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SÍNDROME DE BURNOUT E QUALIDADE DE VIDA EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE VIDEIRA, SC

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ANUÁRIO PE

SQUISA E EXTENSÃO UNOESC VIDEIRA

2020

SÍNDROME DE BURNOUT E QUALIDADE DE VIDA EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE VIDEIRA, SC

BORGA, Ezequiel Hofstatter* PALMERA, Lindomar Palmera**

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar o nível da síndrome de burnout e qualidade de vida em enfermeiros e técnicos de enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Videira, SC. Participaram do estudo, 30 profissionais da área da saúde. O método aplicado foi uso de três questionários, contento perguntas pessoais e laborais. Para investigação da síndrome de burnout, usou-se o questionário MASLACH BURNOUT INVENTORY (MBI), e para aferir a qualidade de vida, o Questionário de WHOLLBREEF. Os principais achados foram prevalência do sexo feminino com 90%. Entre os sujeitos pesquisados, 60% são técnicos de enfermagem e 40% enfermeiros, com maior atividade laborativa na UPA com 76,6%. Em relação ao questionamento de horas que passam sentados, 70% necessitam de até 4 horas na jornada de trabalho diário para ocupações burocráticas. Em relação à síndrome de burnout, os profissionais da saúde, enfermeiros e técnicos, apresentaram nível elevado com média de 66,6%. Em relação à qualidade de vida individual, a média foi de 20,96% considerando assim, a percepção como insatisfeitos. Concluiu-se diante dos resultados, a necessidade de atenção à saúde dessa classe de trabalhadores e possibilidades de futuras investigações.

Palavras-chave: Enfermeiros. Técnicos. Síndrome Burnout. Qualidade de Vida. 1 INTRODUÇÃO

O trabalho é uma das principais atividades que envolvem as pessoas nas suas afinidades profissionais. Inúmeras áreas são na sua totalidade

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importantes para a sociedade, onde destaca-se os profissionais inseridos na área da saúde.

Diante disso, para Oliveira e outros autores (2019), o método de trabalho em saúde é considerado muito complexo, influenciado constantemente pelas transformações econômicas, políticas e tecnológicas. Nos últimos anos essas exigências tornaram as condições laborais juntamente com exigências um ato de ato de risco ocupacional psicossocial.

A área da saúde abstrai um envolvimento dos profissionais principalmente os que afrontam a linha de frente nos atendimentos e nos primeiros contatos com as pessoas.

Cabe diretamente que este público pode estar propenso a ser impactado pela síndrome de burnout. As atividades rotineiras elevam o stress laboral crônico proveniente da desilusão, do desânimo e de uma intensa frustração com o trabalho, no qual o trabalhador antes extremamente envolvido com o serviço e com os clientes, perde energia e desiste, constitui uma das principais características do burnout (PORCIUNCULA; VENÂNCIO; SILVA, 2020).

Bezerra e outros (2019), ainda complementam que mediante à situação, faz-se necessário o desenvolvimento de estudos centrados na saúde do trabalhador, pois estão propensos ao acometimento por doenças como o burnout. Ressalva ainda a importância da boa qualidade de vida do enfermeiro, o responsável pela equipe de enfermagem, bem como no desenvolvimento de seu trabalho, na promoção de sua saúde, satisfação e motivação, o que implicará benefícios para os pacientes que estão sob seus cuidados.

Direcionada à preocupação com a qualidade de vida, a literatura aponta que ela indica o nível das condições básicas e suplementares do ser humano, as quais envolvem aspectos individuais (bem-estar físico, mental, psicológico e emocional) e coletivos (relacionamentos, família, saúde e trabalho) que afetam a vida humana (FRAGA; CALVETTI; LAZZAROTTO, 2019). No entanto são necessárias mais investigações para um melhor

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aprofundamento em relação aos impactos na saúde dessa classe de profissionais.

A categoria vem apresentando a necessidade de cuidados especiais em relação à saúde e qualidade de vida.

Com a demanda observada, abre-se precedentes para futuras pesquisas.

2 DESENVOLVIMENTO

As atividades laborais envolvendo profissionais da saúde atualmente é uma das mais impactadas em relação a doenças relacionadas ao trabalho. Diante disso os envolvidos com a área incluindo enfermeiros e técnicos configuram um grupo altamente desgastado colocando em risco a saúde e a qualidade de vida.

A atuação dos profissionais dentro das atividades laborais podem sofrer com o acometimento da síndrome de burnout e impactar na qualidade de vida desses profissionais. A literatura considera o burnout como uma doença direcionada ao estresse ocupacional. Oliveira e outros (2019) também contribui em seu estudo que um dos grandes impactos na saúde dos trabalhadores é a síndrome de burnout. Haja visto que a síndrome é reconhecida no quadro de doenças com o CID-10 tratando-se do esgotamento profissional, isso constituído na legislação brasileira na lista de doenças relacionadas ao trabalho a síndrome de burnout encontra-se na segunda categoria.

