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PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DIRETORIA DE ATENÇÃO EM SAÚDE

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DIRETORIA DE ATENÇÃO EM SAÚDE

CARTILHA DE ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL E TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL

Junho, 2021 Versão 1.0

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis 1 INTRODUÇÃO

O Brasil Sorridente - Política Nacional de Saúde Bucal - é o programa que visa desenvolver ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal através de uma série de ações para ampliação do acesso ao tratamento odontológico no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2004).

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Florianópolis prevê a presença do Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e Técnico em Saúde Bucal (TSB) na formação das Equipes de Saúde Bucal, juntamente ao Cirurgião-Dentista (CD). O ASB e TSB compõe também a equipe dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

A presença do ASB/TSB é de extrema importância na qualidade do serviço prestado ao usuário, bem como na ampliação da capacidade dos atendimentos odontológicos (cerca de 30% de aumento na produtividade).

A presente cartilha busca a valorização desses profissionais, bem como a padronização dos serviços ofertados na rede de saúde de Florianópolis.

Missão da Saúde Bucal na SMS de Florianópolis: desenvolver ações que promovam o cuidado integral em saúde bucal junto à população, garantindo o acesso aos serviços e melhorando indicadores epidemiológicos, com base no conceito ampliado de saúde e considerando os princípios da territorialização e humanização.

1.1 ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL

A Saúde Bucal é organizada através de uma rede de serviços, integrada, regionalizada e hierarquizada, onde o cuidado em saúde bucal aos pacientes é realizado em diferentes níveis de atenção:

● Unidades de Atenção Primária (Centros de Saúde - CS );

● Unidades de Atenção Secundária (Centros de Especialidades Odontológicas e Unidades de Pronto Atendimento);

● Unidades de Atenção Terciária (Hospitais)

As Equipes de Saúde Bucal (eSB) podem ser formadas por cirurgiões dentistas, técnicos em saúde bucal (TSB) e auxiliares em saúde bucal (ASB) em unidades de saúde da

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Atenção Primária e Secundária. Nos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD) temos a presença dos técnicos em prótese dentária (TPD) e nos serviços de radiologia os técnicos em radiologia.

1.1.1 ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

A Atenção Primária no município de Florianópolis desenvolve-se sob a estratégia de serviços de saúde integrais à pessoa considerando seu contexto e relações, com disponibilidade e resolubilidade, responsabilizando-se com o fluxo que o cidadão necessita até chegar nos outros níveis de atenção do sistema de saúde. Respeita atributos essenciais como acessibilidade, vínculo, encaminhamento responsável e vigilância em saúde. O atendimento deve ser realizado por consultas programadas, demanda espontânea, urgência e emergência.

A eSB na Atenção Primária é responsável pelo primeiro cuidado em saúde da população do seu território, realizando a avaliação inicial do paciente e o tratamento cirúrgico-restaurador quando necessário, além de ações de educação e promoção da saúde.

As equipes de Saúde Bucal podem ser do tipo I (formada por Cirurgião-dentista e Auxiliar de Saúde Bucal) ou tipo II (formada por Cirurgião-dentista, Auxiliar de Saúde Bucal e Técnico em Saúde Bucal).

1.1.2 ATENÇÃO SECUNDÁRIA/ESPECIALIZADA

“A atenção especializada ambulatorial é composta por um conjunto de ações e serviços que visam atender aos principais problemas de saúde e agravos da população, cujo nível de complexidade demande a disponibilidade de especialidades e a utilização de recursos tecnológicos de apoio diagnóstico e terapêutico” (BRASIL, 2018).

Os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) são pontos de atenção secundária ambulatorial, criado pelo Ministério da Saúde em 2004, para ampliar e qualificar a oferta de serviços odontológicos especializados. Utilizam a referência, contrarreferência e o apoio

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matricial que busca superar a fragmentação das ações e a descontinuidade da atenção à saúde. São classificados em:

● Tipo I (com 3 cadeiras odontológicas) ● Tipo II (de 4 a 6 cadeiras odontológicas) ● Tipo III (acima de 7 cadeiras odontológicas)

A prefeitura de Florianópolis conta com dois CEO, sendo um tipo I que fica localizado na Policlínica Centro e outro tipo II na Policlínica Continente.

As especialidades presentes nos CEO de Florianópolis são: periodontia, cirurgia oral, endodontia, atendimento a pessoas com necessidades especiais (PNE), estomatologia, prótese dentária, odontopediatria e radiologia.

1.1.3 UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO

As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas são os pontos intermediários entre os estabelecimentos de saúde da Atenção Primária, Atenção Especializada Ambulatorial e Hospitalar, compondo uma rede organizada de atenção às urgências, ampliando e qualificando o acesso e a resolutividade da atenção à saúde nos serviços do SUS.

Caracteriza-se por um atendimento prestado a pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizações de patologias crônicas, sem agendamento prévio, onde recebem atendimento e tem sua necessidade assistencial atendida, a qualquer hora.

