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SUS, Reforma Psiquiátrica e a problemática do consumo de drogas

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(1)

SUS, Reforma Psiquiátrica e a

problemática do consumo de

drogas

Aline Godoy

Material preparado por

Luciana Cordeiro

(2)

Políticas Públicas

• O que são?

• Para quem são direcionadas?

• A serviço de quem estão ?

• Quem as formula?

• Para que existem?

(3)

Para compreender melhor a saúde

no Brasil:

• História: Reforma Sanitária

• Constituição de 1988 -> SUS

• Princípios do SUS

(4)

A Política Social no Brasil: Saúde e

Previdência

• Saúde Pública: promoção de ações sanitárias

(campanhas, vacinação)

• Medicina Previdenciária: assistência

médica-curativa para trabalhadores inseridos no

mercado de trabalho formal

Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs)

atendimento ao trabalhador com enfoque na assistência

médica-curativa

fornecimento de medicamentos, aposentadorias e pensões

• Benefício previdenciários

• Legislação trabalhista

Vigente até a década de 1980

(5)

Constituição do SUS:

Momento Histórico

• Década de 80

“década perdida”

estagnação econômica

forte retração industrial

baixo crescimento da economia

queda do PIB

(6)

Movimento Sanitário brasileiro

Hegemônico na construção do SUS.

“...O SUS é a expressão de diversas decisões sobre regras

de operação desta política particular, em distintos

momentos críticos, fruto de intenso conflito entre

diferentes grupos burocráticos e de interesse”

Constituição do SUS

(7)

Sistema Único de Saúde

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

Universalidade

Saúde como direito de todos

Integralidade

Articulação das ações de baixa, média e alta complexidade de acordo

com as necessidades dos grupos de pessoas.

Equidade

Ações e serviços de saúde afim de reduzir disparidades sociais e

regionais.

Regionalização e Hierarquização

Controle Social

Participação nos espaços decisórios

Descentralização

(8)

• Década de 1990: Segue o ideário da Reforma Neoliberal

iniciada no governo Collor e reforçada no governo de

FHC

• Ideologia: Estado ineficaz, inoperante

• Reforma: Enxugar o Estado para maior qualidade das

ações e serviços

• Ações: Privatizações

• Na saúde: NOB/96 e lei nº9637/98

(9)

Heloísa da Veiga Coelho

Enfermeira, mestre em

saúde coletiva - EEUSP

COMO O ESTADO BRASILEIRO

TEM LIDADO COM O FENÔMENO

DO CONSUMO DE DROGAS AO

LONGO DA HISTÓRIA

(10)

PARADIGMAS NORTEADORES DAS AÇÕES DO

ESTADO FRENTE AO CONSUMO DE DROGAS

Até década de 1970/1980 – Ação do Estado se resume à

criação de um aparato jurídico-legal para lidar com as

pessoas que consumiam drogas, criminalizando algumas

substâncias, seguindo as recomendações internacionais

A partir da década de 1980 – são criadas as primeiras

instituições públicas destinadas ao tratamento de usuários

de drogas

Alves, 2009 Machado, Miranda, 2007

Heloísa da Veiga Coelho

(11)

Histórico das estratégias de

cuidado em Saúde Mental

• Primeiro hospital psiquiátrico no Brasil

Criado pelo Imperador Pedro II -> Santa Casa, RJ

Decreto em 1841

Inauguração 1852 -> instituição de caridade não

médica

• Política nacional por 150 anos: implantação de

manicômios

• 1890: instauração de colônias agrícolas

Exemplo: Juqueri (15 mil internos)

• Privatização dos leitos psiquiátricos provoca seu

aumento

(Cerqueira, 1984)

(12)

Histórico das estratégias de

cuidado na Saúde Mental

• Reforma Psiquiátrica como marco

1970: luta contra ditadura militar

Crise da Divisão Nacional de Saúde Mental –

denúncia

de maus tratos, violência e desrespeito aos direitos humanos

Função social da Psiquiatria: repressão e ordem social

V Congresso Brasileiro de Psiquiatria, 1978

I Simpósio Brasileiro de Psicanálise de grupos e

Instituições –

Franco Basaglia, Robert Castel, Felix Guattari,

Erving Goffman

(13)