Corroborando com um entendimento sobre o burnout, Fernandes et al (2018) abordam que a síndrome se caracteriza pela resposta a fontes crônicas de estresse emocional e interpessoal no trabalho e atinge, em maior número, os profissionais da área de saúde. Fato este que ocorre como resulta¬do das constantes interações humanas em serviços de saúde, as quais envolvem sentimentos de afetividade, insegurança, desmotivação, medo e angústia e estão além da capacidade de enfrenta¬mento do indivíduo.

Ainda no entendimento de Fernandes et al (2018) A Síndrome torna-se mais evidente em profissionais de Enfermagem, como consequência de

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diversos fatores, tais como: demanda, sobrecarga de trabalho, dupla jornada, número insuficiente de pessoal, riscos ocupacionais, precariedade de recursos materiais, pressão no trabalho, relações interpessoais conflituosas, contato direto com a dor e a morte, falta de pessoal qualificado, de reconhecimento, de suporte social, de feedback, de participação na tomada de decisões e de autonomia.

A relevante atividade dessa classe profissional apresenta um agravante em relação a qualidade de vida. Nota-se que um possível impacto pode estar direcionado ao burnout, o que pode também estar prejudicando a qualidade de vida desses profissionais.

É importante destacar que muitos profissionais ligados a enfermagem ou a parte técnica prestam serviços em até 24 horas principalmente em hospitais, em todos os dias da semana, ininterruptamente. A divisão do serviço por turnos ocorre para organizar a continuidade da prestação de cuidados, assim, submete o profissional ao trabalho de dia ou à noite, e esses turnos podem afetar o sono, o humor e provocar o estresse ocupacional (BEZERRA et al., 2019).

Na visão de Araújo e outros (2018) a qualidade de vida é conceituada de forma ampla e abrange a percepção do indivíduo no contexto cultural e de valores, por meio da relação das suas metas, expectativas, padrões e preocupações. Estudos revelam que a qualidade de vida dos profissionais a área de saúde ocupa o terceiro lugar no ranking das profissões com maior sobrecarga de estresse.

Mediante a qualidade de vida com o impacto generalizado em relação a saúde dos profissionais a qualidade de vida é um termo que vem sendo explorado em vários estudos com uma grande abrangência de conceitos, por isto, relaciona-se a vários aspectos da vida humana como saúde, família, relações sociais, trabalho, condição financeira estável, meio-ambiente, dentre outros (FREIRE et al., 2015). No entanto são necessárias mais investigações para um melhor aprofundamento em relação aos impactos na saúde dessa classe de profissionais.

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2.1 MATERIAIS E MÉTODOS

Participaram do estudo 30 profissionais da área da saúde, estes na função de enfermeiros e técnicos, na Secretaria de Saúde de Videira, SC. Ao total foram 3 do sexo masculino e 27 do sexo feminino.

A pesquisa foi autorizada pela secretária de Saúde do municipío de Videira e encaminhada aos profissionais lotados nos ESFs e UPA.

Para a coleta de dados, foi elaborado um questionário com perguntas ligadas às informações pessoais e laborais, incluindo o Questionário de MASLACH BURNOUT INVENTORY (MBI) para busca sobre a Síndrome de Burnout, e o Questionário de Whollbreef para avaliação da qualidade de vida.

2.2 RESULTADOS

As principais observações do estudo atestam que 90% são do sexo feminino e 10% masculino, com idade acima de 40 anos (63,3%). Diante dos resultados sobre a efetividade laboral, prevaleceram 83,3%, com 40 horas semanais na função. Entre os sujeitos do estudo pesquisados, 60% são técnicos de enfermagem e 40% enfermeiros, com maior atividade laborativa na UPA (76,6%).

Sobre a busca por atividade física, 53,3% afirmam ter o hábito de realizar semanalmente suas atividades. Sobre atividades laborais extras, 60.0% afirmam não ter outra ocupação laboral e sobre o questionamento de horas que permanecem sentadas na atuação profissional, 70% responderam que necessitam de até 4 horas na jornada de trabalho diário para ocupações burocráticas.

Em relação aos resultados sobre a síndrome de burnout, os resultados encontrados em relação aos enfermeiros e técnicos de enfermagem mostraram que um total de 66,6% (N=20) apresentaram nível elevado para síndrome de burnout, 16,6% (N=5) para Intermediário e 16,6 (N=5) para baixo.

Em relação à percepção da qualidade de vida individual, a média foi de 20,96%, considerando assim, a percepção como insatisfeitos em relação à qualidade de vida.

