Ex.
1 U
FSC B
SC
CS
O
C
CSO
TELERRADIOGRAFIA CEFALOMÉTRICA EM NORMA LATERAL: EVOLUÇÃO DA TÉCNICA
E
PRINCIPAIS ERROS.g
c.) , col 44.1 (...) Ex.
I
B
SC
CS
O
MARCOS LIMA MICHELS
TELERRADIOGRAFIA
CEFALOMETRICA EM NORMALATERAL:
EVOLUÇÃO DA TÉCNICA E PRINCIPAIS ERROS.
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Radiologia, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a obtenção do titulo de Especialista em Radiologia. Orientador Prof Dr. Arno Locks.
"Telerradiografia Cefalométrica em Norma Lateral: Evolução da Técnica e
Principais Erros."
Esta monografia foi julgada
adequada para obtenção do titulo deEspecialista em
Radiologia
e
aprovada emsua forma final pelo Curso de
Especialização em
Radiologia.Florianópolis, junho de 2002.
Prof. Dr. Arno Locks
Presidente da Banca Examinadora
Prof. Dr. Murilo Nunes de Abreu
Membro da Banca Examinadora
Prof. Dr. Dehno Tavares
Membro da Banca Examinadora
Prof. Dr. José Edu Rosa
AGRADECIMENTOS
A Deus por sempre me acompanhar
eproteger.
A Universidade Federal de Santa Catarina, representada pelo Magnifico Reitor.
Ao Orientador Professor Dr. Arno Locks, pelo apoio
eorientação na
elaborava-o
deste trabalho.
Aos amigos que conquistei e me conquistaram, no decorrer desta caminhada.
Aos demais professores do curso, que aumentaram meu interesse por esta
áreada ciência, que
éa Radiologia.
Aos meus pais, a quem eu devo tudo
oque tenho
esou.
,4
minha irmã fidia e ao meu sobrinho Joao Vitor.
minha Esposa Renata que sempre me apoiou
ecompreendeu minha falta, nos
momentos de elaboração do trabalho.
A todos que direta ou indiretamente tenham contribuído para a realização de
deslumbradas, veja florir a obra plástica e
admirável da criação do justo, do humano e
da vida".
MICHELS; Marcos Lima,
Telerradiografia cefalométrica em
norma lateral: evoluçãoda técnica
eprincipais erros.
2002. 47f.Monografia
(Especializaçãoem
Radiologia)-
turma de
Especializaçãoem Radiologia, Universidade federal de
Santa Catarina,
Florianópolis.RESUMO
Apesar da
cefalometriaser uma ferramenta muito importante, também tem
limitações
entre elas, a possibilidade de erros durante os procedimentos técnicos.
Tal
preocupaçãogerou a pesquisa que com
oauxilio da literatura relacionada ao
tema buscou-se analisar dados com base nos métodos utilizados pelos autores
investigados, para
elaboraçãodos
traçados cefalométricosem radiografias, com
vistas a conhecer a
correlaçãopositiva, qualitativa
equantitativa, entre os
métodos analisados; se a literatura aponta um método como mais
reprodutívelqualitativa
e quantitativamentee, em que momento ocorre
à discrepância entreas
medidas; e, se estas
sãooriundas da
determinação errôneados pontos
cefalométricos.
Radiologia)- turma
de
Especializaçãoem Radiologia, Universidade federal de
Santa Catarina,
Florianópolis.ABSTRACT
In spite of the
cephalometricto be a very important tool, it also has
limitations. One of them the possibility of mistakes is conditioned during the
technical procedures. This concern generated this research that with the aid of the
literature related to the them they are looked in the methods used by the
investigated authors, for elaboration of the plans
cephalometricsin x-rays, with
views to know the positive, qualitative and quantitative correlation, among the
analyzed methods; if the literature aims a method as more qualitative reproductive
and amount; in that moment happens to the discrepancy among the measures;
and, if these are originating from of the erroneous determination of the points
cephalometrics.
SUMARIO
RESUMO -.;
ABSTRACT
6
1 INTRODUÇÃO
8
2 REVISÃO
DA LITERATURA I I2.1 Evolução
11
2.2
Erros Inerentes ACefalometria Radiográfica
15
3 PROPOSIÇÃO
36
4 DISCUSSÃO
37
5 CONCLUSÕES
43
Há
muito tempo o homem vem mostrando sua curiosidade edeterminação
em conhecer e estudar o crescimento e desenvolvimento crânio-facial. Segundo Pereira;Munsdtock;
Bert
hold(1989)
ofilósofo Hipócrates,
séculoV
antes de Cristo, mesmo sem usar medidas, foi o pioneiro da antropologiafisica
e, deixou numerosasdescrições
devariações
na forma do crânio. Leonardo da Vinci, no final do século XV, estabeleceuproporções
entre linhas e segmentos em desenhos dacabeça,
sendo que uma delas passava pela base do nariz, semelhante com a atual linha SN.No passado da
ortodontia,
o exame clinico do paciente consistia em umúnico
registro para análise da má-oclusão. Oclinico
somente podia observar, descrever ou obtermedições
diretamente no paciente, porque aindanão
havia o gesso usado para os modelos (RIEDEL,1957).
A primeira
preocupação
e objetivo do tratamentoortodõntico
foi oalinhamento dos dentes individualmente, em suas respectivas arcadas. Isso estava essencialmente limitado, na maioria das vezes, ao arco superior por causa da
importância óbvia
deste arco na estética do paciente. Outro objetivo para essealinhamento
era aprevenção
de cáries, uma vez que os contatosproximais
inadequados
podem ser a causa deacúmulo
de materialcariogênico
(RICKETTS,1969).
Contudo, mais tarde, outros fatores começaram a ser considerados, e
9
diagnóstico começou a ficar mais elaborado, exigindo melhores registros. Assim, fatores como avaliação da estabilidade do tratamento e padrão funcional, começaram a ser considerados tornando o diagnóstico mais preciso. Estabeleceu-se, então, o uso da cefalometria como novo meio de diagnóstico moderno e vem sendo utilizada como parte dos registros para auxiliar no diagnóstico e planejamento dos tratamentos ortodemticos (BROADBENT, 1931).
