34567
15 DE M AR ¸CO DE 2015ARTIGOS DE ESTUDO
4-10 DE MAIO
‘Esse
e o modo
´
aprovado por ti’
PAGINA 7´ˆ
11-17 DE MAIO
Voc
e vai ‘se
ˆ
manter vigilante’?
PAGINA 12´ˆ 18-24 DE MAIOAprenda da
ilustra ¸c
ao
˜
dos talentos
´ 25-31 DE MAIOApoio leal aos
irm
aos de Cristo
˜
Esta publica ¸cao n˜ ao˜ e vendida. Ela faz parte de uma obra edu-´ cativa bıblica, mundial, mantida por donativos. A menos que haja´ outra indica ¸cao, os textos b˜ ıblicos citados s´ ao da Tradu ¸c˜ ao do˜ Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referencias.ˆ
A Sentinelae publicada quinzenalmente pela Associa ¸c´ ao Torre de Vigia de B˜ ıblias e Tratados.´ Sede e grafica: Rodovia SP-141, km 43, Ces´ ario Lange, SP, 18285-901. Diretor respons´ avel:´ A. S. Machado Filho. Revista registrada sob o numero de ordem 514.´ 5 2015 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania. Todos os direitos reservados. Impressa no Brasil.
34567
˙ March 15, 2015Vol. 136, No. 6 Semimonthly PORTUGUESE (Brazilian Edition)
ARTIGOS DE ESTUDO
ˇ ‘Esse
e o modo aprovado por ti’
´
ˇ Voc
e vai ‘se manter vigilante’?
ˆ
No primeiro artigo, veremos como Jeova tem guiado seu´ povo por meio de um ensino que fica cada vez mais claro e simples. No segundo artigo, analisaremos a parabola de´ Jesus sobre as dez virgens e veremos como ela pode nos ajudar a ficar espiritualmente alertas.
ˇ Aprenda da ilustra ¸c
ao dos talentos
˜
ˇ Apoio leal aos irm
aos de Cristo
˜
Consideraremos duas ilustra ¸coes que Jesus contou ao des-˜ crever o sinal de sua presen ¸ca. Umae sobre escravos que´ receberam talentos, e a outra sobre pessoas serem separa-das assim como se separam ovelhas de cabritos. Veja por que Jesus contou essas ilustra ¸coes e como estamos envolvi-˜ dos nisso.
TAMB
EM NESTE N
´
UMERO
´
3 Encontramos uma carreira mais gratificante
17 Perguntas dos Leitores
30 Casar-se “somente no Senhor” — aindae realista?´
HONDURAS
CAPA: Muitos turistas visitam as ruınas pr´ e-colombianas de Cop´ an´ para aprender sobre o passado, e as Testemunhas de Jeova ali´ ajudam as pessoas a aprender sobre o futuro. POPULA ¸CAO˜
8.111.000
PUBLICADORES22.098
PIONEIROS REGULARES3.471
O espanhole o idioma oficial´ de Honduras. Mas ha 365´ publicadores em 12 congrega ¸coes˜ de lıngua garifuna. Tamb´ em h´ a´ 11 congrega ¸coes e 3 grupos de˜ lıngua de sinais hondurenha.´
EU E Gwen come ¸camos a ter aulas de dan ¸ca aos 5 anos. Ainda nao nos conhec˜ ıamos. Mas,´ a medi-` da que fomos crescendo, quisemos fazer da dan ¸ca a nossa profissao. Quase no auge de nossa carrei-˜ ra, decidimos abrir mao de tudo. Por qu˜ e?ˆ
David: Nasci em 1945 no condado de Shrop-shire, Inglaterra. Tınhamos uma fazenda num lu-´ gar tranquilo do interior. Depois das aulas, eu gos-tava de alimentar as galinhas e recolher os ovos, bem como de cuidar do gado e das ovelhas. Nas fe-´ rias, eu ajudava na colheita,as vezes dirigindo os` tratores.
Mas com o tempo comecei a me concentrar numa atividade que sempre chamou minha aten-¸cao. Ainda bem pequeno, era s˜ o ouvir uma m´ usi-´ ca que eu come ¸cava a dan ¸car. Meu pai percebeu isso e, quando eu tinha 5 anos, sugeriu que minha mae me levasse a uma escola de dan ¸ca para apren-˜ der a sapatear. Meu professor notou que eu tinha futuro no bale e tamb´ em me treinou nesse tipo de´ dan ¸ca. Aos 15 anos, ganhei uma bolsa de estudos na renomada Escola Real de Bale, em Londres. Ali´ conheci Gwen, e fomos colocados para dan ¸car jun-tos.
Gwen:Nasci em 1944 na movimentada cidade de Londres. Quando era crian ¸ca, tinha muita fe´ em Deus. Eu tentava ler a Bıblia, mas achava mui-´ to difıcil entend´ e-la. Antes disso, aos 5 anos, co-ˆ mecei a ter aulas de dan ¸ca. Seis anos depois, ven-ci uma competi ¸cao disputada por crian ¸cas de toda˜ a Gra-Bretanha. Como pr˜ emio, ganhei uma vagaˆ
na Escola Real de Bale. Ela ficava na White Lodge,´ uma linda mansao georgiana em Richmond Park,˜ nos arredores de Londres. Ali, cumpri o currıculo´ escolar normal e tive aulas de bale com professo-´ res respeitados. Aos 16 anos, no ultimo ano de´ meus estudos na Escola Real de Bale no centro de´ Londres, conheci David. Em poucos meses, ja es-´ tavamos dan ¸cando juntos em cenas de´ operas´ apresentadas naOpera Real, em Covent Garden,´ Londres.
David:Como Gwen disse, chegamos a nos apre-sentar na famosa Opera Real e a fazer parte da´ companhia Festival de Bale de Londres (hoje Bal´ e´ Nacional da Inglaterra). Um dos coreografos da Es-´ cola Real de Bale montou uma companhia interna-´ cional de dan ¸ca em Wuppertal, Alemanha, e nos escolheu para estar entre os seus bailarinos. Em nossas carreiras, nos apresentamos em teatros no mundo todo ao lado de celebridades como Margot Fonteyn e Rudolf Nureyev.E comum pessoas que´ levam esse tipo de vida competitiva se sentirem
BIOGRAFIA
Encontramos
uma carreira mais
gratificante
NARRADA POR
DAVID E GWEN CARTWRIGHT
Em nossa carreira como bailarinos, viajamos pelo mundo
4 A SENTINELA
importantes, e nossa vida girava em torno da pro-fissao.˜
Gwen:Dan ¸car era a coisa mais importante da minha vida. Eu e David tınhamos a mesma ambi-´ ¸cao: fama e gl˜ oria. Eu gostava de dar aut´ ografos,´ receber flores e ouvir os aplausos da plateia. No mundo artıstico, havia muita imoralidade, cigarro´ e bebida; e, assim como outros artistas, eu confia-va em meus amuletos.
UMA MUDAN ¸CA RADICAL EM NOSSA VIDA
David: Depois de muitos anos como bailarino profissional, eu me cansei de viver viajando. Ja´ que havia crescido numa fazenda, comecei a sen-tir falta da vida simples do campo. Entao, em 1967,˜ abandonei minha carreira e comecei a trabalhar numa fazenda grande perto da casa dos meus pais. O dono da fazenda alugou para mim uma peque-na casa. Daı telefonei para Gwen, que estava no´ teatro, e a pedi em casamento. Ela havia sido pro-movida a bailarina solista e sua carreira estava em ascensao; assim, a decis˜ ao que ela tinha de tomar˜ nao era nada f˜ acil. Apesar disso, ela aceitou meu´ pedido, bem como o desafio de se acostumar com a vida no campo, algo totalmente novo para ela.
Gwen:Foi muito difıcil a adapta ¸c´ ao. Ordenhar˜ as vacas e alimentar os porcos e galinhas — no sol ou na chuva — era muito diferente do mundo que eu conhecia. David come ¸cou um curso de nove meses numa escola agropecuaria para se inteirar´ dos metodos mais recentes. Com isso, eu me sen-´ tia sozinha ate ele voltar para casa´ a noite. Nessa` altura, nossa primeira filha, Gilly, ja tinha nascido.´ A pedido de David, aprendi a dirigir e, certo dia, enquanto estava numa cidade vizinha, encontrei Gael. Eu a tinha conhecido quando ela trabalhava numa loja perto de onde moravamos.´
Gael me convidou para tomar um cha em sua´ casa. Mostramos umaa outra fotos de casamento,` e notei que numa foto dela havia um grupo na frente de um local chamado Salao do Reino. Eu lhe˜ perguntei que tipo de igreja era aquela. Quando Gael disse que ela e o marido eram Testemunhas de Jeova, fiquei muito feliz. Eu me lembrei de que´ uma de minhas tias era Testemunha de Jeova. Mas´ tambem me lembrei de que meu pai tinha ficado´ revoltado com ela e chegou a jogar suas publica-¸coes no lixo. Eu sempre me perguntava por que˜ meu pai, geralmente muito simpatico, tinha tanta´ raiva de uma pessoa tao bondosa.˜
No dia do nosso casamento; e na fazenda, no inıcio da vida de casados´
Finalmente pude entender a diferen ¸ca entre as cren ¸cas de minha tia e os ensinamentos da Igreja. Gael me mostrou o que a Bıblia realmente ensina.´ Fiquei impressionada ao saber que muitas doutri-nas, como a Trindade e a imortalidade da alma, nao s˜ ao b˜ ıblicas. (Ecl. 9:5, 10; Jo´ ao 14:28; 17:3)˜ Tambem vi pela primeira vez o nome de Deus,´ Jeova, na B´ ıblia. —´ Exo. 6:3.ˆ
David: Gwen me falava das coisas que estava aprendendo. Quando eu era pequeno, meu pai me incentivava a ler a Bıblia. Ent´ ao eu e Gwen concor-˜ damos em estudar a Bıblia com Gael e seu marido,´ Derrick. Seis meses depois nos mudamos para Os-westry, tambem em Shropshire, j´ a que consegui-´ mos alugar uma pequena fazenda. Ali, Deirdre, uma Testemunha de Jeova, pacientemente conti-´ nuou estudando conosco. No inıcio, nosso pro-´ gresso foi lento, pois cuidar dos animais tomava quase todo o nosso tempo. Ainda assim, a verdade foi aos poucos criando raızes em nosso cora ¸c´ ao.˜
Gwen:Um grande obstaculo que precisei ven-´ cer foi a supersti ¸cao. Isa˜ ıas 65:11 me ajudou a ver´ como Jeova encara os que preparam “uma mesa´ para o deus da Boa Sorte”. So depois de muito tem-´ po e ora ¸cao consegui me livrar de todos os meus˜ amuletos e talismas. As palavras “quem se enalte-˜ cer, sera humilhado, e quem se humilhar, ser´ a´ enaltecido” me mostraram o tipo de pessoa que Jeova procura para ador´ a-lo. (Mat. 23:12) Eu que-´
ria servir a esse Deus que nos amou tanto a ponto de dar seu querido Filho como resgate. Nos j´ a t´ ı-´ nhamos outra filha nessaepoca, e fiquei maravi-´ lhada de saber que minha famılia poderia viver´ para sempre num paraıso na Terra.´
David:Ao aprender sobre o cumprimento im-pressionante de profecias bıblicas, como as de Ma-´ teus 24 e as do livro de Daniel, fiquei convencido de ter encontrado a verdade. Percebi que nada nes-te sisnes-tema se compara a ser amigo de Jeova. Assim,´ fui me tornando menos ambicioso. Entendi que eu nao era mais importante que minha fam˜ ılia. Fili-´ penses 2:4 me convenceu de que eu nao devia pen-˜ sar so em mim mesmo e em ter uma fazenda´ maior. Em vez disso, devia dar prioridade ao servi-¸co de Jeova. Tamb´ em parei de fumar. Mas n´ ao era˜ facil ir´ as reuni` oes no s˜ abado´ a noite, a dez quil` o-ˆ metros de distancia. Nˆ os t´ ınhamos muitas coisas´ para organizar, e o horario da reuni´ ao era o mes-˜ mo de ordenhar as vacas. Mesmo assim, com a aju-da de Gwen, nunca perdıamos as reuni´ oes; nem˜ deixavamos de ir´ a prega ¸c` ao aos domingos com as˜ meninas — isso depois de ordenhar as vacas.
