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Titulo: Estudo sobre a Percepção dos Profissionais Graduados em Contabilidade da Cidade de Ilhéus sobre o Capital Intelectual.

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Academic year: 2021

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Titulo: Estudo sobre a Percepção dos Profissionais Graduados em Contabilidade da Cidade de Ilhéus sobre o Capital Intelectual.

Área do Trabalho: I – Educação e Pesquisa em Contabilidade

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo efetuar um estudo sobre a visão dos profissionais graduados em contabilidade de Ilhéus sobre o capital intelectual. O que justificou a elaboração deste foi o fato de que, a partir do desenvolvimento das organizações surge a necessidade de identificar o nível de conhecimento dos profissionais de contabilidade em relação ao capital intelectual para que estes possam ser mais proveitosos no processo de tomada de decisão. Quanto à metodologia aplicada, os dados foram coletados através de um questionário destinado aos profissionais graduados em contabilidade de Ilhéus, o qual foi elaborado com base nos específicos deste trabalho. Percebeu-se que os graduados pesquisados possuem uma visão muito limitada do que vem a ser o capital intelectual, pois os mesmos não compreendem de fato os aspectos de conceituais e básicos deste mecanismo. Ficou recomendado por esta pesquisa que os profissionais procurem informar-se e se especializar em relação ao capital intelectual, pois a economia global aliada à tecnologia da informação tem criado valor para os elementos que consubstanciam o processo de valorização da organização. Já para as empresas, destacando as microempresas, empresas de pequeno porte e as médias empresas, torna-se necessário dispor de informações relativas ao capital intelectual e para esse papel o profissional contábil teoricamente seria apto para dispor destas informações, pois o mundo globalizado exige profissionais multifuncionais, eficientes, criativos, com visão de futuro, senso de oportunidade, intuitivos e principalmente empreendedores.

Palavra - chave: Capital Intelectual, Profissionais graduados, organizações.

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem o objetivo de elaborar um estudo sobre a percepção dos profissionais de contabilidade graduados do município de Ilhéus sobre o capital intelectual. Dessa forma, objetiva-se conhecer se estes profissionais tem um conhecimento básico da importância da mensuração do capital intelectual para as organizações. Nesse sentido, torna-se importante conhecer alguns conceitos cruciais para nortear o entendimento da proposta temática desta pesquisa.

Sendo assim, o capital intelectual pode ser entendido como uma combinação de ativos intangíveis, frutos das mudanças nas áreas da tecnologia da informação, mídia e comunicação, que trazem benefícios intangíveis para as entidades e que capacitam o

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funcionamento das mesmas, divididas em quatro categorias: ativo de mercado; ativos humanos; ativos de propriedade intelectual; ativos de infra-estrutura.

Ou seja, o capital intelectual pode ser encontrado em três lugares: nas pessoas; nas estruturas; nos clientes. O capital humano é a capacidade necessária para que os indivíduos ofereçam soluções aos clientes, é a fonte da inovação e renovação. Mas para compartilhar, transmitir e alavancar os conhecimentos são necessários ativos estruturais, ou seja, capital estrutural é a capacidade organizacional que uma entidade possui de suprir as necessidades do mercado. Já o capital de clientes é o valor dos relacionamentos de uma entidade com as pessoas com as quais realiza operações.

Esta pesquisa pautou no estudo dessa importância para os graduados e profissionais do município de Ilhéus, onde por meio de um questionário, objetivou-se aferir o conhecimento destes indivíduos acerca da importância da identificação e mensuração do capital intelectual.

Percebe-se que os graduados pesquisados possuem uma visão muito limitada do que vem a ser o capital intelectual. Espera-se nesta pesquisa que os profissionais, as instituições de ensino, estudantes do curso de Ciências contábeis e empresas, percebam o grau de importância da mensuração deste ativo intangível para as organizações e a sociedade, e por outro lado, a abordagem acerca do capital social nas instituições de ensino deve ser revista, pois muitos graduados ou recém graduados não conseguem assimilar aspectos básicos do capital intelectual. Pois, diante de um mundo globalizado, tem-se uma sociedade que anseia por conhecimentos através de uma constante, por ser de imperiosa necessidade para a obtenção de resultados satisfatórios nos empreendimentos, tanto pessoais quanto profissionais.

