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IDENTIDADE LATINO-AMERICANA E BRASILEIRA: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS

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Academic year: 2021

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semelhanças e diferenças

Resumo

A partir da tentativa de definição do termo identidade, utilizando-se de uma biografia mínima para poder explicar concisamente todas as características necessárias para a concretizar a sua forma que se relacione a sociedade brasileira e latino-americana, para que a partir desta, possa ser realizada a principal intenção deste trabalho, mostrar, por meio destas características e por meio de produções culturais, apropriando-se de exemplos de séries de televisão, para um melhor entendimento da relação dos autores utilizados, apresentar em quais medidas as identidades brasileira e latino-americana, podem ser semelhantes e se há algum ponto em que elas possam se tornar uma só, mesmo que não esteja necessariamente presente de forma óbvia.

Palavras-chave

Identidade; América Latina; Brasil; Cultura; Transculturação;

Abstract

From the attempt to define the term identity, using a minimal biography to be able to explain concisely all the characteristics necessary to achieveit’s form that relates to Brazilian and Latin American society, so that from this, can be the main intention of this work is to show, through these characteristics and through cultural productions, appropriating examples of television series, to better understand the relationship of the authors used, to present in which measures the Brazilian and Latin-American, may be similar and if there is any point at which they can become one, even if it is not necessarily present in an obvious way.

Keywords

Identity; LatinAmerica; Brazil; Culture; Transculturation;

Danilo Espindola Catalano Graduado em Sociologia e Política pela FESPSP (danilocatalano95@gmail.com )

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1.Introdução

Este artigo tem a intenção de por meio da definição do conceito de identidade, tentar classificá-lo e direcioná-classificá-lo ao contexto latino-americano, caracterizando está a luz da cultura, que alguns autores da bibliografia selecionada possam chegar a apresentar, para poder identificar e explicar a sua forma, fazendo o mesmo com a brasileira e por isso marcando uma relação de aproximação ou de diferenciação, para que se possa entender e perceber em que ponto essas se assemelham ou não, por mais que estejam no mesmo território, com a mesma língua ou até mesmo com a mesma religião; apresentando as principais características das identidades.

Há alguns argumentos, que tentam justificar a falta de integração do brasileiro com o resto dá América Latina, como se estes obstáculos, fossem os principais pontos para a não relação devida destas duas sociedades. Estas são, a diferença da língua, que Darcy Ribeiro (2010), justifica de modo a dizer que a União Ibérica e a grande relação histórica entre os colonizadores da América Latina, os espanhóis e portugueses, acabam com esta ideia. Outra delas é a falta de violência, que apresenta Leopoldo Zea, sobre a relação da história da independência do Brasil e dos outros países, que segundo ele tornaria o Brasil, um país pacífico e diferente de toda a região, o que mais uma vez, não pode ser apresentado como justificativa, pois muitos intelectuais brasileiros, atuais ou não, conseguem mostrar a violência com a qual se dá a história do Brasil deixa claro, que diferentemente dos outros países ela está implícita e não explicita.

Tendo em mente este tipo de reflexão iniciada no parágrafo anterior, serão buscados ao longo deste artigo, autores que possam mostrar como este trabalho pensa a identidade, para depois, adentrarmos nas suas características tanto para o povo brasileiro como para o latino-americano, buscando sempre em questão do brasileiro, apresentar o que melhor lhe caracteriza e dos outros países da América Latina, o que seria mais apresentável e característico de todos os países que o compõem.

Desta forma, apresentando as principais semelhanças e diferenças, poderemos entender minimamente em quais momentos ou características, será possível a inclusão do Brasil ao termo da América Latina, pois muitas das literaturas o separam, por motivos distintos, que não serão tão bem mostrados neste artigo, por ele ter seu foco na identidade.

2.Identidade

Antes de pensarmos as identidades como características que estão nos indivíduos, devemos pensar que está forma de pensar nunca foi igual, anteriormente a modernidade, como nos explica Stuart Hall, foi sempre pensada uma algo uno aos sujeitos como uma forma unificada, que vendo um sujeito já se saberia a identidade de todos os outros, mas hoje, está ideia começará a se fragmentar começando a pensar cada indivíduo separadamente, sendo está ideia vinda dos novos pensamentos caracterizados pela modernidade, que não mais, (mas usando como base), pensa os indivíduos como seres dentro de uma sociedade que os comanda, mas sim com eles sendo parte constituinte dela, que sem eles ela não existiria.

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A assim chamada “crise da identidade” é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social (HALL, 2011, p.7).

