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Cantina escolar e sua influência no estado nutricional/ Offering food in school canteens and its influence on nutritional status

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761

Cantina escolar e sua influência no estado nutricional/

Offering food in school canteens and its influence on nutritional status

DOI:10.34117/bjdv5n10-187

Recebimento dos originais: 10/09/2019 Aceitação para publicação: 15/10/2019

Élen Lúcia Bagatini Saud Ferro

Mestre e Doutoranda em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca Instituição: Universidade de Franca-UNIFRAN

Endereço: Avenida Joaquim Speretta, 211 - Bairro São Joaquim, Franca - SP- Brasil E-mail: elensaud@yahoo.com.br

Maria Gabriela Molina Mendes

Graduada em Nutrição pela Universidade de Franca Instituição: Universidade de Franca-UNIFRAN

Endereço: Avenida Dr. Armando Salles Oliveira, 201 - Bairro Parque Universitário, Franca - SP- Brasil

E-mail: gabimolinam@gmail.com

Karina de Oliveira Alves

Graduada em Nutrição pela Universidade de Franca Instituição: Universidade de Franca-UNIFRAN

Endereço: Avenida Dr. Armando Salles Oliveira, 201 - Bairro Parque Universitário, Franca - SP- Brasil

E-mail: kaka_catpink@hotmail.com

Claudia Haddad Caleiro Pereira

Mestre em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca Instituição: Universidade de Franca-UNIFRAN

Endereço: Rua Alfredo Tosi, 1405, Bloco D, Apt 51 - Bairro Núcleo Agrícola Alpha, Franca - SP- Brasil

E-mail: claudia.pereira@unifran.edu.br

Sanicler Campos Silva

Graduada em Gastronomia e Mestranda em Promoção da Saúde pela Universidade de Franca Instituição: Universidade de Franca-UNIFRAN

Endereço: Avenida Dr. Armando Salles Oliveira, 201 - Bairro Parque Universitário, Franca - SP- Brasil

E-mail: saniclercampos@hotmail.com

Marina Garcia Manochio-Pina

Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo Instituição: Universidade de Franca-UNIFRAN

Endereço: Avenida Dr. Armando Salles Oliveira, 201 - Bairro Parque Universitário, Franca - SP- Brasil

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761

RESUMO

Os objetivos do estudo foram: analisar o consumo dos alimentos vendidos na cantina escolar e sua influência no estado nutricional das crianças, além de verificar a adequação à legislação e recomendações vigentes dos tipos de produtos vendidos. Analisou-se 41 alunos, de 6 a 12 anos de uma escola particular. Avaliou-se os tipos de alimentos vendidos na cantina da escola e também o

consumo efetivo das crianças no local. O estado nutricional foi obtido através do Índice de Massa Corpórea (IMC). Dos estudantes, 41,5% apresentaram excesso de peso, sendo 32,1% meninas e 61,5% meninos.70,7% do total de crianças consumiam na cantina todos os dias. Dentre os meninos com tal hábito, 75% apresentaram excesso de peso, já entre as meninas os índices foram de 42,8%. Os meninos, apesar de apresentarem mais excesso de peso, tiveram um consumo de alimentos saudáveis superior ao das meninas. Poucos alimentos vendidos na cantina estavam de acordo com a legislação, destacando-se apenas o suco de frutas e os salgados assados. A legislação existe, porém não há fiscalização para todos os tipos de instituições de ensino e em âmbito nacional torna mais difícil o controle dos produtos vendidos nas cantinas, principalmente das escolas particulares. É preciso conscientizar todos os elementos envolvidos na alimentação infantil, visando a educação nutricional e a alimentação saudável.

Palavras-chave: estado nutricional, obesidade infantil, alimentação escolar

ABSTRACT

The objectives of the study were to analyze the consumption of food offered in a school canteen and its influence on the nutritional status of the children and to verify the adequacy of the types of products sold conforming to the legislation and current recommendations. A total of 42 students, aged 6 to 12 from a private school, were analyzed. The types of food sold in the school canteen and the actual consumption of the children in the place were also evaluated. The nutritional status was obtained through the Body Mass Index (BMI). About the students, 41.5% were overweight, 32.1% were girls and 61.5% were boys also, 70.7% of the total children consume in the canteen every day, among boys with such a habit, 75% presented among the girls, the indices were 42.8%. Boys, despite being overweight, had a higher intake of healthy foods than girls. Few meals sold in the canteen were in accordance with the legislation, standing out only the fruit juice and the salted baked goods. The absence of legislation for all types of educational institutions and at the national level makes it more difficult to control the offer of products in canteens, particularly private schools. It is necessary to raise awareness of all the elements involved in infant feeding, aiming at nutritional education and healthy eating.

