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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

ALÂNDA LUCIANA OLIVEIRA NOVAES

ANÁLISE DOS PROGRAMAS DE ALEITAMENTO

MATERNO DESENVOLVIDOS NO MUNICÍPIO DE

TANGARÁ DA SERRA - MT

TANGARÁ DA SERRA

(2)

ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

ALÂNDA LUCIANA OLIVEIRA NOVAES

ANÁLISE DOS PROGRAMAS DE ALEITAMENTO

MATERNO DESENVOLVIDOS NO MUNICÍPIO DE

TANGARÁ DA SERRA - MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado do Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem, sob a orientação da professora Cristiane Ferreira Lopes de Araújo e sob Co-orientação da Professora Enfermeira Alcione Oliveira de Souza.

TANGARÁ DA SERRA

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ALÂNDA LUCIANA OLIVEIRA NOVAES

ANÁLISE DOS PROGRAMAS DE ALEITAMENTO MATERNO

DESENVOLVIDOS NO MUNICÍPIO DE TANGARÁ DA SERRA – MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Resultado: Nota 10

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________

Orientadora: ProfªCristiane Ferreira Lopes de Araújo

Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra

___________________________________________________________

Examinadora:Ana Lúcia Andruchak

___________________________________________________________

Examinadora: Fernanda Luiza Silvestre

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AGRADECIMENTOS

A minha Orientadora Cristiane Ferreira Lopes de Araújo, por não medir esforços para me orientar e ajudar para que fosse possível a concretização deste trabalho.

A professora de metodologia Ana Lúcia Andruchack e ao professor Alex Rodrigues Borges, que independente do lugar e hora estavam sempre dispostos a atender e ensinar, além de

serem guerreiros que lutam pelos seus ideais e pela evolução do curso de enfermagem. A universidade, UNEMAT, por tonar possível o curso e as pesquisas necessárias para o

desenvolvimento da pesquisa. Assim também todos os profissionais que mantêm o funcionamento e a ordem do campus.

Aos professores que se dedicaram a me ensinar, em especial a Fernanda Luiza Silvestre, que além da dedicação, o incentivo em afirmar que eu estou no caminho certo.

Aos meus Avós, pelo amor incondicional e o aprendizado contínuo.

A minha família que direta ou indiretamente contribuíram e torceram sempre para eu permanecer na universidade e vencer esta etapa do inicio da minha carreira profissional.

Obrigada pelo Suporte!!!

Ao meu namorado, João Alberto Marcolin, pela sua compreensão, por seu companheirismo, sua confiança, seus incentivos e esforços para que eu nunca desistisse de nenhum dos meus

ideais, me ajudando a conquista-los um a um. Obrigada amor!!!

Aos meus amigos que sempre me apoiaram, tornando os meus dias mais felizes, me dando ânimo e força sempre...

Aos meus companheiros de sala de aula, que direta ou indiretamente contribuíram para o meu crescimento, pessoal e profissional, em especial os que sempre estiveram perto de mim,

Fernanda, Gleycielli, Liniker, Gisele e Danila.

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LISTA DE GRÁFICOS

Figura 1 - Idades das mulheres participantes da pesquisa 28 Figura 2 -Comparação da escolaridade das mulheres entre as USFs 28 Figura 3- Dificuldades relatadas pelas gestantes, puérperas e lactantes, para amamentar o

filho durante o tempo necessário 29

Figura 4 -Visão das mulheres em relação a existência de leite materno fraco 31 Figura 5 - Visão das mulheres em relação a substituição do leite 31 Figura 6 - Percepção das mulheres em relação ao benefício da amamentação 31 Figura 7 -Percepção das mulheres em relação ao tempo de amamentação exclusiva 33 Figura 8 -Porcentagem das mulheres que comem ou comeram alimentos para

potencializar a produção do leite materno 34

Figura 9 - Porcentagem das mulheres que realizam ou realizaram cuidados com as mamas 35 Figura 10 - Visão das mulheres sobre a importância do pai no sucesso da amamentação 36 Figura 11 - Razões pelas quais as mulheres deixaram de amamentar seus filhos 37 Figura 12 - Periodicidade das orientações recebidas pelas mulheres nas USFs 38 Figura 13- Distribuição dos profissionais que realizaram orientações sobre a

amamentação durante o pré-natal 39

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RESUMO

O Aleitamento Materno é considerado essencial para a promoção e proteção da saúde das crianças em todo o mundo. A superioridade do leite humano é irrefutável, pois é fonte de alimento, de proteção contra doenças e de promoção do afeto, fazendo com que especialistas do mundo inteiro recomendem a amamentação exclusiva. Este trabalho aborda os incentivos a retomada e manutenção da prática do Aleitamento Materno, de forma exclusiva até o sexto mês de vida, contribuindo assim para o progresso nos indicadores e na qualidade de vida dos recém-nascidos bem como na redução dos índices de morbi-mortalidade infantil. Como referência, esse trabalho se vale da contribuição de autores que publicaram contextos relacionados ao aleitamento materno. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e qualitativa, cujos locais de realização foram as Unidades de Saúde de Tangará da Serra, sendo que os questionários aplicados foram semi-estruturados. Foram coletados questionários com 8 enfermeiros das Unidades de Saúde da Família, 3 enfermeiros que atuam nos 3 Hospitais Privados do Município, e 56 mulheres que frequentavam as USFse se dispuserama participar da pesquisa, nasUSFs da COHAB e do JARDIM PRESIDENTE. Pode-se evidenciar a visão das mulheres em relação aos incentivos ao aleitamento materno, suas práticas e o conhecimento que possuem. Em relação aos enfermeiros, confirmou-se a prática parcial dos incentivos e a consciência da necessidade dos programas.

