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CÂMARA MUNICIPAL DE. GABINETE DO VEREADOR EULÓGIO NETO Pra nossa gente ser feliz!

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GABINETE DO VEREADOR EULÓGIO NETO Pra nossa gente ser feliz!

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° /2015

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Dispõe sohrc a colcta c o descarte de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio c mercúrio e de luz mista, no âmbito do Município de Fortaleza, bem como dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE FORTALEZA APROVA:

Art. 1°. Os estabelecimentos importadores, distribuidores, fabricantes c comerciantes de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, comercializadas no Município de Fortaleza, ao elaborarem o seu Plano de Gerenciamcnto de Resíduos Sólidos, deverão observar o disposto no artigo 21 da Lei Federal n° Í2.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, as disposições desta Lei e os seguintes princípios:

T - princípio do poluidor pagador;

II - princípio da responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos provenientes de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio c mercúrio c de luz mista.

Art. 2°. Para os efeitos desta Lei entende-se por:

I - princípio do poluidor pagador: a obrigação do poluidor de arcar com os custos da reparação do dano causado ao meio ambiente, cm razão de destinação ambientaímcnlc inadequada de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio c de mercúrio c de luz mista;

II - princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de lâmpadas iluorescentcs, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista para minimizar

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o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e ao meio ambiente;

III - logística reversa no recebimento de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio c mercúrio c de l u/, mista: instrumento caracterizado por um c o n j u n t o de acõcs, procedimentos c meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição desses produtos ao sctor empresarial, após utilização, para reaproveitamento ou outra destinaçào ambientalmente adequada.

Art. 3°. Os estabelecimentos importadores, distribuidores, fabricantes c comerciantes de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, comercializadas no Município de Fortaleza, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente dos serviços públicos de limpeza urbana c de manejo dos resíduos sólidos.

§ 1° Fica vedado o descarte de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio c mercúrio c de luz mista, devendo a sua devolução ser cfctuada pelo consumidor nos pontos de colcla instalados pelos estabelecimentos responsáveis pela comercialização.

§ 2° Os estabelecimentos responsáveis pela comercialização de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio c de luz mista, ficam obrigados a instalar pontos para o recebimento dos produtos após o uso pelo consumidor, devendo encaminhá-los aos distribuidores responsáveis por sua comercialização no Município que, por sua vez, os encaminharão aos respectivos fabricantes e importadores.

§ 3° Os fabricantes e importadores de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, comercializadas no Município de Fortaleza, deverão conferir-lhes destinaçào final ambientalmente adequada, nos termos da legislação vigente.

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Art. 4°. O dcscumprimento ao disposto nesta Lei acarretará a aplicação de advertência por escrito, com fixação de pra/o de 30 (trinta) dias para regularização, sob pena de aplicação de multa, na reincidência, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R,$ 10.000,00 (dez mil reais).

§ 1° O valor da multa deverá ser reajustado anualmente pela variação do índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia c Estatística (IBGE), acumulada no exercício anterior, e, no caso da extinção deste índice, será adotado outro criado por legislação federal que rcflila a perda do poder aquisitivo da moeda.

§ 2° a multa será aplicada em dobro nas reincidências posteriores, até o limite de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais).

§ 3° após a quinta infração, será cassada a licença de localização e funcionamento do estabelecimento c, em seguida, providenciado o seu imediato fechamento ou interdição.

Art. 5°. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de dotações orçamentarias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 6°. O Poder Executivo poderá regulamentar a presente Lei no que couber.

Ari. 7°. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

DEPARTAMENTO LEGISLTIVO DA C A M A R Á M U N I C I P A L DE FOKTALE/.A,

Em de de 2015.