O problema levantado, na pesquisa, foi o seguinte:

O enfoque das organizações no tocante ao capital intelectual tem crescido concomitantemente com a economia e evidencia aspectos estruturais de relacionamento com clientes e fornecedores, tecnológico e de capacidade intelectual dos funcionários, os quais em conjunto se caracterizam como o capital intelectual da empresa.

Dessa forma esta pesquisa tem a seguinte problemática: Será que os profissionais contábeis que compõem o quadro de contadores dos escritórios de contabilidade de Ilhéus detêm o conhecimento sobre a importância do que vem a ser um Capital Intelectual e que este fato pode agregar valor à empresa a qual pertence?

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Ho – Os profissionais contábeis do município de Ilhéus, na sua maioria, não detêm o conhecimento sobre a importância e os benefícios que o capital intelectual possa agregar a empresa, pois na sua conjuntura, o quadro de profissionais contábeis deste município tem o seu desempenho na função contábil voltada para a contabilidade fiscal. Sendo assim, a visão ampla sobre a importância e até mesmo um conceito bem definido sobre o capital intelectual fica restrito a uma minoria de profissionais contábeis.

Ho1 – Os profissionais de contabilidade possuem um conhecimento sobre a importância do capital intelectual, porém as empresas no município de Ilhéus não valorizam ou não conhece a importância desse capital para o crescimento da organização.

A RELEVÂNCIA DESTE ESTUDO

Devido ao desenvolvimento das organizações surge a necessidade de identificar o nível de conhecimento dos profissionais de contabilidade em relação ao capital intelectual para que estes possam ser mais proveitosos no processo de tomada de decisão. O município de Ilhéus tem sido atrativo para investimentos de grandes companhias, mesmo assim, o que predominam são as micro e pequenas empresas. Dessa forma, torna-se viável elaborar um estudo que vise conhecer as perspectivas dos profissionais da contabilidade em relação ao capital intelectual e sua importância para o crescimento e desenvolvimento das organizações. Esta pesquisa será importante e servirá como instrumento de estudos para todos que buscam realizar trabalhos e enriquecer seus conhecimentos sobre capital intelectual, bem como os profissionais contábeis e as empresas do município de Ilhéus. Sendo assim, é de grande importância abranger sobre o assunto citado acima para que todos conheçam a influência do capital intelectual nos dias atuais, qual o seu papel perante a entidade e fortalecer ainda mais os conhecimento de forma aprofundada para que todos venham a ter uma visão mais aprofundada em relação a este assunto.

Este trabalho tem como objetivo, elaborar um estudo sobre a percepção dos profissionais de contabilidade graduados do município de Ilhéus sobre o capital intelectual. O QUE OS AUTORES DA ÁREA DIZEM SOBRE O ASSUNTO.

Verifica-se que, em muitas vezes, nas empresas as decisões são tomadas com base no sentimento ou na maioria dos casos, por improvisação. Em seu trabalho Barros (1978, p.24) observa que “[...] a grande maioria dos pequenos empresários adquiriu, em forma empírica e na direção diária de seu estabelecimento, a capacitação exigida para as funções diretivas”. Os

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ativos intangíveis, como o capital intelectual, toma aprimazia nas organizações, pois a cada dia o processo tecnológico sofre alteração e paralelamente a ele surge à necessidade de pessoas qualificadas. O profissional contábil cuida diretamente do patrimônio das organizações e por meio dele, as decisões são tomadas. Nesse sentido é importante estudar se estes profissionais tem conhecimento sobre a importância do capital intelectual para as organizações.

Sendo assim, fica estabelecido que no mundo globalizado é imprescindível que as decisões sejam tomadas de forma alinhada ao planejamento e as metas traçadas. Como mencionado pelo autor, às decisões que são tomadas na sua maioria por improvisação, pois fica evidente a inexistência de planejamento financeiro ou econômico.

