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Escola de Pais Abordagem grupanalítica com grupos de pais

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Academic year: 2021

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(1)

Escola de Pais

Abordagem grupanalítica com grupos de pais

XVI Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Grupanálise

e Psicoterapia Analítica de Grupo SPGPAG

07.10.2016

Patrícia Poppe

(2)

J. Bowlby

Conferência: Psychoanalysis and childcare

(1956)

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• As dificuldades dos filhos estão relacionadas com problemas emocionais dos pais, presentes na sua própria infância.

• Quando se tornam pais são evocados esses sentimentos inconscientes. • Não estão preparados para esta reativação do conflito, aplicam os

mesmos métodos primitivos e precários da infância, não tendo

consciência dos seus próprios motivos para a forma como lidam com os filhos.

• Esta é a principal causa dos erros parentais

• É necessário que os técnicos tenham uma maior compreensão dos conflitos inconscientes dos pais e do seu papel no surgimento de perturbações dos filhos.

• Deve ser dada uma ajuda competente nos meses críticos antes e depois do nascimento de um filho e nos primeiros anos para apoiar o

(3)

Isaura Manso Neto

“Os mecanismos inconscientes e as relações patológicas estão na origem, evolução e manutenção da psicopatologia das crianças” (1997)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• Perceber os pais nas suas dificuldades

• Ferida narcísica

• Filhos usados como self-objetos • Projeção de partes do self

• Não reconhecem como diferentes e separados • Não compreendem as

necessidades dos filhos

• A partilha e a escuta diminui a vergonha e a culpa

• Identificação

• Diferenciação / separação

• Aumentar a consciencialização dos conflitos e de afetos

culpabilizantes • Perder progressivamente o funcionamento projetivo • Permite reestruturação narcísica • Estimular a capacidade de compreender os filhos • Desenvolvimento da empatia • A agressividade passa a ser

mais mentalizável • Facilita a tolerância à

(4)

J.G.Badaracco

Psicanálise multifamiliar/Grupo multifamiliar

___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Conceitos:

• “Os outros em nós”

• “Interdependências recíprocas” (patológicas)

• O olhar como causador da doença

• Objetos enlouquecedores

• “Virtualidade sã”

Estes fenómenos podem ser visto mais facilmente num

contexto ampliado multifamiliar

• “Dar-se conta” de que outros captam a existência de um

potencial saudável

• Recursos egoicos genuínos, a partir da presença emocional

• Facilitam o desenvolvimento das potencialidades dos filhos

(5)

Eva Rotenberg

“Escuela para Padres Multifamiliar”

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________

• É possível vivenciar a problemática de pais e filhos

• Os aspectos visualizam-se melhor nos outros

• Identificar-se e descobrir aspetos próprios

• Descobrir recursos e desenvolver a confiança nesses

recursos

• Modificar a forma como pais olham para os filhos, o que vai

influenciar o olhar que estes terão sobre si mesmos

• Ao tranquilizar os pais, os filhos podem separar-se e

desenvolver-se

(6)

Escola de Pais

2015 / 2016

Grupos de Pais A B C

Grupo A: out-dez 2015

10 membros

9 sessões

Grupo B: jan-março 2016

9 membros

10 sessões

Grupo C: abril-junho 2016

(10) 9 membros

10 sessões

Grupos de pais de orientação grupanalítica na Escola Envio de email a todos os pais com filhos na Escola Participação voluntária

Sessões semanais de uma hora Duração de um trimestre

(7)

Objetivos

Diferentes dos psicoterapêuticos

Desenvolver a função parental

e os recursos internos dos pais

• Compreender os pais

• Compreender os filhos

• Compreender a relação entre eles

• Compreender alguns aspetos conscientes e

inconscientes

• Alcançar algumas mudanças nos pais a nível

da compreensão dos filhos e da relação que

têm com eles

(8)
(9)

Inscrição e Avaliação

Pré-grupo

• Inscrição/Entrevista

• Motivação/Expetativas

• Aceitação das

condições/regras

Pós-grupo

• Avaliação qualitativa

• Avaliação quantitativa

(10)

Membros dos grupos e presenças nos grupos

Grupos de Pais

3

Presenças

Nº total de participantes

19-1(drop out) = 18

78%

Mães

67%

78%

Pais

33%

78%

Média de idades pais

45,7 anos

Média nº de filhos

2,1

Nº total de sessões

29

Participação em 1 grupo

11 pais

71%

Participação em 2 grupos

4 pais

78%

Participação em 3 grupos

3 pais

84%

(11)
(12)

Motivações dos pais para participarem na Escola de Pais

Recolha de dados antes do grupo: - por escrito na inscrição

(18 Mães/Pais)

- entrevista individual

Análise de Conteúdo - Categoria Referências Comunicação, interacção com outros pais

(falar, escutar, partilhar, trocar ideias, experiências, conhecer outras perspectivas)

17 94%

Acompanhar, apoiar, compreender os filhos 11 61%

Aprender, crescer, evoluir 12 67%

Lidar melhor, melhorar relação com os filhos, ter mais ferramentas, mais recursos

15 83%

Sentir-se melhor (mais seguro, confiante, tranquilo) Sentir-se bom pai, boa mãe

9 50%

Dificuldades, preocupações com os filhos 1. Conflitos, agressividade 2. Socialização, relação 3. Autonomia, separação 13 6 4 3 72%

Dificuldades pessoais dos pais 11 61%

(13)

Sessões da Escola de Pais

Quem está presente nos grupos de pais?