A abundância de informações nas radiografias foi gradualmente dirigida a um
número de reparos anatômicos e planos faciais comumente aceitos, a partir dos quais foram desenvolvidas as análises cefalométricas (ADAMS, 1940).
Verifica-se assim, um grande número de trabalhos, cuja proposta é avaliar o
equivoco na identificação dos reparos cefalométricos, e muitos autores, como Adams (1940), Miller; Savara; Singh (1966), Carlsson (1967), Broch; Slagsvold; Rosier (1981), Davis e Mackay (1981), Houston (1983) têm abordado o assunto. Mesmo quando avaliação apropriada é feita, pequena atenção tem sido dada à forma
e como esses erros devem afetar o resultado da interpretação.
A importância de entender a real situação do paciente frente ao diagnóstico
cefalométrico, quando comparado o padrão normal, com o ideal e com ele mesmo (MOYERS, 1988), leva 6. necessidade de diminuir a quantidade de erros na identificação dos reparos anatômicos que acometem um traçado cefalométrico.
telerradiografias, que são de suma importância em especial na ortodontia e ortopedia
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Evolução
Pacini (1922) através de um craniostato imobilizou a cabeça de um paciente com ataduras de gaze, mantendo-a imóvel, obteve radiografias com o plano sagital paralelo ao filme (FIG. I), guardando a distância de 2m entre a fonte e os raios X e a película e, a partir daí, transferiu para a radiografia alguns pontos convencionais como: gônio (Go), poginio (Pog), nasio (Na) e espinha nasal anterior (ENA). Utilizou medidas lineares e angulares e suas proporções, estabelecendo a importância dos raios-X para a antropologia.
Figura 1- Posição na qual, o paciente deve permanecer durante a telerradiografia em norma lateral.
Mccowen (1923) descreveu uma técnica radiogrifica lateral da face, com o
objetivo de registrar alterações do perfil ósseo e teguinentar decorrentes do tratamento ortodemtico, porém estas radiografias não eram padronizadas e em decorrência disso à validade da técnica foi contestada para o estudo do crescimento e desenvolvimento crânio-facial.
Simpson (1928) descreveu o uso de uma técnica própria para as radiogra fias de perfil, usando 1,524m de distância entre a fonte de raios X e a película para as tomadas radiográficas, porque esta era a maior distância que conseguia dentro dos limites de seu consultório. Tal medida difundiu-se, e, atualmente é utilizada como
medida standard.
Todos estes estudos foram a base para os trabalhos de Broadbent (1931) e
Hoffi-at (1931) (apud BRODIE, 1949), que respectivamente, nos Estados Unidos e
na Alemanha, deram inicio 6. cefalometria radiológica e sua aplicação 6. odontologia.
0 aparato idealizado pelos autores assemelhava-se ao craniostato utilizado na
antropologia fisica e, ao imobilizar a cabeça do paciente padronizava o seu posicionamento em radiografias da face, fornecendo assim condições para uma
avaliação cientifica para os problemas ortodõnticos.
Broadbent (1931) utilizara para obtenção de radiografias ern seu cefalostato,
1 3
obliquas e, finalmente, havia a necessidade de uma cadeira odontológica infantil. o
qual utilizara muito espaço fisico.
Higley (1940) aperfeiçoou a técnica proposta por Broadbent (1931),
utilizando apenas uma fonte de raio X, de modo que
o
cefalostato deveria ser capaz de girar, permitindoo
posicionamento do paciente para a tomada deradiografias
laterais, obliquase
póstero-anteriores.Margolis (1940) também apresentou seu cefalostato, no qual a fonte de raio X,
o
plano sagital medianoe o
filme radiografico estavam sempre na mesma posiçãoem relação ao outro, fazendo com que a
razão
de distorção fosse constante paraqualquer tomada radiogrifica, podendo este aparelho ser girado para que
o
planosagital ficasse em determinados
ângulos
como
raio central. Além disso, associoufotografias ao método radiografico, obtendo assim
o
perfil molee
ósseo ao mesmo tempo.A partir do advento do cefalostato, segundo Daruge
e
Azevedo (1969), um grandenúmero
de aparelhos foram propostose
construidos por autores diferentes, todos como
mesmo objetivo, isto 6, imobilizar a cabeça doindivíduo,
durante a tomada cefalométrica. Entre eles, os autores citaramo
cefalostato de Korhaus,o
deWeingart,
o
de Raymond C. Thurow,o
de Dayzings,o
de Ainzworth entre tantosoutros, todos com
o
objetivo de estabelecer um método simplese
prático paraa utilização em radiografias cefalometricas em norma lateral, antero-posterior
Os mesmos autores descreveram passo a passo à
construçãodo
cefalostato ea sua
utilizaçãoem radiografias
cefalometricas, oqual passou a ser
oprimeiro
cefalostato
inteiramente construido no Brasil. Surgiram também os
posicionadoresde
cabeça,que eram dispositivos mais simples, porém com mesmo intuito, a
padronização
das radiografias.
As medidas
cefalométricaspodem ser usadas para classificar os casos de
acordo com
otipo de má
-oclusão,definir
ograu de desvio da normalidade
epara
medir a
extensãodas mudanças ocorridas durante
otratamento ou
períodode
observação (BAUMRIND e
FRANTZ,
1971).Proffit e Fillds (1995)
descreveram a
craniometriacomo uma ciência da
antropologia
fisicaque originalmente foi usada para estudar
ohomem de
Neanddertal e
de Cro-Magnon
efoi especialmente utilizada no estudo da forma
ecrescimento do
crânioatravés de
medições in vivode
crâniossecos
econsideraram
este seguimento da antropologia como a precursora da
telerradiografia cefalometria moderna.Vecki (1997)
mostrou em seu trabalho, que a partir da
padronizaçãoda
distância
foco-filme,
eda
reprodutividadede posicionamento, foi
possívela
reduçãode
variáveisem
cefalometria ea
comparaçãodos resultados
clínicos eexperimentais
em todo
omundo. Possibilitou também que radiografias seriadas fossem utilizadas
sem que fossem contestadas para
avaliaçãodo crescimento
edo tratamento
15
causa da evolução da especialidade como ciência, como visto na revisão realizada
neste trabalho.