A Prefeitura de Florianópolis conta com duas UPA 24h com atendimento odontológico, uma localizada no sul da ilha ao lado do TIRIO - Terminal de Integração do Rio Tavares e outra no Norte da ilha ao lado do TICAN - Terminal de Integração de Canasvieiras. Ambas possuem um consultório odontológico e contam com um CD e um ASB, em regime de plantão de 12h, para realizar os atendimentos.

Um dos conceitos de urgência odontológica presentes na literatura é o de “medidas imediatas que visam aliviar os sintomas dolorosos, infecciosos e ou estéticos da cavidade bucal” (PINTO et al, 2012). Já a situação de emergência pode ser conceituada “como aquela em que o indivíduo corre um elevado risco de vida por falência de suas funções vitais” ( PERRIN, AHOSSI e LARRAS, 2008).

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Entre outras competências da UPA 24 horas na Rede de Urgência e Emergência (RUE), destacam-se:

● Funcionar de modo ininterrupto nas 24 horas, em todos os dias da semana, incluídos feriados e pontos facultativos.

● Implantar processo de acolhimento com classificação de risco, considerando a identificação de necessidade de tratamento imediato, o potencial de risco, os agravos à saúde ou o grau de sofrimento, de modo a priorizar atendimento em conformidade com a gravidade do caso.

● Em situações mais complexas envolvendo fraturas ósseas ou traumas decorrentes de acidentes em que a UPA não ofereça os recursos necessários para o tratamento resolutivo e qualificado, o primeiro atendimento envolve a investigação diagnóstica inicial e a estabilização do quadro para encaminhamento aos demais serviços da rede. ● Articular-se com Centros de Saúde, SAMU 192, unidades hospitalares, unidades de apoio diagnóstico e terapêutico e com outros serviços de atenção à saúde, construindo fluxos coerentes e efetivos de referência e contrarreferência.

● Fornecer retaguarda às urgências atendidas pela rede de atenção básica e decorrentes de atendimentos do CEO na impossibilidade de retorno a esses.

Destaca-se a necessidade desse ponto da rede ser o máximo possível resolutivo. Isso sugere priorizar a realização de cuidado de quadros agudos, como: dor, inflamação, hemorragias, traumas, luxações, fraturas, entre outros, implicando a realização de exodontias, trepanações, estabilização, drenagens, tratamento de alveolites e medicação. Incluem-se como atribuições do cuidado na UPA a atenção às necessidades trazidas pelos usuários, tais como: queda ou fratura de restaurações, com comprometimento estético, funcional ou que provoque lesão em tecidos moles.

Ao término de cada turno de trabalho, o consultório deve ficar organizado (limpeza e reposição de materiais e insumos) para que a próxima equipe inicie os atendimentos.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis 2 ATRIBUIÇÕES GERAIS DO ASB E TSB:

É de responsabilidade do ASB/TSB executar suas tarefas no ambiente de trabalho com comprometimento, de forma ética e com responsabilidade. Essas tarefas laborais incluem:

I. Auxiliar e instrumentar os profissionais nos procedimentos clínicos resultando um atendimento de maior eficiência e com otimização de tempo de consulta. Esses atendimentos podem ser realizados tanto em consultório quanto em espaços comunitários, em domicílio, Instituições de Longa Permanência (ILP), abrigos, entre outros tipos de moradia existentes em seu território.

II. Registrar dados nos sistemas de informação e participar da análise das informações relacionadas ao controle administrativo em saúde bucal. Manter o cadastro do paciente atualizado é fundamental!

III. Realizar territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, reconhecendo a dinâmica comunitária, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades.

IV. Realizar atividades programadas que foram previamente organizadas pela equipe de saúde bucal, como exemplo atividades de prevenção nas escolas e grupos realizados nos Centros de Saúde.

V. Acompanhar e organizar a agenda clínica do cirurgião-dentista, em diálogo com o mesmo. Florianópolis conta com agenda eletrônica por profissional, organizada por tempo médio de consulta. O ASB/TSB deve ficar atento ao tempo de consulta de cada paciente para otimizar o tempo da equipe.

VI. Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento do serviço de saúde bucal no CS, sendo responsável pela solicitação, conferência de notas e devidas quantidades e validade dos materiais.

VII. Aplicar medidas de biossegurança no armazenamento, transporte, manuseio e descarte de produtos e resíduos odontológicos, visando a segurança do paciente e redução dos riscos.

VIII. Colaborar com o desenvolvimento de atividades de ensino em serviço, no CS e no território com a presença de outros profissionais, residentes, professores, estagiários e alunos de graduação.

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IX. Colaborar com o desenvolvimento das atividades dos profissionais de todas as categorias atuantes no serviço, estando atento e interligado à equipe, participando das discussões de caso para que o paciente tenha atendimento integral.

X. Cabe ao ASB/TSB acompanhar a população adscrita ao longo do tempo nas suas demandas de saúde e colaborar na coordenação do cuidado quando o paciente precisa ser encaminhado para outros pontos da rede.

XI. Participar de reuniões de equipe a fim de acompanhar e discutir em conjunto o planejamento e avaliação sistemática das ações, a partir da utilização dos dados disponíveis, visando a readequação constante do processo de trabalho.

