• Nenhum resultado encontrado

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA ÁDRIA CRISTINA AZEVEDO FERREIRA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA ÁDRIA CRISTINA AZEVEDO FERREIRA"

Copied!
49
0
0

Texto

(1)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

ÁDRIA CRISTINA AZEVEDO FERREIRA

Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de eucalipto no município de Paragominas-Pará

PARAGOMINAS 2016

(2)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Agronomia da Universidade Federal Rural da Amazônia como requisito para obtenção de grau de Bacharel em Agronomia.

Orientador: Profº Msc. Denes de Souza Barros

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

ÁDRIA CRISTINA AZEVEDO FERREIRA

Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas clonais de eucalipto no município de Paragominas-Pará

.

PARAGOMINAS 2016

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal Rural da Amazônia

--- Ferreira, Ádria Cristina Azevedo

Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de eucalipto no município de Paragominas - Pará / Ádria Cristina Azevedo Ferreira. _ Paragominas, 2016.

46 f.

Orientador: Denes de Souza Barros

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Agronomia) – Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, Paragominas - PA, 2016.

1. Qualidade de mudas. 2. Viveiro. 3. Eucalipto. I. Ferreira, Ádria Cristina Azevedo. II. Barros, Denes de Souza Orient. III. Título.

(4)
(5)

Aos meus pais e familiares, pelo apoio carinho e incentivo, que dispensaram os momentos de convívio para a conquista deste curso.

(6)

AGRADECIMENTOS

A Deus que sempre esteve ao meu lado renovando minha fé e que deu força nos diversos momentos de dificuldades.

Aos meus pais e familiares que sempre mim apoiaram.

Aos meus amigos e colegas da universidade em especial a minha equipe de trabalho que juntos enfrentamos todas as dificuldades sempre trabalhando para fazer o melhor.

Ao meu orientador Denes Barros por ter mim ajudado e guiado no decorrer deste trabalho, dando todo suporte necessário.

A UFRA, por ter contribuído tanto para minha formação acadêmica, quanto pessoal.

A Empresa Dacko, por ter disponibilizado as mudas utilizadas nos testes.

A UEPA por ter auxiliado no processo de secagem dos matérias.

A todos os funcionários da UFRA campus Paragominas, pelos bons momentos de convivência e pelo aprendizado durante nossa graduação.

(7)

Aquele que sai chorando enquanto lança a semente voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes.

(8)

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi utilizar parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de eucalipto no município de Paragominas-Pará. O experimento foi realizado na Universidade Federal Rural da Amazônia, localizada na rodovia BR 256, km 06. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro clones (Eucalyptus

urophylla x E. pellita, Eucalyptus urophylla x E. grandis, Eucalyptus urophylla, Eucalyptus urophylla x E. brassian) com quatro lotes de 25 plantas totalizando 100 indivíduos por clone

avaliado, com a idade aproximada de 120 dias, bem formadas, livre de praga e doenças. As características morfológicas avaliadas foram altura da parte aérea (H), diâmetro do coleto (DC), peso da matéria seca total (PMST), peso da matéria seca da parte aérea (PMSA), peso de matéria seca da parte da raiz (PMSR), relação altura da parte aérea e diâmetro do coleto (H/DC), relação do peso de matéria da parte aérea e peso da matéria seca da parte da raiz (PMSA/PMSR), índice de qualidade Dickson (IQD). Todos os clones avaliados apresentam parâmetros morfológicos acima dos padrões considerados mínimos para mudas. Porém o clone 3 obteve os melhores resultados para as características avaliadas.

(9)

ABSTRACT

The aim of this study was to use morphological parameters in assessing the quality of eucalyptus in the municipality of Paragominas-Para. The experiment was conducted at the Federal Rural University of Amazonia, located on the highway BR 256, km 06. The experimental design was completely randomized with four clones (Eucalyptus urophylla x E. pellita, Eucalyptus urophylla x E. grandis, Eucalyptus urophylla, Eucalyptus urophylla x E. brassian) with four batches of 25 plants totaling 100 individuals evaluated by clone with age approximately 120 days, well-formed, free from pests and diseases. The morphologic characteristics evaluated were height of the aerial part (H), stem diameter, (DC), weight of the total dry matter (PMST), dry weight of shoot (PMSA), dry matter weight of the part of the root ( PMSR ), shoot height and stem diameter ratio (H/DC), ratio of shoot material and weight of the dry matter of the root (PMSA/PMSR), quality index Dickson (QID). All the selected clones exhibit morphological parameters above the standards considered minimal for seedlings. But the clone 3 achieved the best results for the characteristics.

(10)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Clones utilizados: a – Clones; b - População de clones ... 26

Figura 2 – Medições dos clones de eucalipto feitas no laboratório da Universidade

Federal Rural da Amazônia: a – Altura da parte aérea; b – diâmetro do cole ...

26

Figura 3- Procedimentos feitos: a- Lavagem das raízes; b - amostras da parte aérea e

parte da raiz na estufa ... 27

Figura 4 – Massa seca dos clones: a - Pesagem da matéria seca da parte área; Pesagem

da matéria seca da parte da raiz ... 27

(11)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Clones de mudas de eucalipto em Paragominas, Pa...

Tabela 2 - Análise de variância e teste F da altura da parte aérea (H) de mudas clonais

de eucalipto em Paragominas, PA... 25

29

Tabela 3 - Médias de altura da parte aérea (H) de mudas clonais de eucalipto em

Paragominas, PA... 29

Tabela 4 - Análise de variância e teste F do diâmetro do coleto (DC) de mudas clonais

de eucalipto em Paragominas, PA... 30

Tabela 5 - Médias de diâmetro do coleto (DC) de mudas clonais de eucalipto em

Paragominas, PA ... 30

Tabela 6 - Análise de variância e teste F do peso da matéria seca total (PMST) de

mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA

...

31

Tabela 7- Médias de peso da matéria seca total (PMST) de mudas clonais de eucalipto

em Paragominas, PA ... 32

Tabela 8 - Análise de variância e teste F do peso da matéria seca da parte aérea (PMSA)

(12)

Tabela 9 - Médias de peso da matéria seca da parte aérea (PMSA) de mudas clonais de

eucalipto em Paragominas, PA ... 33

Tabela 10 - Análise de variância e teste F do peso da matéria seca da parte da raiz

(PMSR) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA ...

Tabela11 - Médias de peso da matéria seca da parte da raiz (PMSR) de mudas clonais

de eucalipto em Paragominas, PA ... 34

34

Tabela 12 - Análise de variância e teste F da relação altura da parte aérea pelo diâmetro

do coleto (H/DC) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA...

Tabela 13- Médias de peso da relação altura da parte aérea e diâmetro do coleto (H/DC)

de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA... 35

36

Tabela 14 - Análise de variância e teste F da relação peso da matéria seca da parte aérea

pelo peso da matéria seca da parte da raiz (PMSA/PMSR) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, Pa ...

37

Tabela 15 - Médias de relação peso da matéria seca da aérea pelo peso da matéria seca

da parte da raiz (PMSA/PMSR) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA ...

37

Tabela 16 - Análise de variância e teste F para o índice de qualidade Dickson (IQD) de

(13)

Tabela 17 - Médias de índice de qualidade Dickson (IQD) de mudas clonais de

(14)

LISTA DE SIGLAS C1 - Clone 1 C2 - Clone 2 C3 - Clone 3 C4 - Clone 4 DC - Diâmetro do coleto. F - Razão da variância FV - Fonte variação GL - Grau de liberdade H - Altura da parte aérea.

H/DC - Altura da parte aérea e o diâmetro do coleto. IQD - Índice de Qualidade de Dickson

PMSA - Peso de matéria seca da parte aérea

PMSA/PMSR - Peso de matéria seca da parte aérea pelo peso de matéria seca do

sistema radicular.