Nossos parentes nao gostaram de nossa mudan-˜ ¸ca. O pai de Gwen ficou seis anos sem falar com ela. Meus pais tambem tentaram nos impedir de´ nos associar com as Testemunhas de Jeova.´
Gwen: Jeova nos ajudou a perseverar dian-´ te desses desafios. Os irmaos da congrega ¸c˜ ao˜
Tivemos grande alegria servindo em constru ¸coes˜ internacionais
Oswestry aos poucos se tornaram nossa nova fa-mılia e amorosamente nos apoiaram. (Luc. 18:29,´ 30) Dedicamos a vida a Jeova e nos batizamos´ em 1972. Eu queria dar o meu melhor para ajudar o maior numero poss´ ıvel de pessoas a conhecer a´ verdade, e por isso comecei a servir como pio-neira.
UMA CARREIRA GRATIFICANTE
David:Os anos que trabalhamos em nossa fa-zenda foram bem cansativos; mesmo assim, nos esfor ¸camos para dar a nossas filhas um bom exem-plo no servi ¸co de Jeova. Com o tempo, cortes na´ verba fornecida pelo governo nos levaram a fechar a fazenda. Estavamos sem casa e sem emprego, e´ nossa terceira filha tinha apenas 1 ano de idade; assim, oramos a Jeova em busca de ajuda e orien-´ ta ¸cao. Decidimos aproveitar nossas habilidades e˜ abrimos uma academia de dan ¸ca para sustentar a famılia. Nossa determina ¸c´ ao de dar prioridade aos˜ interesses espirituais deram excelentes resultados. Nossas tres filhas come ¸caram a servir como pio-ˆ neiras quando acabaram os estudos, e isso nos dei-xou muito felizes. Visto que Gwen tambem era´
pioneira, ela pode apoiar as meninas todos osˆ dias.
Depois que nossas duas filhas mais velhas, Gilly e Denise, se casaram, fechamos a academia. Escre-vemos para a filial para saber onde poderıamos ser´ de ajuda. Eles nos orientaram a apoiar cidades no sudeste da Inglaterra. Com apenas uma filha para criar, Debbie, tambem me tornei pioneiro. Cinco´ anos depois, pediram que fossemos apoiar congre-ˆ ga ¸coes mais ao norte. Depois que Debbie se casou,˜ tivemos o privilegio de passar dez anos no servi ¸co´ de constru ¸cao internacional no Zimb˜ abue, Mold´ a-´ via, Hungria e Costa do Marfim. Daı, voltamos´ para a Inglaterra a fim de apoiar obras de constru-¸cao no Betel de Londres. Por causa de minha expe-˜ riencia rural, fui chamado para trabalhar na fazen-ˆ da usada por Betel naepoca. Hoje servimos como´ pioneiros no noroeste da Inglaterra.
Gwen: A primeira dedica ¸cao que fizemos na˜ vida — ao bale — foi divertida, mas passageira. J´ a´ nossa segunda e mais importante dedica ¸cao — a˜ Jeova — tem nos dado muita alegria e´ e eterna. Ain-´ da somos parceiros, mas agora usamos os pes para´ pregar como pioneiros. Ajudar muitas pessoas a aprender verdades valiosas que sig-nificam vida tem nos dado uma feli-cidade indescritıvel. Essas “cartas de´ recomenda ¸cao” s˜ ao melhores do que˜ qualquer fama no mundo. (2 Cor. 3:1, 2) Se nao tiv˜ essemos encontrado´ a verdade, hoje so ter´ ıamos lembran-´ ¸cas de nossa carreira artıstica, como´ fotos antigas e programas de espeta-´ culos.
David:Ter uma carreira no servi-¸co de Jeova mudou nossa vida. Reco-´ nhe ¸co que me ajudou a melhorar como marido e pai. A Bıblia diz que´ Miria, o Rei Davi e outras pessoas ex-˜ pressaram sua felicidade por meio da dan ¸ca. E nos, como muitos ou-´ tros, nao vemos a hora de dan ¸car˜ de alegria no novo mundo. — Exo.ˆ 15:20; 2 Sam. 6:14.
A BIBLIA fala de uma ocasi´ ao em que Jesus ficou “cheio de˜ alegria no espırito santo”. Podemos imagin´ a-lo com um sorri-´ so grande no rosto e os olhos brilhando de alegria. O que o deixou assim? Pouco antes, ele tinha enviado 70 discıpulos´ para pregar as boas novas do Reino de Deus. Ele estava bem interessado em como eles realizariam essa obra. Havia mui-tos inimigos poderosos das boas novas, como os escribas e os fariseus, conhecidos por sua inteligencia e boa instru ¸cˆ ao. Eles˜ influenciaram muitos a encarar Jesus como um simples car-pinteiro, e seus discıpulos como “homens indoutos e co-´ muns”. (Atos 4:13; Mar. 6:3) No entanto, os discıpulos volta-´ ram de sua missao bem animados. Eles haviam pregado˜ apesar de oposi ¸cao, at˜ e mesmo por parte de dem´ onios! O queˆ lhes deu alegria e coragem? —Leia Lucas 10:1, 17-21.
2Note o que Jesus disse a Jeova: “Eu te louvo publicamen-´
te, o Pai, Senhor do c´ eu e da terra, porque escondeste estas´ coisas dos sabios e dos intelectuais, e as revelaste aos peque-´ ninos. Sim,o Pai, porque fazer assim veio a ser o modo apro-´ vado por ti.” (Mat. 11:25, 26)E claro que Jesus n´ ao quis dizer˜
1. O que levou Jesus a ficar “cheio de alegria no espırito santo”? (Veja a´ gravura no inıcio do artigo.)´
2. (a) Em que sentido os discıpulos de Jesus eram como crian ¸cas? (b) O´ que habilitou os seguidores de Cristo a entender verdades espirituais vi-tais?
‘Esse
e o modo aprovado por ti’
´
“Escondeste cuidadosamente estas coisas dos s
abios e dos
´
intelectuais, e as revelaste aos pequeninos.”
— LUC. 10:21.COMO RESPONDERIA? Que exemplos recentes mostram que Jeova aprova´ um modo de ensinar claro e simples?
Como nosso modo de ex-plicar relatos bıblicos mudou´ com o passar do tempo?
Que ajustes houve no nosso entendimento das ilustra ¸coes˜ de Jesus?
8 A SENTINELA
que seus discıpulos eram literalmen-´ te crian ¸cas. Na verdade, eles pareciam crian ¸cas em compara ¸cao com os intelec-˜ tuais do paıs, que eram s´ abios aos pr´ o-´ prios olhos. Mais importante, Jesus ensi-nou seus seguidores a ser como crian ¸cas, mantendo-se humildes e dispostos a aprender. (Mat. 18:1-4) Como eles foram beneficiados por ser humildes? Por meio do espırito santo, Jeov´ a os ajudou a´ entender verdades espirituais vitais, ao passo que os sabios, que os menospreza-´ vam, continuaram cegados por Satanas e´ por seu proprio orgulho.´
3Nao˜ e de admirar que Jesus tenha fi-´
cado tao feliz! Afinal, ele viu como Jeov˜ a´ revelava verdades profundas a pessoas humildes de todos os tipos, nao importa-˜ va sua forma ¸cao escolar ou sua capacida-˜ de intelectual. Ele se alegrava em saber que seu Pai aprovava esse modo de ensi-nar. Sera que Jeov´ a mudou? Como ele´ mostra que ainda aprova esse tipo de en-sino? Neste artigo, veremos que esse modo de ensinar traz um profundo senso de satisfa ¸cao, assim como trouxe a Jesus.˜
VERDADES PROFUNDAS SE TORNAM ACESSIVEIS A TODOS´
4Em anos recentes, a instru ¸cao espiri-˜
tual que recebemos revela que a organi-za ¸cao de Jeov˜ a tem dado mais´ enfaseˆ a` simplicidade ea clareza. Veja tr` es exem-ˆ plos. Primeiro, a edi ¸cao simplificada de˜ A Sentinela.1 Essa edi ¸c ˜ao ´e como um
pre-1 A edi ¸c ˜ao simplificada em ingl ˆes come ¸cou a ser
publicada a partir do numero de 15 de julho de 2011.´
Desde entao, outros idiomas t˜ em publicado essa edi-ˆ
¸cao, como o portugu˜ es.ˆ
3. O que vamos analisar neste artigo?
4. Por que podemos dizer que a edi ¸cao simpli-˜ ficada de A Sentinelae como um presente amo-´ roso?
sente amoroso que tem ajudado muitos, incluindo os que tem leitura limitada ouˆ dificuldades com o idioma. Chefes de fa-mılia t´ em observado que seus filhos ago-ˆ ra estao mais envolvidos no estudo de˜ A Sentinela, o principal canal de nos-so programa de alimenta ¸cao espiritual.˜ Muitos tem escrito mensagens comoven-ˆ tes para mostrar gratidao. Uma irm˜ a es-˜ creveu que evitava comentar no Estudo de A Sentinela. “Eu tinha muita vergo-nha”, diz ela. Mas as coisas mudaram. Depois que come ¸cou a usar a edi ¸cao sim-˜ plificada, ela escreveu: “Eu agora dou mais de um comentario, e o medo desa-´ pareceu! Agrade ¸co a Jeova e a voc´ es.”ˆ
5Segundo, preparou-se a edi ¸cao revi-˜
sada da Tradu ¸cao do Novo Mundo das Es-˜ crituras Sagradas em ingles, lan ¸cada naˆ reuniao anual de 5 de outubro de 2013.1˜ Muitos versıculos agora t´ em menos pala-ˆ vras; mesmo assim, o sentido foi manti-do e ate mesmo ficou mais claro. Por´ exemplo, Jo 10:1 antes tinha 27 palavras,´ agora tem 19; Proverbios 8:6 tinha 20,´ agora tem 13. Esses dois textos ficaram mais claros na nova edi ¸cao. Um irm˜ ao˜ ungido que ha d´ ecadas serve fielmente a´ Jeova disse: “Acabei de ler o livro de J´ o na´ nova edi ¸cao e˜ e como se eu o tivesse en-´ tendido pela primeira vez!” Muitos ou-tros leitores comentaram algo parecido.
