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Avaliação dos estoques obsoletos a partir da aplicação da curva ABC(de): um estudo de caso em uma autarquia municipal da região metropolitana de Natal/RN / Evaluation of obsolete stocks from the application of the ABC (de) curve: a case study in a municip

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Avaliação dos estoques obsoletos a partir da aplicação da curva ABC(de): um

estudo de caso em uma autarquia municipal da região metropolitana de

Natal/RN

Evaluation of obsolete stocks from the application of the ABC (de) curve: a

case study in a municipal authority of the metropolitan region of Natal /RN

DOI:10.34117/bjdv6n5-394

Recebimento dos originais: 10/04/2020 Aceitação para publicação: 20/05/2020

Lucas Honorato de Souza Técnica em Logística (IFRN) Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Rua Carlos Guedes Alcoforado, S/N, Centro, São Gonçalo do Amarante-RN, Brasil lucashonorato.14@hotmail.com

Marcus Vinicius Dantas de Assunção Doutor em Engenharia (UFRN) Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Rua Carlos Guedes Alcoforado, S/N, Centro, São Gonçalo do Amarante-RN, Brasil E-mail: marcus.assuncao@ifrn.edu.br

Luciana Guedes Santos Mestre em Administração (UFRN) Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Rua Carlos Guedes Alcoforado, S/N, Centro, São Gonçalo do Amarante-RN, Brasil E-mail: luciana.santos@ifrn.edu.br

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo avaliar os estoques obsoletos de um almoxarifado de uma autarquia municipal, sob a perspectiva do giro de estoque como critério de classificações dos materiais. O trabalho justifica-se pela evolução de umm método de identificação de estoques obsoletos, curva ABC(DE), utilizando-se como critério o giro de estoque, além da escassez de estudos acerca da temática de estoques obsoletos. O método foi estruturado em três etapas: I – fundamentação teórica sobre o assunto abordado; II – coleta de dados no sistema de informação utilizado no almoxarifado; III – aplicação das ferramentas de estoques. A etapa III foi subdivida em sete passos para que fosse possível um melhor planejamento e aplicação dos métodos. Os resultados demonstraram que a metodologia proposta é eficaz e pode ser aplicada tanto às organizações públicas quanto às privadas.

Palavras-chaves: Giro de estoques; Curva ABC(de); Estoques obsoletos. ABSTRACT

The objective of this article is to evaluate the obsolete inventories of a warehouse of a municipal authority, from the perspective of stock rotation as a criterion for classification of materials. The work is justified by the evolution of a method of identifying obsolete inventories, curve ABC (DE), using as a criterion the stock turnover, in addition to the scarcity of studies on the issue of obsolete inventories. The method was structured in three stages: I - theoretical basis on the subject addressed; II - collection of data in the information system used in the warehouse; III - application of inventory

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tools. Step III was subdivided into seven steps to allow better planning and application of the methods. The results demonstrated that the proposed methodology is effective and can be applied to both public and private organizations.

Keywords: Stock turnover; ABC(de) curve; Obsolete stocks. 1 INTRODUÇÃO

Há uma complexidade no que diz respeito ao gerenciamento do serviço público, devido à preocupação em atender as necessidades da sociedade, uma vez que ela determina a existência das organizações públicas. Levando-se em consideração os diversos setores de um órgão público, faz-se relevante a gestão integrada para que se obtenha a qualidade nos serviços associados.

Depois da Emenda Constitucional n° 19 de 1998, a eficiência tornou-se princípio constitucional da administração pública. E para obter essa eficiência, é preciso que todos os setores da organização funcionem, com os materiais necessários, na quantidade correta, no lugar certo e com o mínimo de gastos, por este motivo o almoxarifado nos órgãos públicos é primordial. Contudo, é necessário que no ato de compra, sejam adquiridos os materiais corretos, na quantidade certa, no tempo correto para que não se gerem estoques obsoletos.

A gestão de estoque é uma das atividades consideradas primárias da logística, ela é fundamental para atingir os objetivos da logística, bem como para se alcançarem nível de serviço aceitáveis. Os estoques funcionam como “amortecedores” entre a oferta e a demanda (TUBINO, 2000). Um dos seus objetivos é garantir a disponibilidade dos produtos para o cliente, além de flexibilizar a produção. O excesso de estoque também é prejudicial, pois o material estocado pode torna-se obsoleto, colaborando negativamente para os fins lucrativos da empresa, além de ocupar espaço. Por estes motivos, sua gestão eficaz resulta em uma vantagem competitiva.

