• Nenhum resultado encontrado

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UFPE CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA CAV CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UFPE CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA CAV CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS"

Copied!
40
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA – CAV

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

HISTOMORFOMETRIA TESTICULAR EM Phyllostomus discolor

(CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) EM ÁREAS DE MATA

ATLÂNTICA DE PERNAMBUCO

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2013

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA – CAV

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS

BIOLÓGICAS

HISTOMORFOMETRIA TESTICULAR EM Phyllostomus discolor

(CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) EM ÁREAS DE MATA

ATLÂNTICA DE PERNAMBUCO

Autor: Nivaldo Bernardo de Lima Junior

Orientadora: Dra. Katharine Raquel Pereira dos Santos

Co – orientadora: Msc. Maria Juliana Gomes Arandas

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2013

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao Curso de

Graduação em Licenciatura em

Ciências Biológicas como requisito para incremento da Disciplina Eletiva do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.

(3)

II Catalogação na Fonte

Sistema de Bibliotecas da UFPE. Biblioteca Setorial do CAV. Bibliotecária Ana Ligia Feliciano dos Santos, CRB4: 1650

L732h Lima Junior, Nivaldo Bernardo de.

Histomorfometria testicular em Phyllostomus discolor (Chiroptera: Phyllostomidae) em áreas de Mata Atlântica de Pernambuco. / Nivaldo Bernardo de Lima Junior. Vitória de Santo Antão: O Autor, 2013.

40 folhas: il.; tab.

Orientador: Katharine Raquel Pereira dos Santos. Co-orientador: Maria Juliana Gomes Arandas.

TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco, CAV, Licenciatura em Ciências Biológicas, 2013.

Inclui bibliografia.

1. Morcego – reprodução. 2. Túbulos seminíferos. 3. histomorfometria. I. Santos, Katharine Raquel Pereira dos (Orientador). II. Arandas, Maria Juliana Gomes (Co-orientador). III. Título.

(4)

III

FOLHA DE APROVAÇÃO

NIVALDO BERNARDO DE LIMA JUNIOR

HISTOMORFOMETRIA TESTICULAR EM Phyllostomus discolor

(CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) EM ÁREAS DE MATA

ATLÂNTICA DE PERNAMBUCO

Aprovada em: ___/___/______

BANCA EXAMINADORA:

________________________________________

Prof. Dra. Katharine Raquel Pereira dos Santos (Orientadora) ________________________________________

Msc. Maria Juliana Gomes Arandas (Co-orientadora) ________________________________________ Prof. Dr. Francisco Carlos Amanajás de Aguiar Júnior

_______________________________________ Msc. Taciana Rocha dos Santos (Suplente) ________________________________________

Msc. Fabiana Felix de Oliveira (Suplente)

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2013

Trabalho de Conclusão de Curso –

TCC apresentado ao Curso de

Graduação em Licenciatura em

Ciências Biológicas como requisito para incremento da Disciplina Eletiva do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

(5)

IV

“A Deus e aos meus Pais, irmã e sobrinhas, por sempre acreditarem, sem limites e sem reservas, em mim e me apoiarem nas minhas diversas escolhas. Sem vocês nada disso seria possível. Meu amor por vocês é imensurável”.

(6)

V

AGRADECIMENTOS

A Deus, meu pai do Céu, fonte impulsionadora de todo o saber, que segurou firmemente em minhas mãos e me levou em seus braços quando, por diversas vezes e motivos, a situação me fazia pensar que eu não iria conseguir dá conta de todos os compromissos e funções, as quais me encarreguei exercer.

À Virgem Maria, mãe santíssima, que intercedeu por mim ao Pai e com seu manto sagrado me cobriu e protegeu a cada passo que eu dei, nos diversos caminhos por onde passei, ao longo dessa trajetória acadêmica.

Aos meus pais, Nivaldo Bernardo e Sílvia Alves, meus amores e exemplos de vida mais bonitos. A vocês, devo todos os meus valores e caráter, pois nunca me deixaram faltar uma educação pautada, sobretudo, na humildade, perseverança, fé, confiança, coragem, paciência e amor. Foi por vocês que continuei a lutar e conseguir forças para seguir em frente, superando os obstáculos com os quais me deparei ao longo dessa jornada.

À minha amada irmã Hávila Walkíria, que sempre me ajudou de diversas formas, apoiou e estimulou a não desistir dos meus objetivos de vida. Sem você nada disso teria sido possível.

Às minhas amadas sobrinhas Hágda Emylle e Thayná Lohanny, que sempre me proporcionaram inúmeras alegrias, mesmo nas situações mais difíceis.

À Minha orientadora e amiga, professora Katharine Santos, pessoa a qual tenho um carinho imenso e que me acolheu e inseriu no mundo da pesquisa, estando sempre disposta a me orientar. Foi com você que aprendi, na prática, o verdadeiro significado da pesquisa e todo o apoio e suporte obtido me fez crescer muito. Tenha certeza que, independente dos caminhos que seguir, os seus ensinamentos serão levados para sempre comigo.

À Juliana Arandas, que além de co-orientadora, se tornou uma grande amiga, a qual nunca se negou a me ajudar e orientar. Foram diversas madrugadas de estudo, mas em todos estes e em diversos outros momentos, ela sempre esteve ali, disposta a dá suporte no que fosse preciso. Sua positividade e força, a mim ofertadas, foram de extrema importância para a

(7)

VI

realização desse trabalho. Serei eternamente grato pela paciência que você teve comigo.

Ao professor Francisco Amanajás, pela orientação na realização da morfometria e pela ajuda na estatística do presente trabalho.

Aos amigos de todas as horas e companheiros do Laboratório de Biotecnologia e Fármacos da UFPE/CAV: André Pedroso, Dayane Freitas, Erivaldo Alves, Eveline Alves, Fabricya Roberta, Ketsia Sabrina e Ricardo Sérgio que, entre uma pesquisa e outra, me proporcionaram momentos

descontraídos que jamais serão esquecidos. Com vocês, vivi o

companheirismo, espírito de equipe, união, amizade e dedicação. O cotidiano da pesquisa não seria o mesmo sem a companhia e ajuda de cada um de vocês.

Ao técnico do Laboratório de Biotecnologia e Fármacos Rafael Albuquerque pelo apoio ofertado, nos imprevistos diários, ao longo do desenvolvimento das atividades de pesquisa.

À minha grande amiga Alaine Custódio, que Deus colocou em minha vida pra ser meu anjo protetor. Sempre me ofertou seu ombro amigo, me escutou e compreendeu por inúmeras vezes, dividindo comigo as dores e as alegrias dessa minha caminhada. É a você que devo grande parte da força que obtive para poder recomeçar... Logo, essa vitória não é apenas minha, é nossa! Só você sabe o quanto foi difícil chegar até aqui, contudo, hoje sou feliz pela escolha que fiz e você, mais do que ninguém, sabe o porquê disso.

À Thalita Costa, pois se cheguei até aqui, você foi também uma das grandes responsáveis por isso. Sempre esteve torcendo por cada vitória minha e sempre acreditou na minha capacidade, independente de qualquer obstáculo, ao passo que me mostrou, nessa linha tênue, que nossa amizade é eterna.

À Isabelly Barbosa, por quem sempre tive uma admiração imensa e que, sobretudo, nesse fim de curso, tivemos a oportunidade de nos aproximar ainda mais, compartilhando alegrias e medos perante as mudanças vindouras e, nesse interim, nos tornamos grandes amigos.

À Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Centro Acadêmico de Vitória – CAV, que ao longo de toda a graduação, tornou-se minha segunda residência, constituindo uma verdadeira família, da qual me orgulho ter feito/fazer parte.

(8)

VII

A todos os meus professores da UFPE/CAV que contribuíram para minha formação durante a graduação.

