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ESTADO E EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO NEOLIBERALISMO NA POLÍTICA EDUCACIONAL

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Academic year: 2019

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ESTADO E EDUCAÇÃO: UMA ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO

NEOLIBERALISMO NA POLÍTICA EDUCACIONAL

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Marcio Antonio do Couto 2

Introdução

As transformações que eclodiram no mundo, nestas últimas décadas, contribuíram para profundas mudanças estruturais que conduziram a sociedade a uma nova fase que o capitalismo ditou e propagou pelo mundo através dos modos de reprodução do capital, havendo forte influência na educação em vários países do mundo A idéia central da pesquisa é propor uma discussão no modelo em que se encontra a educação nacional colocada pelo Estado neoliberal e a maneira como a relação entre capital e trabalho norteia estas políticas a fim de haver o desenvolvimento da acumulação capitalista. É importante ressaltar como as reformas propostas pelos organismos supranacionais conduziram e ditaram as regras do jogo nos países periféricos cuja dependência se define pelo capital transnacional e que, em muitos casos, definem a dinâmica do capital mundial bem como a própria força de trabalho.

Diante da lógica do mercado, segundo os neoliberais, os indivíduos estão livres para poderem exercer sua livre vontade, atuando de acordo com seus interesses e longe da intervenção estatal, que, neste sentido, coíbe o cidadão da liberdade de suas relações diante do intercâmbio com o mercado. Nesta concepção, estabelece-se a lógica de inocentar as contradições na sociedade e até mesmo o próprio Estado pela ausência de políticas sociais que possam contribuir em prol do bem comum e propiciar reais

1 Esta pesquisa é parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Centro

Universitário Barão de Mauá, no Curso de Geografia Licenciatura Plena na cidade de Ribeirão Preto – SP, sob a orientação do Professor Ms. Paulo Eduardo Vasconcelos de Paula Lopes, em novembro de 2008.

2 Licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Professor cursinho pré-vestibular

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& condições de inserção do cidadão diante dos desafios com que cada um se depara no contexto social.

Há, neste sentido, um forte discurso em apontar que a atual crise que assola a educação pública é caracterizada pela falta de eficiência e produtividade que o Estado não consegue administrar, cabendo, portanto, ao mercado educacional realizar as reformas necessárias que possam atender as expectativas do mercado.

Na década de 1990,há uma corrida incessante na busca pela alfabetização, um discurso que busca combater os altos índices de analfabetismo, cabendo, portanto ao Estado brasileiro nortear os rumos a serem seguidos bem como as formas de financiamento, controle e gestão das políticas educacionais cujo objetivo maior era responder aos órgãos internacionais multilaterais.

Estado Neoliberal

Ao se abordar e avaliar as políticas que foram ou ainda são implementadas por diferentes governos ao longo das três últimas décadas do século XX, alguns fatores são fundamentais para a discussão. Para melhor entender o significado político e econômico do modelo neoliberal, é de suma importância que se recorra a Friederich August Von Hayek e Milton Friedman. Estes autores estão entre os representantes mais expressivos do pensamento neoliberal, suas obras apresentam uma forte critica a super-regulação da economia através do chamado Estado de Bem-Estar Social, constituindo um marco teórico que se contrapõe à intervenção estatal no mercado.

Em sua obra de maior influência liberal, Hayek defende a tese da importância da liberdade de mercado, sendo a livre concorrência no mercado é que leva a maior competitividade das atividades econômicas e com isto, valoriza os esforços de cada indivíduo dentro da sociedade.

A doutrina liberal é a favor do emprego mais efetivo das forças da concorrência como um meio de coordenar os esforços humanos, e não de deixar as coisas como estão. Baseia-se na convicção de que, onde exista a concorrência efetiva, ela sempre revelará a melhor maneira de orientar seus esforços individuais. (HAYEK, 1944, p.58)

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& cooperação com a Universidade do Chile, lançando as bases da futura e a primeira experiência política neoliberal implementada pelo governo Pinochet.