2.2.
Erros Inerentes à
Cefalometria Radiografica
Desde as primeiras tomadas radiográficas executadas por Broadbent (1931), já se procurava a verificação dos tecidos mineralizados e tegumentares
simultaneamente e, em 1924 Carrea (apud VILELLA, 1998), utilizando sais de bário
e um fio de chumbo delineou o perfil tegumentar. Este professor da Universidade de
Buenos Aires realizou as primeiras tentativas de empregar raios X faciais com fins
orto&ntic os.
Margolis (1940) afirmou que um fato comum durante as tomadas
telerradiográficas é a inserção das olivas (hastes auriculares) do cefalostato nos
orificios auditivos dos pacientes. Este autor considera muito importante inserir as
hastes auriculares nos condutos auditivos, tanto quanto o paciente permitir. Como os
condutos são um pouco tortuosos, e apresentam uma maior quantidade de tecido
mole em suas estruturas laterais, a cabeça do paciente pode apoiar-se mais de um lado do que do outro, e também, mais anterior ou verticalmente, o que não é o ideal. Quando as hastes metálicas penetram nos meatos acústicos externos de modo inadequado, isso resulta em rotação da cabeça devido à colocação imprópria das olivas no interior dos condutos. A partir dessas afirmações concluiu que tais
rotações são mais evidentes em áreas distantes da região de penetraçado do raio
ângulos mandibulares, dentes, e outras estruturas laterais da face e crânio, demonstram uma variação decorrente da falta desse ajuste. Para minimizar essas distorções é importante à correta inserção dessas olivas sem comprometer o conforto do paciente.
No mesmo ano Higley (1940) também desenvolveu um método muito simples
para a produção simultânea dos tecidos moles e duros na radiografia de perfil. Consistia na colocação de um diafragma de chumbo, em frente ao tubo de raio-X. Se
a borda anterior do diafragma estivesse corretamente localizada em meio ao tecido
mole, para cada paciente, esse se tornava parcialmente mascarado com o chumbo.
resultando em exposição menor que o resto da cabeça.
Bjõrk (1947) realizou um trabalho no qual dividiu as fontes de erros
cefalometricos basicamente em três tipos: primeiramente os erros provenientes de
diferenças no método radiogrifico, que fazem com que uma mesma imagem
radiografada varie de um caso para outro. Como segunda fonte de erros, demonstrou
os causados pela variação na determinação dos pontos de referência, já que alguns
pontos são localizados no filme, por linhas contrastantes, claramente definidas, e
podem, então, ser determinados com alguma precisão, enquanto outros pontos,
devido a diversos aspectos, devem ser identificados, por contornos ósseos menos
distintos, não localizados, portanto, com a mesma exatidão. Desse modo, os erros
variam, em diferentes medidas, de acordo com o grau de precisão com que os pontos
forem localizados. Pontos de referência con fiáveis são aqueles que podem ser
marcados, sem divergência, por investigadores diferentes. Por último indicou os
17
Thurow (1951) citou distorção da imagem na radiografia cefalométrica entre
5% a 8% e sugeriu como solução para este problema considera-lo constante e então.
ignorá-lo. A distorção, segundo o autor, é resultado do objeto radiografado ser
tridimensional e a imagem que é formada na radiografia ser bidimensional. Sendo assim, as partes que se posicionam fora do plano sagital mediano, são alongadas.
Ângulos, linhas e proporções são todos alterados pela distorção. A correção desse
erro é simples, segundo o autor, basta usar o ponto médio entre pontos bilaterais ao
invés, do lado direito ou esquerdo apenas. Isso faz com que todas as medidas, tenham um mesmo alongamento. Outro problema considerado é a radiopacidade da imagem, comum a todas radiografias do crânio, e que deve ser avaliada antes de se estabelecer o alongamento e distorção. Tal radiopacidade limita a identificação exata com que pode ser localizado e medido um ponto cefalométrico sobre o filme.
Steiner (1953) preconizara que um cefalog;rama com menor número de linhas
e ângulos poderia diminuir a quantidade de erros no traçado e interpretação, mesmo
quando feito por diferentes profissionais. Defendeu seu método, afirmando que as
linhas, no cefalograma, estão mais próximas das regiões a serem tratadas pelo
ortodontista, portanto, são de visualização e compreensão mais adequadas.
Graber (1956) citou duas finalidades das radiografias cefalométricas: revelar
detalhes das relações esqueléticas, que não podem ser observadas de outra maneira,
e permitir uma avaliação precisa da resposta ao tratamento. 0 mesmo autor afirmou
cefalometricas originais, e a importância do paciente ser posicionado
cuidadosamente, com os dispositivos auriculares firmemente introduzidos nos
meatos acústicos externos, ficando literalmente suspenso, com o pescoço distendido
no limite.
Hixon e Oldfther (1956) estudaram a veracidade de medidas cefalométricas
que foram usadas clinicamente. Embora tenham reafirmado a crença de que, os
dados cefalométricos para o diagnóstico do tratamento ortodkintico são
indispensáveis, salientaram a necessidade de esforços para a padronização dos
pontos de referencia para tais medidas, uma vez que houve grande variação quando
foram obtidas por diferentes examinadores.
Holdaway (1956) avaliou a diferença entre os pontos A e B, antes e após o
tratamento, para verificar as diferenças, mesmo quando as medidas eram realizadas
por diferentes profissionais. Os resultados mostraram que não existe diferença
estatisticamente significante para essas medidas quando comparadas com medias
angulares dos ângulos SNA e SNB.
Riedel (1957) utilizou os resultados do trabalho de Holdaway (1956) sobre as
relações dento-faciais e observou que, quando vários profissionais realizaram
traçados cefalometricos, houve menor discrepância de resultados nas medidas feitas
sobre os tecidos duros do que nas que foram feitas sobre os tecidos moles.
