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Regulagem Snipe. Estimado velejador de Snipe:

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Academic year: 2021

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Regulagem

Snipe

Estimado velejador de Snipe:

Muito obrigado por escolher a North Sails. Como nós também somos velejadores, realmente compartilhamos do seu

entusiasmo por esse grande barco e camaradagem que todos os fãs dessa classe compartilham em todo o mundo.

A North Sails lhe deseja muitas temporadas felizes competindo no seu barco. E cada vez que tiver alguma pergunta de

como fazer com que seu Snipe navegue mais rápido não hesite em nos contatar. Sempre estamos trabalhando para que

nossas velas sejam mais rápidas, mais duráveis e fáceis de usar, por isso sempre estamos abertos aos seus comentários.

Nessa guia de regulagem explicamos o por quê fazemos certas coisas e o que estamos buscando para cumprir com

certos ajustes. Você vai descobrir que a configuração do seu barco em particular pode variar um pouco de nossos

números aqui publicados. O importante é manter uma mente aberta e sensível a mudanças. Com um pouco de prática e

seguindo os princípios estabelecidos nas páginas seguintes você irá encontrar o modo de velejar mais rápido o obter o

melhor rendimento.

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NORTH SAILS

Snipe Regulagem

Equipamentos

Para alcançar os melhores resultados possíveis devemos otimizar nosso equipamento dentro do que seja permitido pelas regras da classe Snipe. Se trata de dar uma olhada do top do mastro à ponta inferior da bolina e garantir que tudo esteja em perfeitas condições.

CASCO

(The Hull)

Assegure-se que seu casco está no peso mínimo (172,80kg). Preencha e limpe todas as imperfeições no casco. Preste especial atenção à zona ao redor do bailer. A maioria dos velejadores afina o último metro e meio das arestas e a intersecção do espelho de popa e o fundo (ver as regras da classe). Isto permite que a água saia mais rápido e o barco plane mais facilmente quando o vento aumenta.

MASTRO

(The Mast)

O mastro e sua regulagem é provavelmente o mais importante para ter uma velocidade consistente em seu Snipe. Atualmente há 4 mastros “populares”, Cobra II, Sidewinder, Proctor Miracle e Sidewinder Gold. O Cobra e Sidewinder entram na categoria de mastros rígidos e o Proctor Miracle e Sidewinder Gold, são os chamados mastros suaves. É importante saber que não há 2 mastros exatamente iguais e cada barco necessita um pouco de ajuste fino para conseguir a configuração correta.

É preferível ter cruzetas ajustáveis (comprimento e ângulo). Em geral você terá que fazer alguns ajustes a medida que a embarcação consiga velocidade. Em muitos mastros,

especialmente os modelos mais rígidos, é possível limar a parte frontal do extremo inferior do mastro. Isto o ajudará a induzir a pré-curva, especialmente para pouco vento.

RETRANCA E PAU DE BUJA

(Boom and Pole luncher)

A maioria dos barcos utiliza o sistema de pau de buja na retranca. Isto faz com que colocar e tirar o pau seja muito mais fácil e rápido. Com esse sistema você poderá manter o pau quase toda a perna de popa, enquanto que no sistema tradicional será necessário baixar o pau para guarda-lo antes de velejar no contra vento.

BOLINA

(Centerboard)

As regras da classe permitem perfilar a borda da bolina. Nós recomendamos fazê-lo em forma redonda na borda de ataque e em “V” na borda inferior e de fuga. Assegure-se de adoçar a bolina depois de velejar em água salgada e seca-la por completo. Isto irá evitar a corrosão. É possível que você queira

considerar a possibilidade de cortar a parte superior da bolina, a qual permanece no interior do barco quando está baixada. Isto a deixa mais leve e levanta-la dará menos trabalho para o proeiro.

DISPOSIÇÃO DE CONTROLES DO BARCO

(Layout of Controls)

No Snipe a disposição dos controles está aberto, mas sugerimos passar a maioria dos controles ao proeiro, isto permite que o timoneiro se concentre na condução do barco, especialmente na viradas de boia com muitos barcos.

