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PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO: PRODUÇÃO DE COBERTURA E DENSIDADE DO SOLO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica

2008 – UFU 30 anos

______________________________________________________________________ 1 Acadêmicos do Curso de Agronomia SEI/FAI Faculdade. 2 Professor Curso de Agronomia SEI/FAI Faculdade.

PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO: PRODUÇÃO DE BIOMASSA E

EFEITO NA COBERTURA E DENSIDADE DO SOLO

Estevão Mathias Franken1

SEI/FAI-FACULDADES, Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga e-mail estevao_mathias@yahoo.com.br

Carlos Eduardo Kleinubing1

SEI/FAI-FACULDADES, Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga e-mail carlos_kleinubing@yahoo.com.br

Leandro Hahn2

SEI/FAI-FACULDADES, Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga e-mail agronomia@seifai.edu.br

Mauro Hahn2

SEI/FAI-FACULDADES,Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga e-mail hahnmauro@yahoo.com.br

Resumo: O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência de cinco tratamentos de plantas de

cobertura do solo (Milheto, Mucuna Preta, Guandu Anão, Milheto x Guandu Anão e Pousio), na densidade do solo em diferentes profundidades (0

produção de matéria seca da parte aérea, e a evolução da cobertura do solo na Região Oeste do Estado de Santa Catarina. Foi utilizado um delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Todos os tratamentos de plantas de cobertura apresen

matéria seca aos 110 dias após semeadura, com exceção da mucuna que ainda não havia completado todo seu ciclo. Após a implantação das culturas, assim como no tratamento pousio, não houve alteração significativa nos valores de de

mucuna, o milheto e o consórcio apresentaram as maiores velocidades de cobertura do solo.

Palavras-chave: Qualidade física, massa seca, cobertura do solo, leguminosas, milheto.

1. INTRODUÇÃO

A agricultura, de um modo geral, tem sido uma atividade predatória em termos de manejo e conservação do solo. As terras agrícolas vêm sofrendo um processo acelerado de degradação da sua capacidade produtiva seja pelo uso e manejo inadequado do solo e, principalmente, pel mecanização intensa e desordenada, associada aos sistemas agrícolas de monoculturas continuadas.

Nesse aspecto de manejo e conservação do solo, onde o objetivo é a recuperação e/ou manutenção de sua fertilidade e do potencial produtivo, especial destaqu

cultivo de plantas para adubação verde e cobertura do solo.

cobertura do solo, seja ela por plantas em fase vegetativa e com resíduos destas, ou ainda por outras matérias, é o fator de maior importâ

terras agricultáveis, sendo que a utilização de adubos verdes como cobertura, além de controlar a erosão diminui a infestação de ervas invasoras, reduz a lixiviação de nutrientes, diminui a

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica

UFU 30 anos

________________________________________________________________________

Acadêmicos do Curso de Agronomia SEI/FAI Faculdade. Professor Curso de Agronomia SEI/FAI Faculdade.

PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO: PRODUÇÃO DE BIOMASSA E

EFEITO NA COBERTURA E DENSIDADE DO SOLO

, Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga-SC

Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga-SC carlos_kleinubing@yahoo.com.br

Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga-SC

Rua Carlos Kummer, 100, Bairro Universitário, Itapiranga-SC

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência de cinco tratamentos de plantas de cobertura do solo (Milheto, Mucuna Preta, Guandu Anão, Milheto x Guandu Anão e Pousio), na densidade do solo em diferentes profundidades (0-5, 5-10, 10-15, 15-20 cm), com

produção de matéria seca da parte aérea, e a evolução da cobertura do solo na Região Oeste do Estado de Santa Catarina. Foi utilizado um delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Todos os tratamentos de plantas de cobertura apresentaram elevadas produções de matéria seca aos 110 dias após semeadura, com exceção da mucuna que ainda não havia completado todo seu ciclo. Após a implantação das culturas, assim como no tratamento pousio, não houve alteração significativa nos valores de densidade do solo nas quatro profundidades. mucuna, o milheto e o consórcio apresentaram as maiores velocidades de cobertura do solo.

Qualidade física, massa seca, cobertura do solo, leguminosas, milheto.

de um modo geral, tem sido uma atividade predatória em termos de manejo e conservação do solo. As terras agrícolas vêm sofrendo um processo acelerado de degradação da sua

pelo uso e manejo inadequado do solo e, principalmente, pel mecanização intensa e desordenada, associada aos sistemas agrícolas de monoculturas continuadas.

