• Nenhum resultado encontrado

Análise discursiva sobre a deturpação de conceito de direitos humanos e seu uso político no brasil Discursive analysis on the deturpation of human rights concept and its political use in brazil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Análise discursiva sobre a deturpação de conceito de direitos humanos e seu uso político no brasil Discursive analysis on the deturpation of human rights concept and its political use in brazil"

Copied!
23
0
0

Texto

(1)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Análise discursiva sobre a deturpação de conceito de direitos humanos e seu

uso político no brasil

Discursive analysis on the deturpation of human rights concept and its political

use in brazil

DOI:10.34117/bjdv6n9-247

Recebimento dos originais: 08/08/2020 Aceitação para publicação: 11/09/2020

Janael da Silva Alves

Titulação: Mestre em Gestão Pública - Universidade Federal de Alfenas- Campus Varginha/MG Endereço: Rua: Lazarina Clara da Silva, 60 - Varginha/MG

tel; 35-99144-1717(tim) E-mail: janael10@yahoo.com.br

(2)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

RESUMO

O instituto dos Direitos Humanos é uma importante ferramenta na defesa das pessoas, sobretudo das minorias. A busca de desconstrução do termo é prática já contemplada em diversos momentos da história do Brasil. A finalidade de desconstrução do conceito de direitos humanos parte, na maioria das vezes, de grupos corporativos ou políticos na busca por poder, e tentam transmitir a ideia, de que, determinados grupos seriam mais relevantes que outros na estrutura social. O uso da linguagem como ferramenta na busca da formação de sentido é adotado por estes grupos de interesse em suas práticas discursivas que levem a práticas sociais que lhes dê sustentação. Apresentar o caminho trilhado por meio deste discurso no Brasil a partir do ano de 2004 até o ano de 2020 é o objetivo do presente trabalho, que, para tanto fez uso das ferramentas de busca na internet para compreender como esta tentativa de deturpação foi sendo construída no tempo e no espaço. A importância em se desnudar esta prática discursiva e suas finalidades é despertar o debate e a reflexão crítica sobre a prática de determinados grupos.

Palavras chave: Direitos Humanos, Deturpação de Conceitos, Leis, Política brasileira ABSTRACT

The Human Rights Institute is an important tool in the defense of people, especially minorities. The search for deconstruction of the term is a practice already contemplated at various moments in the history of Brazil. The purpose of deconstructing the concept of human rights comes, in most cases, from corporate or political groups in the search for power, and try to convey the idea that certain groups would be more relevant than others in the social structure. The use of language as a tool in the search for meaning formation is adopted by these interest groups in their discursive practices that lead to social practices that support them. Presenting the path followed through this discourse in Brazil from 2004 to 2020 is the objective of the present work, which, for this purpose, made use of internet search tools to understand how this attempt at misrepresentation was being built in time and space. The importance of stripping this discursive practice and its purposes is to awaken debate and critical reflection on the practice of certain groups.

(3)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

1 INTRODUÇÃO

Para além da obediência às leis e as normas, a observância aos Direitos Humanos (DH) é prática importante na busca de convivência harmônica e civilizada em sociedade. Após a Segunda Guerra Mundial, período que foram perpetradas diversas atrocidades contra minorias foi erigida pela comunidade internacional, a Organização das Nações Unidas (ONU), com algumas finalidades específicas; por primeiro, a nova instituição trataria de trabalhar para buscar evitar que novos conflitos daquela magnitude viessem a se repetir, também, por meio da ONU, pactuou-se a necessidade de adoção de uma política normativa global em relação aos Direitos Humanos (DH). Naquele momento foi redigida e promulgada a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).

Organismos internacionais procuraram apresentar conceitos e propor práticas de Direitos Humanos onde ficasse demonstrado a necessidade de se garantir minimamente um tratamento igualitário e digno a qualquer pessoa, independente de origem, etnia, religião, gênero ou opção sexual, bem como, que se aplicasse penas aos condenados que praticassem crimes, sempre observando a lei, o direito e a justiça.

Este estudo tem por objetivo geral tratar no referencial teórico da conceituação originária que instituiu e traçou as bases para as práticas dos Direitos Humanos contemporâneo, e como objetivo específico na exposição e discussão dos dados será apresentado caminhos discursivos que vem sendo elaborados com a finalidade de deturpação do conceito e a tentativa de alguns grupos em desconstruí-lo com as mais diversas finalidades, sobretudo, a finalidade política. Para tanto o trabalho se valerá do método da Análise de Discurso Crítica (ADC) de Fairclough (1992).

O caminho a ser percorrido será a analise da forma como o tema é tratado na rede mundial de computadores buscando por meio da ADC, a compreensão sobre a frequência, a finalidade, e o impacto na propagação na divulgação de “memes” ou postagens que deturpam o verdadeiro sentido da temática dos DH. Parte-se da hipótese que, por trás da prática de deturpação do conceito originário dos Direitos Humanos possam existir grupos que, apostando na desinformação trabalham a formação de sentidos diversos em relação ao tema, levando as pessoas a práticas discursivas irrefletidas que culminam em prática social por vezes danosa, violenta, discriminante e agressiva contra indivíduos e grupos minoritários.

