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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM MANAUS (AM): UM ESTUDO DE CASO NOS PARQUES MUNICIPAL DO MINDÚ E ESTADUAL SAMAÚMA

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Edição 26, volume 1, artigo nº 04, Julho/Setembro 2013 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/2604

Página 70 de 220

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO EM MANAUS (AM): UM ESTUDO DE CASO

NOS PARQUES MUNICIPAL DO MINDÚ E ESTADUAL

SAMAÚMA

ENVIRONMENTAL EDUCATION IN STORAGE UNITS AT

MANAUS (AM): A CASE STUDY IN THE PARKS OF

MUNICIPAL MINDU AND STATE SAMAÚMA

Jackeline da Silva Machado1,Carlos Henrique Medeiros de Souza 2, Fabrício Moraes de Almeida 3

1Máster en Gestión y Auditorías Ambientales (Universidad de León/Espanha). Manaus – Amazonas. Brasil. E-mail: jsilvamachado@yahoo.com

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Coordenador da Pós-Graduação Stricto Sensu Interdisciplinar em Cognição e Linguagem (PGCL/ UENF). Universidade Estadual Norte Fluminense – UENF. Rio de Janeiro, Brasil. E-mail:

chmsouza@gmail.com 3

Pesquisador do Programa de Doutorado e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (PGDRA/UNIR). Rondônia. Brasil. E-mail: dr.fabriciomoraes@gmail.com

RESUMO: O presente trabalho trata da educação ambiental e a realidade

de dois parques, juridicamente, protegidos na cidade de Manaus (AM): o Parque Municipal do Mindú e o Parque Estadual Sumaúma. O objetivo geral deste trabalho foi investigar se os Parques do Mindú e Sumaúma e as conexões com a educação ambiental. O trabalho foi desenvolvido com base na pesquisa bibliográfica, mediante a sistematização dos conhecimentos sobre a educação ambiental e unidades de conservação e estudo de caso, realizado no Parque Municipal do Mindú e Parque Estadual Sumaúma. Portanto, pode-se inferir na questão da educação ambiental, os referidos Parques, atendem parcialmente aos propósitos para os quais foram criados, pois existe baixa participação efetiva da sociedade neste processo.

Palavras-chave: Educação Ambiental. Unidades de Conservação. Parque

Municipal do Mindú. Parque Estadual Sumaúma.

ABSTRACT: This paper deals with the environmental education and the

reality of two legally protected parks in the city of Manaus (AM): the Municipal Park and Parque Estadual Mindú Sumaúma. The aim of this study was to investigate whether the Mindú Parks and Kapok and connections with environmental education. The study was conducted based on literature search through the systematization of knowledge about environmental education and conservation units and case study, conducted in Municipal Park and State Park Mindú Sumaúma. Therefore, it can be inferred on the

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Página 71 de 220 issue of environmental education, said Parks, partially meet the purposes for which they were created, because there is little effective participation of society in this process.

Keywords: Environmental Education. Conservation Units. Municipal Park

Mindú. State Park Sumaúma.

1. Introdução

A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.

E deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital.

A educação ambiental ainda não chegou efetivamente às Unidades de Conservação em Manaus, AM. A consciência de que o futuro da humanidade depende da relação estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais disponíveis, não é devidamente trabalhada com a população local. Há iniciativas incipientes em torno da questão ambiental.

No entanto, tanto os esforços de proteção da biodiversidade como as políticas de sustentabilidade cultural para a população local têm apresentado deficiências. Logo, o que deveria ser apenas mais um instrumento de conservação, um espaço especialmente protegido, como as unidades de conservação, assume uma importância desproporcional.

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Página 72 de 220 patrimônio, afinal a dependência humana ao ecossistema e seus recursos é um fato aqui e em qualquer parte do planeta. No entanto, é importante destacar que para a conservação da biodiversidade, exige-se uma sustentabilidade política e que deve ser urgentemente viabilizada.

Diante deste contexto, como forma de viabilizar a conservação da flora e fauna ameaçada de extinção desenvolve-se a idéia dos parques como centro de informações sobre o meio ambiente em que possa se desenvolver programas de educação ambiental.

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Ao tratar da educação ambiental, primeiramente faz-se necessário o entendimento do que venha a ser educação. A educação ambiental é um ramo da educação que procura ensinar às pessoas a interagirem de forma mais saudável com o meio ambiente, poluindo menos e tendo mais consciência ambiental. Nos últimos anos este tópico está em alta, devido a muitos alertas relacionados ao aquecimento global e tudo aquilo que se disse a respeito. Por esta razão, a consciência ambiental está mais forte do que nunca e as pessoas estão aprendendo educação ambiental.

Adicionar programas de educação Ambiental em todas as atividades que envolvam a temática ambiental auxilia a efetivação dos objetivos a serem alcançados, envolvendo as pessoas, difundindo informações e conhecimento e construindo novas perspectivas de ações. Destaca-se a importância da Educação Ambiental como geradora de processos participativos.

Pela primeira vez, a EA foi, nesta declaração, reconhecida como essencial para solucionar a crise ambiental internacional, enfatizando a priorização em reordenar suas necessidades básicas de sobrevivência na Terra. O Plano de ação da Conferência de Estocolmo recomendou a capacitação de professores e o desenvolvimento de novos métodos e recursos instrucionais para a EA. A UNESCO (1997), adotando estas recomendações, promoveu três conferências internacionais ao longo de duas décadas (70-80), das quais derivaram igual número de declarações como a seguir delineadas.

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Página 73 de 220 A Conferência de Tbilisi - Foi a segunda reunião internacional promovida pela UNESCO e a mais marcante de todas, pois revolucionou a EA. Embora governamental vários participantes não oficiais interferiram e foram internalizadas estratégias e pressupostos pedagógicos à sua declaração. Trata-se da Primeira Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, realizada em Tbilisi em 1977. Foram formuladas 41 recomendações que primam pela união internacional dos esforços para o bem comum, tendo a EA como fator primordial para que a riqueza e o desenvolvimento dos países sejam atingidos mais igualitariamente.

A Conferência do Rio de Janeiro – A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), oficialmente denominada de “Conferência de Cúpula da Terra”, reuniu 103 chefes de estado e um total de 182 países.

Conforme preceitua o art. 5º, V, da Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, no âmbito educacional, a determinação legal no Brasil é que se promova a cooperação entre as diversas regiões do País com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade.

