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O cenário turístico no Porto e Norte de Portugal: fatores de atração do turismo

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Academic year: 2020

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Este é um trabalho académico que pode ser utilizado por terceiros desde que respeitadas as regras e boas práticas internacionalmente aceites, no que concerne aos direitos de autor e

Assim, o presente trabalho pode ser utilizado nos termos previstos na licença

Caso o utilizador necessite de permissão para poder fazer um uso do trabalho em condições não previstas no licenciamento indicado, deverá contactar o autor, através do RepositóriUM da Universidade do Minho.

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AGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOSAGRADECIMENTOS AGRADECIMENTOS

Ao professor Doutor José Cadima Ribeiro, pela confiança depositada, pela aceitação, pela orientação e pela prontidão em ajudar, sempre que necessário.

À Universidade do Minho e a todo o corpo académico, pelo acolhimento, e pela oportunidade em fazer parte desta incrível instituição.

À minha família, que sempre esteve presente em minha vida, que nunca mediu esforços para me apoiar, provendo toda a assistência necessária, para que eu pudesse aprimorar o meu conhecimento e me aventurar nesta jornada internacional.

Ao Julian, pela parceria e pelo apoio incondicional, ao qual me permitiu progredir em todas as áreas, atuando como uma base sólida e positiva em minha vida.

Às amigas Kueila e Thaísa, que tanto me auxiliaram nesta jornada académica, como em demais aspetos da vida. E também a todos amigos que ficaram no Brasil, mas que mesmo distantes, contribuíram com todo o suporte emocional que podem oferecer, em especial as queridas Izabela e Julia.

“For every one of us that succeeds, it is because there is somebody there to show you the way out”.

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DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Declaro ter atuado com integridade na elaboração do presente trabalho académico e confirmo que não recorri à prática de plágio nem a qualquer forma de utilização indevida ou falsificação de informações ou resultados em nenhuma das etapas conducente à sua elaboração.

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O Cenário Turístico no Porto e Norte de Portugal O Cenário Turístico no Porto e Norte de Portugal O Cenário Turístico no Porto e Norte de Portugal

O Cenário Turístico no Porto e Norte de Portugal –––– Fatores de Atração do TurismoFatores de Atração do TurismoFatores de Atração do TurismoFatores de Atração do Turismo

Resumo

Resumo

Resumo

Resumo

Na cidade do Porto e no Norte de Portugal, o turismo tem-se mostrado uma alternativa atraente para o desenvolvimento económico da região. O propósito deste trabalho é procurar identificar as repercussões da atividade turística, no desenvolvimento local e analisar os fatores, os quais incidem sobre a expansão do mesmo, auxiliando desta forma, futuros desenvolvimentos de planejamentos estratégicos para o turismo.

Para isso, neste trabalho se utilizará métodos estatísticos como uma regressão linear múltipla, usando o modelo econométrico de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), a análise da variância (ANOVA), e dados em painel, para o período de 2003 a 2017. Os dados utilizados têm como fonte o Instituto Nacional de Estatística (INE) e o Sales Index (2018), do grupo Marktest.

Também se utilizará pesquisa bibliográfica e exploratória para descrever e revisar, por meio da literatura, como a atividade turística atua no desenvolvimento económico regional.

Os resultados indicam como fatores que atraem o turismo a oferta de alojamento turístico, a presença de edifícios em prol da cultura (galerias de arte e museus), o nível de rendimento, e o facto de um município estar presente em determinadas rotas turísticas, como o Caminho de Santiago (Noroeste) e a Rota do Vinho Verde, enquanto que a criminalidade é um fator que repele o turismo.

Palavras PalavrasPalavras

Palavras----Chave: Chave: Chave: fatores de atração turística; desenvolvimento local; Norte de Portugal; planeamento do Chave: turismo.

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The Tourism Scenario in Porto and Northern Portugal The Tourism Scenario in Porto and Northern Portugal The Tourism Scenario in Porto and Northern Portugal

The Tourism Scenario in Porto and Northern Portugal –––– Tourist Attraction factorsTourist Attraction factorsTourist Attraction factorsTourist Attraction factors

Abstract

Abstract

Abstract

Abstract

In the city of Porto and the North of Portugal, tourism has been shown as an attractive alternative to the local economic development. The purpose of this study is to identify the impacts of the tourist activity, in the local development, such as to analyse the factors that provide its expansion, assisting in this way, further developments regarding the strategic planning for the tourism.

In this regard, this study uses statistic methods such as the multiple linear regression, making use of the econometric model Ordinary Least Squares (OLS), as well as analysis of variance (ANOVA), and panel data, for the period of 2003 to 2017, using data provided by the National Institute of Statistics (INE) and from Sales Index (2018), provided by the Marktest.

It also explores academic research and exploratory research, to describe and review, by means of the literature, of how the tourist activity act in the local economic development.

The results indicate as tourist attraction factors the supply of tourist accommodation, the presence of cultural buildings (art galleries and museums), the income level, and the fact of a municipality being part of some tourist routes, such the Caminho de Santiago (Northwest) and the Green Wine route, while criminality is an element shown as a negative for the tourist attraction.

Keywords: Keywords: Keywords:

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LISTA DE LISTA DE LISTA DE

LISTA DE FIGURASFIGURASFIGURASFIGURAS

FIGURA 01 – MAPA DE PORTUGAL - NUTS II-III (2013)

FIGURA 02 – MAPA DO NORTE DE PORTUGAL NUTS III (2014) FIGURA 03 – SUBDIVISÕES DA REGIÃO NORTE - PNP (2015)

FIGURA 04 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DORMIDAS NO NORTE DE PORTUGAL FIGURA 05 – ÁREAS DE VINÍCOLAS NO NORTE DE PORTUGAL

FIGURA 06 – CAMINHOS DE SANTIAGO – NORTE DE PORTUGAL

FIGURA 07 – LOCALIZAÇÃO OPO AEROPORTO E CONEXÕES RODOVIÁRIAS

FIGURA 08 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE RECINTOS DE CINEMA NO NORTE DE PORTUGAL FIGURA 09 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE GALERIAS E MUSEUS NO NORTE DE PORTUGAL FIGURA 10 – EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE TURÍSTICA NO NORTE DE PORTUGAL

FIGURA 11 – EVOLUÇÃO POPULACIONAL NO NORTE DE PORTUGAL FIGURA 12 – EVOLUÇÃO DOS GASTOS GOVERNAMENTAIS REGIONAIS FIGURA 13 – CRIMINALIDADE NO NORTE DE PORTUGAL

FIGURA 14 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE HOSPEDES NA REGIÃO NORTE DE PORTUGAL

FIGURA 15 – DISTRIBUIÇÃO EM QUANTIS DO NÚMERO DE RECINTOS DE CINEMA – MUNICÍPIOS FIGURA 16 – DISTRIBUIÇÃO DE GALERIAS E MUSEUS – MUNICÍPIOS

FIGURA 17 – DISTRIBUIÇÃO DE GALERIAS E MUSEUS – MUNICÍPIOS FIGURA 18 – ALOJAMENTOS VERSUS HOSPEDES – MUNICÍPIOS FIGURA 19 – POPULAÇÃO TOTAL (2017) – MUNICÍPIOS

FIGURA 20 – INVESTIMENTO GOVERNAMENTAL POR ANO – MUNICÍPIOS

FIGURA 21 – ÍNDICE DE INVESTIMENTO CAMARÁRIO VERSUS POPULAÇÃO TOTAL– MUNICÍPIOS FIGURA 22 – ÍNDICE DE RENDIMENTO – MUNICÍPIOS

FIGURA 23 – NÚMERO DE HOSPEDES POR MUNICÍPIO

FIGURA 24 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE HOSPEDES AO LONGO DO TEMPO FIGURA 25 – PLOT DOS RESÍDUOS DA REGRESSÃO LINEAR - MODELO 01 REGIONAL FIGURA 26 – HISTOGRAMA PARA HOSPEDES E LOG_HOSPEDES - MUNICÍPIOS FIGURA 27 – PLOT DOS RESÍDUOS DA REGRESSÃO LINEAR - MODELO 01 MUNICÍPIOS

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LISTA DE TABELAS LISTA DE TABELAS LISTA DE TABELAS LISTA DE TABELAS

TABELA 01 – CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS DO TURISMO TABELA 02 – ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS – NORTE DE PORTUGAL

TABELA 03 – DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS DA BASE DE DADOS – NÍVEL REGIONAL (NUTS II).