6Terceiro, pense em alguns dos ajustes
recentes de nosso entendimento. Por exem-plo, ficamos maravilhados com nosso entendimento ajustado sobre “o escravo
1 Est ˜ao sendo preparadas edi ¸c ˜oes revisadas
tam-bem em outros idiomas.´
5. Quais sao algumas caracter˜ ısticas da edi ¸c´ ao˜ revisada da Tradu ¸cao do Novo Mundo das Escritu-˜ ras Sagradas?
6. O que voce acha do entendimento ajustadoˆ de Mateus 24:45-47?
fiel e discreto”, publicado em A Sentinela de 15 de julho de 2013. (Mat. 24:45-47) Ali foi explicado que o escravo fiel e o´ Corpo Governante, ao passo que os “do-mesticos” s´ ao todos os que s˜ ao alimenta-˜ dos espiritualmente, quer sejam ungi-dos, quer das “outras ovelhas”. ( Joao˜ 10:16) Comoe bom conhecer essas ver-´ dades e poder ensina-las a outros! Mas´ de que outras maneiras Jeova tem mos-´ trado que aprova um modo simples e cla-ro de ensinar?
UM MODO MAIS SIMPLES E CLARO DE EXPLICAR PASSAGENS BIBLICAS´ 7Se voce serve a Jeovˆ a h´ a d´ ecadas, tal-´
vez tenha notado uma mudan ¸ca gradati-va no modo como nossas publica ¸coes ex-˜ plicam muitas passagens bıblicas. Como´ assim? No passado, era comum nos-sas publica ¸coes usarem tipos e ant˜ ıtipos´ para explicar relatos bıblicos. Chamava-´ se o relato bıblico de “tipo”, e o cum-´ primento profetico de “ant´ ıtipo”. Existe´ base bıblica para esses quadros prof´ eti-´ cos? Sim. Por exemplo, Jesus falou sobre “o sinal de Jonas, o profeta”.(Leia Ma-teus 12:39, 40.) Jonas ficou um tempo na barriga do peixe, que teria sido sua sepultura, se Jeova n´ ao o tivesse manti-˜ do vivo. Jesus explicou que isso repre-sentava o tempo que ele ficaria na sepul-tura.
8A Bıblia cont´ em outros quadros pro-´
feticos inspirados. O ap´ ostolo Paulo fa-´ lou sobre varios deles. Por exemplo, o re-´ lacionamento de Abraao com Agar e˜ Sara era um quadro profetico do relacio-´ namento de Jeova com a na ¸c´ ao de Israel˜ e a parte celestial da organiza ¸cao de˜ Deus. (Gal. 4:22-26) De modo similar, o´
7, 8. Quais sao alguns exemplos de quadros˜
profeticos inspirados?´
tabernaculo e o templo, o Dia da Expia-´ ¸cao, o sumo sacerdote e outros aspec-˜ tos da Lei mosaica eram “uma sombra das boas coisas vindouras”. (Heb. 9:23-25; 10:1) Estudar quadros profeticos as-´ sim nos deixa impressionados e fortalece nossa fe. Mas ser´ a que cada persona-´ gem, acontecimento ou objeto descrito na Bıblia representa outra pessoa ou´ coisa?
9No passado, era comum usar
expli-ca ¸coes assim. Pense, por exemplo, no˜ relato sobre Nabote. Ele foi julgado e executado injustamente por ordem da perversa Rainha Jezabel para que o ma-rido dela, Acabe, ficasse com o vinhedo dele. (1 Reis 21:1-16) Em 1932, esse rela-to foi explicado como um drama pro-fetico: Acabe e Jezabel representavam´ Satanas e sua organiza ¸c´ ao; Nabote repre-˜ sentava Jesus; a morte de Nabote, entao,˜ simbolizava a execu ¸cao de Jesus. D˜ eca-´ das depois, porem, o livro “Santificado´ Seja o Teu Nome”, publicado em 1961 (1963, em portugues), disse que Naboteˆ representava os ungidos, e Jezabel, a cristandade. Assim, a persegui ¸cao de˜ Naboteas m` aos de Jezabel simbolizava a˜ persegui ¸cao sofrida pelos ungidos du-˜ rante os ultimos dias. Por muitos anos,´ explica ¸coes como essa fortaleceram a f˜ e´ do povo de Deus. Por que entao as coisas˜ mudaram?
10Como seria de esperar, ao longo dos
anos, Jeova tem ajudado “o escravo fiel e´ discreto” a se tornar cada vez mais dis-creto, ou prudente. A prudencia temˆ levado o escravo a ser mais cauteloso
9. Como a passagem sobre Nabote ja foi expli-´ cada?
10. (a) Como a prudencia tem levado o escra-ˆ vo fiel a ter mais cautela ao explicar certas pas-sagens bıblicas? (b) Hoje, nossas publica ¸c´ oes˜ se concentram mais em que?ˆ
10 A SENTINELA
quanto a dizer que determinado relato bıblico´ e um drama prof´ etico, a menos´ que haja uma base bıblica clara. Al´ em´ disso, observou-se que algumas das ex-plica ¸coes antigas sobre tipo e ant˜ ıtipo´ sao dif˜ ıceis demais para muitos leitores.´ Fica difıcil entender, lembrar e aplicar os´ detalhes desses ensinamentos — quem representa quem e por que. No entanto,ˆ mais preocupante aindae que as li ¸c´ oes˜ morais e praticas dos relatos b´ ıblicos em´ considera ¸cao podem ser ofuscadas ou˜ perdidas no esfor ¸co de encontrar possı-´ veis cumprimentos profeticos.´ E por isso´ que nossas publica ¸coes hoje se concen-˜ tram mais nas li ¸coes simples e pr˜ aticas´
sobre fe, perseveran ¸ca, devo ¸c´ ao a Deus e˜ outras qualidades vitais que aprende-mos de passagens bıblicas.1´
11Quale o nosso entendimento atual´
do relato sobre Nabote? E muito mais´ claro e simples. Esse homem justo mor-reu, nao porque era um tipo prof˜ etico de´ Jesus ou dos ungidos, mas porque era fiel a Deus. Ele obedeceua Lei de Jeov` a´ diante de um terrıvel abuso de poder.´ (Num. 36:7; 1 Reis 21:3) Esse´ e um exem-´ plo com o qual nos identificamos, pois qualquer um de nos pode enfrentar per-´ segui ¸cao por motivos parecidos.˜ (Leia 2 Timoteo 3:12.) Essa li ¸c´ ao fortalece nos-˜ sa fe e pode ser facilmente entendida,´ lembrada e aplicada por pessoas de to-das as forma ¸coes.˜
12Devemos concluir que as passagens
bıblicas t´ em apenas uma aplica ¸cˆ ao pr˜ ati-´ ca e nenhum outro significado? Nao.˜ Hojee mais comum nossas publica ¸c´ oes˜ dizerem que uma coisa lembra ou ilustra outra. E menos prov´ avel que elas colo-´ quem relatos bıblicos numa estrutura in-´
1 Por exemplo, o livro Imite a Sua F ´e considera em
detalhes a vida de 14 personagens bıblicos. Ele se´
concentra em li ¸coes pr˜ aticas, n´ ao em significados˜
simbolicos ou prof´ eticos.´
11. (a) Quale o nosso entendimento atual do´ relato sobre Nabote, e por que nos identifica-mos com o exemplo dele? (b) Por que nossas publica ¸coes recentes raramente mencionam ti-˜ pos e antıtipos? (Veja “Perguntas dos Leitores”´ deste numero.)´
12. (a) O que nao devemos concluir sobre pas-˜ sagens bıblicas? (b) Por que conseguimos ter´ explica ¸coes claras at˜ e mesmo de coisas profun-´ das? (Veja a nota.)
O exemplo de Nabote nos ensina uma poderosa li ¸cao˜
flexıvel de tipos e ant´ ıtipos. Por exem-´ plo, podemos dizer corretamente que a integridade de Nabote diante de perse-gui ¸cao e morte lembra a integridade de˜ Cristo e de seus ungidos. Mas isso tam-bem nos faz lembrar da lealdade de mui-´ tas das “outras ovelhas” do Senhor. Es-sas compara ¸coes claras e simples s˜ ao˜ caracterısticas marcantes do ensino de´ Jeova.1´
UM MODO MAIS SIMPLES DE EXPLICAR AS ILUSTRA ¸COES DE JESUS˜ 13Jesus Cristo foi o maior Instrutor
que ja pisou na Terra. Um de seus m´ eto-´ dos favoritos de ensino eram as ilustra-¸coes. (Mat. 13:34) As ilustra ¸c˜ oes pintam˜ vıvidos quadros mentais que estimulam´ a imagina ¸cao e tocam o cora ¸c˜ ao. Ser˜ a´ que nossas publica ¸coes tamb˜ em t´ em ex-ˆ plicado as ilustra ¸coes de Jesus de uma˜ forma mais simples e clara ao longo dos anos? Sim, sem sombra de duvida! Por´ exemplo, A Sentinela de 15 de julho de 2008 explicou as ilustra ¸coes de Jesus so-˜ bre o fermento, o grao de mostarda e a˜ rede de arrasto. Nao concorda que foi˜ emocionante entendermos melhor essas ilustra ¸coes? Hoje, vemos claramente que˜ essas ilustra ¸coes se aplicam ao Reino de˜ Deus e ao seu espantosoexito em sepa-ˆ rar deste mundo perverso os verdadeiros seguidores de Cristo.
1E verdade que a Palavra de Deus tamb´ em con-´
tem coisas que podem ser “dif´ ıceis de entender”,´
incluindo partes dos escritos de Paulo. Mas todos os
escritores da Bıblia foram inspirados por esp´ ırito´
santo. Essa mesma for ¸ca ajuda os cristaos hoje a en-˜
tender verdades espirituais, tornando “ate mesmo as´
coisas profundas de Deus” mais acessıveis e claras´
para nossa mente limitada. — 2 Ped. 3:16, 17; 1 Cor. 2:10.