Aos amigos e colegas da turma 2009.2 – 2013.1 Ciências

Biológicas/Licenciatura. Posso afirmar que tive privilégio em estudar com vocês. E sim, eu viveria tudo novamente.

Aos morcegos que ao longo de todo o tempo de pesquisa, durante a iniciação científica, constituíram meu objeto de estudo. Em especial, à espécie

Phyllostomus discolor, na qual se encontra o foco do referido trabalho.

E por último, porém não menos importante, a todos que de uma forma ou de outra, contribuíram direta ou indiretamente para a realização desse trabalho e, por conseguinte, desse sonho. Vocês foram essenciais para a realização do mesmo, sem os quais não teria conseguido.

(9)

VIII

"Que os nossos esforços desafiem as impossibilidades. Lembrai-vos que as grandes proezas da história foram conquistas daquilo que parecia impossível.”

(10)

IX

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fotomicrografia dos túbulos seminíferos dos testículos de P.

discolor. Observar o compartimento tubular (CT) e o compartimento

intertubular (CI). Coloração: Hematoxilina – Eosina (HE). Aumento: 100X...

Figura 2: Fotomicrografia dos túbulos seminíferos dos testículos de P.

discolor. Observar o compartimento tubular (CT) e o compartimento

intertubular (CI). Coloração: Hematoxilina – Eosina (HE). Aumento: 400X. ...

Página

28

(11)

X

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e intertubular de machos com testículos descendentes (TD) e não descendentes (TND) de Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009. ...

Tabela 2 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e intertubular de machos de Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009. ...

Tabela 3 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e

intertubular de machos com testículos descendentes de

Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009 ...

Tabela 4 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e intertubular de machos com testículos não descendentes de Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009 ...

Página

28

29

29

(12)

XI

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAV: Centro Acadêmico de Vitória. Fig.: Figura.

HE: Hematoxilina e Eosina.

IBAMA: Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis.

INMET: Instituto Nacional de Meteorologia. NBF: Formalina Neutra Tamponada.

SPSS: StatisticalPackage for the Social Sciences. UFPE: Universidade Federal de Pernambuco.

(13)

XII

SUMÁRIO

REVISÃO DE LITERATURA ... REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...

ARTIGO A SER SUBMETIDO NA REVISTA BRAZILIAN JOURNAL OF

VETERINARY RESEARCH AND ANIMAL

SCIENCE……...…... RESUMO ... ABSTRACT ... INTRODUÇÃO... MATERIAL E MÉTODOS ... Área de Estudo ... Coleta de Dados ... RESULTADOS E DISCUSSÃO... AGRADECIMENTOS... REFERÊNCIAS ………...…………....

ANEXO – NORMAS EDITORIAIS E DE SUBMISSÃO NA REVISTA

BRAZILIAN JOURNAL OF VETERINARY RESEARCH AND ANIMAL SCIENCE

………...

Página 13 17 21 23 24 24 26 26 26 27 31 31 35

(14)

13

REVISÃO DE LITERATURA

Os morcegos fazem parte de uma ordem característica de mamíferos, uma vez que são os únicos desse grupo que possuem estruturas adaptadas para voar. Estão reunidos na Ordem Chiroptera, que consiste a segunda maior ordem de mamíferos, compreendendo 202 gêneros e aproximadamente 1.116 espécies, distribuídas entre todas as regiões tropicais e temperadas, com exceção de algumas ilhas oceânicas e Antártica (GARDNER, 2008). Desse modo, com base em parâmetros filogenéticos, atualmente os morcegos estão classificados em duas subordens: Yinpterochiroptera e Yangochiroptera. A primeira é constituída pelas famílias: Pteropodidae, Rhinolophidea, Megadermatidae e Rhinopomatidae, ao passo que a segunda subordem abrange todas as demais famílias de morcegos que antes estavam compreendidas na subordem Microchiroptera (TEELING, 2009).

Os quirópteros são encontrados em uma grande diversidade de habitats, podendo ocorrer em matas conservadas, áreas com forte grau de degradação e também em ambientes que sofreram a ação antrópica como, por exemplo, as cidades (SIMMONS, 2005). O hábito alimentar desses animais também é bastante variado, compreendendo espécies insetívoras, nectarívoras, frugívoras, carnívoras, hematófagas e onívoras (REIS et al.,2011).

No que diz respeito ao aspecto ecológico, os morcegos destacam-se por sua extrema importância na regeneração de florestas, já que atuam tanto na dispersão de sementes quanto na polinização (FLEMING, 1988; FENTON et

al., 1992; NOWAK, 1994). Além disso, ainda atuam controlando populações de

insetos, bem como de vertebrados de pequeno porte (GOODWIN & GREENHALL, 1961).

Com relação às famílias de morcegos existentes, relata-se a ocorrência de nove famílias no Brasil, sendo elas: Emballonuridae, Phyllostomidae, Mormoopidae, Noctilionidae, Frupteridae, Thyropteridae, Natalidae, Molossidae e Vespetilionidae (PAGLIA et al., 2012). Dentre todas essas, Phyllostomidae é a mais diversificada, contendo mais de 160 espécies e 67 gêneros (PAGLIA et

al., 2012) e encontra-se subdividida em cinco subfamílias: Carollinae,

(15)

14

gênero Phyllostomus, pertencente à subfamília Phyllostominae, inclui quatro espécies atualmente reconhecida: Phyllostomus discolor (Wagner, 1843),

Phyllostomus elongatus (É. Geoffroy, 1810), Phhyllostomus hastatus(Pallas,

1767) e Phyllostomus latifolius (Thomas, 1901) das quais todas apresentam representantes no Brasil (REIS et al., 2007). Entre essas espécies, P. discolor, que está amplamente distribuída na América do Sul e ocorre em todos os biomas brasileiros, possui hábitos alimentares diversificados, sendo na maioria das vezes descrito como onívoro. Essa espécie é bem adaptada a ambientes diversos, ocorrendo tanto em florestas primárias e secundárias, quanto em ambientes fragmentados e urbanos que sofreram a ação antrópica. As informações referentes à reprodução de P. discolor são mínimas e obscuras e, dependendo da área de ocorrência, são escassas (WILLIG, 1985; FARIA et al., 2006; WILLIG et al., 2007; REIS, et al., 2007; REIS, et al., 2011).

Apesar de possuírem todas essas peculiaridades e diversidade e serem considerados animais extremamente sucedidos evolutivamente, os morcegos ainda são considerados como um dos grupos menos conhecidos e explorados com relação à biologia reprodutiva (BEGUELINI, 2008).

Poucos estudos são direcionados para a caracterização das estruturas que compõem o sistema reprodutor masculino dos quirópteros, os quais podem apresentar alterações ao logo do ciclo anual (CRICHTON & KRUTZSCH, 2000). Estima-se que menos de 5% do total das espécies de morcegos neotropicais, tem dados satisfatórios sobre os seus aspectos reprodutivos, sobretudo, no que se relaciona às características morfológicas do sistema reprodutor (MCCRAKEN & WILKINSON, 2000).

Diante dos poucos estudos existentes na literatura direcionados a esses aspectos, verifica-se que os ciclos reprodutivos desses animais podem estar diretamente associados à disponibilidade de alimentos, às condições ambientais, aos fatores endógenos e às flutuações sazonais nas quais estão inseridos (NEUWEILER, 2000; ZORTÉA, 2003).

Algumas características peculiares estão envolvidas ao genital masculino dos morcegos, tais como a estocagem de espermatozóides viáveis na cauda do epidídimo, regressão parcial dos túbulos seminíferos durante a hibernação, assincronia entre a espermatogênese e o acasalamento (GUSTAFSON, 1979; HOSKEN et al., 1998; ENCARNAÇÃO et al., 2003).

