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Palavras chaves: Logística, gerenciamento, tecnologia, cadeia de suprimentos.

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Academic year: 2021

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O USO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADO À LOGÍSTICA INTEGRADA E AO GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS COMO VANTAGEM

COMPETITIVA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O WMS

Allan Alves de Almeida, allan.lvs@gmail.com

FATEC Carapicuíba Daiane Araújo Martins, daiane.araujomartins@hotmail.com FATEC Carapicuíba Jeany Ferreira da Silva, jeany_hatsumi@yahoo.com.br

FATEC Carapicuíba Lucas Samuel Souza Nolasco Costa, lsamuel.costa@gmail.com

FATEC Carapicuíba ÁREA TEMÁTICA

Logística Empresarial: Gestão da Cadeia de Suprimentos RESUMO

Este artigo tem por finalidade apresentar a importância da tecnologia da informação para o desenvolvimento da gestão da Logística Integrada e do Supply Chain, enfatizando o uso do Warehouse Management System (WMS) aplicado à logística para gerenciar grandes centros de distribuição, mostrando um estudo de caso da maior empresa de e-commerce da América Latina. A integração dos processos e o gerenciamento coordenado das atividades em conjunto com as tecnologias de informação garantem vantagens frente aos concorrentes, pois com as mudanças estruturais das últimas décadas, os consumidores buscam níveis elevados de serviço, com padrões que atendam as expectativas, portanto, através deste estudo é possível identificar como o WMS contribui para o bom gerenciamento da cadeia de suprimentos garantindo assim, maior satisfação do consumidor final.

Palavras chaves: Logística, gerenciamento, tecnologia, cadeia de suprimentos. ABSTRACT

The purpose of this article is to present the importance of technology information for the management of Integrated Logistics and Supply Chain development, emphasizing the use of the Warehouse Management System (WMS) applied to logistics to manage the large distribution centers, showing a case study of the largest e-commerce in Latin America. The integration of processes and coordinated management of activities in conjunction with information technologies ensure some advantages against competitors, due to structural changes of recent decades, consumers seek high levels of service with standards that meet the expectations, therefore, through this study can be identified as the WMS contributes to the good management of the supply chain ensuring greater consumer satisfaction.

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Keywords: Logistics, management, technology, supply chain. 1. INTRODUÇÃO

O atual cenário empresarial apresenta relevantes mudanças em relação às estruturas mercadológicas das décadas anteriores em função do gradativo crescimento da globalização. O mercado consumidor tornou-se mais exigente com o passar do tempo obrigando as empresas a buscarem recursos que otimizassem seus processos produtivos e de atendimento sem perda de qualidade no nível de serviço oferecido.

Devido a essas grandes mudanças, as empresas viram a necessidade de retomar o conceito de logística empresarial, que consiste no gerenciamento do fluxo de bens, serviços e informações para garantir vantagens competitivas em relação aos concorrentes.

É de suma importância analisar o atual cenário empresarial, para entender a evolução dos modos de gerenciamento e o quanto isso reflete na qualidade do serviço prestado e do produto adquirido.

Este artigo tem como objetivo principal apresentar o uso de um Sistema de Gerenciamento de Armazéns - Warehouse Management System (WMS), como peça fundamental na administração das diversas fases que compõem o ciclo logístico dentro de um Centro de Distribuição, constatando que a Tecnologia da Informação aplicada aos conceitos de Logística Integrada e Supply Chain Management garantem vantagens competitivas.

Grande parte do desenvolvimento empresarial deve-se a necessidade de minimizar os custos por meio da redução de estoques além da obtenção de novos mercados, o que consequentemente torna obrigatório o investimento em transportes, tecnologias e também na automação dos processos que proporcionam maior eficiência na obtenção de resultados positivos e lucrativos. Portanto, até que ponto a ferramenta da Tecnologia da Informação, o WMS, aplicada a Logística Integrada e ao SCM permite adquirir vantagens competitivas?

Segundo Ribeiro e Gomes (2004), a logística visa gerir de maneira estratégica os processos de: aquisição, armazenagem, movimentação e distribuição de materiais, pela organização dos canais de marketing, visando sempre aumentar os lucros.

Um dos pilares que sustentam o acompanhamento das mudanças referidas e a gestão adequada das atividades logísticas é o uso da tecnologia da informação voltada à problemática da cadeia de suprimentos.