Histórico das estratégias de

cuidado na Saúde Mental

• VIII Conferência Nacional de Saúde

1986: premência na criação de serviços

extra-hospitalares

1987: CAPS Prof. Luiz da Rocha Cerqueira/Itapeva

Ações de inserção comunitária

Atenção intensiva a casos graves

SUS: participação social (usuários, familiares,

trabalhadores)

1989: Experiência de Santos

Desconstrução da Clínica Anchieta

Construção de rede de serviços, estratégias e dispositivos ->

serviços substitutivos

(14)

CAPS - Funcionamento

• Regionalizado

• “Porta aberta”

• População atendida: Adulto, Infantil, Álcool e

Drogas

• Equipe interdisciplinar – referências

• Articulação com demais

equipamentos/Intersetorialidade

UBS

Assistência Social

Escolas

Cultura

Direitos Humanos

Defensoria Pública

Igreja

Associações de bairro

Outros

(15)
(16)

CAPS – A situação de São Paulo

• CAPS ad: 1.742 em todo Brasil.

• Até 2014: 134 CAPS ad III e construção de outros 41

novos centros

(Fonte: Brasil, 2012)

(17)

l

Uma noção de Reabilitação que tem como sentido a

construção dos direitos substanciais :

l

afetivos,

l

relacionais,

l

materiais,

l

habitacionais,

l

produtivos e

l

culturais dos sujeitos.

• 17

(18)

 Princípios:

l Atenção integral: o usuário deve ser visto de forma geral e não apenas na

questão específica da saúde;

l Base comunitária: o cuidado do usuário na comunidade, no espaço onde ele

vive, perto da família;

l Territorialização: cada unidade deve atender um espaço determinado, para

facilitar o vínculo;

l Redução de danos: o principal objetivo das ações de RD é garantir cuidado à

saúde dos sujeitos abstinentes ou não, aderidos ou não ao tratamento;

l Intersetorialidade: a questão do sofrimento relacionado às drogas não é só da

saúde, por isso é necessário que se concretizem parcerias para incluir o usuário em outros espaços de cidadania

• 18

(19)

 Partindo principalmente dos preceitos éticos e políticos da redução de

danos, da reabilitação psicossocial e do SUS, o modelo de assistência prevê, entre outros fatores:

l o estabelecimento de uma rede complexa de assistência à saúde articulada

à rede de serviços sociais;

l dispositivos estratégicos centrados na comunidade que possam acionar e

articular os outros equipamentos da rede;

l a comunicação ativa entre os atores da rede, provendo informações

atualizadas sobre os serviços disponíveis e colaboração na condução dos casos.

• 19

(20)

l CLÍNICA AMPLIADA

Não centrar na droga e sim no usuário

Ampliar rede de proteção social e afetiva

Apurar “olhar clínico”

Apurar “olhar epidemiológico” ( TB; HIV; Hepatites...)

Trabalho em rede

Se preparar para atender e entender a gravidade, a

Urgência/Emergência

(21)

Rede de Saúde Mental - AD

• CAPS

• Consultórios de Rua

Consultório móvel – equipe

Intervenções: saúde, social, educação, cultura

Alcança inalcançáveis – “ponte”

(22)

Rede de Saúde Mental - AD

• Programa de Redutores de Danos

Prevenção de doença e promoção da saúde

Fazer uso de drogas de forma menos prejudicial

Educação, distribuição de insumos

• Residência Terapêutica

Moradias assistidas

Critérios de seleção

Educação, regras de convivência

• Internação

Hospital geral

Hospital psiquiátrico

Comunidade terapêutica

• Rede de saúde

• Rede Intersetorial

(23)

Referências Bibliográficas

• Abramides MBC, Cabral MSR. Regime de acumulação flexível e saúde do trabalhador. São Paulo em perspectiva. 2003; 17(1): 3-10.

• Alves VS. Modelos de atenção à saúde de usuários de álcool e outras drogas: discursos políticos, saberes e práticas. Cad. Saúde Pública. 2009; 25(11): 2309-2319

• Amarante PDC. Saúde mental, desintitucionalização e novas estratégias de cuidado. In: Giovanella L et al (organizadores). Políticas e sistemas de saúde no Brasil. Rio de Janiro: Fiocruz; 2008; 735-759.

• Antunes R. A era da informatização e a época da informalização: riqueza e miséria do trabalho no Brasil. São Paulo: Ed. Boitempo; 2006; 15-25.