TABELA 04 – CORRELAÇÃO ENTRE POPULAÇÃO E VARIÁVEIS DE GASTO GOVERNAMENTAL - MUNICÍPIOS TABELA 05 – ESTATÍSTICA DUMMIES VARIÁVEIS

TABELA 06 – CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS DO TURISMO - MUNICÍPIOS TABELA 07 – ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS – MUNICÍPIOS

TABELA 08 – DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS DA BASE DE DADOS –MUNICÍPIOS. TABELA 09 – TESTE DE SHAPIRO-WILK PARA A VARIÁVEL HOSPEDES - REGIONAL

TABELA 10 – TESTE DE BREUSCH-PAGAN PARA LOG_HOSPEDES – MODELO 01 REGIONAL TABELA 11 – TESTE DE MULTICOLINEARIDADE – MODELO 01 REGIONAL

TABELA 12 – REGRESSÕES VIA ESTIMADOR MQO (OLS) - REGIONAL

TABELA 13 – TESTE DE SHAPIRO-WILK PARA A VARIÁVEL HOSPEDES - MUNICÍPIOS

TABELA 14 – TESTE DE BREUSCH-PAGAN PARA LOG_HOSPEDES – MODELO 01 MUNICÍPIOS TABELA 15 – ANOVA PARA LOG_HOSPEDES E MUNICÍPIOS (COD)

TABELA 16 – BREUSCH PAGAN MULTIPLICADOR LAGRANGIANO – MODELO 02 MUNICÍPIOS TABELA 17 – MATRIZ DE CORRELAÇÃO – MODELO 02 MUNICÍPIOS

TABELA 18 – TESTE DE WOOLDRIDGE PARA AUTOCORRELAÇÃO EM PAINEL – MODELO 02 MUNICÍPIOS TABELA 19 – TESTE ROBUSTO DE HAUSMAN – MODELO 3 MUNICÍPIOS

TABELA 20 – REGRESSÕES MUNICÍPIOS – PRIMEIROS MODELOS TABELA 21 – REGRESSÕES MUNICÍPIOS – ÚLTIMOS MODELOS

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LISTA DE LISTA DE LISTA DE

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASABREVIATURAS E SIGLASABREVIATURAS E SIGLASABREVIATURAS E SIGLAS

Aeroporto Francisco de Sá Carneiro (OPO) Aeroportos de Portugal (ANA)

Airport Council International (ACI) Área Metropolitana do Porto (AMP)

Associação Comércio Automóvel de Portugal (ACAP)

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM)

Comunidades Intermunicipais (CIM) Denominação de Origem Controlada (DOC) Direção-Geral da Administração Interna (DGAI) Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) Indicação de Proveniência Regulamentada (IPR) Instituto Nacional de Estatística (INE)

Japan National Tourism Organization (JNTO) Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) Organização das Nações Unidas (ONU)

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Organização Mundial de Turismo (OMT)

Organização Mundial do Turismo (UNWTO Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) Porto e Norte de Portugal (PNP)

Receita por quarto disponível (RevPar) SUR – Seemingly Unrelated Regressions

Valor Acrescentado Bruto Gerado pelo Turismo (VABGT) World Travel Market (WTM)

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ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE ÍNDICE 1. 1.1.

1. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO ---INTRODUÇÃO--- 1111

---2. 2.2. 2. REFERENCIAL TEÓRICOREFERENCIAL TEÓRICOREFERENCIAL TEÓRICO ---REFERENCIAL TEÓRICO--- 4444

---2.1. TURISMO --- 4

2.2. FATORES QUE ATRAEM OU REPELEM O TURISMO --- 5

2.2.1. FATORES QUE ATRAEM O TURISMO --- 5

2.2.2. FATORES QUE REPELEM O TURISMO --- 6

2.2.3. A CRIATIVIDADE COMO UM PROPULSOR DO TURISMO --- 7

2.3. IMPACTE ECONÓMICO DO TURISMO --- 9

2.4 PARCERIA PÚBLICO/PRIVADO PARA DESENVOLVIMENTO DO TURISMO --- 11

2.5 ROTAS TURÍSTICAS E OTIMIZAÇÃO DE LUCRO POR MEIO DE PARCERIAS COM EMPRESAS. --- 13

3. 3.3. 3. O PARORAMA DO TURISMO PARORAMA DO TURISMO PARORAMA DO TURISMO EM PORTUGALO PARORAMA DO TURISMO EM PORTUGALO EM PORTUGAL ---O EM PORTUGAL--- 16161616 3.1.REGIÃO DO PORTO E NORTE DE PORTUGAL --- 19

4. METODOLOGIA 4. METODOLOGIA4. METODOLOGIA 4. METODOLOGIA --- 27272727 4.1.MÉTODO DE ANÁLISES ANOVA --- 27

4.2.REGRESSÃO COM DADOS EM PAINEL:EFEITOS FIXOS E ALEATÓRIOS--- 28

4.3.REGRESSÃO LINEAR MÚLTIPLA --- 31

4.3.1REGRESSÃO ROBUSTA --- 32

4.4.BASE DE DADOS E VARIÁVEIS --- 33

4.5.ANÁLISE DESCRITIVA DAS VARIÁVEIS--- 34

4.5.1. ANÁLISE REGIONAL --- 34

4.5.2. ANÁLISE DOS MUNICÍPIOS --- 41

5. INTERPRETAÇÃO DOS 5. INTERPRETAÇÃO DOS5. INTERPRETAÇÃO DOS 5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ECONOMÉTRRESULTADOS ECONOMÉTRRESULTADOS ECONOMÉTRICOSRESULTADOS ECONOMÉTRICOSICOSICOS --- 55555555 5.1.RESULTADOS PARA A ESTIMAÇÃO REGIONAL --- 55

5.2.RESULTADOS PARA A ESTIMAÇÃO ENTRE MUNICÍPIOS --- 60

6. CONCLUSÕES FINAIS 6. CONCLUSÕES FINAIS6. CONCLUSÕES FINAIS

6. CONCLUSÕES FINAIS --- 75757575 7. REFERENCIAL BIBLI

7. REFERENCIAL BIBLI7. REFERENCIAL BIBLI

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1. INTRODUÇÃO

A atividade turística é um fator chave no desenvolvimento de países e regiões. Seu impacte na economia favorece o crescimento socioeconómico. Sem dúvida alguma que o papel do turismo é relevante para cadeia de produtividade, pois o mesmo é responsável pela geração de emprego e renda. Tal facto ajuda a desenvolver as regiões, que investem na divulgação de práticas turísticas.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (UNWTO, 2015), a atividade turística representa 10% do PIB mundial (direto, indireto e induzido), sendo que 1 (um) entre cada 10 (dez) empregos gerados, estão relacionados ao turismo. Além disso, na exportação mundial, este alcança o terceiro posto, depois de produtos químicos e combustíveis.

Dados disponíveis indicam que nos Países Menos Desenvolvidos (PMDs), 7% das exportações de bens e serviços estão relacionados com o turismo. Neste sentido, observa-se que são diversos os fatores que influenciam a procura e a oferta de serviços turísticos, entre os quais estão: o aumento da renda mundial; a redução de custos de transportem; o investimento em infraestrutura; entre outros (Fernandes, 2005; UNWTO, 2015).

Para alguns autores, como Bourlon, Mao e Osorio (2011), a atividade turística pode ser uma saída relevante para locais, onde os governos não podem investir em infraestrutura, mas precisam resolver os problemas de equidade social e desenvolvimento. Neste caso, os autores afirmam, que o turismo seria construído, usando como base o uso de atributos específicos de cada região, por exemplo, o ecoturismo, turismos de aventura, entre outros.

O turismo também poderá ser utilizado para revitalizar cidades ou regiões que sofreram com a crise económica. Um bom exemplo é o Museu de Bilbao que foi bem-sucedido, no sentido de ser ícone para atrair o turismo na cidade. Com relação a desigualdade local e o desenvolvimento, o “efeito Bilbao”, como é conhecido, ainda está sendo avaliado (Plaza & Haarich, 2013).

Para desenvolver o potencial turístico de determinada região, necessita-se saber quais os fatores que influenciam os fluxos no mesmo. Netto e Pieri (2013) descrevem como fatores importantes para atrair turistas, além dos próprios pontos turísticos locais, a hospitalidade, a segurança, a comunicação, a comodidade, o clima, e a mobilidade, entre outros.

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Conforme explica a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (2009, p.10) “a atividade turística depende não só dos recursos endógenos de cada território como, também, dos recursos humanos e financeiros disponíveis”.

Desta maneira, para determinar a dinâmica da atividade turística faz-se necessário avaliar outros fatores económicos, tais como: a conjuntura externa; a capacidade de atração da região; a promoção de património histórico, cultural e natural; e os diferentes produtos e bens turísticos existentes na região; entre outros. Além de fatores como a oferta de lazer, segurança e infraestrutura podem potencializar o turismo, enquanto barreiras legais, sistema de transporte carente e a perturbação política podem gerar um desincentivo em relação aos turistas, como explorado por Santos (2004).

Especificamente, sobre a região turística do Porto e o Norte Português, os dados económicos indicam que o turismo é um dos maiores responsáveis pelo seu desenvolvimento. Isso é assim de tal maneira que o European Best Destinations, em 2014, categorizou o Porto como “Melhor Destino Europeu”, uma vez que a procura turística chegou a registar 2,6 milhões de pessoas que visitaram a região.