Na visão de Ferreira (1999, p.398) o termo “Capital” pode ser definido como sendo recursos monetários investidos ou disponíveis para investimento, fundo de dinheiro ou patrimônio de uma empresa.

Nesse sentido, pode-se ter uma idéia sucinta de que o capital, na visão econômica, é um fator de produção que representa o potencial de produção, ou seja, o poder ou a capacidade de algo ser transformado em um bem ou serviço. Não representa um bem ou serviço no presente, mas o estoque de bens econômicos heterogêneos – máquinas, terras, matérias-primas – capaz de reproduzir bens e serviços (fluxo de riquezas). Seu conceito está ligado com o de investimento, por existir um custo de oportunidade.

Do ponto de vista histórico afirma Gomes (2003) apud Lucena (2007, p.42) que existem três origens que marcaram a evolução do pensamento a respeito da gestão de capital intelectual iniciada nas últimas décadas do século XX. Primeiramente, com o trabalhão pioneiro de Hiroyntei Itami, que em 1980 publicou estudo sobre os efeitos dos ativos invisíveis na administração de organizações japonesas. No segundo momento, destaca-se o “trabalho de um grupo de economistas (Penrose, Rumelt, Wernefelt e Outros) que buscavam uma visão diferente sobre a teoria da firma, tendo sido compilada por Teece no ano de 1986, que evidenciou a forma de controle e gerenciamento necessária às organizações em que sua produção estava baseada no conhecimento e na criatividade.

Conforme Schmidt e Santos (2003, p.181) embora vários renomados autores principalmente Peter Drucker, tem disponível sobre como o recurso do conhecimento impactou mudanças nas sociedades há décadas, temos informações que a primeira matéria que abordou o conceito de capital intelectual foi editada por Thomaz Stewart na Revista Fortune em 1994 com o título “Your company’s most valuavle asset: intellectual capital”.

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ABORDAGEM CONCEITUAL DE CAPITAL INTELECTUAL

Sendo assim, Brooking (1996, p12-13) apud Schmidt e Santos (2002, p.179) define o capital intelectual como sendo “uma combinação de ativos intangíveis, frutos das mudanças nas áreas da tecnologia da informação, mídia e comunicação que trazem benefícios intangíveis para as entidades e que capacitam o funcionamento das mesmas”, dividida em quatro categorias:

I - Ativo de mercado: potencial da entidade com seus intangíveis relacionados com o mercado, tais como a marca, lealdade de clientes, negócios em andamento (backlog). Canais de distribuição, franquias, dentre outras.

II - Ativos Humanos; benefícios que o indivíduo pode proporcionar a organização, tais como: expertise, criatividade, conhecimento, habilidade para resolver problemas, visto de forma coletiva e dinâmica.

III - Ativos de prosperidade intelectual: são aqueles que necessitam de proteção legal para proporcionar benefícios futuros para a organização, tais como know-how, segredos industriais, copryright, patentes, design, dentre outros.

IV - Ativos de infra-estrutura: incluem tecnologias, metodologias e processos empregados tais como cultura, sistemas de informação, métodos gerenciais, aceitação de riscos, bancos de dados de clientes, dentre outros.

Segundo Lucena (2007, p. 43) o capital intelectual compõe-se de três formas básicas: I- Capital Humano: representado pela capacidade, conhecimento, habilidade e experiência dos funcionários e gerentes, bem como a sua capacidade de criar e inovar dentro das organizações;

II - Capital Estrutural: que inclui fatores como a qualidade e o alcance dos sistemas informatizados, a imagem da empresa, os bancos de dados, a documentação, os conceitos organizacionais, marcas e patentes;

III - Capital Clientes: Evidencia a solidez e lealdade dos clientes à organização agregando valor monetário.