Segundo Alvarenga (2005), no Brasil, a Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999 instituiu a política nacional de educação ambiental que foi concebida como os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. A precitada Lei da Educação Ambiental restou regulamentada pelo Decreto n° 4.281, de 25 de junho de 2002.

Segundo estudos da UNESCO (1999), a educação ambiental, como se percebe atualmente vem da emergência de uma percepção renovada de mundo conhecida como holística: uma forma íntegra de ler a realidade e atuar sobre ela. Nesse novo paradigma, a proposta educativa envolve a visão de mundo como um todo, e não pode ser reduzida a apenas um departamento, uma disciplina, ou programa específico. Dentro ou fora de qualquer instituição, ela está ligada a ações multi e interdisciplinares e inserida na vida cotidiana de todos os indivíduos.

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Página 74 de 220 impacto das hidrelétricas; camponeses discutem o uso de agrotóxicos e de tecnologias apropriadas; operárias e operários se posicionam sobre as condições do ambiente de trabalho; mulheres se organizam para discutir desde a qualidade dos alimentos e da água até os efeitos da biotecnologia e engenharia genética sobre a reprodução humana. Indústrias e parques industriais, em condições ambientais rejeitadas nos países industrializados, são instalados em nossos países. Florestas são destruídas para a plantação de pastagens, construção de estradas e outros projetos, sistematicamente simplificando ecossistemas, reduzindo a biodiversidade, tirando as terras e a vida das populações locais.

A Constituição de 1988 (Brasil, 1988), previu a concretização da educação ambiental quando prescreveu os espaços territoriais, em todas as unidades da Federação, com seus componentes a serem protegidos. Considerando os parques e as unidades de conservação como espaços a serem preservados, uma vez que o patrimônio cultural e a biodiversidade são reconhecidos como essenciais para a sustentabilidade da vida na terra, o papel da educação ambiental é insubstituível.

Ademais, a Constituição do Estado do Amazonas reafirma esse mister no inciso I, do Art. 230, em seu capítulo X dedicado ao meio ambiente. A Lei Orgânica do Município de Manaus, promulgada em 1990, contempla o assunto em seu Artigo 287 e Parágrafo Único que expressa: Art. 287 - A educação ambiental será proporcionada pelo Município na condição de matéria extracurricular e ministrada nas escolas e centros comunitários integrantes da sua estrutura e do setor privado, se na condição de subvencionado ou conveniado com esse. No parágrafo Único, descreve que o município se utilizará de programas especiais e campanhas de ampla repercussão e alcance popular com vistas a promover a educação ambiental no âmbito comunitário (Carim, 2000, p.31).

Segundo Miller (1997), existe 9.766 unidades de conservação no planeta, que estão distribuídas por 149 diferentes países e somam uma área total protegida de 8.695.540 km2 ou aproximadamente 7% da superfície da Terra. Tais dados indicam a proteção de 4,9% da África, 8,9% da Europa, 10,2% da América do Norte e Central, conjuntamente, 6,3% da América do Sul, 4,4% da Ásia e 11,7% da Oceania. Tais números são muitos superiores que aqueles identificados em Bali (Indonésia), durante o 3º Congresso Mundial de Parques Nacionais e Áreas Protegidas, quando,

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Página 75 de 220 celebrando-se o transcurso dos 110 anos da criação do Yellowstone National Park, comemorava-se a existência de 2.671 áreas protegidas no mundo, que cobriam 396.607.351 ha. em 120 diferentes países, dados que já representavam um aumento de 47% no número e de 82% em expansão territorial das áreas protegidas em relação à situação de 1972, quando, em comemoração ao seu centenário, realizou-se no próprio Yellowslone a 2ª Conferência Mundial sobre Parques Nacionais.

O anteprojeto da FUNATURA foi discutido internamente no IBAMA. Em seguida foi debatido e aprovado, com algumas modificações, pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Na Casa Civil foi introduzida a primeira grande modificação na proposta original: suprimiram-se, sob protestos da comunidade ambientalista, os dispositivos que criminalizavam as agressões às UCs, que foram substituídos por sanções administrativas. O Anteprojeto de Lei do SNUC foi finalmente encaminhado pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional em 1992, onde, na condição de Projeto de Lei (PL), recebeu o número 2.892.

Segundo Milano (2001), até a década de 1980 houve um certo predomínio na criação das unidades de conservação de uso indireto, e a partir de então daquelas de uso direto, que acabaram por predominar fortemente nos tempos recentes, num claro retrocesso da política conservacionista em relação ao próprio sentido de sua existência.

A União Internacional para a Conservação da Natureza - IUCN define as Unidades de Conservação (Conservation Areas) como “áreas definidas pelo Poder Público visando à proteção e a preservação de ecossistemas no seu estado natural e primitivo, onde os recursos naturais são passíveis de um uso indireto sem consumo” (apud MAGALHÃES, 2001, p.98).

A Lei n. 9.985/00 define Unidade de Conservação (art. 2°, I) como espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção (ALVARENGA, 2005).

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Página 76 de 220 Itatiaia, na Serra da Mantiqueira, no Rio de Janeiro, no ano de 1937, seguindo o modelo dos parques norte-americanos (para lazer e recreação das populações urbanas, contemplação e preservação de monumentos naturais). O movimento que defendia sua criação destacava a importância de um parque nacional (Giansanti, 1998).

O Plano de Sistemas de Unidades de Conservação lançado em 1979, como resultado da política ambiental do Governo transformou-se no Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, aprovado pela Lei nº. 9.985/00 (MAGALHÃES, 2001).

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) foi instituído, no Brasil, em 18 de julho de 2000, através da Lei n. 9.985 e está se consolidando de modo a ordenar as áreas protegidas, nos níveis federal, estadual e municipal. A figura 1 mostra as unidades deconservação Federais localizadas no Brasil.

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Página 77 de 220 Figura 1: unidades de conservação Federais. Fonte: Ministério do Meio ambiente.

A consolidação do Sistema busca a conservação in situ da diversidade biológica a longo prazo, centrando-a em um eixo fundamental do processo conservacionista. Estabelece ainda a necessária relação de complementariedade entre as diferentes categorias de unidades de conservação, organizando-as de acordo com seus objetivos de manejo e tipos de uso: Proteção Integral e o uso Sustentado.

