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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO A.O.S DIOCESE DE ABAETETUBA EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER

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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO

A.O.S DIOCESE DE ABAETETUBA EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER

COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA ANO/SÉRIE: 2º ANO 4º PERÍODO PROFESSORES (AS) RESPONSÁVEIS: ÉDER BARROS

MARIA ANTONIA C. R. CASTRO ALUNO (A): ___________________________ TURMA: _____ DATA: __/___/___

CRONOGRAMA DE ESTUDO 1ºBIMESTRE (4º PERÍODO) OBJETO DE CONHECIMENTO (CONTEÚDO) ATIVIDADES AULA 1

- Leitura e estudo das informações dos textos da AULA páginas 1 e 2 EXPANSÃO MARITIMA.

- Resolver as questões 1, 2, 3 e 4 do “Estudo Dirigido”.

AULA 2

- Leitura e estudo das informações dos textos da AULA páginas 2, 3 e 4. O IMAGINÁRIO CRISTÃO.

- Resolver as questões 5, 6.1 e 6.2 do “Estudo Dirigido”.

AULA 3

- Leitura e estudo das informações dos textos da AULA páginas 4 a 8 A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA

- Resolver as questões 7, 8, 9, e 10. do “Estudo Dirigido”.

UNIDADE TEMÁTICA:

- EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA E O IMAGINÁRIO CRISTÃO EUROPEU SOBRE O “NOVO MUNDO”

- BRASIL COLÔNIA. ANTECEDENTES:

A crise do século XIV também alcançou a Península Ibérica, diminuindo a população, provocando o êxodo para as cidades e revoltas camponesas. Além disso, os metais preciosos com que se cunhavam moedas tornavam-se cada vez mais escassos. No caso de Portugal a crise foi contornada com o processo de Expansão Marítima, onde as atividades comerciais já representavam um fator importante na economia da região.

Essa expansão comercial marítima tinha duplo interesse: A Burguesia que teria mais lucros e prestígio social e ao Rei que teria mais terras poderes e riquezas.

RAZÕES DO PIONEIRISMO:

Abaixo os motivos de Portugal ter sido o primeiro país europeu a lançar-se no processo de expansão marítima:

Posição Geográfica favorável: Por ser banhado em toda sua costa pelo oceano Atlântico, além de ser ponto de escala comercial.

Burguesia ávida por novos lucros: Mesmo não sendo a mais forte da Europa, a Burguesia Lusa – como as demais – visava aumentar exponencialmente e no menor intervalo de tempo possível, seus lucros comerciais. A Burguesia foi o principal agente das grandes navegações.

Ausência de Guerras: No século XV, Portugal era um país sem guerras internas, enquanto outros estavam envolvidos em diversos conflitos militares. A Espanha, por exemplo, ainda lutava pela expulsão

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dos árabes; A França e a Inglaterra lutam entre si num longo conflito conhecido como Guerra dos Cem Anos. Esses conflitos contribuíram para atrasar a entrada desses países no processo das grandes navegações.

Avançada arte náutica: Através da escola de Sagres (1446), os portugueses haviam se aperfeiçoado na arte de navegar e aprimoravam os instrumentos de navegação. Além da Bússola, doAstrolábio, e das novas Cartas Náuticas, a Caravela foi um dos maiores avanços: possibilitaram viagens mais longas, com maior carga e mais afastadas da costa, além da mobilidade possível através do posicionamento de suas velas, mais tarde estas embarcações foram modificadas e modernizadas dando segmento as Naus (nave em latim).

Centralização Monárquica: Com a Revolução de Avis (Que colocou no poder D. João, ligado aos interesses da Burguesia comercial), Portugal conseguira antes de outras nações européias, centralizar o governo, criando o Estado moderno associado aos interesses mercantis. Esse fator junto com a aliança Rei + Burguesia, foi um dos fatores mais importantes para o processo de expansão marítima.