A RELEVÂNCIA DA MENSURAÇÃO DO CAPITAL INTELECTUAL

Por outro lado, a pesquisa evidenciou que os entrevistados tem uma noção sobre o que vem a ser capital intelectual, porém não há ainda uma percepção consistente a respeito do seu conceito e distinção de outros ativos intangíveis. Verificou, também, que é um assunto que apesar de ser bastante divulgado nos meios de comunicação científica, ainda não faz parte

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do cotidiano e da realidade desses profissionais. Assim observa-se a relevância dos resultados deste estudo, que, de certa forma propicia elementos motivadores para o exercício de uma reflexão mais profunda sobre o assunto, ao mesmo tempo, que se enfatiza a necessidade de tornar mais objetivos os estudos envolvendo a intangibilidade patrimonial, buscando evidenciar dados e informações que, na era do conhecimento são indispensáveis para uma gestão saudável, competitiva e sustentável.

Os ativos intangíveis formam uma das áreas mais complexas da teoria da contabilidade, em parte em virtude das dificuldades de definição, mas principalmente por causa das incertezas a respeito da mensuração de seus valores e da estimação de suas vidas úteis. (...) A palavra intangível vem do latim tangere, ou tocar. Os bens intangíveis, portanto são bens que não podem ser tocados, porque não têm corpo. Mais formalmente diz-se que os ativos intangíveis são incorpóreos. (HENDRIKSEN E VAN BREDA, 1999, p.388).

RELAÇÃO DO GOODWILL COM O CAPITAL INTELECTUAL

O Goodwill é reconhecido pela contabilidade financeira apenas quando adquirido por meio da compra de uma empresa, ou parte dela. É registrado como sendo a diferença entre o valor pago pela empresa (valor de mercado) e o seu valor contábil.

A definição de Goodwill, segundo Iudícibus (1997, p.205) apud Schmidt e Santos (2002, p.45) pode ser analisado sob as seguintes perspectivas:

I - Excesso de preço pago na compra de um negócio sobre o valor de mercado de seus ativos líquidos;

II - Nas consolidações, o excesso de valor pago pela investidora por sua participação nos ativos da subsidiária;

III - Valor atual dos lucros futuros esperados, descontados por seus custos de oportunidade (Goodwill subjetivo)

O verdadeiro Goodwill somente surgirá se os ativos e passivos das entidades adquiridas forem reavaliados por algum tipo de valor de mercado. Caso contrário, o Goodwill será uma mistura de Goodwill puro e de outras diferenças da avaliação.

Em um breve comentário, os ativos de uma empresa se dividem em: tangíveis, cujo reconhecimento é incontestável; e intangíveis. Estes, por sua vez, se classificam em: intangíveis identificados e mensuráveis (direitos autorais, franquias, patentes, entre outros.); intangíveis identificados, mas, ainda, não mensuráveis (Capital Intelectual); e intangíveis

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ainda não identificados (Goodwill desconhecido). E, somando-se o Capital Intelectual aos intangíveis ainda não identificados, encontra-se o Goodwill Total.

Pode-se ver o Capital Intelectual como não sendo o mesmo que Goodwill, mas uma parte integrante dele que foi identificada. E, uma vez identificada, dá-se o nome de Capital Intelectual. Podemos inferir, pela sua própria natureza, que o Goodwill é formado por outros fatores que ainda não foram identificados e que, pela sinergia, nunca o serão.

Dessa forma, a medição dos ativos intangíveis é uma área na qual a desproporção é muito ampla. As alternativas ao custo histórico, baseadas em modelos de propriedade ou em modelos certificados, são insuficientes porque exigem julgamentos que conduzem a variações substanciais. É por isso necessária uma discussão mais profunda e a necessária investigação para que os ativos intangíveis se possam valorizar adequadamente e, assim, calcular o valor financeiro que lhe é atribuído.

METODOLOGIA UTILIZADA

Quanto à Metodologia utilizada, O estudo desse trabalho foi limitado aos graduados em ciências contábeis do município de Ilhéus, onde foi realizada uma pesquisa de campo, através de um questionário, durante os meses de março e abril de 2011.

A população ou o universo da pesquisa corresponde à totalidade de elementos que apresentam uma coleção de atributos similares. Gil (2002, p. 43) afirma que a população ou universo é o conjunto de elementos que possuem determinadas características.