Nesse aspecto de manejo e conservação do solo, onde o objetivo é a recuperação e/ou manutenção de sua fertilidade e do potencial produtivo, especial destaque deve ser conferido ao cultivo de plantas para adubação verde e cobertura do solo. Segundo Calegari

cobertura do solo, seja ela por plantas em fase vegetativa e com resíduos destas, ou ainda por outras matérias, é o fator de maior importância no controle da erosão hídrica e lixiviação de nutrientes nas terras agricultáveis, sendo que a utilização de adubos verdes como cobertura, além de controlar a erosão diminui a infestação de ervas invasoras, reduz a lixiviação de nutrientes, diminui a

PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO: PRODUÇÃO DE BIOMASSA E

EFEITO NA COBERTURA E DENSIDADE DO SOLO

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência de cinco tratamentos de plantas de cobertura do solo (Milheto, Mucuna Preta, Guandu Anão, Milheto x Guandu Anão e Pousio), na 20 cm), como também na produção de matéria seca da parte aérea, e a evolução da cobertura do solo na Região Oeste do Estado de Santa Catarina. Foi utilizado um delineamento em blocos ao acaso com quatro taram elevadas produções de matéria seca aos 110 dias após semeadura, com exceção da mucuna que ainda não havia completado todo seu ciclo. Após a implantação das culturas, assim como no tratamento pousio, não nsidade do solo nas quatro profundidades. A mucuna, o milheto e o consórcio apresentaram as maiores velocidades de cobertura do solo.

Qualidade física, massa seca, cobertura do solo, leguminosas, milheto.

de um modo geral, tem sido uma atividade predatória em termos de manejo e conservação do solo. As terras agrícolas vêm sofrendo um processo acelerado de degradação da sua pelo uso e manejo inadequado do solo e, principalmente, pela mecanização intensa e desordenada, associada aos sistemas agrícolas de monoculturas continuadas.

Nesse aspecto de manejo e conservação do solo, onde o objetivo é a recuperação e/ou e deve ser conferido ao Segundo Calegari et al. (1993), a cobertura do solo, seja ela por plantas em fase vegetativa e com resíduos destas, ou ainda por outras ncia no controle da erosão hídrica e lixiviação de nutrientes nas terras agricultáveis, sendo que a utilização de adubos verdes como cobertura, além de controlar a erosão diminui a infestação de ervas invasoras, reduz a lixiviação de nutrientes, diminui a oscilação

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da temperatura do solo e contribui para a recuperação das áreas degradadas. Portanto manter a cobertura durante o maior tempo possível é prática fundamental no manejo racional do solo.

As plantas de cobertura de solo constituem um importante componente em sistemas agrícolas, facilitando a ciclagem de nutrientes, adicionando N via leguminosa e mantendo a umidade do solo após seu manejo. A escolha de espécies vegetais para introdução nos sistemas de culturas depende da adaptação delas as condições de clima de cada região e do interesse do produtor. A produção de fitomassa das espécies utilizadas como cobertura é decorrente das condições edafoclimáticas, fitossanitárias e do seu sistema radicular. Quanto mais o sistema radicular penetrar no solo, maior será a produção de biomassa, além de promover a descompactação do solo.

O nitrogênio (N) é um dos nutrientes que mais limita o crescimento das plantas. Portanto, o uso de adubos verdes, capazes de realizar a fixação biológica de nitrogênio (FBN) eficientemente, pode contribuir consideravelmente para a viabilidade econômica e sustentabilidade dos sistemas de produção (BODDEY et al., 1994).

Por outro lado, o emprego de não-leguminosas na adubação verde pode amenizar perdas de N mediante a imobilização temporária deste nutriente em sua biomassa (ANDREOLA et al., 2000). Além disso, de acordo com Bortolini et al. (2000), resíduos de gramíneas, em virtude de sua baixa taxa de decomposição, determinam melhor proteção do solo Deste modo, a adubação verde, a partir do consórcio entre leguminosas e gramíneas, pode determinar a combinação de resíduos com características favoráveis, não só à proteção do solo mas também à nutrição das plantas, pelo aporte de N pelas leguminosas via fixação biológica de nitrogênio.

