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ACCOUNTABILITY E SUSTENTABILIDADE

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ACCOUNTABILITY E SUSTENTABILIDADE

Aurimar Andrade Dias Josaias Santana dos Santos Mourtala Issifou 1. Introdução

Há uma relação íntima entre os conceitos de transparência e responsabilidade. A transparência deve gera responsabilidade e mobiliza o poder da vergonha, mas o sem-vergonha pode não ser vulnerável à exposição pública. A verdade frequentemente falha em levar à justiça (FOX, 2010).

As questões ambientais têm o ganhando relevância a partir da década de setenta do século vinte, tanto no cenário internacional como também aqui no Brasil e isso, segundo Mendes Junior (2016), tem despertado preocupações quanto ao uso indiscriminado dos recursos naturais e a maneira acelerada como estão sendo consumidos, a falta de responsabilidade em sua utilização, a ausência de transparência, de prestação de contas, de informações a sociedade, passam a ser objeto de relevantes estudos por parte de setores da sociedade, como do próprio Estado.

Esses estudos buscam propor modificações a realidade, imputando ao indivíduo, às organizações ou ao Estado a respectiva responsabilidade e o dever de zelar pelo meio ambiente a sua volta, de forma consciente e atribuindo a responsabilidade pelas suas respectivas ações. Isto portando, deu suporte às instituições no sentido de promover a conscientização da população acerca da preservação do meio ambiente, estabelecendo controles e coibindo ações prejudiciais ao desenvolvimento sustentável (MENDES JUNIO, 2016).

O direito à informação é um direito democrático fundamental a cada dia mais reconhecido, embora tenha sido claramente declarado no Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, mais de meio século atrás, dezenas de países em todo o mundo já lançaram reformas do tipo “direito de saber” (FOX, 2010).

O desenvolvimento sustentável por sua vez, é um processo baseado em estratégias que busca aproximar o sistema ambiental humano ao nível de sustentabilidade objetivando que a subsistência desse complexo sistema seja harmônico e permanente ao longo dos

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tempos. O objetivo dessa questão estratégica é romper paradigmas a partir de mudanças no entendimento e na cultura da sociedade, promovendo a consciência da sua importância por meio de ações que revertam os aspectos negativos identificados pelos indicadores em direção à sustentabilidade, assim, para os autores, a exitosa condução da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável, permite atingir o sustentável (FEIL e SCHREIBER, 2017).

Este capítulo pretende discutir os aspectos conceituais da accountability bem como suas implicações para a o desenvolvimento sustentável e está estruturado nos seguintes tópicos: a) Accountability: Aspectos Conceituais e Definições; b) Accountability Socioambiental; c) Princípios da Accountability para o Desenvolvimento Sustentável. d) Responsabilidade Socioeconômica e Ambiental; e) História da GR; e f) 7. Benefícios da Evidenciação de Relatos de Sustentabilidade.

2. Accountability: Aspectos Conceituais e Definições.

O termo accountability se origina do latim computare, "contar", o que implica que, ser uma pessoa responsável exigia que se produzisse “uma contagem” das propriedades ou do dinheiro que estavam sob seus cuidados. Esse significado persiste em todas as formas de prestação de contas exercidas por meio de contabilidade financeira ou registros orçamentários. Mas significados mais discursivos de ser responsável, no sentido de "prestar contas", também surgiram no início da história do termo, por sua vez, a

accountability enquanto um substantivo abstrato refere-se, à capacidade e à obrigação de

alguém de produzir uma conta (CASTIGLIONE, 2012).

Em um sentido estrito, a accountability pode ser definida como sendo uma relação entre um ator e um fórum, em que o ator tem a obrigação de explicar e justificar sua conduta, o fórum pode fazer perguntas e julgar, e o ator pode assumir as consequências (BOVENS, 2007). Ao tempo em que há uma obrigação por parte do ator em justificar sua conduta e há também uma oportunidade para o fórum colocar questões e julgar a conduta do ator, o que o leva a enfrentar as consequências de seus atos ou ações, seja recompensas ou sanções conforme seus desempenho. As consequências associadas ao cumprimento ou não das expectativas podem ser descritos como os mecanismos de accountability (DONALD, REZANIA e BAKER, 2020).

