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MENSURAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR INSPIRATÓRIA MÁXIMA EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIABEU.

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Revista Saúde Física & Mental

1. Graduada em Fisioterapia UNIABEU 2. Docente do UNIABEU

*Correspondência: mauro_perestrelo@hotmail.com

Revista Saúde Física & Mental- UNIABEU v.2 n.1 Janeiro - Julho 2013

MENSURAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR INSPIRATÓRIA

MÁXIMA EM ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO DO CENTRO

UNIVERSITÁRIO UNIABEU.

MEASUREMENT OF INSPIRATORY MUSCLE STRENGTH IN

UNDERGRADUATE STUDENTS IN THE UNIABEU UNIVERSITY

Karine Coimbra

1

, Hugo Jorge Almeida Jacques

2

, Mauro Fontes Perestrelo

2

Resumo. O objetivo deste trabalho científico é aferir o grau de força muscular inspiratória (Pi MÁX.) em

estudantes dos cursos das faculdades de saúde do Centro Universitário UNIABEU – Belford Roxo – RJ. Tendo em vista a pouca bibliografia sobre o assunto e pela relevância dos distúrbios respiratórios na qualidade de vida humana, vislumbrou-se a necessidade desta pesquisa. Foram realizadas palestras explicativas sobre as discinesias dos músculos respiratórios. A demanda para a avaliação após as palestras foi gerada espontaneamente, tendo os discentes procurado a Clínica Escola de Fisioterapia do UNIABEU entre os meses de setembro de 2011 a março de 2012. O estudo contou com 69 (sessenta e nove) avaliações da (Pi Máx.) através da utilização do aparelho Manovacuômetro (GERAR - MV 300). A amostra apresentou um N=55 para o sexo feminino (79%); e um N=14 amostras para o sexo masculino (21%). A faixa etária avaliada ficou entre 18 a 45 anos.

Quanto à distribuição para a predição dos resultados, os mesmos ficaram dispostos da seguinte forma: fraqueza dos músculos inspiratórios N=64 (92,7); fadiga dos músculos inspiratórios N=01 (1,5%); Normal N=04 (5,8%). A fraqueza dos músculos inspiratórios ocorreu tanto em estudantes no sexo masculino quanto no sexo feminino, porém com uma frequência de 19% para os homens e 81% para mulheres.A fisioterapia respiratória é uma forma de tratamento recomendável nos casos de fraqueza ou fadiga na musculatura respiratória. No Brasil, há pouca pesquisa relacionada ao tema deste trabalho, o que sugere maiores estudos para a elucidação de questionamentos referentes a essa temática.

Palavras-chave: músculos; respiração; força; mensuração; estudantes.

Abstract. The scientific aim of this study was to verify the level of inspiratory muscle strength (PImax) in students of the colleges of health of the Centro Universitário UNIABEU -Belford - RJ. Considering the limited bibliography about the subject and relevance of respiratory disorders in the quality of human life envisioned the need of this research. Explanatory speeches were conducted about the dyskinesias of the respiratory muscles. The demand for evaluation after the lectures was 30

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spontaneously generated, and the students searched the Clinical School of Physiotherapy UNIABEU during the months of September 2011 to March 2012. The study included 69 evaluations of (Pi Max.) using the manometer apparatus (GENERATE - 300 MV). The sample (55-79%) for females and (14-21%) for males, aged between 18 to 45 years. As for distribution to predict the results, they were arranged as follows: inspiratory muscle weakness (64 to 92.7%)), inspiratory muscle fatigue (01 to 1.5%), normal, (4.5, 8%). The inspiratory muscle weakness occurred in both the male students and female, but with a frequency of 19% for men and 81% for women. Respiratory therapy is a form of treatment recommended in cases of weakness or fatigue in respiratory muscles. In Brazil, there is little research on the subject of this study. It suggests further studies to elucidate the questions relating to this issue.