PMSR - Peso de matéria seca das raízes PMST - Peso de matéria seca total SQ - Soma dos quadrados

(15)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 16 2 REFERÊNCIAL TÉORICO... 18 2.1 2.1.1 2.1.2 2.1.3 2.1.4 Aspectos gerais do eucalipto ... Eucalyptus pellita ... Eucalyptus grandis... Eucalyptus urophylla... Eucalyptus brassiana... 18 19 19 19 19 2.2 2.2.1 Aspectos gerais sobre qualidade de mudas ... Qualidade morfológica de mudas... 20 21 2.2.1.1 Altura da parte aérea (H) ... 21

2.2.1.2 Diâmetro do coleto (DC) ... 22

2.2.1.3 Peso Matéria seca total (PMST) ... 22

2.2.1.4 Peso de matéria seca da parte aérea (PMSA) ... 23

2.2.1.5 Peso de matéria seca das raízes (PMSR) ... 23

2.2.1.6 Relação entre altura da parte aérea e diâmetro do coleto (H/DC) ... 23

2.2.1.7 Relação entre peso de matéria seca da aérea e peso de matéria seca das raízes (PMSA/PMSR) ... 24 2.2.1.8 Índice da qualidade de Dickson (IQD) ... 24

3 MATERIAL E MÉTODOS ... 25

3.1 Caracterização da área de estudo ... 25

3.2 Coleta de dados e parâmetros mensurados ...

1. Mensurações diretas...

2. Mensurações indiretas... 25

26

(16)

3.3 Delineamento experimental e análise estatística dos dados ... 28

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 29

4.1 Altura da parte aérea (H) ... 29

4.2 Diâmetro do coleto (DC) ... 30

4.3 Peso de matéria seca total (PMST) ... 31

4.4 Peso de matéria seca da parte aérea (PMSA) ... 32

4.5 Peso de matéria seca da raíz (PMSR) ... 34

4.6 Relação entre altura da parte aérea e diâmetro do coleto (H/DC) ... 35

4.7 Relação entre peso de matéria seca da aérea e peso de matéria seca das raízes (PMSA/PMSR) ... 37 4.8 Índice da qualidade de Dickson (IQD) ... 38

5 CONCLUSÃO ... 41

REFERÊNCIAS ... 42

(17)
(18)

16

1. INTRODUÇÃO

O aumento na demanda por produtos florestais tem como efeito direto a necessidade de inserir, nos programas de reflorestamento no Brasil espécies de alta produtividade, que permitam reduzir relativamente o ciclo de corte, associada ás boas características silviculturais aplicadas, permitindo assim uma maior resistência as mudas com condições adversas do meio e um menor tempo gasto para a sua completa formação, sendo tais fatores decisivos ao seu êxito (OLIVEIRA JÚNIOR et al., 2011; ELOY et al., 2013).

Assim a propagação vegetativa tem-se tornado uma importante ferramenta para aumentar a competitividade das indústrias de base florestal, alcançando seu maior potencial quando está atrelada aos programas de melhoramento genético, estabelecendo florestas clonais que permite a preservação dos genótipos de interesse e com maior produtividade e melhor qualidade da madeira (OLIVEIRA et al., 2012; BORGES et al., 2011). A propagação vegetativa é uma fase importante porém esse processo pode ser interferido nas grandes produções pois a capacidade de indução de raízes adventícia importante ao processo, diminui com a idade da planta doadora de estacas dificultando o aproveitamento dos benefícios da clonagem (OLIVEIRA et al., 2012, CID et al., 2010).

A avaliação do momento certo da retirada das mudas do viveiro pode viabilizar a melhor época para iniciar o processo de sua produção, levando-se em consideração o planejamento para implantação de uma floresta. Quando o período ideal de rotação no viveiro é ultrapassado, o sistema radicular das mudas tende a apresentar enovelamento, imposto pela restrição do espaço explorável de substrato, perdas ocasionadas por fatores como área foliar, relação altura/diâmetro e apresentam fragilidade a determinadas doenças comprometendo a qualidade da muda e sua sobrevivência (ALFENAS et al., 2004; MUNGUAMBE, 2012; ELOY et al., 2014).

Assim o sucesso de um plantio florestal depende da escolha da espécie ideal para local de plantio, e principalmente, da qualidade das mudas a serem plantadas. Essas, além de resistirem ás condições adversas encontradas no campo (como secas, baixa fertilidade do solo, pragas, doenças, etc.) devem ser capazes de se desenvolver e exteriorizar todo seu potencial de crescimento (WENDLING; DUTRA, 2010).

(19)

17

Para que haja aumento da porcentagem de sobrevivência das mudas de eucalipto e taxas crescimento inicias vai depender de uso de mudas de melhor padrão, com isso existem inúmeras razões para a utilização de testes na definição do padrão de qualidade das mudas, agregando-se alguns valores que são exigidos pelo mercado (ATAÍDE et al., 2010; ELOY et al., 2013).

As características nas quais se baseiam as empresas florestais para a classificação e a seleção das mudas, principalmente, de eucaliptos, com um padrão de qualidade desejável são elas: a altura, que de acordo com o sítio e o sistema de plantio estão entre 15 e 25 cm; o diâmetro do coleto com aproximadamente 2 mm; o sistema radicular bem desenvolvido, com boa formação, sem enovelamento, com raiz principal reta, com raízes secundárias bem distribuídas e com boa agregação ao substrato; uma boa rigidez da haste; um bom aspecto fitossanitário, sem deficiências minerais, sem pragas e sem doenças (GOMES; PAIVA, 2006; WENDLING; DUTRA, 2010; SANTOS et al., 2014).

De acordo com o exposto, objetivo deste trabalho foi utilizar parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de eucalipto no município de Paragominas-Pará.

(20)

18

2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Aspectos gerais do eucalipto

O gênero Eucalyptus pertence à família Mytaceae tem a sua origem na Austrália, Tasmânia e outras ilhas da Oceania. São cerca de 730 espécies reconhecidas botanicamente. Porém, não mais que 20 delas são recentemente utilizadas para fins comerciais em todo o mundo. Não há uma data correta da importação do eucalipto no Brasil. Existem relatos de que os primeiros exemplares foram plantados nas áreas pertencentes ao Jardim Botânico e Museu Nacional do Rio de Janeiro, nos anos de 1825 e 1868; no Município de Amparo, SP, entre 1861 e 1863; e no Rio Grande do Sul, em 1868 (SANTAROSA et al., 2014).

Os primeiros estudos com o eucalipto no Brasil só foram iniciados em 1904, por Edmundo Navarro de Andrade, no Horto Florestal de Rio Claro, SP, pertencente à ex-companhia Paulista de Estradas de Ferro. Porém o crescimento da área reflorestada no País foi realmente definida somente a partir da promulgação da Lei de Incentivos Fiscais ao Reflorestamento (SANTAROSA et al., 2014) na década de 1960 para diminuir o desmatamento, assim constituindo iniciativa fundamental para a redução da demanda por espécies nativas (FIGUEIREDO et al., 2011).

A área de árvores plantadas para fins industriais no Brasil totalizou 7,74 milhões de hectares em 2014, aumento de 1,8% em relação a 2013. Esse total retribui apenas 0,9% do território brasileiro. Além das árvores plantadas, dos 851 milhões de hectares do território nacional, 66,1% estavam cobertos por hábitats naturais, 23,3% ocupados por pastagens, 6,2% por agricultura e 3,5% por redes de infraestrutura e áreas urbanas (IBA, 2015)

Recentemente os plantios de eucalipto ocupam 5,56 milhões de hectares da área de árvores plantadas no País, o que representa 71,9% do total, e estão situados principalmente nos Estados de Minas Gerais (25,2%), São Paulo (17,6%) e Mato Grosso do Sul (14,5%). No estado do Pará a área plantada de eucalipto é de 159.657 ha (IBA, 2015).

O gênero Eucalyptus possui relevância em plantios florestais comerciais que visam à produção (OLIVIERA et al., 2012). Os benefícios econômicos provenientes da produção florestal, pode-se destacar a melhoria da qualidade do ar, conforto térmico, redução dos níveis de poluição sonora, diminuição da intensidade da erosão, melhoria da vazão de mananciais hídricos, recuperação de áreas degradadas, redução da pressão sobre as florestas nativas e aumento da biodiversidade, entre outros. (SANTAROSA et al., 2014).