Quando pensamos em identidade sempre vamos diretamente ao fator concreto, isto é, a pensar que alguém se identifica com um lugar por ter nascido ali ou por ter família neste lugar, mas isto não é necessariamente importante, para que possamos ver que um determinado indivíduo se identifique com algo, pois ele não só se identifica nacionalmente, como é a forma que se transfere diretamente essa ideia concreta apresentada, ele pode se identificar, como apresenta o autor Zygmunt Bauman (2011) de maneira a ser algo não visto concretamente, como ser homossexual, parte de algum grupo ou até mesmo sendo parte de algo que um indivíduo acabou de aprender e viu que pode ser que ele seja desta forma, é dizer, ele apresenta a ideia de identidade, como parte de “comunidades”, mas não de qualquer comunidade, mas das “comunidades de ideias”, mostrando que os indivíduos não se identificam apenas por coisas concretas, mas também, por ideias, por coisas não palpáveis e por isso, segundo ele, ela não seria “dura como uma rocha”, mas sim liquida , para mostrar que ela pode estar em constante mudança, pois os indivíduos sempre estão em processo continuou de mudança, a cada momento ele se identifica com alguma coisa.

A questão da identidade só surge com a exposição a “comunidades” da segunda categoria – e apenas porque existe mais de uma ideia para evocar e manter unida a “comunidade de indivíduos por ideias” a que se é exposto em nosso mundo de diversidades e policultural (BAUMAN, 2005, p.17).

Seu aporte para este trabalho se mostra muito importante, por apresentar a identidade como uma busca incessante, um objetivo de vida que sempre estará sendo procurado e buscado pelos indivíduos sejam eles quais forem, pois, a ideia dela é uma forma provisória que existe dependente dos momentos e é este caráter que a torna sempre em movimento, por isso ela não seria concreta, mas maleável.

Pelo fato de a identidade ter esse caráter de estar sempre em movimento, sempre estar se modificando, ela é fundamentalmente social, por ser um dos motivos para se estabelecer as relações sociais, pois é desta forma que os indivíduos conseguem se identificar em um determinado grupo com pessoas que se identificam da mesma forma, desta maneira mostrando o lado da identidade como uma definição para a vida em sociedade, ela está nos indivíduos para defini-los, para que eles possam responder a pergunta que coloca Antonio da Costa Ciampa (1989), “quem sou eu?1”, para mostrar que a identificação dos

indivíduos pode chegar a resolver está questão para a psicologia social, pois no momento em que o indivíduo descobre e consegue resolver a está questão, será o momento que ele vai poder dizer quem ele é e se apresentar a sociedade desta forma.

Um exemplo interessante desta ideia que venho apresentar, é a do enredo de uma série canadense de ficção cientifica do canal SYFY, conhecida pelo nome de “DarkMatter”, na qual os personagens principais acordam depois de um tempo em uma câmara criogênica, ficando pôr um tempo “congelados”,(sendo este um procedimento de 1 CIAMPA, da Costa, Antonio, Identidade. IN: ─ LANE, Silvia T. M. org., CODO, Wanderley org., Psicologia social o homem em desenvolvimento, ─ 8ª edição ─ São Paulo: Editora Brasil-iense, 1989, p.58.

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dormir e estar congelado para não envelhecer); todos acordam deste procedimento, mas não sabem o que está acontecendo, pois, suas memórias do passado foram todas apagadas, por isso eles não sabem o que são e nem nada de suas vidas.

Após um tempo, eles começam a ter uma identidade, mas uma que todos aqueles que os conheciam antes de seus esquecimentos sabem, o que acaba se concretizando em um fato interessantíssimo, que todos não sabem mais quem são os principais, que não vem mais neles o que eram, isto porque, o que eles eram antes de acordar era uma pessoa, depois de despertar, se tornaram uma outra pessoa totalmente diferente. Um exemplo interessante é o do personagem, que é identificado anteriormente pelo nome de quatro (eles se deram os nomes por ordem de que acordaram da câmara criogênica), quando coloca de volta as suas lembranças e memorias, (de antes de ter entrado na câmara), em seu cérebro de forma futurista, por um computador, voltando a se identificar como, Ryo Tetsuda, um monarca de um planeta que estão anos em guerra contra outro planeta.

