A AUTOAVALIAÇÃO COMO
INSTRUMENTO DE REGULAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
Isabel Vieira,
isavieira@netcabo.pt
Universidade Aberta
Jornada Internacional Online: Educação, Tecnologias e Inovação
Jornada Internacional Online: Educación, Tecnologías e Innovación
EDUCAR
no séc.XXI
C
C
C
C
preparar para um
mundo sempre a mudar
ALUNO
Atitude ativa e crítica na construção da sua aprendizagem
Professor
Ensino e
Aprendizagem
Organiza e dinamiza situações promotoras de aprendizagemPrepara os alunos para serem bem sucedidos, nas diferentes tarefas
que lhe vão ser pedidas ao longo da vida
AVALIAÇÃO Elucida o aluno sobre as melhorias que deve introduzir na sua aprendizagem AUTOAVALIAÇÃO Envolve o aluno na construção da sua aprendizagem
Só o saberemos se avaliarmos sistematicamente o processo! Para conseguir alcançar os objetivos traçados no início!
E para isso é indispensável a avaliação formativa!
Têm que estar claros para todos, principalmente para os alunos! Ponto de partida! PONTO DE CHEGADA E DE NOVA PARTIDA! ENSINAR
APRENDER
ERRO – punir versus diagnosticar
Quando usado apenas para classificar as suas
prestações, o erro acaba por se “agarrar” ao
aluno como um estigma.
Enquanto fenómeno indissociável da
aprendizagem, o erro representa uma
importante fonte de informação para o
professor, permitindo-lhe formular hipóteses
explicativas do raciocínio do aluno, seguidas da
orientação que vai permitir identificar e
corrigir o erro.
Pilares da Avaliação Reguladora das Aprendizagens
FEEDBACK – com funções reguladoras
O feedback adequado ajuda o aluno a
identificar os seus acertos mas também os
seus erros, o que já está aprendido ou que
ainda precisa de ser trabalhado. Esta
identificação leva ao autoconhecimento o
qual, por sua vez, promove as mudanças
comportamentais a introduzir no processo de
ensino e aprendizagem.
Pilares da Avaliação Reguladora das Aprendizagens
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Uma avaliação transparente, sustentada em
critérios claros e percetíveis, ajudará os alunos a
organizar o seu estudo, não só pela motivação
que promovem para a aprendizagem mas
também no desenhar de estratégias de
aprendizagem e de envolvimento nas tarefas,
quer sejam propostas pelo professor quer pelo
próprio aluno.
Pilares da Avaliação Reguladora das Aprendizagens
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A prestação do professor em sala de aula
poderá ficar comprometida, quando está
limitada a instrumentos de avaliação
tradicionais, no entanto, a apropriação e
implementação de formas de avaliação
tradicionais ou alternativas está intimamente
associada à conceção que cada docente tem
de educação.
Obter informação
sobre a importância
da autoavaliação, na
perspetiva dos alunos,
quer nas aprendizagens
concretizadas quer na
adoção de uma postura
de autorregulação.
Não estando habituados a fazer
autoavaliação, conseguirão os
alunos fazer a autorregulação?
Será possível ultrapassar as
dificuldades e até mesmo
A avaliação é o espelho do trabalho
instrumentos
Critérios de avaliação Feedbackalunos
• São indispensáveis e estão na base da autoavaliação.
• Devem ser claros para serem entendidos pelo aluno.
• Sem eles os alunos avaliam-se mal, fazendo a comparação com os outros.
• A sua falta pode levar ao desinteresse pela disciplina.
Análise SWOT da Autoavaliação
Ameaç
as
• As enormes incertezas a nível do poder político, com alterações sistemáticas das regras, muitas vezes descontextualizadas. • Falta de sensibilidade da administração
escolar fazendo prevalecer os aspetos administrativos aos pedagógicos. • Fraca formação pedagógica dos
professores, inicial e contínua.
• Fraca preparação das lideranças escolares para os aspetos pedagógicos.
Análise SWOT da Autoavaliação
Fr
aque
zas
• A falta de treino dos alunos leva-os a encarar a autoavaliação como uma grande dificuldade.
• O próprio professor quando não
consegue fazer a mediação entre os reais constrangimentos e o direito dos alunos à sua autonomia.
• Aspetos decorrentes da política educativa: programas curriculares; legislação; orientações do M.E.C. • Aspetos decorrentes da própria
organização da escola: papel das lideranças; organização dos grupos disciplinares; orientações pedagógicas.
Análise SWOT da Autoavaliação
Oport
unid
ades
• Ajuda a colocar o aluno no centro do processo educativo.
• Alerta para a importância da estreita relação entre o processo de ensino e aprendizagem e a avaliação das aprendizagens dos alunos.
• Torna mais claro e mais justo todo o processo de avaliação.
• A possibilidade de “arrastar” outros professores, por contágio, nas principais estruturas da escola:
Análise SWOT da Autoavaliação
For
ças
• Melhora as aprendizagens dos alunos. • Melhora as classificações dos alunos. • Leva a um maior envolvimento dos
alunos na construção das suas aprendizagens.
• O professor que, pela sua reflexão, trabalho individual e exemplo a seguir, consegue fazer a diferença.