(21)

19

2.1.1 Eucalytus pellita

O E. pellita é uma árvore de tamanho médio de 40 m de altura, com excelente forma do fuste, casca dura e persistente. Desenvolve-se melhor em vales, na parte seca e quente próximo a ribeirões e solos que variam de rasos e arenosos argilosos e profundos, ciclo aproximadamente 5 anos (OLIVEIRA et al., 2010). A madeira é muito utilizada para construções e estruturas. Em nossas condições há necessidade de estudos mais detalhados para se determinar a viabilidade de outras utilizações (OLIVEIRA et al., 2010)

2.1.2 Eucalytus grandis

É uma espécie que se desenvolve melhor em solos com boa retenção de água, solos profundos e argilosos. (MOURA; TRAÇA, 2000). Destaca-se pelo rápido crescimento, apresentando insuperável crescimento volumétrico, com boa forma de fuste, pequena quantidade de casca e elevado percentual de cerne, porte da árvore de 35 a 40 metros, tronco retilíneo com uma superfície lisa de cor branca, acinzentada, esverdeada ou salmão. Madeira considerada com moderada durabilidade aos fungos apodrecedores e cupins (SILVA, 2004). Esta utilizada para celulose e papel, painéis de fibras e aglomerados, combustíveis industrial e doméstico e produtos de serraria (MAIOR, 2013).

2.1.3 Eucalytus urophylla

É a espécie de maior potencial de crescimento em área em função de sua produtividade e de ser a espécie com maior potencialidade para as fronteiras (Regiões Norte e Nordeste). O potencial de utilização para os diversos fins celulose e papel, chapas duras, serraria, carvão e outros ( JUNIOR; GARCIA, 2003). Diversos trabalhos com E. urophylla no Brasil avaliados em várias idades mostram que as procedências de baixa altitude na origem (300 a 1.200m) estão bem adaptadas em países tropicais e subtropicais ( JUNIOR; GARCIA, 2003).

2.1.4 Eucalytus brassiana

É uma árvore de crescimento rápido que pode atingir altura de 7 a 15m, e diâmetro de 0,3 a 0,5 m. A forma do seu troco é tortuoso, porém pode ter um tronco moderamente reto até a metade de sua altura. Sua casca é persistente até os 2 m ou mais, espessa, tendendo para dura com fissuras longitudinais irregulares cor cinza escura( MOURA, 2003).O cerne de sua madeira é leve, de cor róseo-amarronzado com anéis de crescimento estacional. O clima do

(22)

20

habitat desta espécie é quente úmido ao norte e quente e subúmido ao sul. Cresce geralmente nas encostas com solos pobres de estruturas rochosa, porém bem drenados, em regiões com topografia levemente ondulada. Encontrado também em várzeas inundáveis e em depressões . indicado para áereas subúmidas-úmidas e subúmidas-secas do nordeste brasileiro por sua resistência a logos períodos de estiagem ( MOURA, 2003).

2.2 Aspectos gerais sobre qualidade de mudas

A produção de mudas é essencial para o sucesso das atividades silviculturais (FIGUEIREDO et al., 2011) e a taxa de sobrevivência e crescimento, após o plantio estão diretamente relacionados à qualidade da muda (CARNEIRO, 1995).

As qualidades morfológica e fisiológica das mudas dependem da constituição genética, das condições ambientais, dos métodos de produção, do regime de manejo e dos cuidados no transporte e no plantio (FAGUNDES, 2007; FIGUEIREDO et al., 2011).

A necessidade de se produzir mudas de espécies florestais em áreas bem definidas, com características especifica e controladas, denominadas de viveiros, deve-se ao fato da sua fragilidade, precisando de proteção na fase inicial e de manejos especiais, de forma que haja uma maior uniformidade de crescimento, tanto da altura quanto do sistema radicular, e motivando um endurecimento tal que, após o plantio no campo, permitam-nas resistirem às condições adversas encontradas em campo (GOMES et al., 2002; SILVA, 2003). Com isso, o sucesso na formação de florestas de alta produção depende, em grande parte, da qualidade das mudas plantadas, que deverão sobreviver e, por fim, produzir árvores com crescimento volumétrico economicamente desejável (FREITAS et al., 2012).

Com isso o principal problema dos viveiros produtores de mudas de espécies florestais é determinar, durante a fase de viveiro, quais fatores alteram a sobrevivência e o desenvolvimento inicial das mudas no campo. Os atributos das mudas, necessários para obtenção do sucesso do plantio no campo, são denominados qualidade de muda (FONSECA et al., 2002).

As variáveis morfológicas e os índices usados para avaliação da qualidade das mudas podem ser utilizados isoladamente ou em conjunto para classificação do padrão da qualidade de mudas, desde que sejam empregados em mudas desenvolvidas em condições de ambiente semelhantes (FONSECA et al., 2002).

Segundo Carneiro (1995) mudas de baixo padrão de qualidade, desenvolvendo-se em altura, em ritmo menos definido, apresentam menores taxa de incremento/hectare/ano. Este

(23)

21

atraso no desenvolvimento provoca em redução de ganhos de volume de madeira. As plantas resultantes de um povoamento com essas características têm também a tendência de apresentar menor uniformidade e pior qualidade de fuste.

Os parâmetros em que os pesquisadores baseiam-se para determinação da qualidade das mudas prontas para o plantio são de duas naturezas: aspectos fenotípicos, denominados de parâmetros morfológicos e os têm como fundamentos os aspectos internos das mudas, são chamados de parâmetros fisiológicos (CARNEIRO ,1995; GOMES; PAIVA, 2006; GOMES et al., 2002; ELOY et al., 2013). Tanto os produtores de mudas quanto os silvicultores, ao tratar a qualidade da muda, consideram: a sanidade, o diâmetro do colo, a altura da muda, o desenvolvimento do sistema radicular, a lignificação do caule e o material genético como as principais características (PEZZUTTI; CALDATO, 2011).

2.2.1 Qualidade morfológica de mudas 2.2.1.1 Altura da parte aérea (H)

A altura da parte aérea é considerada uma das características mais usadas no processo de classificação e seleção de mudas (ELOY et al., 2013).

A altura da parte aérea é considerada como um dos parâmetros mais antigos e importantes na classificação e seleção de mudas, por ser uma variável de fácil medição, por não ser um método destrutivo (GOMES et al., 2002). O que a torna tecnicamente aceita como uma boa medida do potencial de desempenho e quando avaliada isoladamente pode ser utilizada para expressar a qualidade das mudas (GOMES et al., 2013).

Plântulas com crescimento em excesso podem sofrer tombamento, resultando em alteração do padrão de qualidade de planta adulta (FREITAS et al., 2012).

A altura da parte aérea, tomada isoladamente, estabelece por muito tempo no único parâmetro para avaliação da qualidade de mudas. Carneiro (1995) recomenda que os valores destas características só podem ser analisados, quando combinados com os de outros parâmetros, tais como o diâmetro de colo, peso, relação peso das raízes/peso da parte aérea, etc.

Segundo Wendling e Dutra mudas para estarem aptas a serem plantadas a campo recomenda-se que apresentem em altura da parte aérea de 15 cm a 25 cm em mudas de eucalipto.

(24)

22

2.2.1.2 Diâmetro do coleto (DC)

O diâmetro do colo é facilmente mensurável, sendo considerado por muitos pesquisadores como umas das mais importantes características para estimar a sobrevivência de mudas de espécies florestais no campo. O padrão de qualidade de mudas de várias espécies florestais, prontas para o plantio, possui alta correlação com essas características e isso pode ser observado nos significativos aumentos das taxas de sobrevivência e do crescimento das plantas de campo. O diâmetro de colo tomado isoladamente ou combinado com altura, é uma das melhores características morfológicas para predizer a qualidade de variadas espécies florestais (GOMES et al., 2002; ELOY et al., 2014).

Wendling e Dutra em produção de mudas de eucalipto que as mudas devem apresentar diâmetro do coleto maior que 2mm esse é um valor que caracteriza que as muda estam aptas a serem plantas em campo.

Pezzuti e Caldato (2011) no seu experimento com mudas Pinus taeda aos 4 anos de idade observou que quanto maior o diâmetro do coleto maior é porcentagem de sobrevivência.

