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LEI COMPLEMENTAR Nº00, DE DE 2020.

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LEI COMPLEMENTAR Nº00,

__ DE _______________ DE 2020.

DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE OBRAS NO MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ

NOS TERMOS DE LEI COMPLEMENTAR DO PLANO DIRETOR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

(2)

2

Sumário

CAPÍTULO I ― DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS ... 4

SEÇÃO I - DOS OBJETIVOS ... 4

SEÇÃO II - DAS DEFINIÇÕES ... 5

SEÇÃO III - DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES ... 7

SUBSEÇÃO I - DO MUNICÍPIO ... 7

SUBSEÇÃO II - DO PROPRIETÁRIO... 8

SUBSEÇÃO III - DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ... 8

CAPÍTULO II – DAS DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS... 9

SEÇÃO I - DO ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO ... 9

SEÇÃO II - DAS MODIFICAÇÕES DOS PROJETOS APROVADOS ... 10

SEÇÃO III - DOS PROJETOS DE REGULARIZAÇÃO PARA AVERBAÇÃO ... 10

SEÇÃO IV - DO ALVARÁ DE DEMOLIÇÃO ... 11

SEÇÃO V - DO HABITE-SE E ATESTADO DE CONCLUSÃO DE OBRAS (CERTIFICADO DE VISTORIA DE CONCLUSÃO DE OBRA) ... 11

SEÇÃO VI - APROVAÇÃO DE PROJETOS ... 13

SEÇÃO VII - DA ANÁLISE DO PROJETO CONVENCIONAL ... 13

SEÇÃO VIII - ANÁLISE SIMPLIFICADA DE PROJETO ... 15

SEÇÃO IX - DA APROVAÇÃO DO PROJETO CONVENCIONAL ... 16

SEÇÃO X - DA APROVAÇÃO DO PROJETO SIMPLIFICADO ... 16

CAPÍTULO III DAS NORMAS TÉCNICO CONSTRUTIVAS ... 17

SEÇÃO I - DAS ESCAVAÇÕES E ATERROS ... 17

SEÇÃO II - DAS PAREDES ... 18

SEÇÃO III - DOS ACESSOS E CIRCULAÇÕES ... 18

SEÇÃO IV - DAS MARQUISES, SALIÊNCIAS, BEIRAIS E SACADAS ... 19

SEÇÃO V - DAS PLATIBANDAS, CALHAS, RUFOS E CONDUTORES ... 19

SEÇÃO VI - DOS RECUOS ... 20

SEÇÃO VII - DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS ... 20

SEÇÃO VIII - DAS ÁREAS DE RECREAÇÃO ... 21

SEÇÃO IX - DOS PASSEIOS E MUROS ... 22

SEÇÃO X - DA ILUMINAÇÃO E DA VENTILAÇÃO ... 23

CAPÍTULO IV - DA EXECUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS ... 25

SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ... 25

SEÇÃO II - DO CANTEIRO DE OBRAS ... 25

SEÇÃO III - DOS TAPUMES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA ... 26

CAPÍTULO V - DAS INSTALAÇÕES DAS EDIFICAÇÕES ... 26

SEÇÃO I - DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, SANITÁRIAS E ELÉTRICAS... 26

SEÇÃO II - DAS INSTALAÇÕES ESPECIAIS ... 29

CAPÍTULO VI – DAS EDIFICAÇÕES ... 30

SEÇÃO II - DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS ... 30

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SEÇÃO IV - DAS EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS ... 32

CAPÍTULO VII - DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES... 33

SEÇÃO I - DAS PENALIDADES ... 33

SEÇÃO II - DAS MULTAS ... 34

SEÇÃO III - DA DEMOLIÇÃO ... 34

SEÇÃO IV - DA DEFESA ... 34

SEÇÃO V - DO RECURSO ... 35

SEÇÃO VI - DOS EFEITOS DAS DECISÕES ... 35

CAPÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ... 35

ANEXO I – ESTACIONAMENTO E EMBARQUE E DESEMBARQUE ... 36

ANEXO II - DAS MULTAS ... 38

ANEXO III – DO VALOR DAS MULTAS ... 39

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4 A Câmara Municipal de Paranavaí, Estado do Paraná, aprovou e eu,

Prefeito, sanciono o seguinte Lei:

CAPÍTULO I ― DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

SEÇÃO I - DOS OBJETIVOS

Art. 1º. Esta Lei, denominada Código de Obras do Município de Paranavaí, estabelece normas para a elaboração de projetos e execução de obras e instalações, em seus aspectos técnicos, estruturais e funcionais.

§ 1º. Todos os projetos de obras e instalações deverão estar de acordo com esta Lei, com as legislações que integram o Plano Diretor e outras legislações pertinentes.

§ 2º. Todas as leis municipais, decretos, normas, resoluções e outros diplomas legais a que se fizer referência direta no presente Código encontram-se impressos e podem ser consultados de forma física nas secretarias responsáveis.

Art. 2º. As obras realizadas no Município serão identificadas como construção, reconstrução, reforma com ampliação e demolição, de iniciativa pública ou privada, e somente poderão ser executadas após concessão de Alvará pelo órgão competente do Município, de acordo com as exigências contidas nesta Lei e mediante o comprovante de responsabilidade por profissional legalmente habilitado.

Parágrafo único. As obras a serem realizadas em construções integrantes do patrimônio histórico municipal, estadual ou federal, deverão atender às normas próprias estabelecidas pelo órgão de proteção competente.

Art. 3º. Todos os logradouros públicos e edificações, exceto aqueles destinados à habitação de caráter permanente unifamiliar e multifamiliar, deverão ser projetados de modo a permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de necessidades especiais, respeitando-se as normas do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná e da Vigilância Sanitária correspondentes, além da NBR 9050/2015 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

Art. 4º. Para todas as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT citadas deverão ser verificadas atualizações e alterações posteriores.

Art. 5º. Para construção ou reforma de instalações capazes de causar, sob qualquer forma, impactos ao meio ambiente natural e construído, será exigida licença prévia ambiental do órgão estadual e Estudo de impacto de vizinhança (EIV), quando da aprovação do projeto, de acordo com o disposto na legislação pertinente.

§ 1º. A licença prévia poderá ser expedida pelo órgão municipal competente, quando for municipalizado o processo.

§ 2º. Consideram-se impactos ao meio ambiente natural e construído as interferências negativas nas condições de qualidade das águas superficiais e subterrâneas, do solo, do ar, de insolação e acústica das edificações e das áreas urbanas, rurais e de uso do espaço urbano e rural.

Art. 6º. Os empreendimentos causadores de impacto de aumento da vazão máxima de águas pluviais para a jusante deverão prever medidas de controle.

Art. 7º. A presente Lei traz determinações tanto para a área rural quanto para a área urbana, e seus dispositivos devem ser respeitados e aplicados integralmente nos dois casos.

Art. 8º. São partes integrantes desta Lei os seguintes Anexos:

I. Anexo I – Estacionamento e Embarque /Desembarque II. Anexo II – Das Multas;

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III. Anexo III – Do Valor das Multas; IV. Anexo IV – Declaração

SEÇÃO II - DAS DEFINIÇÕES

Art. 9º. Para efeito de aplicação da presente Lei são adotadas as seguintes definições: I. ALINHAMENTO: Linha divisória legal entre o lote e logradouro público.

II. ALPENDRE: Área coberta, saliente da edificação cuja cobertura é sustentada por coluna, pilares ou consolos.

III. ALTURA DA EDIFICAÇÃO: Distância vertical da parede mais alta da edificação, medida no ponto onde ela se situa, em relação ao nível do terreno neste ponto.

IV. ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO: Documento expedido pelo Município de Paranavaí que autoriza a execução de obras sujeita à sua fiscalização.