Crise Agrícola: O solo Português não era dos mais favoráveis ao desenvolvimento agrícola. Eram freqüentes as crises de produção que provocavam a fuga do campo para as cidades litorâneas. Nessas cidades, os camponeses foram absorvidos pelo trabalho do comércio marítimo.

Mercantilismo: Conjunto de medidas ou “práticas econômicas” do período de transição do feudalismo para o capitalismo, caracterizado principalmente pela intervenção do Estado na Economia, mas também: Metalismo; Balança comercial favorável; Incentivo a manufaturas; Incentivo a construção naval;

Protecionismo alfandegário; Colonialismo; Pacto colonial.

O IMAGINÁRIO CRISTÃO NO NOVO MUNDO: TROCAS SIMBÓLICAS E CULTURAIS

Segundo Gramsei a palavra religião, no seu sentido mais amplo demonstra uma relação de dependência que liga o homem a um ou mais poderes superiores, dos quais ele sente que depende e aos quais tributa atos de culto tanto individuais como coletivos. Durante a Idade Média a Igreja Católica controlava toda sociedade ocidental européia (apesar das heresias), através do verdadeiro monopólio que exerceu sobre as estruturas ideológicas como, por exemplo, a escola, e as instruções em geral, a administração de justiça da beneficência, da assistência. Também controla a elaboração da filosofia e da ciência da época, transformando a sociedade civil em sociedade religiosa.

O catolicismo neste momento tornou-se monopolista e é considerado universal: qualquer ação ou atitude que não esteja de acordo com a concepção de vida e de mundo dos católicos é considerada heresia e merecedora de punição, além de carecer da imediata ação dos catequisadores no sentido de libertar o agente do pecado. No Brasil, a forma de vida indígena foi considerada pecaminosa pelos portugueses que efetivavam as grandes navegações.

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Na realidade a forma de viver a religião e interpretar o mundo se distanciavam. Para os índios a natureza e tudo que ela apresentava e o índio não conseguia explicar, era por ele endeusado: o Sol, a Lua, a chuva, o trovão…. Para o europeu, Deus é uma força invisível, onipresente que se faz visível através da natureza e através da fé.

O GRANDE APELO DO DESCONHECIDO

As origens dos mitos que cercavam o homem moderno, ligado ao movimento ultramarino dos séculos XV e XVI, se encontravam na mentalidade medieval, que fundia a maravilha e a busca do paraíso com motivos religiosos e a procura de riquezas. Os relatos dos viajantes medievais que percorreram a Ásia e a região do Índico favoreceram a criação de fantasias referentes à descoberta de novas terras, nas quais haveria a possibilidade de serem encontrados riquezas e “monstros”. Esta tradição mitológica medieval foi fertilizada na modernidade pelos complexos modos de ver e de sentir a aventura do além-mar.

No imaginário europeu em relação ao descobrimento da América, existia uma dualidade que perpassava pelo confronto entre o bem, simbolizado por Deus e pela busca do paraíso, e o mar, que retratava o diabo e o inferno. A idéia da conquista vinha acompanhada pelo desejo de levar para as possíveis criaturas demonizadas do Novo Mundo a palavra de Deus por meio da catequese. A idéia da existência de uma “humanidade inviável” nas terras ultramarinas, sustentada pelas considerações imprecisas de alguns viajantes, ratificava a lógica da identificação desses povos com o Demônio. É sintomático o espanto de um padre europeu em contato com os índios no Brasil. Quais os pecados? Vícios da carne – o insesto com lugar de destaque, além da poligamia e dos concubinatos – nudez, preguiça, cobiça, paganismo, canibalismo. Havia muitas mulheres para um só homem e alguns têm por

