

Ir para ponto de saída W W

Gravar G G

Retroceder R R

Voltar Seta para a esquerda Seta para a esquerda

Avanço de quadros Seta para a direita Seta para a direita

Parar S S

Painel Controles do efeito

Remover efeito selecionado Backspace Delete

Excluir Backspace Delete

(34)

34 Ferramentas

Ferramenta Seleção V V

Ferramenta Selecionar traço A A

Ferramenta Edição de ondulação B B

Ferramenta Edição de rolagem N N

Ferramenta Esticar taxa X X

Ferramenta Fatiar C C Ferramenta Escorregar Y Y Ferramenta Deslizar U U Ferramenta Caneta P P Ferramenta Mão H H Ferramenta Zoom Z Z Ferramenta Linha L L Ferramenta Caneta P P Ferramenta Retângulo R R Ferramenta de rotação O O Ferramenta Seleção V V Ferramenta Texto T T

Ferramenta Texto vertical C C

20)

O Espelho

Com as reportagens prontas e editadas é hora de começar a pensar no espelho final. Ele é a listagem de assuntos que serão abordados no telejornal. “Espelho é o nome da lista de todos os assuntos aprovados para exibição, batizados com suas respectivas retrancas, com uma estimativa do tempo que será destinado a eles, na ordenação do que o editor-chefe julgou mais apropriada”.4

O espelho é constantemente alterado durante o tempo de produção do telejornal. Reportagens podem ser adicionadas e outras suprimidas, algumas podem ganhar mais tempo ou até mesmo um papel de maior destaque, dependendo do desenrolar dos fatos. É papel do editor-chefe acompanhar e modificar constantemente o espelho. Embora todos os editores possam inserir informações e atualizá-las, o editor-chefe é quem dá a palavra final em relação ao espelho do telejornal.

4 BONNER, William. Op. Cit., 2009, p. 82.

(35)

35 Depois que todas as reportagens estiverem editadas, o editor-chefe irá assistir uma por uma e montar a versão final do espelho do telejornal. A partir dessa última conferência é possível se ter uma ideia mais clara dos temas que possuem maior apelo e, por consequência, que devem ganhar destaque na edição do dia.

21)

Apresentação e ancoragem

A apresentação ou ancoragem é a última parte do telejornal. É a materialização do espelho. É o apresentador ou âncora que irá chamar cada reportagem e criar um elo entre os assuntos abordados no telejornal. Muito comumente os apresentadores são os editores-chefes dos telejornais, não somente pela necessidade de estar ao par de tudo que está sendo tratado no programa, mas também porque deve-se pensar no ancora como alguém mais experiente nas rotinas televisivas. O âncora deve passar credibilidade ao telespectador. Ele é o rosto do telejornal.

22)

Termos técnicos do telejornalismo/Glossário

Arte: Ilustração visual computadorizada, utilizada para facilitar a compreensão do telespectador. Costuma-se usar em matérias que têm gráficos, tabelas e/ou números. Áudio: O som da reportagem.

Áudio ambiente: Som gravado na hora e no local em que a reportagem é feita. O som ambiente, além de ilustrar a matéria, pode conter informações importantes.

Audiotape: Termo técnico que indica a gravação de um texto do repórter via telefone.

Background ou BG: Som do ambiente ou música de fundo que acompanha a fala do repórter (off).

Bloco: Um telejornal é dividido em partes que chamamos de blocos.

Break: intervalo comercial entre blocos

Briefing: resumo da informação. Termo técnico usado com frequência na reunião de pauta.

Chamada: Texto sobre os principais destaques do telejornal, transmitido dentro da programação normal da emissora. Tem como objetivo atrair o telespectador.

(36)

36 Contraplano: Recurso usado na edição da matéria. Quando o entrevistado aparece calado, olhando para o repórter, ou o repórter aparece fazendo uma pergunta para o entrevistado.

Deadline: Termo usado para definir o prazo final de qualquer procedimento.

Decupagem: É quando o editor marca a minutagem das melhores cenas e sonoras feitas pela equipe de reportagem na rua.

Deixa: Indicação para o Diretor de TV de onde ele deve cortar.

Diretor de TV: Profissional que comanda toda a operação técnica enquanto o telejornal está no ar.

Edição: Montagem de uma matéria unindo áudio e vídeo.

Entrevista: Diálogo entre o repórter e o personagem fonte da informação.