A Lei n. 9.985/00 considera uso indireto aquele que não envolve consumo, coleta dano ou destruição dos recursos naturais (art. 2°, IX); e uso sustentável a

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Página 78 de 220 exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável (art. 2°, XI). Essa lei procura uniformizar a nomenclatura das Unidades de Conservação determinando que as categorias já existentes sejam reavaliadas, no prazo de dois anos, com a finalidade de definir sua destinação com base na categoria e função para as quais foram criadas, obedecendo ao disposto em seu texto.

2.1. As Unidades de Conservação no Amazonas

A criação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) foi um marco na questão ambiental no Amazonas, a partir de 1996, é que o Estado, com apoio da cooperação internacional, passou a estabelecer estratégias para criar sua política ambiental e implementar a gestão ambiental, usando ferramentas participativas. Os principais instrumentos de gestão disponibilizados pelo Estado são os Zoneamentos Ecológico-Econômico, o Licenciamento Ambiental e a criação de áreas com relevante interesse para a conservação ou para a preservação (Schweickardt, 2006). A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá foi a primeira Unidade de Conservação na categoria RDS implantada no Brasil, criada em 1996. O biólogo José Márcio Ayres e o fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, no ano de 1985, apresentaram ao Governo do Estado do Amazonas uma proposta para a criação de uma área de proteção para o primata Uacari branco (Cacajao calvus), objeto de estudo da tese de doutorado de Ayres e que se encontrava, de acordo com o pesquisador, ameaçado de extinção. A proteção dessa espécie endêmica foi, portanto, o principal critério que levou à criação daquela Unidade de Conservação. Como resultado, em 09 de março de 1990 através do Decreto nº. 12.836, foi criada a Estação Ecológica Mamirauá. Mas essa categoria não permitia a permanência das populações locais. Segundo a legislação vigente, a Estação Ecológica, inicialmente atribuída àquela Unidade de Conservação referia-se a áreas desabitadas, sendo reservados 10% de sua área para pesquisa e 90% para proteção integral. Pressionados pela sociedade e pelas ONG´s o Governo do Estado, através do IPAAM, elaborou um Projeto de Lei, o qual foi encaminhado para aprovação na Assembléia Legislativa do

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Página 79 de 220 Amazonas, onde se criava uma nova categoria de manejo de Unidade de Conservação, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável.

A partir de 1990, o Governo do Estado do Amazonas criou várias áreas protegidas, através de Decretos, o que se tornou uma estratégia importante na conservação da diversidade biológica local, pois o Estado pode exercer o direito de posse e controle dessas áreas. Muito embora exista na Amazônia potencial para ações bem planejadas no que se refere às unidades de conservação, Ayres et al. (2005) acreditam que a oportunidade está interferindo na criação de novas áreas protegidas e que seu funcionamento demanda estrutura física e pessoal capacitado, muitas vezes não disponibilizados pelo poder público.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS-AM), não atualiza, sua página na internet, com os dados sobre as Unidades de Conservação do Amazonas e isso dificulta as pesquisas on-line. Os dados disponibilizados na internet são de 2005. O Estado do Amazonas criou, até 2002, 12 Unidades de Conservação, registrando, a partir de 2003, 33 Unidades de Conservação Estaduais. Os parâmetros utilizados pelo Governo do Estado para criação das Unidades de Conservação baseiam-se no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). A figura 3 mostra a projeção das uniades de conservação estadual até 2012.

O sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) define e regulamenta as categorias de unidades de conservação nas instâncias federal, estadual e municipal, separando – as em dois grupos: de proteção integral, com a conservação da biodiversidade como principal objetivo, e áreas de uso sustentável, que permitem varias formas de utilização dos recursos naturais, com a proteção da biodiversidade como um objeto secundário (MMA-SNUC, 2000). Elas correspondem aos termos unidades de conservação de uso indireto (proteção integral) e de uso direto (uso sustentável) utilizados anteriormente ao SNUC. Unidades de Proteção Integral As áreas de proteção integral (como definido pelo SNUC) incluem parques nacionais (União Mundial para a Natureza [IUCN] categoria II), reservas biológicas (Ia), estações ecológicas (Ia), monumentos naturais (III) e refúgios de vida silvestre (III). Como apresentado na Tabela 1 existem 111 áreas federais, totalizando 28.245.720 ha. (42% de todas as unidades de conservação federais).

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Página 80 de 220

Figura 2: UC`s Estadual no Amazonas. Fonte: IPAAM (2006).

Os parques nacionais (54, cobrindo 17.493.070ha.) são as maiores unidades de conservação de rotação integral, e destinam-se a fins educativos, recreativos e para pesquisas científicas (Machado et al., 2004). As reservas biológicas são, geralmente, menores que os parques nacionais e são fechadas ao público, exceto para educação ambiental.

Existem 141 unidades de preservação de uso sustentável federais, que totalizam 30.194.984 ha. (58% de todas as unidades de conservação federais). Cinqüenta e oito florestas nacionais (14.471.924 ha.) foram estabelecidas para silvicultura, corte seletivo sustentável, proteção de bacias hidrográficas, pesquisa e recreação (Machado et al., 2004). A maioria, em número (29) e em área (99%) está na Amazônia.

UNIDADES DE

Nº. ÁREA UNIDADES DE Nº. ÁREA

CONSERVAÇÃO FEDERAIS ( hectares) CONSERVAÇÃO ESTADUAIS (hectares )

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Página 81 de 220 PROTEÇÃO

INTEGRAL

PROTEÇÃO

INTEGRAL

Parque nacional 54 17.493.010 Parque estadual 180

7.697.66 2 Reserva biológica 26 3.453.528 Reserva biológica 46 217.453 Estação ecológica 30 7.170.601 Estação ecológica 136 724.127 Refúgio de vida

silvestre 1 128.521

Refúgio de vida

silvestre 3 102.543 Monumento natural 0 0 Monumento natural 2 32.192 USO

SUSTENTÁVEL

USO

SUSTENTÁVEL Floresta nacional 58 14.471.924 Floresta estadual 58

2.515.95 0 RDSª 0 0 RDS 9 8.277.03 2 Reserva extrativista 36 8.012.977 Reserva extrativistas 28 2.880.92 1

APAc 29 7.666.689 APA APA 181

30.711.1 92 Aried 18 43.394 Arie 19 12.612 Subtotal 141 30.194.984 295 44.397.7 07 TOTAL 252 58.440.704 662 53.171.6 84 TABELA 1 - Número e área total das diferentes categorias de unidades de

conservação estaduais e federais no Brasil (fevereiro de 2005). a - Reserva de Desenvolvimento Sustentável. b - Inclui três florestas extrativas em Rondônia, totalizando 1.438.907ha. c - Área de Proteção Ambiental. d - Área de Relevante

Interesse Ecológico. Fonte: MMA-SNUC, 2000.