Em 1957 foi realizado o primeiro workshop sobre cefalometria, o Bolton
Fund Headquarters (apud PEREIRA; MUNSDTOCK; BERTHOLD, 1989) com o
19
pianos, linhas e ângulos que deveriam ser analisados com relação ao menor índice de distorção, tanto na radiografia, quanto na interpretação dos pontos de reparo
anatômico. Foi ratificado que, a distância da fonte emissora de raio X ao piano
sagital mediano da cabeça do paciente deveria ser de 1,524m ou 5 pés, medida
originalmente utilizada por Simpson (1928) e Broadbent (1931) que propunham que
as telerradiografias fossem realizadas na maior distância que o equipamento
permitisse, porém esses utilizavam a medida de 5 pés pelo fato de ser a maior
distância que conseguiam em seus consultórios. Além disso, decidiu-se que a face
esquerda do paciente ficaria mais próxima do filme radiográfico e assim seria a que
sofreria menores distorções. Estas normas, estabelecidas no evento, tiveram o
objetivo de padronizar as tomadas radiograficas, pois, como não se conseguia
eliminar totalmente as distorções, procurou-se padronizar os erros.
Steiner (1959) abordou sobre a dificuldade de localização de pontos usados
normalmente em cefalometrias e salientou que, diversos profissionais podem fazer
traçados e medidas diferentes, relacionados aos mesmos pontos dos mesmos
pacientes. De toda forma enfatizou a necessidade da cefalometria com o intuito de
analisar e determinar soluções para esses problemas, avaliando os resultados do
Figura 2- Traçado sobre telerradiografia em norma lateral, como meio de obtenção de
dados sobre crescimento e desenvolvimento crânio-facial.
21
radiografias de crânios secos e desarticulou um crânio para a realização de radiografias dos ossos individualmente, que lhe permitiu o reconhecimento de muitas linhas e sombras da imagem do crânio como um todo. Foram identificadas 59 estruturas anatômicas na radiografia cefalometrica em norma lateral e 44 na incidência frontal. Segundo o autor, este conhecimento tornou
capaz, de certa forma, de superar as limitações impostas pela imagem
radiografica na identificação de importantes pontos anatômicos de referência.
Das propriedades dos Raios X, as mais importantes segundo Jacobi e Paris
(1964) foram: a penetrabilidade, a dureza e o comprimento de onda, sendo todas
dependentes da quilovoltagem. Os mesmos autores citaram à filtragem como processo os quais determinados materiais são utilizados para reduzir o índice de
radiação mole do feixe de raios X. Quanto ao processo de qualidade da formação da
imagem; dentre os materiais mais utilizados como filtros, citaram: o estanho, o cobre, o alumínio e em alguns casos, o chumbo. Sendo utilizado material de maior peso atômico ou de maior espessura, quanto maior for a quilovoltagem utilizada pelo
aparelho.
Freitas (1966) insatisfeito com a qualidade das imagens das radiografias
cefalometricas em norma lateral e os métodos utilizados para evidenciar o perfil
tegumentar, estabeleceu uma metodologia por meio de filtro.
Todas as radiografias cefalométricas laterais deveriam traduzir.
simultaneamente, a imagem de estruturas ósseas e de tecido tegumentar. No entanto, pela própria teoria fisica das radiações relativa à penetração dos raios X, ao obter melhor qualidade da imagem em um sentido, perde-se em
outro
e
vice-versa. Ao longo do tempo, vários procedimentos foramrecomendados com
o
objetivo de minimizar essa limitação, como:pincelamento do perfil com
substância
radiopaca (sulfato de bário), revelaçãoem
níveis
diferentes em uma mesma radiografia, ou em radiografiasdiferentes, quando realizada a incidência com dois filmes ao mesmo tempo. Esses procedimentos, sem dúvida, foram capazes de proporcionar a
visualização das estruturas
ósseas e
contorno tegumentar, no entantodeterminaram alguns inconvenientes como a dificuldade prática de
padronização
e o
aumento do número de repetições das radiografias.0 autor, analisando
o
problemae
empregandoo
mesmo principio, concluiu queo
ideal seria dar prioridade a penetração das partes durase
realizar filtragem parcial somente nas áreas onde fosse necessário, no casoo
perfil tegumentar. Para isso utilizou um filtro dealumínio,
de espessurae
formato adequados, para filtragem parcial dos raios X no paciente, antes desse sensibilizaro
filme. 0 método, ainda hoje utilizado, teve seu uso recomendado pela qualidade das imagens obtidas, pelapadronização conseguida
e
principalmente pela praticidade técnica.Richardson (1966) analisando a reprodutibilidade de alguns pontos, planos
e
linhas, utilizados na
análise
cefalométrica, observou que a dificil tarefa de definiralguns desses pontos na imagem radiográfica, ern alguns casos, tem sido responsável
por
análises
cefalométricas incorretas. Nesse estudo,o
autor utilizou teste comparativo da reprodutibilidade desses pontos cefalométricose
a leitura foi realizada por diferentes observadores, que determinaram os mais dificeis de serem reproduzidos. Entre eles foram citados:o
ponto bolton, pOrio, orbitário, sutura2 :3
Carlsson
(1967)avaliou os erros
eexaminou
omontante dos efeitos
em()taros
aspectos, tais como
distânciafoco-filme, técnica de
medição eescolha dos pontos
elinhas de referência, na
precisãodas medidas
cefalométricascitadas. Este método foi
aplicado em estudo longitudinal de esqueletos faciais, em duas series de pacientes
adultos,
unigrupo com todos os dentes
e outrogrupo de pacientes totalmente
desdentados. Concluiu que os erros das medidas foram cinco vezes menores do que
os erros na
localizaçãodos pontos
cefalométricos eobservou ainda que as
diferenças
causadas por erro da técnica
radiográficaforam insignificantes. Observou
também que as medidas
cefalometricastomadas a partir de
regiõesem que a
presençade osso alveolar
ésignificativa, por exemplo, ponto A, ponto
B, altura maxilo-mandibular,foram muito alteradas nos
padrões cefalométricosnos pacientes
de
sdentados .Kvam e Krogstad (1969)
fizeram um estudo sobre a variabilidade
entreas
medidas
cefalométricas,previamente definidas em três pacientes, usando
18profissionais para fazer
o traçado, e concluíramque a maioria dos erros estava na
localização
dos pontos
cefalométricos.De acordo com Bowden
(1970)a
importânciadas estruturas da base craniana,
sua morfologia
erelacionamento no
prognósticodos potenciais de crescimento, tem
direcionado para
o declínioda dependência de pontos isolados, tidos como pontos
de referência
estáveis.Ocorre que, muitas estruturas da base craniana
requeremverificação
da sua precisa imagem
radiográficacom a certeza de pronta
reprodutibilidade
do
traçadopara facilitar seu uso na pesquisa
crânio-facial ea sua
superposição de traçados cefalométricos seriais, objetivando avaliar o crescimento
prévio, o potencial de crescimento futuro ou as mudanças induzidas pelo tratamento
ortodenuico. 0 autor realizou trabalho radiográfico em um crânio seco com
marcadores metálicos, que permitiram aferir a precisão da técnica e da imagem
radiográfica. A partir desse ponto, realizou um minucioso estudo da anatomia
radiogdfica de todas as estruturas do crânio e da face que interessaram para a
cefalometria. Através desses resultados, obteve uma relação de detalhes da anatomia
do crânio e suas expressões na imagem radiográfica, que aprimoraram a capacidade
visual, permitindo a atenuação, de possíveis erros de identificação, devido, principalmente pelas superposições pertinentes A técnica de radiografa desta região.