Diante do contexto apresentado, o presente artigo tem como objetivo avaliar os estoques obsoletos de um almoxarifado de uma autarquia municipal, sob a perspectiva do giro de estoques como critério de classificação dos materiais. O trabalho justifica-se pela aplicação de um método de identificação de estoques obsoletos que utiliza como critério as ferramentas de giro de estoque e a curva ABC como classificadores dos materiais, além da falta de estudos aprofundados na área de estoques obsoletos.

2 GESTÃO DE ESTOQUES

O Estoque pode ser definido como um acúmulo de materiais, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, que não é utilizado em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em função de futuras necessidades (BALLOU, 2006). Isso significa que os estoques são acumulações de materiais que se fazem presentes em diversos pontos ao logo da

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cadeia produtiva. As principais funções dos estoques são: garantir o abastecimento de materiais à empresa; sazonalidade no suprimento; proporcionar flexibilidade do processo produtivo; rapidez e eficiência no atendimento às necessidades.

A gestão de estoques, quando bem gerenciada, pode auxiliar nas decisões sobre quando e quanto reabastecer, seja no ato da compra ou até mesmo na produção do item, então faz-se necessário que sejam determinados os pontos de reposição e a quantidade a ser ressuprida para que o estoque possa atender às necessidades da demanda à proporção que os materiais estocados vão sendo consumidos (ALMEIDA; LUCENA, 2006).

O estoque pode trazer muitas vantagens e desvantagens. Para Slack et al. (2009), existe um

trade-off no gerenciamento de estoques, uma vez que por um lado manter estoque permite um certo

nível de segurança para demandas imprevisíveis, fazendo com que se dê continuidade ao fluxo da cadeia de suprimentos, por outro lado, o material estocado pode se tornar obsoleto, ou seja, sem movimentação, representando capital parado, sem dá retorno a uma organização, podendo gerar prejuízos e gastos de estocagem, além de ocupar espaços dentro de um armazém.

Manter os estoques proporciona um nível de segurança em relação as demandas, visando à disponibilidade de entrega dos produtos quando forem requisitados pelos clientes. Além disso, há uma diferença entre o ritmo de fornecimento e a demanda dos processos produtivos, o que fundamenta a existência dos estoques, isso faz com que neste intervalo de tempo os recursos transformados necessitem serem estocados (SLACK et al., 2009).

2.1 ESTOQUES OBSOLETOS

Conforme Pozo (2007), existem vários tipos de estoques que são mantidos nas organizações. Entre os tipos de estoques, podem ser citados: matérias primas, produtos auxiliares, materiais de manutenção, produtos intermediários e produtos acabados.

Outra classificação é proposta por Ballou (2001), a qual assegura que os estoques são classificados em estoques no canal, estoques para especulação, estoque cíclico ou regular, estoque de segurança e estoque obsoleto. Cada tipo de estoque possui um propósito para que as empresas invistam na manutenção de cada um deles. Como o estoque de produtos acabados, para que possa fornecer os produtos no tempo, local, na quantidade certa e com qualidade. Além disso, pode-se fazer uma previsão de quanto pedir e quando pedir.

Todos os estoques têm razões para existir, assim como para que tenham investimentos de manutenção, contudo, todo material parado agrava o custo do produto além de tender a se tornar obsoleto.

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Estoque obsoleto é o estoque de materiais que ficam parados, sem utilidade. O conceito de obsolescência pode ir além, levando em consideração os materiais que ficam ultrapassados ou por perda de utilidade na sua função (BOWERSOX, 2001).

As organizações têm excesso de estoque obsoleto em vários níveis, que passa a ser uma dificuldade na gestão de estoque para uma organização (ROSENFIELD, 1989). O acumulo de estoques são produzidos pela grande quantidade de itens, além disso, o uso de um sistema de informação impróprio que pode acarretar em uma previsão de demanda errada para um determinado período.

Tratando-se de estoque de produtos de alto valor agregado, fáceis de serem furtados ou perecíveis, é necessário tomar algumas precauções para diminuir o volume e não deixar faltar. Para Alvarenga; Novaes (2005), algumas características relevantes devem ser respeitadas, como ao se estocar um produto, especialmente na segurança, evitando-se avarias, quebras e obsolescências. Desta forma o controle de estoque deve receber atenção especial pelos gestores da empresa.

3 ALMOXARIFADO

Para Viana (2010, p.43) “a atividade do almoxarifado visa garantir a fiel guarda dos materiais confiados pela empresa, objetivando sua preservação e integridade até o consumo final”.