O objetivo deste trabalho é avaliar plantas de cobertura do solo de verão isoladas ou em consórcio e suas influências sobre a densidade e evolução da cobertura do solo.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em condições de campo, na área experimental da SEI/FAI-Faculdades, localizada no Instituto Assistência Educação São Canísio (IAESC) em Itapiranga/SC, 27°10'10''S (latitude) e 53°42'44'' W (longitude) e 206 metros acima do nível do mar. O clima, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Cfa. O solo é classificado como Cambissolo com as seguintes características químicas (0-20 cm): pH em H2O (1:1) 5,9; Al+3: 0,0 cmolc dm-3; Ca+2: 17,1

cmolc dm-3; Mg+2: 3,8 cmolc dm-3; K+: 519 mg dm-3 e P disponível, 64,5 mg dm-3 de solo. As variações climáticas ocorridas no período experimental (31/10/2006 à 27/02/2006) foram em média 626,6 mm de precipitação total, 29,2 °C de média da temperatura máxima do ar, 20,36 °C de média de temperatura mínima do ar e 77,09 % de média da umidade relativa do ar. A área estava sendo cultivada em sistema de plantio convencional, tendo como cultivo antecessor ao experimento plantas de cobertura de inverno.

Foram avaliados cinco tratamentos T1: Milheto (Pennisetum glaucum (L)); T2: Mucuna Preta (Stizolobium aterrimum); T3: Guandu Anão (Cajanus cajan (L)); T4: Milheto (Pennisetum

glaucum (L)) X Guandu Anão (Cajanus cajan (L)); T5: Pousio. As quantidades de sementes foram,

respectivamente, 40 kg ha-1, 80 kg ha -1, 50 kg ha-1, 20 kg ha-1 de T1 + 25 kg ha-1 de T3.

O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro repetições, tendo as parcelas 4,5 x 7,5m (33,75 m²). O plantio foi realizado em linhas com espaçamento de 0,5 m para T2 e T3 e 0,25 m T1. Para o tratamento T4 o espaçamento utilizado entre linhas foi 0,25 m sendo que foi realizada a semeadura de uma linha de Guandu Anão e duas de Milheto. A cobertura e a implantação foram realizadas manualmente utilizando-se uma matraca e uma enxada. Para a análise de densidade do solo coletaram-se amostras antes da implantação com anéis volumétricos (50 cm3) nas profundidades de 0 – 5, 5 - 10, 10 – 15, 15 – 20 cm e 110 dias após a semeadura quando cerca de 50% das plantas estava em florescimento.

Acompanhou-se a evolução de cobertura do solo pelas plantas usando quatro repetições em cada parcela, sendo os dados coletados aleatoriamente, conforme o método do número de interseções descrito por Alvarenga (1993). O método consiste no lançamento aleatório de um

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quadrado de madeira com 0,25 m2 com uma rede de barbantes espaçados 5 cm. A interseção entre dois barbantes perpendiculares define um ponto e representa uma área, conforme o espaçamento adotado. Conta-se, então, o número de interseções que estão sobre a vegetação. O somatório desses pontos, que significa o somatório das áreas que esses pontos representam, em relação à área total dos pontos do conjunto, fornece a porcentagem de cobertura do solo. Esta coleta de dados foi realizada a cada quatorze dias após a emergência (DAE) até o total fechamento da parcela pelas plantas de cobertura. Os dados foram expressos em porcentagem de cobertura.

Aos 110 dias após a semeadura, coletou-se amostra de tecido vegetal da parte aérea das plantas para a determinação de massa seca da parte área sendo estas coletas realizadas, aleatoriamente contendo três repetições de 0,25 m², cortadas rente ao solo. As amostras foram secadas em estufa com temperatura de 65ºC por 72 horas, após pesadas e os dados expressos em kg ha-1.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Todos os tratamentos de plantas de cobertura apresentaram elevadas produções de massa seca aos 110 dias após semeadura. Os tratamentos milheto (18.500 kg ha-1), guandu (17.800 kg ha

-1), consórcio (17.00 kg ha-1) e o pousio (11.400 kg ha-1) destacaram-se, produzindo as maiores

quantidades. Já a mucuna preta (8.500 kg ha-1) produziu as menores quantidades, porém sem diferenças significativas para o pousio e o consórcio (Figura 1). O consórcio (milheto x guandu) não produziu mais massa seca que os cultivos isolados, sendo o mesmo observado por Teixeira, et al., 2005.