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ABSTRACT

Maternal lactation is considered essential for the promotion and protection of the health of children throughout the world. The superiority of breast-milk is irrefutable, because it’s a source of food, protection against diseases and promotion of affection, making so specialists in the world recommend exclusive breastfeeding. This paper addresses the incentives for the resumption and maintenance the practice of maternal lactation, exclusive until the sixth month of life, thus contributing to the progress in indicators and the quality of life of newly-born as well as the reduction of morbidity and-infant mortality. As a reference, this work is valley of the contribution of authors who have published contexts related to breastfeeding. This study of has a quantitative and a qualitative approach, whose place of execution were the Health Units of Tangará da Serra, and the questionnaires were semi-structured. Questionnaires were collected with 8 nurses Health Units of the Family, 3 nurses who work in the 3 Private Hospitals Municipality, and 56 women who stayed in the USFs and were prepared to participate in the research, in the USF - COHAB and the USF - GARDEN PRESIDENT. May-if evidence the vision of women in relation to the incentives to breastfeeding, their practices and knowledge. In relation of the nurses, confirmed-if the partial practice of incentives and awareness that the programs are necessary.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11

1 - ALEITAMENTO MATERNO ... 0

1.1 - CLASSIFICAÇÕES DO ALEITAMENTO MATERNO...13

1.2 - IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO ...13

2 - PROGRAMAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO... 14

2.1 - PROGRAMAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO NAS UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA...14

2.1.1 - Atenção no Pré-Natal... 15

2.1.2 - Atenção no Puerpério ... 16

2.2 - ALOJAMENTO CONJUNTO ...17

2.3 - MÉTODO MÃE CANGURU ...18

2.4 - NORMA BRASILEIRA DE COMERCIALIZAÇÃO DE: ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA, BICOS, CHUPETAS E MAMADEIRAS ...19

2.5 - INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA...20

2.6 - BANCO DE LEITE...22

2.7 - PROJETOS CARTEIRO AMIGO E BOMBEIROS DA VIDA...23

3 – DESENHO DO ESTUDO... 0

3.1 - ÁREA DE ESTUDO ...24

3.2 - MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO E TIPO DE ESTUDO ...24

3.3 - AMOSTRA...25

3.4 - ANÁLISE DOS DADOS ...25

4 – ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ... 26

4.1 - PRIMEIRA ETAPA ...27

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CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 0

APÊNDICES... 57

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INTRODUÇÃO

O leite humano é muito mais do que uma fonte de nutrientes, é uma substância viva de grande complexidade biológica. Através da amamentação as mães dão aos seus filhos todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento físico, mental e social. Amamentar não é só dar alimento ou cumprir o papel de mãe, mas é amar, doar, renunciar e valorizar este momento único. Com a inclusão da mulher no mercado de trabalho e as várias tarefas que ela deve desempenhar, o desmame precoce cresce a cada dia, gerando preocupação mundial.

Segundo Venâncio (2003) apud Reis (2008), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) organizaram uma reunião internacional, em 1979, para tratar da alimentação de lactente e crianças de primeira infância. Esta reunião é comentada por Bacco&Progianti (2008), quanto a discussão em relação à responsabilidade do Estado no combate à mortalidade infantil através do incentivo ao aleitamento materno.

No Brasil, até o início de 1980, as atividades de incentivo ao aleitamento materno aconteciam de forma isolada e envolviam, sobretudo, o setor saúde (ARAÚJO et. al., 2003). Várias estratégias de incentivo ao aleitamento materno foram implantados à partir da 1981 integrados ao Ministério da Saúde, a Organizações das Nações Unidas(ONU) e ao UNICEF, com a criação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno - PNIAM, no Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição – INAN. De acordo com Bacco&Progianti (2008), esse programa ressaltava a superioridade nutricional do leite humano sobre os outros leites e a importância imunológica do aleitamento materno nos primeiros quatro meses de vida da criança.

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Com a pesquisa verificamos os níveis de conhecimento dos enfermeiros, sobre o processo de implantação dos programas de incentivo ao aleitamento, bem como as dificuldades encontradas e a necessidade por parte do município em realizar incentivos, como aumento das Unidades de Saúde e a implantação de um banco de leite. Também se analisou a aceitação e aplicabilidade das orientações de incentivo ao aleitamento, recebidos pelas gestantes, puérperas, lactantes e mulheres que tem crianças na primeira infância, com o intuito de produzir informações de qualidade que visem melhorar as condições do atendimento realizado pelos profissionais de saúde. Portanto, este trabalho objetivou abordar os incentivos a retomada e manutenção da prática do Aleitamento Materno, de forma exclusiva até o sexto mês de vida, contribuindo assim para o progresso nos indicadores e na qualidade de vida dos recém-nascidos e na redução dos índices de morbi-mortalidade infantil.

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1 - ALEITAMENTO MATERNO

1.1 - CLASSIFICAÇÕES DO ALEITAMENTO MATERNO

De acordo com o dicionário Michaelis, aleitamento é o ato ou efeito de aleitar; aleitação; amamentação; lactação.Modo natural de alimentação da criança nos primeiros meses de vida (WEISZFLOG, 2009). O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) significa dar apenas leite materno ao seio ou então leite materno extraído. Segundo Sarafana et. al. (2006), o aleitamento materno exclusivo, não se introduz na alimentação outro leite para além do leite materno.

No aleitamento materno predominante (AMP), a criança continua recebendo leite do peito de forma predominante. Segundo Lana &Lamounier(2009), pode-se administrar água e bebidas à base de água, sucos de frutas, solução de sais de reidratação oral, vitaminas, minerais e remédios em forma de gotas e xaropes, mas além destes nenhum outro líquido baseado em alimentos. Já no aleitamento materno complementado (AMC), a criança começa a receber alimentos sólidos ou líquidos, inclusive leite não-materno como complemento (FROTA et. al., 2009).

O desmame é a introdução gradativa de alimentos, já o desmame precoce é a introdução antes da criança completar 6 meses de idade. A interrupção do aleitamento é quando a mãe retira totalmente o leite materno da criança (LANA & LAMOUNIER, 2009).

1.2 - IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO

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O aleitamento materno está associado com reduções significativas na incidência e duração de doenças gastrointestinais, bacteremias, otite média, meningite, alergias, diarréias, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes, e obesidade. A amamentação também está associada com uma freqüência reduzida de certas doenças crônicas em outras fases da vida, incluindo diabetes não insulinodependente, linfoma e doença de Crohn (BRASIL, 2009).

O leite materno, além de proporcionar benefícios para a criança, também beneficia a mãe. De acordo Rea (2004), ao amamentar a mulher apresenta menos doenças como o câncer de mama, certos cânceres ovarianos e certas fraturas ósseas, especialmente coxofemorais, por osteoporose. A amamentação também se relaciona à amenorréia pós-parto e ao conseqüente maior espaçamento intergestacional. Outros benefícios são o retorno ao peso pré-gestacional mais precocemente e o menor sangramento uterino pós-parto (conseqüentemente, menos anemia), devido à involução uterina mais rápida provocada pela maior liberação de ocitocina.

De acordo com Ministério da Saúde (1995) cerca de 1 milhão de crianças morrem a cada ano de diarréia, infecções respiratórias agudas e outras doenças infecciosas, porque não foram adequadamente amamentadas ao peito (MACHADO, 2002). Na atualidade existem vários motivos para a mulher não efetuar com sucesso o período adequado de amamentação, segundo Vinagre et. al. (2001) a industrialização, a urbanização, o trabalho externo da mulher, a redução da importância social da maternidade e a descoberta das fórmulas de leite em pó foram os principais responsáveis.