EULOeiO NETO

VEREADOR LÍDER DO PSC

•',"'.-; teuxAMuNiciiwcE Rua Dr Thompson Bulcão, 830 - Patriolino Ribeiro - Fortaleza-CE - CEP 60810-460

if-VÍ) FORTALEZA Gabinete 22 - Fone: (85) 3444.8355 / 892.20111 - Facebook /tulogioNeto

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CÂMARA MUNICIPAL DE

FORTALEZA

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JUSTIFICATIVA

Desde o "apagão" de 2001, as lâmpadas fluorescentes tiveram o seu consumo acelerado, constituindo-se em alternativa para redução do consumo de energia c a opção ecológica mais adequada. Embora mais cara, elas apresentam-se com vida útil maior cm relação às incandescentes e representa uma redução significativa no consumo de energia e, portanto, nos valores das contas de luz.

Embora o seu uso acarreie grande redução na exploração de recursos naturais, o seu descarte inadequado traz enorme risco de contaminação do solo c ambiental, pois contém um metal altamente tóxico: o mercúrio.

Os consumidores de lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio c de luz mista não tem onde descartar o material, colocando-os junto ao lixo.

A presente propositura visa instituir, no Município de Fortaleza, o princípio da logística reversa para estas lâmpadas, obrigando os estabelecimentos que as comercializam a instalarem pontos de coleta para o recebimento desses produtos após o uso pelos consumidores.

O projeto atribui aos estabelecimentos que comercializam estas lâmpadas o seu repasse para as distribuidoras que, por sua vez, serão responsáveis por repassá-los aos fabricantes c importadores, estes responsáveis pelo descarte final ambientalmente adequado dos produtos, segundo a legislação vigente.

Cumpre observar que tal sistemática encontra consonância com o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (arl. 30, Lei Federal n° 12.305/10) c do poluidor pagador, bem como, ainda, com os preceitos do SUS, especialmente o de prevenção c promoção da

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saúde pública em nosso país, lembrando, ainda, que a alividadc económica não pode ser exercida em desarmonia com os princípios destinados a tornar efeliva a protcçao à saúde c ao meio ambiente.

O presente projeto de lei, visando a efctividade da medida, fixa multas por dcscumprimento às suas determinações.

Embora a Lei Federal n° 12.305/2010 tenha instituído a logística reversa para os produtos discriminados em seu art. 33, nada obsta que o Município legisle a respeito, criando medidas mais protetoras do meio ambiente, no âmbito de sua competência concorrente para legislar sobre a maléria.

O projeto se fundamenta no exercício regular da competência legislativa do Município c desta Casa, consoante se depreende do artigo 23, inciso VI da Constituição Federal; bem como dos artigos 8°, X,

11, e 224 da Lei Orgânica do Município de Fortaleza.

Com efeito, a proteção do meio ambiente é uma das maiores preocupações da atualidade, sendo que a questão da produção excessiva de lixo sem que bajíi uma política de dcstinação adequada assume especial relevo, ainda mais quando se trata de substâncias com alto poder de contaminação da água, ar c solo, como é o caso do lixo tecnológico.

Cabe observar que a manutenção de um meio ambiente saudável e equilibrado, além de se tratar de assunto de interesse público, foi alçada à categoria de princípio constitucional imposilivo, quando a Constituição Federal determinou ao Poder Público cm todas as suas esferas, Federal, Estadual e Municipal (artigos 23, inciso VI, c 225), o podcr-dcvcr de defender c preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.

Resta claro, em vista do exposto, que o projeto de lei apresentado cneontra-se, tanto em seu aspecto formai quanto material, em perfeita harmonia com os dispositivos da Constituição Federal e da Lei Orgânica do Município.

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Pra nossa gente ser feliz!

Há que se ressaltar, ainda, a Lei Federal n° 12. 305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e aplica-se a todos os entes da Federação.

Especificamente quanto à matéria cm análise, a Lei Federal n° 12.305/10 estabelece o dever dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de determinados produtos, entre os quais as sobreditas lâmpadas, conferirem o tratamento adequado aos respectivos resíduos, conforme dispõem os artigos 3°, XII, c 33, V e §§ ln, 3°, 4P, 5°, 6°, 7° c 8°.

Nesse cenário, nada obsta o prosseguimento desta proposição que encontra consonância com o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (art. 30, da Lei Federal 12.305/10) e do poluidor pagador, lembrando que a atividade económica não pode ser exercida em desarmonia com os princípios destinados a tornar efeliva a proteção ao meio ambiente.