Na Amazônia, entretanto, a primeira unidade de conservação estadual foi decretada somente em 1989, em Rondônia (Reserva Estadual Samuel, uma medida compensatória da Usina Hidrelétrica Samuel) e no Amazonas (Parque Estadual Nhamundá) (Rylands, 1990; Rylands & Pinto, 1998). Entretanto, desde então, muitos estados amazônicos têm investido pesadamente em unidades de conservação. O Amazonas, por exemplo, tem agora 29 unidades de conservação estaduais, totalizando 15.585.817ha. As áreas de proteção integral estaduais chegam a 367, muito mais que suas equivalentes federais, mas elas são menores – totalizam apenas 8.773.977ha., com tamanho médio de 23.907ha., compreendendo somente

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Página 82 de 220 16,5% do sistema estadual, como mostra a Tabela 1.

As áreas de proteção ambiental (APAs) disciplinam as atividades humanas de forma a proporcionar o uso sustentável dos recursos naturais e a qualidade ambiental para as comunidades locais, por meio de planos de manejo e zoneamento, incluindo áreas de proteção integral da vida silvestre. Esse mecanismo tem sido largamente adotado no Brasil como zona tampão para parques e reservas. As áreas de relevante interesse ecológico (ARIEs) são pequenas (5.000ha. ou menos), protegem fenômenos naturais notáveis ou populações e habitats selvagens, em locais com pouca ocupação humana, e permitem o uso público.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PARQUE MUNICIPAL DO MINDÚ (AM)

O Parque Municipal do Mindú, em Manaus (AM), é uma unidade de conservação que possibilita conctar-se com a natureza e aprender sobre a importância do meio ambiente, principalmente para as crianças. O parque é utilizado para o desenvolvimento de projetos de educação ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), a exemplo do Domingo no Mindú, que todo terceiro domingo de cada mês leva alunos das escolas da rede pública e comunidades da periferia para conhecer o parque.

As palmeiras possuem diversas formas podendo ocupar os mais diferentes ambientes e graças a esta característica, ficou fácil para o homem cultivá-las e incorporá-las a sua alimentação Constituem um dos principais recursos vegetais que oferece maior utilidade e benefícios para os povos amazônicos Nas comunidades nativas e assentamentos humanos rurais, os moradores obtêm diversos produtos advindos das palmeiras: as folhas são utilizadas para a confecção da cobertura de suas residências, as fibras são utilizadas para a fabricação de artesanatos e utilitários domésticos e os frutos servem para a alimentação. Além destas utilidades tradicionais, são figuras importantes para a composição da paisagem dos bosques, parques e praças das cidades.

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Página 83 de 220 As palmeiras têm um papel fundamental na composição de parques e jardins podendo ser cultivada ou ser parte da floresta natural que remanesce em áreas urbanas. Este é o caso de reservas urbanas, que conservam um fragmento da floresta nativa. Historicamente considerado como uma reserva de área verde dentro da cidade de Manaus, o Parque Municipal do Mindú, graças a um programa de educação ambiental, o parque tenta dar ao visitante um maior contato com a natureza, que consiste em caminhadas em meio à selva,por meio de “trilhas interpretativas”.

Porém, falta ainda um trabalho que contenha realmente um levantamento da fauna e flora existentes, para propiciar ao público interessado na preservação e conservação do meio ambiente, maiores informações e conhecimento da “vida existente no parque”. A família Arecaceae está representada no parque por duas subfamílias, cinco tribos, seis subtribos, 11 gêneros e 18 espécies.

Quando comparada com a flora de palmeiras da reserva florestal Adolfo Ducke, Amazonas e com as palmeiras do Parque estadual Samaúma, observa-se que, proporcionalmente, considerando o tamanho das áreas estudadas, o Parque Municipal do Mindú apresenta diversidade genérica e específica mais elevada que o parque Samaúma. Entretanto, deve-se levar em conta que no Parque do Mindú duas espécies são introduzidas (Euterpe oleraceae Marta, Eleaeis oleifera (Kunth) Cortés) e quatro espécies são de mata secundária ou floresta antropizada (Astrocaryum

aculeatum G.Mey., Attalea maripa (Aubl.) Mart., Oenocarpus bacaba Mart. e Syagrus inajai (Spruce) Becc.) elevando o número de espécies ocorrentes no

parque. A ocorrência de espécies introduzidas é o resultado da interferência humana no ambiente que altera as condições naturais. Isto ressalta a necessidade a respeito da flora original.

Dessa forma, para se empreender trabalhos de conservação da natureza, primeiro é necessário se conhecer a resposta que se opõem entre os ambientes degradados e conservados. No caso do presente estudo tem-se a percepção ao comparar a flora de palmeiras do Samaúma (um ambiente preservado) com o Parque do Mindú (ambiente altamente antropizada).

Para desenvolver os projetos e programas de educação ambiental junto às escolas da rede municipal e estadual, bem como às escolas da rede privada da

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Página 84 de 220 cidade de Manaus, o Parque conta com as seguintes ações: Projetos Voluntários do Parque Municipal do Mindú; - AGENDA A3P – Implantação da agenda com ciclo de palestras e oficinas seguindo calendário; Capacitação em educação ambiental com alunos do entorno do Parque.

Quanto à questão da educação ambiental, com a realização do estudo, pôde-se comprovar que o Parque do Mindú está atendendo parcialmente aos propósitos para o quais foram criados, pois esta educação deveria ser mais atuante com a participação efetiva da sociedade neste processo.

Ademais, as instituições de ensino superior, por serem instituições privilegiadas na elaboração e produção do conhecimento, têm responsabilidade e função social frente ao quadro de necessidade de educação ambiental que se apresenta nas sociedades contemporâneas, e que requer envolvimento na solução de problemas.