(16)

15

Os testículos dos morcegos da região tropical sofre influência da sazonalidade com relação a sua localização no organismo. Desse modo, podem passar da região abdominal até a escrotal com a finalidade de acomodar esses órgãos as mudanças de temperatura que se encontram frequentemente expostos (KRUTZSCH, 1955; KRUTZSCH & CRICHTON, 1987; JOLLY & BLAKSHAW, 1988; MORAIS, 2008).

Os órgãos reprodutivos dos morcegos possuem o mesmo padrão descrito para os demais mamíferos, no que diz respeito à estrutura tanto anatômica quanto microscópica (CRICHTON & KRUTZSCH, 2000). Assim, os testículos estão envolvidos pela albugínea testicular e possuem função tanto endócrina quando exócrina. Em mamíferos, esses órgãos são constituídos por dois principais compartimentos: o tubular, que é formado pelos túbulos seminíferos, onde no epitélio seminífero destes encontram-se as células germinativas e de Sertoli; e o compartimento intersticial, o qual se encontra entre os túbulos seminíferos e é formado pelas células de Leydig, vasos, nervos e outros tipos celulares presentes no tecido conjuntivo. (RUSSEL et al., 1990; MORAIS, 2008).

A atividade relacionada à reprodução de uma dada espécie pode ser avaliada, com precisão, através da análise quantitativa histológica das gônadas (PAULA et al., 2002; MORAIS, 2013). Assim, pouco se conhece a respeito da quantificação dos componentes tubular e intertubular dos testículos em quirópteros. Desse modo, as análises morfométricas dos testículos propiciam verificar a capacidade reprodutiva desse grupo, bem como entender como se encontra a dinâmica de suas gônadas (MORAIS, et al., 2013).

Apesar da limitação de estudos morfométricos testiculares em morcegos, é possível destacar o desenvolvido por Morais (2008) que aborda tanto a morfometria do compartimento tubular quando a quantificação de elementos do compartimento intertubular dos testículos da espécie Molossus

molossus em diferentes estações climáticasdo Sudoeste de Minas Gerais.

Nesse estudo, os resultados demonstraram que, em geral, os túbulos seminíferos ocuparam uma área maior do parênquima testicular no outono e inverno, ao passo que a ocupação do intertúbulo foi maior no verão, confirmando assim a influência direta de fatores climáticos na reprodução da referida espécie.

(17)

16

Em vista disso, os estudos morfométricos testiculares são escassos para a espécie P.discolor e os dados referentes à sua biologia reprodutiva, principalmente aqueles relacionados às características morfológicas do aparelho reprodutor, permanecem obscuros em áreas de Mata Atlântica de Pernambuco.

(18)

17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEGUELINI, M. R. Estudo da espermatogênese e nucleologênese de morcegos. 2008. 141 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. São José do Rio Preto, 2008.

CRICHTON, E. G.; KRUTZSCH, P. H. Reproductive Biology of

Bats.Academic Press, 2000. 510 p.

ENCARNAÇÃO, J.A.; DIETZ, M.; KIERDORF, U. Reproductive condition and activity pattern of male Daubenton's bats (Myotis daubentonii) in the summer habitat. Mammalian Biology , v.69, p.163 -17, 2003.

FARIA, D.; LAPS R.R.; BAUMGARTEN, J.; CETRA, M. Bat and Bird Assemblages from Forests and Shade Cacao Plantations in Two Contrasting Landscapes in the Atlantic Forest of Southern Bahía, Brazil. Biodiversity and Conservation, v.15, p.587-612. 2006.

FENTON, M. B.; ACHARYA, L.; AUDET, D.; HICKEY, M. B. C. ; MERRIMAN, C.; OBRIST, M. K. ; SYME, D. M. Phyllostomid bats (Chiroptera: Phyllostomidae) as indicators of habitat disruption in the neotropics. Biotropica, v.24, n.3, p.440-446, 1992.

FLEMING, T. H. The short-tailed fruit bat: a study in plant animal interactions. Chicago: The University of Chicago Press, p.365, 1988.

GARDNER, A.L. Order Chiroptera. In: GARDNER A.L. (eds) Mammals of South America (Marsupials, Xenarthrans, Shrews, and Bats). Chicago and London: The University of Chicago Press. v1, p. 669, 2008.

(19)

18

GOODWIN, G.G.; GREENHALL, A.M. A review of the bats of Trinidad and Tobago: descriptions, rabies infection and ecology. Bull. Am. Mus. Nat. Hist., v.122, n.3, p.187-302, 1961.

GUSTAFSON, A. W. Male reproductive patterns in hibernating bats. Journal of Reproduction and Fertility, v.56, p. 317–331, 1979.

HOSKEN D.J.; BLACKBERRY, M.A.; STEWART, T.B.; STUCK A.F. The male reproductive cycle of three species of Australian vespertilionid bat. J Zool. Londor v.245, p. 261-270, 1998.

JOLLY, S.E.; BLACKSHAW, A. W. Testicular migration, spermatogenesis, temperature regulation and environment of the sheath-tail bat, Taphozous georgianus. Journal of Reproduction and Fertility, v. 84, p.447 – 445, 1988.

KRUTZSCH, P.H. Observations on the Mexican free-teiled bat, Tadarida mexicana. Journal of Mammaloogy,v. 36, p.236 – 242, 1955.

KRUTZSCH P. H.; CRICHTON, E.G. Reproductive Biology of the Male Little Mastiff Bat, Mormopterus planiceps (Chiroptera:MoIossidae) , in Southeast AustraIia. The American Journal of Anatomy, v. 178, p. 352-368, 1987.

MCCRAKEN, G. F.; WILKINSON, G. S. 2000, Bat mating systems.In: E. G. Crichton & P. H. Krutzsch (Eds). Reproductive biology of bats. Academic Press, London, pp. 321-362.

MORAIS, D. B.; OLIVEIRA ,L. C. ; CUPERTINO , M. C.; FREITAS, K. M.; FREITAS, M. B. D.; PAULA ,T. A. R.; MATTA, S. L. P. Organization and Seasonal Quantification of the Intertubular Compartment in the Bat Molossus molossus (Pallas, 1776) Testis. Microscopy research and technique v.76, p. 94–101, 2013.

(20)

19

MORAIS, D. B. Morfologia e morfometria testicular em morcego insetívoro (Molossus molossus, PALLAS, 1776 Chiroptera: Molossidae).2008, 74 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Viçosa. Minas Gerais, 2008.

NEUWEILER, G.The biology of bats.Oxford University Press, 2000. 310p.

NOWAK, R.M. Walker's bats of the world. Johns Hopkins University Press, Baltimore, 1994.

PAGLIA, A.P.; FONSECA, G.A.B.; RYLANDS, A.B.; HERRMANN, G.; AGUIAR, L.M.S.; CHIARELLO, A.G.; LEITE, Y.L.R.; COSTA, L.P.; SICILIANO. S.; KIERULFF,M.C.M.; MENDES, S.L.; TAVARES, V.C.; MITTERMEIER, R.A.; PATTON, J.L. Lista Anotada dos Mamíferos do Brasil. Occasional Papers in Conservation Biology, Conservation International, Arlington,VA, n.6,2ª Edição, p. 76. 2012.

PAULA, T.A.R.; MATTA, S.L.P.; COSTA, D.S., 2002. Avaliação histológica e quantitativa do testículo de capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) adultas. Biosci J, v.18, n.1, p.121-136.

REIS, N. R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A.; LIMA, I.P (Eds). Morcegos do Brasil. Londrina, 2007. 253 p.

REIS, N. R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A.; LIMA, I.P (Eds). Mamíferos do Brasil. 2. ed. , Londrina, 2011. 439 p.

RUSSELL, L. D.; ETTLIN, R. A.; SINHA-HIKIM, A. P.; CLEGG, E. D. Histological and histopathological evaluation of the testis. Cache River Press, Clearwater, Florida, 1990.