TRIPULAÇÃO

O peso de uma tripulação competitiva vai de 125 a 145kg. Em geral pode-se velejar mais rápido em água lisa que em águas agitadas. Tripulações mais pesadas terão que ajustar seus barcos para gerar mais potência, tripulações mais leves podem configurar suas velas mais planas.

Figura 1 - Posição fuzil

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NORTH SAILS

Snipe Regulagem

Regulagem básica

(Basic Rig Set Up)

Com o mastro em baixo vamos ajustar o comprimento e o ângulo das cruzetas. Estes dois ajustes determinam quanto se curvará o mastro e quanta potência haverá nas velas e que com facilidade a embarcação terá potência com ventos fracos e como poderemos gerar menos potência com ventos fortes. Antes de subir o mastro conferir os seguintes ajustes:

COMPRIMENTO DAS CRUZETAS

(Spreader length)

Esta dimensão é a medida desde o lado do mastro até a intersecção da cruzeta com o brandal. Para a maioria dos barcos este comprimento é de 428mm. O comprimento da cruzeta afeta principalmente a curva lateral do mastro. Depois de colocar o mastro e ir velejar veja na canaleta do mastro e assegure-se que esteja reta lateralmente, do convés até a intersecção do mastro com os brandais.

Isto é muito importante: se o mastro se inclina no meio a sotavento, encurte as cruzetas até que se mantenha reto. Se o mastro se curva no meio a barlavento, alongar as cruzetas até que o mastro fique reto.

ÂNGULO DAS CRUZETAS

(Spreader angle)

O ângulo das cruzetas (medido do brandal à altura da cruzeta) afeta a curvatura do mastro. Tripulações mais pesadas vão necessitar uma medição maior (mastro mais rígido) e tripulações mais leves vão precisar uma medição menor (mastro mais suave). O ponto de partida para o ajuste deste parâmetro é de 750mm medidos de brandal a brandal com as cruzetas puxadas para trás. Com vento forte ou com uma tripulação mais pesada movemos as cruzetas para frente de modo que está medição seja de 770mm. Com muito pouco vento para induzir uma maior curvatura no mastro as vezes moveremos as cruzetas para trás até 730mm. Assegure-se de que o percurso da rosca de cada cruzeta seja o mesmo, para que o ângulo da cruzeta seja igual dos dois lados.

Agora suba o mastro. Uma das maneiras de checar que as duas cruzetas tenham o mesmo ângulo, com o barco na carreta, subir ou abaixar a proa para que os brandais fiquem verticais, dos fuzis até as pontas das cruzetas. Assegure-se que as cruzetas estejam com o máximo de comprimento,

empurrando o mastro para a proa com a mão ou usando o front para a proa. Então nos afastamos do barco uns 5 metros perpendicular ao meio do barco. Alinhamos para os dois brandias e escoramos um pouco o barco para alinhar os dois fuzis. Se as cruzetas estiverem com o mesmo ângulo, o brandal mais perto de nós tapará completamente o mais longe. Se houver um desvio teremos que corrigir (geralmente com meia volta). Após fazer a correção, checar para que a distância entre os dois brandais à altura da cruzeta seja a desejada.

CENTRALIZAÇÃO DO MASTRO

Assegure-se de que o mastro está bem reto lateralmente. Se não conseguir, passe de um lado para outro as cunhas laterais da enora, até que o mastro fique reto.

Tenha o cuidado de deixar um mínimo de jogo lateral do mastro na enora para que se mova livremente de proa à popa.

ALTURA DA CRUZETA

Tenha em conta que as duas cuzetas estejam com a mesma altura medida a partir dos fuzis e apontando um pouco para cima.

Você pode verificar isso com uma simples olhada por trás do barco.

LOCALIZAÇÃO DA BASE DO MASTRO

(Mast butt location)

Com a regulagem básica (0 - 7 nós) a frente do mastro ficará a uns 5 - 8mm da parte frontal da enora, essa será a posição neutra. Faça marcas ao lado do mastro para poder vê-las de bombordo e boreste, coincidentes com as marcas do convés.