O tratamento pousio produziu uma grande quantidade de massa seca, o que pode ser reflexo dos bons níveis de fertilidade do solo e devido à sua composição básica de Brachiaria

plantaginea e espécies do gênero Amaranthus, as quais têm um rápido e vigoroso crescimento.

De acordo com Amado et al. (2002), a mucuna preta é considerada uma espécie de média produção de massa seca. Em nosso trabalho, essa avaliação foi feita 110 dias pós semeadura, de modo que essa espécie de ciclo mais longo, ainda não conseguiu expressar toda sua capacidade de produção.

Mascarenhas e Tanaka (1993), verificaram valores de massa verde de guandu de 16.000 a 38.000 kg ha-1. Comparando-se o resultado determinado nesta pesquisa (17.800 kg ha-1) verifica-se que está de acordo com os resultados verificados pelos autores citados.

Figura 1. Produção de massa seca (kg ha-1) de diferentes plantas de cobertura de solo.

a a ab ab b 0 4.000 8.000 12.000 16.000 20.000 Plantas de Cobertura P roduç ão de m as sa s ec a (k g ha -1)

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Na primeira avaliação (14 DAE) da porcentagem de cobertura, os tratamentos milheto e consórcio se destacaram (Figura 2), pois além do rápido crescimento, foram implantadas com menor espaçamento nas entrelinhas. Já o pousio e o guandu revelaram os menores efeitos sobre a cobertura do solo. O guandu e a mucuna, pelo fato de terem sido implantadas com um maior espaçamento entrelinhas, justificam a menor porcentagem de cobertura do solo.

A mucuna, na segunda avaliação (28 DAE), não apresentou mais diferenças significativas para os tratamentos milheto e consórcio, sendo que todos já estavam acima de 90% de cobertura do solo. O guandu e o pousio foram os únicos tratamentos que ainda não haviam atingido 50% de cobertura. Mesmo estando espaçados 50 cm entre as linhas, a mucuna destacou-se, o que também foi observado por Fávero et al. (2001) e Sodré Filho et al., (2004). Segundo Fávero et al. (2001), uma maior cobertura proporcionada por esta espécie, em relação ao guandu, justifica-se pela maior capacidade dos seus ramos e folhas de se distribuírem melhor e mais próximo do solo. Por esta razão, há maior pressão de controle sobre as plantas espontâneas, uma vez que apresentam uma maior capacidade de abafamento e agressividade, e diminui a sua população, por causa da competição por fatores de crescimento, especialmente luz. Estes mesmos autores ressaltam ainda o crescimento inicial mais lento do guandu, mas que é compensado posteriormente, pois em nosso trabalho essa espécie produziu quantidades significativamente maiores de massa seca comparado à mucuna.

Na terceira avaliação (42 DAE), com exceção do pousio, todos os demais tratamentos estavam com 100% de cobertura do solo. Dechen et al. (1981) e Amado et al. (1987) demonstraram que o aumento da proporção de área coberta reduz a erosão, enquanto Alvarenga et al. (1995) destacaram que uma cobertura uniforme de 20 % do terreno é capaz de reduzir as perdas de solo em aproximadamente 50 %, quando comparada com solo descoberto.

Figura 2. Porcentagem de cobertura de diferentes plantas de cobertura do solo em quatro avaliações.

Na última avaliação (56 DAE) todos os tratamentos apresentaram 100% de porcentagem de cobertura do solo.

Quando o experimento foi implantado, os dados de densidade do solo, nas quatro profundidades, revelavam não haver problemas de compactação, provavelmente devido ao manejo anterior da área com plantas de cobertura de inverno. Valores críticos de densidade do solo para

c c b ns a ab b a c a b 0 20 40 60 80 100 14 28 42 56 % d e C ob er tu ra

Dias após Emergência (DAE)

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culturas comerciais propostas por Reinert e Reichert (2001), em solo com horizonte de textura média, com argila entre 20 e 55 % é 1,55 g cm-3, afirmando que, a partir daí, ocorre restrição ao desenvolvimento de raízes quando os solos estiverem na "capacidade de campo".

Após a implantação das culturas, assim como no tratamento pousio, não houve alteração significativa nos valores de densidade do solo nas quatro profundidades (Figuras 3 e 4). Apesar disso, o consórcio apresentou uma pequena tendência em diminuir estes valores.