XII. Participar e auxiliar nas atividades de educação permanente e educação continuada. XIII. Promover a mobilização e a participação da comunidade, estimulando

conselhos/colegiados, constituídos de gestores locais, profissionais de saúde e usuários, viabilizando o controle social na gestão da Unidade Básica de Saúde e identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais.

XIV. Utilizar protocolos e diretrizes oficiais na realização das ações em saúde e na organização do processo de trabalho

Apesar de menos frequente, cabe ao ASB/TSB processar filme radiográfico, selecionar moldeiras e preparar modelos em gesso.

Os TSBs e ASBs devem manter o "visual clean", tanto para prevenção de contaminação quanto para apresentação pessoal, como: cabelos bem presos, unhas cortadas, acessórios discretos (brincos, piercing, anéis e pulseiras), jalecos de manga comprida devidamente limpos, uso de calça durante os atendimentos e sapatos fechados, devendo essas prática ser supervisionada pelo CD.

O Técnico em Saúde Bucal (TSB) conta com atribuições específicas, além das previstas ao ASB.

I. Coordenar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos;

II. Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal;

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III. Participar do treinamento e capacitação do ASB e de agentes multiplicadores das ações de promoção à saúde;

IV. Supervisionar, sob delegação do cirurgião-dentista, o trabalho dos auxiliares de saúde bucal;

V. Ensinar técnicas de higiene bucal e realizar a prevenção das doenças bucais por meio da aplicação tópica do flúor, conforme orientação do CD;

VI. Fazer remoção do biofilme, de acordo com a indicação técnica definida pelo CD; VII. Realizar fotografias e tomadas de uso odontológico exclusivamente em consultórios

ou clínicas odontológicas;

VIII. Inserir e distribuir no preparo cavitário materiais odontológicos na restauração dentária direta, sendo vedado o uso de materiais e instrumentos não indicados pelo CD;

IX. Realizar a remoção de sutura conforme indicação do CD;

X. Proceder à limpeza e à antissepsia do campo operatório, antes e após atos cirúrgicos; XI. Realizar isolamento do campo operatório;

XII. Exercer todas as competências no âmbito hospitalar, bem como instrumentar o cirurgião-dentista em ambientes clínicos e hospitalares.

É vedado (proibido) ao ASB/TSB:

I. Exercer a atividade de forma autônoma;

II. Prestar assistência, direta ou indiretamente, a paciente, sem a supervisão do CD ou do TSB (caso do ASB);

III. Realizar, na cavidade bucal do paciente, procedimentos não discriminados no art. 9 da Lei 11889 (ASB) e no art. 5 da mesma Lei (TSB); e

IV. Fazer propaganda de seus serviços, exceto em revistas, jornais ou folhetos especializados da área odontológica no caso do TSB.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis 3 ACOLHIMENTO AOS PACIENTES (PRESENCIAL E À DISTÂNCIA)

Um dos pontos primordiais do processo de trabalho do ASB e TSB é o acolhimento dos pacientes. De acordo com a Política Nacional de Humanização (PNH), o acolhimento consiste no reconhecimento do que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde e tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços, trabalhador/equipe e usuário com sua rede socioafetiva (BRASIL, 2021)

O acolhimento pode ocorrer de forma presencial ou à distância. Com a chegada da pandemia de COVID-19 os teleatendimentos mostraram-se efetivos e resolutivos.

O acolhimento presencial consiste na escuta qualificada da queixa do paciente quando esse se apresenta à unidade de saúde e seu preparo para o atendimento. O acolhimento independe do acesso do paciente para atendimento odontológico, consulta programada ou demanda espontânea.

● O ASB/TSB deve realizar a escuta qualificada do usuário, de modo a propiciar uma avaliação de risco pela eSB.

● O paciente deve ser encaminhado pelo ASB/TSB para aferição de pressão arterial nos casos de procedimentos invasivos como cirurgias, aberturas endodônticas e drenagem de abscessos.

Após essa etapa inicial, o ASB/TSB deve realizar o preparo para o atendimento clínico: ● Convocar o paciente que está na sala de espera para o consultório odontológico. ● Receber e acomodar o paciente no consultório.

● Sentar o paciente na cadeira odontológica, após conversa inicial do CD com o paciente. ● Posicionar o babador descartável no paciente e entregar a ele um guardanapo.

● Os pacientes com próteses removíveis devem receber um guardanapo adicional. ● Em situações especiais, o ASB e TSB podem auxiliar na anamnese e colher a queixa e

história clínica.

● Antes de cirurgias, ou conforme orientação do CD, deverá ser realizada a entrega de antiséptico bucal para bochecho.

Para o atendimento à distância, recomenda-se que seja estabelecido o contato com os usuários sob responsabilidade dos serviços de modo prévio à sua ida ao serviço, através de

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telefone, e-mail ou aplicativo de mensagem. O uso de ferramentas auxiliares para realizar a teleodontologia é incentivado (BRASIL, 2021).

O atendimento à distância pode ser empregado na identificação das necessidades de saúde bucal, na realização da triagem prévia ao atendimento, da busca ativa para grupos identificados como prioritários, repasse de orientações de saúde bucal, realização de teleatendimentos e de agendamento de consultas. Essas ferramentas podem ainda ser empregadas para o acompanhamento dos usuários sob responsabilidade das equipes. Além disso, a ferramenta auxilia na identificação de pessoas que apresentarem sintomas gripais, que devem ter o cuidado postergado em casos odontológicos não urgentes.