Keywords: muscles; breathing; strength; measurement; students.

INTRODUÇÃO

A avaliação da força muscular respiratória consiste em um método de grande importância para a fisioterapia respiratória, diferindo-se de um teste muscular convencional, pois, por meio desta avaliação, é possível investigar as condições de força e desempenho mecânico dos músculos da respiração1.

A pressão respiratória máxima (PRM) é definida como a pressão “que um indivíduo é capaz de gerar a partir da boca”; é considerada uma maneira simples de medir a força dos músculos inspiratórios e expiratórios2.

Segundo RODRIGUES3, a pressão inspiratória máxima (Pi Máx.) é um índice da força dos músculos inspiratórios compreendidos pelo diafragma e intercostais externos. A Pi Máx. e a Pe Máx. são

extensivamente usadas para o diagnóstico de fraqueza dos músculos respiratórios. 4,5

A mensuração da PRM é realizada através da manuvacuometria é um método verdadeiramente útil para a avaliação das

pressões musculares respiratórias, ressaltando que as mensurações da Pi Máx. possuem maior

relevância clínica pelo fato de os músculos inspiratórios suportarem maiores cargas de trabalho ventilatório. A mensuração da PiMáx.

é útil para o diagnóstico da fraqueza específica do diafragma ou de outros músculos inspiratórios6.

Objetivo: Aferir o grau de força muscular inspiratória em estudantes dos cursos das faculdades de saúde do Centro Universitário UNIABEU – Belford Roxo – RJ – Brasil.

Tendo em vista a pouca bibliografia sobre o assunto e pela relevância dos distúrbios respiratórios na qualidade de vida humana, vislumbrou-se a necessidade desta pesquisa.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram realizadas palestras explicativas sobre as discinesias dos músculos respiratórios, em sua maioria nas turmas de graduação em enfermagem, fisioterapia e outros cursos das faculdades da saúde do Centro Universitário

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UNIABEU – Belford Roxo – RJ – Brasil. A

demanda para a avaliação após as palestras foi gerada espontaneamente, tendo os discentes procurado a Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário, as terças- feiras e quintas-feiras no período da tarde entre os meses de setembro de 2011 a março de 2012, para a realização da avaliação da força muscular respiratória. O critério de inclusão constou em ser aluno do referido Centro Universitário, tendo sido anotado, como dados para estatística dos resultados, o curso, o sexo e a faixa etária. O estudo contou com 69 (sessenta e nove) avaliações da força muscular inspiratória (Pi Máx.) através da utilização do aparelho Manovacuômetro (GERAR - MV 300).

Os discentes foram avaliados na posição sentados, com clipe nasal, bocal descartável, traqueia e o aparelho manovacuômetro analógico.

Após expiração profunda, solicitou-se que realizassem uma inspiração profunda com os lábios cerrados no bocal, por três vezes, optando-se pelo melhor resultado das três. Os valores foram correlacionados com os parâmetros citados por Azeredo7 com a predição dos valores de Pi Máx. compreendidos em: Normal – Acima de -70 cmH2O; Fraqueza Muscular Respiratória -

Entre -70 cmH2O a -45 cmH2O; Fadiga

Muscular Respiratória - Entre -44 cmH2O a

-25 cmH2O.

Tabela 01 – Disposição dos participantes quanto

ao sexo, faixa etária e graus de força da musculatura inspiratória.

RESULTADOS

A figura 1 representa os estudantes do sexo masculino e feminino. Podemos observar que houve predominância de indivíduos com fraqueza da musculatura inspiratória em ambos os sexos. Para o sexo masculino, encontramos 86% de fraqueza da musculatura inspiratória, 14% dos estudantes apresentaram força muscular normal e nenhum apresentou fadiga. Em relação ao sexo feminino, 94,6% para fraqueza da musculatura inspiratória, 3,5% dentro dos padrões de normalidade de força muscular inspiratória e apenas 1,9% apresentou fadiga.

