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HEMONCOSE OVINACLIMENI, Bruno Santi Orsi Climeni; MONTEIRO, Marcos Vilkas; CICOTI, Cesar Augusto; NEVES, Maria Francisca

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Academic year: 2020

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Hemoncose ovina

CLIMENI, Bruno Santi Orsi Climeni MONTEIRO, Marcos Vilkas CICOTI, Cesar Augusto

Discentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça - FAMED Email: brunosanti_@hotmail.com

NEVES, Maria Francisca

Docente da Faculdade de Medicina Veterinária de Garça - FAMED

RESUMO

A Hemoncose é uma das principais patologias presentes em pequenos ruminantes. Causada pelo parasita da Haemonchus contortus, tendo os ovinos como hospedeiros mais susceptíveis a este parasita. O nematóide afeta o trato gastrointestinal gerando lesões hemorrágicas, fator que resulta em perdas na produção ou morte do animal e conseqüentemente um declive na lucratividade do produtor.

Palavra chave: Haemonchus, Hemoncose, ovinos Tema central: Medicina Veterinária

ABSTRACT

The Hemoncosis is one of the main pathologies gifts in small ruminants. Caused for the parasite of the Haemonchus contortus, and it has as host the sheep. The nematode affects the gastrointestinal treatment generating hemorrhagic injuries, factor that the production or death of the animal consequence results in losses in and a fall in the profitability of the producer.

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1. INTRODUÇÃO

A hemoncose é uma doença parasitária importante, sendo os ovinos e caprinos os animais mais susceptíveis. Esta enfermidade é provocada pelo nematóide do gênero Haemoncus que se localiza no abomaso de seus hospedeiros e ocorre preferencialmente em regiões tropicais e subtropicais.

O ciclo evolutivo deste nematóide é direto com uma fase pré-parasitária, com larvas de vida livre no meio ambiente e, uma fase parasitária dentro do hospedeiro. Os sintomas observados nos hospedeiros caracterizam-se, principalmente, pela anemia e hipoproteinemia, que pode resultar na morte dos animais.

A verminose é a principal responsável por grandes perdas observada na ovinocultura, reduzindo o potencial produtivo destes animais e causando prejuízos aos criadores. As perdas econômicas causadas pela verminose deve-se principalmente a dificuldade de controle dos parasitas devido a informações insuficientes ou mesmo inadequadas sobre à freqüência de tratamentos e a utilização correta de drogas anti-parasitárias em ruminantes.

O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão literária sobre os principais aspectos da morfologia e patogenia deste nematóide.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Classificação e Morfologia

Uma das principais parasitoses do rebanho ovino é a Hemoncose, esta enfermidade é provocada pelo nematódeo de gênero Haemonchus, que se localizam no abomaso destes animais, podendo ser facilmente observado, pois mede de 1 á

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2,5 cm de comprimento. Este nematóide pertence ao Filo Nemathelminthes, Classe Nematoda, ordem Strongylida, Superfamília Trichostrongyloidea, Família Trichostrongylidae, Gênero Haemonchus com várias espécies, mas a principal é a espécie Haemonchus contortus (VIEIRA, 1989).

A espécie Haemonchus contortus, parasita de pequenos ruminantes, é a espécie dominante em termos de intensidade de infecção, pois os animais infectados mostram-se altamente susceptíveis, com alta taxa de infecção e grande excreção de ovos pelos nematóides fêmeas, em comparação com outras espécies de ruminantes (ACHI et al., 2003). Estes parasitas gastrintestinais são hematófagos e seus efeitos nos hospedeiros são variáveis, dependendo da idade, grau de resistência e nutrição (RAHMAN, 1990).