A metodologia adotada neste artigo é fundamentada em pesquisas bibliográficas: leitura e levantamento de conceitos teóricos que serviram de base para o desenvolvimento do artigo, análise do problema de pesquisa, estudo de caso para embasamento dos dados levantados.

2. LOGÍSTICA INTEGRADA: COMPONENTE FUNDAMENTAL DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Para começarmos o estudo da estrutura da cadeia de suprimentos precisamos nos familiarizar com o conceito de logística integrada, que se diferencia dos outros métodos de administração de materiais utilizados para gerenciar as atividades inter-relacionadas, pois seu fundamento parte do principio de que as atividades devem ser geridas de forma coordenada.

Segundo Slongo (2002), a logística integrada consiste no relacionamento entre todos os integrantes da cadeia, sendo necessário o estreitamento deste relacionamento, objetivando reforçar todos os diversos pontos do canal, agregando valor ao cliente final e sendo considerada uma estratégia competitiva além de ser responsável por coordenar todas as variáveis que compõem o gerenciamento da cadeia de suprimentos.

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A logística integrada explora a ideia de que “ela deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de agregar valor por meio de serviços prestados” (FLEURY, 2009, p. 31). Produto Preço Promoção Praça Serviço ao Cliente Compras ou vendas Estoques Processamento de pedidos Transporte Armazenagem

Fonte: Fleury, P..F., Wanke,P.,Figueredo, K.F. Logística Empresarial, 2009. Figura 1: Modelo conceitual de logística integrada

Um conceito que ajuda a explicar os fundamentos da logística integrada é o marketing mix, ou composto mercadológico. Esse conceito apresenta quatro variáveis que fundamentam sua estratégia: produto, preço, promoção e praça. Esta ultima definirá a política dos canais de distribuição, que são “as vias intermediárias, através das quais os produtos chegam ao consumidor final” (GRECCO, 1977, p. 35) e pode ser caracterizada por um aspecto que merece destaque: a validação dos padrões de serviços utilizados nos diferentes canais do processo de distribuição. Segundo FLEURY (2009), padrões de serviços são um conjunto de variáveis como disponibilidade de produtos, prazos de entrega, estruturação dos prazos, flexibilidade do serviço, serviços de pós-venda, etc. Quando os canais de distribuição e os padrões de serviços são estabelecidos, tem início a função da Logística, adaptar-se para garantir que essas diretrizes sejam cumpridas. O modelo da logística integrada serve de base para fundamentar os padrões de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos que prima pela comunicação entre as funções de Marketing, Fluxo de Informações e Produção e deve ser entendida e utilizada como um sistema, no qual há uma inter-relação entre os integrantes, tendo a necessidade de gerenciamento coordenado. Não é possível alcançar os objetivos estipulados se pensarmos em apenas um dos pontos da cadeia, os resultados positivos serão provisórios, pois uma ação não coordenada, provavelmente refletirá negativamente em todos os outros componentes do sistema.

3. GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS – SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

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Há um novo modo de gerenciamento que se sobrepõe ao da Logística Integrada, conhecido como Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, que segundo a definição adotada pelo Fórum de Supply Chain Management realizado na Ohio State University implica que: “é a integração dos processos industriais e comerciais, partindo do consumidor final e indo até os fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e informações que agreguem valor para o cliente” (Novaes, 2007, p. 40).

Figura 2: Modelo conceitual de Supply Chain Management

O SCM (Supply Chain Management) engloba todos os departamentos de uma empresa, desde o marketing até o setor financeiro e também é responsável por tomar decisões que envolvem desde a escolha do melhor lugar do armazém até o investimento em tecnologias para atender com excelência o cliente final. Ou seja, enquanto a Logística Integrada, apenas foca nas atividades produtivas o Supply Chain tem uma visão da organização como um todo, principalmente no que se refere às tendências do mercado. Esta nova percepção de administração tem início na necessidade de atender o consumidor, prestando um serviço de qualidade, para que isso ocorra há todo um estudo de otimização de cada componente da cadeia, mas claro, sempre mantendo uma visão ampla de todos os processos, planejando todas as ações e tendo conhecimento de possíveis reações. Este modo inovador de gerenciar utiliza-se de muitos indicadores que medem a qualidade de cada etapa do processo, buscando a excelência máxima.

No atual conceito de Logística há quatro variáveis determinantes na cadeia de suprimentos: Lugar, Tempo, Qualidade e Informação. Todas interferem diretamente em cada elo da cadeia.

A primeira variável implica nas distâncias de cada fase do Supply Chain e no objetivo de toda empresa, a satisfação do cliente final. Em suma, significa disponibilizar a mercadoria no lugar desejado pelo consumidor.

Já o segundo fator determinante na cadeia de suprimentos, corresponde ao Tempo, que consiste na necessidade de cumprimento de prazos, que possam minimizar custos. É nítido, que atualmente o consumidor está mais exigente e procura um nível de qualidade, seja na prestação de serviço ou na aquisição de produtos, extremamente elevado.

Sendo assim, o terceiro fator intrínseco da cadeia, é de extrema importância, já que não basta estar no lugar certo e cumprir os prazos, o cliente exige que a qualidade do serviço prestado, ou do produto adquirido, seja excelente.

E a última variável fundamental no Supply Chain é a Informação. É essencial que haja um acompanhamento de cada elo da cadeia, tendo em vista, que a qualquer momento podem ocorrer imprevistos, o que obrigará o gestor a tomar decisões que serão fundamentais para a finalização satisfatória do processo. Há também, a questão de evoluir com as mudanças de mercado, é necessário conhecer a necessidade e as tendências do público consumidor, para manter-se sempre a frente dos concorrentes.

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O fato é que a constante instabilidade no mercado faz com que as empresas busquem novas alternativas para não sucumbirem e o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, que está sendo considerado por muitas uma vantagem competitiva. As empresas que conseguem implantar este conceito destacam-se e são líderes de mercado. No entanto, é importante salientar que a maior dificuldade na implantação do SCM é quebrar paradigmas presentes na cultura de cada empresa.

4. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO APLICADA A LOGÍSTICA

Atualmente o valor da Informação é imensurável, principalmente quando se refere a processos gerenciais. Com esta percepção o investimento em Sistemas que viabilizem o fluxo e a exatidão desta Informação vem aumentando consideravelmente no decorrer dos anos.

De acordo, com PEREIRA e FONSECA (1997, p. 239), “a tecnologia da informação surgiu da necessidade de se estabelecer estratégias e instrumentos de captação, organização, interpretação e uso das informações”.

Segundo BATISTA (2004, p. 59), “Tecnologia de Informação é todo e qualquer dispositivo que tenha a capacidade para tratar dados e/ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica, independentemente da maneira como é aplicada”.

Torna-se notório que para uma estrutura gerencial eficiente e de sucesso, a tecnologia da informação é consequência de uma gestão estratégica de informação.

A agilidade no processamento e na assimilação da informação pode ser considerada fonte de sucesso de algumas empresas, já que o tempo é fundamental nas questões logísticas. Porém não basta ter rapidez, é essencial possuir qualidade no decorrer de todas as etapas do processo logístico e para que isso ocorra há necessidade de sistemas de informação que comportem tal responsabilidade.

A Logística Integrada e o Supply Chain, não poderiam abster-se desta evolução tecnológica, já que grande parte das atividades que envolvem a Cadeia de Suprimentos é fundamentada em ferramentas de tecnologia da informação, como exemplos podemos elencar:

 O Código de Barras, que propicia a facilidade de armazenamento de produtos, além de permitir um controle mais minucioso do estoque;

O EDI (Electronic Data Interchange) que funciona como um “tradutor” de dados, para otimizar e facilitar a comunicação entre fornecedor e empresa, diminuindo burocracias e reduzindo o tempo nas transações.

E também o GPS (Global Positioning System), que permite escolher a melhor rota e ter o acompanhamento do transporte.

Para Názaro (1999) os sistemas de informação funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado e têm-se mostrado fundamentais para seu avanço.

A tecnologia da informação, não está presente apenas nas questões operacionais, ela é parte fundamental do planejamento estratégico, permitindo que o gestor tenha acesso a índices de qualidade e desempenho da empresa, que posteriormente o auxiliarão na tomada de decisões. Logo não é possível implantar o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, que vimos ter como principal foco a inter-relação de cada etapa do processo, sem que haja ferramentas que propiciem a coordenação das atividades, objetivando: redução de tempo, otimização dos recursos, qualidade no serviço prestado e eficiência dos componentes da cadeia.

Portanto, assim como a Logística, a Tecnologia da Informação tem suma importância no desenvolvimento das empresas, e grande responsabilidade por mantê-las em patamares cada vez mais elevados.

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5. WAREHOUSE MANAGEMENT SYSTEM (WMS)

O WMS surgiu com a função de proporcionar melhores resultados dos processos de informação dentro do armazém ou centro de distribuição e reduzir custos operacionais. Com o avanço da tecnologia da informação no setor da logística, surgiram novas técnicas para melhoria do processo, desde o recebimento da mercadoria, armazenagem, separação de materiais e expedição.

Segundo Sucupira (2003) o WMS passou a existir devido à necessidade de aperfeiçoar os fluxos de informação e de materiais dentro de um depósito, armazém ou centro de distribuição, alcançando como resultados principais a redução de custos e o aumento de nível do serviço oferecido aos clientes.

De acordo com Arozo (2003), os sistemas de WMS têm a responsabilidade de administrar as operações do dia-a-dia de um armazém. Mesmo possuindo alguns algoritmos, sua utilização está ligada a decisões totalmente operacionais, tais como: definição de rotas de coleta, definição de endereçamento dos produtos, etc.

O quadro descrito abaixo ilustra as funcionalidades do Sistema de Gerenciamento de Armazéns utilizadas na Logística:

Funções do WMS Logística

Programação e entrada de pedido

Coloca os pedidos de modo rápido e acurado no armazém, melhora o desempenho do sistema corporativo (ERP) quanto ao planejamento do atendimento. Planejamento e

alocação de recurso

Planeja automaticamente a alocação de mão de obra diária, além do método de movimentação de material e o equipamento a ser utilizado por cada operador.

Portaria

Controla todos os veículos envolvidos nas operações de recebimento, gerenciando a fila de espera e designação de docas, além de controlar dados do fornecedor, ordem de chegada, prioridade de descarga, etc.

Recebimento

Identifica e seleciona o recebimento a ser processado, indica os itens e quantidades a serem recebidos, imprime e identifica o produto, confirma o recebimento da quantidade de cada produto e libera os itens para a estocagem.

Inspeção e controle de qualidade

Notifica o operador de inspeção das necessidades dos materiais recebidos, permitindo a entrega imediata de produtos à inspeção ou à notificação imediata para que um inspetor venha à recepção; confirma e libera a inspeção quando os produtos ficam estocados em quarentena, evitando a separação física do material.

Estocagem Analisa o melhor método de estocagem,

considerando local, tipo de equipamento, momento oportuno para estocar; possibilita o conhecimento do que está estocado; apoia o recebimento do material que entra; a consolidação de números de mesmo item e inventário rotativo.

Transferências Gerencia os fluxos de transferência de itens entre áreas, ou de um depósito para outro,

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Fonte: Chrusciak D. et al(2006,p. 7 apud Adaptado de Banzato 1998)

Quadro 1: Adaptação do WMS tradicional para o gerenciamento da logística

A otimização proporcionada pelo WMS permite que haja uma evolução na precisão das informações de estoque, na velocidade e qualidade das operações do centro de distribuição e na produtividade do pessoal e equipamentos. Isto se tornou possível devido ao surgimento de novas tecnologias de informação tanto em hardware (computadores, dispositivos periféricos de entrada e saída, e meios de armazenagem de dados), quando em software (sistemas, programas e aplicativos).

Pela definição de Banzato (1998), o WMS pode aperfeiçoar os negócios de uma empresa com redução de custo e melhoria do nível de serviço oferecido ao cliente. A redução de custo está associada à melhoria da eficiência de todos os recursos operacionais, tais como: equipamentos e mão de obra. Por outro lado, a melhoria do nível de serviço pode ser atribuída ao fato de erros e falhas de separação e entrega serem minimizados, bem como ganho de agilidade em todo o processo de atendimento ao cliente, combinando melhorias do fluxo de materiais com melhorias no fluxo de informações.

De acordo com o exposto acima podemos dizer que o WMS traz os seguintes benefícios:  Maior índice de controle e de acuracidade do estoque;

 Maior produtividade;

 Menores índices de erros operacionais;

 Verticalização do armazém, aumentando espaço físico;  Maior controle do processo logístico.

O WMS como todos os outros sistemas de gerenciamento, só poderão alcançar o máximo de êxito se as etapas envolvidas nos processos forem devidamente coordenadas e interligadas, desde o correto registro dos itens no armazém no ato do recebimento, da

seja próprio ou terceirizado. Separação de

Pedidos

Transmite os pedidos de mais alta prioridade aos separadores de pedidos; se as prioridades forem iguais, transmite as solicitações de separação com base nos critérios pré-definidos.