SIMMONS, N.B. Ordem Chiroptera. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds). Mammal Species of the World: a taxonomic and geographic reference. 3 ed. V.1. Baltimore: Johns Hopkins University Press, p.312 – 529, 2005.

(21)

20

TEELING, E.C. Chiroptera. In: S.B. Hedges and S. Kumar, Editors, The Time Tree of life, Oxford University Press. 2009, 499 – 503.

WILLIG, M.R. Reproductive patterns of bats from Caatingas and Cerrado biomes in northeastern Brazil. Journal of Mammalogy, v.66, p. 668-681, 1985.

WILLIG, M.R.; PRESLEY, S. J.; BLOCH, C. P.; HICE, C. L.; YANOVIAK, S. P.; DÍAZ, M. M.; CHAUCA, L. A.; PACHECO, V.; WEAVER, S. C. Phyllostomid Bats of Lowland Amazonia: Effects of Habitat Alteration on Abundance. Biotropica, v.39, n.6,p.737–746, 2007.

(22)

21

ARTIGO A SER SUBMETIDO NA REVISTA BRAZILIAN

JOURNAL OF VETERINARY RESEARCH AND ANIMAL

SCIENCE

(23)

22

HISTOMORFOMETRIA TESTICULAR EM Phyllostomus discolor (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) EM ÁREAS DE MATA ATLÂNTICA

DE PERNAMBUCO

HISTOMORPHOMETRY TESTICULAR IN Phyllostomus discolor (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) IN AREAS OF FOREST ATLANTIC

OF PERNAMBUCO

Nivaldo Bernardo de LIMA JUNIOR; Maria Juliana Gomes ARANDAS; Ketsia Sabrina do Nascimento MARINHO; Francisco Carlos Amanajás de AGUIAR JÚNIOR; Antonio Rossano Mendes PONTES; Katharine Raquel Pereira dos SANTOS.

Nome dos autores, e-mail e endereço de suas instituições:

Nivaldo Bernardo de Lima Junior – E-mail: nivaldobernardo@hotmail.com - Endereço: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Centro Acadêmico de Vitória – CAV, Núcleo de Biologia, Rua Alto do Reservatório S/N Bela Vista, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil. CEP: 55.608-680.

Maria Juliana Gomes Arandas– E-mail: julianaarandas@hotmail.com – Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Rua Dom Manoel de Medeiros, S/N, Dois Irmãos, Recife, PE, Brasil. CEP: 52171-900.

Ketsia Sabrina do Nascimento Marinho – E-mail: ketsiasabrina@gmail.com - Endereço: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Centro Acadêmico de Vitória – CAV, Núcleo de Biologia, Rua Alto do Reservatório S/N Bela Vista, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil. CEP: 55.608-680.

Francisco Carlos Amanajás de Aguiar Júnior – E-mail: famanajas@yahoo.com.br – Endereço: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Centro Acadêmico de Vitória – CAV, Núcleo de Biologia, Rua Alto do Reservatório S/N Bela Vista, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil. CEP: 55.608-680.

Antonio Rossano Mendes Pontes – E-mail: mendespontes@gmail.com – Endereço: Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, R. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária, Recife, PE, Brasil. CEP: 50.740-620.

Katharine Raquel Pereira dos Santos– E-mail: kraquels@yahoo.com.br – Endereço: Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Centro Acadêmico de Vitória – CAV, Núcleo de Biologia, Rua Alto do Reservatório S/N Bela Vista, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil. CEP: 55.608-680.

(24)

23

HISTOMORFOMETRIA TESTICULAR EM Phyllostomus discolor (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) EM ÁREAS DE MATA ATLÂNTICA

DE PERNAMBUCO

HISTOMORPHOMETRY TESTICULAR IN Phyllostomus discolor (CHIROPTERA: PHYLLOSTOMIDAE) IN AREAS OF FOREST ATLANTIC

OF PERNAMBUCO

Nivaldo Bernardo de LIMA JUNIOR1; Maria Juliana Gomes ARANDAS2; Ketsia Sabrina do Nascimento MARINHO1; Francisco Carlos Amanajás de AGUIAR JÚNIOR1; Antonio Rossano Mendes PONTES3; Katharine Raquel Pereira dos SANTOS1.

1. Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Centro Acadêmico de Vitória – CAV, Núcleo de Biologia, Rua Alto do Reservatório S/N Bela Vista, Vitória de Santo Antão, PE, Brasil. CEP: 55.608-680.

2. Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Rua Dom Manoel de Medeiros, S/N, Dois Irmãos, Recife, PE, Brasil. CEP: 52171-900.

3. Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Zoologia, R. Prof. Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária, Recife, PE, Brasil. CEP: 50.740-620.

RESUMO

Esse estudo avaliou a condição reprodutiva e atividade espermática, por meio da histomorfometria, de P. discolor coletados em fragmentos de Mata Atlântica do litoral sul de Pernambuco, durante as estações seca e chuvosa. Os animais foram coletados por rede de neblina e classificados de acordo com a posição testicular (descendentes e não descendentes). Para as análises histomorfométricas, foram selecionados aleatoriamente 18 espécimes durante as estações seca e chuvosa, sendo (n=11) com testículos descendentes e (n=7) com testículos não descendentes. Os resultados demonstraram que as maiores médias da área de ocupação dos túbulos seminíferos foram na estação chuvosa, independente dos espécimes apresentarem os testículos descendentes ou não. Isso pode estar relacionado a um maior investimento em produção espermática, já que

(25)

24

na estação chuvosa, existe uma maior disponibilidade de alimentos devido às precipitações pluviométricas.

Palavras-chave: Morcego. Túbulos seminíferos. Estação chuvosa.

ABSTRACT

This study evaluated the reproductive condition and sperm activity, by histomorphometry, P. discolor collected in forest fragments of the South Coast of Pernambuco during the dry and rainy seasons. The animals were collected by mist net and classified according to the position testicular (descendants and not descendants). For histomorphometric analysis, 18 were randomly selected specimens during the rainy and dry seasons, being (n = 11) with descendant testicles and (n = 7) with testicles no descendant. The results showed that the highest area average occupancy of the seminiferous tubules were in the rainy season, regardless of the present specimens the testes descendant or not. This may be related to a greater investment in sperm production, since the rainy season, there is a greater availability of food due to rainfall. Keywords: Bat. Seminiferous tubules. Rainy season.

INTRODUÇÃO

A Ordem Chiroptera compreende mais de 1100 espécies (GARDNER, 2008) e apresenta extrema importância ecológica, incluindo a dispersão de sementes e polinização de flores (FENTON, 1990; CHARLES-DOMINIQUE, 1991; KUNZ & PIERSON, 1994). Por esta razão, são consideradas peças fundamentais na manutenção e regeneração de florestas fragmentadas (HEITHAUS et al., 1975; FENTON et al., 1992; MEDELLÍN; GAONA, 1999; ESTRADA; COATES-ESTRADA, 2001).

Apesar da importância ecológica e de serem considerados animais extremamente bem sucedidos evolutivamente, esse grupo ainda permanece um dos menos conhecidos e explorados em relação à biologia reprodutiva, principalmente sobre o processo espermatogênico (CRICHTON; KRUTZSCH, 2000; BEGUELINI, 2008; BEGUELINE et al., 2009).

Em vista disso, apesar dos poucos estudos existentes na literatura, o que se verifica é que os morcegos que habitam a região neotropical, na sua grande maioria,

(26)

25

apresentam padrões reprodutivos mediados diretamente por fatores abióticos como, por exemplo, a disponibilidade de alimentos, precipitação e temperatura (FLEMING et al., 1972; CRICHTON; KRUTZSCH, 2000; ZÓRTEA, 2003).