Entrevista coletiva: Repórteres de vários veículos de comunicação participam da mesma entrevista.

Espelho: É o cronograma de como o telejornal irá se desenrolar. Prevê a entrada de matérias, notas, blocos, chamadas e encerramento do telejornal.

Fade: É um escurecimento na tela. Fade in é o aparecimento, e fade out, o desaparecimento gradual da imagem na tela.

Fechamento: Momento de fechar o espelho e montar o script do jornal

Flash: Resumo da notícia gravada pelo repórter de rua.

Frisar: Efeito de congelamento de uma imagem

Fusão: Recurso de edição. Desaparecimento e aparecimento simultâneo da imagem, que chegam a ficar sobrepostas. Usada em matérias mais elaboradas.

GC: termo técnico que indica os créditos de uma matéria na lauda

Inserção em crawl ou roll: Entrada de legendas no rodapé da tela, da direita para a esquerda (crawl), ou de baixo para cima (roll).

Insert: Colocar imagem ou adio na matéria através de edição eletrônica.

Lauda: Papel com marcações especiais, em que o jornalista escreve os textos.

Lead: Invariavelmente está na abertura da matéria ou a cabeça da matéria lida pelo apresentador.

Link: Termo técnico que indica entrada ao vivo do repórter, do local onde acontece a notícia.

(37)

37 Locutor ou apresentador: Profissional que faz a apresentação das notícias no

telejornal.

Manchete: Frase de impacto com informação forte.

Matéria bruta: fita não editada.

Notícia: Acontecimento relevante para o público do telejornal ou qualquer veículo de comunicação.

Off the records ou Off: Informação que o jornalista não pode divulgar.

Plano: Angulação da câmera. Pode ser plano geral, médio, americano, primeiro plano ou primeiríssimo plano.

Povo fala: Também chamado de fala-povo, é a entrevista feita com várias pessoas – uma de cada vez –, que repercutem determinado assunto.

Retranca: Identificação da matéria. É o nome que a reportagem tem. É usado apenas internamente e destaca apenas duas palavras do VT (Ex: INFLAÇÃO/COMÉRCIO) Relatório de Reportagem: texto do repórter. Nela ele prevê a cabeça da matéria, os offs, passagem, sonora. É um roteiro para o editor de texto montar a matéria.

Script: O mesmo que lauda.

Sobe som do VT: Marcação técnica na lauda. Indica ao sonoplasta o momento em que deve ser colocado determinado som.

Som ambiente: O mesmo que áudio ambiente.

Sonora: É a fala do entrevistado na matéria.

Stand-up: Quando o repórter faz uma gravação no local do acontecimento para transmitir informações do fato. É usado quando a notícia que o repórter tem que dar é tão importante que, mesmo sem imagem, vale a pena.

Teaser: Pequena chamada gravada pelo repórter com a manchete da notícia. Entra durante a escalada do jornal. É necessária em todas as matérias do Telejornal da Metodista

Time code: Relógio digital que conta o tempo de frames, usado para decupagem e edição de fitas.

Travelling: Movimento de câmera para acompanhar um objeto em movimento.

Videotape ou VT: Equipamento eletrônico que grava o sinal de áudio e vídeo gerado por uma câmera.

(38)

38 Vinheta: É o que marca a abertura ou intervalo do telejornal. Alguns eventos

importantes também merecem vinheta.

Referências

BONNER, William. Jornal Nacional: Modo de fazer. Editora Globo: Rio de Janeiro, 2009.

CURADO, Olga. A notícia na TV: o dia-a-dia de quem faz telejornalismo. São Paulo: Alegro, 2002.

MACHADO, Arlindo. A televisão levada a sério. 4ª ed. São Paulo: Senac, 2005. MORAES, Thiago. OFF: Modo de Fazer. Disponível em: < http://teleblognews.blogspot.com.br/2013/02/off-modo-de-fazer.html>. Acesso em: 19 mar. 2017.

OLIVEIRA, Jorge Nuno. Manual de jornalismo de televisão. Disponível em: < http://opac.iefp.pt:8080/images/winlibimg.aspx?skey=&doc=73220&img=458>. Acesso em 20 mar. 2017.

PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

PRADO, Flávio. Ponto eletrônico. 3ª ed. São Paulo: Limiar, 2005.

REZENDE, Guilherme Jorge de. Telejornalismo no Brasil: um perfil editorial. São Paulo: Summus, 2000.

Referências

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