Utilizando-se deste exemplo, podemos usar e explicar de uma melhor maneira as explicações de Ciampa sobre a identidade, sendo aquilo que define os indivíduos como tal, mas isto a cada momento, como podemos ver na série, quando os principais acordam, não conseguem se identificar, sua primeira ação foi colocar um nome em cada um, um nome simbólico, pois é a ordem em que acordaram e por conseguinte o primeiro motivo que os identifica com este nome, isto é, eles mudaram de identificação, antes tinham uma anterior que se identificava com outro nome e se relacionava de outra maneira, pois sua relação com o nome era outra, como Ryo Tetsuda, que nasceu um

monarca, mas o quatro (mesma pessoa), se identifica como o quarto a ter acordado após o momento que esqueceram suas memórias.

Outro momento que se pode comentar é o das pessoas que já não conseguem saber quem são os personagens da série, não os vendo como os personagens com os nomes de número, mas como os anteriores, chegando até a chama-los por estes nomes anteriores ou comentando que já não são mais os mesmos, isto, porque, como nos apresenta Ciampa, eles estariam se deparando com um dos fatores importantes para a identidade, que são as relações sociais, um indivíduo se percebe e consegue se reconhecer como tal, dependendo de fenômenos sociais , suas relações estabelecidas o moldam como é, por isso no caso da série, eles não são mais reconhecidos por aqueles que os conheciam anteriormente, pois eles já não tem a mesma identidade e por isso se sentem perdidos quando falam seus nomes anteriores, por não os reconhecerem ou quando comentam de acontecimentos passados que eles não lembram, por estes não fazerem mais parte da vida e das suas identificações dos personagens.

Um ponto interessante dos personagens desta série, é a sua rejeição às vidas passadas e sua intenção ferrenha de tentar se redimir por ações que eles não mais aceitam, sendo até repudiadas. Mas mesmo assim, estes se usufruem de seu antigo trabalho como contrabandistas e assassinos, para acabar de dentro com as grandes corporações que mandam não só no mundo, mas na galáxia.

O pai se identifica (e é identificado) como tal por se encontrar na situação equivalente de outros pais (afinal, ele também é filho de um pai). Se ele é pai e a mesmice de si está assegurada, sua identidade de pai está

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construída permanentemente; de fato, ele se ‘tornou” pai e assim permanecerá enquanto reconhecer e for reconhecida essa identidade, ou seja, enquanto ela estiver sendo re-posta cotidianamente (CIAMPA, 1989, p.67). Com este caráter da identidade que se dá baseando-se perante as relações sociais, podemos fazer uma relação direta entre a questão de elas não serem concretas, mas fluidas que se modificam facilmente e a de que elas são fenômenos sociais, que dependem exclusivamente de relações sociais, para que um indivíduo possa se identificar e se moldar, sendo assim explicado o motivo de a identidade ser algo fluido, que pode se modificar a todo momento, como o exemplo, de Norbert Elias (2000), comentando sobre a vida de Mozart, mostrando nela que ele teve que mudar o seu estilo de ser, devido a sua mudança de cidade, para poder se sentir estabelecido ; neste sentido que está o caráter da identidade que se modifica, no fato de ela depender das relações individuais e que no exemplo da vida de Mozart, fica claro este fator, por ele ter que ter feito até uma mudança em sua vida para se estabelecer nas novas relações sociais da cidade que começará a viver2.

Devido a estes exemplos apresentados, se vê necessária, para o entendimento do que seria a identidade, separar o “Eu” de suas relações sociais, para depois juntá-los e ver de que forma ocorrem as identificações dos seres por meio de suas relações com o outro, por isso propomos alguns autores, que explanam sobre as relações sociais e sobe o “Eu” no decorrer do trabalho.

2 ELIAS, Norbert, A revolta de Mozart: de Salzburgo a Viena. IN: Mozart, sociologia de um gênio, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1995.

Para explicarmos melhor as relações sociais de forma interna e externa dos indivíduos, podemos utilizar dois autores, Norbert Elias em relação a “fofoca” e a característica da representação do “eu” apresentada por Erving Goffman (2005), começando pela ideia de inseridos, que se dá por meio da “fofoca”, sendo ela depreciativa, se daria em consequência as pessoas que não estão inseridas no meio, os chamados “outsiders”, receberiam estas definições por estar fora do grupo, por não se apresentarem desta forma, a medida que ele vai convivendo com este grupo, ele vai entendendo e se moldando aos costumes e formas de viver deles, chegando, dependendo do tempo de convivência, a se tornar parte dele, deixando de receber a “fofoca” depreciativa e começando a fazer parte integrante dela, as vezes até passando a participar, fazendo-a com outros indivíduos que estejam a margem da sociedade, isto é, se sentindo parte deste grupo ou de uma certa forma utilizando-nos do conceito de campo3 de Pierre Bourdieu, estaria

fazendo parte e tendo uma posição nas relações sociais deste, que seria o grupo, mas que contém suas formas especificas de organização, cultura e costumes , estes que quando o indivíduo antes de estar inserido não faz parte dele, mas quando se insere, acaba se identificando da mesma forma que este grupo. “A fofoca, em outras palavras, não é um fenômeno independente. O que é digno dele depende das normas e crenças coletivas e das relações comunitárias” (ELIAS, [2000], p.93).