V. AMPLIAÇÃO: Alteração no sentido de tornar maior a construção.

VI. ANDAIME: Obra provisória destinada a sustentar operários e materiais durante a execução de obras.

VII. APARTAMENTO: Unidade autônoma de moradia em edificação multifamiliar.

VIII. ÁREA COMPUTÁVEL: Área a ser considerada no cálculo do coeficiente de aproveitamento do terreno, correspondendo a: área do térreo e demais pavimentos; ático com área superior a 1/3 (um terço) do piso do último pavimento; porão com área superior a 1/3 (um terço) do pavimento superior.

IX. ÁREA CONSTRUÍDA COBERTA: Área da superfície correspondente à projeção horizontal das áreas cobertas de cada pavimento.

X. ÁREA CONSTRUÍDA DESCOBERTA: área da superfície correspondente à construção que não disponha de cobertura, mas que implique em impermeabilização do solo, tais como: piscina e pisos utilizáveis;

XI. ÁREA DE RECUO: Espaço livre de edificação dentro do lote.

XII. ÁTICO: – Pavimento de cobertura de uma edificação, caracterizado por seu pé-direito reduzido, não inferior a dois metros (2m), destinado a abrigar casas de máquinas, piso técnico de elevadores, equipamentos, caixa d'água e circulação vertical. É computado como área construída, e habitável.

XIII. ÁTRIO: Pátio interno de acesso a uma edificação.

XIV. BALANÇO: Avanço da edificação acima do térreo sobre os alinhamentos ou recuos regulares.

XV. BALCÃO: Varanda ou sacada guarnecida de greide ou peitoril.

XVI. BALDRAME: Viga de concreto ou madeira que corre sobre fundações ou pilares para apoiar o piso.

XVII. BEIRAL: Prolongamento do telhado, além da prumada das paredes, até uma largura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros).

XVIII. BRISÊ: Conjunto de chapas de material fosco que se põe nas fachadas expostas ao sol para evitar o aquecimento excessivo dos ambientes sem prejudicar a ventilação e a iluminação.

XIX. CAIXILHO: A parte de uma esquadria onde se fixam os vidros.

XX. CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DE OBRA E HABITE-SE: Documentos expedidos concomitantemente pelo Município, que autorizam a ocupação de uma edificação. XXI. CÍRCULO INSCRITO: É o círculo mínimo que pode ser traçado dentro de um

compartimento.

XXII. COMPARTIMENTO: Cada uma das divisões de uma edificação.

XXIII. CONJUNTO RESIDENCIAL: Consideram-se conjuntos residenciais os que tenham mais de 10 (dez) unidades autônomas de moradia.

XXIV. CONSTRUÇÃO: É de modo geral, a realização de qualquer obra nova.

XXV. CORRIMÃO: Peça ao longo e ao(s) lado(s) de uma escada, e que serve de resguardo, ou apoio para a mão, de quem sobe e desce.

XXVI. CROQUI: Esboço preliminar de um projeto.

XXVII. DECLIVIDADE: Relação percentual entre a diferença das cotas altimétricas de dois pontos e a sua distância horizontal; inclinação indicada em porcentagem.

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6 XXVIII. DEMOLIÇÃO: Deitar abaixo, deitar por terra qualquer construção.

XXIX. DEPENDÊNCIAS DE USO COMUM: Conjunto de dependências da Edificação que poderão ser utilizadas em comum por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades autônomas de moradia.

XXX. DEPENDÊNCIAS DE USO PRIVATIVO: Conjunto de dependências de uma unidade de moradia, cuja utilização é reservada aos respectivos titulares de direito.

XXXI. ELEVADOR: Máquina que executa o transporte em altura, de pessoas e mercadorias. XXXII. EMBARGO: Ato Administrativo que determina a paralisação de uma obra.

XXXIII. ESCALA: Relação entre as dimensões do desenho e a do que ele representa. XXXIV. FACHADA: Elevação das paredes externas de uma edificação.

XXXV. FUNDAÇÕES: Parte da construção destinada a distribuir as cargas sobre os terrenos. XXXVI. GALPÃO: Construção constituída por uma cobertura fechada total ou parcialmente pelo

menos em três de suas faces, por meio de paredes ou tapumes, não podendo servir para uso residencial.

XXXVII. GUARDA-CORPO: É o elemento construtivo de proteção contra quedas, com altura mínima de 1,10m (um metro e dez centímetros) colocada nas bordas das sacadas, terraços, mezaninos e pontes.

XXXVIII. HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR: Edificação para habitação com unidades autônomas que compartilham de infraestrutura coletiva.

XXXIX. HALL: Dependência de uma edificação que serve de ligação entre outros compartimentos.

XL. INFRAÇÃO: Violação da Lei.

XLI. LADRÃO: Tubo de descarga colocado nos depósitos de água, banheiras, pias, etc., para escoamento automático do excesso de água.

XLII. LAVATÓRIO: Bacia para lavar as mãos, com água encanada e esgoto.

XLIII. LOGRADOURO PÚBLICO: Toda parcela de território de domínio público e de uso comum da população.

XLIV. LOTE: Porção de terreno com testada e acesso para logradouro público.

XLV. MARQUISE: estrutura em balanço sobre o logradouro, formando cobertura para a proteção de pedestres com no máximo de 1,20m (um metro e vinte centímetros). XLVI. MEIO-FIO: Peça de pedra ou de concreto que separa em desnível o passeio da parte

carroçável das ruas.

XLVII. MEZANINO: Andar com área até 50% (cinquenta por cento) da área do compartimento inferior, com acesso interno e exclusivo desse. O mezanino será computado como área construída.

XLVIII. NÍVEL DO TERRENO: Nível médio no alinhamento.

XLIX. PARA-RAIOS: Dispositivo destinado a proteger as edificações contra os efeitos dos raios.

L. PASSEIO: Parte do logradouro público destinado ao trânsito de pedestres.

LI. PAVIMENTO TÉRREO: Pavimento cujo piso está compreendido até a cota 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros), em relação ao nível do meio fio. Para terrenos inclinados, considera-se cota do meio fio a média aritmética das cotas de meio fio das divisas. Terrenos inclinados com mais de uma testada e inclinados com uma ou mais testadas maiores de 40 m (quarenta metros) terão a condição de térreo e subsolo apreciadas pelo Conselho da Cidade de Paranavaí.

LII. PAVIMENTO: Conjunto de compartimentos de uma edificação situados no mesmo nível, ou com uma diferença de nível não superior a 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros), até um pé-direito máximo de 5,60 m (cinco metros e sessenta centímetros). LIII. PÉ-DIREITO: Distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento.

LIV. PISCINA: Reservatório de água para lazer.

LV. PLAY GROUND: Local destinado à recreação infantil, aparelhado com brinquedos e/ou equipamentos de ginástica.

LVI. PORÃO: Parte de uma edificação que fica entre o solo e o piso do pavimento térreo, desde que ocupe uma área igual ou inferior a 1/3 (um terço) da área do pavimento térreo. LVII. PROFUNDIDADE DE UM COMPARTIMENTO: É a distância entre a face que dispõe de

abertura para insolação à face oposta.

LVIII. RECONSTRUÇÃO: Construir de novo, no mesmo lugar e na forma primitiva, qualquer obra em parte ou no todo.

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LIX. RECUO: Distância entre o limite externo da área ocupada por edificação e a divisa do lote.

LX. REFORMA COM AMPLIAÇÃO: intervenção na edificação que implique alteração da área construída ou da volumetria, com a simultânea manutenção de parte ou de toda a área existente, com ou sem mudança de uso, incluindo modificações no telhado. LXI. REFORMA: obra ou serviço destinado à manutenção de um edifício, sem implicar

mudança de uso, acréscimo ou supressão de área, alteração da estrutura, da compartimentação horizontal e vertical, da volumetria, e dos espaços destinados à circulação, iluminação e ventilação;

LXII. SACADA: Construção que avança da fachada de uma parede, com no máximo de 1,20 (um metro e vinte centímetros).

LXIII. SARJETA: Escoadouro, nos logradouros públicos, para as águas de chuva.

LXIV. SOBRELOJA: Pavimento situado acima do pavimento térreo e de uso exclusivo do mesmo.

LXV. SÓTÃO: Espaço situado entre o forro e a cobertura, nos desvãos do telhado, não habitável, aproveitável como dependência de uso de uma edificação, não inferior a dois metros (2,00m) de altura.