Assim, os estudos indicam que a influência dos fatores abióticos no ciclo reprodutivo dos morcegos da Região Tropical, faz com que esse ciclo esteja fortemente relacionado à estação chuvosa (FLEMING et al.,1972; RACEY, 1982). Diversos autores têm notado que uma mesma espécie, pode manifestar uma vasta variedade de padrões reprodutivos, de acordo com a localização geográfica e com as condições ofertadas pelo próprio ambiente no qual se encontram (FÁBIAN; MARQUES, 1989). Com isso, os fatores sazonais podem influenciar diretamente a reprodução dos morcegos, mas ainda permanece obscuro o efeito da sazonalidade sobre os parâmetros morfométricos testiculares (MORAIS et al.,2013).

Um dos aspectos bastante relatado em trabalhos que envolvem reprodução de morcegos consiste na variação da posição anatômica em que se encontram os testículos desses animais, uma vez que esses órgãos variam sazonalmente entre o escroto e abdômen, bem como possuem alternância de tamanho dependendo da época considerada (KRUTZSCH; CRICHTON, 1987). Alguns estudos sobre reprodução em quirópteros e que abordam especificamente a respeito da posição dos testículos, consideram os testículos escrotados (descendentes) como sendo sexualmente ativos enquanto que os abdominais (não descendentes) como inativos (BREDT; UIEDA; MAGALHÃES, 1999; ZÓRTEA, 2003; GOMES; UIEDA, 2004; ORTÊNCIO FILHO et al., 2007).

Para mamíferos, as informações existentes acerca da realização de medidas tanto do diâmetro dos túbulos seminíferos, quanto da altura do seu epitélio avaliam a eficiência reprodutiva tomando como base tais mensurações (FRANÇA; RUSSELL, 1998).

Os estudos sobre morfometria dos testículos para Phyllostomus discolor (WAGNER, 1843) são escassos, considerando os aspectos acima relatados. Esta espécie pertence à família Phyllostomidae, encontra-se amplamente distribuída na América do Sul , ocorre em todos os biomas brasileiros e possui hábitos alimentares diversificados, sendo na maioria das vezes descrito como onívoro (GARDNER, 2008; BERNARD et al. 2011; PAGLIA et al.,2012).Essa espécie é de fácil adaptação a diferentes ambientes, sendo encontrada tanto em ambientes conservados quanto perturbados.

(27)

26

Com isso, as informações acerca da sua reprodução são fragmentadas conforme a área de ocorrência (WILLIG, 1985; FARIA et al., 2006; WILLIG et al., 2007; REIS et al., 2007; REIS et al., 2011).

Diante do exposto, esse estudo visa avaliar a condição reprodutiva e atividade espermática, através da histomorfometria, de P. discolor coletados em fragmentos de Mata Atlântica do litoral sul de Pernambuco durante as estações seca e chuvosa.

MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo

Os espécimes utilizados no presente estudo consistiram em animais já coletados. Quando capturados, esses espécimes foram coletados em fragmentos florestais da Mata Atlântica pertencentes à Usina Trapiche situada no Município de Sirinhaém. (Latitude: 08º 35' 27" S e Longitude: 35º 06' 58" W) litoral sul do Estado de Pernambuco.

Coleta de Dados

As coletas dos animais foram realizadas, através de redes de neblina, nos meses de setembro, outubro e novembro de 2008 e Março de 2009, com a autorização N° 16301-1 do IBAMA.

O Instituto Nacional de Meteorologia – (INMET/2008/2009) determinou mediante a análise de temperatura, umidade e precipitação; a existência de duas estações, sendo elas: Estação seca, com início no mês de setembro e término no mês de fevereiro; e estação chuvosa, iniciando-se em março e com fim em agosto.

As condições reprodutivas foram categorizadas a partir das características da morfologia externa de acordo com Gannon e Willig (1992), assim foram classificados em dois grupos distintos: machos com testículos descendentes e machos com testículos não descendentes.

Foram utilizados um total de 18 exemplares, compreendendo as estações seca e chuvosa. Os testículos dos mesmos foram coletados mediante a realização de uma incisão partindo da região abdominal e direcionando-se a região inguinal. Depois de removidos, os tecidos foram fixados em formalina a 10% neutra tamponada (NBF), processados utilizando a técnica histológica de rotina e incluídos em parafina. Os blocos foram cortados em espessura de 4 m, e os cortes obtidos foram corados por Hematoxilina e Eosina (HE) e analisados em microscopia óptica.

(28)

27

Para a análise morfométrica, as lâminas histológicas foram fotografadas através do programa ScopePhoto, mediante o acoplamento de uma câmara ao microscópio óptico, estando a câmara conectada ao computador. Assim, as lâminas histológicas foram fotografadas em aumento total de 100 X (Figura 2) e para cada lâmina de cada espécime foram consideradas 10 fotomicrografias. Para as mensurações dos compartimentos tubular e intertubular utilizou-se o software ImageJ versão 1.44 (Research Services Branch, U.S. National Institutes of Health, Bethesda, MD, USA). Os percentuais dos compartimentos testiculares obtidos foram submetidos ao teste t e Análise de Variância (ANOVA) do programa SPSS versão 15.0, onde os valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Foram obtidas as médias entre os compartimentos testiculares para as seguintes condições:

I. Machos com testículos descendentes e machos com testículos não descendentes; II. Estação seca e estação chuvosa;

III. Machos com testículos descendentes – estação seca e machos com testículos descendentes – estação chuvosa;

IV. Machos com testículos não descendentes – estação seca e machos com testículos não descendentes – estação chuvosa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos 18 exemplares utilizados no estudo, 13 indivíduos foram da estação seca, compreendendo 8 com testículos descendentes e 5 não descendentes; enquanto que na estação chuvosa compreendeu 5 espécimes dos quais 3 apresentaram testículos descendentes e 2 não descendentes.

As análises histológicas indicaram que tanto os testículos descendentes, quanto os não descendentes de P. discolor observados na estação seca e chuvosa apresentaram atividade espermatogênica com diferentes estágios de maturação (espermatogônias, espematócitos, espermátides e espermatozóides) e células de Leydig no espaço intersticial.

Após as análises morfométricas e estatísticas, verificou-se que das quatro condições consideradas apenas a primeira que avaliou todos os indivíduos machos com testículos descendentes e machos com testículos não descendentes, não foi significativa (Tabela 1) com p=0,466.

(29)

28

As demais condições analisadas foram consideradas estatisticamente significativas, com valores de p <0,05 para as médias da área de ocupação dos compartimentos tubular e intertubular (Figs. 1 e 2).Entretanto, o compartimento tubular apresentou uma maior área de ocupação na estação chuvosa em relação à estação seca (Tabelas 2, 3, e 4).

Tabela 1 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e intertubular de machos com testículos descendentes (TD) e não descendentes (TND) de Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009.

TD TND AO (%) AO (%) Compartimento tubular 64,04 63,02 Compartimento intertubular 35,96 36,98 Total 100 100 Valor de p = 0,466

Figura 1: Fotomicrografia dos túbulos seminíferos dos testículos de P. discolor. Observar o compartimento tubular (CT) e o compartimento intertubular (CI). Coloração: Hematoxilina – Eosina (HE). Aumento: 100X.

Fonte: Nivaldo Bernardo

Figura 2: Fotomicrografia dos túbulos seminíferos dos testículos de P. discolor. Observar o compartimento tubular (CT) e o compartimento intertubular (CI). Coloração: Hematoxilina – Eosina (HE). Aumento: 400X.

(30)

29

Tabela 2 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e intertubular de machos de Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009.

Estação seca Estação chuvosa AO (%) AO (%)

Compartimento tubular 62,38 66,94

Compartimento intertubular 37,62 33,06

Total 100 100

Valor de p = 0,001

Tabela 3 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e intertubular de machos com testículos descendentes de Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009.