Smith e Harris (1970) enfocaram a dificuldade de radiografar a região
de articulação temporomandibular e côndilo mandibular. Justificaram estas
dificuldades devido A densidade e espessura dos tecidos superpostos e As
limitações anatômicas que determinam a superposição de outras estruturas
ósseas bastante densas sobre a regido.
Segundo Batunrind e Frantz (1971) as principais fontes de erros, são
referentes a erros de projeção e aos erros de identificação dos pontos
cefalometricos. Os erros de projeção resultam da transformação de um objeto
25
designada como sendo decorrente da dificuldade de identificação dos pontos cefalométricos, pelo observador, na radiografia.
Estudo sobre a reprodutibilidade de pontos cefalométricos e erros de medidas cefalométricas realizado por Midtgard; Bjórk e Linder Aronson (1974) concluiu que os pontos localizados no contorno do crânio, devido a nitidez e contraste das radiografias, são mais fáceis de serem identificados, do que as estruturas internas do crânio, as quais são geralmente, menos distintas devido a superposição de detalhes anatômicos.
Gravely e Benzies (1974) relataram a existência de numerosa fonte de erros em cefalometria, e classificou esses erros em duas categorias. Primeiramente os erros de projeção que ocorrem durante a conversão de um objeto tridimensional em bidimensional na radiografia. E, também os erros de traçado, que podem ser causados pela falta de clareza dos pontos cefalométricos na radiografia, devido a superposição das estruturas, borramento da imagem decorrente do movimento durante a exposição e, falta de contraste do filme e grânulos da emulsão. Relataram também os erros de medida associados ao traçado, a espessura da linha feita com lapis, e os limites de percepção do olho humano.
Ricketts (1975), discutindo o desenvolvimento histórico das linhas de referências cranianas, as quais são consideradas básicas para a orientação cefalométrica, atribuiu grande importância ao plano horizontal de Frankfurt e
Considerando as principais funções da cefalometria em descrever
e
classificar a face juntamente com a má-oclusão e também
na superposição em estudos longitudinais,o
autor fez diversas alusões sobre as vantagens da utilização desse planoe
linha, citando como a mais importante, a estabilidade dimensional das estruturas anatômicas que os compõe, duranteo
processo de crescimento. Enfatizou como limitação, a dificuldade na demarcação de alguns pontos cefalométricos quecompõem
tal planoe
linha, no entanto, acreditando que isto não deveria simplesmente determinar sua substituição ou abandono.Ainda com relação ao plano horizontal de Frankfurt, contra-indicou a utilização do pório mecânico em substituição ao pório anatômico, mesmo considerando as dificuldades em sua demarcação em um grande número de radiografias. 0 autor relacionou ainda, alguns detalhes de anatomia radiográfica para auxiliar a correta determinação desta estrutura
tão
importante:a) a
área
radiolficida observada acima do meatoacústico
externo e, provavelmente,o
meato acústico internoe
mantém relação constante como
mesmo, a tal ponto que, para superposições, um poderia ser estimado, seo
outro fosse localizado;b) o
esboço da fossa mandibulare
eminência articular podem ser usados porqueo
pórioé
igualmente localizado à meia distância de profundidadeda fossa;
c) o
meato acústico externoserá
continuo com a margem anterior do processo mastóide, quando este se encontra com a lamina timpinica.27
Ricketts (1976) novamente considerou a Area do osso temporal uma
das mais importantes, justificando da seguinte forma:
a) a porção petrosa do osso temporal hospeda o mais primitivo de todos os
órgãos, os canais semicirculares, que se apresentam maduros no
momento do nascimento;
b) o processo petroso e extremamente denso e provavelmente suporta
pouco remodelamento com o crescimento, embora a evidência seja
limitada quanto ao seu real comportamento neste processo;
c) a cavidade articular que compõe o osso temporal, proporciona uma
superficie para a articulação do côndilo e uma referência para a
mandíbula.