Por meio deste estudo se buscará ainda a compreensão de como este construto discursivo deturpatório do conceito original dos Direitos Humanos é alimentado com finalidade política eleitoreira de grupos radicais e personagens que buscam se promover por meio do discurso de ódio.

(4)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

2 METODOLOGIA

Para Fairclough (1992) qualquer evento discursivo é considerado simultaneamente um texto, um exemplo de prática discursiva e um exemplo de prática social.

No enquadre de ADC de Chouliaraki e Fairclough (1999), o objetivo é refletir sobre a mudança social contemporânea, sobre as mudanças globais de larga escala e sobre a possibilidade de práticas emancipatórias em estruturas cristalizadas na vida social. Para alcançar esse objetivo, a ADC assentada como reflexão sobre o discurso é localizada no contexto da Modernidade Tardia. O seu enquadramento dá-se: (i) numa visão científica de crítica social; (ii) no campo da pesquisa social crítica sobre a modernidade tardia; e (iii) na teoria e na análise linguística e semiótica. (DE MELO REZENDE e RAMALHO, 2010, p.187

A análise crítica do discurso será desenvolvida segundo o modelo tridimensional de Fairclough apresentado em De Melo Rezende e Ramalho (2010). O modelo aborda o discurso em três dimensões, sendo o texto, a prática discursiva como mediadora na produção, distribuição e consumação do texto oriundos de processo institucionais particulares e a prática social.

O corpus que será apresentado para a realização da análise e discussão serão imagens e dados numéricos obtidos por meio do site Google, especificamente utilizando-se de duas ferramentas de busca, o Google/Imagens e o Google/Trends; por meio destas duas ferramentas serão pesquisados termos sobre os direitos humanos a partir do ano de 2004, que é o primeiro ano de busca disponível no site, até mês de abril de 2020.

Conforme Paletta e González (2019), o Google é o buscador mais utilizado no mundo para se realizar pesquisas em todas as plataformas na rede mundial de computadores respondendo por 92,3% das buscas na Internet. Pretende-se por meio da busca de imagens, no Google/Imagens, se investigar qual o simbolismo que existe por trás dos termos sobre DH que serão pesquisados, e por meio da ferramenta Google/Trends será verificada qual a importância que é dada a determinado termo ao longo do tempo, o que é detectável por meio da apresentação da frequência com que tal termo foi buscado, o que é definido pela ferramenta como popularidade. A ferramenta Google/Trends apresenta nas explicações sobre os critérios utilizados pela página uma escala de 0 a 100 que representa o nível de popularidade para as expressões buscadas, apontando as datas que as buscas aconteceram

Popularidade ao longo do tempo: Os números representam o popularidade de pesquisa relativo ao ponto mais alto no gráfico de uma determinada região em um dado período. Um valor de 100 representa o pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa que o termo teve metade da popularidade. Uma pontuação de 0 significa que não havia dados suficientes sobre o termo. (TRENDS GOOGLE, 2020. I)

(5)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Após associar a popularidade atribuída pela ferramenta Google/Trends às imagens que são apresentadas no Google/Imagens, é possível se inferir qual a finalidade com que cada termo foi utilizado e direcionado no tempo e no espaço a depender do momento que se vivia no país, bem como qual o sentido discursivo foi atribuído à imagem. Esta análise é possível uma vez que, conforme Da Silva e Freitas (2006) as ferramentas de pesquisa utilizadas são apenas reflexivas quanto à frequência que as imagens e expressões são buscadas, acessadas e visualizadas podendo-se claramente realizar a associação pretendida no tempo e no espaço.

Como recorte, foram delimitadas as 30 (trinta) primeiras imagens apresentadas pelo Google/Imagens para, a partir do que nelas é mostrando, se buscar a inferência daquilo que é o objetivo do trabalho, conforme já apresentado anteriormente.

As expressões escolhidas para serem pesquisadas foram colhidas, por meio da observação empírica, e retiradas dentre as que, comumente, são as mais utilizadas nas conversas cotidianas entres as pessoas e também as que mais aparecem na internet nas diversas mídias sociais. Foram selecionadas as seguintes expressões que deturpam o conceito original sobre direitos humanos: “direitos humanos para humanos direitos”; “direito dos manos”; “direitos humanos porrete”; “bandido bom é bandido morto”; “direitos humanos esterco da vagabundagem”. As expressões foram elencadas de acordo com a data em que começaram a aparecer nas redes sociais conforme a ferramenta Google/Trends.

3 REFERENCIAL

Diversas disciplinas se debruçam sobre a temática dos direitos humanos, as chamadas ciências jurídicas apresentam certo protagonismo, uma vez que, a chamada positivação dos direitos humanos, que se trata de sua definição com os consequentes direitos obrigações foram compiladas em leis e integradas aos ordenamentos jurídicos nacionais, sobretudos nos países ocidentais; isto faz com que os estudiosos e profissionais do direito mantenham o estreito contato com a matéria.