Figura 1 - Avaliação da força muscular

inspiratória (Pimáx.) em indivíduos do sexo

masculino e feminino. 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Normal Fraqueza Fadiga Sexo Masculino Sexo Feminino SEXO FAIXA ETÁRIA (ANOS) NORMAL (acima de -70 cmH2O) FRAQUEZA (-70 a -45 cmH2O) FADIGA (-44 a -25 cmH2O) Masculino 18-45 02 12 00 Feminino 12-42 02 52 01 32

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DISCUSSÃO

Azeredo8 descreve que existem fatores responsáveis pela determinação da força muscular com a qual o músculo se contrai, dentre eles: idade, sexo, desenvolvimento muscular, relação tensão-comprimento, relação força-velocidade, e a relação frequência-velocidade. Para Navarro e Bacurau9, à medida que o pulmão envelhece, ocorre diminuição da elasticidade que leva a uma limitação relativa do fluxo aéreo, resultando em perda da função, principalmente durante atividades vigorosas.

Souza10 relata que as mensurações das pressões respiratórias máximas dependem da compreensão das manobras a serem executadas e da vontade do indivíduo em cooperar, realizando movimentos e esforços respiratórios realmente máximos. Asseguradas a compreensão das manobras e a colaboração do indivíduo, os valores de Pe Máx e de Pi Máx dependem não apenas da força dos músculos respiratórios, mas também do volume pulmonar em que foram feitas as mensurações e do correspondente valor da pressão de retração elástica do sistema respiratório, que resulta da soma algébrica das pressões de retração elástica dos pulmões e da caixa torácica. Todas essas variáveis devem ser confrontadas durante a avaliação dos resultados.

Os valores das pressões respiratórias máximas no sexo masculino têm sido maiores que no feminino, na maioria dos trabalhos realizados11. Essa relação pode estar ligada à maior proximidade da relação entre a massa muscular total e o índice de massa corpórea em

homens que em mulheres, e à estreita relação entre Pi Máx. e o índice de massa corpórea, o que corrobora com essa pesquisa em virtude dos valores relacionados à fraqueza dos músculos inspiratórios estarem relacionados com maior frequência em mulheres (81%) que em homens (19%).

Costa12 relata que outros estudos demonstraram que os valores encontrados em indivíduos saudáveis para Pi Máx. foram inferiores aos propostos por Neder,13 conforme consta na tabela de resultados, onde de 69 alunos pesquisados, apenas quatro apresentaram-se dentro da normalidade, enquanto a grande maioria apresentou fraqueza da musculatura inspiratória.

Irwin14 enfatiza que os padrões respiratórios influenciam o potencial para fadiga da musculatura respiratória, e que a atividade assincrônica da musculatura respiratória possibilita a fadiga. Isso nos reporta ao papel que a fisioterapia respiratória tem em implantar um padrão respiratório costo-diafragmático fortalecendo essa musculatura, corrigindo o padrão e o assincronismo respiratório.

Johan et al.15 compararam os valores de Pi Máx. e Pe Máx. em adultos chineses, malaios e indianos e encontraram significativas diferenças étnicas nas pressões respiratórias. No Brasil, poucos estudos foram feitos sobre os valores de referência para as pressões respiratórias máximas16, o que valida a justificativa deste trabalho que relata a escassez de estudos sobre esse tema.

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CONCLUSÃO

A fraqueza dos músculos inspiratórios ocorre em estudantes tanto no sexo masculino quanto no sexo feminino, porém com uma frequência de 19% para os homens e 81% para mulheres.

A ocorrência da fadiga dos músculos inspiratórios existe, porém é considerada rara, sendo encontrada em 1,5% dos alunos avaliados.

Os valores encontrados dentro da normalidade foram iguais para ambos os sexos. No entanto apenas 5,8% dos alunos avaliados se encontravam dentro deste parâmetro.