Estação seca Estação chuvosa AO (%) AO (%)

Compartimento tubular 63,21 66,26

Compartimento intertubular 36,79 33,74

Total 100 100

Valor de p = 0,027

Tabela 4 – Áreas de ocupação (AO) dos compartimentos tubular e intertubular de machos com testículos não descendentes de Phyllostomus discolor coletados na Mata Sul de Pernambuco nas estações seca e chuvosa – 2008/2009.

Estação seca Estação chuvosa

AO (%) AO (%)

Compartimento tubular 62,42 67,95

Compartimento intertubular 37,58 32,05

Total 100 100

(31)

30

Phyllostomus discolor apresentou tanto testículos descendentes quanto não

descendentes nos meses de setembro, outubro, novembro e março. Quando comparamos tais informações com outros estudos desenvolvidos para essa mesma espécie em outras localidades, constatam-se, em geral, divergências. Assim, na região noroeste do Estado de São Paulo, Taddei (1976) descreve a ocorrência de machos dessa espécie com testículos descendentes nos meses de fevereiro, junho, agosto, setembro e dezembro. As divergências nos resultados, com relação aos meses, de machos com testículos descendentes, estão relacionadas às variações nas condições reprodutivas de acordo com a área de ocorrência, dentro da mesma família, gênero e inclusive pode variar dentro de uma mesma espécie (BRADBURY; VEHRENCAMP, 1977; TADDEI, 1980; ZORTÉA, 2003).

A literatura é ampla em estudos que classificam como machos ativos, os indivíduos que apresentam seus respectivos testículos no escroto, bem como levam em consideração, por outro lado, que os indivíduos que possuem testículos na cavidade abdominal são ditos inativos (ZÓRTEA, 2003; GOMES & UIEDA, 2004; ORTÊNCIO FILHO et al., 2007).

Entretanto, os nossos resultados mostraram que os testículos apresentaram atividade espermatogênica independente da posição dos mesmos, assim como não houve diferença significativa nas análises morfométricas quando se comparou os machos de P. discolor com testículos descendentes e não descendentes. A partir destes dados, constatamos que os estudos histológicos são necessários para estabelecer mais precisamente a atividade ou a inatividade sexual (descendentes ou não descendentes).

Os dados obtidos indicaram que as maiores médias da área de ocupação dos túbulos seminíferos ocorreram na estação chuvosa independente da posição dos testículos, corroborando os estudos para mamíferos, os quais indicam que as análises morfométricas testiculares são de suma importância para compreender à dinâmica gonadal e inferir acerca da capacidade reprodutiva do animal (MORAIS et al., 2013).

De maneira geral, a dinâmica que ocorre na reprodução consiste em um período bastante difícil para os diversos organismos e os fatores endógenos, como por exemplo, os hormônios, também estão diretamente relacionados (ZÓRTEA, 2003;SOARES et al., 2003). Desse modo, as espécies de morcegos tropicais, desempenham suas atividades reprodutivas com maior eficiência no período chuvoso, uma vez que há maior abundância de recursos alimentares (FLEMING et al,. 1972; WILSON, 1979; RACEY, 1982; NEUWEILER, 2000). Sendo assim, os aspectos mencionados coincidem com os

(32)

31

resultados do presente estudo, pois as maiores médias da área de ocupação dos túbulos seminíferos foi no período chuvoso, o que possivelmente está relacionado a um maior investimento em produção espermática no período onde há maior oferta de recursos alimentares.

Assim, concluímos que os machos de P. discolor em áreas de Mata Atlântica de Pernambuco encontram-se aptos sexualmente, independente da posição dos testículos (descendentes e não descendentes) e que a estação chuvosa influencia diretamente em tal aptidão, tendo em vista as maiores médias da área de ocupação dos túbulos seminíferos nesse período.

AGRADECIMENTOS

À Usina Trapiche S.A por permitir a realização do presente estudo em suas propriedades.

REFERÊNCIAS

BEGUELINI, M. R. Estudo da espermatogênese e nucleologênese de morcegos . 2008. 141 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas. São José do Rio Preto. 2008

BEGUELINI, M. R.; MOREIRA, P. R.L.; FARIA, K. C.; MARCHESIN,S. R.C.; MORIELLE-VERSUTE , E.Morphological Characterization of the Testicular Cells and Seminiferous Epithelium Cycle in Six Species of Neotropical Bats. Journal of Morphology, v.270, p. 943–953, 2009.

BERNARD, E.; MACHADO, R.B.; AGUIAR, L.M.S. Discovering the

Brazilian bat fauna: a task for two centuries? Mammal Rev. v.41,p.1, p.23-39, 2011. BRADBURY, J.; VEHRENCAMP, S. Social organization and foraging in emballonurid bats.III. Mating systems. Behav. Ecol. Sociobiol.,v.2, p. 1-17, 1977.

BREDT, A.; UIEDA, W. ; MAGALHÃES, E. D. Morcegos cavernícolas da região do Distrito Federal, centro-oeste do Brasil (Mammalia, Chiroptera).Revta bras.Zool. V.16, n.3, p.731 - 770,1999.

CHARLES-DOMINIQUE, P. Feeding strategy and activity budget of the frugivorous bat Carollia perspicillata(Chiroptera: Phyllostomidae) in French Guiana. J. Trop.Ecol., v 7, p. 243-256,1991b.

CRICHTON, E. G.; KRUTZSCH, P. H. Reproductive Biology of Bats.Academic Press, 2000.510 p.

(33)

32

ESTRADA, A.; COATES-ESTRADA R. Species composition and reproductive phenology of bats in a tropical landscape at Los Tuxtlas, México.J. Trop. Ecol. 17: p. 672-646, 2001.

FABIÁN, M. E.; MARQUES, R. V. Contribuição ao conhecimento da biologia reprodutiva de Molossus molossus(PalIas, 1766) (Chiroptera, Molossidae).Revista brasileira Zoologia, v.6, n.4, p. 603 – 610, 1989.

FARIA, D.; LAPS R.R.; BAUMGARTEN, J.; CETRA, M. Bat and Bird Assemblages from Forests and Shade Cacao Plantations in Two Contrasting Landscapes in the Atlantic Forest of Southern Bahía, Brazil. Biodiversity and Conservation, v.15, p.587-612. 2006.

FENTON, M.B. Foraging behavior and ecology of animal eating bats. Canadian. Journal of Zoology, v.68, p. 411-422,1990.

FENTON, M. B.; ACHARYA, L.; AUDET, D.; HICKEY, M. B. C. ; MERRIMAN, C. ; OBRIST, M. K. ; SYME, D. M. Phyllostomid bats (Chiroptera: Phyllostomidae) as indicators of habitat disruption in the neotropics. Biotropica, v.24, n.3,p. 440-446, 1992.

FLEMING, T.H.; HOOPER, E.T.; WILSON, D.E. Three central American bat

communities: structure, reproductive cycles and movement patterns. Ecology , v. 53, p. 555–569, 1972.

FRANÇA, L. R.; RUSSELL, L.D. The testis of domestic mammals.In: REGADERA, J.; MARTINEZ – GARCIA, F. (Eds.). Male reproduction: a multidisciplinary overview. Churchill Livingstone, Madrid, 1998. p. 197 – 219.

GANNON, M.R.; WILLIG, M.R. Bat reproduction in the Luquillo Experimental Forest of Puerto Rico.The Southwest Naturalist, v.37,n.4,p.414-419, 1992.

GARDNER, A.L. Order Chiroptera. In: GARDNER A.L. (eds) Mammals of South America (Marsupials, Xenarthrans, Shrews, and Bats). Chicago and London: The University of Chicago Press. 2008. v1, p. 669.