Em termos mais explícitos, o objetivo geral da dissertação é analisar a mudança do cenário turístico no Porto e Norte de Portugal e os fatores relacionados com o mesmo, que promovem impacte na economia da região. Por outro lado, são objetivos específicos os seguintes:

• Descrever os fatores que atraem ou repelem o turismo;

• Identificar as políticas públicas e privadas relacionadas com a atividade turística adotadas atualmente na região turística do Porto e Norte de Portugal;

• Avaliar o impacte económico da atividade turística;

• Entender a diferença no número de hóspedes em cada município na Região Norte de Portugal e os fatores particulares de atração dos mesmos.

Este estudo utiliza métodos estatísticos tais como a estimação via regressão linear múltipla, por meio do método de mínimos quadrados, e a estimação por dados em painel, utilizando das técnicas de efeitos fixos e aleatórios, no período de tempo entre 2003 e 2017.

A dissertação está estruturada da seguinte forma: além deste capítulo introdutório, o segundo capítulo apresenta o referencial teórico a respeito do turismo, expondo o que tem sido discutido na área académica, em termos explicativos; o capítulo 3 apresenta um panorama do contexto turístico no Porto

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e na região Norte de Portugal; o capítulo 4 expõe a metodologia utilizada, bem como apresenta a base de dados e realiza uma análise descritiva quanto às variáveis, a níveis regional e municipal; o capítulo 5 expõe os resultados econométricos encontrados. A dissertação encerra-se com uma conclusão final deste trabalho, apresentada no capítulo 6.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Turismo

Segundo Beni (2008), o turismo pode ser descrito a partir de três eixos de análise: o holístico, o técnico e o económico. Isso se deve ao seu caráter interdisciplinar, que abarca outros sistemas e participações de diferentes agentes a partir do momento em que uma pessoa decide realizar alguma viagem, a determinado lugar, onde irá interagir de diferentes maneiras e segundo diferentes propósitos.

Em relação à sua aceção económica, o autor (Beni, 2008) descreve por meio de uma revisão histórica que o turismo passa a ser objeto de investigação a partir da 1ª Guerra Mundial (1914). A partir daí vários economistas europeus buscaram diferentes conceitos para explicar a atividade turística (Beni, 2008).

É desta maneira que os professores Hunziker e Krapf, da Universidade de Berna (Suíça), em 1942, definiram Turismo como sendo “a soma dos fenómenos e relações que surgem das viagens e estadias dos residentes, na medida em que não estejam ligados a uma residência permanente ou a uma atividade paga” (Krapf, 1953/2000, p.50).

Já, nos anos de 1980, surge a definição do Turismo como um deslocamento que as pessoas realizavam para fora de seu local de residência ou trabalho e as atividades ali praticadas, por um curto período (Burkart e Medlink, 1981).

A partir desta época, vários foram os conceitos que apareceram dentro da Ciência Económica, onde se pode destacar o conceito da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial de Turismo (UNWTO), que definem turismo como: “Atividades das pessoas que viajam e permanecem em lugares fora de seu ambiente habitual por não mais de um ano consecutivos para lazer, negócios ou outros objetivos.” (OMT, 2013, p. 18).

Em suma, o que contextualiza o Turismo na atualidade é que vários sistemas se agrupam para satisfazer a procura de um consumidor, e isso pode ocorrer de diferentes formas e por várias razões, que irão incidir na oferta da atividade turística.

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2.2. Fatores Que Atraem ou Repelem o Turismo

Sabe-se que a escolha de uma cidade ou região para ser visitada é influenciada por diversos fatores, que vão mais além do próprio atrativo turístico do destino. Neste caso, as variáveis que incidem na atividade turística podem ser bem variadas, por exemplo, fatores pessoais (lazer, estudos, entre outros), viagens de negócios, clima, infraestrutura, entre outros.

De acordo com os objetivos propostos e metodologia a ser aplicada, neste trabalho apresentam-se os fatores considerados relevantes para analisar o apresentam-setor da região estudada definidos no texto a apresentam-seguir.

2.2.1. Fatores que atraem o Turismo

Conforme a Silva (2013), o que leva um turista a eleger uma cidade ou região a ser visitada está dividida em 4 opções, como a seguir:

• Atrações Naturais - exemplos: parques de reservas naturais, praias, ecoturismo;

• Edificações que, em princípio, não foram feitas pensando em turismo - por exemplo, igrejas, edifícios industriais e até mesmo ruínas (Petra, Jordânia);

• Edifícios construídos com o intuito de ser atração turística - exemplos: salas de espetáculos, parques temáticos, museus, centros científicos, entre outros;

• Eventos e festivais - exemplos: feiras medievais, Oktoberfest, formula I, concertos, conferências, entre outros.

Os turistas também podem ser atraídos por questões de estilo de vida como SPA´s, termas, etc. Igualmente o fator religioso influencia fortemente a atração turística. Também, títulos atribuídos aos pontos turísticos como Património da Humanidade outorgado pela UNESCO e Capital Europeia da Cultura. (Silva, 2013)

A atratividade de um destino é um constante tema de estudo. Variados autores expõem sua ideia do que atrai um turista. Mascarenhas e Gândara (2012) ressaltam a gastronomia como atração turística. Pinto (2010), por sua vez, salienta as relações económicas e culturais existentes, por exemplo, em uma zona de fronteira. Já Seretti et al. (2005), pesquisaram sobre a importância do património cultural para o turismo.

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Relacionado à importância dos eventos e da cultura, Ribeiro e Remoaldo (2017) analisaram o legado da Capital Europeia da Cultura (CEC) para a cidade portuguesa de Guimarães, evento sediado pela cidade em 2012. Foram realizados dois estudos por meio de análises e pesquisas com os residentes, visitantes e agentes locais a respeito dos impactes promovidos pela CEC, antes e após a realização do evento. O turismo exposto no estudo é caracterizado como um turismo cultural, que é aquele no qual a ênfase se encontra em legado histórico e em atrações culturais, neste caso, está diretamente ligado às festas, à gastronomia, à experiência local e ao evento cultural em si.

Identificou-se que os residentes apontaram como fatores importantes a atração de investimento para o local e o aumento de preços e bens, além de uma melhoria temporária da autoestima local. Já os visitantes, atribuíram um maior valor ao património local que encontraram, a hospitalidade, a identidade local e segurança. O estudo concluiu que a o facto de sediar o evento ajudou a gerar um pequeno desenvolvimento de uma indústria criativa local e que os turistas foram motivados pela arquitetura, pela história, gastronomia e pelo enoturismo.

Além destes fatores, Santos (2004) também expõe a importância de dois fatores da própria região emissora dos turistas, sendo o primeiro o tamanho populacional, o que significa a quantidade de indivíduos residentes em determinada área, traduzindo-se indiretamente num mercado ou numa procura potencial de turismo. E o segundo fator a renda dos turistas, bem como a taxa de câmbio entre as moedas do local recetor e do local emissor.

A oferta e distribuição de pacotes turísticos também é considerada como relevante em relação a proporção dos fluxos turísticos, como a oferta de hotelaria, oferta de atratividades locais e apoio local aos turistas.

2.2.2. Fatores que repelem o Turismo

De acordo com Ivanov (2017), os fatores que mais influenciam negativamente a visita a uma região são a segurança e os custos. As alterações nos preços dos combustíveis, das passagens aéreas e estadias impactam negativamente na decisão de realizar uma viagem turística.

Segurança é prioridade para todos os turistas, portanto, locais que não proporcionam segurança ao indivíduo, regiões em guerra, dentre outras, afastam as visitas e repelem os turistas.

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A condição climática, por sua vez, pode influenciar negativamente o turismo pois, se forem extremas, impedem que o viajante se desloque até certo destino, já que a segurança é primordial. Surtos de doenças transmissíveis, instabilidade política, alta taxa de criminalidade, insegurança no trânsito, todos esses fatores influenciam negativamente o turismo (Ivanov, 2017).

Também pode influenciar negativamente o turismo o acesso restrito a água potável, condições de atendimento médico precário e difícil acesso a vistos, quando necessários (Ivanov, 2017).

A falta de investimento em infraestrutura e em hospitalidade geram pontos negativos no turismo, uma vez que ofertas de serviços inferiores e não profissionais não propulsionam a indústria turística (Gartner, 1996).

Ademais, conforme exposto por Bedo e Dentinho (2007), ao realizarem uma avaliação dos destinos turísticos das ilhas de Açores, com foco na entrada de turistas estrangeiros, ou mesmo turistas portugueses, mas não residentes no arquipélago, a distância entre a região emissora e o arquipélago foi um fator apontado como negativo, isto é, quanto maior a distância menores eram os fluxos turísticos gerados pelo local em questão.

