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Texto 4 Composição em prosa não literária

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Academic year: 2021

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Texto

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Curso de Redação: Do texto ao texto Professora: Maria Aparecida Araújo

Conteúdo

Descrição

Narração

Dissertação

Bibliografia:

1. CARNEIRO, Agostinho Dias: Redação em construção. São Paulo: Moderna, 2001.

2. GARCIA, Othon Moacyr. Comunicação em Prosa Moderna: aprenda a escrever aprendendo a pensar. Rio de Janeiro: FGV, 2001.

3. PLATÃO, Francisco Savioli e FIORIN, José Luiz: Lições de texto: leitura e

redação. São Paulo: Ática, 2000

Curso de redação – FSMA 1

Texto 4

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Composição em prosa A ESTRUTURA

Vale lembrar que são três os tipos básicos de COMPOSIÇÃO EM PROSA NÃO LITERÁRIA.

1.1.1 - Descrição:

Descrição “é a representação verbal de um objeto sensível (ser, coisa, paisagem), através da indicação dos seus aspectos mais característicos, dos pormenores que o individualizam, que o distinguem.” (Óthon Moacyr Garcia, em COMUNICAÇÃO EM PROSA MODERNA), ou seja, é a tentativa de se retratar um objeto, após ter havido a percepção de seus detalhes através dos sentidos.

- Como fazer uma DESCRIÇÃO

A primeira atividade do aluno, para fazer uma boa descrição, é observar, sentindo, olhando atentamente o objeto a ser retratado.

Após a observação, deve-se fazer uma análise das ideias relacionadas ao objeto. Em seguida, há a classificação dessas ideias, organizando-se em forma de um plano.

As descrições podem ser objetivas (técnicas) e subjetivas (literárias).

Enquanto a descrição técnica serve para esclarecer ou ensinar, a literária tem a função de emocionar, sugestionar ou, simplesmente, impressionar. A descrição técnica é objetiva e tem linguagem totalmente denotativa. A literária é conotativa e forma-se de tons afetivos. O que mais caracteriza a descrição como técnica ou literária é o ponto de vista (ou posição) do escritor.

PLANO GERAL DA DESCRIÇÃO a) O OBJETO

- qual é?

- para que serve?

- aparências: forma, cor, peso, tamanho... - partes componentes

b) O PROCESSO

- princípio científico ou posição natural - norma de funcionamento ou existência -fases ou estágios

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DESCRIÇÃO

1.1.2 – A NARRAÇÃO

“A matéria da narração é o fato. Tal como o objeto (matéria da descrição) tem igualmente sentido muito amplo: qualquer acontecimento de que o homem participe direta ou indiretamente.” (Óthon Moacyr Garcia, em COMUNICAÇÃO EM PROSA MODERNA); sendo assim, importam para a narração o fato (o quê?), os personagens (quem?), o modo como ocorreu (como?), o tempo (quando?), o lugar (onde?), as causas (por quê?) e as consequências (por isso...).

- Como escrever uma NARRAÇÃO

A experiência e a observação são as maneiras pelas quais se pode começar uma narração. Em seguida, deve-se organizar o texto em partes que melhor propiciem a atenção e a compreensão do leitor.

Por sua vez, a NARRAÇÃO pode ser, também, objetiva e subjetiva.

Quantas diferenças há entre a narração de um escrivão de polícia registrando um assassinato e a de um romancista promovendo a sua história?...

A narração técnica prima pela objetividade, pela clareza e pela tentativa de se acabar com o possível mistério.

Já a narração literária tem a intenção de provocar o leitor, de animá-lo a prosseguir avidamente na leitura, usando para isso toda uma técnica específica e o próprio mistério...