As relações que os indivíduos estabelecem em uma sociedade capitalista têm como objetivo e finalidade motriz a lucratividade através dos meios de produção. Cabe aqui indicar a maneira como o poder de coerção social atua na vida dos cidadãos a ponto do comportamento dos mais variados tipos de pessoas possam ser organizado pelas atividades econômicas, a qual, Harvey, denomina de regime de acumulação e no

modo de regulamentação social e política. Esse modelo requer um conjunto de

instituições, digam-se, leis, religião, Estado, entre outras, para promover e dinamizar este regime, no intuito de haver homogeneidade entre indivíduo e modo de produção.

Neste sentido, as mudanças na sociedade contemporânea, em que as relações sociais de certa maneira sofreram profundas alterações, uma delas, que carece de ser abordada nesta temática referente-se ao mercado de trabalho no mundo globalizado. Nos últimos anos houve uma profunda reestruturação diante da nova dinâmica proporcionada, principalmente pela aceleração e a volatilidade informacional, alterando e colocando na práxis a nova postura desse mercado globalizado.

No contexto do desemprego estrutural tecnológico, organizacional e político dos anos 90 há profundas mudanças nos contratos social e salarial, acarretando a precarização e a terceirização do trabalho e solapando as bases da seguridade e da coesão social construída no pós-guerra através do Welfare State. São colocadas na agenda pública as políticas de formação de mão-de-obra, na perspectiva de empregabilidade e não de emprego, de focalização das ações em setores privados ao invés de seguros públicos, validando-se a inserção social em atividades de baixa remuneração pelas próprias políticas sociais. (FALEIROS, 2000, p.76).

Para tanto, as transformações que ocorreram, são partes integrantes do mundo moderno, ou seja, a globalização, que composta de excluídos e incluídos neste processo, proporcionam as mais variadas e repugnantes formas de exploração da mão-de-obra, sendo a lucratividade o fator de maior importância nesta conjuntura, em que a relação entre Estado e capital dita as regras do jogo.

Políticas Internacionais e a Educação no Século XXI.

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& mercado de trabalho, torna-se uma das principais bandeiras do interesse neoliberal, pois o sistema educacional que é instituído tende a reproduzir e favorecer os que se encontram numa situação privilegiada no bojo social e em contrapartida perpetuam a penalidade junto às crianças das classes sociais menos favorecidas. As reformas que assolam os países, principalmente os periféricos, no final do século XX, não se limitam à esfera educacional, esta se torna uma das “peças” deste jogo que devam ser trabalhadas na perspectiva de busca dos anseios elitistas.

As políticas educacionais vivenciadas perpassam pelos interesses que regem a dinâmica mundial, com isto, focar a educação nos moldes neoliberais torna-se papel fundamental no tocante às questões econômicas, políticas, culturais e geográficas que se difundem na sociedade hodierna.

Para tanto, as reformas que foram adotadas na educação sob a influência do grande capital junto às políticas neoliberais das últimas duas décadas caracterizaram a necessidade de recompor ao mundo capitalista o próprio sistema de produção e seus mecanismos de controle de acordo com o seu interesse.

Com efeito, o papel da escola fica explícito neste contexto, sendo assim, “moldar” o futuro trabalhador, bem como proporcionar os preceitos da informática e prepará-lo para sua inserção no mercado de trabalho, torna-se o papel chave da escola.

Nesta inserção há de se destacar que, na concepção neoliberal, fica implícita a idéia de que nem todos conseguirão bons empregos, caberá a cada um tornar-se um competidor nato e contar com a sorte na busca de sua boa empregabilidade.

A lei “do salve-se quem puder” parece imperar num mundo de interesses conflitantes, caracterizado pelo individualismo não solidário. A ruptura da transição entre escola e trabalho nos obriga a repensar melhor as relações invisíveis existentes entre escola e o capitalismo. (LOURO, 2002 p.133)

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Os bombardeios discursivos lançados a partir das esferas próximas ao poder estabelecido insistem diversas vezes em estabelecer ligações diretas entre sistemas educacionais e produtividade dos mercados. Uma inquestionável naturalização dessa interligação - ou um movimento unidirecional da esfera da educação para a econômica - será transformada no núcleo da insistente propaganda com a qual se tentará promover e condicionar a filosofia das reformas educativas e das intervenções políticas na educação. (SANTOMÉ, 2003 p.27).

