REGULAÇÃO, CONCORRÊNCIA E
INTERNET
O PAPEL DOS DOTS NA REGULAÇÃO DO CIBERESPAÇO: UMA ANÁLISE EMPÍRICA DA PROIBIÇÃO DO ZERO-RATING NA ÍNDIA
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Theodore Newton Vail
“Eu sonho com um sistema de transmissão elétrica que conecte qualquer um em qualquer canto do mundo, um sistema que seja tão universal e tão extenso quanto um sistema de estradas que ligam a porta da casa de um homem à porta da casa de outro. Nesse sistema, nós seremos capazes de telefonar para qualquer canto do mundo”.
“Concorrência significa disputa, Guerra industrial. Representa contenção, com frequência, é o mesmo que tirar vantagem ou apelar para os meios que a consciência dos concorrentes permitir” (Theodore Newton Vail, 1916).
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"Anything and everything that can go digital is going digital -- at an exponential rate," Ambani told investors last week at his company's annual general meeting. "Life is going digital.“ (Mukesh Ambani, 2016)
India's richest man is rolling out a $20 billion mobile network that could bring lightning-fast Internet to
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Introdução
Fenômeno OTTOver The Top Services (OTT) Serviços tradicionais de telecomunicações Forte tendência à verticalização Infraestrutura essencial
7 Consumidores Finais Conteúdos e Aplicativos Plataforma de Internet Plataforma de Internet Plataforma de Internet
Economides, Nicholas and Tag, Joacim,. Network neutrality on the Internet: A two-sided market
analysis, Information Economics and Policy, Elsevier, vol. 24(2), 2012, pages 91-104.
I. Introdução
Mercado de duas pontasCLOUD
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Liberdade usuários
finais Não interferência conteúdo
trafegado
Política de gestão
de dados Proibição de cobrança
Não diferenciação de pacotes e não bloqueio Zero-rating e Neutralidade de Rede
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I. Introdução
Zero-Rating PoliciesCLOUD
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Países que já proibiram o zero-rating
Países que já proibiram o Zero-rating
- Canadá
- Chile
- Costa Rica
- Esolvênia
- Finlândia
- Holanda
- Índia
- Noruega
- Brasil (?)
Mardsen, Christopher., Comparative Case Studies in Implementing Net Neutrality: A Critical
Analysis of Zero Rating. Scripted. Vol. 13, Issue 1, May, 2016..
Consultas
Públicas
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II. Referencial Teórico
Qual modelo Teórico de
Regulação do Ciberespaço
possui maior poder
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II. Referencial Teórico
Ciberpaternalismo
Lawrance Lessig
- Professor da Faculdade de Direito
Constitucional de Universidade de Harvard
- Fundador do Stanford Center for Internet
and Society
- Fundador do sistema Creative Commons - Principais obras:
a) Code and Other Laws of Cyberspace (2000)
b) The Future of Ideas (2001)
c) Free Culture (2002)
d) Code: Version 2.0 (2006) e) Remix (2008)
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LESSIG, L. CODE version 2.0. New York: Basic Books, 2006. e LESSIG, L. The New Chicago
School. The Journal of Legal Studies, v. 27, p. 661–691, 1998.
II. Referencial Teórico
Ciberpaternalismo - As dificuldades de aplicação das leis
no ambiente digital não constituem
barreiras necessariamente
intransponíveis ou imutáveis.
- Os “códigos” (code), não são definidos
por questões exclusivamente técnicas de engenharia computacional, mas
principalmente por escolhas
valorativas de política regulatória (LESSIG, 2006, p. 59–62)
- Perspectiva Estruturalista e os “pathetics dots”
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II. Referencial Teórico
Comunitarismo em Rede
Andrew Murray
- Professor da LSE - Principais obras:
a) Information Technology Law : The
Law and Society 3rd ed. (Oxford, 2013)
b) 'Nodes and Gravity in Virtual Space' (2011) 5 Legisprudence 195
c) The Regulation of Cyberspace: Control in the Online
Environment (London: Routledge-Cavendish, 2006).
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COMPANY MURRAY, A. D. Nodes and Gravity in Virtual Space. Legisprudence, v. 5, n. 195, 2011a. WWW.CLOUDCOMPANY.COM 17
II. Referencial Teórico
Comunitarismo em Rede
- O “dot” poderia ser considerado um “material node” na rede (nos termos da Teoria do Ator-Rede de Latour) ou mesmo uma parte de um sistema social (sob a ótica da Teoria de Sistemas de Luhmann). (Murray, 2011, p. 205) .
- o “dot” não estaria sozinho, mas sim inserido em uma comunidade interligada ou matriz de “dots”, que compartilham valores comuns.