13. Que exemplos mostram que hoje explica-mos algumas das ilustra ¸coes de Jesus de um˜ modo mais simples e claro?
14Mas que dizer das historias, ou pa-´
rabolas, mais detalhadas que Jesus con-´ tou? Algumas, e claro, s´ ao simb˜ olicas´ e profeticas; j´ a outras enfatizam li ¸c´ oes˜ praticas. Mas como sabemos se uma´ parabola´ e simb´ olica ou n´ ao? Ao lon-˜ go dos anos, a resposta tem se torna-do mais clara. Por exemplo, pense em como explicavamos a par´ abola de Jesus´ sobre o bom samaritano. (Luc. 10:30-37) Em 1924, A Torre de Vigia (agora A Sentinela) disse que o samaritano re-presentava Jesus; a estrada de Jerusalem´ a Jerico, em declive, representava o pro-´ ceder decadente da humanidade desde a rebeliao no˜ Eden; os ladr´ oes na estrada˜ representavam grandes empresas e em-presarios gananciosos; e o sacerdote e o´ levita representavam as religioes da cris-˜ tandade. Hoje, nossas publica ¸coes usam˜ essa ilustra ¸cao para lembrar que todos os˜ cristaos devem ser imparciais em dar˜ ajuda a quem precisa, principalmente em sentido espiritual. Nao nos alegra sa-˜ ber que Jeova torna seus ensinos claros´ para nos?´
15No proximo artigo, vamos conside-´
rar outra parabola de Jesus: a das dez vir-´ gens. (Mat. 25:1-13) Como Jesus queria que seus seguidores nos ultimos dias´ entendessem essa poderosa ilustra ¸cao?˜ Sera que cada pessoa, objeto e aconteci-´ mento mencionado tem um significado simbolico, formando um quadro prof´ eti-´ co detalhado? Ou sera que ele queria que´ seus seguidores usassem essa parabola´ como uma li ¸cao pr˜ atica que os guiasse´ durante osultimos dias? Vejamos.´
14. (a) Antigamente, como explicavamos a pa-´ rabola do bom samaritano? (b) Como entende-´ mos a parabola de Jesus hoje?´
15. O que vamos considerar no proximo ar-´ tigo?
PEDRO, Andre, Tiago e Jo´ ao estavam com Jesus no monte das˜ Oliveiras — com o templo de Jerusalem´ a vista. Deve ter sido` uma experienciaˆ unica estar ali quando Jesus contou uma de´ suas profecias mais fascinantes. Eles estavam bem atentosa` medida que Jesus profetizava um futuro distante. Ele falou bastante sobre osultimos dias deste sistema perverso, per´ ıo-´ do em que estaria governando no Reino de Deus. Ele disse que, durante esse perıodo marcante, seu “escravo fiel e discre-´ to” o representaria na Terra e daria aos seus servos, no tempo certo, o alimento espiritual necessario. — Mat. 24:45-47.´
2A seguir, na mesma profecia, Jesus contou a parabola das´
dez virgens. (Leia Mateus 25:1-13.) Vamos nos concentrar nestas perguntas sobre a parabola: (1) Qual´ e sua mensagem´ basica? (2) Como os ungidos fi´ eis t´ em aplicado seu conselho,ˆ e com que resultados? (3) Como cada um de nos pode se be-´ neficiar dela?
1, 2. (a) O que Jesus revelou sobre osultimos dias? (b) Que perguntas´
vamos considerar?
Voc
e vai ‘se manter
ˆ
vigilante’?
“Mantende-vos vigilantes, porque n
ao
˜
sabeis nem o dia nem a hora.”
— MAT. 25:13.COMO RESPONDERIA? Quale a mensagem da par´ a-´ bola das dez virgens?
Como os ungidos tem aplica-ˆ do a mensagem da parabola´ de Jesus sobre as dez vir-gens?
De que maneiras os das “outras ovelhas” podem se beneficiar da parabola´ das dez virgens?
QUAL E A MENSAGEM B´ ASICA´ DA PARABOLA?´
3Vimos no artigo anterior que, em de-´
cadas recentes, o escravo fiel tem ex-plicado as Escrituras dando cada vez menos enfase em quadros profˆ eticos´ simbolicos e mais´ enfase em aplica ¸cˆ oes˜ praticas. No passado, nossas publica-´ ¸coes˜ as vezes atribu` ıam significados sim-´ bolicos at´ e mesmo a pequenos detalhes´ da parabola de Jesus sobre as dez vir-´ gens, incluindo as lampadas, oˆ oleo, os´ recipientes, e assim por diante. Mas sera´ que estavamos deixando o foco se des-´ viar da mensagem simples e urgente des-sa parabola? Como veremos, a resposta´ a essa perguntae de m´ axima import´ an-ˆ cia.
4Consideremos a mensagem basica´
de Jesus nessa parabola. Primeiro, pense´ nos personagens principais. Quem e o´ noivo? Certamente, Jesus estava falando de si proprio. Em outra ocasi´ ao, indicou˜ que ele mesmo era “o noivo”. (Luc. 5:34, 35) Que dizer das virgens? Jesus disse que as virgens tinham a responsabilida-de responsabilida-de estar preparadas com suas lampa-ˆ das acesas quando o noivo chegasse. Note as orienta ¸coes similares que Jesus˜ deu ao seu “pequeno rebanho” de segui-dores ungidos: “Os vossos lombos este-jam cingidos [ou “Estai preparados”] e as vossas lampadas acesas; e vˆ os mesmos´ sede como homens que esperam pelo seu amo, ao voltar ele do casamento.” (Luc. 12:32, 35, 36) Alem disso, tanto o´ apostolo Paulo como o ap´ ostolo Jo´ ao,˜ sob inspira ¸cao, compararam os seguido-˜
3. No passado, como explicavamos a par´ abola´ das dez virgens, e que resultado isso pode ter tido?
4. Na parabola, como sabemos (a) quem´ e o´ noivo? (b) quem sao as virgens?˜
res ungidos de Cristo a virgens castas. (2 Cor. 11:2; Rev. 14:4) Sem duvida, a pa-´ rabola em Mateus 25:1-13´ e um conselho´ e um alerta de Jesus a seus seguidores ungidos.
5Agora, pense na questao do tempo.˜
A que perıodo se aplica o conselho de Je-´ sus? Ele nos da uma indica ¸c´ ao clara per-˜ to do fim da parabola: “Chegou o noi-´ vo.” (Mat. 25:10) Conforme explicado em A Sentinela de 15 de julho de 2013, as profecias de Jesus em Mateus 24 e 25 contem oito referˆ enciasˆ a sua ‘chegada’,` ou ‘vinda’; em cada uma delas, e usada´ uma forma da mesma palavra grega. Em todos os casos, Jesus estava se referindo
`
a ocasiao em que ele viria, durante a˜ grande tribula ¸cao, para realizar o julga-˜ mento e depois destruir este sistema mundial. Assim, podemos concluir que essa parabola se refere aos´ ultimos dias,´ mas seu clımax ocorre durante a grande´ tribula ¸cao.˜
6Quale a mensagem b´ asica da par´ a-´
bola? Pense no contexto. Jesus tinha aca-bado de falar sobre seu “escravo fiel e discreto”. Esse escravo seria um peque-no grupo de homens ungidos que exer-ceria a lideran ¸ca entre os seguidores de Cristo nos ultimos dias. Jesus alertou´ aqueles homens de que eles deveriam se manter fieis. Da´ ı ele contou a par´ abola´ das dez virgens para ampliar seu conse-lho a todos os seus seguidores ungidos nosultimos dias; eles deveriam ‘se man-´ ter vigilantes’ a fim de nao perder sua va-˜ liosa recompensa. (Mat. 25:13) Vamos examinar agora a parabola e ver como os´ ungidos tem aplicado seu conselho.ˆ
5. Como Jesus indicou o perıodo a que sua pa-´ rabola se aplicaria?´
6. Levando-se em conta o contexto, qual e a´ mensagem basica da par´ abola?´
14 A SENTINELA
COMO OS UNGIDOS TEM APLICADOˆ O CONSELHO DA PARABOLA?´ 7A parabola de Jesus enfatiza que as´
virgens discretas, diferentes das tolas, estavam preparadas para a vinda do noi-vo. Por que? Porque demonstraram duasˆ qualidades: prontidao e vigil˜ ancia. Asˆ virgens, que deveriam passar a noite acordadas aguardando a chegada do noi-vo, precisavam manter suas lampadasˆ acesas e ficar alertas durante as longas horas ate aquele momento t´ ao esperado.˜ Mas, ao contrario das tolas, cinco virgens´ realmente se prepararam, levando oleo´ extra em seus recipientes junto com suas lampadas. Serˆ a que os ungidos fi´ eis tam-´ bem t´ em se mostrado prontos?ˆ
8Sem duvida! Ao longo dos´ ultimos´
dias, os ungidos tem agido como aquelasˆ virgens discretas, preparados para cum-prir fielmente sua designa ¸cao at˜ e o fim.´ Eles calculam o custo de seu servi ¸co fiel e sabem desde o inıcio que sua designa-´ ¸cao significa abrir m˜ ao de muitas vanta-˜ gens materiais que o mundo de Satanas´ oferece. Dedicam-se exclusivamente a Jeova e o servem n´ ao com uma data ou˜ prazo em mente, mas motivados por amor e lealdade a ele e a seu Filho. Con-tinuamıntegros, recusando-se a agir de´ acordo com o espırito deste mundo per-´ verso, incluindo suas atitudes materialis-tas, imorais e egoıstas. Eles se mant´ emˆ assim preparados, brilhando constante-mente como iluminadores, sem se abalar se o Noivo parece demorar. — Fil. 2:15.
9A segunda qualidade que ajudou
7, 8. (a) Que duas qualidades habilitaram as
virgens discretas a estar preparadas? (b) Como os ungidos tem se mostrado prontos?ˆ
9. (a) Como Jesus alertou sobre a tendenciaˆ natural de ficar sonolento? (b) Como os ungi-dos tem reagido ao grito: “Aqui estˆ a o noivo”?´ (Veja tambem a nota.)´
aquelas virgens a estar preparadas foi a vigilancia. Serˆ a que alguns crist´ aos ungi-˜ dos podem ficar sonolentos durante sua espera, comparada a uma longa vigılia´ noturna? Sem duvida! Note que Jesus,´ referindo-se as dez virgens, disse que` “todas elas [ficaram com sono] e ador-meceram” durante a aparente demora do noivo. Jesus sabia bem que ate mesmo´ alguem com um esp´ ırito ansioso, ou dis-´ posto, pode ser afetado pela fraqueza da carne. Os ungidos fieis t´ em acatado oˆ alerta implıcito na par´ abola e se esfor ¸ca-´ do cada vez mais para se manter vigilan-tes. Lembre-se de que todas as virgens reagiram ao grito dado no meio da noite: “Aqui esta o noivo!” Mas s´ o as que esta-´ vam vigilantes perseveraram ate o fim.´ (Mat. 25:5, 6; 26:41) Que dizer dos ungi-dos fieis hoje? Ao longo dos´ ultimos´ dias, eles tem reagidoˆ as fortes evid` en-ˆ cias de que Jesus esta prestes a vir, como´ se tivessem ouvido o grito: “Aqui esta o´ noivo!” Eles tambem t´ em perseverado,ˆ mantendo-se preparados para a chegada do Noivo.1 Mas o ponto alto da par ´abola se concentra num perıodo mais espec´ ıfi-´ co. Como assim?