2.2.1.3 Peso de matéria seca total (PMST)

A matéria seca total constitui uma boa indicação da capacidade de resistência das mudas as condições de campo, apesar de se tratar de um método destrutivo (GOMES; PAIVA, 2006) O desenvolvimento das plantas depende da adequada convenção da energia solar interceptada em quantidades crescentes de carboidratos, sendo o crescimento em massa seca decorrente do acumulo dessa substancias nos vegetais (ATAIDE et al., 2010).

Eloy et al. (2013) avaliando qualidade de mudas de sementes Eucalyptus grandis, com 110 dias, utilizando parâmetros morfológicos obteve médias para PMST entre 3,62 e 6,05 g.

Produção de matéria seca tem sido considerada como um dos melhores parâmetros para caracterizar qualidades de mudas, porém, o inconveniente de não ser viável a sua determinação em muitos viveiros, principalmente por envolver a completa destruição destas, além de ser necessário uso de uma estufa (AZEVEDO, 2003).

(25)

23

2.2.1.4 Peso de matéria seca da parte aérea (PMSA)

A matéria seca da parte aérea, apesar de ser um método destrutivo, deve ser considerado, pois indica rusticidades das mudas (GOMES et al., 2013). A PMSA relaciona-se com qualidade e quantidade de folhas, característica essa muito importante, uma vez que as folhas constituem uma das principais fontes de assimilados e nutrientes para adaptação da muda pós-plantio, a qual necessitará de boa reserva de foto assimilados, que servirão de suprimento de água e nutrientes para as raízes no primeiro mês de plantio (ATAIDE et al., 2010).

Gomes et al. (2002) avaliou parâmetros morfológicos de mudas de Eucalytus grandis após 120 dias de semeadura verificou a variável da matéria seca da parte aérea obteve médias de 0,60 e 5,01.

2.2.1.5 Peso de matéria seca de raiz (PMSR)

A massa seca das raízes tem sido reconhecida por diferentes autores como uma das melhores características para se estimar a sobrevivência e o crescimento inicial das mudas no campo (AZEVEDO, 2003; GOMES et al., 2013).

O cálculo da percentagem de raízes apresenta inerente deficiência. O peso das raízes corresponde sempre a valores muito pequenos, mesmo que as mudas apresentem um grande volume de raízes finas, com alta quantidade de pelos absorventes (CARNEIRO, 1995).

Gomes et al. (2002) em seu experimento com mudas de Eucalytus grandis com 120 dias após semeadura avaliando vários parâmetro no qual as médias de PMSR foram de 0,26 e 1,61 g.

2.2.1.6 Relação altura da parte aérea/diâmetro do coleto (H/DC)

O diâmetro do colo combinado com a altura da parte aérea, por ser facilmente mensurável e não destrutivo, constitui um dos mais importantes parâmetros morfológicos para estimar o crescimento das mudas após o plantio no campo (FENILLI et al., 2010).

A relação, altura da parte aérea da muda combinada com o diâmetro do coleto, significa o equilíbrio de desenvolvimento das mudas no viveiro, pois apresenta dois

(26)

24

parâmetros em um só índice, constitui-se, portanto, num dos mais importantes parâmetros morfológicos para estimar o crescimento das mudas após o plantio definitivo no campo (CARNEIRO, 1995; AZEVEDO, 2003). Sendo assim deve-se levar em consideração para classificação da qualidade de mudas, em razão de facilidade operacional destas medições, onde valores entre 5,8 e 8,1 são indicados para esta relação (CARNEIRO, 1995; ATAÍDE et al., 2010).

Conforme Gomes (2001) este é um importante índice e quanto menor for o seu valor, maior será a capacidade de as mudas sobreviverem e se estabelecerem na área do plantio definitivo.

2.2.1.7 Relação do peso de matéria seca da parte aérea / peso da matéria seca da raiz (PMSA/PMSR)

A relação entre o peso de matéria seca da parte aérea pelo peso da matéria seca de raiz e considerada como índice eficiente e seguro para expressar o padrão de qualidade de mudas (CRUZ et al., 2004). Munguambe (2013) em seu experimento com clones de

eucalyptus essa relação obteve médias entre 2,48 e 3,66 g.

Deve ser dada importância ao sistema radicular das mudas, em adição ao estado das suas características morfológicas, para assegurar melhor desempenho no campo. (CARNEIRO, 1995). Segundo Mafia et al. (2005) a má formação do sistema radicular impede a absorção de água e nutrientes em quantidade suficientes para atender ás necessidades da planta resultando em um quadro sintomatológico típico de deficiência hídrica ou nutricional, em consequência do desequilíbrio entre raiz e parte aérea.

2.2.1.8 Índice de Qualidade Dickson (IQD)

O índice de qualidade de Dickson é mencionado como uma promissora medida morfológica integrada e apontado como bom indicador da qualidade de mudas, por considerar para o seu cálculo a robustez e o equilíbrio da distribuição da fitomassa, sendo ponderados vários parâmetros importantes. As avaliações dos parâmetros morfológicos apresentam, além de uma boa qualificação, atributos de fácil aplicação física e visíveis na planta, que podem ser alcançados de maneira prática e rápida, sendo muito utilizados para estabelecer o momento da realização de atividades silviculturais, importantes para obtenção de mudas com melhor

(27)

25

qualidade (DICKSON et al., 1960; FONSECA et al., 2002; CRUZ et al., 2004; ELOY et al., 2013).

Oliveira Júnior (2011) no seu estudo de à qualidade de mudas de Eucalyptus

urophylla produzidas em diferentes substratos teve resultados em médias de 0,08 e 0,11 em

índice de qualidade de Dickson.

3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 Caracterização da área de estudo

O estudo foi desenvolvido na Universidade Federal Rural da Amazônia, localizada as margens da rodovia BR 256, Paragominas Pará, em Março de 2016. Município localizado na Mesorregião Nordeste Paraense, aproximadamente entre as coordenadas geográficas latitude sul 2º39’28,15” e longitude 47º22’26,83”. O clima do município é caraterizado como Awi (Clima tropical chuvoso, com expressivo período de estiagem) de acordo com a classificação de Köppen Kõpen (Clima tropical chuvoso, com expressivo período de estiagem) e BlwA'a', da classificação de Thornthwaite (Clima tropical úmido, com expressivo déficit hídrico) (BASTOS et al., 2005).

3.2 Coleta de dados e parâmetros mensurados

Foram utilizados quatro clones das procedências (Tabela 1)

Tabela 1 Clones de

mudas de eucalipto em

Paragominas, Pa.

Para cada clone foram separados quatro lotes de 25 mudas totalizando 100 indivíduos por clone avaliado, com idade aproximada de 120 dias, produzidos em tubetes de 25cm3 com composição do substrato 33% de vermiculita, 33% de palha de arroz carbonizada,

CLONES

C1 Eucalytus urophylla x eucalytus pellita C2 Eucalytus urophylla x eucalytus grandis C3 Eucalytus urophylla

(28)

26

33% de fibra de coco, para todos os tratamentos o manejo das mudas, substratos, irrigação, volume de recipiente e idade das mudas foram as mesmas. (Figura 1).

Figura 1 – Clones utilizados: a – Clones; b - População de clones

Fonte: Arquivo pessoal

1. Mensurações diretas

Para a medições de altura e diâmetro do coleto foram feitas mensurações diretas estás apresentam características não destrutivas, pois a muda após avaliação ainda estava viável ao plantio. Foram realizadas duas práticas com esse princípio: a altura da parte aérea em cm (H) e diâmetro do coleto em mm (DC) foram aferidos.

A altura da parte aérea foi determinada a partir do nível do substrato até a ponta da última folha, com o uso de fita graduada, o diâmetro do coleto foi mesurado no colo ao nível do substrato, com uso de paquímetro digital graduado (Figura 2).

(29)

27

Fonte: Arquivo pessoal

2. Mensurações indiretas

Para medição de peso da matéria seca foram mensuradas 20 plantas por tratamento,

sendo cinco planta de cada repetição ,mensuração indireta é um método destrutivo e têm como base práticas na avaliação onde o vegetal perderá viabilidade após o estudo.