Devido ao programa de educação ambiental, o parque leva ao visitante um maior contato com a natureza, que consiste em caminhadas em meio à selva, por meio de trilhas interativas. Porém, não existe planejamento efetivo e desenvolvimento de um trabalho que contenha realmente um levantamento da fauna e da flora existentes para propiciar ao público interessado na preservação e conservação do meio ambiente, maiores informações e conhecimento da vida existente no parque do Mindú.

3.2. A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO PARQUE ESTADUAL SUMAÚMA

Segundo SDS/IPAAM (2006), o Parque Estadual Sumaúma foi oficialmente criado pelo Decreto n. 23.721, de cinco de setembro de 2003 e contém uma área de 51 hectares de área verde remanescente, sendo a primeira Unidade de Conservação Estadual localizada em área urbana, no bairro da Cidade Nova, zona Norte de Manaus.

No entanto, é importante salientar que embora o Parque Sumaúma tenha sido criado em 2003, suas origens históricas remontam ao final dos anos 90, quando,

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Página 85 de 220 80% da área ainda pertencia a três tradicionais clubes de futebol do Amazonas: o América, o Sul América e o Rio Negro.

A falta de uso do espaço, onde hoje se localiza o Parque Estadual Sumaúma, incentivou a mobilização da comunidade local do bairro da Cidade Nova para lutar pela desapropriação da área, sendo repassada à Superintendência de Habitação do Estado do Amazonas (SUHAB) (SDS/IPAAM, 2006).

Os anos que se seguiram foram de intenso ativismo em prol da criação de um parque naquela área. Foram mobilizados diversos segmentos da sociedade, desde a população local, órgãos do Poder Executivo Municipal, Estadual e Federal, representantes do Ministério Público Estadual, Poder Legislativo, ONG`s ambientalistas, entre outros segmentos sociais não organizados, culminando na criação do Parque Estadual Sumaúma pelo Decreto Nº. 23.721/2003.

A área, que antes pertencia a SUHAB, foi cedida ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão executor da política ambiental estadual. Hoje, a área se encontra na gestão da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas (SDS) (SDS/IPAAM, 2006).

Dessa forma, a criação do Parque Estadual Sumaúma foi uma reivindicação comum dos moradores da região, que viam na criação do parque, uma forma de revitalizar e proteger o patrimônio natural local, já degradado pelo intenso processo de ocupação do bairro, muitas vezes desordenado e composto por diversas áreas não regularizadas, as conhecidas invasões. Logo, a criação do PAREST Sumaúma é fruto da mobilização dos moradores da região, marcada por ser tradicionalmente uma área de expansão da ocupação territorial de Manaus.

Atualmente, a Zona Norte de Manaus é caracterizada por se constituir em uma área de expansão da ocupação territorial da cidade. Diversos conjuntos habitacionais continuam surgindo nessa região, por vezes de forma desordenada, desmatando áreas verdes que abrigam recursos naturais de grande relevância para a qualidade ambiental da cidade.

O processo de ocupação tem comprometido nascentes de água e árvores que servem não apenas para o sombreamento natural e produção de alimentos para fauna da região (aves e pequenos mamíferos), como também pela absorção do gás

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Página 86 de 220 carbônico (CO2) liberado na atmosfera por indústrias e automóveis. A escassez cada vez maior de áreas verdes na região fez despertar nos moradores do bairro da Cidade Nova a necessidade de se conservar um fragmento florestal de 51 hectares localizado entre os Núcleos I, II, III e V do bairro da Cidade Nova. Assim, nasceu a idéia de transformar esse fragmento florestal em um parque, que hoje é Parque Estadual Sumaúma (SDS/IPAAM, 2006).

A origem do Parque Estadual Sumaúma está ligada à história e trajetória de formação da organização social dos moradores da Cidade Nova. Desde cedo o Parque Estadual Sumaúma representou um tema de interesse comum das várias associações presentes na região, e, mais do que isso, representou um elo de fortalecimento na relação das várias associações existentes, que coadunam interesses e ações para o atendimento de suas reivindicações acerca da criação dessa Unidade de Conservação.

Segundo o IPAAM (2007), a efetiva implementação do Parque Estadual Sumaúma vai permitir o desenvolvimento de várias ações e atividades que beneficiaram a comunidade, dentre as quais se destacam:

- Realização de atividades de recreação e de educação ambiental, voltado às comunidades e às escolas, proporcionando ampliar o nível de envolvimento desses atores no processo de implementação do Parque; - Proteção de Nascentes da Bacia do Igarapé do Mindú; Proteção e monitoramento da fauna e flora; Envolver os alunos das escolas em diversas atividades do Parque, como: palestras, oficinas de teatro de bonecos e eventos de mobilização comunitária que buscam ampliar o nível de informação e envolvimento desse público na implementação da UC, transformando o Parque Sumaúma em um atrativo espaço de lazer e educação ambiental.

E desenvolver atividades que assegurem a integridade do Parque Estadual Sumaúma e resultem no envolvimento da comunidade e escolas do entorno em sua gestão e utilização, permitindo a valorização desse espaço e promovendo sua conservação.

O Parque Estadual Sumaúma localiza-se no bairro Cidade Nova I, e tem seu principal acesso pela Rua Bacuri s/n. No entanto, o acesso ao Parque pode ser feito por outra entrada, localizado na Avenida Timbiras, conforme figura 3.

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Página 87 de 220 Figura 3 - Mapa dos limites topográficos do Parque. Fonte: Plano de Gestão do

Parque Estadual Sumaúma. (2006, p.19).

De acordo com o IPAAM (2007), dentre os objetivos já implementado pelo Parque Estadual Sumaúma, destacam-se: a criação do Conselho Consultivo; a elaboração do Plano de Gestão e a construção do Centro de Visitantes (chapéu de palha).

O parque é todo recortado por trilhas que a própria população residente no bairro utiliza como caminhos, dessas trilhas somente duas serão mantidos para facilitar a fiscalização e a manutenção da área, uma delas é a trilha principal de acesso que possibilita a entrada de veículos, e a outra é a trilha de caminhada pela curva da Rua Timbiras. As diversas trilhas do Parque servirão para os monitoramentos da unidade e viabilização os programas de recreação e educação ambiental, que tem como objetivos trabalhar os processos de integração com as escolas de entorno e com a comunidade.