Tal abordagem trazida à tona em trabalhos como Lucas (2009), Guerra e Filho (2019), que abordam a temática a partir da ciência jurídica refletem que, no entanto, se faz uma confusão ao se misturar os Direitos Humanos universais com os direitos fundamentais positivados. Para os autores, os Direitos Humanos comportam uma visão ampla, são aqueles conquistados ao longo de lutas históricas, já os direitos fundamentais positivados são tidos como os que estão delimitados em leis e códigos. Conforme Bobbio (1992) ao se definir que uns direitos integram e outros não um rol específico de direitos humanos, estes deixam de ser uma questão filosófica e passam a ser uma questão política. Conforme apresentado, por exemplo, por autores como Bobbio (1992), Lucas

(6)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

(2009), Guerra e Filho (2019), a diferença que há entre direitos positivados e direitos humanos universais se dá devido a fatores históricos, culturais locais ou tradicionais. Os direitos positivados ou aceitos em determinadas comunidades, não necessariamente são abrigados pelos direitos humanos universais, sendo estes últimos sobretudo baseados em concepções ocidentais. As diferenças existentes entre culturas locais e concepções universais de direitos humanos precisam coexistir, pois:

“A universalidade atribuída aos direitos humanos não nega as diferenças que constituem as diversas possibilidades de manifestação concreta/histórica da existência humana e mesmo das identidades particulares ou comunitárias. Mas, ao contrário, reconhece que existem elementos valorativos comuns que podem ser compartilhados por todos os homens...” (LUCAS, 2009. p. 98)

Guerra e Filho (2019), ao tratar esta dicotomia entre o que se positiva e se pretende chamar DH, apresentam que após a Segunda Guerra Mundial marcou-se a necessidade de “discussões sobre o alcance e a necessidade dos direitos humanos não apenas enquanto “letra fria da lei”, mas que igualmente fossem efetivados como forma de se garantir a prevalência da humanidade acima de qualquer outro interesse” (GUERRA e FILHO, 2019. p. 203)

Apesar desta discussão, fica perceptível que o marco histórico para a definição da temática dos DH contemporâneo, ocorre com a promulgação objetiva de leis que tenham um alcance interpretativo bastante amplo sem ser subjetivo com a promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) em 10 de dezembro de 1948.

Passando da definição objetiva positivada dos direitos humanos e a necessidade de que a temática seja levada por meio do ensino às pessoas, atores e objeto dos direitos humanos, Silva (2019) apresenta em seu trabalho sobre os direitos humanos e a educação, o fato de que o ensino dos direitos humanos vem sendo negligenciado, o que certamente abre espaços para a distorção da temática. Para este autor, falar de direitos humanos é sobretudo, lembrar as barbaridades históricas que feriram a dignidade humana ao longo da história em todo o mundo; “é absurdo viver em pleno século 21 em uma sociedade em que ainda o desrespeito à condição humana é uma atitude comum, com rotulações de modo sutil ou explícito, com preconceitos odiosos, e que por vezes tornam-se comuns”. (SILVA 2019. p. 256)

Para Guerra e Filho (2019) educar para os direitos humanos é formar cidadãos mais solidários, justos, respeitosos e tolerantes que irá fortalecer a cultura de respeito e da paz; “...uma educação voltada para o respeito à vida, para a justiça e o respeito pela diferença” (GUERRA E FILHO 2019. p.264)

(7)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Margarida Pedreira Bulhões Genevois, reconhecida como grande defensora dos direitos humanos destaca a necessidade da educação para os DH, pois principalmente durante os anos da ditadura no Brasil,: “A deturpação do significado dos Direitos Humanos era proposital por parte de grupos de extrema direita, aos quais interessava a continuação do ‘status quo” e do autoritarismo”. (GENEVOIS, 2017. p. 1), foi quando nesta época de ditadura no Brasil, segundo a autora surgiram e se fortaleceram expressões como: “bandido bom é bandido morto”, e também a partir de quando “Políticos ignorantes ou mal-intencionados usaram o temor do povo, empregando violências crescentes para se elegerem”.

A autora ainda pontua que naquela época:

“...os defensores de Direitos Humanos eram tidos como “defensores de bandidos”; os locutores de rádio e TV criticavam veementemente as ONG’s que ousavam posicionar-se contra as condições inumanas nas prisões, as torturas e os maus tratos a que eram submetidos os presos” (GENEVOIS, 2017. p. 1)

Em Cantina e Oliveira (2018) é abordo pelas autoras a subjetivação ou a rotulagem negativa em relação aos direitos humanos. As autores se debruçaram sobre três temas específicos, aos quais elas nominam de falácias; o primeiro seria a difusão de que os direitos humanos são para bandidos, o segundo de que o auxílio reclusão para bandidos serve apenas como forma de enriquecer o criminoso, e o terceiro jargão difundido nas redes sociais e na mundial de computadores segundo as autoras, que completa a tríade e fez com que os direitos humanos, seja, cada vez mais no senso comum, tratado de forma pejorativa e negativa, é a falácia de que: “os direitos humanos são para humanos direitos”.