• Dá ao aluno competências para a vida académica, profissional e pessoal. • Desenvolve capacidades individuais
como a reflexão crítica, a autonomia, a argumentação e o bom senso.
Autorregulação
Os alunos necessitam de
orientação no seu trabalho,
principalmente no que toca a
definir regras e a cumpri-las.
Alunos atribuem grande importância à maturidade e à sua influência na autorregulação.
Capacidade a alcançar em
que os benefícios
conseguidos
recompensam o esforço.
Depende muito dos hábitos criados não só ao longo de toda a sua escolaridade, mas
também nas suas vivências fora da escola.
Capacidade trabalhada pelos alunos em conjunto
com os seus pais.
Sala
de
aula
tr
adicion
al
Identificar algumas estratégias que sejam capazes de ajudar a implementar a autoavaliação.
Facilitadora
Benefícios trazidos pela investigação
Perceber que, apesar
das dificuldades
apontadas por várias
investigações, é
possível fazer a
autoavaliação.
Viabilidade
Perceber como se pode fazer a autoavaliação, de forma a que esta
desencadeie, nos alunos, comportamentos autorregulatórios. Utilidade Apesar de ser um estudo circunscrito a uma única sala de aula, uma turma e às práticas e conceções de uma única professora, apresentam-se evidências de que é possível ultrapassar os vários constrangimentos identificados noutras investigações. Mostra o exemplo Perceber a importância de colocar o aluno no centro: - da investigação; - do processo de ensino e aprendizagem; - do trabalho na sala de aula. Inovadora
Referências Bibliográficas
Boggino, N. (2009). A avaliação como estratégia de ensino. Avaliar processos e resultados. Sísifo. Revista de Ciências
da Educação, 09. (pp 79-86). Disponível em http://sisifo.fpce.ul.pt
Dinham, S. (2008). Effective Feedback and E Assessment. Disponível em
www.curriculumsupport.education.nsw.gov.au/
Fernandes, D. (2005). Avaliação das Aprendizagens: Desafios às Teorias, Práticas e Políticas. Lisboa: Texto Editores. Fernandes, D. (2006). Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de Educação, 2006, 19(2). (pp. 21-50). Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/5495/1/Para%20uma%20teoria%20da%20
avaliac%CC%A7a%CC%83o%20formativav19n2a03%283%29.pdf
Fernandes, D. (2009). Avaliação das aprendizagens em Portugal. Investigação e teoria da actividade. Sísifo. Revista de
Ciências da Educação, 9 (pp. 87-100). Disponível em http://sisifo.fpce.ul.pt
Gipps, C., Stobart, G. (2003). Alternative assessment. In T. Kellaghan & D. Stufflebeam (Eds.), International Handbook
of Educational Evaluation. Dondrecht: Kluwer. (pp. 549-575).
Guskey, T. (2003). How classroom assessment can improve learning. Educational Leadership 60, nº5 (Feb. 2003). (pp. 7-11) Disponível em http://www.learner.org/workshops/tfl/resources/s7_assessments.pdf
Hadji, C. (2011). Ajudar os alunos a fazer a autorregulação da sua aprendizagem: Por quê? Como? Pinhais: Editora Melo.
Hattie, J. (2003) Teachers Make a Difference: What is the research evidence? Seven Keys to Effective Feedback. Disponível em http://www.ascd.org/publications/educational-leadership/sept12/vol70/num01/Seven-Keys-to-Effective-Feedback.aspx
Kouzes, J., Posner, B. (2009). O desafio da liderança. Casal de Cambra: Caleidoscópio.
Looney, J. (2011). Integrating Formative and Summative Assessment: Progress Toward a Seamless System? In OECD
Education Working Paper No. 58. Disponível em http://www.oecd-library.org/docserver/download/5kghx3kbl734.pdf?
expires=1368736018&id=id&accname=guest&checksum=D0DFA6B02436EF7
OECD (2005). Formative assessment – improving learning in secondary classroom. Paris: OECD Publishing. Disponível
em http://www.oecd.org/edu/ceri/35661078.pdf
Santiago, P., Donaldson, G., Looney, A., Nusche, D. (2012). OECD Reviews of Evaluation and Assessment in Education:
Portugal. Paris: OECD Publishing.
Stiggins, R. (2007).Assessment Through the Student's Eyes. Educational Leadership Vol. 64- Number8. Disponível em
http://www.ascd.org/publications/educational-leadership/may07/vol64/num08/Assessment-Through-the-Student's-Eyes.aspx
Veiga Simão, A. M. (2008). Reforçar o valor regulador, formativo e formador da avaliação das aprendizagens. In M. Alves & E. Machado. Avaliação com sentido(s): Contributos e Questionamentos. Santo Tirso: De Facto Editores. (pp: 125-151).
Vieira, I.A. (2013). A autoavaliação como instrumento de regulação da aprendizagem (tese de mestrado). Lisboa: Universidade Aberta. Disponível em https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/2934
William, D. (2006). Assessment for Learning: why, what and how. In Excellence in Assessment: Assessment for
Learning. Cambridge: University of Cambridge. Disponível em: