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Sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
CADERNO OPINIÃO / COLUNA JORNAL DE WM / PÁG. 02
CADERNO NATAL / PÁG. 09
Previsão de inverno para o NE sai hoje
Meteorologistas reunidos em Fortaleza/CE vão apresentar, na manhã de hoje, o prognóstico oficial da quadra chuvosa no Nordeste. A apresentação do documento faz parte da programação do XV Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino, iniciado na última terça-feira, com atividades na sede da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a portas fechadas.
As análises das modelagens numéricas feitas pelos meteorologistas terão uma novidade neste ano. Durante a Reunião Climática, também foi considerado um modelo atmosférico global gerado pela instituição estadual. O novo produto da Funceme foi levado em consideração, assim como os do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) e Instituto Internacional de Pesquisas do Clima e da Sociedade (IRI - EUA).
Também no XV Workshop Internacional de Avaliação Climática, será realizada uma reunião do Comitê Integrado de Combate à Seca, nesta sexta-feira, logo após a divulgação do prognóstico. O Comitê é coordenado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), e possui representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e das Minas e Energia, além do Exército Brasileiro.
No último domingo, a TRIBUNA DO NORTE publicou reportagem mostrando as projeções feitas pelo professor Luiz Carlos BaldiceroMolion, PHD em Meteorologia e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas, que indicam a possibilidade da região enfrentar um novo ciclo de invernos abaixo da média, intercalados com períodos de estiagem pelos próximos nove anos. A projeção tem por base estudos sobre o comportamento das temperaturas nos oceanos e dados das séries históricas de chuvas nos estados nordestinos.
CADERNO NATAL / PÁG. 10
Rede de Caps tem 11,2% do que preconiza o MS
O Rio Grande do Norte continua distante de oferecer uma rede eficiente de assistência e tratamento a viciados em drogas. No Estado, o único hospital responsável pela desintoxicação de dependentes, o João Machado, tem apenas 16 leitos de internação, todos ocupados. Em outra frente de atendimento, administrada pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), o trabalho também é limitado: a rede de Caps instalada no RN equivale a apenas 11,2% do que preconiza o Ministério da Saúde.
São sete unidades espalhadas pelo Estado, quando o mínimo estabelecido pelo MS é de um Centro a cada 50 mil habitantes, ou seja, considerando a população potiguar (de 3.168.027, segundo Censo 2010/IBGE) seriam necessários, pelo
menos, mais 56 Caps para cobrir o território potiguar.
"Nossa situação é muito precária, principalmente quando observamos a necessidade da população", disse o coordenador da Saúde Mental do RN, Adriano Araújo. Segundo ele, cerca de 200 atendimentos são realizados por mês em cada Caps - entre palestras, consultas e liberação de medicamento -, o que sobrecarrega as unidades e exclui outras pessoas em situação vulnerável.
Para combater essa deficiência, o coordenador conta que está divulgando a informação, junto aos prefeitos, sobre a necessidade de solicitarem, ao Governo Federal, os recursos necessários para implantação dos centros em suas cidades. "O dinheiro é federal, mas a gerência é do município, por isso tem de haver interesse dos gestores", disse ele. Macaíba, Mossoró, Macau, Parnamirim e Nova Cruz possuem, cada uma, um Caps. Em Natal funcionam duas unidades. A próxima cidade a ganhar um centro de recuperação é Caicó, com previsão de início dos trabalhos já no segundo semestre.
Até o fechamento dessa reportagem, não conseguimos ter acesso às informações sobre o funcionamento dos Centros. A Secretaria Municipal de Saúde de Natal não liberou o acesso aos Caps da capital, situados na zona leste e na zona norte. No Hospital Dr. João Machado, a alta demanda impede que um paciente permaneça internado por mais de 15 dias, período abaixo do qual um tratamento de desintoxicação pode ser comprometido.
Na rede privada, o quadro é melhor, mas longe do ideal. O Estado conta hoje com 38 comunidades terapêuticas, onde vivem cerca de 700 dependentes. Para o presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas do RN, Marcone Pereira, o trabalho tem avançado, embora com muita dificuldade. Marcone acrescenta, porém, que o Governo tem se mostrado interessado em contribuir, prometendo, inclusive, o repasse de verbas para as instituições.
RN pede inclusão em programa de combate ao crack
Segundo o presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen), Magnus Barreto, o governo estadual solicitou a participação no programa nacional "Crack, é possível vencer", que fortalece, através do envio de recursos federais, as ações para aumentar as campanhas de prevenção, a oferta de tratamento de saúde aos usuários drogas e enfrentamento das organizações criminosas. "Quando a nossa solicitação for atendida, teremos noção da quantia a ser utilizada, e dos projetos a serem viabilizados".
Magnus acredita que só uma integração entre poder público, iniciativa privada e outras instituições (como o Rotary Club e Escoteiros) poderá concorrer para solução do problema. O Estado, segundo ele, precisa atuar em quatro frentes: a prevenção, uma repressão mais rigorosa, o tratamento e a reinserção do dependente na sociedade. "Se não seguir esses passos, dificilmente o indivíduo será recuperado", completou.
Dependente de crack, Ecleiton Farias, 31 anos. tenta o tratamento pela segunda vez. A saída que ele encontrou foi procurar o projeto RNVida, do Conem. Ao chegar na sede do programa, em Natal, ele foi avaliado por um assistente social e por um psicólogo, procedimento que é oferecido a todos os dependentes que procuram o programa. "Dependendo do caso, direcionamos, em seguida, o paciente para um comunidade terapêutica ou para o Hospital João Machado, quando há vagas", explica uma representante do RNVIDA.
Ecleiton espera que, dessa vez, consiga superar o vício, que o atormenta há mais de 5 anos. "Experimentei incentivado pelas más companhias. Mas agora vou me distanciar delas e esperar pelo melhor", disse. Segundo dados do Ministério da Saúde, 0,7% da população brasileira é viciada em algum tipo de droga ilegal. Levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios em 4.430 das 5.565 cidades brasileiras mostrou que o crack é consumido em 91% delas. No Rio Grande do Norte, dos 121 municípios pesquisados foi constatado a incidência do crack em 108.
Quando o assunto é Segurança Pública, o grande vilão da polícia tem sido o tráfico de drogas com ramificações em todo o RN. De acordo com dados das Polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal, mais de 3.071 kilos de drogas foram apreendidos em 2012 no Estado, entre maconha, cocaína e crack.
POLÍTICA
Assentados desocupam sede do Instituto Lula em São Paulo Os manifestantes juntaram-se a outro grupo do movimento que ocupa desde a última terça-feira (15) a superintendência do instituto nacional de colonização e
reforma agrária
Integrantes do Assentamento Milton Santos, que ocuparam no início da manhã de ontem (23) a sede do Instituto Lula na capital paulista, deixaram hoje (24) o prédio, por volta das 14 horas. Os manifestantes juntaram-se a outro grupo do movimento que ocupa desde a última terça-feira (15) a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo. Uma audiência do presidente do Incra com os assentados ocorrerá ainda hoje.
De acordo com Ana Elisa Correia, porta-voz dos assentados, a decisão de desocupar sinaliza que o movimento está aberto ao diálogo. Cerca de 70 famílias assentadas pelo Incra há sete anos vivem no assentamento, em Americana, no interior do estado. As famílias reivindicam a desapropriação da área por interesse social, única medida legal que pode reverter o despejo, determinado pela Justiça no dia 28 de novembro, e previsto para a próxima semana. "Temos apenas cinco dias para que alguma coisa seja feita. Vamos esperar os encaminhamentos desta negociação e outras ocupações, inclusive, podem ser feitas", disse Ana Elisa.
O conflito pela área teve início em 1976, quando as terras foram confiscadas pelo governo para pagamento de dívida da família Abdalla com a União. Em 1996, a família ganhou na Justiça o direito de retomar a propriedade, mas, segundo o movimento, a matrícula foi mantida em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
No final de 2005, o INSS passou a área para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que assentou as famílias. Com amparo na ação de 1996, a família Abdalla entrou com pedido de reintegração de posse em maio de 2012 e ganhou. A desocupação está marcada para a semana que vem.