Revista de Guimarães Publicação da Sociedade Martins Sarmento

(1)

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Revista de Guimarães

Publicação da Sociedade Martins Sarmento

I

NSCRIÇÃO HONORÍFICA DEDICADA A

C

ONSTÂNCIO

C

LORO

.

BRANDÃO, Domingos de Pinho

Ano: 1959 | Número: 69

Como citar este documento:

BRANDÃO, Domingos de Pinho, Inscrição honorífica dedicada a Constâncio Cloro.

Revista de Guimarães, 69 (3-4) Jul.-Dez. 1959, p. 367-374.

(2)

4

1

. z

››

Inscrição honorífica

_dedicada

ConstânCio 'Cloro

a

Pelo Prof. Dr. DOMINGOS DE PINHO BRANDÃO

Reitor do Seminário Maior do Porto . ll

J A Casa de

Pielas, da

freguesia de Painzela, no Con-

celho de Cabeceiras de Basto, é, com seus jardins e

pátios, um magniﬁco _{solar que mostra ares de nobreza}

e

ﬁdalguia.

Tem uma história rica _{essa casa; e à nobreza} _do

passado bem Ez = _{alia a distinção dos actuais proprietários}_:

a Ex.mﬂ Senhora D. Maria Ana Carvalho

e Almeida

Fleming

e o Ex.m0 _{Sr. Fernando}_{Miller Fleming.}

Uma visita,

que eM 13 de

Novembro

de

1958 aí

fizemos, ofereceu-nos a oportunidade de tomar conheci-

mento

da

existência, no pátio exterior da casa, de uma coluna de granito, com uma inscrição honoríﬁca dedicada

ao .

tantino, o Magno, e venera como Santa

_(I).

Imperador Constâncio Êrímeiro, que foi pai deCons-

mando de Helena, que a Igreja

O Monumento

Trata-se de uma

coluna de granito,

que se

presentemente no o

da casa

_{de Pielas, à direita de quem}

largo que antecede _entra.

encontra

pátlo interior

(*)

Constâncio I*repudiou Helena, de quem _{tivera Constantino, para}

se unlr a Flavia Maximiano Tbeodora.

Santa Helena (Fl _{Iu/. Helena. Aug.) faleceu em}_327.

1

s f

(3)

368

Parcialmente enterrada, tem a forma de tronco de

cone invertido, com pequena inclinação. A porção que emerge da terra mede 92 centímetros

de

altura. O dia metro máximo

da parte

superior é

de 48

centímetros.

L .' f I.".'J'*'í \ ' ‹ " I z

.

.az 3 \ 'v.. ' ! ' « _{a í} ,.. , I ( - . r', í' x I I 1 1 .*. . i 'Is 1 i ‹ ; ¬¡. \ _{\ ) I I} nó! .ia‹ r ‹ r I F i ‹ . .¡. ,.; I ..II REVISTA DE GVIMARÃES I . I l a f í U h

_

.

. ' . . W * ‹ : .. \. \ \ I I I *1‹ Ê . Í w I J z i 1 I i P ‹ i i J 5.. i L 1... n 1 1 ; V š ; . 1 . v : Q, › . z 1 . r « ,, -. , . ,. : r ›

Marco com íhxrifão dedicada a Constâncio Cloro.

« I

Casa de Picas -Cabeceira; de Basto

¡ I \ × w

.

¡ 1 1 . | I | ‹

«`

z | \ E iz I .J I x I v

I

(4)

A inscrição 'distribui-se".em~.cinco linhas doá~modo seguinte: ' ' . '

`

z . ` _' *' . v ( 1 x 11 1 . ¢ ‹ v 4 ‹ ‹ ‹'

VALERIO

.

EONITANT

N08 I

_L

(UAR

1

_I

z INSCRIÇÃO HONORÍFICA.

Inscrição

. . 2 . x

UTI M 0

‹ Q I | z I .,~ Í \ : s

I0

â' ‹ .

.

ó x . ` z L . ;.

.

‹" r z . 6 .\ r z . N . » ‹ › P ›

369

\ ! n r

As letras. são de altura diversa, oscilando entre 75

c 95 milímetros e-~ denotam,- pelas irregularidades que

apresentam, um mau.lapicida.~z z é . . : ,

Na primMa ]inha~›uD

inicial está gravado . com a

forma ﬂquewchamaríamos minúscula. Sobre.o

_{N há um}

traço, sinal dez abreviatura, Í=que.=aparece› com. frequência

a partir do século II (1). Ambas: estas 'siglas estão seguis das de pontos.

Na segunda linha o A (segunda letra) está gravado

sem traço transversal, fenómeno que se repete na última

linha (quarta letra).

.

O desenho.-decalque,que reproduzimos atrás, indica

suﬁcienternente a grafia das restantes letras."