Curso de redação – FSMA 3 descrever algo

retratar (com palavras) caracterizar verbalmente • objetivo SUJEITO AUTOR OBJETO TEXTO Percepção pelos sentidos visão audição tato olfato paladar b) método

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PLANO GERAL DA NARRAÇÃO a) APRESENTAÇÃO

- onde? (o lugar ou espaço). - quando? (o tempo). - com quem? (personagens) - o motivo da narração b) COMPLICAÇÃO

- é o fato em si.

- as peripécias e a ordem que traga suspense. - o espaço e o tempo da história ou da narrativa. - a posição do narrador (interna ou externa) - outras peripécias, outros fatos.

c) CLÍMAX

- ponto de maior tensão.

d) CONCLUSÃO OU DESFECHO - é o final da história.

- pode ser uma ligeira apreciação, uma lição geral ou pode ficar subtendida.

NARRAÇÃO a) objetivo SUJEITO NARRADOR HISTÓRIA TEXTO Seguir um enredo contar fatos Narrar acontecimentos

b) método 3QCPO Quê? direta Quem? personagens – apresentação indireta Quando? tempo cronológico

Como? psicológico direto Por quê? retardado discurso indireto acelerado indireto livre físico

Onde? lugar psicológico linear com cortes não-linear flash-back interno (personagem) apresentação complicação clímax solução/desfecho

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1.1.3 - A DISSERTAÇÃO

Veja algumas definições de DISSERTAÇÃO.

1.“é um gênero de composição em que se discute um determinado assunto-geralmente de natureza filosófica, moral ou científica.”

1. “é a reflexão sobre um tema, baseada num raciocínio lógico, argumentação segura e conclusão coerente.”

2. “em concursos, faz-se com base nos conhecimentos gerais já de posse do estudante.” 3. “a dissertação tem três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão:

a) Introdução: apresenta-se o assunto que será o nosso objetivo, o tema, a matéria a ser discutida. Tal introdução é de caráter geral.

b) Desenvolvimento: alinham-se ideias, fatos, exemplo, comparações, citações, argumentos, com que o autor pretende demonstrar seus pontos-de-vista. Passa-se da generalização para a especificação. É essencial que tais itens específicos estejam numa ordem lógica.

c) Conclusão: arremata-se a composição com uma síntese do desenvolvimento ou com uma remissão, ou seja, uma volta à introdução.”

- Como compor uma DISSERTAÇÃO

O primeiro passo para uma boa dissertação é apreender o tema, entendê-lo bem e delimitá-lo com suas palavras.

Começa-se, então, a fazer um levantamento de ideias, o que permitirá a criação de uma tese ou ideia central. Das ideias levantadas, usam-se as mais adequadas e, depois de organizadas, fazemos com que elas orientem a construção dos parágrafos do desenvolvimento ou argumentação.

A conclusão é a consequência lógica da estrutura elaborada.

É bom, antes de escrever, para evitar desvio do tema ou, falta de coerência, fazer um roteiro de ideias. Ele é uma pré-organização, um planejamento do que será escrito. Para fazê-lo basta seguir o plano abaixo.

PLANO GERAL DA DISSERTAÇÃO a) INTRODUÇÃO:

-é a ideia-central sobre o tema pedido. -com certeza, é o primeiro parágrafo.

-deve ter, no mínimo, uma e, no máximo, cinco linhas (considerando-se, é lógico, uma redação de mais ou menos vinte e cinco linhas).

b) DESENVOLVIMENTO:

- explicações, justificativas e exemplos da sua introdução – que é agora o seu tema. A diferença é que você, tendo delimitado o seu tema como introdução, já não se interessa por certos aspectos, que se poderiam referir ao tema básico. -mínimo de três e no máximo seis linhas (considerando-se a dissertação de cerca de vinte e cinco linhas...)

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c) CONCLUSÃO:

-é o último parágrafo da redação e não deve passar de cinco linhas.

- pode ser um resumo do DESENVOLVIMENTO ou uma retomada da ideia defendida na INTRODUÇÃO.