Segundo Gentili (2002), os preceitos neoliberais apontam que a atual crise educacional é dada a partir da falta de eficiência e produtividade oriundas da planificação estatal que se constitui como entrave impeditivo que proporcione a melhoria na educação. Há, portanto, a necessidade de deixar a cargo do mercado educacional os ajustes necessários, entre eles, a desregulamentação e a flexibilização da oferta no intuito de atender de maneira mais eficaz as expectativas do mercado. Daí emerge o discurso neoliberal de refutarem qualquer tipo de interferência estatal.

A interferência estatal não pode questionar o direito de livre escolha que os consumidores de educação devem realizar no mercado escolar. Apenas um conglomerado de instituições com essas características pode obter níveis de eficiência baseados na competição e na seleção individual. (GENTILI, 2002, p.49-50).

Há ainda de estabelecer, neste mercado competitivo, critérios que possam estimular a área educacional, com isto fazer ajustes na perspectiva de ter maior produtividade e estabelecer critérios de premiação de acordo com o desempenho individual, neste contexto, surge alguns atores que se configuram de grande importância no cenário internacional no intuito de criar uma agenda internacional para a educação: a Conferência Mundial de Educação pra Todos, Jontien, Tailândia (1990); a Conferencia de Nova Delhi (1993); no caso da América Latina e Caribe, o Projeto Principal de Educação que visa os interesses desta região, a exemplo da Conferencia de Kingston, Jamaica (1996). Há no início da década de 1990, propostas articuladas entre educação e desenvolvimento, cuja semelhança vai ao encontro da teoria do capital humano; é neste cenário que emerge a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) que compactua com esta lógica, ou seja, a educação como eixo da transformação produtiva com equidade.

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& Internacional (FMI) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre outros, para viabilizar e elaborar a cartilha do desenvolvimento de projetos educativos nos moldes capitalistas, daí a participação do Estado em adotar e articular o projeto elaborado por tais organizadores supranacionais, tendo como pano de fundo as premissas do pensamento neoliberal em que a mínima participação do Estado nas políticas públicas é fator fundamental dentro da concepção neoliberal.

No discurso neoliberal cabe, portanto, ao setor privado “cuidar” das políticas públicas e sociais, tendo em vista o fator da privatização e a descentralização, como mecanismo de aperfeiçoar e apontar as reais necessidades da sociedade, pois crêem que o setor privado tende a ser o mais capaz de identificar e atender as necessidades da sociedade. É neste contexto que a educação é inserida no processo de mercantilização econômica e com o apoio estatal as políticas educacionais centram-se no discurso capitalista fundadas no sistema produtivo.

O Banco Internacional para o Desenvolvimento e a Reconstrução (BIRD) e a “Ajuda” Financeira.

O receituário do Banco Mundial foi e ainda é aplicado em vários países, principalmente naqueles em que as linhas de crédito têm que vir em socorro do Estado, partindo deste princípio e desta necessidade é que são colocadas as ingerências do Banco Mundial e FMI, além da participação do governo, sociedade civil, universidades, entre outros para concretizar as políticas educacionais.

O objetivo desta ingerência é ter a garantia do país credor de assegurar o pagamento da dívida e abrir a economia do mercado ao capital externo, indo ao encontro das reformas que o Estado necessita adquirir e enquadrar-se no sistema econômico neoliberal visando o crescimento e o fortalecimento econômico.

Conforme Tommasi (1996), as políticas que foram adotas pelo BM sugerem aos Estados que concentrem os recursos na educação básica, ou seja, a educação de primeiro grau acrescida do primeiro ciclo de educação secundária, sendo considerada essencial para o desenvolvimento ao longo prazo além de amenizar a questão da pobreza.