Buscou-se até aqui traçar a trajetória da origem, justificativa e construção da doutrina dos direitos humanos, assim como os apontamentos na literatura, de como o conceito passou a receber tratamento pejorativo e sofrer uma desconstrução junto à sociedade.

Em relação a exploração que se faz do tema, da deturpação do verdadeiro sentidos dos direitos humanos, com finalidades política e também de sustentação de grupos de interesse, Cioccari e Persichett (2018. p.213) afirmam que: “o debate político em campanhas eleitorais transborda nas redes sociais, palco de disputas ideológicas vazias de argumentação e de pouca consistência, onde sobram agressões, xingamentos e ódio”. As autoras lançam luz sobre o discurso de um personagem específico: “O ódio em Bolsonaro é repercutido intensamente pela mídia”. Demonstrando que no ano de 2018, acontece o que elas chamam de transbordamento do discurso de ódio.

(8)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Santa Inês et al (2019), ao tratar dos três candidatos mais bem votados nas eleições brasileiras de 2018, apontam que Jair Bolsonaro foi o que mais se apoiou na crítica aos direitos humanos como plataforma política. “das quatro menções da campanha de Bolsonaro, três foram críticas aos direitos humanos. Em uma delas, localizada no plano de governo do então candidato” (SANTA INÊS, SANGLARD E MATTAR, 2019. p.128)

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

O corpus apresentado neste trabalho, buscará demonstrar a trajetória dos textos e da prática discursiva de desconstrução e deturpação do conceito de direitos humanos a partir do ano de 2004 até 2020, o que acabou produzindo eco em proveito político em favor da pessoa do então candidato e agora presidente Jair Bolsonaro e que continua sendo utilizado por ele e seus apoiadores na busca de autoafirmação e sustentação política.

4.1 - DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS DIREITOS

A expressão “direitos humanos para humanos direitos” quando inserida como chave de pesquisa nas ferramentas do Google, é apontado que a expressão desperta o interesse por buscas na internet desde o ano de 2004.

Na busca pelas imagens que representem esta expressão, adotando-se o recorte estabelecido na metodologia, encontra-se que das 30 primeiras imagens apresentadas pelo Google tem se uma variedade de figuras e ilustrações que remetem à diversas interpretações. O que se percebe, no entanto, que além de imagens que denotam uma busca de desconstrução e deturpação do conceito de direitos humanos, existem também algumas imagens que conotam a busca de reflexão crítica sobre a expressão denunciando-a como uma forma deturpação do tema dos direitos humanos.

Percebe-se nas imagens que fazem referência à expressão “direitos humanos par humanos direitos, uma tentativa de resistência, de chamamento à reflexão sobre a necessidade de preservação do verdadeiro sentido do que é o conceito dos direitos humanos, esta que é uma expressão buscada desde 2004, no entanto, um outro sentido também já começa a ser apresentado por meio das imagens pesquisadas, onde três dentre as trinta primeiras imagens mostradas fazem referência ao atual presidente brasileiro Jair Bolsonaro, com fotos dele próprio ou de pessoas ligadas ao governo dele, em associação ao termo, “direitos humanos para humanos direitos”.

Na ordem em que são mostradas as três primeiras imagens não fazem referência à personagens, no entanto a quarta imagem apresenta o rosto de Jair Bolsonaro segurando a camiseta com a frase “direitos humanos esterco da vagabundagem”.

(9)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 1 –Direitos Humanos Para Humanos Direitos. Primeira associação personagem expressão mostrada no Google/Imagens

Fonte: IMAGENS, Google. (2020)

A imagem, apresenta-se claramente como uma deturpação do conceito e pode ser interpretada conforme Cantina e Oliveira (2018), como uma subjetivação ou a rotulagem negativa em relação aos direitos humanos.

Pela ferramenta de busca Google/Trends, identifica-se que a expressão “direitos humanos para humanos direitos”, foi a primeira a ser buscada, e já, a partir do dia 01 de janeiro de 2004 se mostrava como uma expressão popular nas buscas, alcançando o nível 50 na medição de popularidade do Google/Trends

Em maio de 2004, abril de 2006 quando ocorreu o pico de popularidade atingindo a nível 100, e novembro de 2018 foram os momentos em que a expressão mais esteve popular em buscas feitas na internet conforme o Google/Trends

(10)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Gráfico 1 – Termo “Direitos Humanos Para Humanos Direitos”

Fonte: TRENDS Google

A associação entre tópicos pesquisado e assuntos relacionados é feita automaticamente pela ferramenta Google/Trends. Em relação à associação do termo específico pesquisado à tópicos mais abrangentes, a expressão “direitos humanos para humanos direitos” quando buscada, é automaticamente associada pela ferramenta aos assuntos: “Direito Natural - Assunto”; “Jean-Jacques Rousseau – Filósofo”; “Informação- Assunto”; “Segunda Guerra Mundial - Conflito Militar”; e “Programa Nacional de Direitos Humanos”. O que é apresentado no gráfico 2 extraído da página Google/Trends:

(11)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Gráfico 2 – Tópicos Associados ao termo Direitos “Humanos para Humanos direitos”

Fonte: TRENDS Google

Neste primeiro termo quando já é estabelecido pelas ferramentas Google, uma ligação entre o personagem Jair Bolsonaro e a conotação negativa dos direitos humanos, pode-se perceber que a intenção dos deturpadores do verdadeiro sentido dos direitos humanos é estabelecer a sustentação de um discurso entre o eu e o eles conforme Cioccari e Persichett (2018. p.206), onde “Bolsonaro utiliza o discurso do medo para respaldar-se num país em que há a construção de um imaginário no qual o delinquente é sempre um “outro” distante do “cidadão de bem” e que obstrui o bom andamento da sociedade”.