mulheres a própria filha, (…) a mais preguiçosa gente que se pode achar, porque desde a manhã até a noite, e toda a vida não tem ocupação alguma. Humanidade esquisita, anti-humana meio monstruosa, diferente, pecadora. Seriam homens mesmo? Poderiam ser convertidos, receber a palavra divina? Em torno deste tema articulou-se uma sucessão de representações fantásticas que se transformaram em perfeitas epopéias. O pensamento cristão havia se adaptado à política expansionista e a propagação da fé vinculava-se à empresa marítima. O próprio “descobrimento” do Brasil recebeu uma explicação teológica. Consideravam os religiosos portugueses que, entre as diversas nações do planeta. Portugal teria sido escolhido por Deus para concretizar tal realização. Afirmava o jesuíta Padre Vieira que: “Os outros homens, por instituição divina, têm só obrigação de ser católicos e de ser apostólicos. Os outros cristãos têm obrigação de crer a fé: português tem a obrigação de a crer e mais a propagar”. Para propagá-la, lançaram-se ao mar. AS TROCAS SIMBÓLICAS E CULTURAIS E O OLHAR DOS VENCIDOS

As conquistas ultramarinas produziram grandes transformações tanto na Europa como nas Américas. No final do século XVII, tais modificações eram sensíveis. A base geográfica da Europa Ocidental foi ampliada. O comércio tornou-se mundial, deslocando o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico. Os italianos perderam definitivamente o monopólio comercial, e o declínio das repúblicas italianas acentuou-se. Portugal, Espanha, Inglaterra e França assaram a ocupar papéis de destaque na economia da modernidade. O grande fluxo de metais provenientes das colônias americanas que chegavam à Europa causava uma verdadeira revolução nos preços dos produtos. Os europeus introduziram na América uma série de animais e plantas até então desconhecidos pelos nativos: galinhas, cavalos, cabras, pombos, patos, ovelhas,

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centeio, arroz, laranjeira, limoeiro, vinha. Técnicas européias baseadas em movimentos circulares, muito utilizadas na moagem do açúcar brasileiro, também foram importadas da Europa. As instituições políticas e a religião católica igualmente acompanharam os conquistadores pelo Novo Mundo. Os índios, entre outros produtos cultivados ou por eles conhecidos têm-se, o abacaxi, bananas, caju, aipim, batata doce, feijão, milho, cará, abóbora, ervilha e especialmente a mandioca.

Até certo ponto, a introdução desses elementos familiares vinha “europeizar” uma paisagem perturbadora, tão diferente da que os descobridores e colonizadores conheciam. Nativos que devoraram os prisioneiros de guerra, animais exóticos, a própria exuberância da flora tropical geravam espanto e temor. O que havia sido encontrado afinal, o jardim do paraíso ou as portas do inferno? Todavia, o choque e o medo foram ainda maiores entre os nativos do Novo Mundo. Aos olhos dos indígenas, os conquistadores assemelhavam-se a figuras monstruosas montadas em outros monstros, os cavalos, também desconhecidos, que usando sua superioridade bélica, destruíram e escravizam da maneira bárbara e selvagem as sociedades locais. A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA

A AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA E PRÉ CABRÁLICA - Estima-se entre 80 a 100 milhões o número de habitantes do continente americano no momento da chegada dos europeus a partir de 1492. Havia grupos em vários estágios de desenvolvimento, desde grupos seminômades – que usavam a agricultura de maneira não generalizada, como os índios encontrados no Brasil – até as grandes civilizações Inca e Asteca. Os maias tinham como organização a cidade-estado e desapareceram como civilização antes da chegada dos europeus. Os incas e astecas se organizavam em grandiosos impérios onde hoje ficam os territórios do Peru e do

México, respectivamente. Ambas as civilizações foram conquistadas pelos espanhóis.

A CONQUISTA E A COLONIZAÇÃO A

CONQUISTA - Se no final do século XV existiam por volta de 100 milhões de habitantes na América, no final do século XVI, em virtude das consequências da conquista europeia, os indígenas não passavam de 10 milhões. As duas grandes civilizações foram dominadas e seus complexos sistemas produtivos e políticos foram apropriados pelos espanhóis. Milhões de índios foram escravizados pelos conquistadores. A violência da invasão fez também minguar e até desaparecer as culturas de alguns desses povos, na medida em que se impunham, pela força, os valores europeus.