A estrutura do parque ainda está sendo montada. No momento o parque possui apenas trilhas, que a própria população residente no bairro criou e utiliza

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Página 88 de 220 como caminho, e um chapéu de palha. A sinalização ainda é precária e conta apenas com algumas placas de aviso colocadas recentemente pelo IPAAM no local para identificar que aquela área pertence ao Parque Estadual Sumaúma.

O Parque Estadual Sumaúma mantém um Centro de Visitantes instalado em 2006. Trata-se de uma infra-estrutura inicial ao processo de implementação da Unidade de Conservação, que tem como objetivo apoiar atividades relacionadas ao parque.

Durante o período em que está instalado, o Centro de Visitantes já abrigou várias reuniões entre IPAAM, SDS, representantes da comunidade de entorno do parque, escolas e demais instituições que se fizeram presentes.

O Centro de Visitantes, que tem um formato de Chapéu-de-Palha, fica localizado na área degradada do parque, próximo ao antigo campo de futebol, e está aberto todos os dias, nos seguintes horários: pela parte da manhã das 8hs às 12hs e na parte da tarde das 14h às 18h.

São encontradas, ao longo da floresta do Parque Estadual Sumaúma, espécies raras da fauna e da flora da região. Dentro dos seus 51 hectares, encontram-se diversos tipos de palmeiras, como o Buriti, Açaí e Tucumã. Outras espécies frutíferas também estão presentes dentro do parque, servindo de alimento para pássaros e pequenos mamíferos que habitam a área.

A biodiversidade de aves é bem representativa, cerca de 90 espécies que habitam no local. Entre elas há o registro de limpafolha-do-buriti (Berlepschia rikeri), taperá-do-buriti (Tachornis squamatus) e suiriri-de-garganta-rajada (Tyrannopsis

sulphurea), que são próprios de áreas com buritizais. Foram encontrados no Parque

espécies migratórios como maçarico-solitário (Tringa solitaria) e a andorinha-azul (Progne subis); canoras como o curió (Oryzoborus angolensis) e o azulão-da-mata (Passerina cyanoides) e muitas outras de interesse para o eco turismo (OMENA

apud IPAAM, 2007).

Essa biodiversidade ocorre em função dos diferentes ambientes existentes no Parque, tais como a ocorrência de buritizais, cursos d'água, remanescente de mata primária, campos, baixios, capoeiras e diversidade de frutos silvestres que mantêm e sustentam a fauna.

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Página 89 de 220 Dentre os pequenos mamíferos que habitam o Parque Estadual Sumaúma o mais conhecido é o primata, ameaçado de extinção, sauim-de-coleira ou sauim de Manaus, outras espécies de mamíferos enriquecem a fauna do parque, como as cutiaras (Dasyprocta aguti) e preguiças-de-bentinho (Bradypus variegatus).

O Parque Estadual Sumaúma, ainda possui duas nascentes de água, que se juntam ainda dentro da área do parque, formando um encontro das águas. Ali, coexistem várias espécies de peixes, a maior delas invasoras, provenientes da bacia do Rio Solimões. Acredita-se que as espécies de peixes invasoras encontraram ali pouca concorrência com as espécies originais das nascentes, se reproduzindo com maior facilidade. Há também espécies de peixes ornamentais que provavelmente foram introduzidas nos igarapés do parque acidentalmente, porém ali sobrevivem.

São realizados estudos detalhados das nascentes, visando propor ações de recuperação de sua qualidade ambiental original. Esta é uma ação importante não apenas para o parque e a fauna que o habita, mas também para a cidade de Manaus, já que o corpo hídrico do Parque Estadual Sumaúma é tributário direto do Igarapé do Mindú, um dos principais igarapés da bacia hidrográfica de Manaus.

O levantamento da flora e fauna das diversas espécies encontradas no Parque deve prosseguir para que se tenha um inventário mais próximo da realidade. É importante ainda que a unidade de conservação com o apoio de uma equipe técnica do IPAAM inicie o estudo do plano de manejo.

Durante os anos de 2006 e 2007, o órgão gestor do Parque Estadual Sumaúma promoveu diversas oficinas de formação do Conselho Consultivo do Parque Estadual Sumaúma, sendo oficialmente fundado em junho de 2007. Atualmente, é composto por vinte instituições, sendo dez organizações civis locais e dez órgãos governamentais. A missão do Conselho Consultivo1 do Parque Estadual Sumaúma é identificar os problemas do parque e propor as melhores ações para resolvê-los.

1De acordo com o artigo 29 da Lei 9.985 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, e do Capítulo V da Lei Complementar nº. 53, de 05/06/07, do Sistema Estadual de Unidades de Conservação - SEUC, as Unidades de Conservação devem ter seus respectivos Conselhos Gestores, sejam eles Consultivos ou Deliberativos, dependendo da categoria de UC`s. No caso do Parque Estadual Sumaúma, uma Unidade de Conservação da categoria de Proteção Integral, o Conselho Gestor assume caráter consultivo.

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Página 90 de 220 Existe no Parque Estadual Sumaúma, 50 Agentes Ambientais Voluntários, formados em 2005 pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Os Agentes Ambientais Voluntários do parque são interlocutores da SDS no processo de planejamento e gestão.

Os Agentes Ambientais Voluntários da Cidade Nova é um importante movimento, fruto da organização social local em torno do Parque Estadual Sumaúma. O envolvimento da comunidade local com a questão do parque propiciou o acionamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

O IBAMA promoveu, no ano de 2005, um curso de formação e capacitação de Agentes Ambientais Voluntários, capacitando 50 pessoas da comunidade local para trabalhar exclusivamente em questões envolvendo o Parque Estadual Sumaúma. Desde então os Agentes Ambientais Voluntários da Cidade Nova atuaram em algumas ações, relacionada ao Parque Estadual Sumaúma, participando de reuniões comunitárias com órgãos competentes e sendo mobilizados para atuações pontuais.

No que se refere às perspectivas futuras, de acordo com informações do IPAAM (2007), o Parque Estadual Sumaúma pretende, o mais breve possível realizar as seguintes ações: Promover a gestão da unidade, por meio de programas específicos, considerando sua categoria e especificações; Direcionar a utilização da unidade para fins de pesquisa, educativos e recreação em zonas específicas da unidade, conforme seu mapeamento; Implantar estrutura física com estrutura organizacional da unidade garantindo a integridade do Parque; Conservar o ecossistema da área do Parque Estadual Sumaúma, com finalidade de ordenar o uso da unidade de conservação, considerando os aspectos físicos, biológicos e sociais; Desenvolver atividades que assegurem a integridade do Parque Sumaúma e resultem no envolvimento com a comunidade local, na sua gestão e utilização, permitindo que a valorização e o bom planejamento desse espaço promovam sua conservação.