Para começar a discussão pensada por Goffman, devemos pensar que os indivíduos criam 3 BOURDIEU, Pierre, A produção da crença contribuição para uma economia dos bens simbólicos. Disponível em < https:// pt.scribd.com/doc/70619043/BOURDIEU-Pierre-Modos- de-Dominacao-O-Costureiro-e-sua-Grife-a-contribuicao-para-uma-teoria-da-magia-A-Producao-da-Crenca>, acessado em 18 de novembro de 2017.

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representações dependendo do espaço e das diferentes relações sociais nas quais ele se insere durante a vida, estas, caso ele não crie, podem ser pensadas por outros, como “cínico” ou até mesmo como uma pessoa sincera, que não cria mascaras para poder conviver com outros, mas isto acaba sendo prejudicial a ele, que não criou uma máscara para se relacionar, pois, pode ser que ele não seja aceito por isso, mas isto ocorre por falta de interesse do indivíduo, que não finge ser o que não é, ele só não está interessado em se relacionar com este público, mas caso o indivíduo tenha o interesse de se colocar em um grupo, ele cria o que ele chama de “representação”, estas são conscientes ou inconscientes e se realizam diante de uma atividade dita “fechada”, que são todos os atos que ele vai empregar para esta sua representação , para que ele possa ser aceito neste campo e possa conviver com as pessoas que nele vivem.

Venho usando o termo “representação” para me referir a toda atividade de um indivíduo que se passa num período caracterizado por sua presença contínua diante de um grupo particular de observadores e que tem sobre estes alguma influência (GOFFMAN, 2005, p.29).

A partir destes conceitos apresentados, podemos entender de uma forma sociológica esta característica de mudança da identidade, que nunca esta estática, mas sempre em movimento, devido as relações sociais, que empregam no indivíduo todos os atos comentados, por isso eles tem esta forma, para que ele possa pensar individualmente e também, para que possa se encaixar em alguma estrutura estabelecida, seja dentro de uma sociedade estruturada, por assim dizer em algum “campo”, (termo usado e definido por Bourdieu), que nela opere ou como no caso da vida de Mozart, uma mudança na sociedade em que ele vive; estes fatores são fundamentais para a mudança

da identidade pessoal de cada indivíduo, é a forma pela qual ele se relaciona com outros e como ele vai se definir, explicando aqui o fato dela ser “concreta ou liquida”, como nos diria Bauman.

Com este caráter apresentado pelos autores da identidade, podemos agregar a ideia de mudanças corriqueiras, apresentada por Stuart Hall, relacionando ainda mais as questões e apresentando uma relação cultural as identidades dos indivíduos, dizendo que há uma relação nesses dois contextos, pois ela modifica e eles modificam em consequência dela diretamente, sendo como uma mudança através da estrutura, sendo assim, pode acrescentar ainda mais o caráter multiverso da identidade, que está sempre em movimento (como apresentaram os outros autores), dependendo das relações nas quais o indivíduo está estabelecido e caso este tenha uma identidade que pareça única pela vida toda, poder-se-ia dizer que ela se parece ser assim, por ter tido características parecidas, dizendo que a vida do sujeito, teria sido sempre pelos mesmos meios sociais, pois a identificação coerente seria uma “fantasia”, por ela ter a relação direta com as multiplicidades culturais, suas mudanças culturais, sempre deveria haver mudanças por mais que temporárias.

Perante estas relações sociais apresentadas, observamos que a identidade tem um caráter relacional entre o interior e o exterior, relacionando as relações sociais com o pessoal , sendo ela que torna e mostra a posição de cada indivíduo dentro do exterior (sociedade, por assim dizer), com seu papel dentro dela, para que possa se identificar e mostrar quem ele é, dizer como se apresentar, sendo desta forma que ele se moldaria pessoalmente, para poder mostrar quem seria o seu verdadeiro “eu”, que não é concreto, mas sim relacionado aos seus meios de relacionamento, é

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dizer, como ele definirá o seu eu não é algo concreto, que será único e se tornará ele que é sempre igual e não importa em que relação está inserido, não, isto é muito mais complexo, este “eu”, está sempre em movimento e procurando se moldar aos diferentes meios e culturas da sociedade, para poder, não só ser aceito, mas poder ter relações sociais nos diferentes momentos da vida em grupo.