A fisioterapia respiratória é uma forma de tratamento recomendável nos casos de fraqueza ou fadiga na musculatura respiratória.

No Brasil há pouca pesquisa relacionada ao tema deste trabalho, o que sugere maiores estudos para a elucidação de questionamentos referentes a essa temática.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. COSTA, D. Fisioterapia respiratória básica. São Paulo: Atheneu; 1999.

2. JUNIOR, J. F. F.; PAISANI, D. M.; FRANCESCHINI, J.; CHIAVEGATO, L. D.; FARESIN, S. M.; Pressões respiratórias máximas e capacidade vital: comparação entre avaliações através de bocal e de máscara facial. J Bras Pneumol 2004; 30(6) 515-20.

3. RODRIGUES, F., BÁRBARA, C. Pressões respiratórias máximas: proposta de um protocolo de procedimentos. Rev Port. Pneumol. 2000; 6(4):297-307.

4. BLACK, L. F., HYATT, R. E. Maximal static respiratory pressures in generalized neuromuscular disease. Am. Rev. Respir. Dis. 1971; 103:641-50.

5. FIZ,J. A., HARO, M., AGUILAR, J., ALVAREZ, J., ABAD, J., MONSO, E., MORERA, J. Spirometry and maximal respiratory pressures in patients with facial paralysis. Chest.1993; 103:170-3.

6. MONTEMEZZO, D.; VELLOSO, M.; BRITO, R. R.; PARREIRA, V. F.; Fisioterapia e

Pesquisa: Pressões respiratórias máximas: equipamentos e procedimentos usados por

fisioterapeutas brasileiros. São Paulo, v. 17, n. 2, pp.147-52, abr/jun. 2010.

7. AZEREDO, C. A. C.; Fisioterapia respiratória moderna. 4ª ed. São Paulo: Manole; 2002. 8. AZEREDO, C. A. C.; Fisioterapia respiratória moderna. 2ª ed. São Paulo: Manole. 1996. 9. NAVARRO, F.; BACURAU, R. F. P. Respiração durante o exercício. In: POWERS, S. K.;

HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 1ª ed. São Paulo: Brasil, 2000. cap. 10. 177–200p.

10. SOUZA, R. B. Pressões respiratórias estáticas máximas.J. Pneumol. 28(Supl 3) – outubro de 2002 .

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Revista Saúde Física & Mental- UNIABEU v.2 n.1 Janeiro - Julho 2013

11. MACHADO, M. G. R.; Bases da Fisioterapia Respiratória. Ed. Guanabara Koogan, RJ, p.

120, 2007.

12. COSTA, D. et al. Novos valores de referência para pressões respiratórias máximas na população brasileira. Jornal Brasileiro de Pneumologia. São Paulo, SP, v. 36, n. 3, pp. 306-312, 2010.

13. NEDER, J. A., ANDREONI S., LERARIO M. C., NERY, L. E. Reference values for lung function tests. II. Maximal respiratory pressures and voluntary ventilation. Braz. J. Med. Biol. Res. 1999;32(6):719-27.

14. IRWIN, S.; TECKLIN, J. S.; Fisioterapia cardiopulmonar. Ed. Manole, 2ª ed. São Paulo, p. 503, 1994.

15. JOHAN A., CHAN C. C,; CHIA H. P.; CHAN O. Y.; Wang Y. T. Maximal respiratory pressures in adult Chinese, Malays and Indians. Eur. Respir. J. 1997; 10(12):2825-8.

16.

CAMELO JR, J. S., TERRA FILHO, J., MANÇO, J. C. Pressões respiratórias máximas em adultos normais. J. Pneumol. 1985; 11(4):181-4.

Imagem

Figura  1  -  Avaliação  da  força  muscular  inspiratória  (Pi máx .)  em  indivíduos  do  sexo  masculino e feminino

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