E a criação e implementação de trilhas interpretativas para envolvimento das escolas no processo de educação ambiental; desenvolvimento de atividades de mobilização da comunidade do entorno do Parque; Implementação de ações de

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Página 91 de 220 proteção do Parque Sumaúma;

Além disso, é importante salientar que existem várias escolas localizadas na área de entorno do Parque, que devem continuar sempre envolvidas em diversas atividades, tais como projetos e oficinas de educação ambiental, ações de sensibilização ecológica, e eventos de mobilização social, que buscam ampliar as informações sobre meio ambiente e envolvimento desse público nas atividades da unidade.

A estratégia de gestão do Parque Estadual Sumaúma têm procurado transformar o parque em um espaço de educação ambiental, envolvendo a comunidade do entorno em um processo participativo que visa identificar os problemas e propor as melhores ações para resolvê-los. É importante ainda salientar que as pessoas estão cada vez mais tomando consciência da importância da educação ambiental, o que também foi comprovado em uma pesquisa realizada pelo SDS/IPAAM (2006) com os 947 moradores da Cidade Nova.

Tabela 1 - Quais atividades você gostaria de realizar no Parque Sumaúma?

Resposta s Setor Norte Setor Sul Setor Leste Setor Oeste Área de Borda Total Caminhad as 30% 35% 35,5% 38% 32% 34% Atividades Esportiva s 26% 25,5% 28% 29% 20% 26% Visitação 24% 20% 17% 15% 16% 18%

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Página 92 de 220 Coleta de frutos 1,5% 1,5% 4% 3% 7,5% 3,5% Pesca 3,5% 3% 2,5% 3% 5% 3% Educação Ambiental 15% 15% 13% 12% 19,5% 15,5% Total 100%

Fonte: Plano de Gestão do Parque Estadual Sumaúma - 1ª Versão, 2006.

Pelos resultados pode-se perceber que a atividade educação ambiental obteve perfil adequado de aceitação, principalmente entre os moradores da Área de Borda (19,5%). Embora a opção pela atividade visitação tenha obtido um expressivo resultado, principalmente no Setor Norte do Parque Estadual Sumaúma, no geral as atividades mais preferidas foram as caminhadas, com 34% do total, e as atividades esportivas, com 26% do total de citações.

Nos resultados aparecem duas opções de resposta referentes a tipos de atividades de uso direto dos recursos naturais do Parque Estadual Sumaúma que são: coleta de frutos e pesca. Embora tenham apresentado baixa preferência entre os entrevistados, seus maiores índices ficaram entre os moradores da Área de Borda do parque (7,5% e 5% respectivamente). Outro resultado importante sobre a consciência da importância da educação ambiental pode ser comprovado em uma pesquisa realizada pelo SDS/IPAAM (2006) com os 996 moradores da Cidade Nova.

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Página 93 de 220 Respost as Setor Norte Setor Sul Setor Leste Setor Oeste Área de Borda Total Trilhas 30% 27,5% 26% 26% 24,5% 27% Chapéu de Palha 14% 21% 17% 17% 16% 17% Bancos para Repouso 6% 11% 9% 9% 7% 9% Mirante 1% 2% 2% 2% 1,5% 1,5% Centro Comunitá rio 24% 13,5% 19% 19% 17% 19,5% Centro de Educação Ambiental 22% 21% 21% 21% 24% 21,5% Torneiras de Água para Consumo 3% 4% 6% 4% 10% 4,5% Total 100%

Fonte: Plano de Gestão do Parque Estadual Sumaúma – 1. Versão, 2006.

De acordo com o SDS/IPAAM (2006), houve durante a pesquisa sugestões para que as últimas 3 opções acima citadas: centro de educação ambiental, centro comunitário e chapéu de palha, estivessem interligadas, ou seja, que se instalasse no Parque Estadual Sumaúma um chapéu de palha com estrutura para o funcionamento de um centro comunitário e de um centro de educação ambiental. No total a opção trilhas foi o tipo de estrutura mais citada para o Parque Sumaúma. Porém houve nesta questão um equilíbrio entre as opções trilhas (27%), centro de educação ambiental (21,5%), centro comunitário (19,5%), e chapéu de palha (17%).

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Página 94 de 220 Conforme, destacado anteriormente, as diversas trilhas do Parque Estadual Sumaúma pode servir para os monitoramentos da unidade e viabilização os programas de recreação e educação ambiental, que tem como objetivos trabalhar os processos de integração com as escolas de entorno e com a comunidade.

As opções restantes, tais como: bancos para repouso, mirante e torneiras de água para consumo pouco foram citadas. Apenas merece destaque a citação da opção torneiras de água para consumo pelos moradores da Área de Borda do parque, chegando a 10% do total das entrevistas deste setor, talvez reflexo do uso direto que a população residente na Área de Borda do parque faria deste tipo de estrutura caso ela fosse disponibilizada.

3.3. A GESTÃO DOS PARQUES MINDÚ E SAMAÚMA

De forma geral, os órgãos gestores das unidades de conservação não possuem estratégias definidas, não são formuladas diretrizes para longo prazo. São privilegiados planos de curto prazo que tragam retorno e benefícios imediatos, mesmo que esses benefícios sejam apenas aos olhos dos gestores ou fictícios para Unidade de Conservação.

Segundo Ayres (2005) ainda não existe um estudo de indicadores de desempenho nem referencias comparativos para melhor balizar melhorias na gestão. Os órgãos gestores das Unidades não se preocupam em estimular o desenvolvimento de seus servidores ou promover um ambiente que conduza à excelência no desempenho, um sinal claro de desta situação é o que ocorre no Parque Municipal do Mindú, que conta atualmente com apenas seis colaboradores que cuidam dos 30 ha. de área do Parque, não tem um gestor permanente na administração cotando atualmente com gestão interina, segundo os próprios funcionários do local, pode observar-se que há um certo descaso com o ambiente em questão, pois é visível o lixo por espalhado pelo Parque e a falta de manutenção em alguns ambientes, fatos demonstrado nos anexos deste trabalho. Observou-se também que o conhecimento em Educação Ambiental entre os colaboradores do Parque é apenas mediano.

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Página 95 de 220 Durante a pesquisa para elaboração deste trabalho percebeu-se, especialmente no Parque Municipal do Mindú, que não há preocupação em estruturar, implementar e gerenciar os principais processos da organização para melhorar o desempenho e atender de maneira satisfatória os usuários dos Parques. Em suma, não se verifica as condições necessárias para a obtenção de resultados o que explica de modo geral, o baixo desempenho gerencial das Unidades de Conservação.

Comenta ainda Ayres et al. (2005), que o modelo de gestão das UCs, reproduz o de seu órgão gestor, com a ausência de políticas e diretrizes, de plano de trabalho, de padrões de procedimento, de padrões de desempenho, de monitoria e avaliação, e uma alta rotatividade dos gestores das unidades, como do caso dos Parques Samaúma e Mindú, o que tem como conseqüência perda de memória e do aprendizado organizacional. Dessa forma, a gestão ambiental deve conter um desempenho minimamente aceitável.

O baixo desempenho gerencial das Unidades de Conservação de um modo gera pode ser sinteticamente explicado: as unidades são um subsistema do órgão gestor, que por sua vez é um subsistema da administração pública brasileira. Essa administração sofre influencias da cultura brasileira, como o personalismo e a concentração de poder, o formalismo e a postura de expectador, que reforçam seu caráter burocrático e patrimonialista, o que influencia nos gestores das UCs a falta de clareza da missão da instituição, inexistência de visão e estratégias, bem como um plano formal de trabalho, com avaliação de resultados e desempenho.

No entanto, apesar do Parque Estadual Samaúma ter um gerente em seu quadro de funcionários, ainda deixa muito a desejar nos aspectos de comodidade e educação ambiental oferecidos aos freqüentadores do parque, ou seja, falta qualificação profissional aos colaboradores da instituição.

Vale ressaltar que além das unidades de conservação federais estaduais e municipais, existem muitos outros tipos de áreas de conservação que pertencem ou são controladas por um grupo de interesse diverso e que fazem importantes contribuições ao sistema brasileiro de unidades de conservação. A mais importante delas são as reservas indígenas, que em um aspecto – a enormes áreas que cobrem - estão entre as mais importantes áreas para conservação,

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Página 96 de 220 especialmente na Amazônia.

E quatrocentas e quarenta e uma reservas, áreas e territórios indígenas totalizam 98.954.645 ha (11/8% da superfície terrestre do Brasil). Destes, 361(66%) cobrem cerca de 20% da Amazônia brasileira, e algumas tem desempenhado um papel muito importante na proteção da floresta frente à destruição e ao desenvolvimento progressivo (SDS/IPAAM, 2006). O crescimento nas reservas indígenas equiparou-se ao das unidades de conservação e a maioria foi demarcada na década passada, embora outras mais de 139 áreas indígenas sob avaliação, muitas outras áreas de manejo pertencem a ONGs instituições acadêmicas e iniciativa privada.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção da gestão social é o ponto de partida de todas as ações relativas às unidades de conservação, porque em todas elas deve haver a participação popular, e ao mesmo tempo é o ponto de chegada, pois a meta a alcançar é que a própria sociedade se responsabilize, proteja e assegure sustentabilidade à unidade de conservação. Na realidade, o esforço principal consiste em assegurar o espaço de participação da sociedade em todas as ações. Geralmente as populações que moram no entorno das unidades de conservação não têm uma cultura da participação. Diante desse contexto, torna-se então necessário criar e/ou fortalecer os elementos que possibilitam a participação.

Destarte, pode-se inferir que o Parque Municipal do Mindú e o Parque Estadual Sumaúma configuram-se jurídica e ecologicamente como Unidades de Conservação, conforme a lei Nº. 9.985/2000 porque ambos possuem: relevância natural; oficialismo, pois foram criados por ato do poder público; delimitação territorial; objetivo conservacionista; regime especial de proteção e administração decreto de criação. No entanto, é importante ressaltar que algumas funções destas unidades de conservação não saíram efetivamente do papel, dentre as quais se destacam a efetiva participação da sociedade no processo de gestão e que conduz a uma efetiva educação ambiental. Em que pese à sábia legislação, na maioria das unidades de conservação, não há participação da sociedade na sua gestão, e esta

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Página 97 de 220 seguramente é uma das principais causas de que as mesmas fiquem apenas “no papel”, sem prestar sua função ambiental e social.

A conscientização, a organização e a capacitação são os três elementos principais do processo de participação. Na medida em que são implementados estes três passos é que a participação social se torna realidade no próprio processo transformador da sociedade.

É importante ainda ressaltar que no processo de participação entende-se por conscientização a passagem da consciência individual para a consciência social dos problemas coletivos. Sendo assim, a verdadeira conscientização não fica só no discurso, mas parte para a organização e para a capacitação, a fim de vencer os problemas das unidades de conservação.

Portanto, não basta assegurar legalmente à população o direito de participar da gestão dos recursos ambientais, é preciso conscientizar, capacitar, organizar e mobilizar a sociedade para que seja motivada a participar de modo eficaz. Afinal, não de pode iludir com a possibilidade de êxito dessa política pública, se a humanidade continuar a cavar um fosso profundo entre o ser humano e o ambiente no qual ele vive.

A sociedade depende de uma mudança de paradigma para assegurar uma cidadania eletiva, uma maior participação e a promoção do desenvolvimento sustentável, buscando garantir o atendimento das necessidades das presentes gerações, sem prejudicar o atendimento das necessidades das futuras gerações.

Ademais, a Lei do SNUC introduziu, na legislação, mecanismos e normas que, se bem aplicados, deverão dar maior sustentação política e maior eficácia às UCs como instrumento de conservação da natureza e uso sustentável dos recursos naturais. Esses mecanismos e normas asseguram um processo de criação e gestão de UCs mais participativo e, conseqüentemente, uma área protegida melhor ajustada à dinâmica social e econômica local.

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Página 98 de 220 2005.

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Imagem

Figura 1: unidades de conservação Federais. Fonte: Ministério do Meio ambiente.
Figura 2: UC`s Estadual no Amazonas. Fonte: IPAAM (2006).
Tabela 1 - Quais atividades você gostaria de realizar no Parque Sumaúma?
Tabela 2 - Qual tipo de estrutura seria importante para o Parque Sumaúma?

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