Para este método, as plantas foram separadas em: parte aérea e sistema radicular, com o auxílio de uma tesoura de poda. As raízes foram lavadas em água corrente, para a limpeza de seu sistema radicular, posteriormente, ambos os materiais foram colocados em estufa de circulação forçada a 70 °C, até atingirem peso constante (Figura 3) (SILVA et al., 2012).

Figura 3- Procedimentos: a- Lavagem das raízes; b - amostras da parte aérea e parte da raiz

na estufa.

Fonte: Arquivo pessoal

O peso de matéria seca da parte aérea e das raízes, foram pesados com auxílio de uma balança de precisão obtidos em g (Figura 4).

(30)

28

Figura 4 – Massa seca dos clones: a - Pesagem da matéria seca da parte área; Pesagem da

matéria seca da parte da raiz.

Fonte: Arquivo pessoal

3.3 Delineamento experimental e análise estatística dos dados

O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com os tratamentos constituídos por quatro tratamentos e quatro repetições.

Os parâmetros morfológicos e suas relações utilizados nas avaliações dos resultados foram a altura da parte aérea (H), o diâmetro do coleto (DC), o peso da matéria saca total (PMST), o peso de matéria seca da parte aérea (PMSA), o peso da matéria seca das raízes (PMSR), a relação altura da parte aérea e diâmetro do coleto (H/DC), a relação entre o peso de matéria seca da parte aérea e peso de matéria seca das raízes (PMSA/PMSR) e o índice de qualidade de Dickson (IQD).

O peso de matéria seca total (PMST) foi a soma dos pesos de matéria seca da parte aérea (PMSA) e do peso de matéria seca das raízes (PMSR).

A relação entre a altura da parte aérea (cm) e o diâmetro do coleto (mm) foi determinada pela simples divisão (H/DC) ficando sem unidade de medida.

A relação entre o peso de matéria seca da parte aérea (g) e o peso de matéria seca das raízes (g) foi resultado da divisão desses pesos (PMSA/PMSR).

O índice de qualidade de Dickson (IQD) foi determinado em função de altura da parte aérea (H) em cm, do diâmetro do coleto (DC) em mm, do peso de matéria seca da parte

(31)

29

aérea (PMSA) e do peso de matéria seca das raízes (PMSR), ambos expressos em gramas (g) por meio da seguinte fórmula (DICKSON et al., 1960).

) / ( ) / (H DC PMSA PMSR PMST IQD  

Os dados foram submetidos à análise de variância, o nível de significância foi determinado pelo teste F e as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Os dados foram obtidos com auxílio do aplicativo computacional ASSISTAT versão 7.7 beta 2013.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Altura da parte aérea (H)

Conforme a análise dos dados, o teste F, destacou diferenças significativas, ao nível de 1% de probabilidade, entre os tratamentos na variável à altura da parte aérea (Tabela 2)

Tabela 2 – Análise de variância e teste F da altura da parte aérea (H) de mudas clonais de

eucalipto em Paragominas, PA.

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos Quadrados; F: Razão da variância; **: altamente significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01).

Nas avaliações de altura observados na Tabela 3, os valores médios variando entre 26,75 cm a 35,15 cm. O clone C4 apresentou média de 35,15, sendo superior aos demais clones. Seguido do clone C3, C2 e C1, respectivamente com H de 30,16, 28,53 e 26,75 cm.

FV GL SQ QM F

Tratamentos 3 156,7379 52,256 87,6954**

Resíduo 12 7,1492 0,5956

Total 15 163,8871

(32)

30

Tabela 3 – Médias de altura da parte aérea (H) de mudas

clonais de eucalipto em Paragominas, PA.

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Gomes (2002) estudando características morfológicas na avaliação da qualidade de mudas de Eucalyptus grandis, afirma, que a altura da planta deve estar com uma média de aproximadamente 25 cm para ser considerada apta ao plantio. Com esse padrão proposto por este autor todos os clones estariam aptos ao plantio. Wendling e Dutra (2010) defendem que o valor mínimo para o plantio de mudas de eucalipto no campo é de 15 cm. Com base nesse parâmetro, todos os tratamentos apresentaram médias de altura superiores a este mínimos. Kratz et al., (2013) trabalhando com mudas de Eucalyptus benthamii de 90 dias também obteve resultado médio para altura da parte aérea de 20,03 cm, inferior ao encontrado por este trabalho.

A altura da parte aérea fornece um excelente parâmetro para avaliar o padrão de qualidade de mudas de espécies florestais e prognóstico do crescimento inicial das mudas em campo (GOMES, PAIVA, 2006).

4.2 Diâmetro do coleto (DC)

O quadro de variância indica que existe diferença significativa entre os tratamentos para a variável diâmetro do coleto (Tabela 4).

Tabela 4 - Análise de variância e teste F do diâmetro do coleto (DC) de mudas clonais de

eucalipto em Paragominas, PA.

C 1 26,75 d C 2 28,53 c C 3 30,16 b C 4 35,15 a FV GL SQ QM F Tratamentos 3 2,01305 0,67102 101,9911** Resíduo 12 0,07895 0,00658 Total 15 2,092

(33)

31

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos Quadrados; F: Razão da variância; **: altamente significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01).

Os valores médios do DC, observados na (Tabela 5) variaram entre 2,79 cm a 3,73 mm. O clone C3 apresentou a maior média (3,73 mm), sendo superior aos demais clones, seguido pelos clones C2, C4 e C1 com DC de 3,51, 3,16 e 2,79 mm, respectivamente.

Tabela 5 – Médias de diâmetro do coleto (DC) de mudas clonais de eucalipto em

Paragominas, PA. Tratamentos Médias (mm) C 1 2,79 d C 2 3,51 b C 3 3,73 a C 4 3,16 c

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Para os autores Wendling e Dutra (2010); Santos (2014) mudas de Eucalipto aptas a serem plantadas a campo é recomendável que apresentem diâmetro do coleto maior que 2 mm. Com base nesse contexto todos os clones estudados pelo presente trabalho estão acima da média recomendada para essa espécie pelo autor.

Lopes (2005) observou que mudas de Eucalyptus urophylla que obtiveram melhor desempenho do crescimento em diâmetro ao nível do solo 10 meses após o plantio foram as que apresentaram, na fase de viveiro, os maiores valores das características morfológicas, de modo que mudas com maior diâmetro de coleto possuem maior quantidade de raízes primárias laterais, muito importantes para aumentar a adaptação das mudas em campo.

Segundo Carneiro (1995) em experimento com mudas de Pinus taeda que diâmetros mais espessos apresentam melhor desempenho no campo, em relação à sobrevivência e ao crescimento em altura.

As mudas devem apresentar diâmetro do coleto maiores para melhor equilíbrio do crescimento da parte aérea, principalmente quando se exige maior rustificação delas, mudas de várias espécies florestais, prontas para o plantio, possui alta correlação com o diâmetro do coleto esse significativo é expressados nos aumentos nas taxas de sobrevivência e de crescimento no campo (GOMES; PAIVA, 2006).

(34)

32

4.3 Peso da matéria seca total (PMST)

As análises de peso da matéria seca total constam na Tabela 6. O teste F, destacou diferenças significativas, ao nível de 1% de probabilidade, entre os tratamentos.

Tabela 6 - Análise de variância e teste F do peso da matéria seca total (PMST) de mudas

clonais de eucalipto em Paragominas, PA.

FV GL SQ QM F

Tratamento 3 3,160039 1,053,346 50,7825 **

Resíduo 12 2,48908 0,20742

Total 15 34,08947

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos Quadrados; F: Razão da variância; **: altamente significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01).

Nas avaliações de peso da matéria seca total observados na Tabela 7, os valores médios variaram entre 2,47 g a 6,00 g. O clone C3 apresentou média de 6,00 sendo superior estatisticamente aos demais clones, seguido do clone C2, C1 e C4, respectivamente com PMST de 3,81, 2,67 e 2,47 g.

Tabela 7 - Médias de peso da matéria seca total (PMST) de mudas clonais de eucalipto em

Paragominas, PA.

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente

entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de

probabilidade.