Expedição Inclui a roteirização dos produtos separados para as devidas áreas de separação de cargas na expedição; a geração automática dos conhecimentos de embarque e atualização automática de arquivos de pedidos abertos de clientes.

Inventários Permite realizar os inventários físicos de forma rápida e precisa, executando-o por tipo de produtos ou localizações físicas, também podem ser feitas auditorias internas sem bloqueio de movimentação e de acordo com os critérios da empresa, além de acertos de inventários, tais como: quebra; mudança

de status de produtos, etc. Controle de

Contenedores

Controla os contenedores como paletes, racks, berços, cestos aramados, caixas plásticas, etc.

Relatórios Fornece relatórios de desempenho e

informações operacionais que subsidiam o processo de gerenciamento do armazém.

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precisa separação e conferência dos produtos e do cumprimento de prazos de entrega na expedição. Com um sistema WMS utilizado por uma mão de obra devidamente treinada para operá-lo, obtemos melhores resultados, diminuindo os erros operacionais, reduzindo custos logísticos, e custos de transportes.

6. ESTUDO DE CASO

Neste estudo de caso, acompanhamos os processos dentro do centro de distribuição de umas das maiores empresas de comércio eletrônico da América Latina, a empresa possui três filiais, sendo duas em São Paulo e uma em Recife. Todas possuem localização estratégica, ou seja, de fácil acesso as principais rodovias das cidades onde se encontram.

A complexidade das operações dentro deste centro de distribuição é imensa, pois precisa haver uma “ponte” entre a lógica usada para operar as lojas virtuais (sites) e os sistemas de informação utilizados para gerenciar as operações do armazém. No caso da empresa estudada, a estocagem de produtos torna-se necessária, pois o que garante a disponibilidade de determinado item no site é justamente a confirmação de que este item também esteja disponível e em condições de revenda dentro de seu estoque. Para que esse controle seja feito de forma vigorosa e eficaz, visto que o sortimento de itens armazenados ultrapassa a casa de 500mil itens, ela utiliza-se de um Sistema de Gerenciamento de Armazéns – WMS (Warehouse Management System) que tem por finalidade garantir a acuracidade do estoque. Para melhor entendimento explicaremos como esse modelo de sistema de gerenciamento atua no controle de entradas (recebimento), movimentações e saídas (expedição) dos itens que compõem seu estoque.

A incorporação dos itens no estoque é feita por meio do lançamento das informações contidas nas notas fiscais tais como fornecedor, descrição, quantidade, custo unitário, cubagem, código de barras, peso entre outras. Por meio desse lançamento o Sistema de Gerenciamento faz uma vistoria no seu banco de dados que informa quais destes itens que estão sendo recebidos nunca havia sido antes, o que significa que este não está cadastrado e isso precisará ocorrer para que o recebimento dos materiais seja concluído. Uma vez cadastrados e recebidos, os produtos são disponibilizados para que sejam armazenados de acordo com suas características físicas. A empresa dispõe de vários tipos de estrutura de locais para acondicionamento desses itens, dentre elas estão: porta-paletes para armazenagem de móveis, utensílios domésticos, eletrodomésticos; estanterias que abrigam principalmente cd’s, dvd’s e livros; estruturas blocadas acondicionam itens de linha branca como refrigeradores, lavadoras; ambientes refrigerados para estocagem de produtos perecíveis. Cada produto contém um código de barras que servirá como sua identidade e o tornará único, além disso, ele será transferido para um “endereço” fixo dessas estruturas de armazenagem que possibilitará o total rastreamento das peças e o controle de estoques.

Depois de infusos no estoque da empresa, os produtos também são disponibilizados no site de compras com a mesma quantidade de peças que estão fisicamente armazenadas, esse processo é feito por meio de uma interface de dados executada por um sistema auxiliar que faz a transferência de informações entre o Sistema de Gerenciamento de Armazéns e a loja virtual que é o site. Quando determinado item é comprado no site, esse sistema auxiliar também faz o caminho inverso com as informações, o que implica em reservá-lo para o cliente que o comprou impossibilitando movimentações físicas desse produto e fazendo com que seja disparado um pedido de venda para a operação que deverá atendê-lo em um prazo determinado.