Dessa forma, o universo de pesquisa representou o total de profissionais com graduação em ciências Contábeis. Utilizou-se a população de 139 profissionais com o curso de bacharelado em Ciências contábeis, dos quais 82 são do sexo masculino e 57 do sexo feminino. Esses dados foram obtidos junto ao CRC - BA (Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia). Utilizou-se esse mecanismo de coleta de dados para facilitar o acesso aos graduados, e zelar pela maior significância da pesquisa.

Do total de 139 profissionais graduados no município de Ilhéus, foi aplicados 78 questionários, o que consiste em um número suficiente para garantir a integridade da pesquisa. Verificou-se que dos 78 profissionais pesquisados 46 são do sexo masculino, representando 59%; 31 são do sexo feminino, o que representa 40% do montante, e 01 profissional não respondeu essa pergunta no questionário.

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Utilizou-se 95% de intervalo de confiança para a verdadeira variância e média populacional. A margem de erro utilizada correspondeu a 5% (erro permitido) para a população estudada.

O método utilizado foi o qualitativo que é caracterizado pelo uso das variáveis de qualidade nas modalidades de coleta de informações para a pesquisa, através do questionário aplicado à população e amostra. O questionário foi estruturado com questões objetivas, sendo que a forma de contato com os entrevistados aconteceu de forma direta.

RESULTADOS E DISCUSSÕES 22 18 13 11 9 5 0 5 10 15 20 25 06 A 10 ANOS 01 A 05 ANOS MAIS DE 20 ANOS 16 A 20 ANOS 11 A 15 ANOS NÃO RESPONDEU T e m p o d e p ro fi s s ã o Nº de entrevistados 28,2% 23,1% 16,7% 14,1% 11,5% 6,4%

Figura 01. Tempo de Trabalho na área Contábil dos entrevistados pesquisados no município de Ilhéus em 2011.

Os dados da Figura 01 mostram o tempo de trabalho na área contábil por parte dos entrevistados. Constatou-se que 28,2% dos graduados pesquisados trabalham na área entre 06 a 10 anos; 23,1% trabalham entre 01 a 05 anos; 16,7% trabalham na área há mais de 20 anos. Verificou-se ainda que 6,4% dos entrevistados não responderam a questão proposta. O fato de se ver que a maioria dos entrevistados trabalha na área há mais de 05 anos relaciona-se justamente com o fato abordado no texto, isso se deve principalmente, ao número crescente de técnicos em Contabilidade que estão buscando cursar o nível superior. Sendo que estes profissionais já gozam de ampla experiência na área.

No que se refere à situação profissional dos entrevistados pesquisados, constatou-se que 28 entrevistados (36%) são empregados em empresa comercial, industrial ou serviço; 25

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entrevistados (32%) são empresários contábeis; 16 (21%) são empregados em escritórios de contabilidade. Verifica-se que a maioria dos entrevistados trabalha em organizações com contabilidade interna ou em outras áreas. Pode-se observar também que o número de empresário contábil é relevante e paralelo a ele o número de empregados nos escritórios de contabilidade. Verifica-se também, que os escritórios estão optando capacitando seus colaboradores ou contratando profissionais já graduados. Outro ponto a ser observado consiste no fato de não haver funcionário público dentre os entrevistados.

SIM; 64; 82% NÃO RESPONDEU; 1; 1% NÃO ; 13; 17%

Figura 02. Percepção dos entrevistados pesquisados acerca do que vem a ser capital intelectual no município de Ilhéus em 2011.