O acúmulo de biomassa é uma característica importante relacionada ao crescimento da planta, quanto maior o valor da PMST, melhor a qualidade da muda, com maior probabilidade de sobrevivência (CRUZ, 2006; BATISTA et al., 2014). Lopes et al. (2013) denotam que quantidade de massa seca é bastante variável entre espécies, e, na avaliação da

Tratamentos Médias (g)

C1 2,67 c

C 2 3,81 b

C 3 6,00 a

(35)

33

qualidade de mudas, é um dos parâmetros que define a habilidade de sobrevivência após o plantio (LOPES et al., 2013).

Batista et al. (2014) testando o desenvolvimento qualidade de mudas em eucalipto alcançou médias de massa seca total entre 0,68 e 1,12 que comparados a média desse trabalho foram inferiores. Caldeira et al. (2012) em mudas de Tectona grandis produzidas em substratos contendo diferentes percentagem de biossólido, aos 120 dias alcançou em massa seca total médias entre 0,94 até 3,83 g.

4.4 Peso da matéria seca da parte aérea (PMSA)

Os resultados de peso da matéria seca da parte são aérea são apresentados na Tabela 8. O teste F, destacou diferenças significativas, ao nível de 1% de probabilidade, entre os tratamentos na variável à peso da matéria seca parte aérea.

Tabela 8 – Análise de variância e teste F do peso da matéria seca da parte aérea (PMSA) de

mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA.

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos Quadrados; F: Razão da variância; **: altamente significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01)

Nas avaliações de peso da matéria seca da parte aérea observados na Tabela 9, os valores médios variaram entre 1,78 g a 3,32 g, superior aos demais clones. Seguido do clone C2, C1 e C4, respectivamente com PMSA de 2,58, 1,96 e 1,78 g.

Tabela 9 - Médias de peso da matéria seca da parte aérea (PMSA) de mudas clonais de

eucalipto em Paragominas, PA FV GL SQ QM F Tratamento 3 5,84921 1,94974 52,4430 ** Resíduo 12 0,44614 0,03718 Total 15 6,29534 Tratamentos Médias (g) C1 1,96 c C2 2,58 b C3 3,32 a C4 1,78 c

(36)

34

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Toleto et al. (2015) trabalhando com Eucaliptus urograndis conseguiu valores nessa variável de 0,88 a 1,52. Trigueiro e Guerrini (2003) com mudas de Eucalipto grandis conseguiu valores de 0,86 a 1,23 nessa variável. Valores desse trabalho foram maiores do que observados por esses autores em mudas eucalipto.

A matéria seca da parte aérea, apesar de ser um método destrutivo, deve ser considerada, pois indica a rusticidade das mudas, sendo que maiores valores apresentam mudas lignificadas e rústicas, tendo maior aproveitamento em ambientes com condições adversas (GOMES et al.,2002; GOMES; PAIVA, 2006; GOMES et al., 2013).

De acordo com Ataíde et al. (2010) massa seca da parte aérea relaciona-se com a qualidade e quantidade de folhas, esta característica muito importante, uma vez que as folhas constituem uma das principais fontes de assimilados (açúcares, aminoácidos, hormônios) e nutrientes para adaptação da muda pós-plantio, a qual necessitará de boa reserva de fotoassimilados, que servirão de suprimento de água e nutrientes para as raízes no primeiro mês de plantio.

Segundo Faria et al. (2002) as mudas que apresentam maior peso da parte aérea têm maior possibilidade de apresentarem área foliar maior, facilitando o estabelecimento inicial das mudas no campo.

4.5 Peso de matéria seca da parte da raiz (PMSR)

A análise de variância do peso da matéria seca da raiz (PMSR) mostrou que não houve diferenças significativas entre os tratamentos (Tabela 10).

Tabela 10 – Análise de variância e teste F do peso da matéria seca da parte da raiz (PMSR)

de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA.

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos Quadrados; F: Razão da variância; ns - não significativo (p >= .05)

FV GL SQ QM F

Tratamento 3 5,42525 1,80842 2,7195 ns

Resíduo 12 7,97990 0,66499

(37)

35

As seguintes médias na Tabela 11 não diferem estatisticamente entre si, sendo que média encontrada com mínimo de 0,69 g e máximo de 2,04 g.

Tabela 11 - Médias de peso da matéria seca da parte da raiz (PMSR) de mudas clonais de

eucalipto Em Paragominas, PA

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente

entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de

probabilidade.

Segundo Carneiro (1995) o peso da matéria seca da raiz tem valor pequeno, pois, mesmo existindo nas mudas grande número de raízes finas, com alta quantidade de pelos absorventes, o valor da medição do seu peso é quase desprezível.

Toleto et al. (2015) em mudas de Eucalytus urograndis conseguiu valores entre 0,47 e 0,78 g, abaixo do encontrado para os clones de Eucalyptus sp. estudados pelo presente trabalho.

Segundo Freitas et al. (2005) mudas que apresentam maiores valores de biomassa radicular tem tendência de obter um melhor desempenho após o plantio em campo, por possuírem maior facilidade de sustentação e mudas que possuem deformação radicular no viveiro podem reduzir e atrasar o crescimento no campo elevando custos. Assim, deve-se atribuir maior importância às raízes, sob o aspecto fisiológico, comparativamente a sua importância como parâmetros morfológicos. Quando não for possível, pelo menos associar o peso das raízes a outros parâmetros morfológicos (CARNEIRO, 1995).

Gomes e Paiva (2006) afirma que a massa seca da parte radicular tem sido reconhecida como um dos melhores e mais importantes parâmetros para se estimar a sobrevivência e o crescimento inicial das mudas no campo, destacando-se que a sobrevivência é consideravelmente maior quanto mais abundante o sistema radicular o sistema radicular, independentemente da altura de parte aérea, havendo uma estreita correlação entre o peso de matéria seca das raízes e altura da parte aérea.

4.6 Relação altura da parte aérea e diâmetro do coleto (H/DC)

Tratamentos Médias (g)

C 1 0,70 a

C 2 0,71 a

C 3 2,04 a

(38)

36

As análises de variância de relação altura da parte aérea pelo diâmetro do coleto mostrou que não houve diferenças significativas entre os tratamentos Tabela 12.

Tabela 12 – Análise de variância e teste F da relação altura da parte aérea pelo diâmetro do

coleto (H/DC) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA.

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos

Quadrados; F: Razão da variância; ns - não significativo (p >= .05)

Observa-se na Tabela 13 relação altura e diâmetro do

coleto que não houve variação estatística entre os

tratamentos, sendo que a média encontradas para os tratamentos foi de 9,22, com mínimo de 9,05g e máximo de 9,40g.

Tabela 13- Médias de peso de relação altura e diâmetro do coleto (H/DC) de mudas clonais

de eucalipto em Paragominas, PA

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Segundo Carneiro (1995) a relação H/D, deve situa-se no intervalo de 5,4 a 8,1 para

Pinus sp. Considerando que esse intervalo possa ser utilizado para mudas de eucalipto, no

presente estudo foram observados valores médios superiores entre 9,18 e 9,4.

Trigueiro e Guerrini (2003) avaliando mudas de Eucalyptus grandis observaram va-lores de H/DC entre 10,74 e 13,90, e o trabalho de Kratz et al (2013) avaliando mudas de

Eucalyptus benthamii obteve médias entre 10,89 e 13,14 mostrando que, talvez, o H/DC

indicado para o gênero Eucalyptus é maior que o recomendado por Carneiro (1995). Os

FV GL SQ QM F Tratamento 3 0,25559 0,08520 0,0401 ns Resíduo 12 25,52312 2,12693 Total 15 25,77871 Tratamentos Médias C 1 9,27 a C 2 9,40 a C 3 9,05 a C 4 9,17 a

(39)

37

valores encontrados pelo presente trabalho são inferiores aos apresentados por Trigueiro e Guerrini (2003) e Kratz et al. (2013).

No entanto Gomes et al. (2002) avaliando mudas de eucalipto indica que a relação H/DC deve permanecer entre 6 e 10. Valores acima de 10 podem afetar a qualidade de mudas e a sua sobrevivência no momento de plantio. No presente estudo foram observados valores médios de H/DC para todos os clones analisados dentro do intervalo preconizada pelo referido autor para este parâmetro.