Ilustração de Theodore de Bry, composta para a obra do Frei Bartolomeu de Las Casas, escrita no século XVI. O monge dominicano denunciara na época à monarquia espanhola, a violência dos colonizadores espanhóis contra os ameríndios.

O Colonialismo - A colonização da América se deu dentro do quadro do mercantilismo europeu e buscava o enriquecimento da nação metropolitana. De acordo com a política colonialista vigente, a colônia deveria se especializar na produção de produtos primários de alto valor no mercado europeu, como ouro, prata, açúcar, tabaco, algodão, cacau, etc. Através do exclusivo comercial esses produtos só podiam ser vendidos a baixos preços para a metrópole colonizadora, que revenderia os mesmos no mercado europeu. A metrópole vendia também seus produtos manufaturados para as colônias e estas eram proibidas de produzir qualquer artigo que concorresse com a produção da metrópole. De igual importância era o lucrativo comércio de mão-de-obra, o tráfico de escravos africanos e indígenas que beneficiava comerciantes metropolitanos e locais. Esses princípios norteavam todas as colonizações na América, com a exceção de regiões conquistadas,

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mas não colonizadas, como o Norte das Treze Colônias inglesas e outras poucas regiões da América. A colonização espanhola - Segundo o Tratado de Tordesilhas de 1494 a Espanha ficaria com a maior parte do continente americano. A viagem de Colombo à América em 1492 trouxe à Espanha perspectivas de enriquecimento, já que Colombo acreditava ter encontrado um novo caminho para as Índias. Nas expedições seguintes, o navegador manteve a mesma crença e conforme procurava as riquezas orientais fundou vilas e povoados, iniciando a ocupação da América. Os espanhóis foram o primeiro povo europeu a chegar às novas terras, o primeiro a achar grandes riquezas e a dar início à colonização no início do XVI. Ao chegarem, logo descobriram ouro (no México asteca) e prata, no Império Inca, regiões do atual Peru e Bolívia. A metrópole espanhola organizou uma grande empreitada mineradora, usando a mão-de-obra compulsória indígena, seguindo formas de trabalho que já existiam na região antes da chegada dos europeus. Outras áreas da América hispânica se especializaram na pecuária, agricultura e atividade portuária em função das áreas mineradoras. Logo após empreenderem um sangrento processo de dominação das populações ameríndias, os espanhóis efetivaram o seu projeto colonial nas terras a oeste do Tratado de Tordesilhas. Para isso montaram um complexo sistema administrativo responsável por gerenciar os interesses da Coroa espanhola em terras americanas. A estrututa política metropolitana - O processo de exploração da América colonial foi marcado pela pequena participação da Coroa, devido a preocupação espanhola com os problemas europeus, fazendo com que a conquista fosse comandada pela iniciativa particular, mediante o sistema de capitulações. As capitulações eram contratos em que a Coroa concedia permissão para explorar, conquistar e povoar terras, fixando direitos e deveres recíprocos. Surgiram assim os adelantados, que eram os

responsáveis pela colonização e que acabaram exercendo o poder de fato nas terras coloniais. No entanto, à medida que se revelavam as riquezas do Novo Mundo, a Coroa passou a centralizar o processo de colonização, anulando as concessões feitas aos particulares. A partir de então as regiões exploradas foram divididas em quatro grandes vice-reinados:

Nova Espanha: México – mineração de ouro e prata. Nova Granada: América Central – economia baseada na agricultura.