Os dados da Figura 02 mostra a percepção dos entrevistados acerca do que vem a ser o capital intelectual. Constatou-se que 82% dos entrevistados responderam “sim”, que conhecem conceitualmente o capital intelectual. O que pode ser considerado relevante explicitar é que 17% dos graduados responderam “não”, que não conhecem o que vem a ser capital intelectual. Esse leva a um entendimento que o curso de contábeis oferecidos pelas instituições não contempla uma abordagem mais fundamentada no que tange os ativos intangíveis. Como a sociedade atual está alicerçada no conhecimento, a necessidade de mensurar essa riqueza para as organizações torna-se relevante tanto quanto a mensuração dos seus ativos tangíveis. Dessa forma, entende-se como sendo de suma importância dá aprimazia nos cursos de Contábeis, principalmente, os dá região sul da Bahia no estudo dos elementos que norteiam a terminologia capital intelectual.

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Outro ponto pesquisado diz respeito a qual foi à fonte que disponibilizou a informação aos entrevistados pesquisados acerca do que vem a ser o capital intelectual. Verificou-se que 69,2% dos entrevistados que conhecem o que é capital social afirmaram que a fonte dessa informação foi à faculdade. Do total dos entrevistados 16,7% não respondeu e 11,5% respondeu que conhece o que vem a ser capital intelectual por meio de outras fontes e apenas 2,6% afirmaram que foi em seminários. Mais uma vez, percebe-se que a maioria das instituições ainda não dão ênfase a abordagem dos ativos intangíveis no curso de Ciências Contábeis, pode-se afirmar, pois todos os entrevistados são graduados em Ciências Contábeis, esse fato é preocupante, pois o mercado demanda de profissionais dinâmicos e com a era da informação o capital intelectual tem se tornado primordial nas organizações.

No que tange a percepção dos entrevistados acerca de como é composto o capital intelectual, ficou constatado que 69% dos graduados responderam que o capital intelectual é composto apenas pelo capital humano. 13% afirmaram que todas as alternativas apresentadas são quesitos da composição do capital intelectual; 9% não responderam; e as alternativas “capital de cliente” e “capital humano e capital de clientes” tiveram 0%. Dessa forma, percebe-se que os entrevistados possuem uma visão insípida do que realmente é a composição do capital intelectual. Apenas 13% dos entrevistados tiveram a resposta que satisfaz o verdadeiro sentido da composição. Nesse sentido, pode-se entender que os entrevistados tem pouco conhecimento em relação ao capital intelectual. Verifica-se que o entendimento dos graduados fica restrito a relação de capital intelectual com capital humano.

No tocante a percepção dos graduados acerca da importância do capital intelectual para as empresas e o profissional contábil, constatou-se que 72% dos entrevistados responderam “sim”, 21% responderam “em parte”, 4% não responderam e 3% responderam “não”. De fato o Capital intelectual é de grande relevância para as organizações, bem como para os profissionais, embora seja difícil sua mensuração, pois se trata de um ativo intangível. O capital humano, parte integrante do capital intelectual, configura-se como um grande referencial de sucesso no meio empresarial, é o que vai determinar o futuro da companhia. Sem um gerenciamento adequado deste requisito, nenhuma empresa terá sucesso com suas metas e objetivos e, conseqüentemente, não alcançará os resultados esperados. Muito menos poderá pretender manter-se competitiva no mercado.

Em relação à percepção dos graduados em Contabilidade acerca dos aspectos conceituais, ou seja, da definição básica do que vem a definir Capital intelectual, constatou-se que 85% responderam “sim”, que o capital social está atrelado a elementos intangíveis na empresa. Já 15% dos graduados não souberam responder. O capital intelectual pode ser

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entendido de uma forma simplória, como sendo o conjunto de informações e conhecimentos encontrados nas organizações, onde agregam ao produto e/ou serviços valores mediante a aplicação da inteligência, e não do capital monetário. Sendo assim, o capital intelectual corresponde a um elemento intangível e, ficou evidenciado que 85% dos entrevistados conhecem essa terminologia. Porém, o que vale enfatizar nesse tópico está correlacionado com um percentual significativo de entrevistados que não enxerga o capital intelectual como elemento intangível. Conclui-se que de fato a visão desses profissionais ainda é insípida com relação a este assunto, e para as instituições de ensino superior, fica um alerta: de fato está sendo abordada de forma eficaz nas disciplinas de contabilidade a mensuração do ativo? Dessa forma, as instituições devem repensar seus métodos e estes graduados procurem desenvolver atividades extracurriculares que permitam a expansão de seus conhecimentos. No mercado competitivo os desafios são intensos e na sociedade da informação, a tendência é a mensuração por parte das organizações de seus ativos intangíveis.