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3 CONCLUSÃO

Diante dos resultados encontrados no estudo, conclui-se que os profissionais ligados à enfermagem e técnicos investigados na Secretaria Municipal de Saúde de Videira SC apresentam comprometimento laboral com resultados expressivos em relação aos resultados finais do estudo. Diante dos questionamentos são ativos em relação à vida saudável, não apresentam comportamentos de risco e seguem atividades de saúde regradas. Na conclusão sobre as investigações quanto à síndrome de burnout e qualidade de vida, os enfermeiros e técnicos apresentam nível elevado para burnout e insatisfação com a qualidade de vida.

Diante da investigação e busca por estudos para embasamento na literatura, foi possível concluir que mesmo com um número baixo quanto à investigação da população no estudo, esses requerem cuidados com a saúde e necessariamente mais investigações sobre a síndrome de burnout e qualidade de vida dos profissionais que atuam na Secretaria de Saúde de Videira, SC.

Conclui-se também, que são profissionais que por atuar diretamente na função de cuidados e atendimentos a pacientes acometidos por diversas doenças, eles igulamente demandam de atenção especial em relação à saúde física e mental.

Também aqui, salientam-se todos os cuidados tomados com esses profissionais pela Secretaria de Saúde do município de Videira, SC, com essa classe de trabalhadores.

Memso assim, cabem medidas de atenção e preservação em relação aos impactos que podem ser causados pelo trabalho e demanda assistencial com profissionais da área da saúde e assistência a pessoas, o que abre futuras lacunas investigativas para outros resultados e possibilidades de novas pesquisas.

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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Francisco Denilson Pontes; BRITO, Odézio Damasceno; LIMA, Magda Milleyde de Sousa; NETO, Nelson Miguel Galindo; CAETANO, Joselany Áfio; BARROS, Lívia Moreira. Avaliação da qualidade de vida dos profissionais de enfermagem do atendimento pré-hospitalar. Rev. Bras. Med. Trab.

2018;16(3):312-7 Fortaleza.

BEZERRA, Clarissa Maria Bandeira; SILVA, Kézia Katiane Medeiros da; COSTA, Jéssika Wanessa Soares da; FARIAS, Joberto de Carvalho; MARTINO, Milva Maria Figueiredo de; MEDEIROS, Soraya Maria de. Prevalência Do Estresse E Síndrome De Burnout Em Enfermeiros No Trabalho Hospitalar Em Turnos. REME Rev Min Enferm. 2019;23:e-1232 Natal RN.

FERNANDES, Larissa Santi; NITSCHE, Maria José Trevizani; GODOY, Ilda. Associação entre Síndrome de burnout, uso prejudicial de álcool e

tabagismo na Enfermagem nas UTIs de um hospital universitário. Ciência & Saúde Coletiva, 23(1):203-214, 2018 SP.

FRAGA, Maurício da Silva Roxkow; CALVETTI, Prisla Ücker; LAZZAROTTO, Alexandre Ramos. A Qualidade De Vida Dos Profissionais Da Enfermagem Que Atuam No Centro Cirúrgico. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n.53, p.<251-260>, jan./jun. 2019.

FREIRE, Cícero Beto; DIAS, Ricardo Freitas; SCHWINGEL, Paulo Adriano;

FRANÇA, Eduardo Eriko Tenório de; ANDRADE, Flávio Maciel Dias de; COSTA, Emilia Chagas; JUNIOR, Marco Aurélio de Valois Correia. Qualidade de vida e atividade física em profissionais de terapia intensiva do sub médio São Francisco. Rev. Bras. Enferm. 68(1):26-31jan-fev 2015. Petrolina-PE, Brasil. OLIVEIRA, Ana Paula Santos de; OLIVEIRA, Ana Lucia dos Santos; PRADO, Rosana Machado de; VASCONCELOS, Andréa Macedo Venézia; SILVA, José Cesar Viana da; OLIVEIRA, Jefferson Carlos de. O esgotamento físico dos enfermeiros no setor de urgência e emergência: revisão integrativa. Nursing (Säo Paulo) ; 22(251): 2839-2843, abr.2019.

PORCIUNCULA, Alice Mariz; VENÂNCIO, Sandra Aparecida; PASSOS DA SILVA, Cosme Marcelo Furtado. Síndrome de Burnout em gerentes da Estratégia de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, 25(4):1555-1565, 2020. RJ Brasil.

Sobre o(s) autor(es)

* Bolsista UNIEDU acadêmico Curso Educação Física Unoesc Videira SC.

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Tabela 1 - Características sócio ocupacionais dos enfermeiros e técnicos de enfermagem

Fonte: Autores (2020)

Tabela 2 - Síndrome de Burnout

Fonte: Fonte da imagem Tabela 03.Qualidade de Vida

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Fonte: Fonte da imagem Título da imagem

Fonte: Fonte da imagem Título da imagem

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Tabela 1 - Características sócio ocupacionais dos enfermeiros e técnicos de enfermagem

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