• Arretche M. A política da política de saúde no Brasil. In: Lima NT, Gerschman S, Edler FC, Suárez, JM, organizadores. Saúde e Democracia Histórias e perspectivas do SUS. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2005. p. 285-306

• Boron A. Os “Novos Leviatãs” e a polis democrática: neoliberalismo, decomposição estatal e decadência da democracia na América Latina. In: Gentili P, Sader E, organizadores. Pós-neoliberalismo II – que Estado para que democracia? Petrópolis, RJ: Paz e Terra, 1999. p. 7-67.

• Brasil. Ministério da Saúde. A saúde mental no Sus: os Caps. Brasília: MS; 2005. • Brasil.

• Brasil. Ministério da Saúde. Política intersetorial de álcool e outras drogas da prefeitura de São Paulo. São Paulo; 2013.

• Bravo, MIS. Política de Saúde no Brasil. In CFESS/CEAD (2000).

• Calipo, SM. Saúde, Estado e ética - NOB/96 e lei das organizações sociais: a privatização da instituição pública na saúde? [dissertação] São Paulo(SP): Escola de Enfermagem da USP; 2002.

(24)

Referências Bibliográficas

• Carlini EA. (supervisão). II levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país. São Paulo: Cebrid/Unifesp; 2005.

• Carneiro HS. As necessidades humanas e o proibicionismo das drogas no século XX. Outubro-Instituto de Estudos Socialistas. 2002; 6: 115-128.

• Coelho HV. A atenção ao usuário de drogas na Atenção Básica: Elementos do processo de trabalho em Unidade Básica de Saúde [Dissertação de mestrado]. São Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo; 2012.

• Driabe SM. Caderno de Pesquisa nº 8, O Welfare State no Brasil: características e perspectivas – 1993. • Lacaz FAC. Qualidade de vida no trabalho e saúde/doença. Ciência & Saúde Coletiva. 2000; 5(1): 151-161.

• Lachtim SA. Jovens de Santo André, SP, Brasil: um estudo sobre valores em diferentes grupos sociais [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2010.

• Machado AR, Miranda PSC. Fragmentos da história da atenção à saúde para usuários de álcool e outras drogas no Brasil: da Justiça à Saúde Pública. História, Ciências, Saúde. 2007; 14(3): 801-821.

• Marlatt GA e Colaboradores. Reduçãode danos: estratégias práticas para lidar com comportamentos de alto risco. Porto Alegre: Artmed; 1999.

• Nappo AS, Sanchez ZM, Ribeiro LA. Is there a crack epidemic among studentes in Brazil? Comments on media and public issues. Cad Saúde Pública. 2012; 18(9):1643-1649.

• Rodrigues T. Narcotráfico: uma guerra na guerra. São Paulo: Desatino, 2003.

• Santos VC, Soares CB, Campos CMS. A relação trabalho-saúde de enfermeiros do PSF no município de São Paulo. Rev Esc Enferm USP. 2007; 41(esp): 777-781.

• Santos VC, Soares CB, Campos CMS. Redução de danos: análise das concepções que orientam as práticas no Brasil. Physis. 2010; 20(3):995-1015

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(26)

Relatório CFP - 2011

Foi lançado na tarde desta segunda feira, 28 de novembro, em Brasília, o Relatório da 4ª Inspeção Nacional de Direitos Humanos: locais de internação para usuários de drogas, produzido pela Comissão Nacional de Direitos

Humanos do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e desenvolvido em conjunto com o Sistema Conselhos de Psicologia. O Relatório traz o resultado de vistorias em 68 instituições de internação para usuários de drogas, em 24 estados

brasileiros e no Distrito Federal, realizadas em 28 e 29 de setembro de 2011. Inúmeras violações aos direitos humanos foram detectadas na inspeção, como castigos físicos e psicológicos, humilhações sociais, desrespeito à escolha

religiosa e orientação sexual são algumas das ocorrências detectadas. No estado de São Paulo, na cidade de Bragança Paulista, os usuários da Clínica Gratidão relataram que eram obrigados a cavarem uma cova com a dimensão de seu próprio corpo e escrever repetidamente trechos da Bíblia como castigo por indisciplina. Alguns acusaram a existência de um pedaço de madeira com a palavra gratidão com o qual eram surrados

Referências

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