Segundo Percegoni et. al. (2002), faz-se necessário o diagnóstico da situação local, para identificar o nível de conhecimento da população (mulheres), para a determinação do direcionamento dos programas educativos e para a reorientação das práticas adotadas por profissionais e unidades de saúde.

2 - PROGRAMAS DE INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO

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2.1.1 - Atenção no Pré-Natal

O Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) foi criado antes do PSF, no ano de 1984, onde Ministério da Saúde constatou que o serviço oferecido a saúde da mulher, era carente e limitado, pois sua abrangência era apenas o ciclo gravídico puerperal e com deficiência (OSIS, 1988).

O PAISM trazia consigo princípios e diretrizes como a descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e equidade da atenção, princípios que no futuro inseririamna formulação do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2004). De acordo com Rios & Vieira (2007), o PAISM deu ênfase aos cuidados básicos de saúde e destacou a importância das ações educativas no atendimento à mulher. Assim, Penna et. al. (1999), complementa que a dimensão educativa é, sem dúvida, um dos aspectos mais inovadores do PAISM, pois objetiva contribuir com o acréscimo de informações das mulheres em relação ao seu corpo e valorizar suas experiências de vida.

O PAISM veio dar estimulo e desenvolvimento de várias atividades de cunho informativo/educativo nas unidades de saúde, visando à promoção do autoconhecimento e da auto-estima das mulheres, que se incluíram em oficinas e outros tipos de abordagens grupais com enfoque participativo (MOURA & RODRIGUES, 2003).

O Ministério da Saúde preconiza o mínimo de seis consultas de pré-natal no PAISM, onde se deve considerar a importância da atuação do enfermeiro no processo do atendimento, traçando diretrizes, a fim de aperfeiçoar os serviços e garantir assistência de qualidade as mulheres (VALENTE et. al., 2010).

A atenção primária se estabelece o ponto forte para o incentivo ao aleitamento materno, sendo fornecida como porta de entrada aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), através do pré-natal. A atenção básica tende a construir, a partir das equipes de saúde da família, o estabelecimento de vínculos entre a população e a equipe, visto que a assistência é realizada com freqüência, reforçando laços através das práticas de prevenção e promoção a saúde (MEDEIROS et. al., 2009).

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mensalmente, onde permite que a mulher reflita e questione possíveis dúvidas. As equipes de atenção básica devem estar capacitadas para acolher precocemente a gestante, garantindo orientação apropriada quanto aos benefícios da amamentação para mãe, a criança, a família e a sociedade (BRASIL, 2004).

Na consulta individual, o profissional (enfermeiro ou médico) deve informar a paciente sobre os benefícios do aleitamento, eliminando principais tabus existentes (leite fraco, insuficiente) e abordando temas como: a anatomia da mama, fisiologia da lactação, cuidados com a mama, nutrição, aspectos emocionais e a importância do leite materno para o bebê.Além do acompanhamento pré-natal, pode-se estimular a formação de grupos de apoio à gestante com a participação dos familiares, inclusive grupos de sala de espera (BRASIL, 2009).

A sala de espera permite que as gestantes sintam-se inclusas para expor suas experiências e assim construírem a decisãoquantoa amamentação. O enfermeiro deve lembrar e explicar em linguagem simples as informações relevantes não mencionadas durante a reunião. Com um Pré-Natal de qualidade e humanizado, a mulher estará mais bem preparada para enfrentar o momento do Parto e vivenciar de maneira mais harmoniosa e segura o Puerpério(BUENO & TERUYA, 2004).

2.1.2 - Atenção no Puerpério

A mulher passa por vários momentos desde a gravidez até o período de pós-parto, chamado de puerpério. Muitos são os medos, angústias, ansiedades, dúvidas, sobre como será o parto. Todavia, grande parte dessas sensações transcorre nesse momento e acompanham a mulher em todo ciclo gravídico-puerperal. As informações referentes ao puerpério são relevantes, pois a mulher passa por um momento de adaptação com a chegada do bebê e com as mudanças que ocorrem em seu organismo (BRASIL, 2010).

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estabelecimento da lactação, pela adaptação psicológica da mãe e pelo estabelecimento da relação mãe-filho e familiares (ALMEIDA, 2000).

Ao considerar tais modificações e adaptações vivenciadas pela mulher no puerpério, acredita-se na importância de prestar uma atenção bastante peculiar e específica, reconhecendo a individualidade e visando efetuar o atendimento humanizado, não devendo a concentração das atenções estar apenas no bebê, mas o foco da atenção nesse momento deve ser a mulher, nas necessidades por ela apresentada, pois muitos dos sintomas físicos manifestos mascaram problemáticas subjacentes (BRASIL, 2002).

2.2 - ALOJAMENTO CONJUNTO

Historicamente no Brasil, o sistema de Alojamento Conjunto surge a partir da década de 70, reformulando a prática de enfermagem, pois o enfermeiro deverá agora assistir conjuntamente a mãe e a criança (FREDERICO, 2000). A primeira experiência de implantação e utilização do Alojamento Conjunto se deu em 1971, no Primeiro Hospital Distrital de Brasília (hoje HBDF), por Ernesto Silva (OLIVEIRA et. al., 2004).

Segundo Reis (2008) apud Frederico et. al. (2000) o alojamento conjunto é um sistema hospitalar em que o recém nascido sadio, logo após o nascimento, permanece ao lado da mãe 24 horas por dia, até que receba alta. Assim, possibilita a prestação de todos os cuidados assistenciais e a orientação à mãe sobre a saúde do binômio mãe/filho.

Publicada em 1983, a resolução nº 18/INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) Aas hospitais públicos e conveniados com o SUS, estabeleceu normas e tornou obrigatória a permanência do filho ao lado da mãe, através do sistema de alojamento conjunto (BRASIL, 2002).

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PORTARIA Nº 1016, DE 26 DE AGOSTO DE 1993. O Ministro de Estado da Saúde, Interino, no uso das suas atribuições legais, e Considerando a necessidade de incentivar a lactação e o aleitamento materno, favorecendo o relacionamento mãe/filho e o desenvolvimento de programas educacionais de saúde Considerando a necessidade de diminuir o risco de infecção hospitalar, evitar as complicações maternas e do recém nascido Considerando a necessidade de estimular a integração da equipe multiprofissional de saúde nos diferentes níveis Considerando ainda que o Estatuto da Criança e do Adolescente no capítulo I, Art. 10º, inciso V, estabelece que: “ Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe”. RESOLVE: 1 Aprovar as Normas Básicas para a implantação do sistema “Alojamento Conjunto”, contida no anexo I. 2 esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando estabelecido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, para adoção em todas as Unidades Médico Assistenciais integrantes do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde SIH/SUS. 3 Revoguem-se as disposições me contrário.