RECOMPENSA PARA AS DISCRETAS E PUNI ¸CAO PARA AS TOLAS˜ 10Talvez a parte mais intrigante da
parabola esteja quase no final, quando´ ocorre um dialogo entre as virgens tolas´ e as discretas. (Leia Mateus 25:8, 9.) Esse dialogo faz surgir uma pergunta:´
1 Na par ´abola, h ´a um claro intervalo entre o grito:
“Aqui esta o noivo!” (vers´ ıculo 6) e a vinda, ou chega-´
da, do noivo (versıculo 10). Ao longo dos´ ultimos´
dias, os cristaos ungidos vigilantes t˜ em discernido oˆ
sinal da presen ¸ca de Jesus. Assim, eles sabem que
ele esta “aqui” — governando no poder do Reino. En-´
frentam o desafio de perseverar ate a vinda dele.´
10. O dialogo entre as virgens discretas e as to-´ las faz surgir que pergunta intrigante?
“Quando, na historia do povo de Deus,´ pessoas fieis recusaram ajuda´ aqueles` que a pediram?” Considerar novamente o perıodo a que se aplica a par´ abola nos´ ajuda a solucionar essa duvida. Lembre-´ se de que, conforme o nosso entendi-mento ajustado, Jesus, o Noivo, vira´ para executar julgamento perto do fim da grande tribula ¸cao. Assim, faz sentido˜ concluir que essa parte da parabola se´ cumprira logo antes desse julgamento´ decisivo. Isso parece provavel, pois nes-´ se momento os ungidos ja ter´ ao recebi-˜ do sua selagem final.
11Entao, antes do in˜ ıcio da grande tri-´
bula ¸cao, todos os ungidos fi˜ eis na Terra´ terao recebido sua selagem final. (Rev.˜ 7:1-4) A partir daı, sua chamada´ e garan-´ tida. Mas pense nos anos antes do inıcio´ da grande tribula ¸cao. O que acontecer˜ a´ com os ungidos que deixarem de ser vi-gilantes eıntegros? Eles perder´ ao a sua˜ recompensa celestial. De modo algum receberao uma selagem final antes de co-˜ me ¸car a grande tribula ¸cao. Nessa˜ epoca,´ outros cristaos fi˜ eis j´ a ter´ ao sido ungidos˜ para substituı-los. Quando a grande tri-´ bula ¸cao come ¸car, pode ser que os tolos˜ fiquem chocados ao ver a destrui ¸cao˜ de Babilonia, a Grande. Talvez somenteˆ nesse momento percebam que nao est˜ ao˜ preparados para a chegada do Noivo. O que acontecera se, nessa hora avan ¸cada,´ eles clamarem desesperados por ajuda? A parabola de Jesus nos d´ a a dura res-´ posta. As virgens discretas se recusaram a dar do seu oleo para ajudar as tolas e´ disseram que elas fossem compraroleo.´ Mas lembre-se de que isso aconteceu “no
11. (a) O que acontecera pouco antes do in´ ıcio´ da grande tribula ¸cao? (b) O que podemos con-˜ cluir do que as virgens discretas disseramas to-` las?
meio da noite”. Sera que elas consegui-´ riam achar vendedores de oleo naquela´ hora? Nao. Era tarde demais para isso.˜
12De modo similar, durante a grande
tribula ¸cao, n˜ ao ser˜ a poss´ ıvel que os un-´ gidos fieis ajudem aqueles que tiverem´ se tornado infieis. N´ ao haver˜ a nada a ser´ feito. Simplesmente sera tarde demais.´ O que entao aguardar˜ a essas pessoas? Je-´ sus explicou o que aconteceu quando as virgens tolas saıram, em v´ ao, para com-˜ praroleo: “Chegou o noivo, e as virgens´ que estavam prontas entraram com ele para a festa de casamento; e a porta foi fechada.” Quando Cristo vier em sua glo-´ ria perto do fim da tribula ¸cao, ele reuni-˜ ra seus ungidos fi´ eis no c´ eu. (Mat. 24:31;´ 25:10; Joao 14:1-3; 1 Tes. 4:17) De fato, a˜ porta estara fechada para os infi´ eis, que´ terao mostrado ser como as virgens to-˜ las. Eles talvez ajam como se estives-sem dizendo: “Senhor, senhor, abre para nos!” Mas eles receber´ ao uma resposta˜ parecida a que muitas pessoas seme-` lhantes a cabritos receberao na hora do˜ julgamento: “Eu vos digo a verdade: nao˜ vos conhe ¸co.” Que triste fim! — Mat. 7:21-23; 25:11, 12.
13Em vista disso, o que podemos
con-cluir? Sera que Jesus estava dizendo que´ muitos de seus servos ungidos seriam in-fieis e precisariam ser substitu´ ıdos? N´ ao.˜ Lembre-se: ele tinha acabado de dar um alerta para que seu “escravo fiel e
12. (a) Na grande tribula ¸cao, que situa ¸c˜ ao de-˜ sesperadora aguarda aqueles que foram ungi-dos, mas violaram sua integridade antes da se-lagem final? (b) Qual sera o fim daqueles que´ mostrarem ser como as virgens tolas?
13. (a) Por que nao devemos concluir que mui-˜ tos seguidores ungidos de Cristo serao infi˜ eis?´ (b) Por que podemos dizer que o alerta de Jesus tambem´ e uma express´ ao de sua confian ¸ca?˜ (Veja a gravura no inıcio do artigo.)´
16 A SENTINELA
discreto” nunca se tornasse um escravo mau, mas isso nao significa que ele espe-˜ rava que isso acontecesse. De modo si-milar, essa parabola serve de forte alerta.´ Cinco virgens foram tolas e cinco foram discretas. Isso mostra que cada ungido tem plenas condi ¸coes de decidir se se-˜ guira um proceder de prontid´ ao e vigi-˜ lancia ou de tolice e infidelidade. O apˆ os-´ tolo Paulo, sob inspira ¸cao, disse algo˜ similar a seus irmaos ungidos.˜ (Leia He-breus 6:4-9; note Deuteronomio 30:19.)ˆ Veja que o alerta de Paulo foi muito fir-me, mas logo em seguida ele amorosa-mente expressou confian ¸ca de que have-ria “melhores coisas” para seus irmaos˜ cristaos. No alerta dado por Jesus em sua˜ parabola, podemos perceber a mesma´ confian ¸ca amorosa. Cristo sabe que cada um de seus servos ungidos pode se man-ter fiel e receber sua emocionante recom-pensa!
COMO AS “OUTRAS OVELHAS” DE CRISTO SAO BENEFICIADAS?˜ 14Visto que Jesus aplicou a parabola´
das dez virgens aos seus seguidores un-gidos, sera que devemos concluir que ela´ nao cont˜ em nenhuma li ¸c´ ao para as “ou-˜ tras ovelhas” de Cristo? ( Joao 10:16) De˜ modo algum! Lembre-se de que a
men-14. Por que os das “outras ovelhas” tambem se´ beneficiam da parabola das dez virgens?´
sagem da parabola´ e simples: ‘Mante-´ nham-se vigilantes.’ Isso se aplica ape-nas aos ungidos? Jesus disse certa vez: “O que eu vos digo, digo a todos: Manten-de-vos vigilantes.” (Mar. 13:37) Jesus re-quer que todos os seus seguidores prepa-rem o cora ¸cao para realizar um servi ¸co˜ fiel e mantenham o mesmo grau de vigi-lancia. Assim, todos os cristˆ aos seguem˜ o bom exemplo dos ungidos e colocam o ministerio em primeiro lugar na vida.´ Tambem podemos ter em mente que as´ virgens tolas pediram que as discretas lhes dessem do seuoleo. O fato de o pe-´ dido delas nao ter sido atendido nos lem-˜ bra que ninguem pode ser fiel em nosso´ lugar, permanecer na verdade em nos-so lugar nem se manter vigilante em nosso lugar. Cada um prestara contas´ ao justo Juiz designado por Jeova. Preci-´ samos estar preparados. E ele ja est´ a che-´ gando!
15Todos os cristaos tamb˜ em podem se´
beneficiar do acontecimento principal da parabola de Jesus. Afinal, quem n´ ao˜ fica empolgado ao pensar nesse futuro casamento? Os ungidos estarao no c˜ eu;´ apos a guerra do Armagedom, eles se´ tornarao a noiva de Cristo. (Rev. 19:7-9)˜ Todos que estiverem na Terra se benefi-ciarao desse casamento celestial, pois ele˜ garantira um governo perfeito a todos.´ Nao importa a nossa esperan ¸ca — celes-˜ tial ou terrestre —, estejamos decididos a por em prˆ atica a li ¸c´ ao vital da par˜ abola´ das dez virgens. Que mostremos pronti-dao por preparar o cora ¸c˜ ao e nos manter˜ constantes, sempre vigilantes. Se agir-mos assim, podereagir-mos receber as mara-vilhosas ben ¸cˆ aos que Jeov˜ a tem em re-´ serva para nos!´
15. Por que o futuro casamento de Cristo com sua noiva deixa empolgados todos os cristaos˜ verdadeiros?
O pedido por
oleo nos
´
lembra que ningu
em
´
pode ser fiel ou se
manter vigilante em
nosso lugar
ˇ O livro Salva ¸c ˜ao, publicado em portugu ˆes em 1940, definiu desta forma “tipo” e “antıtipo”:´ “O tipoe imagem ou representa ¸c´ ao de alguma coi-˜ sa que [vai acontecer] em tempo futuro. O antıtipo´
´
e a realidade da coisa da qual o tipoe representa-´ ¸cao. O tipo pode ser propriamente chamado ‘som-˜ bra’; o antıtipo, a ‘realidade’.”´
Muitos anos atras, nossas publica ¸c´ oes afirma-˜ ram que homens e mulheres fieis, como D´ ebora,´ Eliu, Jeft´ e, J´ o, Raabe, Rebeca e v´ arios outros, eram´ na verdade tipos, ou sombras, dos ungidos ou da “grande multidao”. (Rev. 7:9) Por exemplo, pensa-˜ va-se que Jefte, J´ o e Rebeca representavam os un-´ gidos, ao passo que Debora e Raabe simbolizavam´ a grande multidao. No entanto, em anos mais re-˜ centes, nao temos feito compara ¸c˜ oes assim. Por˜ que nao?˜
As proprias Escrituras mostram que algumas´ pessoas serviram como tipos de algo maior. Em
Galatas 4:21-31, o ap´ ostolo Paulo menciona “um´ drama simbolico” que envolvia duas mulheres.´ Agar, escrava de Abraao, representava ou corres-˜ pondia ao Israel literal, que estava sujeito a Jeova´ por meio da Lei mosaica. Mas Sara, a mulher “li-vre”, simbolizava a esposa de Deus, a parte celes-tial da sua organiza ¸cao. Paulo, na carta aos he-˜ breus, relaciona o rei-sacerdote Melquisedeque a Jesus, destacando pontos em comum entre os dois. (Heb. 6:20; 7:1-3) Alem disso, Paulo compara Isa´ ıas´ e os filhos dele a Jesus e seus seguidores ungidos. (Heb. 2:13, 14) Paulo escreveu sob inspira ¸cao; as-˜ sim, nos aceitamos, sem questionar, o que ele dis-´ se sobre esses sımbolos.´
No entanto, mesmo quando a Bıblia mostra que´ uma pessoa serve como tipo, ou sımbolo, de outra,´ nao devemos concluir que cada detalhe ou aconte-˜ cimento na vida daquela pessoa representa algo maior. Por exemplo, embora Paulo tenha dito que
PERGUNTAS DOS LEITORES
No passado, nossas publica ¸c
oes muitas vezes mencionavam
˜
tipos e ant
ıtipos, mas nos
´
ultimos anos raramente t
´
em feito
ˆ
isso. Por qu
e?