GOMES, M. N; UIEDA W. Abrigos diurnos, composição de colônias, dimorfismo sexual e reprodução do morcego hematófago Desmodus rotundus (E. Geoffroy) (Chiroptera, Phyllostomidae) no Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, v. 21, n.3, p. 629–638, 2004.

HEITHAUS, E.R; T.H. FLEMING, P.A. OPLER.Foraging patterns and resource utilization in seven species of bats in a seasonal tropical forest. Ecology, Washington, v. 56, p. 841-854, 1975.

KRUTZSCH P. H., CRICHTON, E.G. Reproductive Biology of the Male Little Mastiff Bat, Mormopterus planiceps (Chiroptera:MoIossidae) , in Southeast AustraIia.The American Journal of Anatomy, v. 178, p. 352-368, 1987.

(34)

33

KUNZ, T.H; PIERSON, E.D. Bats of the world: an introduction. In: NOWAK, R.M. (Ed.), Walker’s Bats of the World. The John Hopkins University Press, Baltimore, 1994, p. 1–46.

MEDELLÍN, R.; GAONA, O. Seed dispersal by bats and birds in forest and disturbed habitats in Chiapas, Mexico.Biotropica. v.31, p. 478–485, 1999.

MORAIS, D. B.; OLIVEIRA ,L. C. ; CUPERTINO , M. C.; FREITAS, K. M.;

FREITAS, M. B. D.; PAULA ,T. A. R.; MATTA, S. L. P. Organization and Seasonal Quantification of the Intertubular Compartment in the Bat Molossus molossus (Pallas, 1776) Testis. Microscopy research and technique v.76, p. 94–101, 2013.

NEUWEILER, G.The biology of bats.Oxford University Press, 2000. 310p. ORTÊNCIO, FILHO. H.; REIS, N; R.; PINTO, D.; VIEIRA, D.C. Aspectos

reprodutivos de Artibeus lituratus(Phyllostomidae) em fragmentos florestais na região de Porto Rico, Paraná, Brasil. Chiropt. Neotrop., v.13, n. 2, p. 313-318, 2007. PAGLIA, A.P.; FONSECA, G.A.B.; RYLANDS, A.B.; HERRMANN, G.; AGUIAR, L.M.S.; CHIARELLO, A.G.; LEITE, Y.L.R.; COSTA, L.P.; SICILIANO. S.;

KIERULFF,M.C.M.; MENDES, S.L.; TAVARES, V.C.; MITTERMEIER, R.A.; PATTON, J.L. Lista Anotada dos Mamíferos do Brasil. Occasional Papers in Conservation Biology, Conservation International, Arlington,VA, n.6, 2ª Edição, p. 76. 2012.

RACEY, P. A. Ecology of bat reproduction. In: KUNZ, T. H. (ed.), Ecology of bats. Plenum Press, New York and London. 1982. p. 57- 104

REIS, N. R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A.; LIMA, I.P (Eds). Morcegos do Brasil. Londrina, 2007. 253 p.

REIS, N. R.; PERACCHI, A.L.; PEDRO, W.A.; LIMA, I.P (Eds). Mamíferos do Brasil. 2. ed. , Londrina, 2011. 439 p.

SOARES, M. C. F.; URBINATI, E. C.; SENHORINI, J. A. Variação Periódica da Triiodotironina (T3) Plasmática e sua Ação na Reprodução Induzida do Matrinxã, Bryconcephalus (Günther, 1869) em Cativeiro. Revista Brasileira de Zootecnia, v.32, n.6, p.1825-1834, 2003.

TADDEI, V. A. Biologia reprodutiva de Chiroptera: perspectivas e problemas. Inter-Facies, Escr.e Doc., v.6, p. 1-18, 1980.

TADDEI, V. A. The reproduction of some Phyllostomidae (Chiroptera) from the

northwestern region of the state of São Paulo.Boletim de Zoologia, v.1, n.1, p.313–330, 1976.

WILSON, D. E., 1979, Reproductive patterns, pp. 317-378.In: R. J. Barker, J. K. Jones Jr. & D. C. Carter (eds.), Biology of bats of the New World family Phyllostomatidae, Part III. Spec. Publ. Mus. Texas Tech. Univ., 16: 1-441.

(35)

34

WILLIG, M.R. Reproductive patterns of bats from Caatingas and Cerrado biomes in northeastern Brazil. Journal of mammalogy, v.66, p. 668-681. 1985.

WILLIG, M.R.; PRESLEY, S. J.; BLOCH, C. P.; HICE, C. L.; YANOVIAK, S. P.; DÍAZ, M. M.; CHAUCA, L. A.; PACHECO, V.; WEAVER, S. C. Phyllostomid Bats of Lowland Amazonia: Effects of Habitat Alteration on Abundance. Biotropica, v.39, n.6, p.737–746, 2007.

ZORTÉA, M. Reproductive patterns and feeding habits of three nectarivorous bats (Phyllostomidae: Glossophaginae) from the Brazilian Cerrado. Brazilian Journal of Biology, v. 63, n.1, p.159-168, 2003.

(36)

35

ANEXO

NORMAS EDITORIAIS E DE SUBMISSÃO NA REVISTA

BRAZILIAN JOURNAL OF VETERINARY RESEARCH AND

(37)

36 Diretrizes para Autores

Normas editoriais

O periódico BrazilianJournalofVeterinaryResearchand Animal Science é uma publicação bimestral, vinculada à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo e conta com o apoio da Fundação de Medicina Veterinária (FUMVET). Destina-se a publicar trabalhos científicos sobre medicina veterinária e ciências afins. Os trabalhos encaminhados para publicação são submetidos à aprovação da comissão editorial, com assessoria de especialistas da área (peerreview). A lista de colaboradores (relatores) é publicada no último fascículo do volume/ano. Os trabalhos cujos textos necessitarem de revisões ou correções que não puderem ser feitas pelos editores serão devolvidos aos autores. Os aceitos para publicação tornam-se propriedade dessa revista. Os autores são responsáveis pelos conceitos e informações neles contidos. Os trabalhos que tiverem a utilização de animais deverão apresentar a aprovação do protocolo experimental por Comitê de Ética. Qualquer que seja o tipo do trabalho deverá ser inédito e destinar-se exclusivamente a esse periódico.

Os trabalhos para publicação deverão ser submetidos no portal de revistas da USP no URL: http://www.revistas.usp.br/bjvras

Artigo completo

1 - Limitar-se ao máximo de dez páginas digitadas, não sendo contadas apenas as

páginas onde constem tabelas e ilustrações.

2 - Ser escrito em língua portuguesa ou em língua inglesa.

3 - Usar somente nomenclaturas oficiais e abreviaturas consagradas, não empregando

abreviaturas no título do artigo.

4 – Ser estruturado dentro dos seguintes itens: a) Introdução; b) Materiais e Métodos;

c) Resultados; d) Discussão; e) Agradecimentos; f) Referências; g) Resumo/Palavras -chave; Abstract/Keywords.

5 - Apresentar, obrigatoriamente, dois resumos, nos idiomas inglês e português, não

devendo ultrapassar 250 (duzentas e cinquenta) palavras, seguidos das palavras -chave/Keywords, limitadas a cinco, que correspondem a palavras ou expressões que identificam o conteúdo do artigo.

Nota de Pesquisa

(38)

37 2 - Ser escrita em língua portuguesa ou em língua inglesa.

3 – Usar somente nomenclaturas oficiais e abreviaturas consagradas, não

empregando abreviaturas no título do artigo.

4 - Não devem ser subdivididos em seções separadas (Introdução, Materiais e

Métodos etc), mas devem apresentar, obrigatoriamente, dois resumos (Português e Inglês), com palavras-chave/keywords, conforme descrito na apresentação de artigo completo, além de referências.