Não podemos esquecer que com os termos de Bauman, “modernidade liquida” ou por assim dizer a “pós-modernidade”, a tecnologia é um ponto importante para se pensar na forma maleável da identidade, pois ela dá mais liberdade para que os indivíduos possam ser algo que não são no mundo real, dentro da internet, criando os famosos “avatares”, que são uma ideia do que a pessoa pensa que é, a forma que ela se identifica e quer que os outros a identifiquem, não sendo ela realmente como é pessoalmente no que chamaríamos aqui de “mundo real”, no encontro cara a cara. O que facilita muito é a questão das fotos publicadas, publicamos aquilo que queremos que os outros vejam de nós, se algo não nos agrada, ninguém que nos conhece apenas pela internet irá ver, nós criamos um filtro em uma nova relação social, que facilita muito mais que esses filtros sejam impostos, criando uma forma perfeita do que seria a pessoa com relações sociais nas redes sociais que muitas vezes não se iguala ao que ela é realmente no “mundo real”, o que teria feito em consequência, mudar as formar de “relações sociais”, pois a internet as tornou muito mais fluidas do que eram antigamente. Por mais que seja um meio muito mais fácil de relacionar, que contém um filtro muito bem protegido para que a pessoa possa ser o que quiser, cria um outro “eu”, que possa ser um “eu” utópico, que ela

apenas deixe ali nas redes sociais, este é outro meio para as relações sociais apresentadas nesta definição, a apenas outro lugar em que o indivíduo se molda para poder ser aceito nas diferentes comunidades nas quais ele quer entrar por ter gostos em comum com as pessoas que ali estão; assim, a internet, por conter este caráter, é um outro lugar que nos dias de hoje, está na vida dos indivíduos e permeia de forma direta na sua identidade como pessoa, seja de forma a ter relações nela ou de ser algo que ele desejasse ser e a vida em grupo pessoal o impedisse, ela dá a oportunidade para que estas identidades sejam muito mais maleáveis até mesmo com os perfis falsos, que podem ser um meio para eles serem aquilo que não querem que as pessoas com as quais já está estabelecida as relações possam vê-las e tenha a liberdade de ser outra pessoa, quando esteja neste perfil.

Em se tratando da definição do “eu”, começasse com a confiança da existência, que são passadas desde as primeiras vivencias da criança, sendo desta forma e com as relações com aqueles que cuidam dela, que começam a ser diferenciados os pontos do “eu” com o “mim”, como podemos ver com o exemplo da série (apresentado anteriormente), que as novas experiências começam a definir um novo “eu”, que se relacionam com novos seres e por isso eles se tornam outras pessoas, pois como nos diz Anthony Giddens (2002), é com a confiança e a criatividade, que se figura a criação do “eu” e do “não-eu”, por isso, que eles começam a se definir, por haver novas criações e a confiança naqueles que o rodeiam em sua realidade, que é a rotina que impõe e os meios nos quais eles vivem e como em se tratando da série, os personagens todos estão criando um novo “eu”, estes se tornam o que o meio os fazem ser, por isso todos começam a ter uma boa relação, que muitas

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vezes se difere muito da anterior, pois suas vidas passadas, não foram entre eles, mas de outra forma e em outros lugares, assim como mostra algumas memorias escondidas durante as temporadas; o que está relacionado com a ideia de a existência ser um modo de estar no mundo, dependendo apenas da realidade, como observado e da sua vida cotidiana, exatamente por isso, ocorre o enredo apresentado da vida dos personagens da série.

A auto-identidade, em outras palavras, não é algo simplesmente apresentado, como resultado das continuidades do sistema de ação do indivíduo, mas algo que deve ser criado e sustentado continuamente nas atividades reflexivas do indivíduo (GIDDENS, 2002, p.54).

Em uma caracterização do “eu”, há a necessidade da existência da auto-identidade, que é uma forma constante de uma reflexão própria do indivíduo; trazendo também a uma maneira de característica da identidade, como uma concepção do tempo e espaço, sendo isso e mais a forma do indivíduo, a forma da auto-identidade. A identidade em si, para Giddens, depende não apenas desta relação com os outros, ou das relações sociais, mas também da capacidade de se manter uma narrativa particular, o que constata a forma na qual discutimos até agora da identidade, como uma relação constante entre as relações sociais do indivíduo e nas formas particulares que ele mesmo caracteriza neste meio, mas estas criadas individualmente.