O Alojamento Conjunto tem como objetivo a integração mais íntima da mãe com o recém nascido, contribuindo para estabelecer um melhor relacionamento afetivo para ambos desde o nascimento, proporcionar a segurança emocional para os pais, quanto aos cuidados com o bebê,além de incentivar o aleitamento materno diminuindo a incidência de infecções hospitalares (FONSECA et al., 2002).Segundo Fonseca et al., (2002) apud Reis (2008), o alojamento conjunto proporciona ao bebê ser cuidado pela mãe e pelo pai, sendo favorável e vantajoso a criança.

2.3 - MÉTODO MÃE CANGURU

O Método Mãe Canguru (MMC) foi idealizado em 1979 por Edgar Rey Sanabria e Hector Martinez, no Instituto Materno- Infantil de Bogotá, Colômbia. Com a proposta do cuidado neonatal convencional para bebês de baixo peso ao nascer (BPN). A denominação Mãe Canguru é devido à maneira pela qual as mães carregavam seus bebês após o nascimento, de forma semelhante aos marsupiais(VENANCIO & ALMEIDA, 2004). Segundo o Ministério da Saúde (2002), o método canguru é a assistência neonatal onde há contato pele a pele precoce entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, onde ambos possam ter prazer no tempo determinado por eles.

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(2006), o método deve ser indicado para o recém-nascido pré-termo ou de baixo peso estável, que precisa de proteção térmica, nutrição adequada, observação freqüente e proteção contra infecções.

Segundo Lamy et. al. (2005) apud Reis et. al. (2008), surgiu à necessidade de encontrar soluções para superlotação das unidades neonatais, que por diversas vezes encontrava-se com mais de dois recém-nascidos na mesma incubadora. O MMC possibilita a mãe substituir à incubadora, progressivamente, mantendo o recém-nascido aquecido, com o seu corpo. Este cuidado inicia-se dentro do hospital e se mantém em casa, com estreito acompanhamento da equipe de saúde. A implementação das diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde, implica equipes de saúde com habilidades para realizar orientações nas unidades neonatais e principalmente informar de modo a influenciar o cuidado no âmbito da família (TOMA et. al., 2003).

O método canguru contempla uma estratégia de humanização e integralidade do cuidado, onde possibilita aos pais a atuação direta e integral ao atendimento e as necessidades de seu filho, para quehaja melhora de forma rápida e assim obtenha alta hospitalar (CAETANO et. al., 2005). Os profissionais devem estar capacitados etreinados, para realizar o processo de transformação do modelo assistencial, visando oferecer atenção humanizada ao recém-nascido e a família (FURLAN et. al., 2003).

2.4 - NORMA BRASILEIRA DE COMERCIALIZAÇÃO DE: ALIMENTOS PARA LACTENTES E CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA, BICOS, CHUPETAS E MAMADEIRAS

O leite materno é o único que possui todos os nutrientes que o recém-nascido necessita, porém o aleitamento de forma exclusiva até os 6 meses de vida não é uma prática universal. O desmame precoce ainda é uma realidade acarretando em problemas de saúde pública (ARAÚJO et. al., 2006).

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As resoluções regulamentam a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e produtos de puericultura correspondentes. A legislação traz regras como a proibição de propagandas de fórmulas lácteas infantis, o uso de termos que lembrem o leite materno em rótulos de alimentos preparados para bebês e fotos ou desenhos que não sejam necessários para ilustrar métodos de preparação do produto (ARAÚJO et. al., 2006).

Os leites destinados às crianças devem trazer embalagens advertindo que o produto deve ser incluído na alimentação de menores de um ano apenas com indicação expressa de médico e informar sobre a superioridade do leite materno e os prejuízos da introdução da alimentação com mamadeira. Torna-se proibido doações de mamadeiras, bicos e chupetas ou a sua venda em serviços públicos (MONTEIRO, 2006).

Segundo Araújo et. al. (2006) apud Reis et. al. (2008), a legislação necessita de aprimoramento para garantir maior proteção o aleitamento materno exclusivo. Por outro lado, é notável o compromisso social do governo brasileiro, nos vários níveis de gestão, fazendo cumprir a legislação no país, assegurando nutrição adequada às crianças de primeira infância.

Na assistência de enfermagem é necessário encorajar, orientar, incentivar e mostrar os benefícios do aleitamento materno para toda a população. Durante o pré-natal, as mulheres devem ser informadas dos benefícios da amamentação, as técnicas da amamentação, as desvantagens do uso de leite não humano, para assim aumentar a sua habilidade e confiança (MARTINS et. al., 2009).

Segundo Rea& Toma (2000), às estratégias de marketing não éticas e frequentemente agressivas das empresas impõe-se como parte de qualquer atividade ou programa de incentivo ao aleitamento materno.

2.5 - INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA

O Brasil, em 1990 participou de um encontro em Florença, Itália, promovido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em busca de mecanismos e ações que pudessem ser desenvolvidas para proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno (ARAÚJO & SCHMITZ, 2007).

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praticar a amamentação com sucesso, enfatizando a recomendação do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e, com outros alimentos, até os dois anos, o que vem sendo adotado pelo Ministério da Saúde com o apoio da Sociedade Brasileira de Pediatria(LAMOUNIER, 1996).

No referido encontro foi idealizado a “Iniciativa Hospital Amigo da Criança” consistindo na mobilização de profissionais de saúde e funcionários de hospitais e maternidades para mudanças em rotinas e condutas visando prevenir o desmame precoce.Os motivos que levaram a OMS e o UNICEF a fazerem a opção em atuar junto aos hospitais se devem aos fatores envolvidos no desestímulo à amamentação relacionada com informações errôneas e práticas inadequadas atribuídas à unidade de saúde ou ao profissional de saúde (LAMOUNIER, 1998).

Assim houve a criação dos “Dez Passos para o Sucesso do AleitamentoMaterno”, elaborado por um grupo de especialistas de saúde e nutrição de vários países e de acordo com Lana &Lamounier (2009), 85% das crianças que mamavam apenas dois meses, chegaram a um ano sendo amamentadas, quase dobraram.

Os 10 passos necessários para a implantação do IHAC são:1. Ter uma política de aleitamento materno escrita que seja rotineiramente transmitida a toda equipe de cuidados da saúde. 2. Capacitar toda a equipe de cuidados da saúde nas práticas necessárias para implementar essa política. 3. Informar todas as gestantes sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno. 4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento. 5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se separadas dos seus filhos. 6. Não oferecer aos recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno, a não ser que haja indicação médica. 7. Praticar o alojamento conjunto – permitir que mães e bebês permaneçam juntos - 24 horas por dia. 8. Incentivar o aleitamento materno sob livre demanda. 9. Não oferecer bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas. 10. Promover grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade (BRASIL, 2010).