Artigos de revisão

Só poderão ser publicados por especialistas de renome a convite da comissão editorial. Não devem ser subdivididos em seções separadas (Introdução, Materiais e Métodos, etc.), mas devem apresentar, obrigatoriamente, dois resumos (Português e Inglês), com palavras-chave/keywords, conforme descrito na apresentação de artigo completo, além de referências.

Apresentação dos trabalhos

1 - Digitação: obrigatoriamente, em formato A4 (21,0 x 29,7cm), espaço 1,5, margens

de 2,5 cm, fonte Times New Roman tamanho 12 e numeração consecutiva das páginas. Todas as Ilustrações devem conter título, fonte e, caso necessário, legenda. O texto dos artigos deve ser apresentado utilizando-se as extensões: doc, rtf ou odt;

2 - Página de rosto: elemento obrigatório, onde deve conter o título do artigo

(Português e Inglês), nomes por extenso dos autores, instituições de origem e endereço de email de todos os autores.

3 - Tabelas: devem ser numeradas em algarismos arábicos e encabeçadas por um

título, seguido de local e data. Na montagem das tabelas seguir: IBGE.Normas de

apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 61 p. O limite de tabelas por

trabalho é de cinco. Em casos excepcionais, conhecida a opinião da comissão editorial, este número poderá ser ultrapassado. No texto devem ser indicadas pela palavra tabela (por extenso).

4 - Ilustrações (fotografias, gráficos, quadros, desenhos ou esquemas): devem ser

numeradas consecutivamente com algarismos arábicos e citadas no texto. As ilustrações devem ser identificadas com o título e fonte. Fotos devem ter resolução mínima de 300 dpi’s. As legendas de ilustrações coloridas devem estar referenciadas somente por setas, símbolos e pontos quando publicadas em preto e branco. Os gráficos devem trazer sempre os valores numéricos que lhes deram origem. Desenhos e esquemas devem apresentar boa qualidade técnica e artística. Para citar as ilustrações no texto indicar a nomenclatura por extenso conforme segue: se estiver entre parênteses utilizar letra maiúscula na inicial da palavra, ex: (Figura 1) e minúsculas se estiver inserida no texto, ex. figura 1. Indicar junto ao título da ilustração o local e data. Logo abaixo da ilustração indicar a fonte de origem mesmo sendo de autoria própria. As ilustrações serão publicadas coloridas na revista eletrônica, na revista em papel serão publicadas em preto e branco. Desta forma, recomendamos cuidados especiais para que seja possível uma boa leitura da imagem mesmo em preto e branco.

(39)

38 6 - Referências: As referências são organizadas por ordem alfabética e reunidas no

final do trabalho. São digitadas com espaçamento simples, alinhadas à esquerda e não devem ser justificadas. Devem ser relacionados todos os autores, não usar a expressão et al. Os títulos de periódicos devem ser mencionados por extenso. As referências devem seguir a normalização da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 6023, que deve ser consultada para outros tipos de documentos aqui não exemplificados.

Exemplos de Referências:

Periódico

KOTZEKIDOV, P.; BLOUKAS, J. G. Effect of protective cultures and packaging film permeability on shelflife of sliced vacuum-pocked cooked ham. Meat Science, v. 42, n. 3, p. 333-345, 1996.

Livro

HALLIWELL, R. E. W.; GORMAN, N. T. Veterinary clinical immunology.London: W. B. Saunders, 1989. 548 p.

Autor diferente para livro e capítulo

FENNER, W. R. Avaliação neurológica dos pacientes. In: ETTINGER, S. J. Tratado de

medicina interna veterinária. 3. ed. São Paulo: Manole, 1992. p. 577-606.

Mesmo autor para o livro e capítulo

THORTON, H. Deleterius changes in meat. In: THORTON, H. Aspects of meat

inspection. London: Thindall&Cassel, 1973. p. 63-72.

Tese

BIRGEL, E. H. Estudo do quadro eritrocitário de caprinos (Capra hircus, L.)

normais criados no Estado de São Paulo: influências de fatores raciais, sexuais,

etários e alimentares. 1973. 92 f. Tese (Livre Docência) - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1973.

Evento

OLIVEIRA, C. A. Hormonoterapia em cadelas e gatas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE REPRODUÇÃO ANIMAL, 9., 1991, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Colégio Brasileiro de Reprodução Animal, 1991. p. 100-111.

Livro eletrônico

POORE, M. H. Alternative feeds for beef cattle. North Carolina: North Carolina

Corporative Extension Service, 1994. Disponível em:

<http://www.ces.ncsu.edu/drought/dro-28.html>. Acesso em: 23 abr. 2007.

(40)

39

MENDONÇA JR., C. X.; MARTINS, A. P.; MORI, A. V.; SILVA, A. B.; MORI, C. S. Efeito da adição de óleo de peixe à dieta sobre o desempenho e níveis de lípides plasmáticos e de colesterol no ovo de galinhas poedeiras. Brazilian Journal of

Veterinary Research and Animal Science, v. 37, n. 1, 2000. Disponível em:

<http://www.scielo.br/ cgi_bin/wxis.exe/iach/scielo>. Acesso em: 31 jan. 2001.

7 - Citações: utilizar o Sistema Autor Data, conforme ABNT NBR 10520. As citações

devem ser apresentadas no texto e subordinar-se à forma (AUTOR, data), como no exemplo (SANTOS, 2001). Quando a citação estiver inserida no texto utilizar letra minúscula, ex.: Santos (2001).

Exemplo de citações:

Um autor - sobrenome do autor e data: Valberg (1996) ou (VIEIRA, 1991).

Dois autores - sobrenome dos autores e data: Strunk e White (1979) ou (STRUNK;

WHITE, 1979).

Três autores – para referência que possui três autores, citar os três autores no texto.

Volpato, Gonçalves-de-Freitas e Jordão ou (VOLPATO; GONÇALVES-DE-FREITAS; JORDÃO, 2006).

Quatro ou mais autores - sobrenome do primeiro autor com a expressão et al. sem

itálico. Carvalho et al. (2003); Zogno et al. (2004) e Addo et al. (2007). ou (CARVALHO et al., 2003; ZOGNO et al., 2004; ADDO et al., 2007).

Tarifa de publicação: A tarifa de publicação de R$ 400,00 será cobrada do autor

indicado para correspondência, por ocasião da aprovação do artigo. Se houver necessidade de impressão em cores, as despesas ocorrerão por conta dos autores.

Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verific ar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.

1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para publicação por outra revista; caso contrário, deve-se justificar em "Comentários ao editor". 2. O arquivo da submissão está em formato Microsoft Word, OpenOffice ou RTF. 3. URLs para as referências foram informadas quando possível.

4. O texto está em espaço 1,5; usa uma fonte de 12-pontos; emprega itálico em vez de sublinhado (exceto em endereços URL).

5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em Diretrizes para Autores, na página Sobre a Revista.

Política de Privacidade

Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.

Referências

Documentos relacionados

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna

A trajetória de nosso estudo no período de quatro meses nos espaços da escola contemplou especificamente a prática docente na sala de aula. Nesse cenário das

de descarte para evitar que os fluidos sejam descartados na linha de esgoto da Universidade, sendo recolhida quando cheia por um empresa especializada, uma balança semianalítica

For a better performance comparison, and due to the difficulty in categorizing ML approaches in a simple way, we began by characterizing them in agreement with Caret’s

A análise de questões relacionadas ao planejamento de ações conjuntas e ao acesso das EqAB às EqNASF nos fornece um panorama do processo de trabalho entre estas equipes e

Depois de considerar a confidência, conteúdo, distribuição, e assuntos de oportunidade associadas com a distribuição de um relatório, um controlador pode, então,

Salientamos as seguintes conclusões: (a) na globalidade da amostra, as mulheres nos primeiros quinze meses após o parto, obtiveram níveis de interesse e resposta sexual