Sendo assim o almoxarifado é o local onde são feitos as guardas e conservações de materiais, de acordo com a suas naturezas, com o objetivo de destinar espaços em que permanecerá cada item até ser solicitado o uso.

O gerenciamento de um almoxarifado é a administração dos materiais que dão suporte no funcionamento da organização, no tempo certo, na quantidade necessária, com a qualidade pedida com menor custo. Sendo assim, é necessário um planejamento, de modo que a produção possua um fluxo contínuo. (VENDRAME, 2013).

O almoxarifado alcançará sua eficiência interna quando realizar as cargas e descargas de veículos mais rápido, agilizar os fluxos internos (de materiais e de informação), utilizar todo o espaço da melhor forma possível, o acesso for facilitado a todos os itens, a proteção for máxima aos itens estocados e a maior otimização do layout para reduzir as distâncias e as perdas de espaço (VIANA, 2002).

A gestão de almoxarifado tem como objetivo básico manter a disponibilidade da quantidade mínima de materiais necessários para não paralisar o fluxo da produção ou dos serviços, conservando a qualidade do material armazenado.

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3.1 FERRAMENTAS DA GESTÃO DE ALMOXARIFADO 3.1.1 Giro de estoque

Entende-se por giro de estoque na visão de Silva (2008) é uma média de número de dias que os produtos ficam armazenados antes de serem comercializados, mas a quantidade de estoque preservado por uma empresa advém volume de vendas e da política de estoque adotado pela organização.

Para Slack et al. (2009), o giro de estoque é quanto tempo um estoque é completamente usado podendo ser renovado, calculando-se sua frequência.

Pozo (2002) afirma que a gestão de estoques por meio dos giros fundamenta-se em fatores como custos das vendas, ou quantidade média de estoque, dividido pelo custo anual de um período. Ou seja,

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Quando se falar em giro de estoque, devem-se citar algumas formas de reabastecimento da cadeia, pois para Bowersox (2001), quanto maior o pedido aumentará o estoque médio, sendo assim, aumentará os custos de manutenção anual de estocagem fazendo com que, quanto maior for o pedido, será necessária menos perda de tempo, implantação e custos de pedido.

Sendo assim, o giro de estoque indica quantos dias em média uma organização aguarda para comercializar seus produtos estocados. Nesse sentido, quanto mais rápido for a renovação do estoque melhor será para empresa.

3.1.2 Curva ABC

Segundo Slack et al. (2009); Dias (2010), uma curva ABC determina os materiais mais importantes para uma empresa, mediante a adoção de critérios específicos para tal determinação. Pode ser por possuir uma grande quantidade de saídas ou, até mesmo, por ter um alto valor.

Reh (2005); Fernandes; Godinho (2010) enfatizando as descobertas de Pareto, dizem que aproximadamente 20% dos materiais de estoque equivalem a 80% do valor total dos itens estocados, esses são considerados de classificação do tipo A. Já os materiais de valor médio refletem 30% dos itens e 15% do valor total, são da classe B. Por fim, os materiais que retratam 50% dos itens estocados e 5% do valor acumulado por eles, são de categoria C.

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Conforme Dias (2010), a classificação ABC é interessante para o gestor, uma vez que é capaz de identificar materiais que precisam receber mais atenção, e um tratamento diferenciado em relação aos demais. Sendo assim, o método de Pareto ou classificação ABC, pode ser utilizada na gestão de estoques, definindo uma série de interesses no que se diz respeito à política de estoques, para que se possa estabelecer prioridades dos materiais e suas respectivas formas de gestão.

4 METODOLOGIA

O trabalho consiste em um estudo de caso, que tem como objetivo avaliar os estoques obsoletos do almoxarifado de uma autarquia municipal na cidade de São Gonçalo do Amarante – região metropolitana de Natal/RN -, utilizando-se o giro de estoque e a curva ABC como classificadores dos materiais. Os dados foram coletados no mês de abril/2018, cujo recorte temporal contemplou os meses de janeiro/2018 a abril/2018. Foram selecionados 20 tipos de material, por sorteio, a fim de se construir o estudo de caso.