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Os dez passos para o sucesso na amamentação é um pré-requisito básico em todo o mundo para que uma instituição de saúde receba o título de amigo da criança.Essa certificação oferece à instituição um incentivo financeiro e político para estimular a prática do aleitamento materno e contribuir para a redução dos altos índices de desmame precoce (BACCO & PROGIANTI, 2008).

2.6 - BANCO DE LEITE

O primeiro Banco de Leite Humano (BLH) instituído no Brasil foi noInstituto Nacional de Puericultura, hoje conhecido como Banco de Leite Humano do Instituto Fernandes Figueira, seu funcionamento iniciou nas décadas de 40 e 70, servindo de modelo para outras instituições. A proposta era apenas coletar e distribuir o leite. Em 1985, comPrograma Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno, os BLH passaram a assumir um novo papel no cenário da saúde pública brasileira, através de um processo de reestruturação operacional que estabeleceu o modelo preventivo, onde hoje mais de 180 unidades fazem parte em todo país (MAIA et. al., 2006).

Segundo Brasil (2008), inicialmente os BLH eramdelineadosapenas para atender a casos especiais, onde as fórmulas láticas não apresentavam respostas adequadas, como prematuridade e alergia ao leite de vaca, pois nesta época o leite humano não era um concorrente para os produtos industrializados. Hoje os bancos de leite humano têm se configurado como um dos mais importantes elementos estratégicos da política pública em favor da amamentação.De acordo com Almeida (1985) apud Vinagre et.al. (2001), os BLH hoje oferecem leite a lactentes que não dispõem de aleitamento ao peito e dependem prioritariamente de leite humano e/ou do colostro para a sua nutrição.

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Os profissionais para realizar o exercício das atividades assistenciais, devem estar capacitados em relação ao manejo clínico da lactação, ao aconselhamento em amamentação e o monitoramento da norma brasileira de comercialização de alimentos para lactentes. Essa capacitação pode ser obtida através da realização de cursos específicos, oferecidos pela Rede Nacional de Bancos de Leite (GUIMARÃES et. al., 2004).

2.7 - PROJETOS CARTEIRO AMIGO E BOMBEIROS DA VIDA

O Programa Carteiro Amigo, iniciou-se no Ceará, em 1996.Em 31 de outubro de 1999, essa estratégia foi promovida nos nove estados da região Nordeste.A partir de 2000, atingiu o Norte e o Centro-Oeste, e em 2001 se destinou a todos os municípios brasileiros que dispõem de centro de distribuição domiciliar de correspondências (BRASIL, 2002).

O projeto é uma parceria entre o sistema de saúde e a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), que tem por objetivo informar a comunidade sobre a importância e as vantagens do aleitamento materno para a saúde da mãe e da criança, visando incentivar a prática do aleitamento materno exclusivo até os seis meses e como complemento até os dois anos de idade, sendo esta estratégia para reduzir a desnutrição e a morbimortalidade infantil e melhorar a qualidade de vida das crianças brasileiras. Os carteiros participam como força auxiliar dos órgãos de saúde, divulgando as vantagens da amamentação natural, através de um folder produzido pelo Ministério da Saúde, com os dez passos para se obter sucesso na amamentação, distribuindo-os nos domicílios onde residem gestantes e crianças menores de um ano (ARAÚJO et. al., 2003).

No Ceará, a redução dos índices de mortalidade infantil, de 80 crianças a cada mil nascidas vivas, em 1996, para 38,8 a cada mil, em 1998. Nos três primeiros meses da iniciação do projeto, cerca de 100 mil lares foram visitados e o número de mães que amamentavam duplicou (MACEDO, 2001).

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3 – DESENHO DO ESTUDO

3.1 - ÁREA DE ESTUDO

O município de Tangará da Serra está localizado na região Sudoeste do Estado de Mato Grosso conhecida como Médio Norte está a 240 quilômetros da capital de Cuiabá. E localiza-se nas coordenadas geográficas Latitude 14º 04' 38'' S- Longitude 57º 03' 45'' W; a 423 metros acima do nível do mar. As principais atividades econômicas são a pecuária de corte e a agricultura de soja, algodão, café, arroz e cana-de-açúcar (ROSA, 2008).

Tangará da Serra possui uma área de aproximadamente 11.565.976 Km² e uma população de 81.960 habitantes (IBGE, 2009), dos quais mais de 90% residentes na área urbana. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era de 0,780 (IBGE, 2010).

Atualmente o município possui 10 unidades de saúde da família, as quais devem abranger o recomendado entre 600 e 1.000 famílias, não ultrapassando o limite máximo de 4.500 pessoas, sendo que cada agente comunitário cobre uma área aproximadamente de 20 a 250 famílias. Possui 07 postos satélites, 01 Unidade Mista de Saúde, 01 centro de Saúde e 03 Hospitais Particulares.

3.2 - MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO E TIPO DE ESTUDO

O método de estudo utilizado foi quali-quantitativo. A pesquisa qualitativa segundo Maanen (1979) apud Neves (1996) tem por objetivo traduzir e expressar o sentido dos fenômenos do mundo social; trata-se de reduzir a distância entre indicador e indicado, entre teoria e dados, entre contexto e ação. A pesquisa quantitativa segundo Minayo& Sanches (1993) apud Serapioni (2000), descreve como uma investigação que atua em níveis de realidade e tem como objetivo trazer à luz dados, indicadores e tendências observáveis.

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publicadas. No qual tange a finalidade da pesquisa é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, falado ou filmado sobre determinado assunto.

Para a realização deste estudo escolheu-se o questionário e o método de aplicação direta para a coleta dos dados. O questionário continha perguntas fechadas e abertas, no qual o indivíduo podia escolher respostas possíveis ou enumerar uma resposta rápida (Apêndices 1,2,3). O questionário foi elaborado tendo em conta os objetivos específicos delimitados.

As unidades foram identificadas por números em ordem crescente conforme a ordem de coleta de dados, critério esse utilizado para não expor tanto as unidades como as pessoas que a utilizam.

3.3 - AMOSTRA

O método de amostragem escolhido para o estudo foia amostragem não aleatória, acidental e intencional. Segundo Polit et. al.(2004), a amostragem não aleatória acidental implica na inclusão das pessoas mais convenientemente disponíveis como participantes do estudo. Os sujeitos foram incluídos no estudo à medida que estes se apresentaram num local preciso (USF), (Fortin, 1999).