Quando um pedido de venda é recebido, analisado e aprovado, este é enviado do sistema auxiliar, que estabelece um link com o site e gerencia essa parte do processo, para o Sistema de Gerenciamento de Armazéns que será o responsável por fazer sua

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programação e garantir que os itens integrantes dessa compra sejam encontrados no estoque a fim de que o cliente seja atendido.

A primeira etapa a ser concluída depois que o pedido está disponível no Sistema Operacional é o Picking (separação), que consiste na atividade exercida pelos operadores de procurarem os itens que formarão cada pedido utilizando um leitor de código de barras e uma etiqueta que contém informações como: número de pedido, quantidade de itens, quantidade de peças, grupos de locais onde será feita a coleta, nome do cliente, endereço, código da transportadora, etc. Para que o separador possa retirar os itens dos seus locais de origem ele terá de informar ao sistema o código de barras do produto e os “endereços” onde estes estão armazenados, isso fará com que a quantidade de peças retirada destes endereços seja debitada do estoque total daquele item. Quando esse processo é concluído, os pedidos são depositados em esteiras que os transportam até a área de conferência e embalagem. Este setor é o responsável por garantir que os itens separados sejam realmente aqueles que foram comprados no site, para que isso seja certificado é feita uma nova leitura do código de barras de cada produto. Depois dessa conferência os itens são envoltos em embalagens específicas, dependendo da característica de cada produto e enviados para a área de expedição de pedidos consolidados.

Ao final de todos os processos anteriores, os pedidos já consolidados serão enviados para as docas de expedição também por meio de esteiras que farão a leitura do código de barras da transportadora existente na etiqueta, isto possibilitará que todos os pedidos de uma mesma transportadora sejam agrupados facilitando o processo de expedição já que cada uma delas ocupam docas específicas. Por fim o funcionário da empresa expedirá um documento que comprove a saída do material do armazém, que será vistoriado pelo transportador, caso não haja nenhuma divergência com os pedidos, este se responsabilizará pelo transporte e entrega ao consumidor final.

Nota-se a importância do uso do WMS para o gerenciamento dos estoques da companhia estudada, pois o sistema garante a exatidão da informação e a eficiência nos processos logísticos dentro dos centros de distribuição, além de proporcionar maior agilidade nas atividades necessárias para o total atendimento do serviço prometido ao consumidor, o que é fundamental para uma empresa de e-commerce. Foi observado, também, que a ferramenta Warehouse Management System não possui muitas complexidades para que possa ser usada, sendo necessário apenas que os operadores sejam devidamente treinados.

7. CONCLUSÃO

Neste trabalho conclui-se que as constantes mudanças de mercado, decorrentes da globalização proporcionou algo positivo para o desenvolvimento da gestão estratégica, inovando conceitos e melhorando o nível de serviço.

A Logística Integrada e o Supply Chain Management são modos de gerenciamento que agregam valor, pois minimizam custos e otimizam recursos. Em suma, são políticas administrativas que prezam pela gestão coordenada de todas as áreas de uma organização, já que não é possível investir em melhorias de um setor sem que isto reflita nos demais. Ambos os conceitos são vistos como vantagens competitivas, já que o início de todo o processo é focado na necessidade do consumidor, que é identificada por meio de pesquisas mercadológicas, logo a probabilidade de atender satisfatoriamente o cliente é significativamente grande.

O que torna isso possível é a Tecnologia da Informação, que possibilita, por meio de ferramentas como o WMS, o melhor gerenciamento das atividades logísticas. Vimos que o Warehouse Management System permite que a administração do armazém seja minuciosa, reduzindo perdas de desempenho e falhas no processo, além de garantir a velocidade e a qualidade nas operações. Porém, é importante salientar que para o

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sucesso de uma organização, não basta investimentos em tecnologias e novos modelos de gerenciamento, é fundamental que haja valorização do capital humano, por meio de treinamentos e qualificações.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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armazéns.São Paulo: IMAN, 1998. Disponível em

http://pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/ebook/producao1/3_Patricia_Guarnieri.pdf. Acesso em 10/03/2012 às 16:20.

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CHRUSCIAK, D. et al WMS – Warehouse Management System (Sistema de

Gerenciamento de Armazéns): Uma proposta de adaptação para o gerenciamento da logística reversa em armazéns, São Paulo, 2006. Disponível em

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