4.2 DIREITOS DOS MANOS

A expressão “direitos dos manos”, quando buscada no Google/Imagens, mostrado os resultados, não apresentam um padrão que direcionem a formação de sentidos sobre o termo, ou imagens que possam ligar a expressão a determinado personagem. Nas trinta primeiras imagens apresentadas pelo Google percebe-se uma diversidade de sentidos através de discursos caricatos, apresentando-se imagens de pessoas em cadeias, desenhos de bandidos mascarados que estão se dando bem, predominando as ilustrações em formato de quadrinhos ou charges. Percebe-se, no entanto, neste segundo momento, um discurso de apelo emocional nas imagens, com o chamamento à reflexão para a existência de uma inversão de valores, onde os direitos humanos estariam protegendo os bandidos e culpando a vítima, ou infringindo a elas um novo sofrimento.

(12)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Apesar de ser uma expressão marcante, que representa a tentativa de deturpação do termo e do sentido dos Direitos Humanos, não se nota nenhum agente diretamente associado à expressão.

Figura 2 – Termo “Direito dos manos”

Fonte: IMAGENS, Google (2020)

A ferramenta Google/Trends apresenta o início da busca pela expressão “Direito dos Manos” o ano de 2008, foi também naquele ano, conforme a medição da popularidade o momento em que a expressão foi mais buscada. É apresentada ainda pelo Google/Trends como sendo uma expressão associada aos tópicos gerais, “Leis” e “Direitos Humanos”.

(13)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Gráfico 3 – Termo “Direito dos Manos”

Fonte: TRENDS Google

Gráfico 4 – Termo “Direito dos Manos”

Fonte: TRENDS Google

A não ocorrência de uma associação entre termo e personagem para esta expressão está ligada à tentativa de transferir a ideia de mano a terceiros, conforme Cioccari e Ezequiel (2017b, p.2)

(14)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

o discurso ganha existência concreta e torna-se disponível àqueles a quem visa denegrir e também àqueles a quem intenciona incitar contra os denegridos. Concretizado, o discurso realiza seus efeitos nocivos, destacando: ataque à dignidade alheia e violações a direitos fundamentais. Em suma, manifestado publicamente, o discurso do ódio causa o dano.

A expressão “direito dos manos” não foi utilizada propositadamente como uma estratégia discursiva por aqueles que trabalham a deturpação do termo para não gerar associações indesejadas pelas ferramentas de pesquisa. Isto pode ser percebido claramente quando não existe nas ferramentas de busca nenhuma personagem associada ao termo. A gíria mano, que denota irmandade companheirismo, acaba no discurso de deturpação tendo seu sentido transferido a terceiros, é o caso de uma das imagens que é mostrada ao ser pesquisada a expressão, onde é apresentada um desenho com as cores e símbolo do Partido dos Trabalhadores pichando o muro com a aludida expressão.

4.3 - DIREITOS HUMANOS PORRETE

A imagem meme que apresenta um homem uniformizado com uma camiseta preta com a sigla DRFA (Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis), carregando um porrete similar aos de jogos de Baseball americano, e no porrete escrito a frase “Direitos Humanos” foi compartilhada em diversas redes sociais. Na busca por imagens, sem nenhum filtro, utilizando-se os termos “ Direitos Humanos Porrete”, a imagem citada acima aparece nas quatro primeiras posições entre as 30 apresentadas pelo Google/Imagens, sendo ainda mostradas outras treze imagens com a mesma conotação em relação aos direitos humanos, denotando sentido de vingança, de necessidade de punição e retaliação.

(15)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 3 – Termo “Direito humanos porrete”

Fonte: IMAGENS,Google.(2020)

Na ferramenta Google/Trends, é apresentado o histórico do nível de popularidade pela expressão “direitos humanos porrete”. A ferramenta apresenta o termo associado a três tópicos de pesquisa sendo primeiramente: “Clube de Armas”; segundo “Direitos Humanos” e o terceiro ao tópico “Leis”.

Conforme se vê nos gráficos abaixo, o mês de março de 2012 foi o ano em que o termo começou a ser pesquisado na internet de acordo com o Google/Trends sendo em setembro de 2013 o momento em que a expressão e a imagem atingiram seu maior nível de popularidade na internet.