Foram aplicados questionários semi-estruturados para 11 enfermeiros e 56 mulheres com características desejáveis ao estudo e que se dispuseram a participar do mesmo, mediante termo de consentimento livre e esclarecido conforme modelo do comitê de ética da Universidade do Estado de Mato Grosso. Dos 11 enfermeiros entrevistados, 8 eram atuantes nas Unidades de Saúde da Família e 3 em Hospitais Particulares e/ou Conveniados com o SUS, as mulheres pesquisadas apresentavam idade acima de 18 anos. Antes do início da coleta de dados, foi realizado um contato prévio com as unidades de saúde e com os profissionais de saúde. O direito ao anonimato e à confidencialidade dos sujeitosfoi respeitada, as identidades foram preservadas, não foram submetidos a nenhum risco (CNS, 196/96).

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Para que os dados coletados fossem melhor compreendidos, a análise foi dividida em etapas. Na primeira etapa as mulheres foram separadas de acordo com sua classificação, gestantes, puérperas, lactantes e mulheres com crianças na primeira infância e relacionadas a seus respectivos bairros, permitindo assim a comparação entre eles. Foi analisada a aceitação e aplicabilidade das orientações de incentivo ao aleitamento, o nível de conhecimento da importância do leite, da mãe realizar uma alimentação adequada, dos cuidados com o corpo, além de verificar quem realizava as orientações, a periodicidade e se essas eram informações de qualidade no ponto de vista da mulher. A elaboração dos gráficos foi realizada utilizando planilhas do excel, para melhor visualização dos dados.

Na segunda etapa, As entrevistas realizadas foram transcritas na íntegra como dado bruto e os enfermeiros foram classificados em ordem numérica, de acordo com a instituição a qual pertenciam, podendo assim garantir uma perfeita demonstração das vontades e necessidades avaliadas pelos enfermeiros, além de poder colaborar como pesquisador expressando o além do dito, o que foi vivenciado, mesmo que este olhar seja acompanhado de limitações. Após a transcrição dos dados, estesforam analisados com base nas teorias que sustentam esse estudo.

O retorno à população participante da pesquisa foi realizado através de palestras educativas nas USFs onde foram coletados os dados, oferecidas para a população geral através da secretaria municipal de saúde (Apêndice 4).

4 – ORGANIZAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

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4.1 - PRIMEIRA ETAPA

A amamentação é um ato único, onde a mulher dá ao seu filho os nutrientes necessários para seu desenvolvimento físico, mental e social, através do leite materno. Mas vários fatores contribuem para a não realização da amamentação de forma eficaz, entre eles pode-se citar: nível socioeconômico, grau de escolaridade da mãe, idade da mãe, trabalho materno, urbanização, conhecimento materno, incentivo do cônjuge e de parentes, intenção da mãe de amamentar, insuficiência de leite e problemas durante a técnica da amamentação. Segundo Frota et. al. (2009), umas das principais influências são, o nível socioeconômico, a idade e o grau de escolaridade da mãe.

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Figura 1- Idades das mulheres participantes da pesquisa.

Figura 2 – Comparação da escolaridade das mulheres entre as USFs.

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amamentar o filho até que ele complete 6 meses, a Lei do Trabalho, artigo 396, garante a mulher dois descansos durante a jornada de trabalho de meia hora cada um (BRASIL, 2009).

Analisando os dados na USF – 1, existe uma relação entre o nível de escolaridade, a amamentação e os medos da não realização durante o tempo que é necessário da mesma, conforme constatado neste estudo, pois se observou que as mulheres com maior nível de escolaridade apresentaram mais receio de não amamentar devido a sua inserção no mercado de trabalho. Na USF – 2, devido ao fato de apresentarem baixo nível de escolaridade e a não inserção no mercado de trabalho, as mulheres não apresentaram receio em amamentar o filho o tempo necessário (Figura 2).

Figura 3 – Dificuldades relatadas pelas gestantes, puérperas e lactantes, para amamentar o filho durante o tempo necessário.

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materno não é suficiente para nutrir totalmente a criança nos primeiros meses de vida. Muitas acreditam que existe leite fraco, o que nos permite inferir o motivo pelo qual elas complementam a amamentação precocemente. Sobre a dimensão dos benefícios do leite, para Azevedo et. al. (2010), há restrições no conhecimento da mulher, pois esta acredita que o aleitamento beneficia apenas a mãe e o filho, porém o mesmo autor considera que os benefícios trazemconseqüências a nível de sociedade, visto que o aleitamento reduz a morbi-mortalidade infantil. Mas o aleitamento vai além, segundo Müller (2003), a amamentação previne a contaminação prejudicial do meio ambiente, protegendo a saúde das crianças e das futuras gerações.

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Figura 4 – Visão das mulheres em relação a

existência de leite materno fraco.

Figura 5 – Visão das mulheres em relação a substituição do leite.

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A intenção da mulher em amamentar seu filho é uma decisão pessoal, que sofre interferência de vários fatores: emocional, social, cultural e econômico. Segundo Primo e Caetano (1999), os sentimentos das mulheres ao desejarem amamentar são bons e ruins e na sua maioria elas vêem a amamentação como um dever/responsabilidade da mulher como mãe que deve sobrepor ao seu desejo ou não de querer fazê-lo. O aleitamento deve ser realizado exclusivamente até os seis meses de idade, quando ele não é feito dentro deste período o lactente pode ser lesado. De acordo com Neiva et. al. (2003), com o desmame precoce, além da mãe não fornecer os nutrientes necessários ao lactente, há prejuízo no crescimento e desenvolvimento craniofacial e motor-oral do recém-nascido, pois a sucção durante o aleitamento natural promove o desenvolvimento adequado dos órgãos fonoarticulatórios, melhorando a mobilidade, a força, a postura, e o desenvolvimento das funções de respiração, mastigação, deglutição e articulação dos sons da fala. Complementando,Lamounier (1996), afirma que a criança passa a ingerir menos leite humano, interferindo na absorção de nutrientes, como ferro e o zinco, aumentando o risco de alergia alimentar, a taxa de morbimortalidade infantil e a ocorrência de doenças crônicas-degenerativas na idade adulta. O aleitamento posterior aos seis meses exclusivamente com o leite materno, também não é indicado. Segundo Parizotto&Zorzi (2008), após os seis meses de idade o bebê adquire maturidade fisiológica e neurológica para receber outros alimentos.

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Figura 7 – Percepção das mulheres em relação ao tempo de amamentação exclusiva.

Há várias crenças em relação à alimentação da mulher para a estimulação do leite materno, entre estas, está a ingestão das canjicas e dos derivados do milho. Segundo a Unicef, para estimular a produção de leite, a mãe deve beber bastante líquido: chás, água, sucos ou leite (SOARES & VARELA, 2007). Portanto a estimulação do leite se dá devida a ingestão de líquidos.