Key-words: nutritional status, pediatric obesity, school feeding

1 INTRODUÇÃO

O consumo excessivo de açúcar e carboidratos pode levar ao desenvolvimento de uma série de doenças associadas à obesidade, dentre elas o diabetes, o que faz do excesso de peso não apenas um problema estético, mas também de saúde1.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761 Lidar com a obesidade na infância pode ser mais complexo que na fase adulta, pois as crianças têm mais dificuldades em entender os danos causados pela doença. No entanto é fundamental que sejam estabelecidas medidas preventivas nessa fase, para que seja possível reduzir a prevalência de doenças degenerativas posteriormente¹.

Estudos demonstram que, quando aplicadas em crianças, principalmente antes dos 10 anos, as intervenções nutricionais apresentam uma maior efetividade na redução da gravidade da obesidade quando comparadas a pessoas na idade adulta2.

De acordo com Briggs e Saffaii 3, o ambiente escolar é um local importante para o

desenvolvimento de estratégias de intervenção para a formação de hábitos de vida saudáveis, podendo propiciar aos escolares, opções de lanches nutricionalmente equilibrados, exercícios físicos regulares e programas de educação nutricional. Por ser um local onde há uma oferta de alimentos diária e se realiza a pratica alimentar, a cantina comercial tem que adentrar no planejamento para a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar 3,4,5.

Atualmente na população escolar encontra-se uma alta prevalência de obesidade e sobrepeso, e a promoção e incentivo a uma alimentação saudável podem contribuir para o controle e diminuição de ambos. Diversos estudos demonstram que alimentos com excesso

de gorduras, sal e açúcares, são os mais comercializados em cantinas escolares6,7,8,9,10. Para ofertar refeições e lanches com qualidade, que estejam dentro do aspecto higiênico-sanitário e nutricional, respeitando o prazer e o hábito cultural, visando também à segurança alimentar e nutricional dos alunos e da comunidade escolar, é necessário a implantação de cantinas escolares saudáveis, evitando assim a comercialização de bebidas e alimentos que não visem à alimentação adequada para crianças e adolescentes dentro do ambiente escolar, seja na educação infantil, fundamental e nível médio das redes pública ou privada 11,12.

Para isso é importante que sejam elaboradas legislações que garantam aos estudantes o direito e o acesso a uma alimentação mais saudável. A Portaria n.º 1.010, de 8/5/2006, serve como exemplo, pois vem mudando as diretrizes para a alimentação saudável no ambiente escolar, regulamentando e propondo medidas para que as cantinas escolares se tornem locais que garantam o fornecimento de alimentos e refeições saudáveis, intervindo assim, nos números elevados da obesidade infantil7.

De acordo com a Portaria 1010/06, para se alcançar uma alimentação saudável no ambiente escolar, é necessária a implementação de ações que busquem esse objetivo, incluindo a restrição nas cantinas da venda de alimentos com alto teor de gorduras totais, gordura

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761 saturada, gordura trans, açúcar livre e sal, e o incremento da oferta de alimentos e refeições saudáveis e nutritivas como: frutas, legumes e verduras7.

Outro instrumento que auxilia na busca por uma melhor qualidade do que é vendido nas cantinas escolares são os 10 passos para a promoção da alimentação saudável nas escolas, elaborado pelo Ministério da Saúde, o qual considera como não saudáveis alimentos como: balas; pirulitos; gomas de mascar; biscoitos, principalmente os recheados; refrigerantes; sucos artificiais ou adoçados; frituras como risoles, pastéis e coxinhas; maionese; salgados com salsichas e presuntos/apresuntados; salgadinhos de pacote (snacks); pipocas industrializadas e outros com o perfil acima descrito. Descreve como saudáveis: sanduíches naturais sem maionese, frutas in natura, saladas de frutas, sucos naturais ou industrializados (com mais de 50% de polpa), sucos à base de soja, salgados assados, vitaminas de frutas, preparações culinárias com verduras cozidas, bolos simples enriquecidos com verduras ou frutas, iogurtes e bebidas lácteas, além de preparações e alimentos regionais como tapioca, beiju, cuscuz, canjica, açaí, milho verde, biscoitos de polvilho, broas, etc. O documento também restringe a oferta de alimentos e refeições com alto teor de açúcares (mais que 10% do valor energético total), gorduras saturadas (mais que 10% do valor energético total), gorduras trans (mais que 1% do valor energético total) e sódio (mais que 400 mg do valor energético total) 13.