A relação com o corpo é muito importante para a definição do ”eu”, não só por ser uma forma biológica, dependendo do gênero com o qual o indivíduo se identifica isto que não tem muito a ver com o biológico, mas com a forma com a qual ele se

identifica independente da forma na qual o é, por isso, está definição de gênero é muito mais que objeto, mas é também uma forma psicológica criada pelo “eu”.

Assim independente das relações sociais é como podemos definir o “eu”, como a maneira introjetada de cada indivíduo de relacionar-se com aqueles que o cuidavam quando criança ou pelo meio no qual ele se estabelece, que o define como tal, é a interdependência entre o que o indivíduo cria como seu e suas relações estabelecidas em sua realidade de vida, que o definem, assim como perceptível na série, com a qual agora eles são todos “bonzinhos”, porque é assim que as suas relações estão sendo mantidas, questão totalmente inversa de antes de terem acordado, na qual suas relações não os definiam assim, mas como caçadores de recompensas e assassinos a sangue frio.

Como veremos no último capítulo, creio que é o momento de conhecermos que toda identidade é uma construção simbólica (a meu ver necessário), o que elimina portanto as dúvidas sobre a veracidade ou a falsidade do que é produzido. Dito de outra forma, não existe uma identidade autêntica, mas uma pluralidade de identidades, construídas por diferentes grupos sociais em diferentes momentos históricos (ORTIZ, 1986, p.8). Relacionando a identidade à cultura, podemos perceber que as representações simbólicas, seriam uma das principais formas de identificá-la, por ser de alguma forma, a maneira com a qual ela pode ser identificada, como uma expressão advinda das relações sociais estabelecidas em uma sociedade, por isso as transformações dela ultrapassam a história e sobre tudo as relações com as culturas, pela sua definição de transculturação, que é a grosso modo, as apropriações e “misturas” de diferentes culturas em uma, como elas se transformam constantemente.

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Portando, podemos concluir que a identidade é algo que permeia as relações sociais e o pessoal de cada indivíduo, sua definição do “eu”, são interdependentes, não podem ser moldados sem estes dois fatores, por isso ela não é concreta, ou por assim dizer, por isso ela é liquida, quase impossível de se denominar certamente qual a identidade especifica de algum indivíduo, por ser algo que se define nele, mas que depende do meio em que ele está, relacionando-a tudo que há em uma sociedade, podendo ser a mudança da cultura ou até mesmo da ordem dela, em relação a modernidade e a pós-modernidade, todas estas mudanças do todo da sociedade, são questões e fatores, que interferem na identificação pessoal de cada indivíduo, por isso não é concreto, além de depender disso, depende de onde ele está, mas também, caberá a ele estas mudanças, observando e vendo como se relacionar e é este o caráter pessoal que sem a relação com meio no qual este está inserido, não seria possível a identificação pessoal do “eu”, que se modifica dependendo do momento do “campo” no qual eles se inserem ou em suas mudanças de sociedade, depende do meio em que estão interagindo.

3. Identidade latino-americana e brasileira,

suas semelhanças e diferenças

Inicialmente, devemos pensar em uma ideia de identidade latino-americana, pois, por conta de a identidade ter uma definição maleável, que se modifica a todo momento e que se vê como uma característica de cada Estado-nação de forma distinta para cada um em especifico, tornando extremamente complicado relacionar estas ao Brasil, por isso, como fazem autores como Octavio Ianni (1987) e Héctor Moreno (2007), que fazem uma caracterização de uma

identidade da região, apresentando os pontos, que eles julgam ser mais visíveis de forma generalizada por todos os países hispano-americanos e o brasileiro; será desta forma, mas separando o povo brasileiro, que será feita a análise no decorrer deste capítulo, sem pensar em nações, mas sim em seu conjunto, como América Latina.

Por ejemplo, aquellas [políticas] destinadas a ‘mejorar la raza’ mediante la inmigración europea, los avances sobre territorios indígenas que hasta entonces habían permanecido bajo una relativa autonomía, los consiguientes procesos de imposición de un arbitrario cultural ‘nacional’ tendiente a la homogeneización de la población, la difusión de un modelo de educación científica (MORENO, 2007, p.162).