LXVI. SUBSOLO: Pavimento semi-enterrado, onde o piso do pavimento imediatamente superior (térreo) não fica acima da cota mais 1,20 m (um metro e vinte centímetros) em relação ao nível médio do meio fio. A área do subsolo é considerada computável, com exceção dos casos previstos na Lei de Uso e Ocupação do Solo.

LXVII. TAPUME: Vedação provisória usada durante a construção.

LXVIII. TAXA DE PERMEABILIDADE: Percentual do lote que deverá permanecer permeável. LXIX. TERRAÇO: Espaço descoberto sobre edifício ou ao nível de um pavimento deste.

LXX. TESTADA: É a linha que separa a via pública de circulação da propriedade particular. LXXI. UNIDADE AUTÔNOMA: unidade imobiliária privativa destinada à edificação dentro de

um conjunto residencial;

LXXII. VARANDA: Espécie de alpendre à frente e/ou em volta da edificação.

LXXIII. VESTÍBULO: Espaço entre a porta e o acesso a escada, no interior de edificações. LXXIV. VIA PÚBLICA: Área destinada ao sistema de circulação de veículos e pedestres,

existentes ou projetadas.

LXXV. VIGA: É a estrutura horizontal usada para a distribuição de carga aos pilares.

LXXVI. VISTORIA: Diligência efetuada por funcionários habilitados para verificar determinadas condições de obras.

SEÇÃO III - DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES SUBSEÇÃO I - DO MUNICÍPIO

Art. 10 Cabe ao Poder Executivo Municipal a aprovação do projeto de arquitetura, solicitação da anotação junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA, ou registro de responsabilidade técnica e solicitação dos projetos complementares junto ao Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU, quando for o caso, observando as disposições desta Lei, bem como as determinações definidas pela legislação vigente.

Parágrafo único. A aprovação se dará mediante solicitação do profissional devidamente habilitado perante este órgão e mediante o pagamento de uma taxa de correção ou de verificação dos parâmetros urbanísticos relevantes na implantação da edificação sobre o lote, juntamente com a análise do projeto do passeio (calçada) adjacente à via pública, de modo simplificado.

Art. 11 O Município licenciará e fiscalizará a execução e a utilização das edificações no que se referir aos parâmetros urbanísticos, restando as demais responsabilidades sobre projetos complementares e execução da obra ao responsável técnico, bem como a responsabilidade de observar fielmente o que foi deferido pelo Município no projeto aprovado.

§ 1º. Entendem-se como parâmetros urbanísticos: coeficiente de aproveitamento, taxa de ocupação, taxa de permeabilidade do solo, recuos frontais mínimo das edificações (a partir do alinhamento dos lotes), recuos laterais e de fundos mínimos, máximo de pavimentos/ medida total em metros, área do lote e testada se for no meio da quadra ou esquina.

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8 § 2º. Os engenheiros e fiscais do Município de Paranavaí terão ingresso a todas as obras mediante a apresentação de prova de identidade funcional, independentemente de qualquer outra formalidade. § 3º. Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão, observadas as formalidades legais, inspecionar bens e papéis de qualquer natureza, desde que constituam objeto da presente legislação. Art. 12 A Prefeitura não se responsabiliza pela estabilidade da edificação e do equipamento ou por qualquer sinistro ou acidente decorrente de deficiências do projeto, de sua execução ou instalação, bem como de sua utilização.

Art. 13 Nos casos em que for verificada irregularidade nos parâmetros urbanísticos do projeto convencional, confirmando-se a infração, o Poder Executivo Municipal aplicará a penalidade correspondente.

Art. 14 O Poder Executivo Municipal, por meio de seu órgão competente, deverá assegurar o acesso dos munícipes a todas as informações contidas na legislação municipal, pertinente ao imóvel a ser construído. Art. 15 O Poder Executivo Municipal deverá orientar o proprietário e responsável técnico das implicações e responsabilidades referentes a legislação previdenciária e demais leis tributárias aplicáveis ao caso.

SUBSEÇÃO II - DO PROPRIETÁRIO

Art. 16 O proprietário responderá pela veracidade dos documentos apresentados, não implicando sua aceitação, por parte do Município, em reconhecimento do direito de propriedade.

Art. 17 O proprietário do imóvel, ou seu sucessor a qualquer título, é responsável pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, bem como pela observância das disposições desta Lei e da legislação pertinente.

Art. 18 É obrigação do proprietário manter, no local da intervenção edilícia, cópia do projeto aprovado e do Alvará de Construção, Reforma, Ampliação ou Demolição, à disposição da fiscalização municipal.

SUBSEÇÃO III - DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Art. 19 O responsável técnico pela obra assume, perante o Município e terceiros, a responsabilidade de seguir as condições previstas no projeto de arquitetura e os parâmetros urbanísticos aprovados pelo Município de Paranavaí, e ainda, a responsabilidade pelos demais projetos complementares e pela execução da obra.

§ 1º. O profissional habilitado pode assumir as funções de:

I. Responsável técnico pelo projeto, sendo responsável pelo atendimento à legislação

pertinente na elaboração do projeto, pelo conteúdo das peças gráficas e pelas especificações e exequibilidade de seu trabalho;

II. Responsável técnico pela obra, sendo responsável pela correta execução da obra de

acordo com o projeto aprovado e pela instalação e manutenção do equipamento, observadas as normas técnicas aplicáveis, zelando por sua segurança e assumindo as consequências diretas e indiretas advindas de sua atuação.

Parágrafo único. O proprietário, seu representante legal, e/ou o responsável técnico deverá acompanhar o processo de aprovação do projeto junto ao Órgão Municipal.

Art. 20 Para efeito desta Lei somente profissionais habilitados devidamente inscritos e quites com o Poder Executivo Municipal poderão fiscalizar, orientar, administrar e executar qualquer obra no Município. Parágrafo único. Profissionais habilitados não inscritos no Município e inscritos em outra localidade poderão elaborar Projetos no Município de Paranavaí apresentando a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) junto ao CREA ou RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) junto ao CAU. Art. 21 Só poderão ser inscritos no órgão competente do Município de Paranavaí os profissionais

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Arquitetura e Urbanismo – CAU.

Art. 22 A observância das disposições deste Código não desobriga o profissional do cumprimento das normas disciplinadoras de sua regular atuação, impostas pelo respectivo conselho profissional, e daquelas decorrentes da legislação federal, estadual e municipal.

Art. 23 A conformidade do projeto às normas técnicas gerais e específicas de construção e às disposições legais e regulamentares aplicáveis aos aspectos interiores das edificações é de responsabilidade exclusiva do responsável técnico pelo projeto, de acordo com a declaração de responsabilidade a ser apresentada nos termos deste Código.

Art. 24 Se no decurso da obra, o responsável técnico quiser dar baixa da responsabilidade assumida por ocasião da aprovação do projeto, deverá informar ao órgão competente do Poder Executivo Municipal, declarando por escrito sua pretensão.

§ 1º. A baixa, no órgão competente do Poder Executivo Municipal, somente será efetuada após vistoria procedida pelo mesmo, caso nenhuma infração seja verificada.

§ 2º. O proprietário deverá apresentar no prazo de sete (7) dias o novo responsável técnico pela obra, que deverá enviar ao órgão competente do Município comunicação a respeito deste fato, juntamente com nova

Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou de substituição, e Registro de Responsabilidade

Técnica – RRT de substituição, sob pena de não poder prosseguir a execução da obra.

§ 3º. Os dois responsáveis técnicos, o que se afasta da responsabilidade pela obra e o que a assume, poderão fazer uma só comunicação que contenha a assinatura de ambos e do proprietário.

§ 4º. A alteração da responsabilidade técnica deverá ser anotada no Alvará de Construção, Reforma com Ampliação ou Demolição.

Art. 25 É obrigação do responsável técnico a colocação da placa de identificação, de acordo com as determinações estabelecidas pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA, Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU.