2.2.3. A criatividade como um propulsor do turismo

Em outro estudo, realizado por Mota et al. (2012), houve uma análise quanto à relação entre a exploração do elemento criativo e o turismo. A indústria criativa e o turismo são fontes de desenvolvimento económico local. A criatividade é exposta como um produto turístico alternativo ao turismo cultural tradicional, que conhecemos. A cidade espanhola de Bilbao é citada como exemplo, uma vez que a criação do museu Guggenheim proporcionou este fluxo de turismo criativo ao local.

Para se promover o turismo cultural criativo é necessário que haja enquadramento institucional no que diz respeito ao turismo, gestão de recursos e produtos locais a serem melhor desenvolvidos, para que os mesmos possam ser rendibilizados, como também é necessário que se trabalhe a imagem local, neste caso, a imagem da cidade. O estudo realiza uma análise do concelho português de Ponte de Lima, situado na região Norte do país, com cerca de 45 mil habitantes. Ponte de Lima possui quase 90% de suas atividades concentradas em dois sectores económicos: florestal e agrícola. Desta forma, o turismo se coloca como um fator para dinamizar a economia local. O património cultural, a ruralidade, localização e a presença no caminho português para Santiago de Compostela foram fatores encontrados classificados como positivos.

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Ao associar a criatividade ao turismo, a imagem local de uma cidade vem adquirindo maior importância nos últimos anos, e a mesma é explorada por meio do conceito de City Branding, conceito baseado no “Marketing Geográfico” ou Place Branding, que consiste no planeamento de ações para melhorar a posição relativa de um local em determinada atividade, bem como atrair visitantes, negócios e investidores.

City Branding, em si, é um sistema complexo, que vai além do marketing usual em produtos e serviços. Isto, devido ao número de stakeholders presentes, uma vez que são diversas as organizações e os indivíduos envolvidos no processo. É o processo de despertar o desejo e a satisfação de visitar determinado local a partir da definição de uma identidade para uma cidade, região ou país.

Conforme exposto por Kavaratzis (2009), a gestão moderna de City Branding envolve visão e estratégia para identificar o futuro da cidade e traçar um plano de desenvolvimento, neste caso, no que remete ao turismo. Envolve também a cultura local, bem como a gestão da comunidade local. Como os residentes e os empreendedores irão lidar com a instituição desta marca, é necessário promover uma sinergia entre as partes envolvidas, desenvolver e planear uma infraestrutura, reformular o cenário, como a arquitetura e o património histórico, identificar as oportunidades e realizar um plano de comunicação. Como exemplo, temos a cidade de Bonito, no Brasil. A mesma se destaca no segmento turístico pelas atrações naturais e o seu desenvolvimento sustentável. A cidade já foi eleita por 14 anos como o melhor destino de ecoturismo do Brasil, pela revista “Viagem & Turismo”, a maior revista em termos de volume de circulação nacional sobre turismo. Ela também já foi considerada como o Melhor Destino Responsável do Mundo, em 2013, pela World Travel Market (WTM). Entre as iniciativas que levaram a cidade a ganhar o prêmio esteve o controlo de atrações visitadas por cada turista por meio de um voucher digital.

No entanto, o place branding de Bonito vai muito além do controlo da sua natureza. Segundo o Observatório do Turismo de Bonito, a cidade de pouco mais de 20 mil habitantes recebeu, em 2017, mais de 200 mil visitantes, gerando uma receita de cerca de R$ 305 milhões (aproximadamente, 72 milhões de euros).

Entre os agentes da atividade turística de Bonito, uma agência de viagens observou a necessidade de melhorar o atendimento para quem visita o destino. A Bonitour criou a plataforma “Roteiro Fácil”, em que usa o conhecimento e distância dos atrativos para elaborar a agenda do turista durante a estadia. O visitante escolhe os pontos a serem visitados, sua hospedagem e quantidade de

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dias para que a plataforma organize o roteiro. A proposta é otimizar a viagem do cliente e garantir uma melhor experiência no destino, e máximo aproveitamento das atrações disponíveis.

O sucesso turístico da região se consagra na identidade que Bonito criou ao explorar seus atrativos naturais, porém de forma sustentável e em harmonia com os setores público e privado, oferecendo produtos que atendem a procura dos turistas.

O Japão também investe em place branding para melhor explorar o potencial turístico nacional. Segundo a Organização Nacional de Turismo do Japão (Japan National Tourism Organization - JNTO), o país pretende atrair 40 milhões de visitantes até 2020, e chegar a 60 milhões de visitantes até 2030.O país procura atrair os “turistas de longa distância”, de regiões como os Estados Unidos, Canadá, Austrália e Europa. Atualmente, 85% dos visitantes do Japão são de nações vizinhas, do continente asiático.

A JNTO realizou uma pesquisa para entender a razão dos turistas não visitarem o Japão e quais são as “paixões” dos mesmos, as quais foram identificadas como sendo culinária, natureza, cultura, bem-estar, e atividades ao ar livre. A partir destes resultados, iniciou-se uma parceria com sete setores de negócios e desenvolveu-se a place brand “Enjoy my Japan”, destacando atrativos e locais nacionais para estimular o turismo no local. A estratégia do país tem atraído grandes players do setor turístico, como a instalação de hotéis de categoria de luxo em localidades alternativas.

2.3. Impacte Económico do Turismo

A maior parte dos estudos científicos em relação ao Turismo é realizada pela Ciência Económica, através da chamada “indústria turística”, que estuda o crescimento e a movimentação de capitais. Estes estudos tem a finalidade de medir a dinâmica e o crescimento dos negócios turísticos (Barreto, 2003).

Atualmente, com a globalização económica, o turismo transformou-se numa fonte de renda e, em alguns casos, o setor de financiamento económico mais forte para alguns países.

Ele é um dos setores mais competitivos no que diz respeito à captação de financiamento interno e externo. Para Barreto (2003), se tomássemos o produto total do turismo como a economia total de um país, ela seria a terceira potencia do mundo em termos económicos, posicionando-se atrás somente de Estados Unidos e Japão.

O turismo é uma atividade de múltiplos componentes, cujas partes estão intimamente ligadas a outros setores, como transporte (aéreo, terrestre, fluvial, marítimo), lojas de souvenirs, restaurantes,

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bares, casas noturnas, serviços de hotéis e muitas outras atividades. Tudo isso faz do turismo uma atividade criadora de investimentos e emprego (Moesch, 2002).

Em 2017, constatou-se um aumento em 7% nas chegadas de turistas internacionais, recuperação económica que fortaleceu a procura de viagens nos principais mercados de origem e uma sólida recuperação da procura nos mercados emergentes, Brasil e Federação Russa, depois de alguns anos de declínio. O crescimento de Europa e África foram maiores que a média mundial (UNWTO, 2018). Em termos reais, as receitas resultantes do turismo internacional aumentaram 4,9%, atingindo 1,34 biliões de dólares norte-americanos, também no ano de 2017. Os dez principais destinos do mundo, de acordo com a UNWTO (2018, p.8) e em ordem de classificação, são: França, Espanha, Estados Unidos, China, Itália, México, Reino Unido, Turquia, Alemanha e Tailândia.

Em relação a Portugal, o Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgou que o Valor Acrescentado Bruto Gerado pelo Turismo (VABGT), em 2017, teve um acréscimo nominal de 13,6% em relação a 2016, atingindo 7,5% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da economia portuguesa (CST, 2018).

Diante do exposto, torna-se claro que o turismo influencia positivamente a economia de uma região, ajudando a elevar o nível cultural da população. Porém também existem impactes económicos negativos. Por exemplo, uma variação no câmbio ou outras conjunturas podem influir negativamente no turismo. A atividade pode, também, gerar inflação, causada por uma procura excessiva de bens ou por atividades especulativas dos agentes económicos.

Ainda poderá gerar especulação imobiliária e aumento em comércio e serviços que também são utilizados pela população local, sazonalidade, trabalhos temporários, falsa sensação de empregabilidade, impacte ambiental (Naime, 2014).

Para saber o impacte da atividade turística na economia é necessário realizar um estudo que mostre as mudanças, positivas e/ou negativas, que poderão ocorrer devido a esta atividade, e mostrar também a relação entre os setores da economia e o turismo.

Para Styles (1999), as aplicações mais comuns da análise do impacte económico são:

• Estimar os impactes económicos das mudanças na oferta de oportunidades de recreação e turismo;

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• Estimar os efeitos de políticas e ações que afetam, direta ou indiretamente, a atividade do turismo;

• Compreender a estrutura económica e as interdependências dos diferentes setores da economia; • Discutir o tratamento favorável na alocação de recursos ou impostos locais, zoneamento ou

outras decisões;

• Comparar os impactes económicos da alocação alternativa de recursos, políticas, gerenciamento ou propostas de desenvolvimento.

Em resumo, uma análise bem-feita dos impactes económicos no turismo pode ajudar harmonizar a economia e multiplicar o desenvolvimento local.

2.4 Parceria Público/Privado para desenvolvimento do Turismo

Como já visto anteriormente neste trabalho, a colaboração público-privada no campo do turismo é muito importante. É onde se pode obter resultados positivos para favorecer o desenvolvimento do mesmo.

No ano de 2018, Portugal foi vencedor na categoria Políticas e Administração Públicas oferecidos pela OMT por excelência e inovação em turismo,o que demonstra que o empenho deste país para desenvolver o turismo é grande (UNWTO, 2018).

Os setores públicos e privados deverão manter uma ação coordenada das decisões de investimento e assim otimizar o benefício desse investimento. Por exemplo, donos de hotéis podem investir em capacidade hoteleira, porém seu retorno vai depender, também, do investimento de donos de restaurantes e de investimentos em outros serviços e equipamentos e em atividades recreativas e culturais, de acordo com Russo e Darmohraj (2016).

Da mesma maneira, o investimento público em infraestrutura de transporte e turismo, como, por exemplo, em restauro de patrimônio histórico e cultural, pode ser coordenado com o setor privado para melhor distribuir os benefícios de tal investimento. Neste caso, o setor privado deverá investir para gerar um fluxo adequado de turistas.

Outro ponto onde a associação público-privado poderá ser bastante útil é na acessibilidade para o turismo, uma vez que pessoas com deficiência constituem uma relevante porção da população mundial (UNWTO, 2014).

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Em 2014, a Organização Mundial de Turismo lançou o Manual sobre Turismo Acessível para Todos. O objetivo é fomentar o turismo acessível e promover vantagens econômicas que possam colaborar com diversas organizações de pessoas com deficiência e que trabalham em prol da acessibilidade universal (UNWTO, 2014).

Assim, o setor público passa ao papel de facilitador e incentivador das atividades do setor privado no que diz respeito aos critérios de desenvolvimento do turismo acessível para todos (UNWTO, 2014).

Atualmente se vê o desenvolvimento crescente do turismo inteligente. Segundo Ávila et al. (2015, p.32), o turismo inteligente é “um destino turístico inovador, construído sobre uma infraestrutura de tecnologia de ponta que garante o desenvolvimento sustentável de áreas turísticas acessíveis a todos, facilita a interação e a integração do visitante no seu entorno, aumenta a qualidade da experiência no destino e melhora a qualidade de vida dos residentes”.

Para Buhalis e Amaranggna (2014), este sistema torna possível demonstrar a sustentabilidade a longo prazo uma vez que melhora a experiência turística e a eficácia da gestão de recursos. Também maximiza a competitividade do destino e a satisfação dos turistas.

Vários destinos estão adotando o turismo inteligente como por exemplo, Almeria, Cozumel, Marbella, Palma, León, entre muitos outros. O que essas cidades fazem é, através de acordo público-privado, melhorar a infraestrutura turística do lugar. Esses destinam participam do projeto Destinos Turísticos Inteligentes, cujo objetivo é aprimorar a competitividade e o desenvolvimento turístico baseado em governança e corresponsabilidade turística (Destino Turístico Inteligente, 2016).

As vantagens de participar destes destinos seriam:

• Aumento da competitividade através do aproveitamento de seus recursos turísticos e identificação e criação de outros;

• Melhor eficiência dos processos de produção e comercialização;

• Impulso ao desenvolvimento sustentável do destino através das vertentes ambiental, econômico e sociocultural;

•Melhoria da qualidade de permanência dos visitantes e da qualidade de vida dos moradores; •Tornar a estratégia de turismo a base para a dinamização econômica do território, garantindo seus efeitos positivos a longo prazo.

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A Espanha é o primeiro país a usar o turismo inteligente e em sua primeira fase contará com 11 destinos (Rotacode, 2014).

2.5 Rotas turísticas e otimização de lucro por meio de parcerias com empresas.

Como sabemos, Rotas Turísticas são caminhos ou estradas que se destacam por seus atrativos turísticos. São localidades que se identificam com caraterísticas históricas e geográficas semelhantes, se identificando como uma “marca”. Segundo Meyer (2004), elas possuem uma diversidade de atrações para laser, o que leva a atrair uma diversidade de público.

Ademais, as rotas turísticas favorecem associações e parcerias, o que ajuda a promover o desenvolvimento local. As rotas mais bem-sucedidas são os circuitos de vinhos e gastronomia. O enoturismo é um fenómeno mundial, e tem presença importante, em especial na Europa (França, Espanha, Itália e Portugal), América do Norte, África do Sul e Austrália.

Algumas rotas do enoturismo possuem tamanha relevância e extensão, promovendo impacte na economia local. A Rota do vinho de Niágara, por exemplo, situada no Canadá, engloba mais de 50 vinícolas da região e ancora do Wine Tourism (Telfer, 2001). Ademais, a associação de empresas pode facilitar, de maneira mais rápida, o desenvolvimento local.

Portugal também é um país com muitas regiões vitivinícolas e poderia facilmente usar este recurso para atrair mais visitantes. No total, são 13 rotas de vinho. Esta é uma importante ferramenta para o desenvolvimento de novos produtos turísticos e diversificação da oferta. Também é uma forma de combater a disparidade entre as regiões e de capitação de novos investimentos turísticos (Novaes e Antunes, 2009).

Segundo Salvado (2016), o enoturismo em Portugal é um fenômeno ainda recente, onde mais da metade dos empreendedores no segmento iniciaram as suas atividades durante a década de 2000, e 27% entre 2010-2013. Logo, mais de 75% não ultrapassam 18 anos de atuação comercial. Outro interessante ponto presente no segmento é que o enoturismo atua como atividade complementar para aproximadamente metade dos produtores de vinho, o que denota uma caraterística bem distinta do “turismo tradicional”, que em geral é a fonte de renda principal para agências e estabelecimentos.

Além das rotas relacionadas ao enoturismo, há também na região Norte de Portugal, os denominados “Caminhos de Santiago”. De acordo com o Caminho de Santiago – Portugal Green Walks,

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os caminhos são rotas que já existem há séculos, e são percorridas por peregrinos com intuitos religiosos ou não, tendo como destino final a Catedral de Santiago de Compostela, o edifício de sepulcro do discípulo de Jesus Cristo, na tradição católica. Embora não exclusivamente religiosos, os Caminhos de Santiago são vistos com frequência como jornadas espirituais.

Observa-se, portanto, que as mudanças socioculturais alteram, hoje, as escolhas turísticas e de padrões de viagem. Atualmente, o turista foge do turismo de massas e procura roteiros mais personalizados. Os roteiros turísticos ligados às rotas culturais, conectados com as artes e cultura populares, são os elementos-chave para o novo cenário turístico cultural no mundo (UNWTO, 2015).

Para finalizar, fica claro que se faz necessário ser criativo, usar tecnologia e, principalmente, associações público-privadas para que se alcance o desenvolvimento sustentável e de longo-prazo no turismo.

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3. O PARORAMA DO TURISMO EM PORTUGAL

O turismo é um fator relevante para o desenvolvimento económico mundial e para Portugal não se mostra diferente, tanto que dados de 2017, do Fórum Económico mundial, posicionam o país em 14 º lugar no ranking global de competitividade de viagens e turismo, entre 136 países. Demonstrando o alto potencial turístico em Portugal.

FIGURA 01 – MAPA DE PORTUGAL - NUTS II-III (2013)

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De acordo com a AICEP Portugal Global (2017), Portugal é um dos países mais antigos do mundo, com fronteiras definidas no continente desde o século XIII, e uma vasta história de descobrimentos, que expandiram os limites geográficos conhecidos até então, e invenções que revolucionaram a ciência náutica e, consequentemente, as navegações no mundo moderno.

Em 2017, o número de habitantes em Portugal era de pouco mais de 10 milhões de habitantes, com densidade populacional mais elevada no litoral do território, nas margens do oceano atlântico. Portugal é um estado de direito democrático e moderno. Aderiu à Comunidade Económica Europeia, em 1985, e é um dos fundadores da atual União Europeia.

A economia portuguesa é maioritariamente concentrada no setor de serviços. Em 2016, o mesmo respondeu por 75% do valor acrescentado bruto do total da economia, e empregou aproximadamente 69% da população ativa. O PIB per capita português estimado para 2018 foi cerca de 20 mil euros, em termos anuais. E o poder de compra do cidadão português é próximo de 77% do cidadão médio da União Europeia.

O país instituiu, em 2007, um Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) com o objetivo de alcançar vantagens competitivas que outros setores não oferecem (Lehmann, Monteiro, Lopes, Figueiredo, & Gomes, 2009). A ambição de Portugal é se tornar um destino de qualidade, sustentável, com empresas empreendedoras, geridas de forma eficaz e conectadas ao mundo.

De acordo com o relatório Estatísticas do Turismo 2017, do INE, Portugal ocupou a 5ª posição em relação à balança turística entre os países da União Europeia, estando apenas atrás da Espanha, França, Itália e Grécia. Para efeitos comparativos, o saldo da balança turística grega, em 2017, foi de 12,7 mil milhões de euros, enquanto a balança turística portuguesa obteve o saldo de 10,9 mil milhões de euros.

O crescimento do saldo da balança turística em Portugal teve taxas superiores a 8% anuais desde 2013. Em 2017, o governo português desenvolveu uma nova estratégia para o turismo, a “Estratégia Turismo 2027 – Liderar o Turismo do Futuro”. O documento estabelece metas e diretrizes definidas para desenvolver o segmento ao longo de dez anos.

As atividades devem atender ao curto, médio e longo prazos, com o objetivo final de proporcionar: • Um turismo com desenvolvimento sustentável;

• Um território coeso, atraindo oportunidades de trabalho, empreendimento e de viagens em todo o país e incentivando a ocupação durante o ano inteiro;

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• Competitividade em relação aos demais destinos internacionais e players do mercado; • Valorização da mão-de-obra e capacitação de empresários e gestores;

• Inclusão social;

• Acessibilidade entre os modais de transporte; • Uso de tecnologia;

• Estímulo ao turismo interno

O próprio plano identifica as fragilidades que fazem com que o segmento perca atratividade e competitividade no mercado. Alguns dos pontos são:

• Empresas do setor pouco capitalizadas;

• Falta de informação sobre oferta de atrativos e de estrutura turística; • Poucas empresas presentes no mundo digital;

• Produtos (destinos, atrações e serviços) pouco estruturados; • Baixa capacitação da indústria para atender diferentes mercados; • Baixa remuneração dos trabalhadores do setor.

Como se observa na Estratégia Turismo 2027, Portugal valoriza o turismo, a nível nacional e, em âmbito governamental, identifica o futuro do turismo e foca-se em explorar ao máximo o seu potencial, reconhecendo os atuais gargalos para a expansão da atividade turística e a inovação da mesma, e busca soluções para os mesmos.

A nível nacional, em 2017, Portugal registou aproximadamente 24 milhões de hóspedes, um aumento de 13% em relação ao ano anterior, e 66 milhões de dormidas, um aumento de 11%. A capacidade de alojamento se expandiu de 380 mil camas, em 2016, para 402 mil camas em 2017, representando um aumento aproximado de 6%.

3.1. Região do Porto e Norte de Portugal

O norte de Portugal possui a maior concentração de residentes entre todas as regiões do país, com aproximadamente 3.6 milhões de habitantes, por volta de 35% da população nacional.

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De acordo com dados do Banco BPI (2017), o Norte de Portugal tem a segunda maior relevância económica regional, representando quase 30% do PIB nacional, com base nos indicadores de 2015, ficando apenas atrás da região da capital do país, que representa 36% do PIB nacional. Entretanto, o Norte registou o menor PIB per capita na época, 14,6 mil euros, contra o nacional de 17,4 mil euros, ou 85% do PIB per capita médio de Portugal.

Em relação ao comércio internacional, o Norte se releva como a região de maior abertura comercial em intensidade exportadora, que remete para a proporção da produção que é destinada à exportação, sendo este número de 37% no Norte, enquanto, para Portugal o número é de 28%.

O Norte tem como região de maior representatividade financeira, económica, populacional e de influência cultural, a Área Metropolitana do Porto (AMP), com aproximadamente 1.7 milhões de residentes, ou quase metade de toda a região Norte, além de ocupar cerca de 9,6% do território do Norte, segundo o portal da Amporto (março 2019). Em termos de áreas metropolitanas, a AMP ocupa a segunda posição de maior relevância económica nacional, atrás apenas da Área Metropolitana de Lisboa.

O grande Porto representa 67,7% da procura turística na região norte. Os investimentos privados para o norte, no período de 2007 a 2013, foram de 515,3 M€, sendo que 75,7% dos mesmos foram destinados a alojamentos (Turismo 2020, 2014). Mais recentemente, em 2017, o Porto foi eleito o melhor destino europeu pela organização Escolha dos Consumidores Europeus.

Conforme exposto pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), a região do Norte é subdividida em oito Comunidades Intermunicipais (CIM), organizadas por nível III da NUTS, de acordo com as normas da Comissão Europeia. Ainda de acordo com a CCDR-N, a região do Norte possui 86 municípios, os quais também possuem os limites expostos na figura 02. O quadro descritivo dos municípios presentes na região Norte se encontra no ANEXO 1.

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FIGURA 02 – MAPA DO NORTE DE PORTUGAL NUTS III (2014)

Fonte: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). Acesso em 21 de março de 2019.

Ao considerar a relevância regional do Porto e do Norte, um plano de estratégia de marketing turístico foi desenvolvido pela Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal para o período de 2015 a 2020. Nas palavras de Melchior Moreira, no documento, “O setor do Turismo tem-se afirmado, cada vez mais, no Porto e Norte de Portugal, como um forte motor da economia, suportado por um património natural, cultural, histórico e arquitetónico ímpar”.

O Plano de Marketing de Turismo para a região envolve:

“- Amplificar o grau de atração do destino e aumentar seus níveis de notabilidade. - Harmonizar e fortalecer, transversalmente, a quantidade de oferta.

- Melhorar os indicadores do destino e reduzir as assimetrias entre os subdestinos.

- Estimular o espírito colaborativo entre os stakeholders para adoção de uma abordagem alinhada ao nível do desenvolvimento e promoção do destino.”

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O mesmo abrange o setor público e o setor privado para alcançar o avanço económico necessário para a região. Elementos como autenticidade, proximidade, segurança, qualidade, modernidade, hospitalidade, recursos naturais e património histórico-cultural são entendidos como fontes de vantagem competitivas para a região.

As iniciativas adotadas pela Entidade de Turismo do Porto e Norte de Portugal permitem tomar medidas para que seja amenizada a sazonalidade do fluxo turístico, a diversificação do segmento do mercado consumidor e a diminuição da concentração regional (PNP, 2016).

Em termos de subdestinos, a região do Norte é dividida em 4 áreas, sendo o Porto, o Douro, a região de Trás-os-Montes, e a região do Minho. Como ofertas estratégicas de turismo estas subdivisões, o plano trabalha com o turismo cultural e paisagístico, a natureza, o turismo religioso, gastronomia e vinhos, turismo de negócios, saúde e bem-estar, city e short breaks. Contudo pretende desenvolver futuramente o turismo náutico, mar e sol, golfe (PNP, 2015).

FIGURA 03 – SUBDIVISÕES DA REGIÃO NORTE - PNP (2015)

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Desde o desenvolvimento do plano estratégico, o turismo continua a render bons frutos, e cresceu a taxas ainda superiores às anteriores a elaboração do mesmo. Em 2018, a região do Porto e Norte de Portugal (PNP) obteve mais de 4,3 milhões de hóspedes e quase 7,9 milhões de dormidas, de acordo com dados da TravelBI Portugal. Os proveitos globais ultrapassaram 480 milhões de euros no ano.1 E a receita por quarto disponível (RevPar) foi de 46 euros. Para efeitos comparativos, a termos

nacionais o RevPar, em 2018, foi de 52 euros. A figura 04 expõe o evolutivo do número de dormidas na região Norte, no período de tempo de 2005 a 2018, distribuídas entre residentes e não-residentes (estrangeiros).

FIGURA 04 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DORMIDAS NO NORTE DE PORTUGAL

Fonte: elaboração própria do autor, com base nos dados fornecidos pelo INE (2019).

De acordo com a figura 04, em 2005, o número de residentes responsáveis pelas dormidas no Norte do país era aproximadamente duas vezes maior que o número de estrangeiros. O número total de dormidas sofreu uma redução em 2008, o que reflete a crise económica global, que afetou a Europa de forma demasiada. Como se observa, o efeito da crise afetou o turismo dos residentes até 2013, em que

1 De acordo com o INE, os proventos globais são classificados como “Valores resultantes da atividade dos meios de alojamento turístico: aposento,

restauração e outros decorrentes da própria atividade.”

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Milh õ es Residentes Estrangeiros

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foi ainda 4% menor que em 2007. Entretanto, em termos das dormidas de estrangeiros, as mesmas ensaiaram uma recuperação desde 2010.

Entre 2013 e 2017, o número de dormidas de residentes cresceu a taxas médias anuais de 6%, enquanto o número de dormidas de estrangeiros cresceu, em média, em termos anuais, aproximadamente 15%. Esta disparidade na taxa de crescimento entre os perfis do turista (residente e não-residente) é responsável por alterar a proporção das dormidas em relação a cada perfil. Portanto, em 2018, a proporção de residentes versus a de estrangeiros na representatividade do número total de dormidas foi de 73%. O norte português, uma vez caraterizado pelo turismo de residentes, agora ganha espaço no cenário turístico internacional.

Houve um aumento de 5,2% no número de dormidas no Norte de Portugal, em 2018, em relação ao ano de 2017. O resultado foi o melhor entre as regiões portuguesas. A nível nacional, o número de dormidas ficou praticamente estático, em relação a 2017, apresentando uma taxa de -0,04%, o que refletiu o decréscimo no número de dormidas em 3 das 7 regiões portuguesas, sendo estas: Madeira (-3.5%), Centro (-3%), e Algarve (-1%). Os Açores refletiram o resultado nacional, com um pequeno aumento de 0,1% e a região metropolitana de Lisboa registou um aumento de 1,1%. Com exceção da ilha da Madeira, a taxa de crescimento das dormidas foi inferior no ano 2018 em relação a 2017. Do que a taxa de crescimento das dormidas em 2017 em relação a 2016.

A cidade do Porto e o Norte de Portugal têm demonstrado um incrível potencial turístico, por serem territórios ricos em história, tradições e natureza. Possuem um vasto património monumental. Globalmente, trata-se de um território que consegue unir campo e cidade, montanha e mar, em um cenário cheio de singularidade. Destaca-se, ainda, por produzir o vinho verde, que é único no mundo, e produzir, na região do Douro, o vinho mais conhecido de Portugal: o vinho do Porto (Santos & Fernandes, 2010).

Além destes, o Norte de Portugal também abriga as vinícolas da região de Trás-os-Montes, conforme exposto pela Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM). Há uma diversidade de vinhos presentes, em especial o vinho branco frutado, e os vinhos tintos frescos. A instituição referida antes classifica os vinhos de Trás-os-Montes como “encorpados, com boa estrutura e muito gastronómicos”.

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FIGURA 05 – ÁREAS DE VINÍCOLAS NO NORTE DE PORTUGAL

Fonte: Vineyards.com. (2019). A sigla DOC mencionada na figura acima se refere a “Denominação de Origem Controlada”, que atribui normas à produção e qualidade dentro da região compreendida a despeito do produto em questão. Enquanto por IPR se entende por Indicação de Proveniência Regulamentada, que atua como uma prévia da certificação DOC.

Conforme referido no capítulo anterior deste trabalho, os Caminhos de Santiago são rotas turísticas importantes para o Norte do Portugal, uma vez que estes Caminhos são motivos de visita de alguns turistas à região. Este estudo destaca três caminhos, sendo eles o Caminho do Noroeste, o Caminho Central, e o Caminho de Celanova. Os mesmos estão identificados na figura 06, a atentar no Caminho Central, que está indicado como “Caminho do Lima”.

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FIGURA 06 – CAMINHOS DE SANTIAGO – NORTE DE PORTUGAL

Fonte: disponível em Geocaching.com. (2019).

Em relação ao transporte e infraestrutura, o Aeroporto Francisco de Sá Carneiro (código OPO) é o acesso principal que conecta o Norte de Portugal com o cenário internacional. Em 2017, o aeroporto foi considerado pelo Conselho Internacional de Aeroportos (Airport Council International - ACI) como o segundo melhor da região europeia, com movimentação acima de 2 milhões de passageiros por ano. Em 2016, ocupou a terceira posição, mas foi eleito o melhor na categoria por dimensão, entre 5 e 15 milhões de passageiros ao ano.

Além de sua estrutura moderna, o aeroporto tem contribuído para o turismo local pela oferta de voos. Atualmente, há voos diretos para cerca de 70 cidades. Em 2018, a United Airlines inaugurou a rota entre Nova York (EUA) e Porto, durante a alta temporada europeia.

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Segundo a ANA - Aeroportos de Portugal, em 2018, o terminal recebeu 11,9 milhões de passageiros, número 10% acima do ano anterior. Este foi o maior aumento registado no período entre os cinco terminais operados pela Vinci Airports em todo o país (os demais são Lisboa, Faro, Madeira e Açores), em parceria com a ANA.

Além do aeroporto, a região do Porto e Norte é acessível pelas rodovias, comboios e ainda possui terminal para a atracação de navios de cruzeiro.

FIGURA 07 – LOCALIZAÇÃO OPO AEROPORTO E CONEXÕES RODOVIÁRIAS

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4. METODOLOGIA

4.1. Método de análises ANOVA

Este método trata-se de um modelo de heterogeneidade espacial observável, que permite, por exemplo, verificar a relação entre a qualidade de vida e a presença de obras públicas em determinadas localidades. É descrita também como uma análise de variância que tem como finalidades estabelecer uma da média de população amostral para que seja possível identificar se existe diferenças entre as médias entre grupos pré-determinados (GrifSzth, 1978; Churchill, 2018).

Observa-se que o método ANOVA tem sua base teórica na aplicação geográfica. Além disso, é um ótimo método para a análise de dados variados, particularmente importante para testar hipóteses em sistemas populacionais complexos (GrifSzth, 1978; Paese, Caten e Ribeiro (2001). Desta maneira, esta ferramenta metodológica analisa os dados de um desenho experimental. Seu propósito é fornecer uma abordagem integrada para normalização, teste para expressão diferencial e estimativa de níveis de expressão (Caten e Ribeiro, 2011; Churchill, 2018).

Explicam Caten e Ribeiro (2011) que as hipóteses básicas para validar a ANOVA se fundamentam na distribuição normal dos dados, na homogeneidade das variâncias, segundo cada grupo, na aleatoriedade dos erros, na aditividade dos efeitos e na independência estatística dos valores observados (sem correlação).

Os autores apresentam a fórmula básica da análise ANOVA como: Yij =  + j + ij

Em que

 é a média geral; j é o efeito do grupo j; ij é um erro aleatório.

Para Paese, Caten e Ribeiro (2001) a análise ANOVA é uma significativa ferramenta para comparação de vários grupos ou estratos de interesse, bem como permite ao pesquisador verificar a existência de diferenças importantes entre os grupos estudados e alcançar a resultados com um nível de confiança que pode ser determinado por quem a utiliza.

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4.2. Regressão com Dados em Painel: Efeitos Fixos e Aleatórios

Neste trabalho se utiliza, também, o modelo de regressão com dados em painel efeitos fixos e aleatórios.

Trata-se de um tipo combinado de dados que leva em consideração uma dimensão espacial e uma dimensão temporal, ou seja, uma combinação de dados onde a mesma unidade em corte transversal é estudada ao longo do tempo.

A vantagem de se utilizar os dados em painel é que este controla a disparidade presentes nos indivíduos, ou seja, torna possível a controlar as implicações das variáveis não observadas (Hsiao, 1986). Outro ponto positivo é que admite o uso de mais observações, aumentando o número de grau de liberdade e diminuindo a colinearidade das variáveis explicativas (Hsiao, 1986).

Além disso podem identificar e mensurar efeitos que os dados em corte transversal ou de séries temporais não conseguem.

Os dados em painel são representados pela fórmula: 𝑌𝑖𝑡 = 𝛽0𝑖𝑡+ 𝛽1𝑖𝑡𝑋𝑥1𝑖𝑡+ ⋯ + 𝛽𝑛𝑖𝑡𝑥𝑛𝑖𝑡 + 𝑒𝑖𝑡 (1)

Onde i demonstra a diferença entre os indivíduos, t demonstra o período analisado, β0 refere-se ao parâmetro de intercepto e βk ao coeficiente angular correspondente a K-ésima variável explicativa do modelo (Duarte, Lamounier e Takamatsu, 2007).

A forma matricial é representada por:

𝑦𝑖 = [ 𝑦𝑖1 𝑦𝑖2 ⋮ 𝑦𝑖𝑇 ] 𝑥𝑖 = [ 𝑥1𝑖1 𝑥2𝑖1 … 𝑥𝑘𝑖1 𝑥1𝑖2 𝑥2𝑖2 … 𝑥𝑘𝑖2 ⋮ 𝑥1𝑖𝑇 ⋮ 𝑥2𝑖𝑇 ⋱ ⋮ … 𝑥𝑘𝑖𝑇 ] 𝛽𝑖 = [ 𝛽0𝑖1 𝛽1𝑖1 𝛽2𝑖1 … 𝛽𝑘𝑖1 𝛽0𝑖2 𝛽1𝑖2 𝛽2𝑖2 … 𝛽𝑘𝑖2 ⋮ 𝛽0𝑖𝑇 ⋮ ⋮ 𝛽1𝑖𝑇 𝛽2𝑖𝑇 ⋱ ⋮ … 𝛽𝑘𝑖𝑇 ] 𝑒𝑖 = [ 𝑒𝑖1 𝑒𝑖2 ⋮ 𝑒𝑖𝑇 ]

As variáveis yi e ei são vetores de dimensão (T x 1), e contém as T variáveis dependentes e as T erros. Xi é a matriz de dimensão (k x T) com as variáveis explicativas do modelo. βi é a matriz do parâmetro que serão estimados.

A fim de tornar o modelo geral operacional, se faz necessário adicionar suposições a este modelo. Os modelos que unem o corte transversal com séries temporais mais usados nesta combinação de dados

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são: Modelos de regressão aparentemente não-relacionadas (SUR – Seemingly Unrelated Regressions), Modelo de efeitos fixos e Modelo de efeitos aleatórios.

Em relação ao Modelo de efeitos fixos, o mesmo combina todas as observações deixando que cada unidade de corte transversal tenha seu próprio intercepto. Ou seja, o intercepto pode variar de indivíduo para indivíduo, porém ele será invariável no tempo (Neto, 2018).

De acordo com Hill, Griffiths e Judge (1999), o modelo de efeito fixo será dado por: 𝑦𝑖𝑡 = 𝛼𝑖 + 𝛽1𝑥1𝑖𝑇+ ⋯ + 𝛽𝑘𝑥𝑘𝑖𝑇+ 𝑒𝑖𝑇

A forma matricial sugerida pelos autores citados acima, seria:

[ 𝑦𝑖1 𝑦𝑖2 ⋮ 𝑦𝑖𝑇 ] = [ 1 1 ⋮ 1 ] 𝑎𝑖 + [ 𝑥1𝑖1 𝑥2𝑖1 … 𝑥𝑘𝑖1 𝑥1𝑖2 𝑥2𝑖2 … 𝑥𝑘𝑖2 ⋮ 𝑥1𝑖𝑇 ⋮ 𝑥2𝑖𝑇 ⋱ ⋮ … 𝑥𝑘𝑖𝑇 ] [ 𝛽1 𝛽2 ⋮ 𝛽𝑘 ] + [ 𝑒𝑖1 𝑒𝑖2 ⋮ 𝑒𝑖𝑇 ]

Onde αi representa os interceptos a serem analisados, um para cada indivíduo e assim poderá ser interpretado como como o efeito das variáveis omitidas no modelo.

Já em relação ao Modelo de efeitos aleatórios, o modelo propõe distintos termos de intercepto para cada observação, porém com intercepto fixo ao longo do tempo. Toma por base que o intercepto surge da interseção comum α, além da variável aleatória ϵ que varia na seção transversal (Neto, 2018). A diferença entre os dois modelos se dá pelo tratamento dado ao intercepto. No modelo de efeito fixo trata-o como parâmetro fixo, já o modelo de efeito aleatório trata-o como variáveis aleatórias. Segundo Hill, Griffiths e Judge (1999), os n interceptos serão modelados como:

𝛽0𝑖 = 𝛽̅0+ 𝛼1 𝑖 = 1, … , 𝑛

No qual o intercepto do modelo de efeito fixo αi capta as diferenças de comportamento dos indivíduos e componente 𝛽̅0 corresponde ao intercepto populacional. O modelo então apresenta-se da seguinte maneira:

𝑦𝑖𝑡 = 𝛽̅0+ 𝛽1𝑥1𝑖𝑇+ ⋯ + 𝛽𝑘𝑥𝑘𝑖𝑇+ 𝑣𝑖𝑇

(40)

Observa-se que o modelo de efeito aleatório é mais adequado para quando as amostras podem são selecionadas aleatoriamente da população. Já o modelo de efeito fixo é mais adequado para quando as amostram componham efetivamente toda a população.

Também poderá ser utilizado o teste de Hausman (𝐻0: 𝛽 𝐸𝐴 = 𝛽 𝐸𝐹) para determinar qual melhor modelo a ser utilizado. Neste teste, se a hipótese nula for rejeitada, 𝐸(𝑎|𝑋) ≠ 0, então 𝛽 𝐸𝐴 (efeitos aleatórios) será inconsistente e 𝛽 𝐸𝐹 (efeitos fixos) consistente. Assim usaremos o modelo de efeito fixo. Caso a hipótese não seja rejeitada, 𝐸(𝑎|𝑋) = 0, assim 𝛽 𝐸𝐴 (efeitos aleatórios) será consistente e assintoticamente eficiente e 𝛽 𝐸𝐹 (Efeitos Fixos) apenas consistente. Deste modo, escolhemos o modelo de Efeitos Aleatórios (Anazawa, 2018).

Neste trabalho, o Modelo 4 (robusto) para os municípios foi estimado via efeitos fixos. E o Modelo 2, o Modelo 3 e o Modelo 5, para os municípios, foram estimados considerando os efeitos aleatórios, os mesmos estão representados na forma algébrica, a seguir.

Modelo 4 - Municípios 𝐿𝑜𝑔_ℎó𝑠𝑝𝑒𝑑𝑒𝑠𝑖𝑡 = 𝛼𝑖 + 𝛽0 + 𝛽1𝑎𝑙𝑜𝑗𝑖𝑇+ 𝛽2log_𝑑𝑒𝑠𝑝𝑎𝑚𝑏𝑖𝑇+ 𝛽3𝑔𝑎𝑙𝑚𝑢𝑠𝑖𝑇+ 𝛽4txcrimp𝑖𝑇 + 𝛽5𝑖𝑑𝑟𝑒𝑛𝑖𝑇 + 𝛽6𝑖𝑑𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑖𝑇+ 𝛽7𝑖𝑑𝑖𝑣𝑐𝑎𝑖𝑇+ 𝑒𝑖𝑇 (1) Modelo 2 - Municípios 𝐿𝑜𝑔_ℎó𝑠𝑝𝑒𝑑𝑒𝑠𝑖𝑡 = 𝛽0 + 𝛽1𝑎𝑙𝑜𝑗𝑖𝑇 + 𝛽2log_𝑑𝑒𝑠𝑝𝑎𝑚𝑏𝑖𝑇+ 𝛽3𝑔𝑎𝑙𝑚𝑢𝑠𝑖𝑇+ 𝛽4log_pop𝑖𝑇 + 𝛽5𝑡𝑥𝑐𝑟𝑖𝑚𝑝𝑖𝑇+ 𝛽6𝑖𝑑𝑟𝑒𝑛𝑖𝑇 + 𝛽7𝑖𝑑𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑖𝑇+ 𝛽8𝑖𝑑𝑖𝑣𝑐𝑎𝑖𝑇 + 𝛼 + 𝑢𝑖𝑇 + 𝜀𝑖𝑇 (2) Modelo 3 - Municípios 𝐿𝑜𝑔_ℎó𝑠𝑝𝑒𝑑𝑒𝑠𝑖𝑡 = 𝛽0 + 𝛽1𝑎𝑙𝑜𝑗𝑖𝑇 + 𝛽2log_𝑑𝑒𝑠𝑝𝑎𝑚𝑏𝑖𝑇+ 𝛽3𝑔𝑎𝑙𝑚𝑢𝑠𝑖𝑇+ 𝛽4𝑡𝑥𝑐𝑟𝑖𝑚𝑝𝑖𝑇+ 𝛽5𝑖𝑑𝑟𝑒𝑛𝑖𝑇 + 𝛽6𝑖𝑑𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑖𝑇 + 𝛽7𝑖𝑑𝑖𝑣𝑐𝑎𝑖𝑇+ 𝛼 + 𝑢𝑖𝑇+ 𝜀𝑖𝑇 (3) Modelo 5 - Municípios 𝐿𝑜𝑔_ℎó𝑠𝑝𝑒𝑑𝑒𝑠𝑖𝑡 = 𝛽0 + 𝛽1𝑎𝑙𝑜𝑗𝑖𝑇 + 𝛽2log_𝑑𝑒𝑠𝑝𝑎𝑚𝑏𝑖𝑇+ 𝛽3𝑔𝑎𝑙𝑚𝑢𝑠𝑖𝑇+ 𝛽4𝑡𝑥𝑐𝑟𝑖𝑚𝑝𝑖𝑇+ 𝛽5𝑖𝑑𝑟𝑒𝑛𝑖𝑇 + 𝛽6𝑖𝑑𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑖𝑇 + 𝛽7𝑖𝑑𝑖𝑣𝑐𝑎𝑖𝑇 + 𝛽8𝐷𝑢𝑚𝑚𝑦1𝑖𝑇+ 𝛽9𝐷𝑢𝑚𝑚𝑦2𝑖𝑇 + 𝛽10𝐷𝑢𝑚𝑚𝑦3𝑖𝑇 + 𝛽11𝐷𝑢𝑚𝑚𝑦4𝑖𝑇 + 𝛽12𝐷𝑢𝑚𝑚𝑦5𝑖𝑇 + 𝛼 + 𝑢𝑖𝑇 + 𝜀𝑖𝑇 (4)

Imagem

FIGURA 01 – MAPA DE PORTUGAL - NUTS II-III (2013)
FIGURA 02 – MAPA DO NORTE DE PORTUGAL NUTS III (2014)
FIGURA 03 – SUBDIVISÕES DA REGIÃO NORTE - PNP (2015)
FIGURA 04 – EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE DORMIDAS NO NORTE DE PORTUGAL
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Referências

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