Desdobra-se a inscrição do modo seguinte :

D(0M1N0)ÍIN(05TR0) 1=LAVIOlYALERIOl

CONSTANTIO/NOBILISSIMOjC(A)ESARI//.

. § , . z

.

, . . l e traduz-se : em \

,Dedicado (eSte monumento) _{anoso' Senhor}

'Flávio Vadégtiq Constâncio, nobilíssimo Cesar.

(1)

-

cf.

Rena Cagmat' . são (19;14)ipág. 405.5

-

/ ,. ..

•

eu

1

**-eM' *ﬁﬁøwm**

~L¢;¡uc, 4.0 edi-

nt: INCA'

.

A

(5)

Constâncio I, chamado Cloro - ,nos títulos epi- gráﬁcos Imã. Caeƒar M (oU#C') F/az/íz/.HV4/eriz/.r Conƒtantízu

Aug.

3 0

Trata-se, pois, de

uma

inscrição honoríﬁca em honra

de Constâncio primeiro) Está em dativo, à maneira de

dedicação, como acontece geralmente ornas inscrições honoríﬁcas durante o Império. .

_.

-

foi elevado à dignidade de Cegar no primeiro

dia de Março de 293. Em 305, por abdicação de Dio-

cleciano, ascendeu ao Império. Morreu a 25 de Julho

de 306.

|

Estão pois indicados .os anos extremos em que pode- mos fixar 'a data da inscrição: 293-306. `Não deve ser,

todavia, do tempo em Hqucš Constâncio foi imperador, pois, neste caso, ﬁguraria certamente na inscrição o cognome Augustus que lhe caberia como Imperador.

Teremos, assim, como limite termo arquem, o ano de 305.

- .z'Éz.dez supor, até, ,que .sejazdo ano em que -foi esco-

lhido» .-e zzreconhecido z César. .Sez fosse mais tardia, tal-

vez referisse outros epítetos - -e»vários foram.zz Demais, o carácter honorífico que apresenta parece traduzir-se

num voto de júbilo. pela ascensão ide. Constâncio à digni-

dadez;de›César: ‹‹No hí/irsímo ,Cae.farí››. Deveremos, assim,

atribuir-lhe o ano :de =293.z

1 REV¶STA.‹"DE GVIMARÃES . V l ` | * , I 'â.‹, r

›,.`

õ Q I . ¡ ! . \ ¡ :

* Í

>` "Estará inédita esta inscrição?

‹^

: z é z

.›

O,šB¡e Martins. .Capela no seu, notável estudo Mil-

liário: C'onv,enƒo..'.Bz;ﬂcarqugz¡;;çq1g: ¿em¡]?ort?4ga1 (Porto

1895) escreve, a"'pág- 218:' 1

.

-.

à r a í ; . - ; ‹ z I

7

I..

P ‹‹Escasse,ia.m.os títulos epigiáﬁcos ..dá Constâncio

. em.E¿spanlhà'."'C;incolaperias nos'dáo.'Sr. Hübner,

.

dos |

quais Hum' `VOtivo'- (1171);" burro comum

aos dois augustos e dois césares em parte oblite-

zzrado (1439). .iDos .três restantes aliás bem

con- servados, um (4763) atribuido. ati«Braga por

,

I

(6)

Corpus... (Constâncio e Maxirniano),~ 2202

cio) «4763 (Constâncio) c 4910 (Constantino,

(2) Op.ô¡z.~zpág. 219.

(3) Hübner, Corpus... II no‹n.° 268

schedis Moreirae» Aliunde. non movi››.

(4) ‹‹Bracara. . _{Moreira. m:››.}

e

É de Levy'Maria cordão sue~*o célebre Epigraﬁsta

alemão : :`1íd*~v1olume

`II-do

C`orpu.r"*Yn.rørzlpt:bnum

e

o

número :4763,

a inscrição*votiva*ä"que

se refere . oz

p.e

r _{Martins Capela; indicando' 'também}

a

fonte de recolha deﬁlbrdão *com a'

nota‹‹e--schds`Morei-

rag»

_(3).

s ° C 9. . '

.

I

Sirvamoznos; pois,-- de Levy Maria Jordão...zz~z.

x

Na obra deate»,.Autor

~Portugalhhe.-Jm'm°ptiøne; Roxa/rar'

na... (Qlisipone, 1859), sob o número 268‹~;(pág.

119),

encontramos,

a mscnçao, que, depo1,s»~l1ÉübQ°r. gpanscreve.

Lê-se CO¶}O.zSCgl1C.,.z I e ' ¡ z . : s

Compara esta inscrição com de Hübner, ..e. .conclui que çlevç..

diferente (2)'.

:

.

¬.

:.

. .