CAPÍTULO II – DAS DISPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS

Art. 26 A atividade edilícia depende de controle a ser exercido por meio da emissão de alvará, habite-se e atestado de conclusão de obras, de acordo com o tipo de obra, construção ou serviço a ser executado ou instalado, mediante procedimento administrativo e a pedido do interessado.

SEÇÃO I - DO ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO Art. 27 Dependerão, obrigatoriamente, de Alvará de Construção as seguintes obras:

I. Construção de novas edificações;

II. Reforma de edificação existente, que determinem acréscimo ou decréscimo na área

construída do imóvel, ou que afetem os elementos construtivos e estruturais que interfiram na segurança, estabilidade e conforto das construções, sendo, estes últimos, de inteira responsabilidade do profissional;

III. Demolição de bloco existente isolado, com ou sem a simultânea manutenção de outros blocos existentes no lote;

IV. Reconstrução de edificação regular, no todo ou em parte;

V. Execução de muro de arrimo quando desvinculado de obra de edificação;

VI. Movimento de terra quando desvinculado de obra de edificação.

Art. 28 Estão isentas de Alvará de Construção no perímetro urbano as seguintes obras:

I. Limpeza ou pintura interna e externa de edifícios, que não exija a instalação de tapumes,

andaimes ou telas de proteção;

II. Conserto nos passeios dos logradouros públicos em geral, respeitando o artigo 3 desta

Lei;

III. Construção de muros divisórios com até 2,0 m (dois metros) de altura desde que estes não comprometam o perfil do terreno e as divisas lindeiras;

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IV. Construção de abrigos provisórios para operários ou depósitos de materiais, no decurso

de obras definidas já licenciadas;

V. Reparos que não determinem acréscimo ou decréscimo na área construída do imóvel,

não contrariando os índices estabelecidos pela legislação referente ao uso e ocupação do solo, e que não afetem os elementos construtivos e estruturais que interfiram na segurança, estabilidade e conforto das construções.

Parágrafo único. Galerias, entradas cobertas, pórticos e quaisquer construções anexas ao corpo principal, desde que constituídas com materiais sólidos, constituirão edificações, devendo ser objeto de autorização.

Art. 29 No ato da aprovação do projeto será concedido o Alvará de Construção, que terá prazo de validade igual a 2 (dois) anos, podendo ser revalidado, pelo mesmo prazo e por uma única vez mediante solicitação do proprietário, desde que a obra tenha sido iniciada.

§ 1º. Decorrido o prazo definido no caput deste artigo, sem que a construção tenha sido iniciada, considerar-se-á automaticamente revogado o Alvará bem como a aprovação do projeto.

§ 2º. Para efeitos do presente Artigo uma obra será considerada iniciada quando suas fundações e baldrames estiverem em execução.

§ 3º. Se o prazo inicial de validade do Alvará se encerrar durante a construção, está só terá prosseguimento, se o profissional responsável ou o proprietário enviar solicitação de prorrogação por escrito, com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência em relação ao prazo de vigência do alvará. § 4º. O Poder Público Municipal poderá conceder prazos superiores ao estabelecido no caput deste Artigo, considerando as características da obra a executar, desde que seja comprovada a necessidade através de cronogramas devidamente avaliados pelo órgão municipal competente.

Art. 30 O Alvará de Construção conterá o nome do proprietário, o nome do responsável técnico, número de ART e ou RRT, o local da intervenção, a descrição sumária da intervenção edilícia, inclusive finalidade e materiais construtivos, prazo de validade, data e assinatura da autoridade concedente.

Art. 31 Em caso de paralisação da obra, o responsável deverá informar o Munícipio de Paranavaí. § 1º. Para o caso descrito no caput deste Artigo, mantém-se o prazo inicial de validade do Alvará de Construção.

§ 2º. A revalidação do Alvará de Construção poderá ser concedida, desde que a obra seja reiniciada pelo menos 30 (trinta) dias antes do término do prazo de vigência do Alvará e estejam concluídos os trabalhos de fundação e baldrames.

§ 3º. A obra paralisada, cujo prazo do Alvará de Construção tenha expirado sem que está tenha sido reiniciada, dependerá de nova aprovação de projeto.

SEÇÃO II - DAS MODIFICAÇÕES DOS PROJETOS APROVADOS

Art. 32 É vedada qualquer alteração no projeto de arquitetura quanto aos elementos essenciais, que dizem respeito à estabilidade, segurança e salubridade da construção, além dos parâmetros urbanísticos, sem a prévia autorização do órgão competente do Poder Executivo Municipal, sob pena de cancelamento de seu Alvará e indeferimento do atestado de conclusão.

Art. 33 Para modificações em projeto aprovado, bem como para a alteração da finalidade de qualquer compartimento constante do mesmo, será necessária a aprovação de Projeto Alterado.

§ 1º. Estando o Projeto Alterado em conformidade com a legislação vigente, o mesmo será aprovado. § 2º. Em caso de redução de área, o projeto aprovado e o alvará são cancelados e um novo projeto será aprovado, mediante o pagamento da taxa de aprovação de projeto.

SEÇÃO III - DOS PROJETOS DE REGULARIZAÇÃO PARA AVERBAÇÃO

Art. 34 Para efeito de aplicação desta Lei, consideram-se edificações existentes que poderão ser regularizadas sem adequações:

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II. Edificações com certidão de existência conferida pelo órgão municipal competente, com data anterior a 2017 e ou construções existentes segundo imagem de satélite com data anterior 2017.

Art. 35 As edificações que não atenderem esse código tem um prazo de 180 dias, após a aprovação desta Lei para realizar a regularização.

Art. 36 Mediante procedimento administrativo e a pedido do proprietário ou possuidor, a Prefeitura expede o Certificado de Regularização quando a conclusão de obra ou serviço executado sem prévia licença, desde que observadas:

I. As prescrições do Código de obras e Lei de uso e ocupação do solo vigentes durante o

período da construção e a edificação esteja adaptada às condições de segurança e acessibilidade estabelecidas neste Código;

II. A legislação urbanística vigente, principalmente os parâmetros urbanísticos na ocasião

da emissão do Projeto de Regularização.

§ 1º. Pode ser aceita divergência de, no máximo, 5% (cinco por cento) entre as medidas lineares e quadradas exigidas no Código de Obras e Lei de Parcelamento e Lei de Uso e Ocupação do Solo e aquelas observadas na obra executada, quando se tratar de reformas e/ou ampliações.

Art. 37 O Certificado de Regularização é o documento hábil para a comprovação da regularidade da edificação que não tenha sido objeto de Alvará de Construção e de Habite-se, sendo válido quando acompanhado das peças gráficas aprovadas referentes à edificação, obra ou serviço executado, inclusive para fins de registro no Cartório de Registro de Imóveis, substituindo o Certificado de Conclusão.

SEÇÃO IV - DO ALVARÁ DE DEMOLIÇÃO

Art. 38 A demolição de edificação regularizada ou com situação cadastral definida somente poderá ser efetuada mediante comunicação prévia ao órgão competente do Município, que expedirá, após vistoria, Alvará para Demolição.

§ 1º. Após a vistoria, o Município de Paranavaí poderá exigir que o proprietário apresente profissional legalmente habilitado, responsável pela execução dos serviços.

§ 2º. Qualquer edificação que esteja, a juízo do órgão competente do Poder Executivo Municipal, ameaçada de desabamento, deverá ser demolida no prazo estipulado pelo Poder Público e no máximo de 60 (sessenta) dias do recebimento da notificação, sendo o proprietário o responsável pela execução da demolição.

§ 3º. Caso o proprietário não cumpra a ordem de demolição, o Município de Paranavaí providenciará a execução desta, cobrando do proprietário toda a despesa decorrente da demolição, e multa referente ao descumprimento de ordem administrativa.

§ 4º. O Alvará de Demolição não substitui o Atestado de Demolição que deverá ser solicitado através de requerimento devidamente protocolado junto ao órgão competente do Município que após vistoria “in loco” e desde que não constem débitos anteriores referentes à edificação, o expedirá no prazo máximo de 15 (quinze) dias.