- os mecanismos regulatórios extrairiam sua legitimidade das próprias comunidades ou matrizes de “dots”
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II. Referencial Teórico
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III. Objeto de Pesquisa
Dezembro 2014: Anúncio Airtel Zero
Fevereiro 2015: Internet.org
Março 2015:
Consulta Pública OTT
Abril 2015: Protestos Maio 2015: Abertura Plataforma FB Dezembro 2015: CP Zero-rating Dezembro 2015: Suspensão FB Fevereiro 2016: CP Zero-rating
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COMPANY MURRAY, A. D. Nodes and Gravity in Virtual Space. Legisprudence, v. 5, n. 195, 2011a. WWW.CLOUDCOMPANY.COM 23
IV. Perguntas e Hipótese de Pesquisa
- Na experiência indiana, é possível afirmar que ascomunidades online formaram consensos estáveis capazes de influenciar a tomada de decisões por parte do agente regulador;
- Se/quais consensos se formaram nas contribuições à consulta pública?
- Em que sentidos o princípio da neutralidade de rede foi invocado? Qual a visão dos participantes sobre as relações entre inclusão digital e zero-rating?
24 Comentários Recebidos pelo portal https://mygov.in Contribuições à Consulta Pública (2.400.000) Comentários Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Comentários Associações de Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Outros Comentários
V. Metodologia de Pesquisa
Contribuições à Consulta Pública
Van Schewick, Barbara. Towards an economic framework for network neutrality. Journal of Telecommunications and High Technology Law, 2007.
25 Demais comentários individuais Outros Comentários 1.350.000 contribuições recebidas pelo e-mail “@suportInternet.org/F
reeBasics.in”
544.000 contribuições
recebidas pelo e-mail
“@facebookmail.com
” 484.000 contribuições recebidas de fóruns
como o “Save The
Internet”
42 manifestações de Organizações da
26 Comentários Recebidos pelo portal https://mygov.in (integra) 1.350.000 contribuições recebidas pelo e-mail “@suportInternet.org/Free
Basics.in” (modelos)
544.000 contribuições recebidas pelo e-mail
“@facebookmail.com”
(modelos) 484.000 contribuições
recebidas de fóruns como o “Save The
Internet” (modelos)
V. Metodologia de Pesquisa
Universo Analisado
Demais comentários individuais
27 Nós e Sub-nós Utilizados no Software NVIVO for Mac
Primeiro Nó: Princípio da Neutralidade de Rede
Sub-nós: “Proibição de Cobrança Diferenciada por Conteúdo”; “Proibição de Filtro de Conteúdo ou Proibição Lato Sensu de
Discriminação de Tráfego” e “Princípio Geral Não Definido”. Segundo Nó: Legalidade dos Planos Zero-Rating
Sub-nós: “Violação do Princípio da Neutralidade”; “Não violação do Princípio da Neutralidade de Redes” e “Necessidade de Avaliação Caso a
Caso”.
Terceiro Nó: Zero-Rating e Inclusão Digital
Sub-nós: “Zero-rating favorece e é a única forma efetiva de se viabilizar a inclusão digital”; rating não favorece a inclusão digital” e “Zero-rating não favorece e há outro formas efetivas de se viabilizar a inclusão
digital”.
Quarto Nó: Percepção dos Indivíduos Acerca das Empresas de Telecomunicações e Internet
Sub-nós: Positiva e Negativa.
Quinto Nó: Percepção dos Indivíduos Acerca das Autoridades Governamentais
Sub-nós: Positiva e Negativa.
28 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Referências ao Princípio da Neutralidade de Redes
Referência Genéria
Impossibilidade de Discriminação de Tráfego ou de Filtro de Conteúdo Proibição de Discriminação de Preço por Conteúdo
29 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Referência Genérica Proibição de Discriminação de Preço Proibição de Discriminação de Tráfego
ou Filtro de Conteúdo Cruzamento das Referências ao Princípio da
Neutralidade de Redes com os Posicionamentos Acerca da Legalidade do Zero-Rating
30 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Negativa Positiva
Referências Cruzadas da Percepção dos Usuários Acerca dos Interesses das Empresas e do Efeito dos
Planos Zero-Rating na Inclusão Digital
Zero-Rating não favorece a inclusão digital
Zero-Rating favorece, mas não é o único meio efetivo de realizar a inclusão digital Zero-Rating favorece e é o único meio efetivo de realizar a inclusão digital
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VI. Conclusões
- Os resultados mostram que os agentes regulados
foram capazes de formar um consensos
relativamente estáveis quanto à legalidade dos planos zero-rating.
- Contudo, não é possível extrair, da amostra analisada, posicionamento uniforme quanto ao conteúdo do princípio da neutralidade de rede
- É possível sustentar que a legitimidade da regulamentação da TRAI foi convalidada pela matriz de dots.
- Confirmação da hipótese: possibilidades de poder explicativo da Teoria do Comunitarismo em Rede.