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Figura 8 – Porcentagem das mulheres que comem ou comeram alimentos para potencializar a produção do leite materno.

A preocupação e cuidado com as mamas devem acontecer desde a gestação, segundo Castro et. al. (2009), as intercorrências mamárias relacionadas à lactação são, reconhecidamente, fatores determinantes na continuidade e sucesso da amamentação, as principais intercorrências são o ingurgitamento mamário, fissura mamilar, mastite puerperal, bloqueio de ducto e abscesso mamário, sendo que estas podem ser agravadas frente à má formação dos mamilos, impedindo uma apreensão adequada por parte dos recém-nascidos, porém essas condições são preveníveis e solucionáveis com cuidados adequados. Os cuidados que devem ser realizados com as mamas são: a higienização das mamas só com água, sendo desnecessário o uso de sabonete especial ou de pomadas, em caso de rachaduras deve-se passar o próprio leite materno, porque ele possui ação cicatrizante, é importante expor as mamas ao sol, de 10 a 15 minutos por dia, usar sutiã durante toda a fase de amamentação, pois evita o desconforto das mamas muito cheias e dolorosas que podem propiciar inflamação, em caso de mamas muito duras, procurar fazer ordenha do leite promovendo alívio e evitar ficar com o sutiã molhado (BRASIL, 2008).

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entrevistadas possuem pouco conhecimento sobre as técnicas que devem ser realizadas para a preservação da integridade da mama, deixando-as suscetíveis as possíveis intercorrências (figura 9).

Figura 9 – Porcentagem das mulheres que realizam ou realizaram cuidados com as mamas.

Sabe-se que a amamentação proporciona o vínculo e o afeto entre mãe e filho. De acordo com o Ministério da Saúde (2009), o contato contínuo entre mãe e filho fortalece os laços afetivos entre eles, oportuniza intimidade, troca de afeto, sentimentos de segurança e proteção na criança e autoconfiança e realização na mulher. Ao interrogar as mulheres de primeira infância se durante a amamentação ao seio a relação com o seu filho melhorou, 87,5% concordaram, com isso os dados confirmam o autor supracitado.

Para realização da amamentação de modo prazeroso, a mulher necessita de apoio da família e do parceiro. Segundo Giugliani (1994) apud Faleiros et. al. (2006), o fato das mães terem uma união estável e o apoio de outras pessoas, especialmente do marido ou companheiro, exerce influência positiva na duração da amamentação, pois elas recebem apoio social, econômico, emocional e educacional, sendo o companheiro a pessoa com maior peso nesses diferentes tipos de apoio.

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afirmaram relataram que o papel do pai é o apoio, o incentivo, principalmente de madrugada (Figura 10). Em relação ao apoio familiar, 96,42% responderam afirmativamente.

Figura 10 – Visão das mulheres sobre a importância do pai no sucesso da amamentação.

Não se tratando de exclusividade mais de complemento, o Ministério da Saúde (2002), afirma que o aleitamento materno para ser realizado de forma eficiente deve ser exclusivo até os 6 meses e como complemento até os 2 anos.

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Figura 11 – Razões pelas quais as mulheres deixaram de amamentar seus filhos.

A orientação relacionada a amamentação deve ser realizada no pré-natal, pelos enfermeiros e/ou médicos ou ainda por técnicos ou assistentes de saúde treinados pelos enfermeiros na sala de espera. As consultas de pré-natal devem ser de no mínimo 6, onde a mulher deve receber as orientações necessárias (BRASIL, 2008).

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Figura 12 – Periodicidade das orientações recebidas pelas mulheres nas USFs.

Na Unidade de Saúde da Família, o enfermeiro é quem realiza a primeira consulta de pré-natal, sendo que as outras podem ser divididas entre o médico e o enfermeiro ou serem somente do médico (BRASIL, 2005). Portanto o enfermeiro deverá realizar pelo menos uma vez as orientações necessárias.

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Figura 13 – Distribuição dos profissionais que realizaram orientações sobre a amamentação durante o pré-natal.

O aconselhamento sobre aleitamento materno é de substancial relevância, através dele os profissionais conseguem sensibilizar e incentivar as mulheres quanto a importância do processo de amamentação, com isso, o enfermeiro tem um papel relevante dentro do programa de saúde da família junto a sua equipe, e o seu perfil pode ser um fator indispensável na assistência prestada junto à comunidade (AMORIM & ANDRADE, 2009).

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Figura 14 –Avaliação das mulheres quanto as informações recebidas nas USFs.

4.2 - SEGUNDA ETAPA

Foram pesquisados 11 enfermeiros, sendo 8 atuantes nas Unidades de Saúde da Família e 3 de Hospitais Particulares do município de Tangará da Serra, com o objetivo de verificar qual a visão destes profissionais quanto a importância do aleitamento materno.

O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher estimula à participação da(o) enfermeira(o) nas ações de saúde da mulher, especialmente na assistência pré-natal. Conforme a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem – Decreto n.º 94.406/87 e o Ministério da Saúde, o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pela enfermeira. Como descrito na Lei n.º 7.498 de 25 de julho de 1986, que regulamenta o exercício de Enfermagem, cabe à enfermeira realizar consulta de enfermagem e prescrição da assistência de enfermagem; como integrante da equipe de saúde: prescrever medicamentos, desde que estabelecidos em Programas de Saúde Pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; oferecer assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera e realizar atividades de educação em saúde (RIOS & VIEIRA, 2007).

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orientações e auxílio nas mamadas no período de internação. Nas USFs, foram descritasa realização de palestras em sala de espera, consultas de pré-natal, consultas de puerpério/puericultura, visitas domiciliares e educação em saúde juntamente com os agentes comunitários nos grupo de gestante do CRAS - Centro de Referencia e Atendimento Social. Em relação a periodicidade, nas USFs as atividades acontecem de 1 a 3 vezes por semana e nos Hospitais diariamente.

A atenção a gestante é uma preocupação social, por isso o CRAS, atua com uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogos, enfermeiros, artesãs, entre outros, onde há realização de orientações as mulheres carentes, para que aprendam e realizarem uma boa amamentação. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (2010) o CRAS é uma unidade pública estatal descentralizada da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). Ele atua como a principal porta de entrada para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), dada sua capilaridade nos territórios e é responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social. Além de ofertar serviços e ações de proteção básica, o CRAS possui a função de gestão territorial da rede de assistência social básica, promovendo a organização e a articulação das unidades a ele referenciadas e o gerenciamento dos processos nele envolvidos.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, no município de Tangará da Serra, o CRAS possui4 unidades de atendimento. A cada três meses, a secretaria de Assistência Social, juntamente com os outros profissionais da saúde, realizamum curso exclusivo para as gestantes, com duração de 3 meses, onde elas têm a oportunidade de aprender a bordar, recebendo orientações e dicas de como cuidarem do corpo, da alimentação e do bebê após o nascimento, além de receberem vários kit’s para seus enxovais. A cada curso participam aproximadamente 20 mulheres.