Art. 39 O Atestado de Demolição será expedido juntamente com o Alvará de Construção, quando for o caso.

SEÇÃO V - DO HABITE-SE E ATESTADO DE CONCLUSÃO DE OBRAS

Art. 40 O Habite-se será emitido concomitantemente com o atestado de Conclusão de Obras, mediante solicitação do proprietário ou profissional responsável e após vistoria dos Fiscais responsáveis, ressalvadas as situações da aprovação dos procedimentos ordinários.

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12 de Obras que deverá ser solicitada via requerimento e protocolada junto ao órgão Municipal.

§ 1º. O Habite-se e o Atestado de Conclusão de Obras dá condições visuais de ocupação da edificação, não garantindo a segurança quanto à execução, que se deve ao responsável técnico pela obra.

Art. 42 A obra será considerada concluída, pelo o Município de Paranavaí, quando atender às condições de habitabilidade, bem como a devida conclusão do passeio aos moldes legais.

§ 1º. Considera-se, para efeitos desta Lei, em condições de habitabilidade a edificação que:

I. Tenha garantida, pelo Profissional, a segurança a seus usuários e à população

indiretamente a ela afetada, através de declaração apartada ou no corpo do projeto devidamente assinada;

II. Possuir minimamente uma instalação previstas em projeto, funcionando à contento;

III. For capaz de garantir a seus usuários padrões mínimos de conforto térmico, luminoso, acústico e de qualidade do ar, conforme o projeto aprovado pelo profissional responsável;

IV. Atender às exigências do Corpo de Bombeiros relativas às medidas de segurança contra

incêndio e pânico, quando necessário;

V. Tiver garantida a solução de esgotamento sanitário prevista em projeto aprovado;

VI. Não estiver em desacordo com as disposições desta Lei.

§ 2º. O Município de Paranavaí não se responsabilizará pela garantia de segurança quanto à execução da obra, sendo que está ficará a cargo do responsável técnico.

Art. 43 No caso da aprovação simplificada, a obra será considerada concluída, pelo Município, quando atender os parâmetros urbanísticos bem como a devida conclusão do passeio nos moldes legais, ficando o Profissional inteiramente responsável pelo adimplemento dos requisitos do artigo anterior.

§ 1º. Será concedido o Habite-se e Atestado de Conclusão de Obras parcial de uma edificação nos casos de:

I. Edificações mistas, em que os prédios dispuserem de parte comercial e parte

residencial, quando cada uma puder ser utilizada independentemente da outra e estiverem de acordo com o projeto aprovado e concluídos os acessos às unidades;

II. Edifícios de habitação coletiva, em que poderá ser concedido para habitações isoladas

concluídas, ou, antes da conclusão total da obra, desde que as áreas de uso coletivo estejam completamente concluídas e garantidas as instalações de água, energia elétrica, esgoto sanitário, impermeabilizações e prevenção de incêndio em funcionamento, nos casos em que houver necessidade, conforme exigência do Corpo de Bombeiros e demais concessionárias.

III. Nos casos de residências isoladas em condomínios e loteamentos, aplicam-se as mesmas exigências contidas no inciso II, desta Lei;

IV. Programas habitacionais de reassentamentos com caráter emergencial, desenvolvidos

e executados pelo Poder Público ou pelas comunidades beneficiadas, em regime de mutirão.

§ 2º. Concluída a obra, o proprietário ou o responsável técnico deverá solicitar ao Município o Habite-se e Atestado de Conclusão de Obras final, em documento assinado por ambos. O documento parcial não substitui o final, ficando o mesmo sujeito à multa, caso não requeira nos prazos e condições estabelecidos nesta Lei.

Art. 44 Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação foi construída, ampliada, reconstruída ou reformada em desacordo com o projeto aprovado, o proprietário será notificado, de acordo com as disposições desta Lei, e obrigado a regularizar o projeto, caso as alterações possam ser aprovadas, ou fazer a demolição ou as modificações necessárias para regularizar a situação da obra.

Art. 45 A vistoria deverá ser efetuada no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da data do seu requerimento, e o Habite-se e Atestado de Conclusão de Obras, concedido ou recusado dentro de outros 15 (quinze) dias.

(13)

SEÇÃO VI - APROVAÇÃO DE PROJETOS Art. 46 As autorizações serão compostas dos seguintes atos administrativos:

I. Análise do projeto e dos parâmetros urbanísticos;

a. Somente as atividades que precisam aprovação em outros órgãos poderão ser analisadas pelo projeto convencional, as demais edificações deverão ser analisadas através do processo simplificado;

II. Aprovações em outros órgãos, considerando o seguinte:

a. As edificações residenciais unifamiliares estão isentas de aprovação junto ao Corpo de Bombeiros e a Vigilância Sanitária do Município;

b. As edificações multifamiliares têm obrigatoriamente que serem aprovadas junto ao Corpo de Bombeiros do Município;

c. As edificações comerciais, quando relacionadas à saúde, alimentação e aquelas que necessitem da preservação de higiene, segurança e salubridade, a serem regulamentadas, têm que ser aprovadas junto à Vigilância Sanitária do Município e ao Corpo de Bombeiros, em caso de exigência deste;

d. Toda e qualquer edificação causadora de impactos ao meio ambiente tem obrigatoriamente que ser aprovada pelo órgão ambiental estadual;

e. As edificações comerciais e industriais primeiramente deverão ser aprovadas pelo Corpo de Bombeiros e outros, e após deverão submeter-se à Administração Municipal.

III. Concessão de Alvará de Construção, Reforma, Ampliação e Demolição;

IV. Concessão de Habite-se e Atestado de Conclusão após o término da obra;

Parágrafo único Até o prazo de 180 dias (cento e oitenta dias) a partir da data de aprovação deste Código será aceita a apresentação de Projeto Completo para a Aprovação do Alvará de Construção nos casos listados nos incisos I. Após essa data será requisitado apenas o Projeto Simplificado conforme esta Lei. Art. 47 O projeto só poderá ser analisado até três vezes, dentro do prazo de um ano a contar da data do protocolo de entrada do projeto para análise.

Parágrafo único. Caso seja necessário um maior número de análises, devido alteração no projeto realizada por interesse do proprietário, o requerente deve realizar novo protocolo e recolher as taxas de aprovação do projeto

SEÇÃO VII - DA ANÁLISE DO PROJETO CONVENCIONAL

Art. 48 Para Aprovação convencional o requerente através do profissional apresentará o projeto, sendo este digital ou físico, para a análise e correção do projeto arquitetônico, nos termos das normas técnicas vigentes e acompanhado de:

I. Requerimento, físico ou digital, solicitando a aprovação do Projeto e a liberação do

Alvará de Construção, assinado pelo proprietário ou representante legal;

II. Declaração (Anexo IV);

III. Planta de situação e estatística;

IV. Planta baixa de cada pavimento não repetido, contendo:

a. Área total do pavimento;

b. Dimensões e áreas dos espaços internos e externos; c. Dimensões dos vãos de iluminação e ventilação; d. Finalidade de cada compartimento;

e. Indicação das dimensões externas totais da obra; f. Traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais.

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14

V. Cortes transversais e longitudinais na mesma escala da planta baixa, com a indicação

de:

a. Pés direitos;

b. Altura das janelas e peitoris; c. Perfis do telhado;

d. Largura dos beirais; e. Compartimentos;

f. Dimensionamento de escadas. g. Perfil natural do terreno e da calçada; h. Indicação dos níveis em planta e cortes;

VI. Planta de cobertura e implantação com indicação dos caimentos contendo:

a. Projeto da edificação ou das edificações dentro do lote, configurando rios, canais e outros elementos que possam orientar a decisão dos técnicos municipais; b. As dimensões das divisas do lote e os afastamentos da edificação em relação

às divisas;

c. Orientação do Norte;

d. Indicação do lote a ser construído, dos lotes confrontantes e da distância do lote à esquina mais próxima;

e. Solução de esgotamento sanitário e localização da caixa de gordura; f. Postes, tirantes, árvores no passeio, hidrantes e bocas de lobo;

g. Localização das árvores de preservação ambiental obrigatória existente no lote; h. Indicação dos acessos e áreas permeáveis;

i. Indicação dos cortes.

j. Indicação do tipo de cobertura e inclinação

VII. Elevação das fachadas voltadas para as vias públicas na mesma escala da planta baixa; VIII. Certidão Negativa de Débitos Municipais;

IX. Certidão de Registro de Imóveis atualizada, com data de emissão de no máximo 90

(noventa) dias antes da requisição da Licença para Construção e Demolição;

X. Documento de Arrecadação Municipal – DAM, referente às taxas de aprovação de

projetos e ISS de construção.