A accountability, também pode ser entendida como um princípio segundo o qual uma pessoa física ou jurídica, torna-se responsável por um conjunto de deveres e pode ser

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requisitada a prestar contas de seu cumprimento a uma autoridade que esteja em posição de emitir recompensas ou punições, segundo Castiglione (2012), que ressalta que apesar da aparente precisão da definição do termo, surgiram controvérsias sobre o significado exato accountability.

Castiglione (2012), ensina que na política e na administração, accountability era o termo técnico preferido para indicar o dever que as pessoas na autoridade pública tinham de “responder” em suas condutas e ações como funcionários públicos. Em regra, a

accountability é a palavra preferida para indicar que, ao realizar uma determinada ato ou

ação, uma pessoa se sujeita a uma obrigação e, portanto deve responder pelas consequências. Por um determinado tempo, a prestação de contas fazia parte de uma família de palavras em inglês que abrangeu uma série de significados inter-relacionados referente a questões de representação política, responsabilidade executiva e administrativa e, mais vagamente, responsabilidade legal. As relações entre e dentro desses campos semânticos, no entanto, foram recentemente transformadas, com a

accountability ganhando vida própria.

O recente aumento na popularidade de ‘accountability’ na administração pública e no desenvolvimento internacional parece em parte dissociado de séculos de trabalho conceitual e empírico feito em disciplinas relacionadas de finanças e contabilidade, e em ciência política (LINBERG, 2013).

Estudos sobre accountability, muitas vezes implicitamente, usam o termo no sentido ativo de virtude, com foco no desempenho dos atores. Eles formulam implícita ou explicitamente um conjunto de padrões substantivos para a boa governança pública ou corporativa e avaliam se as autoridades ou organizações cumprem esses padrões e nesses estudos os déficits de responsabilidade se manifestam como comportamento inadequado, como "má" governança ou desvio organizacional (BOVENS, 2010).

Por outro lado, segundo Bovens (2010) há estudos de accountability que sustentam a definição da accountability como mecanismo, onde foco não é propriamente o comportamento dos agentes, mas sim a maneira como operam os arranjos institucionais, se existem tais relações, se podem ser chamadas de mecanismos de responsabilização ou como esses mecanismos funcionam e quais são seus efeitos. Assim, esses estudos são basicamente sobre controle político ou social e portanto, déficits de responsabilidade são definidos como déficits de controle e feedback.

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No Brasil, termo accountability ganha força no momento em que a democracia se torna princípio fundamental do sistema político, após o fim da ditadura militar e a partir daí, o termo circunda a literatura em companhia de expressões como controle social, participação e a própria democratização do Estado, mas apesar dessa sua notoriedade, ainda não existe uma palavra na Língua Portuguesa que traduza satisfatoriamente o termo, gerando uma série de debates e diferentes interpretações. (MEDEIROS, CRANTSCHANINOV e SILVA, 2013)

Essa discussão sobre o termo é tratada no estudo de Anna Maria Campos (1990), que ao buscar a tradução do termo accountability para a Língua Portuguesa, foi percebendo ao logo dos anos além da ausência da palavra, também a ausência do próprio conceito, sendo essa no seu entender, a razão pela qual não dispomos da palavra em nosso vocabulário, isso direcionou a busca a outros questionamentos, tais como: as consequências dessa ausência do conceito para a realidade da administração pública brasileira; as forma as relações entre burocracia e público são diferentes no Brasil e nos EUA; e a relação entre essas diferenças e a ausência da accountability.

Em seu estudo, Anna Maria Campos (1990) relata a partir do registro de algumas observações e comparações entre a experiência da cultura política brasileira e a americana, realizadas ao longo de um período de mais de doze anos, onde o relacionamento entre a administração pública e o cidadão, já constituía a primeiras observações:

(...) Pelo lado dos funcionários, um desrespeito pela clientela (exceto os clientes conhecidos ou recomendados) e uma completa falta de zelo pelos dinheiros públicos (supostamente pertencentes a um dono tão rico quanto incapaz de cobrar). Pelo lado do público, urna atitude de aceitação passiva quanto ao favoritismo, ao nepotismo e todo tipo de privilégios; tolerância e passividade ante a corrupção, a dupla tributação (o imposto mais a propina) e o desperdício de recursos (CAMPOS, 1990)

Quase vinte anos depois, o estudo Pinho e Sacramento (2009) buscou verificar se as alterações políticas, sociais e institucionais que ocorreram no Brasil, nas décadas seguintes ao estudo de Anna Maria Campos (1990), contribuíram para a tradução da palavra accountability. O estudo concluiu que embora tenha havido importantes avanços em direção à accountability, aponta também que mudanças de maior fôlego, de caráter estrutural encontram dificuldades de se dar nesse curto período de tempo, o enfrentamento às forças e culturas conservadoras seculares, capazes de adequação e de transformação às novas realidades, portanto pode afirmar que estamos mais perto da tradução do que

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quando no período do estudo de Campos, ainda muito longe da construção de uma verdadeira cultura de accountability. (PINHO e SACRAMENTO, 2009)

3. Accountability Socioambiental

Para CORREIA et al. (2017), a preocupação e conscientização da sociedade em relação aos efeitos das atividades empresariais sobre o meio ambiente, obrigou que algumas empresas passassem a investir em programas ambientais e ações de sustentabilidade e como uma maneira de dar resposta a isso essas organizações passaram a divulgar essas ações em seus relatórios de sustentabilidade e seus relatórios contábeis.

Os caminhos para que as organizações empresariais reflitam sobre sua atuação na sociedade e no meio ambiente estão se abrindo na chamada era da responsabilidade social ao tempo em que a própria sociedade passa a se interessar por empresas com valores éticos e que não se preocupe apenas com seus resultados econômicos mas que atuem de acordo com as normas de responsabilidade. Atuar de acordo com essas normas, desde o final do século passado, tem implicado na necessidade de se atentar para maiores, melhores e mais específicos cuidados com o ambiente e seus recursos. (MYSZCZUK e GLITZ, 2009).

Nessa direção, Freitas e Freire (2017, p. 79) apontam que o interesse da sociedade evoluiu para além dos produtos e serviços e exigiu das empresas maior responsabilidade ambiental, o que levou as empresas a aumentarem a divulgação das informações de natureza voluntária, além das informações obrigatórias, embora, ressaltam que “a oblação de informações não financeiras se não deu apenas em função da preocupação com o desenvolvimento sustentável, mas também por outros fatores.”

O estudo de Garcia et al. (2015) afirma que um conjunto mais amplo de stakeholders na atualidade, servem como justificativa ao crescimento da importância da divulgação socioambiental para efeito de accountability. Contudo tem havido questionamentos quanto a qualidade da informação nos Relatórios de Sustentabilidade e se por um lado, tem ocorrido avanço nas proposições de integração da divulgação e as empresas estão dispostas a adotar abordagens mais sofisticadas (como o relato integrado), a pesquisa evidenciou a existência de dificuldades mesmo para uma simples coleta de dados econômicos, nos sistemas utilizados para produzir os relatórios de sustentabilidade.

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Myszczuk e Glitz (2009) afirmam que para pessoas em todo o mundo, o custo da degradação ambiental, da poluição, recentemente superou os benefícios subjetivamente atribuído aos produtos que as provocam, ou seja, no final do século XX e início do século XXI, percebe-se uma inversão pois o mercado está bem mais preocupado em valorizar a manutenção das condições ambientais que assegurem a continuidade da existência do ser humano do que os produtos que prejudiquem o meio ambiente de forma agressiva e comprometam nossa existência.

4. Princípios da Accountability para o Desenvolvimento Sustentável (AA 1000)

De acordo a AA1000 da AccountAbility (2008), a accountability consiste em reconhecer e assumir com responsabilidade e transparência os impactes das políticas, decisões, ações, produtos e desempenho a eles associados. O que implica na obrigação por parte de uma organização em envolver os seus stakeholders “na identificação, compreensão e também na capacidade de resposta aos assuntos e preocupações em matéria de sustentabilidade, e a relatar, explicar e estar disponível para responder às partes interessadas relativamente a decisões, ações e desempenho.” Inclusive na maneira com a organização define o modelo de governo, as respectivas estratégias e efetua a gestão do desempenho.

Ao editar a AA1000, a AccountAbility (2008) estabeleceu como princípios da

accountability para o desenvolvimento sustentável: Princípio Fundamental da Inclusão;

Princípio da Relevância; e o Princípio da Responsabilidade.

Para o Princípio Base da Inclusão, uma organização deve ser inclusiva. Esse princípio tem por definição que “para uma organização que aceita prestar contas perante aqueles sobre os quais causa impacte e ou que causam impacte sobre a organização, a inclusão consiste na participação das partes interessadas no desenvolvimento e efetivação de uma resposta estratégica e responsável em relação à sustentabilidade.” (ACCOUNTABILITY, 2008, p. 10)

Segundo o Princípio da Relevância, a organização deve identificar os assuntos materialmente relevantes e define a ‘Relevância’ como sendo o “relevo material e a significância de um assunto para uma organização e respectivas partes interessadas. Um assunto materialmente relevante é aquele que influencia as decisões, as ações e o desempenho de uma organização e respectivas partes interessadas.” (ACCOUNTABILITY, 2008, p. 12).

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Por fim, o Princípio da Responsabilidade, segundo o qual a organização de responder aos assuntos suscitados pelos stakeholders e que possam afetar o seu desempenho. O Princípio da Responsabilidade é definido como “a capacidade de resposta de uma organização às preocupações das partes interessadas que afetam o seu desempenho sustentável e é concretizada através de decisões, ações e desempenho, bem como através da comunicação com as partes interessadas. (ACCOUNTABILITY, 2008, p. 14).

5. Responsabilidade Socioeconômica e Ambiental

Porque se preocupar com o meio ambiente e o que é responsabilidade socioeconômica e ambiental? As preocupações da sociedade com ações voltadas para uma melhor relação com o meio ambiente têm se intensificado nas últimas décadas. A transformação da sociedade na secunda metade do século XX em uma sociedade de consumo agregou a percepção humana de uma visão equivocada do processo natural. As desigualdades sociais produzidas pela essa sociedade de consumo que teve como consequência a inexistente distribuição da renda, causada, principalmente pela produtividade tecnológica, desenham um cenário, em curto prazo, absolutamente preocupante, uma vez que se assiste ao esgotamento das possibilidades de estabelecer um ciclo de produção de soma zero. (FILARDI et al. 2011).

As relações do homem com a natureza são tão antigas quanto a própria existência da humanidade. As características dessas relações, entretanto, se alteraram significativamente com o decorrer do tempo, condicionadas pelo processo de desenvolvimento a que o homem sempre esteve sujeito. O homem enquanto ser vivo gerador e sujeito da própria história, é o criador e destinatário das próprias regras. (OST, 1995 apud TRÊS, REIS e SCHLINDWEINII, 2011).

O contexto social e econômico atualmente tem demonstrado a necessidade de inserção da variável socioambiental como preocupação primordial nas decisões governamentais entre países, regiões e empresas. Para promover o bem-estar social e permitir a continuidade e manutenção dos recursos naturais para as próximas gerações, a preocupação com o desenvolvimento sustentável deve estar no coração e nas primeiras linhas das instâncias públicas, privadas e mesmo nos níveis individuais. Entretanto, é preciso que haja equilíbrio entre os benefícios gerados pelos empreendimentos econômicos e financeiros com a preservação do meio ambiente, e os impactos provocados por tais atividades devem ser mitigados, para que seja possível o atendimento a tais questões. (CALIXTO, 2008).