Gráfico 5 – Termo “Direitos humanos porrete”

(16)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Gráfico 6 – Termo “Direito humanos porrete”

Fonte: TRENDS Google

4.4 - BANDIDO BOM É BANDIDO MORTO

Para a afirmação “bandido bom é bandido morto”, também não é apresentada uma imagem padrão que se associe à expressão, no entanto, adotando-se novamente o recorte em relação às 30 primeiras imagens que aparece na pesquisa, 4 (quatro) das imagens trazem fotos da pessoa de Jair Bolsonaro, o que representa cerca de 13% da representatividade relação imagem/expressão.

Figura 4 – Termo “Bandido bom é bandido morto”

Fonte:IMAGENS,Google.(2020).

O pico de popularidade da afirmação “bandido bom é bandido morto” apresenta relação com as outras expressões pesquisadas, ao se olhar para o tempo e o momento em que houve uma explosão do interesse, sendo o ano de 2018 o momento de pico nas buscas pela expressão, guardando uma estreita ligação com o período da campanha eleitoral para presidente naquele ano. Nas buscas pelo

(17)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Google/Imagens, percebe-se um princípio de associação entre a personagem/candidato e à expressão “bandido bom é bandido morto”.

Gráfico 7 – Termo “ Bandido bom é bandido morto”

Fonte: TRENDS Google

Gráfico 8 – Termo “ Bandido bom é bandido morto”

Fonte: TRENDS Google

A busca pela expressão” bandido bom é bandido morto” guarda estreita relação sub-regional com o domicilio residencial e um dos principais redutos eleitorais do personagem/candidato Jair Bolsonaro. O estado do Rio de Janeiro foi a sub-região na divisão do Google/Trends que mais se interessou pelas buscas envolvendo os termos, provavelmente por estar entre uma das mais violentas do país, e o discurso do então candidato apresentar-se como a resposta para o problema da violência.

(18)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Gráfico 8 – Termo “ Bandido bom é bandido morto”. Alcance sub-regional 1

Fonte: TRENDS Google

Gráfico 9 – Termo “ Bandido bom é bandido morto”. Alcance sub-regional 2

Fonte: TRENDS Google

A ferramenta Google/Trends apresenta a expressão “Bandido Bom é Bandido Morto” associada aos tópicos da seguinte forma: Primeiro tópico “Morte”, sem seguida ao tópico “Jair Bolsonaro - Presidente do Brasil”, terceiro “Lei”, em quarto aparece o tópico “Organização Tipo Polícia”, e em quinto aparece o tópico “redação”.

O uso desta expressão, como discurso conveniente para o imaginário popular, é marcante diante da violência cotidiana e da desordem pública amplamente noticiada pelos meios de comunicação, fazendo com que personalidade e instituições que associem sua imagem à expressão passem a reverberar no discurso de grandes massas, até mesmo de potenciais alvos de serem atingidos pelas práticas sustentadas pelo discurso do “bandido bom é bandido morto”.

(19)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761 4.5 - DIREITOS HUMANOS ESTERCO DA VAGABUNDAGEM

Ao se retomar a imagem que foi mostrada associada especificamente a um indivíduo, na primeira busca, quando se buscou o tema de deturpações aos DH, “direitos humanos para humanos direitos” a imagem apresentada mostrava a personagem Jair Bolsonaro promovendo a expressão: “Direitos Humanos Esterco da Vagabundam”. Quando se realiza a busca por este termo, a ferramenta de buscas do Google/Imagens retorna, como a principal correspondência a figura do então candidato a presidência do Brasil, segurando uma camiseta exatamente com a frase referida. A imagem do personagem com a camiseta é mostrada 24 vezes entre as 30 primeiras apresentadas pela ferramenta de busca Google

Figura 5 – Termo “Direito humanos esterco da vagabundagem”

Fonte: IMAGENS,Google.(2020)

Conforme o Google/Trends, o mês de setembro de 2014 marca o início da busca pela expressão “direitos humanos esterco da vagabundagem”, tendo esta atingido o maior nível de popularidade de buscas em dezembro de 2014. A expressão foi resgatada pelo então candidato a presidente da república, Jair Bolsonaro, entre os meses de junho e agosto de 2017, quando ele publicou a foto com o cartaz exibindo a frase, desde então a popularidade desta expressão manteve o nível considerado alto e acima de médio.

A ferramenta Google/Trends apresenta os tópicos a que estão associadas a expressão “Direitos Humanos esterco da vagabundagem” mostrando como o primeiro “Direitos Humanos”, segundo tópico “esterco”, terceiro tópico “Vagrant” e no quarto tópico “Lei”.

(20)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

Gráfico 10 – Termo “ Direitos humanos esterco da vagabundagem”

Fonte: TRENDS Google

O discurso de Bolsonaro na busca de deturpação dos direitos humanos tem finalidade demonstranda em Cioccari e Persichett (2018), como a busca pelo espetáculo midiático com finalidade política eleitoreira. Tal discurso afronta totalmente os princípios da dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais:

Seu discurso ganha existência concreta e torna-se disponível àqueles a quem visa denegrir e também àqueles a quem intenciona incitar contra os denegridos. Concretizado, o discurso realiza seus efeitos nocivos, destacando: ataque à dignidade alheia e violações a direitos fundamentais. Em suma, manifestado publicamente, o discurso do ódio causa o dano. (Cioccari e Persichett. 2018. p. 209)

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O discurso deturpatório sobre o conceito e a finalidade dos Direitos Humanos é emitido com a finalidade política eleitoreira, por meio da busca de desconstrução do real conceito, se vende falsas ideias de que existe uma estrutura organizada pelos defensores das práticas de direitos humanos que vise apoiar o crime e o criminoso.