(Veja a figura 4)

ESTAI DE PROA

(Forestay)

Revisar o estai de modo que tenha o máximo comprimento permitido (mastro não toca a parte traseira da enora). Com um elástico amarre o estai à proa para mantê-lo

tensionado quando a buja está içada. Isto evitará que a ponta do pau se enganche durante o jibe.

ÂNGULO DA BASE DO MASTRO

(Mast butt angle)

Verifique a parte inferior do mastro e assegure que esteja a 90º. Se quiser que curve mais na zona baixa lime a parte dianteira da base do mastro.

PONTO DE FIXAÇÃO DOS FUZIS

DOS BRANDAIS

(Shroud attachment locations)

A maioria dos barcos tem a posição dos brandais máxima para frente. Isto ajudará a mestra a folgar-se mais a favor do vento e aumentar a área de vela projetada. (figura 1)

LOCALIZAÇÃO DO PUNHO DE

AMURA DA BUJA

(Jib tack location)

Coloque o punho de amura da buja na sua posição o mais próximo da proa possível, 280mm atrás da proa. Isto ajudará que o plano velico seja mais largo e também a separar a mestra da buja. (figura 2)

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NORTH SAILS

Snipe Regulagem

As regulagens com diferentes ventos dependem de cada tripulação, seguramente as tripulações mais leves vão dar mais caída no mastro com menor intensidade de vento que os mais pesados.

Caída medida com a fita métrica içada com a adriça da mestra da mesma maneira que se a vela mestra estivesse içada. Na parte inferior se medirá até a intersecção do convés com o meio do espelho.

Tensão dos brandais. Ponha o tensiometro PT-1 na altura do olhos aproximadamente entre 900 e 1000 mm sobre o convés quando o barco estiver na carreta.

CRUZETAS

Puesta a punto mástil

VENTO CAIDA TENSÃO BRANDAIS BRANDAIS

GUÍA DE PUESTA A PUNTO SNIPE

LARGURA

Do mastro ao brandal

De brandal a brandal

ANGULO

Leve/Base 0-7 knots Leve/Medium 8-12 knots Médio/Heavy 13-18 knots Forte 18-22 knots Muito Forte 22+ knots 428 mm 750 mm 6580 mm 6555 mm 6525 mm 6500 mm 6500 mm 18 19 20 21 24 --5 Faces -7 Faces (Base - 12) -5 Faces (Base - 17) -9 Faces (Base - 26) --1/2 -1/2 (Base - 1) -1/2 (Base - 1 1/2) -1 (Base - 2 1/2) PT-1 Sta-Master Ronstan Small

Figura 3 - Caída medida até a intersecção do convés com o espelho de popa

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NORTH SAILS

Snipe Regulagem

Trime da vela mestra

(Main trim)

ESCOTA

(Mainsheet)

A escota da mestra é o acelerador do barco e deve ser ajustada a todo momento para manter a velocidade. A ideia é manter a tala superior paralela à retranca todo o tempo e com ventos inferiores a 7 nós a biruta da tala

superior deverá voar 70% do tempo. Se voar menos que isso a escota está muito caçada e se voar mais de 70% está muito folgada.

Com ventos superiores a 10 nós a biruta superior estará sempre voando então devemos manter a tala paralela à retranca.

CUNNINGHAM

O cunningham da vela mestra serve para mover a profundidade da vela mais para frente ou para trás.

Mantenha-o folgado até que necessite tirar potência, nesse caso, cace-o e assim a profundidade irá para frente e abrirá a valuma.

OUTHAUL

(Control de bolsa)

Deverá estar caçado sempre nas pernas de contra vento e será folgado entre 50 e 70 mm nas pernas de popa para dar mais potência na vela.

BURRO

(Boom vang)

O burro é usado para manter a retranca baixa quando se folga a escota e para curvar o mastro e achatar a vela mestra. No contra vento deixar o burro solto até que tenha que escorar ao máximo.