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“Falta de tempo; baixo número de funcionários; falta de planejamento da coordenação para este incentivo” (Enf.1).

“É necessário capacitar mais profissionais e por parte do município deveria ter banco de leite pela quantidade de habitantes, assim estaria incentivando o aleitamento materno”(Enf.2).

“Apoio da coordenação municipal, a área de cobertura da unidade é muito grande e prejudica a qualidade do atendimento, falta USF no município e falta de estrutura física”(Enf.4).

“O que impede é a grande demanda, porque não possui unidades de saúde da família de acordo com a necessidade do município”(Enf.6).

E, quando questionados como eles vêem a efetividade do incentivo ao aleitamento em suas práticas para a sociedade, 37,5% responderam razoável, outros 37,5% boa, 12,5% ótima e outros 12,5% excelente. Assim, os dados evidenciam que 75% acreditam ser razoável ou boa, demonstrando que eles são críticos em relaçãoasações efetuadas em suas unidades e que estas ainda não são completamente atingidas.

Ao realizarem a descrição de uma realidade que não é satisfatória, os enfermeiros enfatizam a dificuldade de trabalhar tendo que efetuar suas ações com uma grande demanda de pacientes, que devem ser atendidos por falta de USFs no município, de planejamento da coordenação, de uma estrutura física específica, como uma sala equipada para a realização de palestras, direcionadas para que as mulheres compreendam a palestra e vejam que a mesma é um incentivo específico e que o município realize um incentivo a nível municipal para apoiar a amamentação, como um banco de leite. Assim, pode-se confirmar que mesmo havendo uma prática, as mulheres não as percebem pela rapidez que é efetuada e pelo espaço físico que não é específico.

Conhecendo as propriedades do leite humano e suas vantagens para toda a sociedade, faz-se imprescindível o incentivo pelos profissionais de saúde diretamente ligados à assistência da mulher. Ao relatar a importância da realização da prática do incentivo ao aleitamento, na visão do profissional, as respostas foram:

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“Conscientizar as mulheres do benefício desse ato, tanto para ela como para a criança com relação à saúde e também a diminuição de custos”(Enf.5).

“Com a prática da orientação a mãe acaba percebendo a real necessidade de amamentar até os seis meses e a importância da nutrição adequada da mulher”(Enf.7).

A percepção dos enfermeiros sobre a importância da realização do incentivo ao aleitamento materno é relevante, pois confirma a possível vontade da efetuação dos programas para conscientização das mulheres. Confirmando os dados, 100% dos enfermeirosrelataram que, em suas concepções, os programas específicos ao aleitamento são aliados no combate a morbi-mortalidade infantil.

Segundo a Prefeitura Municipal de Tangara da Serra (2007), no período 1991-2000, a taxa de mortalidade infantil do município diminuiu 24,15%, passando de 36,56 mortes (por mil nascidos vivos) em 1991 para 27,73 (por mil nascidos vivos) em 2000, e a esperança de vida ao nascer cresceu 6,32 anos, passando de 62,84 anos em 1991 para 69,16 anos em 2000.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2007), do período de 1990 e 2000, demonstram um declínio de 29,5% nas taxas de mortalidade da população com menos de cinco anos de idade no país e de 38% na mortalidade de menores de um ano, passando de 48 por mil nascidos vivos em 1990 para 29,6 por mil em 2000. Esta redução está relacionada à ampliação do acesso da população aos serviços de saúde e de saneamento; aos programas de imunização, de incentivo à amamentação e reidratação oral; à atenção ao pré-natal e ao parto; ao aumento da escolaridade das mães; à estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI) e à queda das taxas de natalidade.

Quanto à real necessidade do município de implantação dos programas de aleitamento materno os enfermeiros relataram:

“Tangará da Serra necessita sim de um programa de incentivo ao aleitamento materno, pois esta prática deixa a desejar”(Enf.1).

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“O município deveria dar mais incentivos para a realização de atendimento diferenciado, com estruturas específicas para realização de palestras e a implantação de um banco de leite”(Enf.7).

“Devido o município ser contemplado com o CTA/SAE visando as crianças de mães soropositivo há a necessidade de um banco de leite”(Enf.8).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O papel do profissional de enfermagem, na USF, junto à equipe de saúde, deve serde orientador e incentivador da amamentação. Estes devem procurar recursos informativos para detalhar o processo, visando à conscientização do público-alvo, as mães, com orientações práticas e de fácil linguagem, sendo um instrumento capaz de sensibilizar e estimular o aleitamento materno. O enfermeiro também possui função relevante quanto ao manejo e apoio clínico ao aleitamento materno nas diferentes fases do puerpério, principalmente na atenção de mães trabalhadoras, este deve possuir conhecimento prévio sobre aspectos fisiológicos e anatômicos; preventivos e curativos de complicações no período de lactação; da técnica corretapara a amamentação,a técnica de extração manual do leite e a formade armazenamento do leite. Assim, fornecendo apoio a mãe, orientando e ajudando na busca de soluções para as possíveis dúvidas quanto ao aleitamento materno.

A prática destas açõesno atendimento dentro da USF é de suma importância, visto que ela é a porta de entrada para o SUS e que as mulheres na sua maioria são desprovidas de escolaridade, dando assim prioridades a costumes culturais e mitos que desvalorizam o uso exclusivo do leite materno. Além da implantação de novasUSFs para atingir toda a população, o município deveria implantar um banco de leite, para possibilitar as mães que não produzem leite ou que não podem amamentar seus filhos, amamentarem seus filhos com leite humano para que possam lhes oferecer todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento físico, social e mental.

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mulheres e assim, as mulheres possuem o direito de receber informações que melhore, facilite e promova a vida saudável do seu filho.

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Figura 1 - Idades das mulheres participantes da pesquisa  28  Figura 2 -Comparação da escolaridade das mulheres entre as USFs  28  Figura 3- Dificuldades relatadas pelas gestantes, puérperas e lactantes, para amamentar o
Figura 1- Idades das mulheres participantes da pesquisa.
Figura 6 – Percepção das mulheres em relação ao benefício da amamentação.
Figura 7 – Percepção das mulheres em relação ao tempo de amamentação exclusiva.
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Referências

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