Peru: Peru e Bolívia – mineração de ouro e prata. Rio da Prata: Paraguai, parte do Uruguai e Argentina – economia baseada na pecuária e controle do escoamento das demais regiões para a metrópole. Além dessas grandes regiões, havia outras quatro capitanias: Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela. Dentro de cada uma delas, havia um corpo administrativo comandado por um vice-rei e um capitão-geral designados pela Coroa. No topo da administração colonial havia um órgão dedicado somente às questões coloniais: o Conselho Real e Supremo das Índias. O Conselho das Índias deliberava sobre as decisões políticas em relação às colônias, nomeando vice-reis e capitães gerais, autoridades militares, e judiciais. Foram criados ainda os cargos de juízes de residência e de visitador. O Primeiro, responsável por apurar irregularidades na gestão da colônia; o segundo, por fiscalizar um vice-reino, para apurar abusos cometidos. A estrututa econômica metropolitana - Todos os colonos que transitavam entre a colônia e a metrópole deviam prestar contas à Casa de Contratação, que recolhia os impostos sob toda riqueza produzida. Sediada em Sevilha, ela era responsável pelo controle de todo o comércio realizado com as colônias da América e foi responsável pelo estabelecimento do regime de

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Porto Único, ou seja, apenas um porto na metrópole, a princípio Sevilha e depois Cadiz, poderia realizar o comércio com as colônias, enquanto na América destacou-se o porto de Havana, com permissão para o comércio metropolitano e anos depois os portos de Vera Cruz (México), Porto Belo (Panamá) e Cartagena (Colômbia). Foi desenvolveu ainda pela administração metropolitana o sistema de frotas anuais (duas); desde 1526 havia a proibição dos barcos navegarem isoladamente.

Estrutura social na América Espanhola

Chapetones - Eram os responsáveis pelo cumprimento dos interesses da metrópole na colônia, eram todos espanhóis e compunham a elite colonial. Criollos - Eram os filhos de espanhóis nascidos na América. Dedicavam-se à grande agricultura e ao comércio colonial. Sua esfera de poder político era limitada à atuação junto às câmaras municipais, mais conhecidas como cabildos. Os cabildos ou ayuntamientos eram equivalentes às câmaras municipais do Brasil. Eram formadas por elementos da elite colonial, subordinados as leis da Espanha, mas com autonomia para promover a adminisrtração local. Mestiços, índios e escravos - Encontravam-se na base da sociedade colonial espanhola. Os primeiros realizavam atividades auxiliares na exploração colonial e, em alguns casos, exerciam as mesmas tarefas que índios e escravos. Os escravos africanos eram minoria, concentrando-se nas regiões centro-americanas. A população indígena foi responsável por grande parte da mão-de-obra empregada nas colônias espanholas. Alguns pesquisadores apontam que a relação de trabalho na América Espanhola era escravista. Para burlar a proibição eclesiástica a respeito da escravização do índio, os espanhóis adotavam a mita e a encomienda. A mita era o trabalho compulsório em que parcelas das populações indígenas eram utilizadas para uma temporada de serviços

prestados. Já a encomienda funcionava como uma ―troca‖ na qual os índios recebiam em catequese e alimentos por sua mão-de-obra. No final do século XVIII, com a disseminação do ideário iluminista e a crise da Coroa Espanhola (devido às invasões napoleônicas) iniciou-se o processo de independência que poria fim ao pacto colonial.

A Colonização portuguesa - Um pouco mais tardia que a espanhola, se especializou nos primeiros séculos da colonização, na produção de produtos agrícolas, como a cana-de-açúcar e derivados na costa Nordeste do Brasil, utilizando-se do trabalho escravo indígena e africano. No XVIII, foi a atividade mineradora de ouro e diamante no interior do território, que caracterizou a principal atividade econômica do pacto colonial na América portuguesa. – O BRASIL COLONIAL VIVER E MORAR NO SÉCULO XVI E XVII

Convencionou-se denominar “mercantilismo” ao conjunto das teorias e das práticas de intervenção estatal na economia, que se desenvolveram na Europa entre a metade do século XV e a segunda metade do século XVI. É importante que se lembre, que em fins do século XV os países europeus vivem um processo de centralização monárquica, que determinará o surgimento dos Estados Modernos. Dessa forma, tornava-se necessário organizar a vida econômica de toda a nação, experiência nova para os homens da época.