Para direcionar ainda mais as recomendações, as cantinas contam também com a Portaria Conjunta COGSP/CEI/DSE, de 23 de março de 2005 14 que estabelece Normas para o funcionamento desses locais no estado de São Paulo, inclusive sobre a venda de produtos nas cantinas, enfatizando os alimentos que devem ser vendidos no local como: frutas, legumes e verduras; sanduíches, pães, bolos, tortas, salgados e doces assados ou naturais (esfiha aberta ou fechada, coxinha e risoles assados, pão de batata, enroladinho, torta, quiche, fogazza assada,etc); produtos à base de fibras (barras de cereais, cereais matinais, arroz integral, pães, bolos, tortas, biscoitos); barras de chocolate menores de 30g ou mista com frutas e fibras; suco de polpa de fruta ou natural; bebidas lácteas (sabor chocolate, morango, coco, cappuccino, aveia, vitamina de frutas, etc); bebidas ou alimentos à base de extratos ou fermentados (soja, leite, entre outros).

Portanto, o presente estudo teve como objetivos analisar o consumo dos alimentos vendidos na cantina escolar e sua influência no estado nutricional das crianças pesquisadas e verificar a adequação à legislação e recomendações vigentes dos tipos de produtos vendidos na cantina.

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2 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo refere-se a uma pesquisa de caráter transversal que analisou 41 alunos, de 6 a 12 anos de idade, de ambos os sexos de uma escola particular de uma cidade do interior de São Paulo. Antes do início da pesquisa, o projeto foi aprovado pelo CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) da Universidade de Franca, sob protocolo nº 79840117.0.0000.5495. Para a realização deste trabalho o responsável pela instituição teve que assinar uma declaração de autorização, para que a pesquisa fosse realizada no local, e os representantes dos participantes do projeto, assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido para menores e incapazes, elaborado com base nas normas da resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, para que seus filhos pudessem participar do estudo. As crianças também assinaram um termo de assentimento, comprovando assim que estavam cientes e de acordo com a realização da pesquisa.

Foi realizada uma avaliação dos tipos de alimentos vendidos na cantina da escola, os quais foram categorizados em recomendados e não recomendados seguindo o que determina a Portaria Conjunta COGSP/CEI/DSE, DE 23-3-200514 e os 10 passos para a promoção da alimentação saudável nas escolas, elaborados pelo Ministério da Saúde13. Para serem enquadrados na categoria recomendados, os alimentos deveriam estar incluídos nos dois instrumentos.

Também, foi realizada a avaliação antropométrica dos estudantes através da obtenção do IMC (Índice de Massa Corpórea) para o qual foram aferidos seu peso e estatura. Para a aferição foi utilizada balança científica calibrada e estadiômetro portátil. As crianças foram pesadas vestindo os uniformes da escola, descalços, em pé, com braços estendidos ao longo do corpo, posicionados no centro da balança e olhando para frente. Já a estatura foi aferida em local plano e sem rodapé com as crianças de pé, eretas, com os pés paralelos e braços estendidos ao longo do corpo. Para a análise dos dados utilizou-se as curvas de crescimento de 2007 da Organização Mundial de Saúde (OMS). Para a avaliação do consumo na cantina, foram selecionados três dias escolhidos aleatoriamente em uma semana e realizada a observação dos lanches na hora do recreio. Nessa observação não houve contato manual das pesquisadoras, pois foi solicitado que as próprias crianças apresentassem os alimentos comprados. Os pais e as crianças não foram comunicados da semana e nem dos dias exatos da coleta para que não houvesse interferência na aquisição dos lanches. Para a análise da influência dos lanches no estado nutricional das crianças, foi feita a comparação da relação deste com o consumo dos alimentos adquiridos na cantina.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761 As variáveis numéricas foram submetidas ao teste de normalidade de D’Agostino e Pearson e, em função da normalidade de algumas das populações de origem optou-se por métodos não paramétricos. Assim, para comparar dois grupos independentes (masculino e feminino) foi usado o teste de Mann Whitney e quando mais de dois grupos foram comparados usou-se a análise de variância de Kruskal-Wallis. As correlações foram medidas através do coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância pré-estabelecido foi de 5% (α = 0,05) e os testes foram realizados no Software GraphPad Prism 5.0.

3 RESULTADOS

A avaliação do estado nutricional das crianças apresentou um índice de 58,5 % (n= 24) de eutrofia para ambos os sexos. No entanto, conforme demonstra a figura 1, os índices de excesso de peso foram elevados, principalmente entre os meninos, cujos valores ultrapassam de forma estatisticamente significativa (p= 0,0112) os valores femininos.