ˆ
TIPO
O cordeiro pascoal sacrificado no Israel antigo era um tipo. — Num. 9:2´
ANT
ITIPO
´
Paulo identificou Cristo como “a nossa pascoa”,´ ou cordeiro pascoal. — 1 Cor. 5:7
Melquisedeque era um tipo profetico de Jesus, ele´ nao disse nada sobre a ocasi˜ ao em que Melquise-˜ deque trouxe pao e vinho para Abra˜ ao depois que˜ ele derrotou quatro reis. Portanto, nao h˜ a base b´ ı-´ blica para atribuir um significado oculto a esse acontecimento. — Gen. 14:1, 18.ˆ
Alguns escritores que viveram nos seculos se-´ guintesa morte de Cristo ca` ıram numa armadilha:´ eles viam tipos profeticos em tudo. Ao descrever´ os ensinamentos de Orıgenes, Ambr´ osio e Jer´ oni-ˆ mo, a obra The International Standard Bible Encyclo-pedia (Enciclopedia B´ ıblica Padr´ ao Internacional)˜ explica: “Eles procuravam tipos, e logicamente os encontravam, em todos os acontecimentos regis-trados nas Escrituras, mesmo nas coisas mais ba-nais. Eles pensavam que ate a circunst´ ancia maisˆ simples e comum escondia a verdade mais obscu-ra . . . , ate mesmo o n´ umero de peixes que os dis-´ cıpulos apanharam na noite em que o Salvador´ ressuscitado apareceu a eles. Quantas aplica ¸coes˜ desse numero, 153, alguns tentaram fazer!”´
Agostinho de Hipona comentou extensivamen-te o relato de quando Jesus alimentou cerca de 5 mil homens com cinco paes de cevada e dois pei-˜ xes. Visto que a cevada era considerada inferior ao trigo, Agostinho concluiu que os cinco paes certa-˜ mente representavam os cinco livros de Moises (a´ “cevada”, inferior, representava a suposta inferio-ridade do “Velho Testamento”). E os dois peixes? Por alguma razao, ele os comparou a um rei e um˜ sacerdote. Outro erudito que gostava muito de ti-pos e antıtipos viu um significado simb´ olico no ato´ de Jaco comprar a primogenitura de Esa´ u com uma´ tigela de ensopado vermelho. Para ele, isso repre-sentava o fato de Jesus ter comprado a heran ¸ca ce-lestial para a humanidade com o seu sangue ver-melho.
Se essas interpreta ¸coes parecem for ¸cadas, voc˜ eˆ pode entender a dificuldade. Os humanos nao po-˜ dem saber quais relatos bıblicos s´ ao sombras de˜ coisas futuras e quais nao s˜ ao. Qual˜ e o melhor ca-´ minho a seguir? Quando as Escrituras dizem que uma pessoa, um acontecimento ou um objeto sao˜ tipos profeticos de outra coisa, n´ os aceitamos. Do´
contrario, devemos ter cautela ao dizer que certa´ pessoa ou relato sao ant˜ ıtipos de algo, se n´ ao h˜ a´ base bıblica espec´ ıfica para isso.´
Entao, como podemos nos beneficiar dos acon-˜ tecimentos e exemplos encontrados na Bıblia? Em´ Romanos 15:4, lemos as palavras do apostolo Pau-´ lo: “Todas as coisas escritas outrora foram escritas para a nossa instru ¸cao, para que, por interm˜ edio da´ nossa perseveran ¸ca e por intermedio do consolo´ das Escrituras, tivessemos esperan ¸ca.” Paulo estava´ dizendo que seus irmaos ungidos do primeiro s˜ e-´ culo podiam tirar li ¸coes importantes dos eventos˜ registrados nas Escrituras. No entanto, o povo de Deus de todas as gera ¸coes, ungidos ou das “outras˜ ovelhas”, quer vivessem nos “ultimos dias” quer´ nao, poderiam se beneficiar — e de fato t˜ em se be-ˆ neficiado — das li ¸coes ensinadas em “todas as coi-˜ sas escritas outrora”. — Joao 10:16; 2 Tim. 3:1.˜
Em vez de aplicar a maioria desses relatos a uma
´
unica classe de pessoas e a umunico per´ ıodo, to-´ dos os servos de Deus, ungidos ou da grande mul-tidao, n˜ ao importa em que˜ epoca vivam, podem´ aplicar a si mesmos as muitas li ¸coes que os relatos˜ ensinam. Por exemplo, nao precisamos limitar a˜ aplica ¸cao do livro de J˜ o´ as dificuldades que os` ungidos enfrentaram durante a Primeira Guerra Mundial. Muitos servos de Deus, homens e mulhe-res, ungidos e da grande multidao, passaram por˜ experiencias como as de Jˆ o e ‘viram o resultado´ que Jeova deu, que Jeov´ a´ e mui terno em afei ¸c´ ao e˜
´
e misericordioso’. — Tia. 5:11.
Pense nisto: nao˜ e verdade que em nossas con-´ grega ¸coes hoje encontramos mulheres maduras˜ tao fi˜ eis como D´ ebora, jovens anci´ aos t˜ ao s˜ abios´ como Eliu, pioneiros corajosos t´ ao zelosos como˜ Jefte, e homens e mulheres fi´ eis t´ ao pacientes˜ como Jo? Como somos gratos de que Jeov´ a preser-´ vou o registro de “todas as coisas escritas outrora” de modo que, “por intermedio do consolo das Es-´ crituras, tivessemos esperan ¸ca”!´
Assim, por esses motivos, nossas publica ¸coes˜ nosultimos anos t´ em destacado as li ¸cˆ oes que po-˜ demos tirar dos relatos bıblicos, em vez de tentar´ encontrar padroes e aplica ¸c˜ oes de tipos e ant˜ ıtipos.´ 18 A SENTINELA
JESUS contou a parabola dos talentos para deixar claro que´ seus seguidores ungidos tinham uma obriga ¸cao a cumprir.˜ Precisamos entender o significado dessa parabola, pois ela´ afeta todos os cristaos verdadeiros, tanto os que t˜ em esperan-ˆ
¸ca celestial como os que tem esperan ¸ca terrestre.ˆ
2A parabola dos talentos foi contada como parte da respos-´
ta que Jesus deu aos seus discıpulos quando eles lhe pergun-´ taram sobre “o sinal da [sua] presen ¸ca e da termina ¸cao do sis-˜ tema de coisas”. (Mat. 24:3) Assim, a parabola se cumpre em´ nossos dias ee parte do sinal de que Jesus est´ a presente, go-´ vernando como Rei.
3A parabola dos talentos´ e uma de quatro ilustra ¸c´ oes que˜
estao relacionadas entre si, registradas em Mateus 24:45 a˜ 25:46. As outras tres — sobre o escravo fiel e discreto, sobre asˆ dez virgens e sobre as ovelhas e os cabritos — tambem fazem´ parte da resposta de Jesusa pergunta sobre o sinal de sua pre-` sen ¸ca. Nas quatro ilustra ¸coes, Jesus destacou caracter˜ ısticas´ que identificariam seus seguidores verdadeiros nestes ulti-´ mos dias. As ilustra ¸coes sobre o escravo, as virgens e os˜
1, 2. Por que Jesus contou a ilustra ¸cao dos talentos?˜
3. Que li ¸coes podemos aprender das ilustra ¸c˜ oes registradas nos cap˜ ıtu-´ los 24 e 25 de Mateus?
Aprenda da ilustra ¸c
ao dos talentos
˜
“A um deles deu cinco talentos, a outro dois,
e a ainda outro um.”
— MAT. 25:15.COMO RESPONDERIA? Por que Jesus contou a ilustra ¸cao dos talentos?˜
Quando o Amo vira para´ ajustar contas?
Que li ¸coes aprendemos˜ dessa ilustra ¸cao?˜
20 A SENTINELA
talentos se referem a seus seguidores un-gidos. Na ilustra ¸cao sobre o escravo fiel˜ — o pequeno grupo de ungidos encarre-gado de alimentar os domesticos nos´ ul-´ timos dias —, Jesus deixou claro que esse grupo precisaria ser fiel e discreto, ou prudente. Na parabola das virgens, Jesus´ enfatizou que todos os seus seguidores ungidos teriam de estar preparados e vigi-lantes, pois, embora soubessem que ele viria, nao saberiam nem o dia nem a˜ hora. Na parabola dos talentos, Jesus´ mostrou que os ungidos precisariam ser diligentes ao cumprir suas responsabili-dades cristas. Na˜ ultima ilustra ¸c´ ao, a pa-˜ rabola das ovelhas e dos cabritos, Jesus´ se referiu aos que tem esperan ¸ca terres-ˆ tre. Ele destacou que estes teriam de ser leais e dar total apoio aos irmaos ungidos˜ de Cristo na Terra.1 Vamos nos concen-trar agora na ilustra ¸cao dos talentos.˜
O AMO DA UMA FORTUNA´ A SEUS ESCRAVOS
4Leia Mateus 25:14-30. Conforme
nossas publica ¸coes t˜ em explicado hˆ a´ muito tempo, o homem, ou o amo, da ilustra ¸cao˜ e Jesus, e ele viajou para´ fora quando subiu ao ceu em 33 EC.´ Numa parabola anterior, Jesus revelou´ qual era seu objetivo de viajar para fora: ‘assegurar para si poder regio’. (Luc.´ 19:12) Jesus nao assegurou imediata-˜ mente para si pleno poder regio quando´
1 A identidade do escravo fiel e discreto ´e
conside-rada em A Sentinela de 15 de julho de 2013, pagi-´
nas 21-22, paragrafos 8-10. A identidade das virgens´
´
e explicada no artigo “Voce vai ‘se manter vigilan-ˆ
te’?”, nesta revista. A ilustra ¸cao das ovelhas e dos ca-˜
britose explicada em A Sentinela de 15 de outubro de´
1995, paginas 23-28, e no artigo “Apoio leal aos ir-´
maos de Cristo”, nesta revista.˜
4, 5. A quem o homem, ou o amo, representa,
e quanto valia 1 talento literal?
voltou para o ceu.1 Em vez disso, ele ‘se´ assentoua direita de Deus, da` ı em dian-´ te esperando ate que os seus inimigos´ fossem postos por escabelo dos seus pes’. — Heb. 10:12, 13.´
5O homem da ilustra ¸cao tinha 8 talen-˜
tos, uma enorme fortuna naquelaepoca.2´ Antes de viajar para fora, ele dividiu os talentos entre seus escravos, esperando que eles fizessem negocios durante sua´ ausencia. Assim como aquele homem, Je-ˆ sus tinha algo muito valioso antes de su-bir ao ceu. O qu´ e? Era algo relacionadoˆ com a obra a que ele tinha se dedicado.