Levy,-zminguúnl=conhece, a não:-ouconfundimnos

com o

pubhcado abâ1i:xo». .~(1). ¡

E, seguidament transcrcvc

sob

o«n..0 72 a inscrição

honoríﬁca~ doz:Pa.r.reio==da.ﬁ Camalbeüw,' em Btagaâ; '

.

_{Na pá i a 328' diz]ordão}

_{ser lesta inscriç§o de'Braga}

tê-la copado dos 'Maav:acríto:"¶e?Iloreira (4).

c o a , .

sob *re elido

(1) Cf. Hübner. II

n.°8

1171 (Constâncio), 1439 .zz4632 (Constân- .. Cønstâncio). 4'Z63:;z$‹I.âc1zy .119,. «e n z

.

` ¡

zzIM,P.

.

..

z F L A w o

- V A L ;

...TIS

-»R~-

F

-

znoBzIL.1.s

...S.IMO

.

CAE‹S..~.

,. r . â I _ . × . › 'I ¶ \ l › _I H i r ;. Í l \ o › INSCRIÇÃO HONORÍFICA

.AD N. FLAVIQ

VALERIO*

CONSTANTIO

.

NOBIL1SSIMd

"‹:E$AR1..;~'

› . ' r \ r . à ! (Constâncio), ﬁlhol si Í›~' *é . .fá } : : l ã ,IS . g \ * 1 ' t ) . Já , J • ¡ • \ \ I vi * '.›'. 4 Q ¢ ¡ * ¢ ›

a do número 4763

.tratar-.sp ,.

de.,

t epígrafe

. . , . } › ¡ Í 1 I . › : E : r ¡ " 1 1 › › :¡"|. : z . . , ¡.. ›`, i a * . 1. › ‹ Í ¡ . . Í .,; \ i

_¡

l . I: ‹ › í : l ê 'ln'

371

.

z .. z ~ 1 Ê r , z s \

(7)

372

REVISTA DE GVIMARÃES I

|

Os manuscritos a que se refere- Jordão *constituem

a conhecida «Collecção de Epitaphios, Inscripções e Lettreiros em 9 volumes››, trabalho de António Joaquim

Moreira. z _{'Encontram-se Presentemente na Biblioteca}

da Academia das Ciências de Lisboa, rotulados com: os . números que vão de 225 a 231.

Consultámos demoradamente todos'os volumes desta ‹‹Colecção›› e não tivemos a sorte de encontrar a inscrição, tanto nas secções referentes

a

Braga â€ a Cabeceiras de Basto, Como nas outras. Ter-nos-ä escapado no volver das páginas, apesar do cuidado posto na pro-

cura? Terá errado Jordão na referência. que faz ?

I

É evidente 'a semelhança entre a inscrição referida

por Jordão e a da Casa de Pielas de Cabeceiras de Basto.

. . Na.de .Jordão não aparecem .os pontos depois das

duas primeiras letras; o Dginicial .é maiúsculo e os .AA da

segunda.. e quarta linha têm o travessão horizontal. Estas são as diferenças existentes, que facilmente se podem. explí-

car .por..deﬁciência ouarranjo de cópia. (1).¿

.

Tratar-se-á da mesma. inscrição ?

.jordãoﬁšdi-la de' Braga. L

'-Ora Cabeceiras de Basto oca-fa uma~ *distância considerável de' Braga:' a mais de

45 .quilómetros..

_.

.

_--

z

' '

EMbora ~`as5¡terras'de Cabeceiras de BastO pertençam à Aääuidiocese e distrito Bracarense, este facto hão* parece

jus

.

car que uma coisa do aro ,de.Cabeceiras de Basto,

se diga de Braga, pois

_por

Braga entendemos a cidade

ou as imediações.

¬ . . .

Sabe-se que a coluna foi lesada para o local, onde ﬁíesentemente se eNcontra, pelo falecido Doutor Carva- o e Almeida, há umas dezenas"de.anos, de uma fre-

guesia vizinha de Painzela, Abadim, queﬁca sensivel-

mente à `mesMa diStância de Braga.

- _{. .}

1

.

I .r l í I I P

(1) De facto-oﬁarranjo da cópia pode explicar, com facili- dade, as‹ditlerenças.f .Emwverdade, poderia O copista ao copiar (ou transcrever) omitir os pontos depois das duas primeiras siglas, substituir para maiúscudas a~ primeira sigla eescrever os dois A A com o traço transversal. São fenómenos que se repetem com

frequência, quando não há rigor e meticulosidade na transcrição. I

(8)

Como, sendo de Braga, foi parar tãoflohge 'a Colina

com a ins‹:rição?`* ' ~

~'

›~

›

.

_{/ . J . - - › ‹ › - * :}

Não *repugna, 1é` certo,

esta

deslocação!

"

: _{Mas -não}

temos* documentos que no-la aﬁrmem. DeixaMos; por

isso, eSta *hipótese *no'domínio 'de 'mera *hipótese ' ¬ ' .