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No momento atual, o maior desafio da sociedade organizada, das grandes empresas e de governos é o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, o chamado desenvolvimento sustentável, ou seja, atender as necessidades de hoje sem comprometer as necessidades das futuras gerações. Governos e organizações públicas e privadas tornam-se cada vez mais conscientes da impossibilidade de separar as questões relativas ao desenvolvimento econômico das questões relativas ao meio ambiente. (VIRGINIO e FERNANDES, 2011).

Diversos ambientalistas têm usado o termo greenwash para designar atitudes de responsabilidade ambiental promovidas por várias empresas que para elas não passam de promoções de marketing (LINS e SILVA, 2009).

A responsabilidade social empresarial tem se tornado tema debatido e propagado pela mídia internacional e mesmo brasileira e adquirido importância nas estratégias de negócios das organizações. As sociedades passaram a valorizar, empresas que ajudam a minimizar os problemas sociais e ambientais de atividade, e não aceitam mais aquelas empresas que forneçam somente qualidade, preço e comprimento de legislação. (BUSCH e RIBEIRO, 2009; LINS e SILVA, 2010). Mas qual o significado de responsabilidade social e ambiental?

Para Ashley (2003, p. 6) “A responsabilidade social pode ser entendida como: Compromisso que uma empresa deve ter com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico, agindo ativamente e coerentemente no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas para com ela. A organização, nesse sentido, assume obrigações de caráter moral, além das estabelecidas em lei, mesmo que não diretamente vinculadas as suas atividades, mas que possam contribuir para o Desenvolvimento Sustentável dos povos. Assim, numa visão expandida, Responsabilidade Social é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade.’’

A sustentabilidade então pode ser vista em três linhas, ou seja, a sustentabilidade econômica, ambiental e social. A sustentabilidade econômica é: Consumir somente os recursos pelos quais puder pagar; contrair débito que possa ser pago em prazo adequado, em relação à sustentabilidade do sistema atual; não transferir dívidas para terceiros, hoje e no futuro e a sustentabilidade ambiental por sua vez significa: Extrair do ambiente apenas o que a natureza puder repor, em prazos adequados de recuperação do capital natural; despejar na natureza somente o que puder ser bio-convertido pelos consumidores

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naturais, em prazos adequados com a capacidade de carga da terra e não transferir déficit de Capital natural para gerações futuras. Por fim, a sustentabilidade social significa comprometer-se e agir para equidade, redução da pobreza e a coesão social; fortalecer a identidade cultural, o direito de participação, o acesso a bens naturais e à qualidade de vida que seja individual ou comunitária; e não transferir déficit de capital humano e social para gerações futuras. (FURTADO, 2003).

Entende-se que a globalização contribuiu para a rápida disseminação da ideia de reestruturação dos papéis dos atores sociais, passando de uma visão tradicional, onde o Estado tinha a responsabilidade exclusiva de promover o bem-estar social, para uma gestão compartilhada entre os atores e como consequência, as empresas passaram a exercer algumas atribuições antes exclusivas do Estado.

Embora seja um tema presente e bastante discutido na literatura, há muitas divergências no que diz respeito ao aspecto formal, definição e também aceitação por alguns segmentos de negócios, como o que deveria ser e qual a aplicação do conjunto de variáveis que envolvem a responsabilidade socioambiental das empresas.

No âmbito empresarial, grandes esforços têm sido envidados para que os interesses dos públicos tanto interno quanto externo sejam atendidos. Nesse sentido, o poder público pode ter um papel essencial na regulamentação e fiscalização das atividades empresariais.

6. História do GRI

A GRI foi fundada em Boston, EUA em 1997. Suas raízes estão nas organizações americanas sem fins lucrativos Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e no Tellus Institute. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) também participou da sua criação. (GRI, 2020a).

Em 1998, a GRI estabeleceu um Comitê de Orientação com várias partes interessadas para desenvolver a orientação da organização. Um mandato fundamental do Comitê Diretor era "fazer mais do que o meio ambiente". Seguindo este conselho, o escopo da estrutura foi ampliado para incluir questões sociais, econômicas e de governança. A orientação da GRI tornou-se uma Estrutura de Relatórios de Sustentabilidade, com as Diretrizes de Relatórios em seu centro. (GRI, 2020a).