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Tornou-se imprescindível, pois, uma economia nacional, planificada, dirigida, que viabilizasse um Estado rico, próspero e poderoso, a exemplo da Espanha do século XVI. Quando os homens da época se perguntavam a respeito das razoes do poderio espanhol, a resposta vinha curta, simples e pronta – a prosperidade espanhola estava relacionada diretamente com a quantidade de metais preciosos que a nação possuía. Esta convicção se generaliza à medida em que o ouro e a prata passam a ser vistos como o “mais perfeito instrumento de aquisição da riqueza”. Confundiram, portanto, riqueza com dinheiro. É o que se conhece como “idéia metalista” ou metalismo, característica essencial do Mercantilismo.

O pensamento mercantilista não foi o mesmo nos diversos Estados europeus. Adaptou-se às condições particulares de cada um deles, mas, sempre com a idéia metalista presente, e em primeiro plano, pelo menos nos séculos XVI e XVII. A intervenção do Estado na economia visava o engrandecimento e a prosperidade da nação. Assim o intervencionismo e o nacionalismo destacam-se como característica do Mercantilismo. E uma vez realizado o expansionismo marítimo, impunha-se a natural colonização das terras conquistadas, o que se faz sob o signo do Mercantilismo e do Absolutismo.

Mercantilismo e colonialismo são atividades paralelas na Idade Moderna, inter-relacionadas, que não podem ser explicadas por si mesmas, senão observando influências recíprocas. É dentro desse prisma que se realiza a árdua tarefa de colonização das áreas conquistadas e recém-incorporadas ao domínio europeu.

1. Características Gerais do Mercantilismo: a) Busca de superávit comercial;

b) Intervencionismo estatal; c) Metalismo; e

d) Colonialismo.

2. O colonialismo: as colônias eram mercados exclusivos das suas respectivas metrópoles, e o papel das mesmas na divisão do trabalho internacional estabelecida com a constituição de uma economia de dimensões mundiais, era o de produzir gêneros tropicais e metais preciosos, e de serem mercados consumidores dos manufaturados comercializados pelas metrópoles européias, constituindo-se assim:

3. pacto colonial.

Dentro do contesto mercantilista europeu ocorre a expedição portuguesa de conquista e ocupação do comércio das Índias, comandada por Pedro Álvares Cabral, em 1500. Marca também a chegada dos europeus no Brasil. Inaugurando assim o processo migratório para estas terras. Inicialmente, o contato foi limitado pelo desinteresse econômico da Coroa com a região descoberta desprovida de metais preciosos e de mercado consumido. 1500 – 1530 → Fase caracterizada como pré-colonial, devido Portugal auferir enormes lucros decorrente do comércio com as Índias e da exploração do litoral africano, torna-se desinteressante transferir recursos, homens e navios para ocupação da nova terra, cujo retorno imediato era dado apenas por madeira tintorial, papagaios e pimenta.

Da Comunidade Gentílica A Cativa Nas Relações De Trabalho

Esta fase caracteriza-se pela relação aparentemente amistosa entre os portugueses e os indígenas em

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uma relação baseada no escambo (troca de mercadorias). 1530 → devido à crise do comércio com as Índias e as constantes ameaças de invasão do Brasil, os portugueses iniciam a colonização, empregando a proposta mercantilista, baseada no plantation (produção agrícola), voltada ao mercado externo, escravista e monocultor. Para garantir o sucesso da empresa colonizadora os colonos locais passaram a forçar os índios aos penosos trabalhos agrícolas: como não aceitavam a escravidão, constituiu-se rapidamente o mito da incompatibilidade do gentio com a agricultura e da “preguiça da raça”. Na verdade os índios – como qualquer população não envolvida em circuitos mercantis – não entendiam a necessidade de se trabalhar duro para além das necessidades da subsistência.

As guerras cruéis e exterminadoras, forma conseqüência direta da implantação da agricultura colonial. A partir de 1530 com o início da colonização, intensificam-se os processos migratórios para o Brasil, iniciado com a expedição de Martim Afonso de Sousa que trouxe em seus navios cerca de 400 homens para usar como força de trabalho nas terras do Novo Mundo.