Thunthy; Manson-Hing (1976) realizaram um estudo de alguns dos
diferentes filmes e écrans utilizados na Radiologia Odontológica, medindo seu
poder de resolução. Utilizaram 12 pares de écrans e 8 tipos de filmes que
foram testados em todas as combinações possíveis, e 4 observadores
examinaram as radiografias. Os resultados permitiram concluir que:
a) a resolução é afetada por filmes, écrans e observadores;
b) o efeito dos écrans na resolução é muito maior que o efeito do filme;
c) os filmes não diferem grandemente na resolução;
d) quanto á. resolução, não houve diferença significante quando comparado
o processamento manual com o automático;
e) houve significativa interação do efeito dos écrans e filmes na resolução;
0 a capacidade visual individual tem importante papel na mensuração da
Oishi e Parfitt (1976)
testaram os fatores que influenciam a qualidade da
imagem
radiograficacomo
quilovoltagem-pico e filtragem,testando também os
limites
do alcance da densidade do
filme. Concluíramque
ouso de
quilovoltagensmais altas, além de estabelecer uma maior escala de contraste entre as estruturas.
quando
associado ao processo de filtragem adequado,
determinamimagens
radiograficas
mais precisas devido a um feixe de
radiaçãomais
energeticamentehomogêneo, reduzindo, proporcionalmente, a taxa de
radiação secundaria.Hurlburt (1981) enfatizou o
emprego do
tungstatode
cálciocomo
"fósforo"
utilizado nos
écrans. 0autor comentou também sobre a
utilizaçãode outros
"fósforos"como
osulfato de
bário eprincipalmente sobre a
introdução
dos
écransde "terras raras" com
eficiênciade
conversãodos raios
X
em luz de até
18%contra uma
conversãode apenas
3%a
5%para
otungstato
de
cálcio.Essa
característicapermitiu substancial
reduçãona
quantidade de
radiação necessáriapara aproximadamente metade da utilizada
até
entdo,O
únicoinconveniente parecia ser uma
reduçãono detalhe
radiografico quando
utilizado este sistema mais
rápido,no entanto,
quandocomparados
oganho na
reduçãoda
exposição ea perda de detalhes do
filme,
não
houve
dúvidaquanto à
indicaçãodo sistema
écran/filme"terras raras",
tanto na Odontologia quanto na Medicina.
Empregou também
4 combinaçõesdiferentes de
écran/filme eestabeleceu
diferentes
níveisde
resoluções.Realizou radiografias em
crâniossecos preenchidos
com borracha
e firmementeposicionados no
cefalostato.As melhores radiografias
de cada
combinaçãoforam escolhidas para teste comparativo, no qual
8pontos
cefalométricos
foram selecionados
e 7observadores solicitados para determinarem a
29
adequada e inadequada. Como resultado,
nãohouve diferenças significativas entre
as
combinações écran/filme reali7ndas,apenas houve uma sutil preferência por
umadas
combinações.Os pontos
cefalométricos:sela, nisi°,
orbitário,ponto
Be genii°
foram classificados como adequados. Apenas os pontos
bolton,espinha nasal
anterior
(ENA)e ponto A, apresentaram dificuldades à
visualização,sendo o ponto
Bolton escolhido como o mais
dificil.Mcnamara (1984) quando
descreveu o seu método de
análise cefalométrica,fez
referênciais dificuldades encontradas na
localizaçãode
alguns pontos
cefalométricosutilizados, principalmente o ponto
condilioe o
ponto
p6riodevido a sua proximidade com a
articulação têmporo-mandibularde
dificil visualização. 0autor citou que todo esforço possível deveria ser
feito para melhorar a qualidade das radiografias de rotina realizadas pelo
clinico, como o uso de anteparos para tecido mole, écrans, ou
ambos;e que o
condilio
fosse usado como uma medida de comprimento tanto para a face
média como para a mandíbula, e que um ligeiro erro na estimativa desse
ponto,
nãoiria afetar dramaticamente a
relaçãogeométrica entre as arcadas
superior e inferior para o
diagnóstico.0
autor preconizou a
utilizaçãodo
p6rio anatômicoe
nãodo Olio
mecânico (oliva do
cefalostato)para compor juntamente com o ponto
orbitárioo plano horizontal de Frankfurt.
Segundo
Araújo (1988)a
telerradiografiada
cabeçaé obtida em norma
lateral, isto
6,o feixe de
Rxcentral, emitido pelo aparelho de
Rx,passa
firmemente colocada no interior do cefalostato. De um objeto tridimensional que é a
cabeça, obtemos uma imagem plana, sobre uma película, essa é a causa maior das
sobreposições de estruturas e, conseqüentes erros de localização das mesmas.
De acordo com Adenwalla; Kronman; Attarzadeh (1988) três fatores básicos
justificam as dificuldades da marcação dos pontos cefalométricos intracranianos
como o pOrio e o dindilo: a técnica radiográfica, a complexidade anatômica da
regido e a localização dos pontos de referência anatômica.
Considerando a vital importância desses pontos cefalométricos e de outros
não menos importantes A pratica ortodantica, mais recentemente, a necessidade de
avaliação das alterações ortopédicas promovidas por aparelhos funcionais, e também
de uma adequada imagem para avaliação e planejamento da cirurgia ortognática, os
autores propuseram a realização de lima segunda incidência em norma lateral com a
boca aberta, a qual facilitaria a definição dos contornos do dindilo e de toda a
mandíbula, que pela superposição seriam transcritos ao cefalograma original. Pelo método testado, concluiram que a incidência realizada com a boca aberta tornou
mais preciso o traçado do contorno condilar e deveria sempre ser utilizado quando o
objetivo do estudo assim o exigisse.
Stathopoulos; Poulton (1990) realizaram avaliação sobre écrans
intensificadores de "terras raras" utilizados em radiografias cefalométricas.
Definitivamente a introdução desse método de intensificação de imagens com
os écrans constituídos de "terras raras", determinou significativa redução na
radiação necessária para formação de imagens com objetivos de diagnóstico.
31
possibilidade desses sistemas mais rápidos determinarem a redução da qualidade da imagem para o diagnóstico.
0 objetivo deste estudo foi determinar até que ponto a maior
velocidade do sistema "terras raras" comprometeria o valor diagnóstico de suas imagens. Foi montada uma amostra de 20 pacientes, e realizadas duas radiografias de cada um, sendo uma delas com o sistema convencional de tungstato de cálcio, e a outra realizada com o sistema "terras raras". Cinco observadores foram selecionados para o exame das radiografias e a localização de 18 pontos cefalométricos em cada radiografia.
Como conclusão, não foram encontradas diferenças significativas quanto ao valor diagnóstico das imagens obtidas através dos sistemas avaliados, porém, o sistema que empregou écrans intensificadores de "terras
raras" teve seu uso recomendado, pelo grande beneficio que apresentou em reduzir a dose de radiação necessária.