§ 1º. O projeto de arquitetura será assinado pelo proprietário e pelo profissional responsável, o qual

mencionará o seu número de registro junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia –

CREA/PR, Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU.

§ 2º. Todos os projetos deverão seguir a NBR 6492/1994 que trata da representação de projetos de arquitetura.

§ 3º. Nos casos de projetos para construção de grandes proporções, as escalas mencionadas poderão ser alteradas devendo, contudo, manter condição de legibilidade do projeto.

§ 4º. Nos projetos de reforma, ampliação ou reconstrução, deverá ser indicado o que será demolido, construído ou mantido de acordo com convenções especificadas na legenda do projeto.

§ 5º. A prancha de situação e estatística definidos neste Artigo, deverão respeitar o modelo fornecido pelo órgão municipal competente.

§ 6º. No canto inferior direito das folhas de projeto será desenhado um quadro legenda tamanho A4, reduzidas as margens, onde constarão:

I. Carimbo ocupando o extremo inferior do quadro legenda, especificando:

a. A natureza e destino da obra;

b. Referência da folha - conteúdo: plantas, cortes, elevações etc.; c. Tipo de projeto - arquitetônico, estrutural, elétrico, hidrossanitário etc.;

d. Espaço reservado para nome e assinatura do requerente, do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, sendo estes últimos, com indicação dos números dos Registros no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA/PR, Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU.

e. Caso haja necessidade de utilização de mais de uma folha para os desenhos do projeto, estas deverão ser numeradas em ordem crescente.

(15)

III. Espaço reservado para a declaração: “Declaramos que a aprovação do projeto não implica reconhecimento, por parte do Poder Executivo Municipal, do direito de propriedade ou de posse do lote”;

IV. Espaço reservado aos órgãos do Poder Executivo Municipal e aos demais órgãos

competentes para aprovação, observações e anotações, com altura mínima de 12 cm (doze centímetros).

§ 7º. No caso de projetos de parcelamentos, em fase de aprovação poderá ser liberada a aprovação do projeto da edificação das unidades com apresentação do contrato de compra e venda, desde que finalizadas as obras das redes de energia elétrica e água potável.

Art. 49 Quando houver necessidade, o Poder Executivo Municipal, ainda, poderá exigir:

I. Levantamento planialtimétrico do lote e quadra a que pertence;

II. Perfis longitudinal e transversal do terreno, tomando-se como referência de nível - RN o

nível do eixo da rua.

Art. 50 O prazo para análise do projeto será de até 30 (trinta) dias, a partir da data do último protocolo. Parágrafo único. No caso de obras de grande porte ou grande complexidade construtiva, a Prefeitura Municipal pode prorrogar o prazo de análise.

SEÇÃO VIII - ANÁLISE SIMPLIFICADA DE PROJETO

Art. 51 Para Aprovação Simplificada, o requerente através de Profissional apresentará, do modo físico ou digital, Parâmetros Urbanísticos, para aprovação e liberação do Alvará de Construção, contendo:

I. Requerimento, físico ou digital, solicitando a aprovação dos Parâmetros Urbanísticos e

a liberação do Alvará de Construção, assinado pelo proprietário ou representante legal;

II. Declaração (Anexo IV);

III. Planta da situação e estatística;

IV. Planta de cobertura e implantação com indicação dos caimentos contendo:

a. Projeção da edificação ou das edificações dentro do lote, indicando elementos que possam orientar a decisão dos técnicos municipais (parede com aberturas, parede cega, (...);

b. As dimensões das divisas do lote e os afastamentos da edificação em relação às divisas;

c. Orientação do Norte;

d. Indicação do lote a ser construído, dos lotes confrontantes e da distância do lote à esquina mais próxima;

e. Solução de esgotamento sanitário e localização da caixa de gordura; f. Postes, tirantes, árvores no passeio, hidrantes e bocas de lobo;

g. Localização das árvores de preservação ambiental obrigatória existente no lote; h. Indicação dos acessos e áreas permeáveis;

i. Indicação do tipo de cobertura e inclinação;

V. Croqui de área de cada pavimento não repetido, com cotas gerais da edificação;

VI. Detalhamento da Calçada atendendo as normas vigentes na prancha.

VII. Outros documentos que se fizerem necessários para complementar e esclarecimento do projeto;

VIII. Certidão Negativa de Débitos Municipais nos casos em que altere área de lote na aprovação;

IX. Certidão de Registro de Imóveis atualizada, com data de emissão de no máximo 90

(noventa) dias antes da requisição da Licença para Construção e Demolição;

X. Documento de Arrecadação Municipal - DAM, referente às taxas de aprovação de

projetos e ISS de construção.

§ 1º. Os parâmetros urbanísticos serão assinados pelo profissional responsável e proprietário, o qual obedecerá ao preenchimento de todos os campos do modelo anexo e suas solicitações.

§ 2º. Nos projetos de reforma, ampliação ou reconstrução, deverá ser indicado o que será demolido, construído ou conservado no que se diz respeito à área, relacionando em forma de legenda no projeto.

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16 Art. 52 Quando houver necessidade, o Poder Executivo Municipal, ainda, poderá exigir:

I. Levantamento planialtimétrico do lote e quadra a que pertence;

II. Perfis longitudinal e transversal do terreno, tomando-se como referência de nível - RN o

nível do eixo da rua.

Art. 53 O prazo para análise do projeto será de até 15 (quinze) dias, a partir da data do último protocolo.

SEÇÃO IX - DA APROVAÇÃO DO PROJETO CONVENCIONAL

Art. 54 Cumpridas as etapas da Seção VIII Do Capítulo II, Desta Lei, Referentes A Análise Do Projeto, O interessado apresentará o Projeto Definitivo acompanhado dos seguintes documentos:

I. Projeto analisado na etapa anterior;

II. Projeto definitivo, devidamente corrigido, assinado e aprovado pela Vigilância Sanitária

e Corpo de Bombeiros, no caso em que houver necessidade;

III. Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ou Registro de Responsabilidade Técnica – RRT de projeto e execução;

IV. Projetos complementares, conforme regulamentação por decreto;

V. Cópia do Termo de Responsabilidade assinado pelo responsável técnico e pelo

proprietário;

VI. Certidão Negativa de Débitos Municipais;

VII. Certidão de Registro de Imóveis atualizada, com data de emissão de no máximo 90 (noventa) dias antes da requisição da Licença para Construção e Demolição;

VIII. Documento de Arrecadação Municipal - DAM.

Parágrafo único. Todas as plantas relacionadas nos incisos anteriores, deverão ser apresentadas, no mínimo em 3 (três) vias, uma das quais será arquivada nos órgãos competentes do Município de Paranavaí e as demais serão devolvidas ao requerente após a aprovação, contendo em todas as folhas o carimbo “APROVADO” e as rubricas dos funcionários encarregados.

Art. 55 As instalações prediais deverão ser aprovadas pelas repartições competentes estaduais ou municipais, ou pelas concessionárias de serviço público quando for o caso.

Art. 56 O prazo máximo para aprovação do projeto é de até 15 (quinze) dias a partir da data de entrada do projeto definitivo corrigido pelo órgão municipal competente.