Terá sido 'fie1"'a

=

**fontefOhde cordão colheu a infor-**

mação sobre~"o local?" ' ' "' . : " . ê

Teráferrado 'Jordão `a.o*indicar- 'o 1oca1'?'

_.

'

Tido isto É possível." Um simples la›.ru.r calai... (I).

`

Os facto de serem 'iguais

f as' 'duas' inscrições (admi-

tindo-se" que *são iguais) *não *é . umento*'*absoluto

_e

eficaz' favor da unidade. * Comašeito, não! "repugna

a

existência* de «duas *inscrições iguais-, 'feitas na *mesma ocasião -conspiradas no rnesmo"'sentimento (e abertas

até pelo mesmo lapicida).

" E mais fàciknente secom-

preende esta afirmação tratando-se de-'inscrições hono-

riﬁcas.

Em conclusão: Não...será_fácil, com os elementos que temos, resolver definitivamente a questão.

Pode tI3tajy8€. da mesma epígrafe, embora haja a

dificuldade

- -

não insuperável da. distância que separa Braga de Cabeceiras'de=¶3asto; 'Neste caso, ou o marco

foi deslocado de Bragapara a região de Cabeceiras de

Basto, ou aëinforrnação do ¢1ocal»dada,ou; copiada por Jordão não é exacta. . .. 1

* . _f

Podem ser duas inscrições üstiNtas." ; distância dos locais mais facilmente aconselharia "esta hipótese. Não poderemos, em verdade, apelar para as diferenças

I F â ‹ E L, INSCRIÇÃO HONORÍ1=t1.CA z..; ,

_.

I .* › ¿ I . š » I s, z . _.z ›

373

. _'I I

(1) Hübner não faz referências elogiosas a Levá Jordão.

Pelo contrário. Chega

_a

dizer que

ele

é «rei vepigraphicae prorsus

ignarus›>. Larnentaque Jordão não lhe 'tenha facultado

a

consulta

dos manuscritos de António Joaquim Moreira e termina a nota sobre Jordão e a citada obra Portugalliae Inscriptione: Romanas... do modo seguinte: «Levy igitur melius fecisset, si* libra-'suum omnino no scripsisset» Cf. `^IC'or_Pu.v` Inrﬁmtíonum. Vol. II,

pág. XXV,

n.°

88. Permitirão-nos*'fazer o seguinte reparo: todos os volumes da «Colecção de Epitáphios...››, de António Moreira são datados de 1864. A obra de Jordão Portugallíae In.røriptionø:..‹.,

em que se transcrevem muitas inscrições da Colecção e=Epitdpbio¡, foi impressa em Lisboa, zno acode 1859; (O11ZrüJone,, TJPÍJ Acade-

(9)

374

REVISTA DE GVIMARÃES

I existentes, porque, como

já foi dito, a

transcrição do copista pode explicar sem dificuldade as ligeiras alterações,

entre a epígrafe e. a leitura. Observamos,

no

entanto,

. que a igualdade das inscrições (se as considerarmos iguais)

não é argumento que contrarie eﬁcazrnente a hipótese

de duas epigrafes em monumentos distintos.

Em qualquer dos casos, a descoberta desta. inscrição vem enriquecer o nosso .património epigráﬁco. .

.

Se

é .distinta

da

referida por Jordão (e transcrita,

depois, por Hübner), é mais uma inscrição que aumenta

o Corpus Inrcrzptionøm do território que'hoje é Portugal,

embora tenhamos de lamentar que uma .outra .tenha desaparecido. Se É a mesma, o facto

de

se encontrar,

julgando-se perdida, à - ninguém a conhece, diz o

PJ*

Mar- tins Capela

-

enriquece também o nosso Corpus Inscríp-

tionum, pois sabemos existir mais um documento que, embora registado, se julgava desaparecido. I

€

Obras citadas

1 - António Joaquim Moreira' -

ColecçãoldelEpíhípbiøs, Innriçõe: ø Leﬂreimzj em 9. volumerl

Lisboa 1864. . . |

Mss.

n.°'

225 a 231 da AÇadcmia das Ciências de Lisboa.

2

-

Levy Maria Jordão ¬

Portugallíae Imcriptíanâr Romana: (ediditm)

Volumem I. Olisipone M DCCCLIX LXH-|- 361 págs.

f

3 - Aemilius Hübner. (1889).

. . Corpus Imcriptiønum Latinarum,

Vol.

II

4 M. Capella

Millíárías do: Comzentu: Bracaraugu.ríanu: em Portugal. Porto, 1895, 272 págs..

5 .

" z

-.Rgné Cagnat

. Cow-.r dá"Êpigrapbie Latina .

Quatrième editor. Paris, 1914.

1XXVIII+504 págs. e XXVII lâminas.. 1 r