6Jesus dava muita importanciaˆ a sua`
obra de prega ¸cao e ensino.˜ (Leia Lucas 4:43.) Por meio dela, ele cultivou um campo que tinha grande potencial. Je-sus havia dito a seus discıpulos: “Erguei´ os vossos olhos e observai os campos, que estao brancos para a colheita.” ( Jo˜ ao˜ 4:35-38) Ele tinha em mente o ajunta-mento de muitas outras pessoas sinceras que se tornariam seus discıpulos. Assim´ como um bom lavrador, Jesus nao aban-˜ donaria um campo que estava pronto para a colheita. Por isso, pouco depois de ser ressuscitado e antes de subir ao ceu,´ ele deu aos seus discıpulos esta comiss´ ao˜ tao importante: “Ide, portanto, e fazei˜ discıpulos.” (Mat. 28:18-20) Com essas´ palavras, Jesus confiou a eles um tesouro valioso: o ministerio crist´ ao. — 2 Cor. 4:7.˜
7O que entao podemos concluir? Ao˜
dar a seus seguidores a comissao de fa-˜ zer discıpulos, Jesus na verdade estava´
1 Veja o quadro “Similaridades entre a ilustra ¸c ˜ao dos talentos e a das minas”.
2 Nos dias de Jesus, 1 talento equivalia a
aproxima-damente 6 mil denarios. Ganhando 1 den´ ario por´
dia, um trabalhador mediano precisaria de cerca de 20 anos de trabalho para receber apenas 1 talento.
lhes confiando “seus bens” — seus talen-tos. (Mat. 25:14) Dito de modo simples, os talentos se referem a responsabilida-` de de pregar e fazer discıpulos.´
8Na parabola dos talentos, o amo deu´
5 talentos ao primeiro escravo, 2 ao se-gundo e 1 ao terceiro. (Mat. 25:15) Embo-ra cada escEmbo-ravo tenha recebido um valor diferente, o amo esperava que todos eles fossem diligentes ao usar os talentos. Da mesma forma, Jesus esperava que seus seguidores ungidos dessem o melhor de suas habilidades no ministerio. (Mat.´ 22:37; Col. 3:23) No primeiro seculo, a´ partir do Pentecostes de 33 EC, os segui-dores de Cristo come ¸caram a fazer nego-´
8. Embora cada escravo tenha recebido um va-lor diferente, o que o amo esperava?
cios com os talentos. O livro bıblico de´ Atos atesta a diligencia deles na obra deˆ pregar e fazer discıpulos.1 — Atos 6:7;´ 12:24; 19:20.
NEGOCIANDO OS TALENTOS NO TEMPO DO FIM
9No tempo do fim, principalmente
desde 1919, os fieis escravos ungidos de´
1 Ap ´os a morte dos ap ´ostolos, Satan ´as instigou a apostasia, que cresceu acentuadamente por muitos
seculos. Durante esse per´ ıodo, n´ ao houve esfor ¸cos˜
significativos e duradouros para cumprir a comissao˜
de fazer verdadeiros discıpulos de Cristo. Mas tudo´
isso mudaria durante “a colheita”, istoe, os´ ultimos´
dias. (Mat. 13:24-30, 36-43) Veja A Sentinela de 15 de
julho de 2013, paginas 9-12.´
9. (a) O que os dois escravos fieis fizeram com´ os talentos, e o que isso indica? (b) Que papel tem os das “outras ovelhas”?ˆ
A parabola dos talentos e a das minas t´ emˆ varios pontos em comum. As duas descre-´ vem um homem em posi ¸cao de autoridade˜ que, antes de iniciar uma viagem, convocou os seus escravos e lhes confiou seu dinhei-ro, dando-lhes instru ¸coes para aumentar os˜ seus bens. Entao, quando voltou, o homem˜ considerou seus escravos responsaveis´ pelo modo como usaram o dinheiro. (Mat. 25:14-30; Luc. 19:12-27) Nas duas
ilustra-¸coes, o amo˜ –representa Jesus, e os escra-vos—representam seus discıpulos ungi-´ dos. Em cada uma delas, o amo confiou a seus escravos seu dinheiro˜, que repre-senta o valioso privilegio de fazer disc´ ıpu-´ los. Os dois relatos tambem cont´ em umˆ alerta sobre o que aconteceria se os discı-´ pulos de Cristo desenvolvessem as caracte-rısticas de um escravo in´ ıquo.´
Similaridades entre a ilustra ¸c
ao dos talentos e a das minas
˜
–
—
Cristo na Terra tem feito negˆ ocios com os´ talentos do Amo. Assim como os dois primeiros escravos, irmas e irm˜ aos ungi-˜ dos tem dado seu melhor segundo suasˆ circunstancias. Nˆ ao h˜ a necessidade de´ especular sobre a identidade do escravo que recebeu 5 talentos e do que recebeu 2 talentos. Na ilustra ¸cao, esses dois es-˜ cravos dobraram o valor que o amo lhes deu; entao, os dois eram igualmente dili-˜ gentes. Mas que dizer dos que tem espe-ˆ ran ¸ca terrestre? Eles tem um papel im-ˆ portante. Conforme mostra a ilustra ¸cao˜ de Jesus sobre as ovelhas e os cabritos, eles tem a honra de dar apoio leal aos ir-ˆ maos ungidos de Jesus na obra de prega-˜ ¸cao e ensino. Nestes cr˜ ıticos´ ultimos´ dias, os dois grupos trabalham juntos como “um so rebanho” ao realizar com´ zelo a obra de fazer discıpulos. — Jo´ ao˜ 10:16.
10O Amo tem o direito de esperar
resultados. Como ja mencionado, seus´ fieis disc´ ıpulos do primeiro s´ eculo real-´ mente aumentaram seus bens. Que
di-10. Quale um aspecto impressionante do sinal´ da presen ¸ca de Jesus?
zer do tempo do fim, perıodo em que se´ cumpre a parabola dos talentos? Os fi´ eis´ e diligentes servos de Jesus tem realiza-ˆ do a maior obra de pregar e fazer discı-´ pulos que ja houve em toda a Hist´ oria.´ Gra ¸cas a esse esfor ¸co conjunto, milhares de novos discıpulos t´ em se juntado aosˆ proclamadores do Reino todo ano. Isso faz da obra de prega ¸cao e ensino um as-˜ pecto impressionante do sinal da presen-¸ca de Jesus no poder do Reino. Nao h˜ a´ duvida de que isso deixa o Amo deles´ muito feliz!
QUANDO O AMO VIRA´ PARA AJUSTAR CONTAS?
11Jesus vira ajustar contas com seus´
escravos perto do fim da grande tribula-¸cao, agora bem pr˜ oxima. Como chega-´ mos a essa conclusao? Em sua profe-˜ cia registrada nos capıtulos 24 e 25 de´ Mateus, Jesus mencionou varias vezes´ sua vinda. Referindo-se ao julgamento que ocorrera durante a grande tribula-´ ¸cao, ele disse que as pessoas ‘veriam o Fi-˜
11. Como chegamosa conclus` ao de que Jesus˜ ajustara contas durante a grande tribula ¸c´ ao?˜
Cristo confiou aos seus servos a valiosa responsabilidade de pregar
lho do homem vir nas nuvens do ceu’.´ Para ajudar os seus seguidores a se man-ter vigilantes nosultimos dias, ele disse:´ “Nao sabeis em que dia vir˜ a o vosso Se-´ nhor” e “o Filho do homem vem numa hora em que nao pensais”. (Mat. 24:30,˜ 42, 44) Por isso, quando disse que “vol-tou o amo daqueles escravos e ajus“vol-tou contas com eles”, Jesus pelo visto estava se referindo a` epoca em que ele viria´ para executar julgamento, no fim deste sistema.1 — Mat. 25:19.
12Segundo a parabola, quando o amo´
voltou, ele viu que os dois primeiros es-cravos — o que recebeu 5 talentos e o que recebeu 2 talentos — foram fieis; cada um´ dobrou o valor recebido. O amo disse o mesmo aos dois: “Muito bem, escravo bom e fiel! Foste fiel em poucas coi-sas. Designar-te-ei sobre muitas coicoi-sas.” (Mat. 25:21, 23) O que entao podemos˜ esperar quando o Amo, o glorificado Je-sus, vier para julgar?
13Os diligentes discıpulos ungidos de´
Jesus, representados pelos dois primei-ros escravos, ja ter´ ao recebido sua sela-˜
1 Veja A Sentinela de 15 de julho de 2013, p
´agi-nas 7-8, paragrafos 14-18.´
12, 13. (a) O que o amo disse aos dois
primei-ros escravos, e por que? (b) Quandoˆ e que´ os ungidos recebem sua selagem final? (Veja o quadro “Presta ¸cao de contas ao morrer”.)˜ (c) Que recompensa receberao os que forem˜ julgados ovelhas?
gem final antes do inıcio da grande tribu-´ la ¸cao. (Rev. 7:1-3) Antes do Armagedom,˜ Jesus lhes dara sua prometida recom-´ pensa celestial. Que dizer dos que temˆ esperan ¸ca terrestre e tiverem apoiado os irmaos de Cristo na obra de prega ¸c˜ ao?˜ Eles serao julgados ovelhas e receber˜ ao o˜ privilegio de viver no dom´ ınio terrestre´ do Reino. — Mat. 25:34.