Com relação à percepção do entrevistado acerca da diferença entre capital intelectual e Goodwill, verificou-se que 30% dos graduados responderam “discordo totalmente”; 23% afirmaram que “mais concordo do que discordo”; 15% respondeu “concordo totalmente”; Os que não souberam responder somaram 15%; já 11% responderam “mais discordo do que concordo”. Conforme abordado neste trabalho pode-se ver o Capital Intelectual como não sendo o mesmo que Goodwill, mas uma parte integrante dele que foi identificada. E, uma vez identificada, dá-se o nome de Capital Intelectual. Dessa forma, pode-se notar que o percentual de graduados que não soube responder acrescido dos que concorda totalmente corresponde a 24 entrevistados que juntos somam um percentual de 31% do total. O que esta pesquisadora vem enfatizando corresponde à visão deturpada dos entrevistados acerca do capital intelectual e sua mensuração.

No tocante a percepção dos entrevistados com relação à mensuração do capital intelectual como um procedimento padronizado pela contabilidade, ficou constatado que 36% dos graduados responderam “discordo totalmente”; 26% afirmaram “mais discordo do que concordo”; 15% responderam “mais concordo do que discordo”; 13% não souberam responder, e apenas 10% concordaram totalmente. A Contabilidade tradicional vêm tratando os diversos recursos econômicos disponíveis como um ativo, evidenciando seus valores em seus relatórios. Porém os recursos do conhecimento desenvolvidos pela entidade são quase sempre ignorados em seus registros e evidenciações. Constata-se que várias são as afirmações de que o valor de mercado das entidades negociados em bolsa de valores é, na maioria das vezes, superior ao seu valor contábil, apontando certa falha da contabilidade na mensuração

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do valor patrimonial das entidades, em função basicamente, da objetividade e do conservadorismo. Dessa forma, verifica-se que a maioria dos entrevistados estão seguindo a linha de que mensurar ativos intangíveis, como o capital intelectual, ainda é um desafio a ser superado pela contabilidade.

Já a percepção dos entrevistados acerca da evidenciação nas demonstrações contábeis do Capital intelectual, verificou-se que 37% dos entrevistados entendem que o capital intelectual tem uma evidenciação satisfatória na contabilidade; 27% discordaram e 18% mais discorda do que concorda. Verifica-se que na tabela Anterior (tabela 04) a maioria dos entrevistados discordaram enquanto a mensuração do capital. Como explicado no item anterior, a Contabilidade tem um entrave a ser quebrado no tocante à mensuração e evidenciação do capital intelectual. No que diz respeito aos entrevistados, propriamente dito, vale ressaltar que os graduados possuem pouco conhecimento do que vem a ser de fato o capital intelectual e uma fatia desses entrevistados não conhecem o que vem a ser o capital intelectual.

CONCLUSÕES

Observou-se que a maioria dos profissionais pesquisados possuem de 06 a 10 anos na profissão, sendo que a moda predominante no que tange a situação profissional consiste nos profissionais que trabalham em empresas comercial, industrial ou serviço. Verificou-se que 65% dos graduados não possuem cursos de pós-graduação. Para os entrevistados que responderam possuir curso de pós-graduação predominou a especialização lato sensu.

No objetivo que visa “Identificar qual é a percepção dos profissionais de contabilidade graduados do município de Ilhéus em relação ao capital intelectual”. Observou-se que a maioria dos entrevistados (82%) afirmou conhecer o que vem a Observou-ser o capital intelectual, sendo que a fonte que disponibilizou estas informações predominou a faculdade. Questionou-se aos entrevistados qual seria a composição do capital intelectual, sendo que 69% entendem que o capital intelectual é composto apenas pelo capital humano. Dessa forma, verificou-se que a visão dos entrevistados acerca do capital intelectual ainda é muito limitada, pois os mesmos não compreendem de fato os aspectos de conceituais e básicos deste mecanismo.