Presença física

• membros do grupo como pais e também como

filhos,

• a psicoterapeuta como mãe e como filha

Presença não física

• filhos e pais de todos -

os reais + os imaginários

(14)

Sessões da Escola de Pais

Experiência no grupo e conceitos grupanalíticos

• Todos participam e falam uns com os outros em

liberdade; facilitação da comunicação (uso de metáforas)

• Afinidades e diferenças, abordagem direta e aprofundada

de temas

• Níveis de experiência subjetiva individual e múltipla

• Comunicação associativa múltipla

• Intervenções da psicoterapeuta não muito frequentes;

tanto individuais como para o grupo

• Maturação progressiva

(15)

Sessões da Escola de Pais

Experiência no grupo e conceitos grupanalíticos

• Ambiente de intimidade e confiança (holding, contentor,

empático)

• Vai sendo assimilada a minha atitude grupanalítica no

grupo (internalização do padrão)

• Possibilidade de se irritarem e zangarem é mencionada

• Desacordo e competição (uns com os outros e comigo)

• Emergem alguns impulsos e defesas mais primitivas

• Fenómenos para a construção de uma matriz (espelho,

ressonância)

(16)

Sessões da Escola de Pais

Experiência no grupo e conceitos grupanalíticos

• Questões trazidas para o aqui e agora no grupo

• Transferência – algumas faltas do passado são

revividas e transferidas para o grupo

• Poucas interpretações – ex: membros do grupo têm

necessidades como pais e como filhos

• Contratransferência – identificação concordante e

complementar (Racker1968)

(17)

Escola de Pais

2015 / 2016

Grupo de Pais ABC

Avaliação pós grupos

(18)

Por favor faça um círculo no que mais se aplica a si numa escala de 1 (concorda totalmente) a 6 (discorda totalmente) 1 Discordo totalmente 2 Discordo um pouco 3 Discordo 4 Concordo um pouco 5 Concordo 6 Concordo totalmente

A experiência de participar no grupo de pais foi importante para mim. 1 2 3 4 5 6

Ajudou-me a compreender as minhas necessidades, desejos, competências. 1 2 3 4 5 6

Ajudou-me a compreender as necessidades, desejos, competências do(s) filho(s). 1 2 3 4 5 6

Contribuiu para melhorar o relacionamento com o(s) filho(s) 1 2 3 4 5 6

Contribuiu para melhorar o relacionamento com outro(s) 1 2 3 4 5 6

Permitiu desenvolver as minhas competências parentais 1 2 3 4 5 6

Verifiquei algumas mudanças em mim 1 2 3 4 5 6

Verifiquei algumas mudanças no(s) filho(s) 1 2 3 4 5 6

Quais? ________________________________________________________________________________________________

Como me senti no Grupo de Pais: ________________________________________________________ O que gostei mais: ____________________________________________________________________ O que gostei menos: __________________________________________________________________

Avaliação Pós-Grupo

(19)

Avaliação qualitativa pós-grupo

Como me senti:

Resultado de 28 avaliações no final dos 3 grupos

Categoria

Bem, muito bem, bem acolhido, bem integrado no grupo; confortável, à vontade, aberto

Ouvido, compreendido, identificado, interessado, pertencido, com capacidade de dar e receber apoio

26 93%

Insegurança inicial

Inicialmente preferi escutar mais do que falar Os receios iniciais já não existem

(20)

Avaliação qualitativa pós-grupo

O que gostei mais:

Resultado de 28 avaliações no final dos 3 grupos

Categorias Referências

Comunicação, interacção e dinâmica com outros pais

(falar, escutar, partilhar, trocar ideias, experiências) 18 64%

Ambiente de abertura, sinceridade, cumplicidade, solidariedade, confiança, pertença; Espaço para se expressar com liberdade sem julgamento

12 43%

Afinidades, identificação com outros pais 14 50%

Diversidade, encontrar perspectivas diferentes 7 25%

Espaço para si, para reflectir, se questionar,

compreender-se, compreender os outros e aprender

14 50%

Ajuda recebida, ajuda na relação pais-filhos 6 21%

(21)

Avaliação qualitativa pós-grupo

O que gostei menos:

Resultado de 28 avaliações no final dos 3 grupos

Categoria Referências

Não haver mais tempo. O grupo terminar. Ficarem temas pendentes

6 21%

Tempo ocupado por alguns pais 3 11%

Desvios de tópicos 3 11%

Falta de temas fixados, conclusões, conselhos

4 14%

Adaptação a novos membros Só haver 1 pai num dos grupos

2 7%

Não há pontos negativos. Gostei de tudo 5 18%

(22)