Figura 1: IMC/idade geral e de acordo com sexo

Das 41 crianças avaliadas n=28 eram meninas e n=13 meninos; 70,7% (n= 29) consumiram algum alimento na cantina da escola todos os dias da coleta; 17,07% (n=7) compraram algum produto em dois dias e 12,2% (n=5) consumiram da cantina em um dia apenas. Nos dias em que não compravam na cantina, as crianças levavam os alimentos de casa. Observou-se que entre os meninos que consumiram na cantina todos os dias analisados, 75% (n=6) apresentaram excesso de peso, já entre as meninas esse índice foi bem menor (42,8%, n= 9). Além disso, todos os meninos que consumiram produtos adquiridos na cantina duas vezes na semana em estudo estavam acima do peso, o que não ocorreu entre as meninas, conforme demonstra a Tabela 1.

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Tabela 1: Relação entre os dias de consumo de alimentos na cantina e estado nutricional das crianças.

Meninos Meninas nº de vezes de consumo na cantina Eutrofia n % Excesso de peso n % Eutrofia n % Excesso de peso n % 0 0 0 0 1 3 100 0 0 2 100 5 100 2 0 0 2 100 3 2 25 6 75 12 57,14 9 42,8

A observação dos alimentos adquiridos pelas crianças na cantina demonstrou que estas compravam e consumiam diversos produtos industrializados, conforme é possível verificar na Figura 2, que também apresenta a relação desse consumo com o estado nutricional das mesmas sem levar em consideração o sexo. Considerando as determinações da Portaria Conjunta COGSP/CEI/DSE14 e dos 10 passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas13,

endossados pela Portaria 1010/067, que restringem o consumo excessivo de alimentos ricos

em gorduras, açúcares e sal, foram considerados alimentos saudáveis apenas o suco natural, e os salgados assados, já que os demais alimentos encontrados eram industrializados e ricos em tais nutrientes.

Figura 2: Relação geral do consumo de alimentos vendidos na cantina com o estado nutricional

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761 O suco natural foi consumido apenas pelas crianças eutróficas, já que nenhum indivíduo com excesso de peso adquiriu o alimento nos dias em que a pesquisa foi realizada. As bebidas industrializadas (sucos artificiais e refrigerantes) se destacaram significativamente (r=0,54; p=0,0001) entre as crianças com excesso de peso, influenciando diretamente em tal estado nutricional. Além disso, estas bebidas foram os alimentos mais consumidos por elas, com frequência significativamente maior que os demais alimentos (p < 0,05).

Algumas crianças consumiam frutas in natura na hora do intervalo, no entanto, as mesmas não eram vendidas na instituição, e sim levadas de casa.

Com relação à influência do tipo de alimento adquirido na cantina no estado nutricional das crianças, de acordo com o sexo, observou-se que apenas 3,8% dos alimentos consumidos pelas meninas com excesso de peso eram saudáveis, sendo representados pelos salgados assados. O consumo masculino desse tipo de alimento por aqueles com excesso de peso, foi de 7,1%. O baixo consumo de alimentos saudáveis entre as crianças com excesso de peso dá lugar à ingesta de produtos considerados inadequados, conforme apresentado no Quadro 1.

Quadro 1: Relação da frequência dos alimentos consumidos com o sexo e estado nutricional

Meninos Meninas Alimentos Eutrofia n % Excesso de peso n % Eutrofia n % Excesso de peso n % Suco natural 5 38,5 0 0 23 28,7 0 0 Bebida Industrializada 3 23,1 21 50 19 23,7 25 48 Snack 1 7,7 6 14,3 13 16,2 8 15,4 Bolinho 1 7,7 3 7,1 5 6,2 6 11,5 Salgado frito 0 0 6 14,3 3 3,8 3 5,7 Salgado Assado 3 23,1 3 7,1 12 15 2 3,8 Chocolates e doces 0 0 3 7,1 5 6,2 8 15,4

O alimento vendido na escola que talvez tenha mais influenciado nos maiores índices de excesso de peso masculino foram as bebidas industrializadas (50%), seguidas pelos salgados fritos e snacks ingeridos por 14,3% dos meninos. Entre as meninas destaca-se

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761 também as bebidas (48%) e logo em seguida os snacks e doces/chocolates com a mesma proporção (15,4%).