Os europeus chegaram como conquistadores, impondo seus costumes, cultura e dominação sobre a população nativa. Agindo de forma etnocêntrica, tudo que fazia parte da cultura e costumes locais foram considerados bárbaros e primitivos, devidamente passível de mudança ou extermínio. Os imigrantes que vieram para o Brasil neste momento para garantir o sucesso da colonização eram brancos pobres, degredados e comerciantes cristãos novos e vinham em busca de riqueza, liberdade e do desconhecido.

REFERENCIAS:

BOULOS JUNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania, 2º ano / São Paulo: FTD, 2016.

MELLO E SOUZA, Laura de. O diabo e a Terra Santa Cruz. São Paulo. Companhia das Letras. 1996.

SCHNEEBERGER, Carlos Alberto. Manual compacto de História: ensino fundamental – 1ª ed. – São Paulo: Rideel, 2010.

ESTUDO DIRIGIDO

1 - A expansão marítima européia dos séculos XV e XVI permitiu:

a) A formação de domínios coloniais que dinamizaram o comércio europeu.

b) O crescimento do comércio de especiarias pelas rotas do Mediterrâneo.

c) A implantação de impérios coloniais na Ásia, para extração de metais preciosos.

d) O fortalecimento do feudalismo e da servidão na Europa Ocidental.

e) A colonização do tipo mercantilista, sem a interferência do Estado e da Igreja.

2. O Tratado de Tordesilhas representa:

a) A tomada de posse do Brasil pelos portugueses. b) O declínio do expansionismo espanhol.

c) O fim da rivalidade hispano-portuguesa na América.

d) O marco inicial no processo da partilha colonial. e) O início da colonização do Brasil.

3. DESCREVA CORRETAMENTE O QUE FOI A EXPANSÃO MARITIMA COMERCIAL:

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4. COMENTE OS FATORES QUE LEVARAM AO

PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS GRANDES

NAVEGAÇÕES?

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5. ELABORE UM PEQUENO RESUMO SOBRE O IMAGINÁRIO CRISTÃO NO NOVO MUNDO:

__________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ 6. RESPONDA AS QUESTÕES 6.1 E 6.2 BASEANDO-SE NO SEGUINTE TEXTO:

“(...) Assim foi tecida a expansão ibérica na América. Embebida do maravilhoso,

eivada de espiritualidade, inflamada pela visão do Éden tropical,

sem excluir a cobiça e a ambição que, pelo contrário, foram coloridas pela

profusão de criaturas e crenças fantásticas.(...) Fauna exótica e monstros

que acabaram associados aos índios, execrados no discurso por sua nudez

e antropofagia.”

(VAINFAS, Ronaldo. Utopia e alteridade. Ciência Hoje. v. 18/ nº 101)

6.1. O tema central desse texto refere-se:

a) aos objetivos da conquista ibérica da América. b) à fauna exótica das terras americanas.

c) ao caráter religioso da ação colonizadora. d) ao imaginário europeu diante do Novo Mundo. e) à ambição desmedida dos ibéricos na colonização.

6.2. Esse texto leva ainda a concluir que os ibéricos: a) vêem-se como os verdadeiros salvadores do Novo Mundo.

b) procuram compreender o universo cultural dos índios.

c) entendem a América como extensão do Velho Mundo.

d) têm uma visão negativa com relação à América. e) idealizam o mundo americano como lugar paradisíaco.

7. COMO SE DEU O PROCESSO DE

COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NA AMERICA? __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________

8. COMO SE DEU A COLONIZAÇÃO ESPANHOLA NA AMERICA? __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________

9. ELABORE UM PEQUENO TEXTO SOBRE O INICIO DO BRASIL COLONIAL:

__________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________

10. COMENTE O QUE FOI O PACTO COLONIAL? __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________

Referências

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