Viazis (1991) sugeriu nova forma de posicionamento do paciente para a
Liu
e
Gravely (1991) analisando os efeitos da colimação nas radiografias cefalométricas em norma lateral, propuseram a utilização de um colimador adicional modificado. 0 objetivo era restringiro
campo de radiação a umaárea
estritamente definida de interesse diagnóstico,e
com isso, diminuir a dose de radiação absorvida pelo paciente, contribuindo para a melhora da qualidade da imagem com a redução de radiação mole ou de baixa freqüência, a qual é prejudicial A. definição da imagem radiográfica.Como resultado, a melhora na qualidade da imagem não apontou significância
prática, e
pouco efeito teve sobre a confiabilidade da marcação dos pontos cefalométricos. No entanto, a colimação modificada para as radiografias cefalométricas em norma lateral, teve seu uso recomendado pela redução da dose de radiação absorvida pelo paciente. Esta redução mostrou-se particularmente importante para a Ortodontia, na qual repetidas avaliações radiográficas são necessárias, A medida queo
tratamento evolui e, mesmo apóso
seu término, na fase de contenção.Bib
otuca
Universitá ria
F S C:
33
Figura.3 Mostra o cefalostato.e o correto pocisionamento do paciente. Fonte: Pasler (2001).
Forsyth; Shaw; Richmond (1996) relacionando a qualidade da imagem
da radiografia cefalométrica em norma lateral convencional e digital
concluíram que: a imagem digital produz um pequeno, mas significativo erro;
que a resolução da imagem é menor que a radiografia convencional; que o
erro associado á mensurações angulares, lineares e identificação dos pontos
cefalométricos tende a magnificação.
Segundo Freitas; Rosa e Souza (2000) através da identificação e marcação de
pontos nas telen-adiografias e, posterior mensuração dos ângulos e distâncias
formados por estes pontos, pode-se realizar estudos cefalométricos, baseando-se no
que se constitui o cefalograma. Os mesmos autores estabelecem uma normalização,
em forma de roteiro, a ser seguida, o que facilitaria desse modo o procedimento
radiográfico.
35
igura 4- Esquema mostrando como a maior distância entre a fonte e os pontos a serem marcados
ausam amplificações inversamente proporcionais a distância.
0 objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura sobre a
telerradiografia cefalométrica em norma lateral para:
a) Estudar a evolução desta técnica no decorrer do tempo;
4 DISCUSSÃO
Com as descobertas efetuadas pelo
fisico alemão
Wilhelm Conrad Roentgen em1895,
sobre o tipo deradiação
chamada por ele de raiosX
e algumas de suas propriedades como a capacidade de atravessar os tecidos e sensibilizar filmesradiograficos,
muito se evoluiu no estudo das estruturas mineralizadas do corpo humano, algo antesinexplorável
e dedificil compreensão
para o homem.Desde muito tempo, vem se tentado obter uma forma
comprovadamente
reprodutível, ou seja, cientifica de obter dados sobre o
crescimento
edesenvolvimento dos tecidos
ósseos
etegumentares
docrânio.
A grande maioria dos autores consultados para essarevisão,
consideraram como principal ponto de dificuldade paraaferição
desses dados, a falta depadronização
naobtenção
de imagensradiograficas,
além da alta gama devariações teciduais
existentes nacabeça
humana e seus mais variados comportamentosfrente à exposição
aos raios X.Autores, como
Pacini (1922), Mccowen (1923)
e Simpson(1928),
demonstravam interesse em obter radiografiascon
fiáveis
e reprodutíveis para aavaliação
e controle do tratamentoortodeintico.
Porém, nenhum dos autores conseguiu desenvolver uma técnica, que fosse claramente padronizada ereprodutível, tendo sua validade contestada. Somente à
distancia
foco-filme de1,524m
ou5
pés, estipuladamodernamente
comopadrão,
havia sido instituída por Simpson(1928)
aindaque
por acidente, uma vez que era adistancia
maxima que oparte desses autores foi à falta de confiabilidade na reprodução do posicionamento
do paciente devido, principalmente, a falta das olivas intra-auriculares.
Broadbent e Hoffrat (apud BRODIE, 1949) publicaram simultaneamente em
1931, obras cientificas propondo o uso do cefalostato, o qual imobilizava a cabeça
do paciente durante as tomadas radiográficas em norma lateral, póstero-anterior e
antero-posterior, proporcionando assim, condições de padronização das técnicas
radiograficas e conseqüentemente
um
avançona
avaliação cientifica dos problemasortodôriticos. Difundiu-se, a partir dai, o uso da telerradiografia, em meio a
discussões de quem seria a criação do cefalostato. Escolas Americanas elegeram a
publicação de seu continente, ou seja, de Broadbent (1931) enquanto escolas
européias aceitaram o nome de Hoffrat (1931), como instituidor do cefalostato.
Após a apresentação do primeiro cefalostato, vários autores propuseram
modificações ao aparato inicialmente proposto, mas acreditamos que as
modificações propostas por Higley (1940) facilitaram ainda mais o processo para
difundir o uso desta técnica, pois além de dar grande importância no posicionamento dos pacientes para padronização das radiografias, seu cefalostato apresentara vantagens do ponto de vista econômico e funcional, pois utilizara apenas um tubo de
raios-X, ao contrário do cefalostato de Broadbent (1931), que necessitava de duas
ampolas de raios X e dois chassis para realização das telerradiografias em normas lateral, póstero-anterior e antero-posterior.
A mudança no cefalostato que permitiu esta simplificação foi possibilidade da
variação no posicionamento das olivas e, conseqüentemente, do plano sagital
39
relevante no cefalostato de Higley (1940) a. diminuição do espaço necessario requerido para o aparelho. Neste mesmo ano, o trabalho de Margolis (1940) faz menção da possibilidade de variar a relação entre o plano sagital mediano do paciente, o filme radiografico e a fonte de raios X, mantendo sempre a mesma relação de distancia, fazendo com que a razão de distorção seja constante para qualquer tomada radiografica, um diferencial que acreditamos ser importante foi â associação de fotografias ao método radiografico para a analise do perfil mole.