Resultados quantitativos

Médias Grupos ABC

Por favor faça um círculo no que mais se aplica a si numa escala de 1 (discorda totalmente) a 6 (concorda totalmente)

1 Discordo totalmente 2 Discordo um pouco 3 Discordo 4 Concordo um pouco 5 Concordo 6 Concordo totalmente

médias Grupo A Grupo B Grupo C

1. A experiência de participar no grupo de pais foi importante para mim. 5,8 5,8 5,2

2. Ajudou-me a compreender as minhas necessidades, desejos, competências. 5,4 5,2 5,2

3. Ajudou-me a compreender as necessidades, desejos, competências do(s) filho(s) 5,3 5,1 5,0

4. Contribuiu para melhorar o relacionamento com o(s) filho(s) 5,1 5,0 5,1

5. Contribuiu para melhorar o relacionamento com outro(s) 4,6 4,8 4,5

6. Permitiu desenvolver as minhas competências parentais 4,9 4,9 4,5

7.Verifiquei algumas mudanças em mim 5,0 4,3 4,8

8. Verifiquei algumas mudanças no(s) filho(s) 4,2 3,8 4,4

(23)

Diferenças entre Mães e Pais (F-M)

Grupo A

Média F (Mães) 6 5,0 M (Pais) 4 5,0

Grupo B

Média F (Mães) 8 4,8 M (Pais) 1 5,0

Grupo C

Média F (Mães) 6 4,8 M (Pais) 3 5,1

(24)

Diferenças entre frequência de participação

Participação na Escola de Pais Pess. Média 1x 3 4,6 2x 6 5,0 Participação na Escola de Pais Pess. Média 1x 5 4,7 2x 1 4,4 3x 3 5,4

GRUPO B

GRUPO C

(25)

Mudanças referidas pelos pais

Mudanças nos Pais

 Tenho mais abertura e partilho melhor os problemas

 Mudei em termos gerais não consigo especificar

 Eu fiquei menos ansiosa, mais confiante com os filhos

 Menos ansioso, transmito menos essa ansiedade às filhas

 Consigo controlar melhor as minhas ansiedades para não

as transmitir ao meu filho

 Fico menos ansioso

 Menos ansiedade

 Estou mais segura em relação a algumas situações

 Tenho mais autocontrole e tolerância.

 Maior auto-confiança

 Dou mais espaço para os meus filhos agirem

 Penso nos temas abordados no grupo de forma diferente

 Ganhei capacidade de exposição e partilha

(26)

Mudanças referidas pelos pais

Mudanças nos filhos

 A minha filha está mais colaborante, provoca

menos, o feedback Escola é muito favorável

 O meu filho chora menos

 Fica mais atento quando o chamo à atenção

Mudanças na relação pais-filhos

 Brincamos mais

 Conseguimos resolver melhor os conflitos

 Maior autocontrole (meu) e as respetivas

consequências no comportamento da minha filha (menos conflitos)

 As discussões têm sido benéficas para a minha

(27)

Frase sobre o grupo em que participou

Conceitos grupanalíticos

“Mulheres e homens a partilharem sentimentos, dúvidas e experiências sobre o papel mãe/pai e outros papeis”; “Houve muita interacção”

Indivíduo – grupo Diferentes níveis de comunicação

“Um espaço seguro para aprender connosco e com outros pais”

Holding e contenção Aprendizagem

“Foi um grupo bastante coeso e muito compenetrado nos temas discutidos”

Coesão do grupo

“Percebemos que os pais têm dificuldades semelhantes e que não somos os únicos a ter problemas”

Identificação, partilha e

escuta diminuem ansiedade, vergonha, culpa

“Deu para compreender melhor o que sentem os filhos”

Desenvolvimento da empatia

“Diferença de olhares, o que torna o grupo muito enriquecedor”

“Os nossos filhos não somos nós”

Função de espelho

(28)

Frase sobre o grupo em que participou

Conceitos grupanalíticos

“Ter tempo para estar comigo” Introspeção; Possibilidade de

insight

“Sentimos que aqui se podia falar … ver os nossos filhos como pessoas”

Liberdade; O olhar

Reconhecer como diferente

“O passado tem relevância” Ligação ao genético-evolutivo

“É bom estar na companhia de pessoas

preocupadas em evoluir pessoalmente e no seu relacionamento com os seus filhos”

“Eu agora cada vez me questiono mais e a minha filha também… A nossa relação melhorou”

Experiência de estar em grupo

Evoluir, crescer

Desenvolvimento da capacidade de relação

“Viemos cá como pais para ajudar os filhos, mas acabámos a falar de nós e encontrámos um pouco a nossa identidade”

Auto-conhecimento;

Desenvolvimento pessoal, de recursos internos

“Uma aventura interessante que não se devia limitar a pais que sentem que têm problemas”

Viagem interna, descoberta, Abrangência da aplicação grupanalítica

(29)

Escola de Pais

www.escoladepais.org

Referências

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