A respeito dos eutróficos, apesar das meninas apresentarem os maiores índices para tal classificação, seu consumo de alimentos saudáveis foi inferior (43,7%) ao dos meninos (61,6%). Já com relação aos não-saudáveis, em ambos os sexos se destaca a ingestão de bebidas industrializadas, mais ingeridas pelas meninas (23,7%), que também superaram os garotos no consumo de snacks (salgadinhos de pacote), salgados fritos e chocolates e doces. Para terem acesso a tais alimentos saudáveis, estes deveriam ser oferecidos nas cantinas, e na análise deste quesito, observou-se pouca variedade de produtos que estavam de acordo com a legislação e recomendações vigentes, destacando-se apenas o suco de frutas e os salgados assados, ou seja, das sete categorias observadas na cantina analisada, apenas duas (28,6%) estavam em conformidade com os dois instrumentos utilizados neste estudo. O chocolate, apesar de porções menores de 30 g estarem de acordo com a Portaria Conjunta, não foi considerado recomendado porque não estava entre os alimentos sugeridos pelos 10 passos. Os demais alimentos vendidos na cantina e que não se encaixaram nas recomendações dos instrumentos utilizados foram: salgadinhos de pacote (snacks), bolo industrializado, salgados fritos (pastel), sucos industrializados, refrigerantes, doces e chocolates.

4 DISCUSSÃO

A avaliação do estado nutricional das crianças demostrou uma alta prevalência de excesso de peso 45,22% (sobrepeso e obesidade), o que é preocupante para a faixa etária descrita. Tais resultados são superiores aos achados de Silva et.al. 15, que avaliaram 250 crianças entre 2 e 5 anos de uma escola particular em Recife e verificaram 22,6% de sobrepeso e 11,3% de obesidade (33,9%). Já um estudo realizado por Zancul16 analisou a alimentação de

401 crianças de 5ª a 8ª série na cidade de Ribeirão Preto-SP e observou 12,6% de sobrepeso e 8,5% de obesidade, ou seja, um total de 21,1% de excesso de peso. Souza, Lima e Mascarenhas17 também obtiveram alta prevalência de sobrepeso (19,2%) e obesidade (9,93%) nos 151 préescolares pesquisados.

Com relação ao gênero, a elevada incidência de excesso de peso (sobrepeso e obesidade) entre os meninos (61,52%), acompanha, em proporção bastante superior, os achados de Bernardo et al 18, cujos valores de sobrepeso e obesidade nos meninos foram de 29,9%, enquanto nas meninas foram de 17,7%. Miziara e Vectore19 também observaram predominância de excesso de peso entre os meninos nas 60 crianças obesas encontradas, das

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761 quais 35 eram meninos e 25 meninas. O estudo de Souza, Lima e Mascarenhas17 encontrou 35,2% de meninos com excesso de peso; enquanto as meninas apresentaram 23,75% de excesso de peso. Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)20, meninos brasileiros tem um índice maior de obesidade, confirmando os achados do presente estudo. Os alimentos consumidos em maior proporção pelos meninos e que podem contribuir para a grande diferença de excesso de peso observada em relação às meninas foram os salgados fritos e as bebidas industrializadas. De acordo com Kac, Sichieri e Gigante21, o consumo frequente

de alimentos com alta concentração de energia (gorduras e/ou açúcares) pode ser associado ao aumento nas prevalências de sobrepeso e obesidade e de outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

O presente estudo observou um elevado consumo de alimentos industrializados e hipercalóricos pelos escolares, o que talvez se deva à pouca variedade de alimentos saudáveis vendidos na cantina e a grande oferta de produtos pouco nutritivos como: bebidas industrializadas (sucos e refrigerantes); bolinhos recheados; salgadinhos; chocolates e doces; além de salgados fritos, ou seja, alimentos ricos em açúcares, gorduras (trans e saturada), e sal, contrariando assim a determinação e recomendação da Portaria 1010/06, dos 10 passos para alimentação saudável nas escolas e da Portaria Consultiva COGSP/CEI/DSE 7,13,14. A pesquisa de Orçamentos Familiares no Brasil – POF20 também revelou um aumento no consumo de bebidas com adição de açúcar em detrimento ao consumo de frutas e vegetais. Santana22 destaca o consumo de frutas, legumes e verduras como um dos fatores de proteção para o excesso de peso por serem ricos em fibras, contribuindo para a saciedade e por apresentarem baixo teor calórico e de gordura.

Os resultados do presente estudo demonstram também que quanto mais frequente o consumo nas cantinas, maiores eram as chances de excesso de peso, principalmente entre os meninos. No geral, entre as crianças que compravam os produtos no local apenas uma vez na semana, nenhuma apresentou excesso de peso. