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Avaliação das práticas integrativas e complementares na atenção integral à saúde do idoso na atenção primária à saúde

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Academic year: 2020

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AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA

ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO IDOSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

EVALUATION OF INTEGRATIVE AND COMPLEMENTARY PRACTICES IN THE INTEGRAL ATTENTION TO HEALTH OF THE ELDERLY IN PRIMARY HEALTH CARE

EVALUACIÓN DE LAS PRÁCTICAS INTEGRATIVAS Y

COMPLEMENTARIAS EN LA ATENCIÓN INTEGRAL A LA SALUD DEL ANCIANO EN LA ATENCIÓN PRIMARIA A LA SALUD

Matheus Teles Salafia1

Elizabeth Yu Me Yut Gemignani2

Resumo: O objetivo deste estudo foi compreender a influencia das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) na saúde integral do Idoso na Atenção Primária à Saúde no município de São Caetano do Sul. Aplicou-se questionário semiestruturado aos profissionais da saúde e idosos que assinaram o TCLE nos Centros Integrados de Saúde e Educação. Participaram 200 idosos e 20 profissionais. As PICs mais utilizadas pelos idosos foram a Acupuntura, Homeopatia e Fitoterapia. O desenvolvimento das PICs na rede municipal está em lento processo de expansão, apesar da incipiente melhora na qualidade de vida do idoso com a diminuição da medicação.

Palavras-chave: Atenção Integral à Saúde do idoso. Práticas Integrativas e Complementares. Atenção Primária à Saúde.

Abstract: The purpose was to understand the influence of Integrative and Complementary Practices (PICs) in the overall health of the elderly in Primary Health Care, São Caetano do Sul. Was applied questionnaire semistructured health professionals and older people who signed the TCLE at the Integrated Centers of Health and Education. 200 elderly people and 20 professionals participated. The most commonly used PICs for the elderly were Acupuncture, Homeopathy and Phytotherapy. The development of PICs in the municipal network is in a slow process of expansion. There was an improvement in the quality of life of the elderly with decreasing medication.

Keywords: Integral Attention to the Health of the elderly. Integrative and Complementary Practices. Primary Health Care.

Resumen: El objetivo fue comprender la influencia de las Prácticas Integrativas y Complementarias (PICs) en la salud integral del Anciano en la Atención Primaria a la Salud en São Caetano do Sul. Se aplicó cuestionario semiestructurado a los profesionales y ancianos que firmaron el TCLE en los Centros Integrados de Salud y Educación. Participaron 200 ancianos y 20 profesionales. Las PIC más utilizadas por los ancianos fueron la Acupuntura, Homeopatía y Fitoterapia. El desarrollo de las PIC en município está en lento proceso de expansión. Se ha mejorado la calidad de vida del anciano con la disminución de la medicación.

Palabras-clave: Atención Integral a la Salud del anciano. Prácticas integrales y complementarias. Atención Primaria a la Salud.

Envio: 25/02/2019 Revisão: 25/02/2019 Aceite: 07/06/2019

1 Acadêmico do 4º ano do Curso de Medicina, Universidade Municipal de São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil. E-mail: matheusteles95@hotmail.com.

22 Professora Doutora do Curso de Medicina, Orientadora de IC, da Universidade Municipal de

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INTRODUÇÃO

O envelhecimento da população é um fenômeno que está acontecendo em todo o mundo, e é fonte de preocupação constante, visto que as políticas públicas de saúde devem acompanhar as necessidades deste grupo. Este fato deve-se, de modo geral, a redução da taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida, proporcionando o envelhecimento populacional. Devido a este fenômeno, cada vez mais se faz necessário à construção de políticas públicas que contemplem as novas demandas geradas. O envelhecimento ativo visa melhorar a qualidade de vida através do processo de otimização das oportunidades de saúde, de participação e de segurança. Possibilitam que as pessoas percebam seu potencial para seu bem-estar físico, psíquico e social. A participação do idoso como agente transformador de sua realidade, expandindo suas possibilidades e empoderando o mesmo, através de mecanismos de apoio, os quais são visíveis dentro do município de São Caetano do Sul, pelos programas de inclusão de idosos nos órgãos públicos, principalmente nas Unidades Básicas de saúde, onde desempenham o papel de acolhimento e orientação inicial dos pacientes.

No Brasil, o Estatuto do Idoso e a Política Pública de Saúde da Pessoa Idosa, impulsionaram as transformações de paradigma e colocaram em evidência as necessidades de mudanças e como elas deveriam ocorrer para atender esta nova demanda. Nesse ponto é notável o esgotamento dos métodos tradicionais em conseguir levar o idoso a ter uma maior qualidade de vida, sendo assim faz-se necessário a utilização de métodos diferenciados, que abordem não só os aspectos do corpo, mas sim o paciente em sua integralidade, levando a conscientização da utilização de métodos alternativos e complementares, que dentro do âmbito do SUS se iniciem na sua principal porta de entrada que é justamente a atenção básica. As medicinas alternativas e complementares são definidas como um grupo de diversos sistemas médicos e de cuidado à saúde, e de práticas que não estão presentes na medicina tradicional (Telezi Junior, 2016).

A Organização Mundial de Saúde utiliza o termo Medicinas Tradicionais/Complementares e Alternativas para definir o conjunto de práticas e ações terapêuticas que não estão presentes na biomedicina. Na literatura, encontram-se

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diferentes denominações para as práticas terapêuticas, entretanto, no Brasil, usa-se a

expressão Práticas Integrativas e Complementares (PICs).

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi instituída em 2006 (Portaria nº 971 de 03 de maio de 2006) tem como finalidade inserir no SUS uma vasta gama de práticas medicinais alternativas, como a Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia, Yoga, entre outras.

A PNPIC (Brasil, MS, 2006) pode ser dividida em cinco eixos, segundo o Ministério da Saúde: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura; Homeopatia; Plantas Medicinais e Fitoterapia; Termalismo Social/Crenoterapia; e Medicina Antroposófica. Porém, a partir da Portaria nº 849/2017, publicada no Diário Oficial da União (DOU), ampliou para 19 o número de PICs à população, adicionando arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e yoga às cincos práticas já existentes no âmbito do SUS.

Em relação à saúde do idoso, um dos grupos de métodos alternativos e complementares mais utilizados é a medicina tradicional chinesa, na qual a acupuntura e o Lian Gong se destacam como métodos em que há melhora notável na qualidade de vida dos usuários.

O Lian Gong é um tipo de ginástica, que auxilia na recuperação do estado fisiológico do corpo, fortalecendo os membros e as funções dos órgãos, retardando assim o envelhecimento (Pereira, 2014).

Já a Acupuntura tem sido utilizada atualmente no tratamento de dores crônicas em idosos, o que se mostrou amplamente benéfico aos usuários, que relataram melhora na dor e melhora na qualidade de vida como um todo. Como a maioria dos idosos apresentava dor diária, contínua e de alta intensidade, e que gerava efeitos deletérios na saúde e no bem-estar biológico, psicológico e espiritual do idoso, a Acupuntura funcionava como um método para o alivio da dor (Dellaroza e cols., 2008). Além disso, também é utilizada no tratamento de depressão e ansiedade em pacientes idosos, tendo sido mostrada a sua eficácia na melhora da qualidade de vida desses pacientes (Sniezek; Siddiqui, 2013).

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Outras práticas integrativas como a Fitoterapia, na qual se utilizam de plantas

medicinais, tem amplo uso no tratamento de doenças crônicas como hipertensão arterial, em que ao invés do uso de medicação, são utilizadas plantas como pitanga e berinjela.

O Tai Chi Chuan e a Shantala também se apresenta como uma alternativa aos métodos tradicionais em pacientes idosos, por serem práticas realizadas ao ar livre, em que há fortalecimento muscular e melhora nas aptidões físicas dos idosos, além da possibilidade de aumento do relacionamento entre os participantes das atividades (Silva e cols., 2016).

Pode-se considerar, também, a relação das PIC com a Política Nacional de Promoção da Saúde, tendo em vista que a promoção da saúde pode ser compreendida como um campo de propostas, ideias e práticas, crescente na saúde pública, que parte de uma concepção ampla do processo saúde-doença e de seus determinantes, e propõe à articulação de saberes técnicos e populares e a mobilização de recursos institucionais e comunitários, públicos e privados, para seu enfrentamento e resolução. A inserção das Práticas Integrativas e Complementares no SUS demonstra uma ação de ampliação de acesso e qualificação dos serviços, na tentativa de envolver a integralidade da atenção à saúde da população (Paul, 2013)

Nesse ponto, ressalta-se a importância da Atenção Primária para fortalecer práticas de promoção da saúde, em especial, as PICs (Fischborn e cols., 2016).

Dentro do espectro da assistência integral a saúde do idoso, essas práticas apresentam importante alternativa a medicina convencional, já que há comprovada melhora na qualidade de vida, na prevenção de agravos e de doenças, além do maior relacionamento dos idosos com a sociedade como um todo e em especial das pessoas da sua faixa etária (Harris e cols., 2012). Contudo, ainda existem dificuldades para a implantação das práticas no SUS, sobretudo, em decorrência da insuficiência de dados de produção e de pesquisas, das limitações no controle dessas práticas, dentre outras. Assim, o desenvolvimento das PICs na rede pública de saúde brasileira está em lento processo de expansão (Schveitzer e cols., 2012).

Além disso, há pouco saber acumulado sobre as formas de organizar, adaptar e incluir as PIC no SUS, tanto na Atenção Primária à Saúde (APS) quanto em serviços de

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apoio matricial (Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF) e/ou de referência (atenção

secundária, serviços especializados).

Dessa maneira, faz-se necessário uma investigação maior sobre os benefícios das práticas integrativas e complementares na saúde do idoso e de como essas práticas são abordadas pelos órgãos municipais e estaduais responsáveis.

Se há uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares para beneficiar a população com tratamentos alternativos em conjunto ou não ao tratamento alopático, por que ainda há poucos estudos com evidências científicas que comprovem a eficácia de seus procedimentos? Por que ainda há relativamente poucos municípios no Brasil que oferecem esses serviços, concentrando-se principalmente nas capitais e na região Sudeste? Estes fatores podem interferir diretamente no acesso amplo da população a esses métodos. Pode-se ainda fomentar que há falhas na distribuição de verbas e na formação e qualificação dos profissionais que atendem a demanda das práticas integrativas e complementares.

OBJETIVO GERAL

Compreender a influência das ações das Práticas Integrativas e Complementares na assistência integral do idoso na Atenção Primária à Saúde, no município de São Caetano do Sul.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar e avaliar os benefícios das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) na qualidade de vida do idoso, instituídas na Atenção Primária à Saúde, do município de São Caetano do Sul, através da percepção dos idosos e profissionais de saúde.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualiquantitativa visando à melhoria da qualidade de vida do idoso por meio das práticas integrativas e complementares em substituição à falta de eficácia dos tratamentos tradicionais, principalmente para as doenças crônicas não transmissíveis. Projeto aprovado pelo CEP - Parecer nº 2.054.005. Foi realizada uma pesquisa exploratória com

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o uso de fontes secundárias de dados demográficos (IBGE, DATASUS, SIAB, entre outros) por meio de levantamentos bibliográficos. A pesquisa levou em consideração o sujeito, seu contexto, seu sentido, mas não apenas para registro e posterior interpretação do pesquisador, mas a expressão do sujeito fez parte da organização da metodologia da investigação na categorização das respostas (Bardin, 2011). Sendo o campo de atuação os Centros Integrados de Saúde e Educação (CISEs) para a Terceira Idade do município de São Caetano do Sul.

Participaram da amostra 200 idosos de ambos os gêneros, acima de 60 anos, residentes e cadastrados nos Centros Integrados de Saúde e Educação para a Terceira Idade (CISEs) do município de São Caetano do Sul, em São Paulo. Também, participaram 20 profissionais de saúde que trabalham em 2 dos 4 CISEs cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES): CISE Francisco Coriolano de Souza; CISE - Centro Integrado de Saúde e Educação da Terceira Idade Francisco Coriolano de Souza; CISE - Centro Integrado de Saúde e Educação da Terceira Idade João Castaldelli; CISE - Centro Integrado de Saúde e Educação da Terceira Idade João Nicolau Braido. A coleta de dados ocorreu por meio da aplicação de um questionário semiestruturado, com perguntas abertas e fechadas destinadas aos profissionais da saúde, e outro questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas para a população idosa que frequenta os CISEs e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), atendendo aos requisitos do procedimento aprovados pelo Comitê de Ética. O questionário contou com dez perguntas fechadas, utilizando-se a Escala de Likert e três perguntas abertas, com no máximo cinco linhas. Esses questionários foram aplicados em 2 CISEs cadastrados no município de São Caetano do Sul que contava com equipe completa de profissionais de saúde com médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e professores de educação física. As análises estatísticas dos dados obtidos foram realizadas pelo programa Excel da Microsoft®.

Foram incluídos na amostra todos os idosos acima de 60 anos, de ambos os gêneros, sem distinção de etnia e religião, residentes no Município de São Caetano do Sul, em São Paulo, cadastrados nos CISEs e que assinaram o TCLE. Assim como, participaram todos os profissionais de saúde que estavam cadastrados no CNES do município de São Caetano do Sul e que trabalhavam nos CISEs e assinaram o TCLE.

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Foram excluídos da amostra os idosos abaixo de 60 anos completos e que não eram residentes no município de São Caetano do Sul, e não estavam cadastrados nos CISEs; e, os profissionais de saúde que não estavam cadastrados no CNES do município de São Caetano do Sul, assim como, foram excluídos todos os participantes que não assinaram o TCLE.

A participação dos idosos e dos profissionais de saúde neste estudo foi voluntária e sigilosa. A decisão de não participar, em qualquer momento da pesquisa, não acarretou nenhum problema. Se o participante tivesse qualquer dúvida sobre os procedimentos, riscos, benefícios ou outros assuntos relacionados ao estudo, poderiam entrar em contato com os responsáveis pela pesquisa para esclarecimentos adicionais. Não houve despesas pessoais para o participante em qualquer fase do estudo. Também não houve compensação financeira relacionada à sua participação. Os casos que necessitassem de atendimento de saúde especializado seriam encaminhados para o sistema de referência do município de São Caetano do Sul, em São Paulo. As informações obtidas neste estudo foram usadas exclusivamente para fins de pesquisa acadêmica e científica, mantendo-se em sigilo a identidade do participante.

Este projeto espera fomentar uma reflexão sobre os benefícios das práticas integrativas e complementares na produção social de saúde, com a falta da eficácia e eficiência dos métodos tradicionais e das políticas municipais de acesso dos idosos a esses serviços ofertados a população à luz da portaria da PNPIC, no município de São Caetano do Sul.

RESULTADOS

Participaram deste estudo 220 pessoas, sendo 200 idosos e 20 profissionais de saúde que estavam no momento da coleta de dados da pesquisa nos 2 CISEs, e que assinaram o TCLE, conforme gráfico1 abaixo:

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Gráfico 1: Distribuição do total de participantes dos 2 Centros Integrados de

Saúde e Educação (CISEs) que responderam à pesquisa.

Fonte: Idosos e profissionais de saúde cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

Em relação ao questionário aplicado à população idosa, 45 homens (22%) e 155 mulheres (78%) responderam efetivamente a todas as perguntas propostas, conforme Gráfico 2 a seguir:

Gráfico 02: Divisão por gênero do número total de idosos que responderam o questionário (N=200).

Fonte: Idosos e profissionais de saúde cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

91% 9%

N= 220

Idosos

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O Gráfico 3, revelou que 85 idosos (42%) utilizaram-se de algum método de

medicina integrativa ou complementar por meios próprios, ou seja, com o uso de convênio médico ou particular.

Gráfico 3: Total de Idosos que fazem uso de alguma prática integrativa ou complementar. (N=200)

Fonte: Idosos cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

O Gráfico 4 mostra que a Práticas Integrativas e Complementares mais utilizadas pelos idosos foram a Acupuntura, Homeopatia e Fitoterapia. Além disso, evidenciou-se que os participantes de uma maneira geral acreditam que os métodos integrativos e complementares podem e devem ser mais bem aplicados no município, já que em conjunto com a medicina tradicional, ajudam na melhora do estado de saúde da pessoa, não só no aspecto corporal, mas também no espiritual.

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Gráfico 4: Tipos de medicinas integrativas e complementares utilizadas pelos

idosos (N=200)

Fonte: Idosos cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

Somente 5% dos idosos faziam a utilização das práticas integrativas ofertadas na Atenção Básica de modo ainda incipiente, demonstrados no Gráfico 5.

Gráfico 5: Utilização ou não de práticas integrativas na atenção básica (N=200)

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Em relação à pergunta sobre a existência ou não de uma lei ou ato institucional

estadual ou municipal criando algum serviço de práticas integrativas no município, 100% dos participantes disseram desconhecer a existência desta lei no município.

O Gráfico 6 representa a pergunta se a utilização de práticas integrativas poderiam melhorar a qualidade de vida, 91% dos idosos disseram concordar totalmente, 7% nem concordavam e nem discordavam, 1% concordava parcialmente e 1% discordava totalmente.

Gráfico 6: Utilização de práticas integrativas pode melhorar a qualidade de vida? (N=200)

Fonte: Idosos cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

O Gráfico 7 revelou que na pergunta sobre a disponibilidade ou não desses serviços próximos às suas residências, 20% dos idosos disseram que não e 80% que sim.

0% 25% 50% 75% 100%

A utilização de práticas integrativas melhora a qualidade de vida? Concordo totalmente

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Gráfico 7: Disponibilidade ou não das práticas integrativas nas proximidades das

residências dos participantes (N=200)

Fonte: Idosos cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

Na pergunta sobre se o paciente apresentava alguma doença crônica ou não, em sua grande maioria a resposta foi positiva, sendo que as principais doenças crônicas apresentadas foram diabetes e hipertensão, de acordo com o Gráfico 8.

Gráfico 8: Apresenta ou não alguma doença crônica? (N=200)

Fonte: Idosos cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul. 0% 20% 40% 60% 80% 100% Sim Não

Há disponibilidade de práticas integrativas próximos à sua residência? Sim Não 0% 18% 35% 53% 70% 88% Sim Não

Apresenta alguma doença crônica?

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O Gráfico 9 denotou em relação à pergunta sobre o paciente fazer ou não uso de

alguma medicação, que em sua grande maioria os idosos ingeriam mais de 10 medicamentos, caracterizando polifarmácia.

Gráfico 9: Faz ou não uso de alguma medicação (N=200)

Fonte: Idosos cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

Na pergunta em que se questiona sobre o fato de ser ou não comentado nas unidades básicas de saúde (UBS) o fato de o município ofertar práticas integrativas e complementares, 100% dos entrevistados disseram desconhecer esse fato.

Já em relação a pergunta se a população gostaria ou não que o município ofertasse mais tipos de práticas integrativas, 100% dos idosos afirmaram que gostariam que o município aumentasse o número de práticas ofertadas e que aumentassem também o número de profissionais, para que assim o atendimento pudesse ser realizado mais rapidamente.

Nas perguntas abertas, em que se pergunta sobre a opinião dos idosos em relação às medicinas integrativas e complementares, mostrou-se amplamente positiva, já que em sua grande maioria as respostas foram de que as medicinas alternativas são métodos

auxiliares e que ao serem utilizados em conjunto com os métodos tradicionais, melhoram

0% 25% 50% 75% 100% Sim Não

Faz tratamento com algum tipo de medicação?

Sim Não

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consideravelmente a saúde geral das pessoas, além de ajudar a diminuir a quantidade de remédios ingeridos. Algumas pessoas ainda disseram que as práticas integrativas ajudavam na melhora da saúde espiritual.

Quanto à pergunta se as medicinas integrativas e complementares contribuem para uma melhora na qualidade de vida da população idosa e o porquê. As principais respostas foram “que as praticas integrativas melhoram a qualidade de vida justamente por ofertar

métodos em que não se usam medicamentos e priorizam a autoregulação do corpo e melhora do fluxo de energia ao uso de medicações’’, além de também oferecer “melhora da força muscular e do equilíbrio”, como é o caso da Yoga.

Por último na questão que se indaga se o idoso acha que a quantidade de opções de tratamento utilizando métodos alternativos é suficiente dentro do município de São Caetano do Sul, 100% dos entrevistados afirmaram que não e que o município deveria trabalhar para aumentar o número de práticas ofertadas, além do número de profissionais e de lugares dentro do município que oferecem esses tipos de tratamento.

Já em relação ao questionário aplicado aos profissionais de saúde, somente 20 pessoas de 2 dos 4 Centros Integrados de Saúde e Educação para a Terceira Idade (CISEs) responderam a pesquisa, por possuirem equipes completas e que assinaram o TCLE conforme o Gráfico 10. As respostas obtidas demonstraram que ainda há muita falta de informação em relação às praticas integrativas e complementares dentro do município, além da própria falta de conhecimento sobre como essas práticas poderiam melhorar a saúde dos idosos.

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Gráfico 10: Profissionais de saúde dos CISEs que responderam ao questionário

(N=20).

Fonte: Profissionais de Saúde cadastrados nos CISEs do município de São Caetano dos Sul.

A análise do gráfico demonstra que 50% dos profissionais de saúde que responderam ao questionário eram enfermeiros, o que demonstra a prevalência desse tipo de profissional nos Centros de Terceira Idade.

Na pergunta aos profissionais sobre quais práticas integrativas eram ofertadas dentro do município de São Caetano do Sul, foram listadas, Yoga, Fitoterapia e Acupuntura, sendo que somente Acupuntura é realmente ofertada pelo município e em ambiente ambulatorial.

O Gráfico 11 demonstra que na questão sobre os benefícios das Práticas Integrativas e Complementares, observou-se que a maior parte dos profissionais de saúde concordaram que há benefícios na melhora da qualidade de vida dos usuários.

0% 13% 25% 38% 50% 63% Profissionais da saúde Médicos Enfermeiros

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Gráfico 11: As práticas integrativas e complementares beneficiam e melhoram a

qualidade de vida das pessoas? (N=20)

Fonte: Profissionais de saúde dos CISEs do município de São Caetano do Sul

Na pergunta aberta sobre o que são as práticas integrativas e complementares, a resposta mais prevalente foi: “São práticas que auxiliam no tratamento de doenças e

promovem a qualidade de vida”.

Quando se questionou a importância dessas práticas no cuidado integral do idoso, a resposta mais prevalente foi: “Aumentam a qualidade de vida e saúde do idoso, sem

que haja a necessidade do uso de medicações”.

Em outra questão aberta sobre como essas práticas são desenvolvidas no município de São Caetano do Sul, ficou constatado que nenhum profissional sabia como e nem onde essas práticas eram desenvolvidas, demonstrando falta de conhecimento e de informação por parte dos mesmos.

Nas questões em que se perguntou respectivamente sobre os locais e regiões do município em que essas práticas eram oferecidas e com que frequência elas eram realizadas, nenhuma dos profissionais de saúde soube responder a essas perguntas, evidenciando ainda mais a falta de informação e divulgação por parte do município.

DISCUSSÃO

Os resultados mostraram que 42% dos idosos entrevistados se utilizavam de alguma Prática Integrativa e Complementar, sendo que desses, 75% faziam uso da

0% 23% 45% 68% 90% 113%

As práticas integrativas e complementares beneficiam e melhoram a qualidade de vida?

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Acupuntura como método de escolha, o que corrobora com os dados apresentados por

pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, que demonstrou em 2003, que foram realizadas 181.983 consultas, com uma maior concentração de Médicos Acupunturistas na região Sudeste (sendo 213 dos 376 cadastrados no sistema), recomendada, principalmente, em casos de fibromialgia, dor miofascial, osteoartrite, lombalgias e asma, entre outras. Pois se observou que a estimulação de pontos da Acupuntura provoca a liberação, no sistema nervoso central, de neurotransmissores e outras substâncias responsáveis pelas respostas de promoção de analgesia, restauração de funções orgânicas e modulação imunitária.

Dellaroza e cols.(2008) referiram em seus estudos, que a Acupuntura funcionou como um método para o alivio da dor para a maioria dos idosos que apresentava dor diária, contínua e de alta intensidade, e que gerava efeitos deletérios na saúde e no bem-estar biologico, psicologico e espiritual do idoso. Além disso, também foi utilizada no tratamento de depressão e ansiedade em pacientes idosos, tendo sido mostrada a sua eficácia na melhora da qualidade de vida desses pacientes (Sniezek; Siddiqui, 2013). Estes dados demonstraram a eficácia da Acupuntura como melhora do bem estar corporal e espiritual, também apontada pelos participantes neste estudo.

Já em relação às outras práticas utilizadas por esses idosos nesta pesquisa, aparece também a Homeopatia, a Fitoterapia, a Yoga e a Arteterapia.

A Homeopatia de caráter médico holístico, baseada no princípio vitalista e no uso da lei dos Semelhantes enunciada por Hipócrates no século IV aC, utilizada em 20 unidades da federação, 16 capitais, 158 municípios, contando com registro de 457 profissionais médicos homeopatas, representando em torno de 10% do total de atendimentos, conforme DATASUS, o que também se mostrou compatível com os resultados encontrados nesta pesquisa, já que no município de São Caetano do Sul, a Homeopatia representou aproximadamente 12% dos atendimentos.

A Fitoterapia é uma "terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em

suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal" (Portaria MS 971/2006). O uso de plantas medicinais na

arte de curar é uma forma de tratamento de origens muito antigas, relacionada aos primórdios da medicina e fundamentada no acúmulo de informações por sucessivas

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gerações. Ao longo dos séculos, produtos de origem vegetal constituíram as bases para

tratamento de diferentes doenças, como a hipertensão arterial (Lopes e cols., 2010) Desde a Declaração de Alma-Ata, em 1978, a OMS tem expressado a sua posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, tendo em conta que 80% da população mundial utiliza estas plantas ou preparações destas no que se refere à Atenção Primária à Saúde (Lima e cols., 2014). Observou-se nesta pesquisa, que somente 9% dos participantes utilizavam dessa terapia. Entretanto, a utilização de Fitoterapia no município tende a aumentar visto o grande número de hortas comunitárias e jardins presentes e frequentados pela população idosa principalmente, além de o Brasil possuir grande potencial para o desenvolvimento dessas terapêutica, como a maior diversidade vegetal do mundo, ampla sociodiversidade, uso de plantas medicinais vinculados ao conhecimento tradicional e tecnologia para validar cientificamente este conhecimento.

A Yoga e a Arteterapia são outras duas práticas ofertadas no município que também colaboram para melhorar a saúde do idoso, representando 2% dos atendimentos cada uma. Possibilitando ao idoso, atividades ao ar livre, reunião e confraternização com outros idosos, além de melhora na força muscular e equilíbrio, e melhora da cognição e criatividade.

A pesquisa revelou que 100% dos entrevistados gostariam que o município ofertasse de maneira mais eficiente as Práticas Integrativas e Complementares (PICs), haja vista que é obrigação do Estado, desde a criação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) instituída em 2006 (Brasil, 2006), sua implantação e oferta prioritamente na Atenção Básica, de forma a ampliar o acesso da população a estas abordagens de cuidado e possibilidades terapêuticas. Desta forma contribuindo com a resolutividade da atenção à saúde.

Já os profissionais de saúde mostraram desconhecimento na utilidade dessas PICs no cuidado integral à saúde do idoso, além de também ignorar o local e quais práticas era ofertado pelo município na Atenção Primária à Saúde, o que corrobora com Schveitzer (2012), que diz que o desenvolvimento das Práticas Integrativas e Complementares na rede pública de saúde brasileira está em lento processo de expansão. Além disso, há pouco saber acumulado sobre as formas de organizar, adaptar e incluir as PIC no SUS, tanto na

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Atenção Primária à Saúde (APS) quanto em serviços de apoio matricial (Núcleo de Apoio

à Saúde da Família - NASF) e/ou de referência (atenção secundária, serviços especializados).

CONCLUSÃO

Conclui-se que os benefícios das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) na qualidade de vida do idoso, instituídas na Atenção Primária à Saúde, do município de São Caetano do Sul, contribuem principalmente para a melhora da força muscular e diminuição de dores crônicas causadas por doenças como: fibromialgia, osteoartrite e lombalgia, além de também contribuir para uma melhora da saúde espiritual e psicológica do idoso, já que essas Práticas Integrativas e Complementares podem ser realizadas em grupo ou ao ar livre, o que promove um maior convívio social entre essa população.

Além disso, também foi possível identificar que a utilização dessas práticas promoveu uma diminuição da necessidade de medicamentos por parte dessa população, o que segundo os próprios participantes fez com que sua qualidade de vida aumentasse, diminuindo assim a utilização de medicamentos. Vale ressaltar que, nenhum participante da presente pesquisa diminuiu totalmente a utilização de métodos tradicionais, com o uso de práticas integrativas, sendo utilizados os dois tratamentos concomitantemente, o que se mostrou a melhor forma de tratamento para a população idosa no município de São Caetano do Sul, levando em conta a busca por uma assistência integral à saúde do idoso. Pode-se constatar que ainda existem dificuldades para a efetiva implantação das PICs no município de São Caetano do Sul por falta de qualificação profissional. O desenvolvimento das PICs na rede municipal está em lento processo de expansão, apesar da incipiente melhora na qualidade de vida do idoso com a diminuição da medicação.

Sugere-se a realização da Educação Continuada dos profissionais de saúde da rede de atenção à saúde do município, em parceria com a Universidade Municipal de São Caetano do Sul por meio das Ligas Acadêmicas de Medicina Integrativa e Complementar e de Saúde do Idoso, do curso de Medicina.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 92 p. - (Série B. Textos Básicos de Saúde) ISBN 85-334-1208-8.

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AGRADECIMENTOS

Financiamento: Estudante do Programa de Iniciação Científica 2017-2018 da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, São Paulo – Bolsista do CNPQ.

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Gráfico  02:  Divisão  por  gênero  do  número  total  de  idosos  que  responderam  o        questionário (N=200)
Gráfico  3:  Total  de  Idosos  que  fazem  uso  de  alguma  prática  integrativa  ou  complementar
Gráfico  4:  Tipos  de  medicinas  integrativas  e  complementares  utilizadas  pelos    idosos (N=200)
Gráfico 6: Utilização de práticas integrativas pode melhorar a qualidade de vida?
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Referências

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