Os Padrões de Relatório de Sustentabilidade da GRI (Padrões da GRI) ajudam empresas, governos e outras organizações a compreender e comunicar o impacto dos negócios em

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questões críticas de sustentabilidade. Alguns dos elementos distintivos dos Padrões GRI e a atividade que os cria - incluem: (GRI, 2020b).

1) Contribuição de múltiplas partes interessadas: Nossa abordagem é baseada no engajamento de múltiplas partes interessadas, representando a melhor combinação de conhecimento técnico e diversidade de experiência para atender às necessidades de todos os elaboradores de relatórios e usuários. Essa abordagem nos permite produzir orientações de relatórios aplicáveis universalmente. Todos os elementos da Estrutura de Relatórios são criados e aprimorados usando uma abordagem de busca de consenso e considerando a mais ampla gama possível de interesses das partes interessadas, que inclui negócios, sociedade civil, trabalho, contabilidade, investidores, acadêmicos, governos e profissionais de relatórios de sustentabilidade.

2) Um registro de uso e endosso: das 250 maiores empresas do mundo, 92% relatam seu desempenho de sustentabilidade e 74% delas usam os padrões da GRI para isso. Com mais de 23.000 Relatórios GRI registrados no banco de dados, os relatórios de sustentabilidade usando os Padrões GRI continuam a crescer. Novos públicos para informações de sustentabilidade, como investidores e reguladores, agora estão exigindo mais e melhores dados de desempenho. Espera-se que o crescimento anual no número de repórteres continue, à medida que trabalhamos em uma área-chave de nossa estratégia: mais repórteres e melhores reportagens.

3) Referências e atividades governamentais: A política de capacitação é um aspecto-chave da estratégia geral da GRI e trabalhamos com governos, organizações internacionais e mercados de capitais para promover essa agenda. Como resultado, 35 países usam o GRI em suas políticas de sustentabilidade e nos procuram como os padrões de relatório de sustentabilidade mais usados do mundo.

O interesse governamental em relatórios de sustentabilidade foi enfatizado quando chefes de estado endossaram especificamente a GRI no Plano de Implementação da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável de 2002. Desde a sua criação, a estreita associação da GRI com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) garantiu que ela contribuísse e apoiasse a orientação para os objetivos da política internacional (CEBDS, 2020).

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As Diretrizes da GRI referem-se e baseiam-se em vários tratados, normas e convenções internacionais de direitos humanos, ambientais e trabalhistas. Além disso, a GRI colabora estreitamente por meio de alianças formais com organizações e iniciativas internacionais ativas no campo da Responsabilidade Social Corporativa e sustentabilidade (BSD, GVCES, UNIETHOS, 2008)

7. Benefícios da Evidenciação de Relatos de Sustentabilidade

Um ciclo de relatório de sustentabilidade eficaz, que inclui um programa regular de coleta de dados, comunicação e respostas, deve beneficiar todas as organizações relatoras, tanto interna quanto externamente (GRI, 2020c).

Os benefícios internos para empresas e organizações podem incluir: (GRI, 2020c).

a) Maior compreensão dos riscos e oportunidades,

b) Enfatizando a ligação entre desempenho financeiro e não financeiro,

c) Influenciando a estratégia e política de gestão de longo prazo e planos de negócios,

d) Racionalizando processos, reduzindo custos e melhorando a eficiência,

e) Comparar e avaliar o desempenho da sustentabilidade com relação a leis, normas, códigos, padrões de desempenho e iniciativas voluntárias,

f) Evitar ser implicado em falhas ambientais, sociais e de governança divulgadas, g) Comparando o desempenho internamente e entre organizações e setores.

Os benefícios externos dos relatórios de sustentabilidade podem incluir: (GRI, 2020c).

a) Mitigar ou reverter impactos ambientais, sociais e de governança negativos, b) Melhorar a reputação e a fidelidade à marca,

c) Permitir que as partes interessadas externas entendam o verdadeiro valor da organização e os ativos tangíveis e intangíveis,

d) Demonstrar como a organização influencia e é influenciada por expectativas sobre o desenvolvimento sustentável.