A divisão dessa relação da altura da parte aérea de uma muda pelo diâmetro do coleto exprime um equilíbrio de crescimento, esses dois parâmetros dominado de quociente de robustez; é considerado como um dos mais precisos, pois fornece informações de quanto delgada está a muda esse é um importante índice e quanto menor for o seu valor, maior será a capacidade de as mudas sobreviverem e se estabelecerem na área do plantio definitivo (GOMES; PAIVA, 2006).

4.7 Relação peso da matéria seca parte aérea e peso da matéria seca da raiz (PMSA/PMSR)

O teste F realizado para relação peso da matéria seca parte aérea / peso matéria seca da parte da raiz, (PMSA/PMSR), mostrou haver diferenças altamente significativas entre os tratamentos, ao nível de 1% de probabilidade (Tabela 14).

Tabela 14 – Análise de variância e teste F da relação peso da matéria seca da parte

aérea pelo peso da matéria seca da parte da raiz (PMSA/PMSR) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA.

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos Quadrados; F: Razão da variância; **: altamente significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01).

FV GL SQ QM F

Tratamento 3 5,51377 1,83792 31,6798**

Resíduo 12 0,69619 0,05802

(40)

38

Nas avaliações de relação PMSA/PMSR nas mudas de clones de Eucalyptus sp., observados na Tabela 15, valores variando entre 1,26 g a 2,78 g. O clone C1 apresentou média de 2,78 sendo superior estatisticamente aos demais clones. Seguido do clone C4, C2 e C3, respectivamente com PMSA/PMSR de 2,58, 2,11 e 1,26 g .

Tabela 15 - Médias de relação peso da matéria seca da aérea pelo peso da matéria seca da

parte da raiz (PMSA/PMSR) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas, PA. Tratamentos Média (g)

C 1 2.78 a

C 2 2.11 b

C 3 1.26 c

C 4 2.58 ab

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Essa relação calculada entre o peso de matéria seca da parte aérea e sistema radicular é considerada como índice eficiente e seguro para expressar o padrão de qualidade, porém essa relação não poderá não ter significado para o crescimento no campo (GOMES, PAIVA, 2006).

Para o valor de PMSA/PMSR para mudas de eucalipto deve ser 2, ou 0,5 calculando-se a razão de forma inversa (CALDEIRA et al., 2000; GOMES; PAIVA, 2006; BRISSETTE, 1984 apud CRUZ et al., 2010; TOLETO et al., 2015). Entre os clones avaliados no presente trabalho apenas o clone C3 ficou abaixo desse valor.

Munguambe (2012) obteve valores que variaram entre 2,06 a 3,66 em clones de eucalipto para essa mesma relação, o autor indicou um índice eficiente e seguro para avaliar a qualidade de mudas em viveiros. Trigueiro e Guerrini (2003) no experimento com mudas de eucalipto constatou que a relação PMSA/PMSR das mudas mostrou valores de 0,23 e 0,33 abaixo do considerando ideal em todos os tratamentos para o eucalipto, incluindo a testemunha, relevando um maior desenvolvimento da parte aérea em relação à raiz em todos os substratos testados. Esses autores basearam-se em Daniel et al. (1997) e Caldeira et al. (2000) que defendem que a razão deva ser de 0,50 para mudas de eucalipto.

(41)

39

A relação PMSA/PMSR é considerado como eficiente e seguro para expressar o padrão de qualidade dessas, embora essa relação possa não ter significado para o crescimento no campo (CALDEIRA et al., 2007; CRUZ et al.,2010; GOMES et al., 2013).

Segundo Gomes et al. (2013) valores muito altos para a relação entre massa seca da parte aérea e massa seca de raízes podem ser prejudiciais à muda, pela tendência de desequilíbrio no crescimento, com consequente tombamento das mudas e possíveis problemas no que se refere à absorção de água para a parte aérea.

4.6 Índice de qualidade Dickson (IQD)

As análises de variância de índice de qualidade Dickson são encontrados na Tabela 16. O teste F, destacou diferenças significativas, ao nível de 1% de probabilidade, entre os tratamentos (clones).

Tabela 16- Análise de variância e teste F para o índice de qualidade Dickson (IQD) de mudas

clonais de eucalipto em Paragominas, PA.

FV GL SQ QM F

Tratamento 3 0,38437 0,12812 19,1377**

Resíduo 12 0,08034 0,00669

Total 15 0,46471

FV: Fonte de variação; GL: Grau de liberdade; SQ: soma dos Quadrados; F: Razão da variância; **: altamente significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01).

O IQD para os clones de Eucalyptus sp. variaram de 0,21 a 0,59 (Tabela 17). Fenilli et al. (2010) e Toleto et al. (2015) indicam que o valor mínimo do IQD não deve ser inferior a 0,20.

O clone C3 foi o que obteve maior média para o IQD, 0,59, sendo estatisticamente superior aos demais. Clones C1, C2 e C4 não diferiram entre si, apresentando médias de 0, 22, 0,33, 0,21 respectivamente (Tabela 17).

(42)

40

Tabela 17 - Médias de índice de qualidade Dickson

(IQD) de mudas clonais de eucalipto em Paragominas,

PA.

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

O IQD é considerado uma boa medida morfológica levando em consideração diversas caraterísticas importantes, como PMST, PMSA, PMSR, H e DC, além de dom indicador da qualidade das mudas, levando em conta o cálculo de robustez e o equilíbrio da distribuição das massas. Dessa forma geral, quanto maior seu valor melhor a qualidade da muda (FONSECA et al., 2002; GOMES; PAIVA, 2006; GOMES et al., 2013; TOLETO et al., 2015).

Toleto et al. (2015) avaliando este parâmetro em mudas de Eucalyptus sp. obteve índices que variaram entre 0,136 a 0,178. Inferiores aos resultados encontrado no presente trabalho.

Munguambe (2012) para índice de qualidade de Dickson em mudas de clones de Eucaliptos de 90 dias obteve valores que variaram de 0,72 a 1,19

As diferenças encontradas entre os clones para o IQD podem ser atribuídas principalmente ao tipo de material genético, ou seja, a espécie (CALDEIRA et al., 2012; GOMES et al., 2013) uma vez que o manejo das mudas, substratos, irrigação, volume de recipiente e idade das mudas foram as mesmas.

C 1 0,22 b

C 2 0,33 b

C 3 0,59 a

(43)

41

5. CONCLUSÃO

Com base nas avaliações realizadas, foi possível verificar que o clone C3 (Eucalytus

urophylla) obteve melhores resultados em diversos itens como (DC), (PMST), (PMSA),

(IQD) em altura da parte aérea (H) o clone C4 foi o que obteve a maior média, em (PMSA/PMSR) o clone C1 foi o que obteve a melhor média, nos itens (PMSR) e (H/DC) não houve diferenças entre os clones.

Todo os clones de mudas de eucalipto estudados apresentaram características de parâmetros morfológicos consideradas adequadas para plantio em campo.

(44)

42

REFERÊNCIAS

ALFENAS, A. C., ZAURA, E. A. V., MAFIA, R. G., ASSIS, T. F. Clonagem e doenças do

eucalipto. Imprensa Universitária, Viçosa, BR. 442 p, 2004.

ATAÍDE, M. G.; CASTRO, R. V. O.; SANTANA, R. C.; DIAS, B. A. S.; CORREIA, A. C. G.; MENDES, A. F.N. Efeito da densidade na bandeja sobre o crescimento de mudas de eucalipto. Revista Trópica – Ciências Agrárias e Biológicas, Viçosa. V 4, N. 2, p. 21, 2010. AZEVEDO, M. I. R. Qualidade de mudas de cedro-rosa (Cedrela fissilis vell. ) e de

ipê-amarelo ( Tabebuia serratifolia ( Vahl) Nich.) produzidas em diferentes substratos e tubetes. Viçosa, 2003. 88p. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Viçosa.

BASTOS, T.X. et al. Características agroclimáticas da Município de Paragominas. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2005.

BATISTA, R. O. et al. O efeito da água residuària da suinocultura no desenvolvimento e qualidade de mudas de Eucalyptus urophylla. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n 1, p. 127-135, 2014.