SEÇÃO X - DA APROVAÇÃO DO PROJETO SIMPLIFICADO

Art. 57 Cumpridas as etapas da Seção IX Do Capítulo II, Desta Lei, Referentes a Aprovação do Projeto Convencional, o interessado apresentará a Prancha Definitiva acompanhado dos seguintes documentos:

I. Parâmetros urbanísticos analisados na etapa anterior;

II. Parâmetros urbanísticos definitivos, devidamente corrigidos e assinados;

III. Anotação de Responsabilidade Técnica - ART ou Registro de Responsabilidade Técnica – RRT de projetos e execução;

IV. ART ou RRT dos projetos complementares, conforme regulamentado por decreto;

V. Cópia do Termo de Responsabilidade assinado pelo responsável técnico e pelo

proprietário;

VI. Certidão Negativa de Débitos Municipais;

VII. Certidão de Registro de Imóveis atualizada, com data de emissão de no máximo 90 (noventa) dias antes da requisição da Licença para Construção e Demolição;

VIII. Documento de Arrecadação Municipal - DAM, referente às taxas de aprovação de projetos e ISS de construção.

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Parágrafo único. Todas as pranchas relacionadas nos incisos anteriores, deverão ser apresentadas, no mínimo em 3 (três) vias, uma das quais serão arquivadas nos órgãos competentes do Município de Paranavaí e as demais serão devolvidas ao requerente após a aprovação, contendo em todas as folhas o carimbo “APROVADO” e as rubricas dos funcionários encarregados.

Art. 58 As instalações prediais deverão ser aprovadas pelas repartições competentes estaduais ou municipais, ou pelas concessionárias de serviço público quando for o caso.

Art. 59 O prazo máximo para aprovação do projeto é de até 15 (quinze) dias a partir da data de entrada do projeto definitivo corrigido pelo órgão municipal competente.

CAPÍTULO III

DAS NORMAS TÉCNICO CONSTRUTIVAS

Art. 60 Os materiais de construção, bem como seu emprego e técnica de utilização, deverão satisfazer às especificações e normas oficiais da Associação Brasileira de Normas Técnicas ― ABNT.

SEÇÃO I - DAS ESCAVAÇÕES E ATERROS

Art. 61 Nas escavações e aterros deverão ser adotadas medidas de segurança para evitar o deslocamento de terra ou eventuais danos às edificações vizinhas.

Art. 62 No início das obras, em que sejam feitas as escavações e os aterros de caráter permanente, que modifiquem o perfil do lote, o proprietário, com orientação de um responsável técnico, é obrigado a prever e providenciar proteção às edificações lindeiras e ao logradouro público, com obras de proteção contra o deslocamento de terra.

Art. 63 A execução de movimento de terra deverá ser precedida de autorização do Poder Executivo Municipal nas seguintes situações:

I. Movimentação de terra com mais de 500 m³ (quinhentos metros cúbicos) de material;

II. Movimentação de terra com qualquer volume em áreas lindeiras a cursos d’água, áreas

de várzea e de solos hidromórficos ou alagadiços;

III. Movimentação de terra de qualquer volume em áreas sujeitas à erosão e/ou que possa provocar danos a estrutura existente nos lotes vizinhos;

IV. Alteração de topografia natural do terreno que atinja superfície maior que 1.000 m² (mil

metros quadrados).

Art. 64 O requerimento para solicitar a autorização referida deverá ser acompanhado dos seguintes elementos:

I. Registro do Imóvel;

II. Levantamento topográfico do terreno em escala, destacando cursos d’água, árvores,

edificações existentes e demais elementos significativos; III. Memorial descritivo informando:

a. Descrição da tipologia do solo;

b. Volume do corte e/ou aterro;

c. Volume do empréstimo ou retirada;

d. Medidas a serem tomadas para proteção superficial do terreno;

e. Indicação do local para empréstimo ou bota-fora.

IV. Projetos contendo todos os elementos geométricos que caracterizem a situação do

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18

V. Anotações de Responsabilidade Técnica – ART da obra.

Parágrafo único. As disposições deste Artigo deverão ser igualmente aplicadas no caso de construção de subsolos.

SEÇÃO II - DAS PAREDES

Art. 65 As paredes, bem como os outros elementos estruturais, divisórias e pisos deverão garantir:

I. Resistência ao fogo;

II. Impermeabilidade;

III. Estabilidade da construção;

IV. Bom desempenho térmico e acústico das unidades;

V. Acessibilidade.

Art. 66 As edificações de uso coletivo deverão ter estrutura, paredes, pisos e escadas totalmente construídos de material incombustível, tolerando-se materiais combustíveis apenas nos madeiramentos do telhado, esquadrias, corrimãos e forros.

Parágrafo Único. Todas as construções em madeira deverão manter um afastamento mínimo obrigatório de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) das divisas, independente dos recuos e alinhamentos fixados pelo Município.

Art. 67 Construções na divisa, com coberturas independentes, deverão ter paredes independentes, com espessura mínima de 17 cm (dezessete centímetros) cada e com a devida impermeabilização.

Parágrafo único. Esta espessura poderá ser alterada quando forem utilizados materiais de natureza diversa, desde que possuam comprovadamente, no mínimo, os mesmos índices de resistência, impermeabilidade e isolamento térmico e acústico, conforme o caso.

SEÇÃO III - DOS ACESSOS E CIRCULAÇÕES

Art. 68 A fim de permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de necessidades especiais, os logradouros públicos e edificações, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter permanente unifamiliar, deverão seguir as orientações previstas em regulamento, obedecendo a Norma Brasileira - NBR 9050/2015 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Art. 69 Em toda edificação com mais de um piso, as circulações verticais obedecerão às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas e do Corpo de Bombeiros correspondentes.

Parágrafo único. No caso de atividades específicas, serão definidas normas compatíveis com o uso e área de edificação, de acordo com as determinações dos Capítulos desta Lei relativos aos tipos de edificação.

Art. 70 As portas, passagens ou corredores, devem ter largura suficiente para o escoamento dos compartimentos ou setores da edificação a que dão acesso, respeitando-se as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e as do Corpo de Bombeiros, correspondentes.

Parágrafo único. As portas das edificações destinadas a abrigar atividades de indústria deverão atender, além das exigências do Município, às disposições da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, NBR 9077 e Corpo de Bombeiros.

Art. 71 Os acessos das edificações residenciais multifamiliares e das edificações mistas deverão ser independentes para pedestres e veículos.

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ABNT e as do Corpo de Bombeiros:

I. O acesso ao público das edificações para o trabalho;

II. As circulações internas das edificações multifamiliares, para o trabalho e mistas;

III. Os acessos, corredores, e circulações internas das edificações destinadas a auditórios, cinemas, teatros, salões de baile, ginásios de esportes, templos religiosos e similares;

IV. O uso obrigatório de duas formas de deslocamento vertical;

V. As escadas e rampas, que devem ter largura suficiente para o escoamento dos

compartimentos ou setores da edificação a que dão acesso;

Parágrafo único. Excetuam-se das exigências as escadas não acessíveis ao público em geral, tais como escadas internas de residências, acessos a depósitos, garagens e casas de máquinas.

SEÇÃO IV - DAS MARQUISES, SALIÊNCIAS, BEIRAIS E SACADAS

Art. 73 Os edifícios que forem dotados de elementos construtivos que avançarem sobre o alinhamento predial, deverão obedecer às seguintes condições:

I. Serão sempre em balanço;

II. Terão a altura mínima de 3,00 m (três metros) em relação ao passeio;

III. A projeção da face externa do balanço deverá ser no máximo igual a 50% (cinquenta por cento) da largura do passeio e nunca superior a 1,20 m (um metro e vinte centímetros); (NR)

IV. Não possuírem fechamento vertical abaixo da marquise;

V. Promoverem o escoamento de águas pluviais exclusivamente para dentro dos limites do

lote;

VI. Não prejudicarem a arborização e iluminação pública.

Parágrafo único. As coberturas leves constituídas por toldos, policarbonato ou material similar, deverão obedecer às mesmas exigências contidas neste Artigo.