O objetivo que versa sobre “Conhecer a opinião dos profissionais pesquisados em relação à importância do capital intelectual na contabilidade”. Verificou-se que para 72% dos entrevistados o capital intelectual é importante para as organizações e os profissionais.

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Mesmo esses profissionais respondendo positivamente este questionamento, verificou-se na pesquisa que o entendimento da maioria dos entrevistados ainda é de forma equivocada.

O objetivo que consiste em “Verificar se os profissionais pesquisados possuem conhecimento sobre a diferença entre Goodwill e Capital Intelectual”. Constatou-se que a maioria dos graduados não sabem distinguir as diferenças entre capital intelectual e o

Goodwill, esse fato está atrelado à deficiência na estrutura conceitual oferecida no curso de

ciências contábeis. Do total de entrevistados apenas 30% souberam reconhecer que existe diferença entre essas vertentes.

No objetivo que visa “Identificar a percepção dos profissionais com relação à mensuração e evidenciação do capital intelectual por parte da contabilidade”. Observou-se que os entrevistados entendem que a mensuração do capital intelectual é um procedimento padronizado pela contabilidade. Porém na pesquisa constatou-se que mensurar o capital intelectual é um entrave na contabilidade tradicional, o que de certa forma, não consegue registrar de forma eficaz alguns ativos intangíveis. No que tange a evidenciação para a maioria dos entrevistados o capital intelectual tem uma evidenciação satisfatório pela contabilidade, o que fica contestado pela pesquisa realizada, se a contabilidade tem dificuldades para mensurar, logicamente tornará difícil evidenciar de forma concisa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A primeira hipótese foi “Os profissionais contábeis do município de Ilhéus, na sua maioria, não detêm o conhecimento sobre a importância e os benefícios que o capital intelectual possa agregar a empresa, pois na sua conjuntura, o quadro de profissionais contábeis deste município tem o seu desempenho na função contábil voltada para a contabilidade fiscal. Sendo assim, a visão ampla sobre a importância e até mesmo um conceito bem definido sobre o capital intelectual fica restrito a uma minoria de profissionais contábeis.”. Essa hipótese é verdadeira. Como se pode observar os entrevistados possui um conhecimento aquém do que é correlacionado nas ementas dos cursos de contábeis de graduação. Diversos questionamentos que tinha como objetivo aferir o conhecimento dos graduados foram respondidos de forma equivocada, o que comprovou a hipótese acima.

A segunda hipótese foi “Os profissionais de contabilidade possuem um conhecimento sobre a importância do capital intelectual, porém as empresas no município de Ilhéus não valorizam ou não conhece a importância desse capital para o crescimento da organização.”. Essa hipótese é verdadeira em parte, excluindo a parte onde afirma que os

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profissionais possuem conhecimento do capital intelectual, pois ficou constatado que o conhecimento desta vertente pelos profissionais ainda é muito limitada. Já na segunda na segunda parte ficou realmente verificado que as empresas não possuem conhecimento do capital intelectual e não valoriza, embora seja muito importante para qualquer organização independentemente do seu porte.

RECOMENDAÇÕES FINAIS

Diante do exposto no texto, recomenda-se que os profissionais procurem informar-se e se especializar em relação ao capital intelectual, pois a economia global aliada à tecnologia da informação tem criado valor para os elementos que consubstanciam o processo de valorização da organização. Já para as empresas, destacando as microempresas, empresas de pequeno porte e as médias empresas, torna-se necessário dispor de informações relativas ao capital intelectual e para esse papel o profissional contábil teoricamente seria apto para dispor destas informações. No tocante ás instituições de ensino, deve-se repensar seus métodos de ensinos para que o enfoque no ensino da contabilidade não fique enfocado nos parâmetros tradicionais, pois a própria ciência contábil tem evoluído, cabe as instituições, professores e alunos se engajarem nos novos paradigmas imposto pelo sistema econômico vigente.

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Referências

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