2.2. Ciclo evolutivo

O Haemonchus contortus tem um ciclo evolutivo direto, com um período de desenvolvimento no hospedeiro, denominado fase parasitaria e outra no ambiente, denominado vida livre. A fase ambiental inicia-se com a liberação dos ovos nas pastagens através das fezes e em condições ideais, com a temperatura entre 18 a 26°C e a umidade entre 80 a 100%, liberam as larvas que se desenvolvem até a fase infectante (L3). O ciclo parasitário inicia-se com a ingestão das larvas infectantes (L3) junto com a pastagem, evoluindo no tubo digestivo para fase adulto. Os adultos movem-se livremente na superfície da mucosa e o período pré-patente é de duas a três semanas (ONYAH & ARSLAN, 2005).

Em ovinos, o maior número de parasitos adultos é encontrado na mucosa da região fúndica do abomaso, contrastando com outras espécies de animais, nas quais o H. contortus possui distribuição variada (RAHMAN, 1990). Na fase de vida livre, outros aspectos como área de pastejo, vegetação com boa cobertura do solo e

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os inimigos naturais do estágio larval, como fungos, bactérias e coleópteros, contribuem para a dinâmica dessas populações. Na fase de vida parasitária, os aspectos relativos à genética, nutrição, estados fisiológicos, manejo do rebanho, taxa de lotação, regime de criação e aspectos relativos ao bem-estar animal influenciam no desenvolvimento dos nematóides (VIEIRA et al., 1989).

2.3. Sinais clínicos

O sintoma que mais chama a atenção é uma inflamação de aspecto mole como uma bolsa de água sob a pele, embaixo da mandíbula, o edema submandibular ou papeira, que vem acompanhada sempre de uma severa anemia, perda de peso e apetite, finalizando com desidratação e morte (SANTA ROSA, 1996).

Geralmente não existe diarréia, pelo contrário, as fezes apresentam-se um pouco mais secas que o normal e, o apetite fica inalterado até o último momento. Na fase aguda tem-se uma anemia moderada, gastroenterite catarral, desidratação, retardo de desenvolvimento e crescimento, diarréia líquida ou pastosa e pêlos arrepiados e sem brilho. Na fase crônica, período mais avançado dos sintomas, observa-se debilidade orgânica geral, edema submandibular, diminuição significativa na produção de leite e carne, emagrecimento, anemia acentuada e morte. As diarréias podem aparecer ou não em verminoses crônicas (SANTA ROSA, 1996).

2.4. Tratamento

O anti-helmíntico ideal, injetável ou oral, é aquele que for eficaz contra todas as formas do desenvolvimento do parasito, seja larval ou os adultos. Os mais utilizados são o Albendazol (10 mg/kg VO); Doramectina (0,2 mg/kg IM ou SC);

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Eprinomectina (0,5 mg/kg pour-on); Ivermectina (0,2 mg/kg SC); e Levamisol (5 a 8 mg/kg VO) (MALAN & VAN WYK,1992; MOLENTO e VERíSSIMO, 2003).

2.5. Diagnóstico

O diagnóstico de uma forma geral pode ser realizado pela observação dos sintomas. O diagnóstico laboratorial se faz através de exames coprológicos, verificando a presença de ovos, larvas nas fezes. Além dos achados de necropsia, importante método para revelar as principais lesões, assim como a quantidade e as espécies de parasitos presentes na infecção (PINHEIRO, 1983).

2.6. Controle

A tentativa de controle dos prejuízos impostos pela verminose gastrintestinal por meio de tratamentos múltiplos, muitas vezes a intervalos mensais e quinzenais, ao longo dos anos, resultou no surgimento de cepas de helmintos resistentes aos vários princípios ativos de fármacos. Uma vez que o anti-helmíntico é um recurso valioso no controle das parasitoses, é importante detectar o problema da resistência. Isto se torna primordial em regiões de clima ameno e úmido, que favorecem o desenvolvimento das formas infectantes dos parasitos na pastagem, e onde os ovinos são criados em pequenas áreas, o que favorece a recontaminação constante dos animais. Dos esquemas de controle preventivo, o estratégico é o mais utilizado. Esta forma de tratamento é utilizada antes que ocorra um aumento significativo da população de parasitos em épocas do ano predeterminadas (SOUZA, 2002; MOLENTO e VERÍSSIMO, 2003).