O atendimento à distância pode ser uma importante ferramenta no manejo, garantia de acesso e acesso ampliado, além de colaborar com o diálogo entre usuário e profissional de saúde.

Acolhimento odontológico em tempos de pandemia:

● Os profissionais da unidade ou ASB/TSB devem realizar a triagem de sintomas gripais. Os pacientes que se apresentarem ao serviço à procura de atendimento odontológico deverão passar pelo rastreio para sintomas de COVID-19 como todos os outros pacientes – vide PACK COVID.

● O profissional no acolhimento da unidade questionará todos as pessoas antes de entrar no centro de saúde (independente do motivo do atendimento) para sintomas respiratórios (tosse, coriza/nariz escorrendo, dor de garganta, calafrios, nova alteração de olfato ou paladar), febre nos últimos 7 dias, se é contato de caso positivo e orientará a higienização de mãos com álcool 70%, uso de máscara cirúrgica sob a de pano, distanciamento durante a espera e etiqueta da tosse.

● Nos casos de contato de caso positivo e/ou presença de algum dos sintomas acima, devem ser tomadas as ações preventivas apropriadas, como o fornecimento e orientação de uso da máscara cirúrgica e encaminhamento para a sala de sintomáticos respiratórios.

● Pacientes com sintomas respiratórios que apresentarem queixa odontológica deverão ter o caso discutido entre equipe de atenção primária e equipe de saúde bucal para definição de intervenção.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis 3.1 AVALIAÇÃO DE VULNERABILIDADE

Durante o acolhimento do usuário e coleta da queixa, cabe atenção especial para identificação de casos de maior vulnerabilidade social, onde a equipe deve ter um olhar diferenciado. Citamos algumas situações: pessoas em situação de rua, gestantes adolescentes, crianças desacompanhadas, pessoas sob uso de substâncias psicoativas, idosos, casos de possível violência física, pacientes psiquiátricos e pacientes com necessidade especial.

O ASB e TSB devem realizar a escuta de todos os pacientes que procuram atendimento odontológico e orientar de acordo com grau de necessidade.

4 ROTINA DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO

É função do ASB/TSB zelar pelo cuidado, limpeza e desinfecção do ambiente odontológico, bem como dos instrumentos, equipamentos e cadeiras odontológicas. O sucesso do tratamento dependerá também da dedicação do ASB/TSB. Lembre-se sempre: você é peça fundamental da equipe, dedique-se ao máximo!

● Verificar se há material/instrumental suficiente para os atendimentos do dia ● Ligar o compressor

● Verificar se a cadeira está ligada, limpa e o refletor funcionando ● Acionar as canetas e o sugador

● Verificar o reservatório de água da cadeira ● Ligar o computador

● Preparar o ambiente para os atendimentos: preparar o campo operatório com bandeja estéril e jogo clínico, porém deixá-los dentro da embalagem para que sejam abertos apenas na hora do atendimento (abrir sempre na frente do paciente, nunca deixe aberto na bancada).

● Colocar plástico filme ou sacolé nos locais estipulados: mangueira do sugador, refletor, canetas de alta e baixa rotação, seringa tríplice, aparelho de ultrassom e jato de bicarbonato, fotopolimerizador.

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● A cada término de atendimento, retirar todos os protetores, friccionar gaze com álcool a 70% na cadeira odontológica, mocho, refletor, mesa auxiliar, canetas, seringa tríplice, mangueira do sugador, cuspideira e materiais e medicamentos utilizados no atendimento, como resinas e frascos de cimento de ionômero de vidro. Após tudo desinfetado e limpo, colocar novos protetores, preparando para o próximo atendimento. Retirar o material usado e levar para a sala de pré lavagem, seguindo os passos conforme POP (procedimento operacional padrão SMS), disponível clicando AQUI. Recomenda-se, fortemente, a leitura do POP referido.

Vale destaque para as mudanças nas rotinas de limpeza dos consultórios em tempos de pandemia a serem seguidos conforme o que consta no PACK odonto COVID em

www.sus.floripa.br/odonto.

No final do dia, preparar uma solução com água e hipoclorito e sugar toda a água para limpeza da mangueira do sugador.

Periodicamente, realizar a vistoria e limpeza dos filtros e peneiras do sugador.

5 LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS MATERIAIS

Limpeza é a remoção mecânica de sujidades, com o objetivo de reduzir a carga microbiana, a matéria orgânica e os contaminantes de natureza inorgânica, de modo a garantir o processo de desinfecção e esterilização e a manutenção da vida útil do artigo. Deve ser realizada em todo artigo exposto ao campo operatório. Deve preceder os processos de desinfecção e esterilização.

Desinfecção é o processo de eliminação e destruição de microorganismos, patogênicos ou não, em sua forma vegetativa, que estejam presentes nos artigos e em superfícies inertes, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos em uma superfície previamente limpa. Tais agentes são chamados de desinfetantes ou germicidas, sendo estes capazes de destruir ou inativar tais microrganismos.