(45)

43

BORGES, S.R et al. Enraizamento de miniestacas de clones híbridos de Eucalyptus globulus.

Revista Árvore, Viçosa-MG, v.35, n.3, p.425-434, 2011.

CALDEIRA, M. V. W; SCHUMACHER, M. V; BARRICHELLO, L. R.; VOGET, H. L. M.; OLIVEIRA, L. S. Crescimento de mudas de Eucalyptus saligna Smith em função de diferentes doses de vermicomposto. Floresta, v.28, n. 1/2, p. 19-30, 2000.

CALDEIRA, M. V. W.; MARCOLIN, M.; MORAES, E.; SCHAAD, S. S. Influência do resíduo da indústria do algodão na formulação de substrato para produção de mudas de

Schinus terebinthifolius Raddi, Archontophoenix alexandrae Wendl. Et Drude e Archontophoenix cunninghamiana Wendl. et Drude. Ambiência, Curitiba, v. 3, n. 3, p.

311-323, 2007.

CALDEIRA, M. V. W. et al. Biossólido na composição de substrato para a produção de mudas de Tectona grandis. Floresta, Curitiba, v. 42, n. 1, p. 77-84, 2012.

CARNEIRO, J. G. A. Produção e controle de qualidade de mudas florestais. Curitiba: UFR/ FUPEF, 1995. 451 p.

CID, L. P. B et al., Cultivo in vitro de plantas. Embrapa informação tecnológica, Brasília, p. 303, 2010.

CRUZ, C. A. F. et al., Efeito de diferentes níveis de saturação por bases no desenvolvimento e qualidade de mudas de ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa ( Mart.) Standley Scientia

forestalis. N. 66, p. 100-107, dez. 2004 .

CRUZ, C. A. F. Efeito da adubação nitrogenada na produção de mudas de sete-cascas (Samanea inopinata (Harms) Ducke). Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 4, p. 537-546, jun./ago.2006.

CRUZ, C. A. F. et al., Resposta de mudas de Senna macranthera (DC. EX Collad.) H.S. Irwin & Barnaby (Fedegoso) cultivadas em latossolo vermelho amarelo distrófico a macronutrientes. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 34, n. 1, p. 13-24, jan/fev. 2010.

DANIEL, O.; VITORINO, A. C. T.; ALOVISI, A. A.; MAZZOCHIN, L.; TOKURA, A.M.; PINHEIRO, E.R.P.; SOUZA, E.F. Aplicação de fosforo em mudas de Acacia mangium willd.

Revista Árvore, Viçosa, v.21, n.2, p.163-168, 1997.

DICKSON, A.; LEAF, A.L.; HOSNER, J.F. Seedling quality-soil fertility relationsship of white spruce and red and white pine in nurseries. For. Chron., Ontario, v.36, p.237-241, 1960.

ELOY, E. et al. Avaliação da qualidade de mudas de Eucalyptus grandis utilizando parâmetros morfológicos. Floresta, Curitiba, PR, v. 43, n. 3, p. 373 - 384, 2013.

ELOY, E. et al. Determinação do período de permanência de mudas de Euclyptus grandis W. Hill ex Maiden em casa de vegetação. Comunicata Scientiae, Bom Jesus, v.5, n.1, p.44-50, 2014.

FAGUNDES, J. D.; SANTIAGO, G.; MELLO, A. M. de; BELLÉ, R. A.; STRECK, N. A. Crescimento, desenvolvimento e retardamento da senescência foliar em girassol de vaso

(46)

44

(Helianthus annuus L.): fontes e doses de nitrogênio. Ciência Rural, Santa Maria, v. 37, n. 4, p. 987-993, jul ago,2007.

FARIA, W. S. de; GAIVA, I. X.; PEREIRA, W. E. Comportamento de cinco genótipos de coqueiro (Cocos nucifera L.) na fase de germinação e de crescimento de mudas, sob diferentes sistemas de produção. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 24, p. 458-462, 2002.

FIGUEIREDO, F. A. M. M. A. et al., Efeito das variações de mudas clonais de eucalipto sobre o crescimento no campo. Revista Árvore, Viçosa, v.35, n.1, p. 01-11, 2011.

FENILLI, T. A. B.; SCHORN, L. A.; NASATO, S. K. Utilização do pó de fumo no substrato para produção de mudas de tucaneira. Rev. Acad., Ciênc. Agrár. Ambient., Curitiba, v. 8, n. 2, p. 183-190, abr./jun. 2010.

FONSECA, E. P.; VALÉRI, S. V.; MIGLIORANZA, E.; FONSECA, N. A. N.; COUTO, L. Padrão de qualidade de mudas de Trema micranta (L.) Blume, produzidas sob diferentes períodos de sombreamento. Revista Árvore, v. 26, p. 515-523, 2002.

FREITAS, T. A. S. et al. Desempenho radicular de mudas de eucalipto produzidas em diferentes recipientes e substratos. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 29, n. 6, p. 853-861, nov/dez. 2005.

FREITAS, G. A. et al. Influência do sombreamento na qualidade de mudas de Sclerolobium

paniculatum Vogel para recuperação de área degradada. Journal of Biotechnology and Biodiversity, Tocantins, v. 3, n. 3: pp. 5-12, Aug. 2012.

GOMES, J. M.; COUTO, L.; LEITE, H.G.; XAVIER, A.; GARCIA, S. L. R. Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de Eucalyptus grandis. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 26, n. 6, p. 655-664, 2002.

GOMES, D. R.; CALDEIRA, M. V. W.; DELARMELINA, W. M.; GONÇALVES, E. O.; TRAZZI, P. A. Lodo de esgoto como substrato para a produção de mudas de Tectona grandis L. Cerne, v. 19, n. 1, p. 123 - 131, 2013.

GOMES, J. M. Parâmetros morfológicos na avaliação da qualidade de mudas de Eucalyptus grandis, produzidas em diferentes tamanhos de tubete e de dosagens de

N-P-K. Viçosa, 2001. 126p. Tese (Doutorado). Universidade Federal de Viçosa.

GOMES, J.M.; PAIVA, H.N. Viveiros florestais (propagação sexuada). Viçosa: Editora UFV, 2006. 116p. (Caderno didático, 72).

IBA: Indústria Brasileira de Árvores 2015. Disponível em <http://iba.org/pt/biblioteca-iba/publicações>. Acesso em 4 de Janeiro de 2016.

JUNIOR, L.S; GARCIA, J.N. Potencial de melhoramento genético em Eucalytus urophylla procedente d Ilha Flores. Scientia Forestalis, n. 64, p. 23-32, 2003.

LOPES, E.D. Qualidade de mudas de Eucalyptus urophylla, E. camaldulensis e E. citriodora produzidas em blocos prensados e em dois modelos de tubetes e seu

desempenho no campo. 2005. 82p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual do

Referências

Outline

Documentos relacionados

Além disso, este trabalho apresenta uma estratégia simples para projeto do controlador proposto, a qual possibilita ao projetista selecionar as componentes harmônicas em que se

Os resumos das análises de variâncias dos dados da altura (H), do diâmetro do coleto (DC), da relação altura/ diâmetro do coleto (RHDC), do peso de matéria seca da parte

target, h be the number of hard locations activated during reading and write operations, s be the number of total stored bitstrings, H be the number of total hard locations, w be

Já em pesquisa realizada apenas com pacientes com AVC (Acidente Vascular Cerebral) e que mantinham sonda nasogástrica com grau de recomendação A e nível de

A identificação e quantificação dos estreptococos que iniciam a coloniza- ção das superfícies dos dentes no biofilme complexo da placa dental, bem como a compreensão das

inadequados para reduzir fatores de risco;72,3% faziam escolhas na vida diária ineficazes para atingir as metas de saúde; e 25,3% não conseguiam manter a dieta isenta de glúten na

TABELA 4: Equações de regressão para o diâmetro do coleto (DC), relação altura e matéria seca da parte aérea (HMSPA), matéria seca da parte aérea e matéria seca da raiz

No período dos dois últimos anos, após pesquisa exaustiva, não foi encontrado nenhum trabalho científico no Brasil, nessa área de pesquisa, que estivesse