Em trabalho realizado por Cubilla et al. (2002), também não se verificou efeito significativo nos valores de densidade do solo para diferentes sistemas de sucessão/rotação de culturas ao final de três anos. A inclusão de uma leguminosa de verão após a cultura do milho não indicou claramente seu efeito de romper camadas e reduzir o estado de compactação. Todavia, os autores consideram que o benefício da inclusão destas plantas de cobertura do solo está ligado, principalmente, a criação de poros biológicos de alta funcionalidade na aeração e infiltração de água no solo. Estes poros, normalmente, não representam 3 % do volume do solo, implicando em redução da densidade do solo somente na ordem de centésimos, muitas vezes não detectado pelas metodologias convencionais.

Em trabalho desenvolvido por BERTOL et al., (2004), também não obtiveram variação na densidade do solo e outras propriedades físicas pelo uso de diferentes sistemas de cultivo, compreendido como rotação e sucessão de culturas. Portanto, para que tal efeito se manifeste em nosso experimento é provável que seja necessário realizar o experimento por período de tempo mais longo.

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Figura 3. Densidade aparente em quatro profundidades em dois períodos de coleta de diferentes plantas de cobertura do solo.

0,95 0,99 1,03 1,07 1,11 1,15 1,19 T 0 T 114 D en si d ad e ap ar en te (g c m -³)

Período entre coletas (DAP)

Milheto Mucuna Guandu Consórcio Pousio

0,95 0,99 1,03 1,07 1,11 1,15 1,19 T 0 T 114 D en si d ad e ap ar en te (g c m -³)

Período entre coletas (DAP)

Milheto Mucuna Guandu Consórcio Pousio

0,95 0,99 1,03 1,07 1,11 T 0 T 114 D en si d ad e ap ar en te (g c m -³)

Período entre coletas (DAP)

Milheto Mucuna Guandu Consórcio Pousio

1 1,04 1,08 1,12 T 0 T 114 D en si d ad e ap ar en te (g c m -³)

Período entre coletas (DAP)

Milheto Mucuna Guandu Consórcio Pousio

Profundidade: 0 – 5 cm

Profundidade: 5 – 10 cm

Profundidade: 10 - 15 cm

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Figura 4. Densidade aparente em quatro profundidades 110 dias após plantio de diferentes plantas de cobertura do solo.

4. CONCLUSÕES

Aos 110 dias pós semeadura a mucuna preta produziu as menores produções de massa seca. Já o consórcio (milheto x guandu), milheto, pousio e o guandu as maiores produções.

As plantas de cobertura não apresentaram efeito significativo na redução na densidade do solo, por este já se encontrar em níveis de densidade abaixo do crítico;

A mucuna, o milheto e o consórcio cobriram mais rapidamente o solo.

5. REFERÊNCIAS

ALVARENGA, Ramon Costa. Potencialidades de adubos verdes para conservação e recuperação de solos. 1993. 112p. Tese (Doutorado em Solos e Nutrição de Plantas). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa.

ALVARENGA, Ramon Costa; COSTA, Liovando Marciano da; MOURA FILHO, W. &

REGAZZI, Adair José Características de alguns adubos verdes de interesse para a conservação e recuperação de solos. Pesquisa Agropecuária Brasileira. v. 30, p. 175-185, 1995.

AMADO, Telmo Jorge Carneiro; ALMEIDA, E.X.; DALL’AGNOL, I. & MATOS, A.T. Determinação da cobertura do solo por adubos verdes. Florianópolis, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina, 1987. 6p. (EMPASC. Pesquisa em Andamento, 78)

AMADO, Telmo Jorge Carneiro; MIELNICZUK, João; AITA, Celso. Recomendações de adubação

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ANDREOLA, F.; COSTA, L.M.; OLSZEVSKI, N.; JUCKSCH, Ivo. A cobertura vegetal de inverno e a adubação orgânica e, ou, mineral influenciando a sucessão feijão/milho. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p.867-874, 2000.

BERTOL, Ildegardis.; ALBUQUERQUE, J. A.; LEITE, D.; AMARAL, A. J. e ZOLDAN JUNIOR, W. A. Propriedades físicas do solo sob preparo convencional e semeadura direta em rotação e sucessão de culturas, comparadas às do campo nativo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 28:155-163, 2004.