Como é, por exemplo, neste caso da política de branqueamento da população, sendo uma forma de deixar de lado o que se julgaria “inferior”, podemos apresentar a mudança de que no Brasil seria mais aparente, não que não haja, mas são mais aparentes os negros e no resto da América Latina os indígenas, seriam assim, subjugadas por terem sido exploradas e escravizadas pelos brancos ou por assim dizer, pelos europeus colonizadores. Está é uma característica que vemos presente no povo brasileiro e em grande medida na maioria dos países que compõem a América Latina. Seria dizer, que os povos escravizados e subjugados, estão em diferença, sendo em uma grande maioria dos países hispano-americanos, os indígenas e no Brasil, principalmente o negro, mesmo que alguns indígenas tenham sido escravizados, a principal mão de obra brasileira, era a negra, com a diferença da Colômbia, que tinha em Cartagena das Índias, o principal fluxo negreiro da história da América do Sul. Não exclui o fato

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de que os povos excluídos e pouco valorizados são por toda a América Latina, o negro e o indígena.

A partir da definição do conceito de identidade, podemos seguir, tentando apresentar algumas diferenças e semelhanças nas identidades latino-americana e brasileira, começando por defini-las por meio dos dois principais autores usados neste trabalho: Leopoldo Zea e Renato Ortiz (1986).

Para podermos falar de algumas características importantes observadas em grande parte dos países que compõem a América Latina, será necessário apresentar o filosofo mexicano, Leopoldo Zea, que caracteriza a identidade latino-americana como uma criação feita pelo que já existe, pois ele apresenta tal definição a luz da relação com os intelectuais do continente, estes que muitas vezes, tem seus conceitos criados em relação e com base em temas europeus, como por exemplo, os intelectuais brasileiros apresentados por Jessé de Souza, no livro “A tolice da inteligência brasileira”, que apresenta várias observações e interpretações sobre o Brasil, sua cultura e povo, com visões estrangeiras, apropriadas por eles; é neste ponto que Zea tenta se explicar, sobre as criações intelectuais latino-americanos, por não ter havido na América Latina o mesmo que houve, por exemplo, na Europa, com o Renascimento e o Iluminismo, como “revoluções intelectuais”, que mudaram a forma de se ver o mundo, estas que no caso os latino-americanos apenas se apropriaram.

O ajiaco nunca fica pronto, muda

constantemente com a adição de novos ingredientes, não tem um núcleo de sabor e substância, e varia seu gosto e consistência conforme é colhido na superfície ou no fundo da panela (MORSE, 2011, p.91).

Pelo ponto apresentado, desta criação com base de criações já existentes, apropriadas e transformadas para o uso do povo latino-americanos, Richard Morse (2011), apresenta a ideia do “ajiaco”, que é uma sopa

cubana, com muitos ingredientes que acabam se misturando e não se percebendo um sabor especifico; ele usa Leopoldo Zea como base para criar este conceito ou exemplo, dizendo que a cultura, as criações culturais e intelectuais, seriam um grande “ajiaco”, pois

ela não tem uma forma definida ou por assim dizer um “sabor” especifico e está sempre em mudança em movimento sem se saber bem o que ela é.

Seriam esses os pontos principais para a criação da identidade latino-americana, também como uma forma de esquecer o passado, deixando de lado ele, para poder sempre pensar no presente e o futuro, como um forma que os líderes nacionais da época das diferentes independências teriam criado para dizer que estariam de olho em um futuro, que para Zea e Morse, ainda está por chegar, deixando de lado, a partir deles, os criollos4 o passado de uma nação ou

melhor de um território, que brutalmente tratou os pré-colombianos.

Um ponto importante, que Leopoldo Zea acaba investigando em uma de suas obras, é o fato de que as nações recentemente criadas e independentes da América Latina, (incluindo neste caso o Brasil), começou com um governo totalmente positivista, sendo a ideologia mais comum entre as políticas nacionais, por conta de sua fácil utilização e de uma forma que era nascente sociologicamente, permeando os ideais oligárquicos de uma pequena elite dominante, 4 Pessoa que tem pais vindos da Europa, mas nasceu em ter-ritório americano; termo usado para diferenciar os “puros” eu-ropeus dos “impuros”.

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que se inseria no poder, “excluindo” o resto da população que em sua grande maioria eram escravos.