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& ordem estruturais na área política e econômica são requisitos fundamentais para que o banco atue como agente financiador dos projetos brasileiros.

Entre os anos de 1980 e 1987, o Banco Mundial lança e desenvolve o projeto Edurural ou Nordeste I. Na década de 1990, novos projetos são desenvolvidos para os Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo além de nove Estados do Nordeste, através do Projeto Nordeste, findado no ano de 1998.

A Reforma Educacional Brasileira a partir da década de 1990: novas diretrizes para o Ensino Fundamental e Médio.

A reforma no Estado brasileiro, iniciada na “era Collor” e seguida após a eleição de Fernando Henrique Cardoso, configura e prepara o país rumo às profundas mudanças de ordem política e econômica, através das concepções do modelo neoliberal. Há uma clara pretensão neste discurso de colocar a cargo do setor privado o bom gerenciamento da educação, vista nesta concepção, como uma política social capaz de colocar a educação a serviço da sociedade com qualidade e eficiência a fim de combater as diferenças sociais e propiciar o desenvolvimento econômico.

O governo de Fernando Henrique Cardoso trouxe à tona a marca da flexibilidade, em que a centralização e a descentralização inserem-se na pauta educacional, ou seja, a articulação entre centralizar a tomada de decisões é concomitante a descentralização. Nesta perspectiva, insere-se o vínculo em relação ao poder político, em que as reformas políticas e econômicas de cunho neoliberal visam à descentralização educacional como maneira de diminuir os gastos sociais do Estado.

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concentrá-&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& las no ensino fundamental. Libâneo (2003) aponta cinco pontos a serem trabalhados para promover as ações que até então o governo julga como necessárias.

Aporte de kits eletrônicos para as escolas, livros didáticos melhores e distribuídos mais cedo, avaliação externa, currículo nacional e recursos financeiros enviados diretamente as instituições escolares. Em 1996, considerado o Ano da Educação, a políticas incluiu instauração da TV Escola, cursos para os professores de Ciências, formação para os trabalhadores, reformas no ensino profissionalizante e a convocação da sociedade para contribuir com a educação no país. (LIBÂNEO, 2003, p.140).

Conforme as ações adotadas pelo governo, no tocante à descentralização da educação a única a ter esta função é a que se referem aos recursos financeiros, as demais atuam de maneira contrária à descentralização pelo fato de serem elaboradas e colocadas em prática sem o aval da sociedade, além da busca de mecanismos que atuem para o controle do trabalho do professor.

Portanto, na década de 1990,há uma incessante busca pela alfabetização, e um discurso que visa combater os altos índices de analfabetismo; sem a mesma preocupação com a qualidade desta educação. Ao mesmo tempo, cabe ao Estado nortear os rumos a serem seguidos bem como as formas de financiamento, controle e gestão das políticas educacionais.

É oportuno relembrar os debates que ocorreram em torno da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.9394/96 que resultaram na Lei 10.172, que regulamentou o Plano Nacional de Educação, sendo este de tamanha importância em relação ao que se refere às medidas da política educacional brasileira.

Sua importância deriva de seu caráter global, abrangente de todos os aspectos concernentes à organização da educação nacional, e de seu caráter operacional, já que implica a definição de ações, traduzidas em metas a serem atingidas em prazos determinados dentro do limite global de tempo abrangido pelo Plano que a própria LDB definiu para um período de dez anos. (SAVIANI, 2000, p.03)

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& para desenvolvimento, e é sob está perspectiva que a educação atua na base deste desenvolvimento. Momento que deveria ser caracterizado como um referencial único em que poderiam ocorrer importantes debates e discussão de idéias com a sociedade, os sindicatos, os professores e demais setores da sociedade, pelo contrário; foram ignorados por parte do governo federal, governo este, que apoiado por aliados e técnicos externos não promoveram qualquer tipo de discussão em torno desta temática.

Não houve, por parte do governo federal, nenhuma disposição em elevar os porcentuais do valor aluno anual, tampouco se dispôs a elevar os salários dos profissionais da educação, mas, em contrapartida, favoreceu a expansão da educação média e superior pela via da privatização. (SILVA, 2003, p. 296).