Esterilização é o processo de destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através de testes microbiológicos padrão. A esterilização é realizada pelo calor, germicidas químicos, óxido de etileno, radiação e outros.

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O prazo preconizado pela SMS de validade de material esterilizado é de 06 (seis) meses, se estiver íntegro e armazenado adequadamente.

5.1 LIMPEZA DAS CANETAS DE ALTA ROTAÇÃO, CONTRA ÂNGULO, MICROMOTOR (MILLER et al., 2021)

● Logo após o atendimento, acionamento por 30 segundos das linhas de ar/água das canetas de alta-rotação.

● Envolvimento da caneta com uma gaze encharcada de detergente enzimático por 4 minutos.

● Ao término dos 4 minutos, fricção da gaze encharcada de detergente enzimático por todo o corpo da caneta por 30 segundos.

● Lavagem da cabeça da caneta com uma gaze encharcada de água e imersão do seu corpo em água corrente para remoção do detergente enzimático.

● Secagem da caneta com gaze. ● Aplicação do lubrificante.

● Remoção do excesso de lubrificante através do acionamento da caneta por 20 segundos, tendo as linhas de água fechadas.

● Embalagem da caneta em papel grau cirúrgico. ● Esterilização em autoclave a 127°C por 30 minutos.

● Acionamento das mangueiras de ar/água por 30 segundos, antes do encaixe das canetas.

5.2 LIMPEZA DE OUTROS INSTRUMENTAIS

Deve ser feita utilizando-se os EPIs próprios (luvas de borracha resistente e de cano longo, gorro, máscara, óculos de proteção, avental impermeável e calçados fechados), na sala de lavagem .

● Separar material pérfuro-cortante não descartável e lavar separadamente para evitar acidentes.

● Colocar o material de molho em água com detergente enzimático por pelo menos 5 minutos para remoção de resíduos. Para realizar a limpeza utilizar escova com cerdas macias de nylon com cabo longo, escova de aço para brocas e detergente, após realizar o enxágue dos materiais com água corrente.

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● Fazer a inspeção visual dos instrumentais para garantir que todas as sujidades foram removidas.

● Proceder com a secagem dos materiais, de preferência, com material descartável. Pode-se utilizar toalhas de algodão, as quais devem ser encaminhadas para lavagem de roupa hospitalar após o uso.

● Colocar o instrumental sobre um pano branco e avaliar a limpeza feita, revisando-o cuidadosamente.

● Separar artigos que apresentam alterações, ferrugem ou estejam danificados, encaminhando-os para manutenção ou descarte.

● Após este processo, o material é encaminhado para a sala de embalagem.

● Os instrumentais devem ser embalados individualmente em papel grau cirúrgico, com exceção daqueles usados corriqueiramente juntos, como o jogo clínico (pinça, sonda e espelho). O jogo clínico deve ser embalado separadamente à bandeja para melhorar o processo de esterilização, conforme foto:

● Os pacotes devem ser identificados com data, responsável e lote do teste biológico. Deve-se usar caneta durável e o registro deve ser feito nas bordas do papel para não interferir na esterilização.

● O material deve ser esterilizado em autoclave de 121°C a 127°C (1 atm pressão) por 15 a 30 minutos e 132°C a 134°C (2 atm pressão) por quatro a sete minutos de esterilização.

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● O armazenamento dos materiais autoclavados deve ser em local exclusivo, seco e limpo. A validade de esterilização é de 6 (seis) meses se as embalagens estiverem íntegras.

● O cuidado com a limpeza periódica da autoclave também é função do ASB/TSB, além do monitoramento biológico semanal por meio de testes a ser organizado no local de trabalho (ANVISA, 2006; FLORIANÓPOLIS, 2017)

6 GERENCIAMENTO DE ESTOQUE

É de suma importância a organização, verificação e controle do estoque de materiais utilizados nos consultórios odontológicos e essa atribuição é realizada pela equipe auxiliar (ASB/TSB).

● Verificar o calendário de ressuprimento, encaminhado a cada semestre para chefia imediata e realizar uma vez por mês o pedido de material.

● Aproveitar para verificar as datas de validades dos materiais (cimentos, resinas, flúor, creme dental, hipoclorito, etc)

● Verificar o estoque e solicitar quantidade adequada para uso mensal, de maneira que não tenha um excesso de insumos ou um número inferior ao necessário para uso. Um pedido extra poderá ser realizado, porém o ideal é que se tenha uma planilha de controle (entrada e saída dos materiais e quantidades usadas).

7 AÇÕES DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO (COLETIVAS E INDIVIDUAIS)

É de responsabilidade do ASB/TSB participar e desenvolver atividades de promoção e prevenção em saúde. Essas ações podem ser realizadas nos CS, em escolas, creches, outros espaços da comunidade ou em domicílio, de forma individual ou coletiva (grupos sociais e famílias). As atividades relacionadas à saúde bucal deverão ser realizadas, preferencialmente, de forma multidisciplinar com os demais membros do CS.

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● Organizar e executar atividades de higiene bucal por meio de orientações relacionadas à saúde bucal e realização de escovação supervisionada.