Art. 74 As fachadas dos edifícios, quando construídas no alinhamento predial, poderão ter floreiras, caixas para ar condicionado e brisês, somente acima da marquise.

Parágrafo único. Os elementos mencionados no caput deste Artigo poderão projetar-se além do alinhamento predial a distância máxima de 60 cm (sessenta centímetros).

Art. 75 As sacadas não poderão projetar-se, em balanço, nas edificações construídas no alinhamento predial.

Parágrafo único. As sacadas e alpendres deverão ser guarnecidas de guarda-corpos com altura mínima de 1,10 m (um metro e dez centímetros).

Art. 76 Quando a cobertura do edifício for utilizada como área de lazer os guarda-corpos deverão ter altura mínima de 1,30 m (um metro e trinta centímetros).

Art. 77 A projeção dos beirais deve ficar distante da divisa do terreno pelo menos 70 cm (centímetros).

SEÇÃO V - DAS PLATIBANDAS, CALHAS, RUFOS E CONDUTORES

Art. 78 Toda e qualquer construção que optar pelo uso de platibandas, deverá ser servida de calhas, rufos e condutores, respeitando-se as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas pertinentes.

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20 SEÇÃO VI - DOS RECUOS

Art. 79 Os recuos das edificações construídas no Perímetro Urbano e nas sedes dos distritos do Município deverão estar de acordo com o disposto na Lei Uso e Ocupação do Solo.

Art. 80 Edifícios situados em esquinas, onde não houver recuo frontal obrigatório, serão projetados de modo que, no pavimento térreo deixem livre um canto chanfrado de 2,00m (dois metros), em cada testada, a partir do ponto de encontro das duas testadas.

SEÇÃO VII - DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS

Art. 81 Será permitido que a vaga de estacionamento ocupe o recuo frontal do alinhamento predial, e, acaso coberta, seja com material removível.

§ 1º. Em residências unifamiliares com mais de um portão, será permitida a execução de rebaixamento do meio-fio em apenas um portão de acesso de veículos, de forma a não desrespeitar o rebaixamento mínimo estabelecido pelo Município.

Art. 82 As dependências destinadas a estacionamento de veículos deverão atender as seguintes exigências:

I. Ter pé-direito mínimo de 2,40 m (dois metros e vinte centímetros);

II. Ter sistema de ventilação permanente;

III. Ter vão de entrada com a largura mínima de 3,0 m (três metros) e o mínimo de 2 (dois) vãos quando comportarem mais de 50 (cinquenta) veículos;

IV. Ter vagas de estacionamento para cada veículo locadas em planta e numeradas, com

largura mínima de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) e comprimento mínimo de 4,50 m (quatro metros e cinquenta centímetros), em caso de vagas demarcadas em paralelo, o comprimento mínimo será de 5,00 m (cinco metros), conforme a Resolução Nº 236, DE 11 DE MAIO DE 2007 do COTRAN;

V. Ter o corredor de circulação largura mínima de 3,00 m (três metros), 3,50 m (três metros

e cinquenta centímetros) e 5,00 m (cinco metros), quando o local das vagas de estacionamento formar em relação aos mesmos, ângulos de 30º (trinta graus), 45º (quarenta cinco graus) ou 90º (noventa graus), respectivamente;

VI. Nos edifícios de uso público haverá vagas de estacionamento para pessoas com

deficiência, identificadas para esse fim, com largura mínima de 3,70m (três metros e setenta centímetros), na proporção de uma vaga para cada 50 vagas totais de estacionamento ou fração, sendo obrigatório no mínimo uma vaga, conforme Resolução nº 304/2008 do CONTRAN;

VII. 5% (cinco por cento) das vagas em estacionamento regulamentado de uso público serão exclusivamente destinadas ao uso por pessoas idosas, conforme o disposto na Resolução 303 de 2008 do CONTRAN.

VIII. Os estacionamentos poderão ser cobertos ou descobertos, se descobertos, poderão ser arborizados na proporção mínima de uma árvore para cada 2 (duas) vagas;

IX. Em garagens e estacionamentos comerciais e edifícios–garagens, os acessos ao nível

do logradouro deverão ser providos de áreas de acumulação, ou canaletas de espera de entrada e de saída;

X. As rampas de acesso à garagens e estacionamentos, em qualquer caso, não poderão

iniciar a menos de 5,0m (cinco metros) do alinhamento predial e terão inclinação máxima conforme o estabelecido na NBR 9050/2015 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, respeitadas alterações supervenientes.

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§ 2º. O rebaixamento do meio-fio para a entrada e saída de veículos deverá ter largura igual a 3,50 m (três metros e cinquenta centímetros) quando se tratar de sentido único e 6,00 m (seis metros), quando se tratar de sentido duplo, nos casos em que o estacionamento possua no mínimo 10 vagas.

§ 3º. No caso de estacionamentos com menos de 10 vagas, o rebaixamento deverá ter a largura igual a 3,00 m (três metros).

§ 4º. Deverão ser reservadas vagas de estacionamento para pessoas com necessidades especiais, atendendo o estabelecido pela NBR 9050 da ABNT.

Art. 83 É proibida a instalação de rebaixamento em esquinas e em proximidade com bocas-de-lobo.

Art. 84 As relações de vaga de estacionamento e embarque e desembarque conforme a atividade encontram-se no Anexo I da presente lei.

SEÇÃO VIII - DAS ÁREAS DE RECREAÇÃO

Art. 85 Em toda edificação multifamiliar com 10 (dez) ou mais unidades, será exigida uma área de recreação equipada e uma área de lazer, as quais deverão obedecer, os seguintes requisitos mínimos:

I. Para área de recreação:

a. Quota de 3,0 m² (três metros quadrados) por unidade de moradia, até 10 (dez)

unidades. Acima de dez unidades, será acrescentada uma quota de 1,0m² (um metro quadrado) por unidade. (NR)

b. Localização em área isolada sobre os terraços, ou no térreo, desde que

protegidas de ruas, locais de acesso e de estacionamento;

c. Deverão ser equipadas na proporção de 1 (um) brinquedo para cada 10 (dez)

unidades residenciais ou fração, exigindo-se o mínimo de 2 (dois) brinquedos.

II. Para área de lazer:

a. Quota de 6,0 m² (seis metros quadrados) por unidade de moradia, até 10 (dez)

unidades. Acima de dez unidades, será acrescentada uma quota de 1,0m² (um metro quadrado) por unidade. (NR)

b. Localização em área isolada sobre os terraços, ou no térreo, desde que

protegidas de ruas, locais de acesso e de estacionamento; § 1º. Serão consideradas áreas de recreação as áreas destinadas a playground.

§ 2º. São consideradas áreas de lazer os equipamentos de uso comum, tais como salão de festas, salão de jogos, quadras, sala de ginástica, churrasqueiras, sauna e piscina.

§ 3º. Nas edificações residenciais horizontais ou verticais, classificadas como de interesse social as áreas de recreação deverão atender ao disposto no inciso I e as áreas de lazer deverão apresentar quota de 3,0 m² (três metros quadrados) por unidade de moradia, até dez unidades, sendo acrescentado uma quota de 1,0 m² (um metro quadrado) a cada unidade excedente.

§ 4º. Nas edificações residenciais classificadas como quitinetes as áreas de recreação serão facultativas e as áreas de lazer deverão apresentar quota de 3,00 m² (três metros quadrados) por unidade de moradia, até dez unidades, sendo acrescentado uma quota de 1,0 m² (um metro quadrado) a cada unidade excedente.

§ 5º. A área da piscina será considerada área construída descoberta, mas não será computada no cálculo da taxa de ocupação e do coeficiente de aproveitamento. A piscina não poderá ser construída na área destinada aos recuos frontais.

§ 6º. Não será computada como área de lazer ou recreação a faixa correspondente ao recuo obrigatório do alinhamento predial, porém poderá ocupar os recuos laterais e de fundos, desde que sejam no térreo, abaixo deste ou sobre terraço e obedecer a um círculo inscrito mínimo de 3,0 m (três metros).

Referências

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