Visando uma melhor fundamentação sobre o que foi proposto, o trabalho se dividiu em três etapas: I – Fundamentação teórica sobre o assunto abordado; II – Coleta de dados no sistema de informação utilizado no almoxarifado; III – Aplicação das ferramentas de estoques. A etapa III foi subdivida em sete passos para que fosse possível um melhor planejamento e aplicação dos métodos. A fim de melhor descrever o procedimento proposto por esse trabalho, resumiu-se o método em passos:

− Passo 1 – Calcular o somatório de todas as saídas ( , determinando-se o consumo total no período;

− Passo 2 - Determina-se o estoque médio em um dado período de tempo, dividindo-se a soma do estoque inicial com o estoque final por dois

( );

− Passo 3 – Calcula-se o estoque médio total do período analisado

▪ ( ;

− Passo 4 – Estimar o giro de estoques a partir do quociente entre o consumo total do

período e estoque médio total ;

− Passo 5 – Construção da curva ABC utilizando-se do giro como critério;

− Passo 6 – Classificar os itens em A – Elevado Giro; B – Alto Giro; C – Médio Giro; Baixo Giro; E – Giro muito baixo;

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No intuito de se classificarem os materiais a partir do giro de estoque, definiu-se como critério faixas de valores, conforme Tabela 1, cujas categorias variam desde giro Muito Alto até giro muito baixo. Esse último determina os estoques obsoletos, uma vez que o baixo giro se apresenta como um fator determinante para se encontrarem esses tipos de estoques.

TABELA 1 – Classificação dos materiais

Faixa Classificaç

ão

Status

Acima de 15 A Giro Muito Alto

5 a 15 B Giro Alto

1 a 4 C Giro Médio

0,1 a 0,99 D Giro Baixo

Menor do que 0,1

E Giro Muito Baixo

Fonte: Autores, 2020.

4.1 ESTUDO DE CASO

Utilizou-se, como estudo de caso, O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Ele foi criado aos 08 de dezembro de 1977, é uma Autarquia municipal que faz parte da Administração Pública Indireta, com legislação específica, personalidade jurídica de direito público interno, com Autonomia Administrativa e Financeira. E possui como base o Município de São Gonçalo do Amarante/RN.

Atualmente a autarquia possui mais de 37.000 ligações distribuídas em todos os distritos do Município de São Gonçalo do Amarante, e ainda atende aos distritos de Pirangi Praia, Patané e Mangabeira – fora do município de São Gonçalo do Amarante -, gerando uma perspectiva de mais de 100.000 pessoas atendidas, por meio de 123 colaboradores.

5 RESULTADOS

Com base nas coletas de dados no almoxarifado, foi possível a aplicação da ferramenta de giro de estoque, para identificar a saída do material em período quinzenal – desde a primeira quinzena de janeiro/2018 até a primeira quinzena do mês de abril/2018-, para saber a frequência de renovação do estoque. Os materiais selecionados são usados em conexões de tubos de redes de abastecimentos de água realizados pela autarquia.

A Tabela 2 evidencia os resultados obtidos a partir do passo-a-passo estabelecido na seção 4 deste artigo, cujos giros de estoque foram calculados a partir do quociente entre o consumo e o

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estoque médio mensal. Sendo assim, foi possível verificar os materiais que têm maiores giros, e os de menores giros. Deste modo, pode-se identificar materiais que necessitam de uma maior assistência à sua gestão, para que não haja rupturas nos processos produtivos vinculados a esses materiais de alto giro.

TABELA 2 – Giro de estoque

Consumo Emédio Emédio mensal Giro

P1 632 2080,5 594,428571 4 1,063206 P2 8 192 54,8571428 6 0,145833 P3 875 0 35875 10250 0,853659 P4 10 1049 299,714285 7 0,033365 P5 241 2 52548 15013,7142 9 0,160653 P6 0 2877 822 0 P7 100 1034,5 295,571428 6 0,338328 P8 2 234 66,8571428 6 0,029915 P9 288 4 15842 4526,28571 4 0,637167 P10 0 630 180 0 P11 147 7 1525 435,714285 7 3,389836 P12 1 156,5 44,7142857 1 0,022364 P13 180 646 184,571428 6 0,975232 P14 0 21 6 0 P15 13 165,5 47,2857142 9 0,274924 P16 0 399 114 0 P17 178 2081 594,571428 6 0,299375 P18 0 350 100 0 P19 408 9689 2768,28571 4 0,147384 P20 0 357 102 0 Fonte: Autores, 2020

Resta clara a importância auferida pela Tabela 2 do item P11, haja vista seu giro ter se sobressaído aos demais, atingindo um patamar 151 vezes maior do que o giro do item P8, ou até mesmo infinitas vezes superior aos itens P6, P10, P14, P16, P18 e P20.