8. Considerações Finais

O maior desafio da sociedade organizada para o momento é promover o desenvolvimento econômico de maneira conciliada à preservação dos recursos naturais, o desenvolvimento sustentável, que reflete o crescimento econômico sem comprometer o meio ambiente de

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modo a assegurar o suprimento de recursos naturais para esta e para as gerações futuras. Os governos, as organizações públicas e as organizações empresariais estão cada dia se conscientizando mais de que é impossível dissociar desenvolvimento econômico e geração de riqueza da preservação do meio ambiente. (LINS e SILVA, 2009).

Para FOX (2010), parte da sociedade civil, ativamente envolvida, de todo o mundo incorporaram o direito de saber em suas estratégias e táticas, isso, na esperança de que a transparência venha a fortalecer os esforços empreendidos no objetivo de mudar o comportamento de instituições poderosas, responsabilizando-as aos olhos do público e de uma maneira mais ampla, os princípios de transparência e responsabilidade foram adotados por diversos atores importantes da sociedade no cenário político em um curto intervalo de tempo.

Ao passo que a responsabilidade denota amplamente o dever de um indivíduo ou organização de responder de alguma forma sobre como conduziu seus negócios enquanto a transparência por sua vez, significa, de forma ampla, a condução dos negócios de uma maneira que torne as decisões, regras e outras informações visíveis de fora (HOOD, 2010).

Accountability envolve as questões de transparência, de controle e de responsabilidade.

Esse termo tem a premissa de verificar se a administração pública está fazendo um bom uso do poder que lhe é atribuído pelos cidadãos, através dos órgãos de controle e das leis. Esse objetivo social enfatiza que esse processo precisa do envolvimento do cidadão, seja o cidadão individualmente, por exemplo, fazendo vigilância, controlando o exercício da administração pública, mas sobretudo por meio de associações da sociedade civil, conselhos, também pela participação em conferências. (ROCHA, 2009)

É preciso prestar contas, ser transparente, cumprir o propósito de fazer bem feito o serviço público. O bem público passa a ser algo incorporado ao nosso dia a dia, então os governantes se sentem responsáveis por prestar contas, justificar quando atingiram ou não atingiram uma meta e o cidadão se sente responsável também por cobrar a justificativa e por se envolver na solução do problema. (NAVES, 2012)

O desenvolvimento, o crescimento econômico e a industrialização nos países desenvolvidos tiveram início nos anos 1960. Nos anos 1970, alguns países começaram a se industrializar, mas esse crescimento não reverberou em termos indicados, como saúde e educação. Então, o conceito de desenvolvimento começou a ser questionado, fazendo

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com que as Nações Unidas discutissem se o índice PIB per capita seria o indicador que melhor retrata a questão de desenvolvimento, porque ele sempre serviu para medir crescimento econômico, produção e renda. (ROMEIRO, 2012).

Concluímos que a necessidade de prestar contas é inerente ao setor público e quanto mais importante for a função pública, maior a obrigação de explicar o que se está fazendo. Esse imperativo é resumido pelo termo accountability, que embora muito conhecido em teoria, nem sempre é posto em prática.

Os gestores devem ousar no sentido legítimo da inovação e não se prenderem a parâmetros para se realizar ações, pois no mundo dinâmico atual, soluções e as demandas se reciclam e se modificam no dia a dia, justamente com a facilidade de informações disponíveis. É preciso realizar a criação de metamodelos para auxiliar estados e municípios na implementação das agendas de sustentabilidade.

Assim, entendemos que as preocupações cada vez mais forte com as questões de natureza ambiental, a correta utilização dos recursos, a preservação ao meio ambiente e o consumo consciente dos bens e insumos em nosso dia-a-dia, levam a sociedade a pressionar as organizações e os governos para que promovam a transparência das suas políticas, suas estratégias e atitutes para lidar com esse que é certamente o maior desafio do século atual e que pode comprometer o modo como vivemos bem como a logo prazo a própria continuidade da vida humana na terra.

Referências

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Referências

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