Com efeito, cumpre que se observe que o meio ambiente c de t a l importância para o ordenamento jurídico que se encontra elencado no rol dos direitos e garantias fundamentais (art. 5°, LXXIII, CF) e classificado como condição essencial à sadia qualidade de vida da colctividade (art, 225, caput, da

CF).

Assim, não obstante o disposto na cilada Lei Federal n" 12.305, de 2 de agosto de 2010, ao Município compete disciplinar a matéria, com fundamento ainda no Poder de Polícia Administrativa, desde que o faça de forma mais benéfica ao meio ambiente, nunca para amainar o disposto cm norma estadual ou federal.

Decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo veio no sentido de que, cuidando-se de matéria ambiental, de competência legislativa concorrente com a União, "Hslados c Municípios não podem abrandar exigências contidas em leis federais através de lei local".

Rcssalte-se, ainda, que não se trata de interferência estala! indevida no âmbito da atividade económica, porquanto a Constituição Federal, no art. 170, VI, ao lado da consagração do princípio da livre iniciativa (artigos 1°, inciso IV e 170), elegeu a defesa do meio ambiente como um dos limites a

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serem observados no desenvolvimento de atividadcs económicas, uma vez que, cxereendo-sc um juízo de ponderação, há de ser preservado o interesse da coletividadc.

Corroborando o acima exposto, tem-se o posicionamento do Supremo Tribunal Federal c do Superior Tribunal de Justiça, espelhados nos arestos abaixo:

"A atividade económica não pode ser exercida em desarmonia com os princípios destinados a tornar efctiva a proteção ao meio ambiente. A incolumidade do meio ambiente não pode ser comprometida por interesses empresariais nem ficar dependente de motivações de índole meramente económica, ainda mais se se liver presente que a atividade económica, considerada a disciplina constitucional que a rege, está subordinada, dentre outros princípios gerais, àquele que privilegia a defesa do meio ambiente' (CF, art. 170, VI), que traduz conceito amplo e abrangente das noções de meio ambiente natural, de meio ambiente cullural, de meio ambiente artificial (espaço urbano) e de meio ambiente laborai.11 (STF - AD1N n° 3.540-MC, julg. em 01/09/05)

"O sistema jurídico de proteção ao meio ambiente, disciplinado em normas constitucionais (CF, art. 225, § 3°) e infraconslitucionais (Lei 6.938/81, arls. 2° c 4°), está fundado, entre outros, nos princípios da prevenção, do poluidor-pagador, c da reparação integral. Í3elcs decorrem, para os dcslinnlários (Estado e comunidade), deveres c obrigações de variada natureza, comportando prestações pessoais, positivas e negativas (fazer c não fazer), bem como de pagar quantia (indcnização dos danos insuscetíveis de recomposição in natura), prestações essas que não se excluem, mas, pelo contrário, se cumulam, se f o r o caso." (STJ - RJiSp. 605.323, julg. 18/08/05)

Esta proposição c de elevado interesse público em nossa capital, se fundamentando na Carta Magna e na Lei Orgânica, que, respectivamente, nos artigos 30, I e II, e 8°, l c II, conferem ao Município a competência de legislar sobre assuntos de interesse local e de suplementar a legislação federal e estadual, no que couber.

L necessário ressaltar que a proposição não determina ao Executivo a prática de alo concreto de governo, não ferindo, portanto, o princípio da independência e harmonia entre os Poderes.

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Por fim, esta matéria está sendo apresentada como um projcto de lei complementar, pois as suas disposições se referem à poluição do meio ambiente, um tema tratado no Capítulo XLI do Código de Obras c Posturas do Município de Fortaleza.

Atenta a tal panorama, é manifesto, pois, o interesse público a ser tutelado sob o fundamento do latente interesse do Município, combinado com o seu poder de polícia.

DEPARTAMENTO LEGÍSLTIVO DA C Â M A R A M U N I C I P A L DE FORTALEZA,

Em de de 2015.

EUI

VEREADOR LÍDER DO PSC

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