A Reforma no Ensino Fundamental

Firmados os compromissos perante aos órgãos internacionais haveria de colocar em prática e, junto a toda a sociedade, as reformas educacionais que se encontravam até então como uma das piores do mundo. O ponto de partida a ser atuado pelo governo é o Ensino Fundamental tendo em vista um ensino em que segundo o discurso era pautado na criação de um modelo de qualidade escolar, associado ao ensino de qualidade para todos. Não necessariamente na visão do governo haveria aumento de recursos financeiros, em sua concepção, o problema era a ausência de boa administração dos recursos recebidos pelo governo, com isto, e seguindo a lógica deste pensamento, haveria sim a necessidade de administrar bem tais recursos e ampliar os “bons resultados” da educação.

Duas medidas foram adotadas para a obtenção dos “bons resultados” no ensino fundamental: a primeira delas é a adoção das classes de aceleração, que, a partir do ano de 1997, permitiu àqueles alunos que se encontrava em defasagem cronológica, da idade-série correspondente, fossem esses, matriculados em séries mais avançadas, que aquelas que já haviam cursado. Outra medida que foi adotada era referente à organização do ensino por meio de “ciclos escolares”, tal organização já havia sido adotada na década de 1980 com a criação do ciclo básico, estratégia que consistia num todo pedagógico e administrativo, as duas séries do ensino fundamental.

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& tradicionais indicavam. A admissão de que a criança aprende desde que nasce obrigava a uma reestruturação de todo o ensino básico, em especial da educação infantil e do ensino fundamental, no que se refere aos procedimentos escolares referentes à "preparação para a alfabetização”. (ARELALO, 2005, p.1048)

Havia implícita nesta medida a necessidade de reformular os conceitos de avaliação da aprendizagem. Esses autores propunham, a partir desse discurso pedagógico, que se excluísse a reprovação anual no ensino público. No Brasil os índices de reprovação, nos últimos 20 anos, chegavam a atingir de 30% a 40% do total dos alunos matriculados nessas séries. Fica notório que os avanços pedagógicos vieram socorrer o governo diante do compromisso assumido com os organismos internacionais. Agora com essas novas experiências na área educacional, haveria mecanismos de recuperar os índices negativos através da adoção dos ciclos escolares como forma de melhorar os índices que não eram bem vistos pelos organismos internacionais através da promoção automática. Em relação à questão do financiamento do ensino publico, o governo Cardoso, elabora Emenda Constitucional em 1996, que obriga a aplicação de 25% da receita resultante, na educação, dos Estados, Distrito Federal e municípios.

Com a garantia através da mesma Emenda Constitucional de que o repasse de verbas seria realizado de maneira automática do Fundo para os Estados, Distrito Federal e municípios; outro objetivo do governo federal estava preste a ser concluído, haveria, portanto, a municipalização do ensino infantil e fundamental, em todo o território nacional, fato esse, que estava limitado ao nordeste brasileiro até o ano de 1996. Com isto, haveria uma transferência significativa para os municípios à responsabilidade pela educação. Na corrida pela busca desses “alunos” para freqüentarem o ensino fundamental, os municípios aceleraram os processos de matrículas; há casos em que havia matrículas fantasmas, isto sinalizava que quanto mais matriculados, mais havia recursos nos cofres do município, portanto maior produtividade, mais dinheiro no caixa.

Não se percebe a devida responsabilidade por parte destes governos em oferecer ao munícipe ensino digno e professores bem preparados, há sim a plena disposição em estarem recebendo conforme a vigência da lei, um valor mínimo de R$ 300,00 anuais por aluno matriculado.

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& pois, de 45,6% de atendimento estadual no ensino fundamental e 54,4%, nas redes municipais, em 1996, atingiu-se 23,3% e 76,7% de atendimento, respectivamente, em 2006. (ARELADO, 2007, p.909).