● Realizar ações preventivas e de promoção de saúde bucal por meio de aplicação tópica de flúor (flúor em gel ou enxaguatório de flúor).

● Participar da realização de levantamentos e estudos epidemiológicos, exceto na categoria de examinador.

● Auxiliar o cirurgião-dentista, bem como outros profissionais do CS, além de professores, estagiários, alunos e residentes nas ações de promoção e prevenção.

8 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM SERVIÇO ODONTOLÓGICO

O gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde - RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e leis. Tem o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

Todas as unidades de saúde devem ter um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde - PGRSS e todos os trabalhadores/servidores devem ter conhecimento deste e colaborar para sua perfeita execução.

O plano de gerenciamento de RSS deve seguir os padrões estabelecidos na RDC/Anvisa número 222 de 28 de março de 2018, e legislações estaduais e municipais pertinentes.

Os resíduos gerados nos serviços odontológicos podem ser classificados em biológicos, químicos, perfurocortantes (ou escarificantes) e comuns e estão distribuídos em grupos, conforme sua natureza. Devem ser devidamente separados no local onde são gerados e acondicionados em recipientes resistentes e impermeáveis.

8.1 RESÍDUOS BIOLÓGICOS

São resíduos com possível presença de agentes biológicos, que por suas características podem apresentar risco de infecção. Devem ser manejados de diferentes formas de acordo

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com sua composição, virulência e concentração. São considerados GRUPO A - infectantes e devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente e impermeável, devidamente identificado pelo símbolo infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

8.1.1 Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos com suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes e microorganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causadores de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido.

8.1.2 Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre, peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação diagnóstica.

8.1.3 Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre (luvas, óculos, máscaras, gaze e outros).

Os resíduos do Grupo A, gerados pelos serviços de assistência domiciliar, devem ser acondicionados e recolhidos pelos próprios agentes de atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este Regulamento, e encaminhados ao estabelecimento de saúde de referência.

8.2 RESÍDUOS QUÍMICOS

Considerados do Grupo B ou farmo-químicos, contêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. São eles: anestésicos, efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores), saneantes e

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desinfetantes, resíduos de amálgama de mercúrio, radiografias odontológicas e demais produtos considerados perigosos (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).

Devem ser acondicionados em saco branco leitoso, resistente, impermeável, identificados através do símbolo de risco associado, com rótulos de fundo vermelho, com discriminação de substância química e frase de risco, Ex: RESÍDUO TÓXICO + nome do resíduo.

8.2.1 Os resíduos contendo mercúrio (Hg) devem ser acondicionados em recipientes plásticos rígidos e resistentes, sob selo d’água e encaminhados para recuperação.

8.3 RESÍDUOS COMUNS

São do Grupo D resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. O gerenciamento deve seguir orientações do órgão ambiental competente e do serviço de limpeza urbana.

Para os materiais reutilizáveis e recicláveis; quando adotada a reciclagem, sua identificação deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda, usando código de cores e suas correspondentes nomeações, baseadas na Resolução CONAMA nº 275/01, e símbolos de tipo de material reciclável. Para os demais resíduos do Grupo D deve ser utilizada a cor cinza ou preta nos recipientes ou cor determinada pela Prefeitura.

8.4 RESÍDUOS PERFUROCORTANTES

Pertencentes ao Grupo E considerados todos os objetos e instrumentos contendo bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar como: bisturis, agulhas, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas. Devem ser acondicionados em recipientes rígidos, com tampa vedante, resistentes à ruptura e à punctura. Armazenar em local com fim próprio para este tipo de resíduo até ser recolhido pela empresa credenciada.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis

São identificados pelo símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscrição de RESÍDUO PERFURO-CORTANTE.

9 ACIDENTES COM PÉRFURO-CORTANTES

Práticas de trabalho seguras são formas de reduzir a probabilidade de acidentes de trabalho envolvendo a exposição a materiais biológicos, referindo-se a cuidados específicos com materiais perfurocortantes, a prevenção da contaminação ambiental por material biológico e a subsequente exposição de patógenos de transmissão sanguínea.

Cuidados devem ser tomados no descarte de materiais pérfuro-cortantes: ● Agulhas devem ser descartadas sem reencapar

● Bisturis devem ser retirados com apoio de instrumentos como porta-agulha

O descarte deve ser realizado em recipiente apropriado e rígido situado o mais próximo possível do local onde o procedimento será executado.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis Conduta após acidente com material perfuro-cortante:

Os servidores estatutários da PMF tem como instrumento de informação do acidente a Comunicação Interna de Acidente no Trabalho – CIAT (Decreto nº 4811, e 18 de abril de 2007), que denomina como acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor que se relacione, mediata ou imediatamente, com o exercício das funções, atividades e atribuições do cargo por ele ocupado.

Os acidentes de trabalho com exposição a material biológico são aqueles nos quais o indivíduo, durante seu trabalho, foi exposto a materiais biológicos potencialmente contaminados (sangue e/ou outros fluidos orgânicos) (Guia de Vigilância em Saúde, 2014)

Quando ocorrem, esses eventos devem ser tratados como emergências médicas, uma vez que, para se obter maior eficácia, as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e Hepatite B (profilaxias pós-exposição - PEP) necessitam ser iniciadas logo após a ocorrência do acidente (NT nº 01/2015/DIVE/SUV/SES).