É compreendido por meio do presente trabalho que a busca da deturpação do verdadeiro sentido do conceito de Direitos Humanos, por meio dos discursos de ódio tem força exponencial, se sobrepõe ao sentido histórico, literal e verdadeiro da expressão. O uso deturpado do conceito contribuiu para associar termos e expressões à popularidade de um indivíduo que veio a ser eleito

(21)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

presidente de um dos maiores e mais populoso país do mundo. O discurso deturpatório a respeito dos direitos humanos desconsidera estudos científico a respeito do crime e do criminoso, justamente influenciando indivíduos, sociedade e instituições que estejam envolvidas diretamente na luta contra o crime em busca de uma convivência social harmônica. Desconsidera-se, em troca deste discurso fácil, praticamente tudo o que se conhece na área da sociologia e da criminologia a respeito das dinâmicas e relações em torno do crime e adota-se para o cotidiano práticas discursivas e sociais que reduzem os Direitos Humanos como se este fosse uma prática não humana defendida por “bandidos” numa suposta luta desvirtuada, do “bem” contra o “mal”, da virtude contra a indecência. A busca da deturpação do conceito quer mostra os Direitos Humanos ao lado dos bandidos contra os “cidadãos de bem”, e que portando os Direitos Humanos se trataria de uma prática a ser combatida. Conforme apresentado a única finalidade possível de se conceber, pra quem busca a prática de duturpação dos direitos humanos, é a finalidade política, eleitoreira baseada em uma ideologia de opressão às minorias.

(22)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

REFERENCIAL

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992, p. 20.

BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Caderno de Educação em Direitos

Humanos: Educação em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais: 2013. Brasília: Secretaria

Especial dos Direitos Humanos, 2013b.

CIOCCARI, Deysi , & EZEQUIEL, Vanderlei de Castro. Discurso de ódio na tribuna da Câmara dos Deputados. REU –Revista De Estudos Universitários, 43(1), 209-225. https://doi.org/https://doi.org/10.22484/2177-5788.2017v43n1p209-225, 2017.

CIOCCARI, Deysi; PERSICHETTI, Simonetta. Armas, ódio, medo e espetáculo em Jair Bolsonaro.

Revista Alterjor, v. 18, n. 2, p. 201-214, 2018.

DE MELO RESENDE, Viviane; RAMALHO, Viviane C. Vieira Sebba. Análise de Discurso Crítica, do modelo tridimensional à articulação entre práticas: implicações teórico-metodológicas.

Linguagem em (Dis) curso, v. 5, n. 1, p. 185-208, 2010.

DA SILVA, Isabel Cristina Siqueira; FREITAS, Carla MDS. "Avaliação de ferramentas de busca

na web baseadas em visualização de informaçães." In Proceedings of VII Brazilian symposium on

Human factors in computing systems, pp. 178-185. 2006.

FAIRCLOUGH, Norman. Discourse and social change. Cambridge: Polity press, 1992.

GENEVOIS, Margarida Pedreira Bulhões. Educação e direitos humanos. Disponívelem: Link:

http://www. dhnet. org. br/dados/livros/edh/estaduais/rs/adunisinos/margarida. htm. Acesso em, v.

22, n. 06, 2017.

GUERRA, P. C., & FILHO, W. S. (2019). Os direitos fundamentais não são direitos humanos positivados (e é bom para ambos que assim seja). Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos, 7(2), 195-214.

IMAGENS,Google.(2020)https://www.google.com/search?q=direitos+humanos+para+humanos+ direitos&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjLvb3E_dvoAhUaIbkGHQIjBoUQ_AU oAXoECA8QAw&biw=1366&bih=657#imgrc=H9d4qLBDc6elmM Acessado: dia 09/04/2020 às 16h00min

IMAGENS,Google.(2020)https://www.google.com/search?q=direito+dos+manos&source=lnms& tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjLscfwpMfoAhU1GbkGHeSXDfoQ_AUoAXoECAwQAw&bi w=1366&bih=657. Acessado dia 01/04/2020

IMAGENS,Google.(2020).https://www.google.com/search?q=direitos+humanos+porrete&tbm=is ch&ved=2ahUKEwjR03h1KHoAhUaMLkGHf2DC0cQ2cCegQIABAA&oq=direitos+humanos+ porrete&gs_l=img.3...0.0..40223...0.0..0.0.0...0...gwswizimg.hskQD3vWYRQ&ei=dZwXpHz CZrg5OUP_YeuuAQ&bih=657&biw=1366&hl=pt-BRAcessado em 17/03/2020. 11h05min. IMAGENS,Google.(2020)https://www.google.com/search?q=BANDIDO+BOM+%C3%89+BAN DIDO+MORTO&tbm=isch&ved=2ahUKEwjxv93ypMfoAhVqCLkGHS8pD0sQ2cCegQIABAA &oq=BANDIDO+BOM+%C3%89+BANDIDO+MORTO&gs_lcp=CgNpbWcQAzoCCAA6BQg