UM ESCRAVO MAU E PREGUI ¸COSO
14Na parabola, o´ ultimo escravo en-´
terrou seu talento em vez de negociar com ele ou ate mesmo entreg´ a-lo aos´ banqueiros. Ele mostrou uma atitude ruim, pois agiu propositalmente contra os interesses de seu amo. Com razao, o˜ amo o chamou de “inıquo e indolente”,´ ou mau e pregui ¸coso. O amo tirou o ta-lento dele e o entregou ao que tinha 10 talentos. O escravo mau foi entao˜ lan ¸cado “na escuridao l˜ a fora”. ‘Ali´ e´ onde haveria o seu choro e o ranger de seus dentes.’ — Mat. 25:24-30; Luc. 19:22, 23.
15Visto que um dos tres escravos doˆ
amo escondeu o seu talento, sera que Je-´ sus estava indicando que um ter ¸co dos seus seguidores ungidos seriam maus e pregui ¸cosos? Nao. Pense no contexto.˜
14, 15. Sera que Jesus indicou que um grande´
numero de seus irm´ aos ungidos seriam maus e˜ pregui ¸cosos? Explique.
Desde o primeiro seculo, os disc´ ıpulos ungi-´ dos tem recebido os talentos, e eles devemˆ prestar contas de como cumprem sua comis-sao de pregar. Os que morrerem fi˜ eis antes´ do inıcio da grande tribula ¸c´ ao j˜ a ter´ ao rece-˜
bido sua selagem final antes de morrer. No entanto, a ilustra ¸cao de Jesus sobre os talen-˜ tos se concentra na presta ¸cao de contas final˜ dos ungidos que estiverem vivos na Terra na
´
epoca da grande tribula ¸cao.˜
Na ilustra ¸cao do escravo fiel e discreto,˜ Jesus falou de um escravo mau que es-pancou seus coescravos. Jesus nao esta-˜ va predizendo que surgiria uma classe de escravo mau. Em vez disso, ele estava alertando o escravo fiel contra ter as caracterısticas de um escravo mau. De´ modo similar, na ilustra ¸cao das dez vir-˜ gens, Jesus nao estava indicando que˜ metade de seus seguidores ungidos seria como as cinco virgens tolas. Na verdade, ele estava dando um alerta a seus irmaos˜ espirituais sobre o que aconteceria se eles deixassem de ser vigilantes e de es-tar preparados.1 Assim, parece razo ´avel concluir que, na ilustra ¸cao dos talentos,˜ Jesus nao estava dizendo que um grande˜ numero de seus irm´ aos ungidos se tor-˜ nariam maus e pregui ¸cosos nosultimos´ dias. Na verdade, ele estava dando um alerta a seus seguidores ungidos sobre a necessidade de se manterem diligentes — fazendo negocios com seus talentos —´ e evitarem as atitudes e a ¸coes de um es-˜ cravo mau. — Mat. 25:16.
16Que duas li ¸coes aprendemos da pa-˜
rabola dos talentos? Primeira: o Amo,´ Cristo, confiou aos seus escravos ungi-dos algo que ele considera valioso — a comissao de pregar e fazer disc˜ ıpulos.´ Segunda: Cristo espera que todos nos se-´ jamos diligentes na obra de prega ¸cao.˜ Se agirmos assim, podemos estar cer-tos de que o Amo recompensara nossa´ fe, vigil´ ancia e lealdade. — Mat. 25:21,ˆ 23, 34.
1 Veja o par ´agrafo 13 do artigo “Voc ˆe vai ‘se man-ter vigilante’?”, nesta revista.
16. (a) Que li ¸coes aprendemos da par˜ abola´ dos talentos? (b) Como este artigo ajustou nos-so entendimento da parabola dos talentos?´ (Veja o quadro “Entenda a ilustra ¸cao dos talen-˜ tos”.)
Entenda a ilustra ¸c
ao
˜
dos talentos
Quando o Amo
recompensa os escravos.
Explica ¸cao anterior:˜Em 1919, Jesus recompensou seus escravos na Terra por confiar a eles mais responsabilidades.
Explica ¸cao ajustada:˜
Quando Cristo vier no futuro, ele recompensara´ seus escravos ungidos fieis por lev´ a-los para´ o ceu.´
O escravo mau
e pregui ¸coso.
Explica ¸cao anterior:˜
O escravo mau e pregui ¸coso representa os ungidos naepoca de 1914 que se recusaram´ a participar na obra de prega ¸cao.˜
Explica ¸cao ajustada:˜
Jesus nao estava predizendo que um grupo˜ de seus seguidores ungidos formaria uma classe de escravo mau. Em vez disso, ele estava alertando seus seguidores sobre o que aconteceria se eles pensassem e agissem de um modo que o levasse a encara-los como´ maus e pregui ¸cosos.
JESUS estava conversando com seus amigos Pedro, Andre, Tia-´ go e Joao. Eles tinham acabado de ouvi-lo contar as ilustra ¸c˜ oes˜ do escravo fiel e discreto, das dez virgens e dos talentos. Jesus concluiu sua considera ¸cao com outra par˜ abola. Ele descreveu´ uma ocasiao em que “o Filho do homem” julgaria “todas as na-˜ ¸coes”. Essa ilustra ¸c˜ ao deve ter deixado seus disc˜ ıpulos maravi-´ lhados. Nela, Jesus se concentrou em dois grupos: um chama-do de ovelhas e o outro de cabritos. E ele destacou um importante terceiro grupo: os “irmaos” do “rei”. —˜ Leia Mateus 25:31-46.
2Ha muito tempo essa ilustra ¸c´ ao desperta a curiosidade do˜
povo de Jeova; e com raz´ ao, visto que Jesus falou do que acon-˜ teceria com as pessoas no futuro. Ele revelou por que algumas receberiam a vida eterna, ao passo que outras seriam decepa-das para sempre, ou destruıdas. Nossa vida depende de en-´ tendermos as verdades ensinadas por Jesus e de agirmos em harmonia com elas. Com tanta coisa em jogo, devemos nos perguntar: Como Jeova aos poucos esclareceu nosso´
1, 2. (a) Que ilustra ¸coes Jesus considerou com seus amigos? (Veja a˜
gravura no inıcio do artigo.) (b) O que precisamos saber sobre a ilustra-´ ¸cao das ovelhas e dos cabritos?˜
Apoio leal aos irm
aos de Cristo
˜
“Ao ponto que o fizestes a um dos m
ınimos destes
´
meus irm
aos, a mim o fizestes.”
˜
— MAT. 25:40.COMO RESPONDERIA? Como Jeova refinou nosso en-´ tendimento sobre a ilustra ¸cao˜ das ovelhas e dos cabritos?
Quem recebe a comissao˜ de pregar?
Por que agorae a hora de´ apoiar os irmaos de Cristo?˜
26 A SENTINELA
entendimento dessa ilustra ¸cao? Por que˜ podemos dizer que a ilustra ¸cao enfatiza a˜ importancia da obra de prega ¸cˆ ao? Quem˜ recebe a comissao de pregar? E por que˜ agorae a hora de sermos leais ao “rei” e´
`
aqueles que ele chamou de “meus ir-maos”?˜
COMO NOSSO ENTENDIMENTO FOI AJUSTADO?
3Para entendermos a ilustra ¸cao das˜
ovelhas e dos cabritos corretamente, precisamos compreender tres elementosˆ principais do relato: a identidade dos en-volvidos, o tempo em que ocorrera o julga-´ mento e os criterios para classificar alguns´ como ovelhas e outros como cabritos.
4Em 1881, a revista Zion’s Watch Tower
(A Torre de Vigia de Siao) identificou “o˜ Filho do homem”, tambem chamado de´ “o rei”, como Jesus. Os Estudantes da Bı-´ blia daquelaepoca entendiam que a ex-´ pressao “meus irm˜ aos” se referia˜ aqueles` que reinarao com Cristo, bem como a to-˜ dos os humanos depois de terem sido res-tauradosa perfei ¸c` ao na Terra. Eles acha-˜ vam que a separa ¸cao das ovelhas e dos˜ cabritos ocorreria durante o Reinado Mi-lenar de Cristo. E acreditavam que as pes-soas seriam classificadas como ovelhas por terem vivido de acordo com a lei divi-na do amor.
5No inıcio da d´ ecada de 20, Jeov´ a aju-´
dou seu povo a ajustar seu entendimento dessa ilustra ¸cao. O n˜ umero de 15 de ou-´ tubro de 1923 de A Torre de Vigia (agora A Sentinela), em ingles, afirmou que “o Fi-ˆ lho do homem” e Jesus. Mas, quanto´ a`
3, 4. (a) Para entendermos a ilustra ¸cao das˜
ovelhas e dos cabritos, precisamos compreen-der que elementos? (b) Em 1881, como essa ilustra ¸cao foi explicada?˜
5. Na decada de 20, como nosso entendimento´ foi ajustado?
identidade dos irmaos de Cristo, a revista˜ apresentou solidos argumentos b´ ıblicos´ de que eles representavam somente os que reinariam com ele no ceu; disse tam-´ bem que as ovelhas se referiam´ as pes-` soas com esperan ¸ca de viver na Terra sob o domınio do Reino de Cristo. Que dizer´ do tempo em que ocorreria a separa ¸cao˜ entre as ovelhas e os cabritos? O artigo disse que, visto que os irmaos de Cristo˜ estariam reinando com ele no ceu duran-´ te o Reinado Milenar, eles nao pode-˜ riam ser ajudados nem negligenciados por uma classe terrestre. Entao, a separa-˜ ¸cao entre as ovelhas e os cabritos teria de˜ ocorrer antes do inıcio do Reinado Mile-´ nar. E os criterios para algu´ em ser identi-´ ficado como ovelha? O artigo concluiu que isso aconteceria se a pessoa reconhe-cesse Jesus como seu Senhor e tivesse confian ¸ca absoluta de que o Reino traria condi ¸coes melhores.˜
6Em resultado desse entendimento
re-finado, o povo de Jeova achou que as pes-´ soas estavam sendo julgadas como ove-lhas ou cabritos ao longo do final do sistema de coisas, dependendo de sua rea ¸cao˜ a mensagem do Reino. No entan-` to, em 1995, A Sentinela apresentou um ajuste. Dois artigos no numero de 15 de´ outubro consideraram as similaridades entre o que Jesus disse emMateus 24:29-31 (leia) e em Mateus 25:24:29-31, 32 (leia).1 Qual foi a conclusao? O primeiro desses˜ artigos disse: “O julgamento das ove-lhas e dos cabritos e futuro.” Quando,´ exatamente? “Ocorrera depois de irrom-´
1 Para uma considera ¸c ˜ao detalhada dessa
ilustra-¸cao, veja os artigos “Qual ser˜ a a sua situa ¸c´ ao perante˜
a cadeira de juiz?” e “Que futuro tem as ovelhas e osˆ
cabritos?” no numero de 15 de outubro de 1995 de´
A Sentinela.
6. Em 1995, como nosso entendimento foi ajustado ainda mais?