BODDEY, R.M.; ALVES, B.J.R.; URQUIAGA, S. Quantificação da fixação biológica de nitrogênio associada a plantas utilizando o isótopo 15N. In: HUNGRIA, M.; ARAÚJO, R. S. (Ed.). Manual de métodos empregados em estudos de microbiologia agrícola. Brasília: Embrapa-CNPAF, 1994. p.471-494. 0,91 0,98 1,05 1,12 1,19 0 a 5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 D ens ida de a pa re nt e (g c m -³) Profundidades (cm)

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BORTOLINI, C.G.; SILVA, P.R.; ARGENTA, G. Sistemas consorciados de aveia preta e ervilhaca comum como cobertura de solo e seus efeitos na cultura do milho em sucessão. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, p.897-903, 2000.

CALEGARI, Ademir, MONDARDO Ademir et al. ADUBAÇÃO VERDE NO SUL DO BRASIL. Rio de Janeiro, 2ª edição, 1993.

CAMARGO de, O. A.; Alleoni, L. R. F. Reconhecimento e medida da compactação do solo. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2006_2/C6/Index.htm>. Acesso em: 1/9/2008

COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO. Manual de adubação e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Porto Alegre, 2004.

CUBILLA, Martín M. A., REINERT, Dalvan José, AITA, Celso, REICHERT, José Miguel e RANNO, Sidnei Küster. Plantas de cobertura do solo em sistema plantio direto – uma alternativa para aliviar a compactação. XIV Reunião brasileira de manejo e conservação do solo e da água. Cuiabá, MT, 2002.

DECHEN, S.C.F.; LOMBARDI NETO, F. & CASTRO, O.M. Gramíneas e leguminosas e seus restos culturais no controle de erosão em Latossolo Roxo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.5, p.133-137, 1981.

FAVERO, Claudenir. et al. Modificações na população de plantas espontâneas na presença de adubos verdes. Pesquisa agropecuária brasileira. Brasília, v. 36, n. 11, p. 1355-1362, nov. 2001. MASCARENHAS, H.A.A.; TANAKA, R.T. Rotação de culturas. In: WUTKE, E.B.; BULISANI, E.A.; MASCARENHAS, H.A.A. (Coord.). Curso sobre adubação verde no Instituto Agronômico. Campinas: IAC, 1993. p.71-86. (Documentos IAC, 35)

REINERT D.J., & REICHERT J Propiedade Físicas de solos em Sistema Plantio Direto Irrigado. In : CARLESSO, R. ; PETRY, M. ; ROSA, G. & CERETTA, C.A. Irrigação por Aspersão no Rio Grande do Sul, Santa Maria, 2001. P. 114-131.

SODRÉ FILHO, Joilson; CARDOSO, Alexandre Nunes; CARMONA, Ricardo e CARVALHO, Arminda Moreira de. Fitomassa e cobertura do solo de culturas de sucessão ao milho na Região do Cerrado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.39, n.4, p.327-334, 2004.

TEIXEIRA, Cícero Monti; CARVALHO, Gabriel José de; FURTINI NETO, Antônio Eduardo, ANDRADE, Messias José Bastos de; MARQUES, Edson Luiz Silva. Produção de biomassa e teor de macronutrientes do milheto, feijão-de-porco e guandu-anão em cultivo solteiro e consorciado. Ciência Agrotécnica, Lavras, v. 29, n. 1, p. 93-99, 2005.

PLANTS OF COVERING OF THE SOIL: PRODUCTION OF BIOMASS AND EFFECT IN THE COVERING AND DENSITY OF THE SOIL

Estevão Mathias Franken1

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Abstract: The objective of this research was to evaluate the influence of five treatments of cover crops (Millet, Black velvet bean, Pigeon pea, Millet x Pigeon pea and Fallow), in the density of the soil in different depths (0-5, 5-10, 10-15, 15-20 cm), as well the production of dry matter of the aerial part, and evolution of soil cover in the West Region of the State of Santa Catarina. Was used an experimental design with complete randomized blocks and four replications. All treatments of cover crops presented high dry matter to 110 days after sowing with exception of black velvet bean. After introduction of cover crops, as well in the fallow treatment, didn’t have significant alteration in soil density in the four depths. Black velvet bean, millet and the mixture crops showed the more fast velocities of soil cover.

Referências

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