A medida que o vento sobe cace o burro gradativamente, porém trave o mastro na enora

Isto permitirá folgar a mestra em cada rajada e onda sem perder tensão de valuma e sem perder tensão da testa da buja.

Com ventos de popa mantemos a tala superior paralela à retranca. Folgue o burro quando adernar pois pode acabar quebrando a retranca.

Em algumas condições de vento de popa rasa ou sem onda, o burro pode ir mais solto e a tala superior mais aberta que a retranca. Isso nos permitirá velejar contra amurados. Com ventos fortes caçaremos o burro para manter o barco sobcontrole.

TRAVELER

Em contravento na maioria das condições de vento a retranca fica no centro do barco. Isto se consegue fazendo que a escota se divida em dois cabos mais finos antes de sair do moitão mais de popa da retranca e cada divisão vai para um dos bordos do barco.

Quando o vento começa a subir e necessitamos tirar potência da vela para manter o controle do leme suave e o barco com pouca escora, alguns folgam um pouco a divisão da escota a

barlavento, outros preferem usar o cabo do burro, que consiste em caçar o burro travando o mastro na enora, achatando a vela com uma maior curva do mastro e regulando o centro da retranca somente com a escota. É importante travar o mastro na enora para não perder tensão na testa da buja.

BACK/FRONT

Estes comandos controlam a curva da parte baixa do mastro e tem grande participação no controle da tensão.

Em vento fraco com o proeiro sentado dentro do barco empurre o mastro na enora para frente para abrir um pouco a valuma da mestra e dar mais caída na testa da buja para dar mais potência.

Quando o timoneiro e o proeiro estão sentados na borda traga o mastro para trás para fazer efeito contrário ao burro. Nota: mastros flexíveis vs rígido: com vento acima de 15 nós os mastros flexíveis vão estar mais atrás na enora que os rígidos, para contrabalancear melhor os efeitos do cabo do burro.

Trime da Buja

(Jib trim)

ESCOTA

(Sheet)

Para ajudar a trimar a buja do Snipe tenha uma biruta na parte superior da valuma. Essa biruta deve voar sempre no limite de cair, isso pode ser observado através da janela de cruzeta da mestra.

Seguramente quando o vento aumenta caçamos a escota e quando o vento diminui a folgamos.

Por outro lado a regulagem do carro da buja proa a popa, se realizará tendo em conta as birutas na testa da buja.

Se quando velejamos numa leve orça se levanta a primeira biruta superior, é necessário subir o carro para a proa e para a popa quando orçar e a biruta inferior se levantar primeiro. É de muita ajuda fazer uma marcação no quebra ondas a 38 cm do centro do barco. Dessa maneira quando o proeiro ajusta a escota da buja pode checar rapidamente a regulagem com esta marca.

CUNNINGHAM

O cunningham da buja será caçado somente o suficiente para que a testa tenha umas pequenas rugas.

Com vento forte caçamos o cunningham o suficiente para tirar as rugas da testa abrir a valuma e tirar potência.

ADRIÇA DA BUJA

(Jib halyard)

Assegure-se que sua adriça tenha um recuo de 30 cm entre sua posição na orça e no popa. Marque a adriça para fazer um ajuste fácil nas diferentes condições de vento.

Com vento de popa solte a adriça ao máximo para que a buja se projete o mais a frente possível.

Com vento de través e utilizando o pau, ponha a adriça a metade do caminho para ganhar mais profundidade e afastar um pouco a buja do barco.

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North Sails Sudamérica

Del Arca 59, San Fernando, Provincia de Buenos Aires, Argentina

Tel.: (54 11) 4725.0200

sudamerica@northsails.com

www.sudamericaod.northsails.com

NORTH SAILS

Snipe Regulagem

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Federico Calabrese (Argentina): federico@ar.northsails.com / 155761 9625 Luis Soubie (Argentina): luis@soubie.com / 155415 1673

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Referências

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