Os recursos disponibilizados via FUNDEF que no discurso político proporcionava a universalização do ensino público, apenas os alunos de 7 a 14 anos tinham suas matrículas garantidas, ao passo que a educação de jovens e adultos estavam excluídas das pretensões via Fundo. Para tanto haveria de contar com a sorte ou com a “preocupação” das prefeituras em estar inserindo estes alunos na rede municipal, não necessariamente pelo fato de garantir a educação a estes jovens e adultos, como sinônimo de administração pública competente e sim acreditando no futuro pagamento por parte do governo federal.

Os exames realizados em todo país apontaram à realidade vivenciada nas escolas municipais: o fraco desempenho dos alunos demonstraram a fragilidade deste ensino na grande maioria dos municípios brasileiros, ficaram estampadas pelas avaliações realizadas pelo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico (SAEB), criado na década de 1990 nos governos de Fernando Henrique Cardoso e também pela Prova Brasil – criada no primeiro governo Lula.

O âmbito organizativo e institucional, a educação básica, de direito social de todos, passa a ser cada vez mais encarada como um serviço ou filantropia. Com isso se passa a imagem e se instaura uma efetiva materialidade de que a educação fundamental não é dever do Estado e espaço para profissionais especializados e qualificados, mas para ações fortuitas e tópicas de amigos, padrinhos e de voluntários. (FRIGOTTO, 2003, p.115).

Um ponto a ser no mínimo interessante que é apresentada na resolução CEB/CNE n.3 de 8/10/1997, que fixou Diretrizes para os novos Planos de Carreira e Remuneração para os Magistérios dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atentando-se a três critérios de proporcionalidade: 1º) ao número de alunos aprovados, 2º) aos dias de freqüência do professor, 3º) a não-evasão dos alunos.

A referida resolução é muito sugestiva, aparentemente estabelece “cotas de produção” como sinônimo de premiação por metas alcançadas para os professores da rede pública e não uma política salarial que possa contemplar a melhora da remuneração dos profissionais da educação e nem tampouco um plano de carreira que realmente valorize as pessoas envolvidas com a educação em nosso país.

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& pelo governo federal em momento algum colocaram em pauta reajustes salariais e melhores condições de trabalho para a área da educação. O que se percebe nesta resolução é o simples “ganho extra” atrelado à sua produtividade, em que a menor quantidade de reprovações permitirá ao professor um adicional no holerite no final do mês. Remuneração extra que sem dúvidas ampliam as lacunas em relação à qualidade do ensino no país, primeiramente não sendo sinônimo na melhoria da qualidade do ensino, agora o professor, vive um outro dilema, é remetido a uma maior reflexão sobre a avaliação do aluno, encontrando-se numa encruzilhada: avaliar o aluno conforme seu desempenho ou garantir em seu bolso a premiação estipulada pela sua produtividade, estabelecendo-se assim o faz de conta pedagógico.

A Reforma no Ensino Médio

No artigo 208 da Constituição Federal, o ensino médio é dever do Estado, no inciso II consta - “progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada Emenda Constitucional nº. 14, de 1996)”. O Parecer nº. 15/98 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que é responsável pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, reproduz com bastante fidelidade os documentos produzidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pelo Banco Mundial apresentando uma orientação tecnicista à educação, salientando que educação e trabalho não poderiam estar sendo abordadas de maneiras isoladas, pelo fato de tratarem de temas que são aspectos relevantes ao mundo e o futuro de toda a humanidade.

Não se pode falar que esse documento em sua leitura imediata apresenta uma subordinação da educação à economia ou ao trabalho abstrato; mais do que isso, tanto a economia capitalista como os trabalhos abstratos são trazidos para dentro da esfera educacional e da escola na condição de elementos centrais para dar significado a esta esfera social e a esta instituição, bem como para o exercício da tão falada cidadania. (SILVA JÙNIOR, 2002, p.220)

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I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

II. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento critico;

IV. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teórica com a prática, no ensino de cada disciplina.