1.2 – CONTEÚDO E ORGANIZAÇÃO

1.2.1 - O Conteúdo Como adquiri-lo?

Costuma-se dizer que a única maneira de se adquirir um bom conteúdo é lendo, principalmente jornais e revistas.

Isso, porém, parece-nos instrução do século passado...

Em plena “ERA DA INFORMÁTICA”, é bem claro que podemos adquirir muitos conteúdos através de vídeos e áudios e a fantástica INTERNET.

...mas não vamos dispensar os livros, jornais e revistas, pois a forma escrita é necessária para que nós consigamos conquistar maior fluência no ato de escrever.

Leia, mas também veja e ouça bastante. 1.2.2 – A Organização Como desenvolvê-la?

Há certas técnicas para se desenvolver conteúdo e a organização, e, talvez, a mais fácil delas seja o debate ou o estudo sempre seguido de um bom planejamento.

Atenção!

OBSERVAÇÃO: Lembre-se das seguintes “DICAS”;

1ª) Faça um plano (Entenda o tema, escreva 15 ideias, crie a TESE ou IDEIA BÁSICA, selecione e ordene as ideias-parágrafo).

2ª) Escreva o rascunho, organizando a redação em INTRODUÇÃO (ideia básica- 1º parágrafo), DESENVOLVIMENTO (3 a 5 parágrafos- ligados à ideia básica) e CONCLUSÃO(último parágrafo).

3º) Passe a limpo, observando: a) crie um título;

b) a técnica moderna pede períodos curtos; c) é bom ter uma letra legível;

d) cuidado com os acentos e o emprego de letras;

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1.3 - O Argumento

A presença de ARGUMENTO nos conduz a um tipo de texto: a DISSERTAÇÃO.

O que é uma DISSERTAÇÃO? É o tipo de texto que se propõe a refletir sobre um assunto. Mesmo que pareça simples, sempre há o que discutir e espera-se que a experiência de vida permita ao escritor perceber o que existe de curioso, de interessante no que vai desenvolver.

Não se pode esquecer que a ARGUMENTAÇÃO apresenta dois aspectos:

- RACIONAL –é a ordenação das ideias, suas justificativas e a relação delas com outras; - PASSIONAL- é a persuasão, capturando e seduzindo, no caso da escrita, o leitor, convencendo-o da tese que se defende.

O TEXTO ARGUMENTATIVO parte de um ASSUNTO (o “tema”, normalmente, estabelecido pela BANCA), que é o que se deve analisar para, depois, ser objeto de uma OPINIÃO. Há, também, o ESCRITOR, ou ARGUMENTADOR, isto é, aquele que tem de desenvolver uma TESE sobre o ASSUNTO. Não se pode esquecer, ainda, o RECEPTOR, aquele a quem são dirigidos os ARGUMENTOS, com a finalidade de que aceite a opinião ou certeza pelo autor do texto.

1.3.1 – Opinião e Fato

Na lógica argumentativa, há alguns elementos básicos:

a. TESE ou ASSERÇÃO INICIAL é a ideia básica a respeito do assunto que será defendida pelo argumentador (é a INTRODUÇÃO).

b. ARGUMENTAÇÃO conjunto de argumentos (inferências, provas, explicações, exemplos), os quais permitem passar da TESE para a CONCLUSÃO.

c. CONCLUSÃO ou ASSERÇÃO FINAL é o final do texto, que, normalmente, reitera ideia inicial.

A ASSERÇÃO INICIAL, também conhecida como PREMISSA, apresenta dois tipos: A OPINIÃO e o FATO.

I – Opinião

É um julgamento de valor sobre o tema ou assunto levantado. Trata-se do ponto de vista de quem analisa determinado fato ou tema.

II- Fato

São na verdade, afirmações factuais, cujo valor é verificado pela confrontação com os próprios fatos. Dizem respeito à realidade e são de cunho generalizador incontestáveis até segunda ordem.

Referências

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