Os resultados da Tabela 2 ensejam a construção da curva ABC, cuja função é de classificar os materiais em categorias por meio do giro de estoques. A partir da classificação desenvolvida e apresentada na Tabela 3, pode-se depreender que apenas um material obteve a classificação A, o P11, por possuir um giro mensal elevado (3,389836).

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TABELA 3 – Classificação ABC Material Giro Mensa l % relativ a Classificaçã o P11 3,39 40,49 A P1 1,06 12,70 B P13 0,98 11,65 B P3 0,85 10,20 B P9 0,64 7,61 B P7 0,34 4,04 C P17 0,30 3,58 C P15 0,27 3,28 C P5 0,16 1,92 C P19 0,15 1,76 C P2 0,15 1,74 C P4 0,03 0,40 D P8 0,03 0,36 D P12 0,02 0,27 D P6 0,00 0,00 E P10 0,00 0,00 E P14 0,00 0,00 E P16 0,00 0,00 E P18 0,00 0,00 E P20 0,00 0,00 E Total 8,37 Fonte: Autores, 2020.

Em contrapartida, seis itens foram classificados com o giro muito baixo, P6, P10, P14, P16, P18 e P20 o que permitiu a identificação desses materiais com reais indícios de serem obsoletos, os quais receberam a classificação E, conforme já demonstrado na Tabela 3. Estes itens são materiais que não obtiveram saídas no período abordado por esse trabalho, o que denota o baixo giro no período considerado. Foram ainda identificados itens do tipo B (P1, P3, P9, P13), C (P2, P5, P7, P15, P17, P19) e D (P4, P8, P12).

A Tabela 4 apresenta a classificação dos itens quanto ao seu giro e ratifica a existência de estoques obsoletos dentro do almoxarifado da autarquia. Indica-se que os materiais que têm o giro muito alto, representam apenas 5% do total de itens que foram selecionados para a pesquisa. Outro fato que merece que atenção é que os materiais de giro muito baixo perfazem 30% de todos os materiais estudados.

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TABELA 4 – Dados da classificação da Curva ABC(DE)

Iten s

Giro Classificaçã

o

A 5% 40,49 P11 Giro Muito Alto

B 20% 42,16 P1; P3; P9; P13 Giro Alto

C 30% 16,32 P2; P5; P7; P15; P17; P19 Giro Médio

D 15% 1,02 P4; P8; P12 Giro Baixo

E 30% 0,00 P6; P10; P14; P16; P18;

P20 Giro muito Baixo

Fonte: Autores, 2020.

É importante ressaltar que a classificação desenvolvida neste trabalho utilizou cinco faixas de designação (A, B, C, D e E), uma vez que os dados se mostraram heterogêneos e capazes de gerarem um viés.

6 CONCLUSÃO

O objetivo deste trabalho foi avaliar os estoques obsoletos de um almoxarifado de uma autarquia municipal, sob a perspectiva do giro de estoques como critério de classificação dos materiais. Tendo em vista que os estoques obsoletos são materiais que deixam o capital parado, a identificação e redução deles tem importante relevância para instituição de natureza pública. Neste sentido, a aplicação de um método de identificação de estoques obsoletos se apresenta como necessário.

Os resultados apresentados ratificaram a eficácia da ferramenta proposta neste trabalho, destacando-se a importância da estratificação das faixas da curva ABC, em quantas forem necessárias, no intuito de se obter a melhor inferência possível e o resultado mais próximo da realidade das operações do almoxarifado.

Portanto, é lícito afirmar que o método proposto mostra-se eficaz, podendo ser utilizado nas mais diversas empresas, sejam públicas ou privadas, tendo em vista a dificuldade de identificação e gerenciamento de estoques parados nos armazéns, cujo objetivo, a partir da detecção, é de reduzi-los ou, até mesmo, eliminá-los.

REFERÊNCIAS

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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas 2002 . Administração de Materiais, um enfoque prático. São Paulo, Atlas, 2010.

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TABELA 1 – Classificação dos materiais
TABELA 2 – Giro de estoque
TABELA 3 – Classificação ABC  Material  Giro  Mensa l  %  relativa  Classificação  P11  3,39  40,49  A  P1  1,06  12,70  B  P13  0,98  11,65  B  P3  0,85  10,20  B  P9  0,64  7,61  B  P7  0,34  4,04  C  P17  0,30  3,58  C  P15  0,27  3,28  C  P5  0,16  1,9
TABELA 4 – Dados da classificação da Curva ABC(DE)

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