Através das novas tecnologias e os novos meios de produção verifica-se que há uma marcha em direção à formação do aluno sob o viés ditado pelo caráter economicista amparado pelo discurso governamental, empresarial e da mídia, glorificando a cada minuto a importância da escola de qualidade que possa ajudar no preparo do jovem ao primeiro emprego. Com isto, o sinônimo de educação, fica limitado em mera funcionalidade produtiva sob o interesse do grande capital.

Considerações Finais

A afinidade entre o perfil e a formação cultural do aluno é fato notório nas políticas educacionais que são abordados pelo mercado de trabalho através da valorização nos processos de inclusão a este mercado, com isto, deixa de maneira explicita o caráter formador desta mão-de-obra configurando-se assim o papel subordinado da educação aos interesses capitalistas. As políticas educacionais brasileiras estão inseridas dentro do contexto neoliberal que rege o país, consideradas como o caminho norteador na concepção do modelo econômico. Contudo é preciso lutar para que a educação seja colocada acima dos interesses elitistas que assolam a realidade do mundo moderno e ações que atuem na luta por uma reforma junto à atual desvalorização do trabalho dos profissionais da educação bem como a desvalorização intelectual da escola.

[...] cabe a defesa de uma escola unitária, que supere o dualismo da organização social brasileira, com conseqüências para a organização do sistema educacional. O que significa a superação definitiva da concepção que separa a educação geral, propedêutica, da específica e profissionalizante, a primeira destinada aos ricos, e a segunda, aos pobres. (FRIGOTTO, 2003, p.120)

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& Pensar o contexto educacional sob a atual face capitalista torna-se tarefa fundamental para o debate em torno das reformas do Estado que se encontra em curso no país. Havendo assim, a necessidade de articulação entre a integração social e a formação da futura força de trabalho e não simplesmente o aceite de políticas distorcidas que não atendem a realidade vivida pela escola.

[...] a educação básica propicia aos indivíduos desenvolverem-se com maior adaptabilidade as mudanças no processo do trabalho, colocando-os em condições de continuar a aprender. Mas ela também contempla a necessidade de oferecer um mínimo de conteúdos à grande parte da população que se vê excluída do emprego formal e regulamentado, possibilitando às pessoas procurarem ocupações alternativas na esfera informacional ou no trabalho autônomo [...] a educação básica pode exercer importante papel na integração social, retirando da marginalidade setores economicamente em risco. (OLIVEIRA, 2001, p.112).

A escola necessita com isto focar sua função social, para isto há a necessidade de rever seu papel a partir do cotidiano social na perspectiva de poder atender aos anseios e as pretensões coletivas do cidadão ativo que possa atuar contra os vários mecanismos que ao longo do processo histórico sempre contribuíram para que haja a reprodução da miséria e a marginalidade da grande maioria da população e não simplesmente de um cliente individual dentro da sociedade capitalista que vive a mercê de uma pequena minoria que busca estabelecer e colocar a lógica do mercado acima da esfera da vida humana. Este desafio fica atrelado às políticas governamentais que vivenciamos estampados perante a educação que perpassa pela consciência dos inúmeros profissionais da educação e que buscam trazer a luz do campo dos debates, os conhecimentos e habilidades para que haver os mecanismos necessários para a análise e o funcionamento da sociedade em que está inserido, e no intuito de expressar os reais interesses dos cidadãos dentro do qual a educação tenha suas especificidades e funções reconhecidas no mundo globalizado.

Precisamos de novas práticas políticas e de novos discursos porque a realidade continua sendo injusta e brutal. Mas, principalmente, porque a realidade também tem mudado e nossos velhos discursos, nossas velhas práticas políticas são hoje pouco convincentes para as grandes massas que sofrem as conseqüências da exclusão, a morte da esperança e a desintegração de suas próprias vidas. (GENTILI, 1998, p.115).

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&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&& sociedade à capacidade de agir com autonomia perante as necessidades e os desafios que estão por vir, principalmente em meio a uma democracia que favorece e legitima um pequeno grupo social permeado por regalias mantidas através das instituições do Estado.

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Referências

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