O sucesso na implantação de um programa profilático depende do clima e de outras variáveis que devem ser consideradas, porém nada terá valor se não houver alimentação adequada, através do fornecimento de pastagens de boa qualidade e de sais minerais de boa procedência. Sem nutrição, os animais estarão vulneráveis

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ao parasitismo, que aproveita a debilidade orgânica pela carência nutricional, para levá-los a uma alta morbidade e mortalidade. No controle das verminoses devem ser adotadas medidas importantes, é fundamental manter sempre limpa e desinfectada as instalações, utilizando-se desinfetantes pelo menos uma vez por semana, separando os animais quando possível por faixa etária, pois os animais jovens são mais suscetíveis às verminoses do que os adultos (SOUZA, 2002).

Exames parasitários como OPG (contagem de ovos por grama de fezes), devem ser implantados para maior controle do rebanho. O OPG é o exame caracterizado de maior precisão na obtenção de resultados com maior média de variação significativa (THOMAZ SOCCOL et al., 2004).

3. CONCLUSÃO

Com o que foi exposto neste trabalho pode-se concluir que a melhor maneira de conter a Hemoncose é associar medidas de controle, tratamento e condições ambientais tentando expor os animais o mínimo possível ao parasita.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ACHI, Y. L.; ZINSSTAG, J.; YAO, K.; YEO, N.; DORCHIES, P.; JACQUIET, P. Host specificity of Haemonchus spp. for domestic ruminants in the savanna in northern Ivory Coast. Veterinary Parasitology, v. 116, p. 151–158. 2003.

MALAN, F.S.; VAN WYK, J.A. The packed cell volume and color of the conjunctivae as aids for monitoring Haemonchus contortus infestations in sheep.In: Bienal National Veterinary Congress, 1., 1992, Grahamstown, África do Sul. Anais... Grahamstown : South African Veterinary Association, 1992. V.1. p.139.

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MOLENTO, M. B., VERÍSSIMO, C. J. Método Famacha – Nova Estratégia no Controle de Endoparasitoses em Pequenos Ruminantes.Veterinária in Foco. AnaI, 1a ed, p 17-18. 2003

ONYIAH, L. C.; ARSLAN, O. Simulating the development period of a parasite of sheep on pasture under varying temperature conditions. Journal of Thermal

Biology, v. 30, p. 203–211, 2005.

PINHEIRO, C.A. Verminose Ovina. A Hora Veterinária - Ano 2 n.12, março/abril/ 1983.

RAHMAM, W.A. The establishment and development of Haemonchus contortus in goats. Veterinary Parasitology, v.35, n.3, p. 189 – 193, 1990.

SANTA ROSA, J. Enfermidades em Caprinos: diagnóstico, patogenia, terapêutica e controle – Embrapa Caprinos- Brasília – SPI/ Sobral: Embrapa – CNPC.101-105p,1996.

SOUZA, A. P.; RAMOS, C. I.; DALAGNOL, C. Resistência de helmintos gastrintestinais de bovinos a anti-helmínticos no estado de Santa Catarina. In: Seminário Brasileiro de Parasitologia Veterinária, 2002. Anais Rio de Janeiro: Congresso Brasileiro de Parasitologia Veterinária, 2002.

THOMAZ SOCCOL, V.; SOUZA, F.P.; SOTOMAIOR, C.; et al. Resistance of gastrointestinal nematodes of anthelmintics in sheep (Ovies aries). Brazilian

Archives of Biology and Technology, Curitiba, PR, v. 47, p.41-47, 2004.

VIEIRA, LS .et al. Redução do número de ovos por grama de fezes ( OPG) em caprinos medicados com anti-helminticos. Sobral : EMBRAPA, 1989. 18p. (Boletim de Pesquisa,11), 1989.

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