“A avaliação do status sorológico da pessoa exposta deve sempre ser realizada em situações de exposições consideradas de risco. Além disso, o status da pessoa fonte, sempre que possível, deve ser conhecido. A PEP não é indicada quando a pessoa exposta já se encontra infectada pelo HIV (infecção prévia à exposição) ou quando a infecção pelo HIV pode ser descartada na pessoa fonte (...) entretanto uma vez que a PEP seja indicada, deve ser iniciada preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição, para que a eficácia seja maior. Nesse sentido, o uso de testes rápidos para o diagnóstico da infecção pelo HIV na avaliação da indicação de PEP é fundamental. O Teste Rápido (TR) é um dispositivo de teste de uso único, que não depende de infraestrutura laboratorial e que produz resultado em tempo igual ou inferior a 30 minutos” (Protocolo PEP 2015).

Na Unidade de Origem do Acidentado:

O servidor vítima de acidente de trabalho com exposição a material biológico deve ser avaliado imediatamente após a ocorrência do acidente. A avaliação deve basear-se em uma adequada anamnese, caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto.

OBS: Realizar o teste rápido no CS onde houve o acidente e, quando não estiver disponível, encaminhar o acidentado para realizar o teste no CS mais próximo.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis Cuidados com a área exposta:

● No caso de contato do material potencialmente contaminado com a pele ou exposição percutânea, lavar o local imediatamente com água e sabão.

● Se o contato foi com mucosas, lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica.

● Embora não seja contra-indicado, não há evidência de que o uso de anti-sépticos reduza o risco de transmissão.

● Por outro lado, estão contra-indicados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes e injeções locais ou utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio).

Avaliação do risco de contaminação:

Para avaliar o potencial risco de infecção relacionado ao acidente, é necessário:

Estabelecer o material biológico envolvido:

● São considerados de maior risco os acidentes que envolvem contato com sangue e/ou fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico).

● São considerados de baixo risco os acidentes que envolvem contato com fluidos orgânicos potencialmente não infectantes, como suor, lágrima, fezes, urina e saliva. Se algum destes materiais estiver contaminado com sangue, passa a ser considerado de maior risco.

Estabelecer o tipo de acidente:

● São considerados de risco os acidentes perfurocortantes (lesões provocadas por instrumentos perfurantes e/ou cortantes como agulhas, bisturis ou vidrarias, por exemplo), aqueles nos quais há contato com mucosa (respingos em olhos, nariz e boca) ou contato com pele com solução de continuidade (presença de dermatite, feridas abertas, mordeduras humanas com a presença de sangue).

● As exposições de maior gravidade envolvem maior volume de sangue, lesões profundas provocadas por material cortante, presença de sangue visível no

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis

instrumento, acidentes com agulhas previamente utilizadas em veia ou artéria de paciente-fonte, acidentes com agulhas de grosso calibre ou agulhas com lúmen.

Identificar o paciente-fonte:

● Sempre que possível, deve-se identificar o paciente que deu origem ao material contaminado. Quando a identificação é possível, devem ser anotados os dados de identificação do mesmo para que possa ser contatado, caso não esteja mais no serviço de saúde onde ocorreu o acidente.

Avaliação do paciente fonte:

O paciente-fonte deverá ser avaliado quanto à infecção pelo HIV, hepatite B e hepatite C no momento da ocorrência do acidente. Quanto à sua identificação, podem ser encontradas as seguintes situações:

● Paciente-fonte conhecido, disponível para avaliação (paciente internado ou presente no serviço de saúde no momento do acidente). Nestes casos, os testes rápidos devem ser utilizados para identificação da sua situação sorológica. Na ausência de testes para Hepatites virais, solicitar sorologias e encaminhar o paciente para coleta no LAMUF ou postos de coleta descentralizados. Alternativamente, a coleta pode ser acordada com a equipe de Vigilância Epidemiológica do Distrito correspondente ou com a Gerência de Vigilância em Saúde (GVE). Lembrar que o mesmo deve ser orientado sobre o procedimento, razão da testagem, e deve concordar com a realização dos testes (consentimento informado).

● Paciente-fonte conhecido, comprovadamente infectado (registro de prontuário ou resultado de exame disponível): Se o paciente já é sabidamente infectado, o acidentado deve ser encaminhado o mais rapidamente possível à Unidade de Referência para as medidas de prevenção cabíveis.

● Paciente-fonte conhecido, mas não disponível para avaliação (não se encontra na unidade de saúde). Considerando que a PEP deve ser iniciada o mais rapidamente possível, não é justificável tentar localizar o paciente em seu domicílio ou outra medida semelhante. Se não há registro de infecção por HIV ou Hepatites B ou C no prontuário ou exames que atestem a infecção, considerar como “fonte

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis

desconhecida”. Registros de resultados de sorologias negativas para estas doenças podem ser considerados apenas quando for possível descartar janela imunológica em pacientes com baixo risco de infecção.