Ainda com relação ao perfil tegumentar, vários autores demonstraram grande interesse em poder associar na mesma radiografia informações sobre tecido mineralizado e tegumentar, mas destacou-se neste segmento Carrea (apud VILELLA, 1998), por ter utilizando sais de Bário delineando o tecido tegurnentar. Atualmente mesmo com a existência dos filtros, propostos inicialmente por autores como Jacobi e Paris (1964), Freitas (1966) e Ter-Pogossian (1967), ainda são utilizados os sais de Bário para delineação do perfil mole, por serem solicitados por alguns profissionais da ortodontia. Consideramos pertinente salientar que apesar do
sal de Bário ter que ser aplicado sobre o plano sagital mediano na face do paciente, sendo assim menos ágil o exame, este fornece as mesmas informações com tanta ou mais clareza que os aparelhos atuais que através de seus filtros nos elucidam as relações entre tecido tegurnentar e tecido ósseo.
0 primeiro workshop de cefalometria realizado em 1957 objetivou padronizar
especial para ortodontia assim como para radiologia, nesse momento ratificou-se à
distância da fonte emissora de raios X até a película em 1,524m ou 5 pés, medida
anteriormente mencionada por Simpson (1928) e também por Broadbent (1931).
Vários autores como Simpson (1928), Broadbent (1931), Adams (1940),
Pereira; Munsdtock; Berthold (1989) e Pasler (2001), desejavam que as
telerradiografias fossem realizadas na maior distância que o equipamento permitisse.
Esse fato está relacionado com a formação da imagein, e tem como objetivo principal à redução máxima de qualquer alteração na imagem radiográfica obtida. Verificamos também, que o aumento ou distorção da imagem variou de 5% a 8% de acordo com vários autores, acreditamos que esta variação, apesar de pequena, pode estar relacionada com o tipo de estatística e metodologia utilizada na pesquisa, porém aceitamos a medida padronizada de cinco pés por aliar pequena distorção na imagem, dose não exagerada de radiação e ser viável do ponto de vista dimensional.
Pereira; Munsdtock; Berthold (1989) citaram a decisão de se ter face esquerda do paciente como a mais próxima do filme radiogrifico, sendo assim a que
sofre menor distorção, porém sabe-se que atualmente esta norma não tem mais
validade, já que grande quantidade de novos aparelhos entrou no mercado com a extensão para radiografia cefalométrica do lado esquerdo, invertendo assim as
posições propostas originalmente em 1957 e citadas por este autor.
Estudos como de Yen (1960) e Bowden (1970) tiveram grande importância,
41
Temos certeza, que apesar de estudos desta natureza elucidarem ainda mais a determinação dos pontos cefalométricos, a reprodutibilidade desses para um mesmo examinador pode variar mesmo de modo não significativo para a análise final do cefalograma.
A grande variação de densidades na telerradiografia, aliada as inúmeras sobre-projeções de imagens, que alem de não serem normalmente simétricas, sofrem distorções diferenciadas, devido as distâncias desiguais entre os lados direito e
esquerdo, em relação à distância foco-filme, causam um aumento nas variações de determinação de pontos cefalométricos, para o mesmo ou diferentes analisadores.
A importância de corretos fatores técnicos dos aparelhos na obtenção das telerradiografias foi fato mencionado por Jacobi e Paris (1964) e, Oishi e Parfitt (1976). Sem dúvida o emprego correto dos fatores quilovoltagem e miliamperagem são quesitos que interferem expressivamente na qualidade da imagem obtida e, conseqüentemente na aferição correta das estruturas analisadas na radiografia. Esse conhecimento pertinente ao radiologista pode interferir positiva ou negativamente, na aquisição fiel do cefalogyama.
Outro fator a ser considerado, é o emprego de écrans intensificadores, os
quais permitem diminuir sensivelmente a quantidade de raios-X a ser utilizado na tomada radiográfica, Thunthy e Manson-hing (1976) citam essa importância, porem afirmaram que existe alteração na resolução da imagem formada pelo
fato da maior velocidade de formação da imagem, porém Hurlburt (1981) e, Liu
Aceitamos o fato que atualmente a biossegurança no quesito radiações
ionizantes tem que ser levada as Ultimas considerações até o limite que não diminua
as informações necessárias para confecção do cefalograma. Sendo os beneficios dos
écrans infimamente maiores que quaisquer diminuições em detalhes perdidos,
aceitamos e acreditamos no uso dos écrans de "terras raras".
5 CONCLUSÕES
A
realizaçãodeste estudo baseado na
revisãode literatura permitiu concluir
que:
1) A
simplificaçãodo aparelho com apenas
umafonte de raios X. a
padronização
da
distânciafoco-filme,
oposicionamento da
cabeçado
indivíduo,a
utilização
de
filtros de materiais
específicospara destacar
operfil
tegurnentare,
sistemas de écrans
intensificadoresde diferentes velocidades de
resolução, tornarammais
nítidasas imagens de estruturas, que anteriormente eram de
dificil visualizaçãoe,
contribuírampara
precisãoda
cefalometria e conseqüentementepara
odiagnóstico,
que
sãode suma
importânciapara a
ortodontia eortopedia dos
maxilares.
2) Os erros relacionados à incidência
cefalométricaem norma lateral
são,normalmente, relacionados
àsdificuldades técnicas de se obter boas imagens de
estruturas
anatômicas tão antagônicasem densidade, como a densa
porção petrosado osso temporal
e oper
fil
tegumentar, oque ocasiona falta de
detalhesem uma das
regieies
anteriormente citadas em uma
únicatomada,
poremcom a
evoluçãoda
técnica, cada vez mais se nota a
diminuiçãodestes erros.
0correto posicionamento,
com a
introduçãoao
máximodas olivas
auriculares, relaçãode perpendicularidade
entre plano
sagitalmediano
esolo, dentes
ocluidos,relacionamento ajustado entre
perfil mole
efiltro
atenuador sãoprotocolos que devem ser seguidos de maneira
adequada, contudo acreditamos que atualmente
émais interessante a
padronização ereprodução
dos eventuais erros que venham ocorrer nessas tomadas
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