(23)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p.67045-67427 ,sep. 2020. ISSN 2525-8761

AEIMBOgQIABBDUIq1FViN4hVg8uMVaABwAHgDgAGsAYgB5B6SAQQzOS40mAEAoAE

BqgELZ3dzLXdpei1pbWewAQA&sclient=img&ei=DZGEXrGFK-qQ5OUPr9K82AQ&bih=657&biw=1366#imgrc=xXACuMnK-t_13M Acessado: dia 01/04/2020

IMAGENS,Google.(2020).Link:https://www.google.com/search?q=direitos+humanos+esterco+da +vagabundagem&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjAiPX2iLjoAhXILLkGHbIlA O4Q_AUoAXoECAsQAw&biw=1366&bih=657 Acessado em 26/03/2020

LUCAS, D. C. (2009). O problema da universalidade dos direitos humanos e o relativismo de sua efetivação histórica. Revista brasileira de direito constitucional, 13(1), 81-103.

PALETTA, Francisco Carlos; GONZÁLEZ, José Antonio Moreiro. Ferramentas de Busca da Informação na Web de Dados. 2019.

SANTA INÊS, Leonardo et al. Como a ditadura, a violência e os direitos humanos apareceram na agenda eleitoral de 2018?. Lumina, v. 13, n. 3, p. 119-134, 2019.

SILVA, José Irivaldo Alves Oliveira; NUNES, Gutyelson Henrik Firmino. Direitos Humanos e Educação: Diretrizes Fundamentais. Revista Direitos Humanos e Democracia, v. 7, n. 13, p. 254-279, 2019.

TRENDS Google. https://newslab.withgoogle.com/assets/docs/google-trends-guide.pdf Acessado dia 03/05/2020 às 08h56

TRENDS,Google.(2020).https://trends.google.com.br/trends/explore?date=all&geo=BR&q=direit os%20humanos%20para%20humanos%20direitos Acessado: dia 09/04/2020 às 16h00min

TRENDS,Google.(2020)https://trends.google.com.br/trends/explore?q=DIREITOS%20HUMAN OS%20PARA%20HUMANOS%20DIREITOS&geo=BR Acessado: dia 09/04/2020 às 16h23min

TRENDS,Google.(2020)https://trends.google.com/trends/explore?date=all&geo=BR&q=DIREIT O%20DOS%20MANOS acesso dia 26/03/2020 10h27min

TRENDS,

Google.(2020)https://trends.google.com.br/trends/explore?q=Direitos%20humanos%20porrete&g eo=BRAcessado: dia 17/03/2020 às 15h25min

TRENDS,Google.(2020)https://trends.google.com/trends/explore?date=all&geo=BR&q=bandido %20bom%20%C3%A9%20bandido%20morto Acesso dia 26/03/2020 08:58

TRENDS,Google.(2020)https://trends.google.com/trends/explore?date=all&geo=BR&q=bandido %20bom%20%C3%A9%20bandido%20morto Acesso dia 26/03/2020 08:58

TRENDS,Google.Https://trends.google.com.br/trends/explore?date=all&geo=BR&q=direitos%20 humanos%20esterco%20da%20vagabundagem Acessado em 04/03/2020 às 09h45min

Imagem

Figura  1  –Direitos  Humanos  Para  Humanos  Direitos.  Primeira  associação  personagem  expressão  mostrada  no  Google/Imagens
Gráfico 1 – Termo “Direitos Humanos Para Humanos Direitos”
Gráfico 2 – Tópicos Associados ao termo Direitos “Humanos para Humanos direitos”
Figura 2 – Termo “Direito dos manos”
+7

Referências

Documentos relacionados

O presente trabalho procurou observar como se processa a evolução da capacidade da memória operatória ao longo do desenvolvimento humano, comparando, entre si, os grupos

verbais e sucessivos, pela ordem decrescente de classificação até a proclamação do vencedor. Não poderá haver desistência dos lances apresentados, sob pena de

Mais tarde, os pesquisadores passam a se referir ao conceito como engajamento do empregado (employee engagement) – mais popular nas empre- sas e consultorias - ou

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Disto pode-se observar que a autogestão se fragiliza ainda mais na dimensão do departamento e da oferta das atividades fins da universidade, uma vez que estas encontram-se

a) Figuras ou motivos - são formas ou conjunto de formas não-interrompidas, portanto consideradas em primeiro plano (leis de percepção), invocando tensão e alternância visual

Figura 93 – Variação do perfil da intensidade de amônia formada durante a introdução de H2 na mistura gasosa, obtida na configuração de superfície para diferentes materiais

entanto, são ainda escassos os estudos que analisem estas associações em idosos residentes na comunidade. Deste modo, estruturou-se esta dissertação em: I) revisão