● Paciente-fonte desconhecido. Ocorre quando o material biológico não tem origem estabelecida.

Avaliação do acidentado

Visando preservar a privacidade dos servidores, a avaliação sorológica do acidentado deverá ser feita na Unidade de Referência.

Investigar a situação vacinal para Hepatite B (aproveitar a oportunidade para avaliar a caderneta de vacinas do adulto).

Definição da Necessidade de Encaminhamento para a Unidade de Referência

● De posse dos dados acima, o profissional que atende o acidentado deve avaliar a indicação de PEP para o HIV e\ou Hepatites Virais

● Se necessário o encaminhamento, orientar o acidentado sobre as possíveis medidas adotadas e encaminhá-lo com cópia da ficha de investigação preenchida com todos os dados disponíveis no momento do atendimento.

Unidade de Referência – Hospital Nereu Ramos:

● Nos casos em que o paciente-fonte for positivo ou desconhecido para Hep B, será realizada avaliação para administração da imunoglobulina para Hep B e/ou vacina ● Nos casos em que o paciente-fonte for desconhecido ou apresentar teste rápido para

HIV positivo, será realizada avaliação para dispensação de antirretroviral.

● Também será realizado na Unidade Referência o seguimento ambulatorial do acidentado durante a quimioprofilaxia para HIV (primeiros 30 dias).

● Após o término da quimioprofilaxia, o acidentado será encaminhado à unidade de origem para seguimento sorológico e acompanhamento.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis Acompanhamento

O acompanhamento será de responsabilidade da unidade de origem ou do serviço médico de escolha do servidor. Neste caso, deve ser informado à GVE qual o serviço de saúde que se responsabilizará pelo acompanhamento do servidor. Nos casos de paciente-fonte positivo ou desconhecido, a reavaliação sorológica do acidentado deverá ser realizada em 6, 12 e 24 semanas após o acidente, conforme NT nº 01/2015/DIVE/SUV/SES.

10 IMUNIZAÇÃO

Profissionais da área da saúde possuem um risco ocupacional elevado de aquisição de doenças infecciosas, devendo estar devidamente imunizados, atentos às características da região e da população a ser atendida, pois diferentes vacinas podem ser indicadas. As vacinas mais importantes para os profissionais da Odontologia são contra hepatite B, influenza, tríplice viral, dupla adulto (dT), febre amarela e, recentemente, COVID-19.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis 11 REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Serviços Odontológicos – Prevenção e Controle de Riscos. Brasília: ANVISA, 2006. Disponível em: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_odonto.pdf. Acesso em: 09 de abril, 2021.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos

de serviços de saúde. Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html

Acesso em: 03 de maio, 2021.

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Resolução RDC Nº 222, de 28 de março de 2018. Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de

Saúde e dá outras providências. Disponível em:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2018/rdc0222_28_03_2018.pdf

Acesso em: 04 de maio, 2021.

BRASIL. Lei nº 11.889, de 24 de dezembro de 2008. Regulamenta o exercício das profissões de Técnico em Saúde Bucal - TSB e de Auxiliar em Saúde Bucal - ASB. Disponível em: https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/92607/lei-11889-08. Acesso em: 07 de abril, 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Portaria no. 2.436 de 21 de setembro de 2017. Brasília: MS, Diário Oficial República Federativa do Brasil, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html. Acesso em: 10 de abril, 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. A Saúde Bucal no Sistema Único de Saúde. Brasília: MS, 2018. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_bucal_sistema_unico_saude.pdf. Acesso em: 10 de abril, 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal.

Brasília: MS, 2004. Disponível em:

http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/diretrizes_da_politica_nacional_de_sau de_bucal.pdf. Acesso em: 10 de abril, 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família. Coordenação-Geral de Saúde Bucal. Nota Técnica no 9/2020-CGSB/DESF/SAPS/MS. COVID-19 e atendimento odontológico no SUS. Brasília: MS, 2020.

Disponível em:

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de

Humanização: Brasília: MS, 2013. Disponível em:

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Servidor (MAISS). - 2015. Acesso:

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MILLER, C.H.; PALENIK, C.J. Infection Control and Management of Hazardous Materials for the Dental Team. Maryland Heights: Mosby, 2018.

PERRIN, D; AHOSSI, V; LARRAS, P. P.M. Urgência em Odontologia. Porto Alegre: Artmed; 2008.

PINTO, E.C. et al. Urgências odontológicas em uma Unidade de Saúde vinculada à Estratégia Saúde da Família de Montes Claros. Arq Odontol,. 2012;48(3):166-174.

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Cartilha de atribuições do ASB e TSB – Prefeitura Municipal de Florianópolis Colaboração de:

Andreia da Gama Almeida

Angélica Letícia Ghedini Santin Correia Cibelle Oliveira

Elizabeth Cristina Gomes Mattos Franciele Lima dos Santos Gracieli Prim de Oliveira

Marli Borella Machado Rodolfo Marynes Terezinha Reibnitz Sarah Costa Silva de Souza

Sabrina N. Digiacomo Sarwer-Foner Valeska Maddalozzo Pivatto

Referências

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