A identidade brasileira nasce devido a diferentes símbolos, pois como diz Renato Ortiz (1986), “a identidade é uma comunidade de expressões simbólicas”, que se relacionam para formar e caracterizar uma determinada sociedade; a brasileira se criou com a relação de muitos intelectuais e do mito das três raças, como forma da criação nacional, um mito que une os brancos, negros e indígenas em um só, mas que na verdade, seria para esconder o negro e o indígena da criação de uma identidade brasileira, pois acaba se prevalecendo o branco, tornando todas aquelas simbologias multiculturais do Brasil em questão nacional e não como diferentes expressões culturais. Este era defendido por muitos intelectuais, como analisa até mesmo Jessé de Souza em uma entrevista ao Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz5, mas ele diz mais como um sentido de

criar uma farsa a população, questão que pode ser, pelo sentido de que a elite intelectual tentou justificar muita coisa que a elite brasileira fazia, mas mesmo assim, não se pode tentar desqualificar toda produção cientifica que tenta entender o Brasil, mas tentar entende-la pelas sua intenção, para poder perceber o seu motivo e como ela foi criada.

As intenções com as quais os conceitos para entender a identidade nacional brasileira ou por assim de se entender o Brasil, são aproximadas entre a definição de Renato Ortiz e Jessé de Souza, como criações intelectuais para uma minoria, que podemos dizer, para uma elite, que acaba deixando de lado as outras culturas, como se elas fossem suas, assim 5 http://cee.fiocruz.br/?q=jesse-de-souza-identidade-do-brasileiro-e-fruto-de-tres-mentiras-contadas-pela-elite.

dando uma ilusão de práticas culturais nacionais com a intenção de “eliminar” ou transparecer, que elas nunca existiram.

Podemos perceber algumas semelhanças ao apresentar os pontos principais das identidades latino-americanas e brasileiras, como o sentido de esquecer o passado e criar uma nova nação, que não tenha a ver com o que aconteceu, seja a escravidão (no caso do Brasil, que tenta eliminar, dizendo que não há violência no país e portando não há racismo), junto com a de que não houve uma dominação por parte dos criollos aos indígenas da América, a diferença está

apenas em que um esconde sua relação de violência para com o negro e o outro com o pré-colombiano, mas isso não exclui que os dois fizeram o mesmo a uma etnia diferente.

Por mais que haja uma diferença de que as produções intelectuais brasileiras tenham sido ponto importante para a criação da nação por uma pequena parte da população, não se pode negar que o caráter de criações destas a partir de algum ponto europeu não tenha sido fundamental para elas, como o dos latino-americanos, pois a maioria estudou fora do país e teve influencias de vários pensamentos europeus, assim como os dos outros países da América Latina, por mais que estes tenham tido universidades muito antes do que o Brasil.

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4.Considerações finais

Por mais que a definição de identidade seja “maleável” e não tendo uma forma única para explica-la de forma que possamos dizer que seja de uma forma ou de outra, o presente artigo, mostra está de uma forma a poder explicar as suas semelhanças e diferenças a partir de algumas características encontradas, sem pensar em suas transformações históricas, pois desta forma, tornar-se-ia impossível apresentar as suas diferenças e semelhanças relacionadas entre a sociedade brasileira e a latino-americana.

Os autores estrangeiros apresentados e as características da identidade latino-americana, que possam parecer que são de apenas um único lugar especificam do continente, foram minuciosamente escolhidos de forma não a apresentar somente os Estados-nação, mas por serem, estes exemplos, os que mais pudessem abranger de forma coerente características que se possam perceber não somente em um país; é dizer, não foram características apresentadas ao léu, mas que possam ser vistas na maioria das nações latino-americanas.

A ideia de América Latina, aqui, foi buscada como uma definição própria para poder marcar tais apresentações, pois devido às diferentes nações que a compõe seria improvável defini-la como única, questão, que é buscada por vários autores através principalmente do século XX, estes que tentamos suprir minimamente para o presente artigo.

Pudemos de alguma forma, minimamente, apresentar algumas semelhanças e diferenças entre as identidades brasileira e latino-americana,

utilizando-se de autores que puderam mostrar um pouco estes pontos, necessários para explanar sobre neste artigo.

Assim, podemos concluir, as considerações apresentadas, para mostrar que há diferenças entre as duas identidades apresentadas, mas que suas semelhanças, mostram uma aproximação entre elas, devido a suas características, que marcam uma possível mescla entre estas, podendo minimamente incluir ou pelo menos, poder fazer do Brasil, mais uma nação que está implicitamente na definição de América Latina, que muitos autores, acabaram separando, mas que em grande medida, não comporia esta categoria, mas sim as de hispano-américa e luso-américa, por isso, se torna importante tal demonstração, apesar de haver diferenças, pois qualquer país que esteja incluso a definição, terá semelhanças e diferenças, mas que mesmo assim, possa minimamente, fazer parte.

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Vídeos:

DarkMatter. Toronto: Joseph Mallozzi, Paul Mullie, 2015. 3 temporadas.

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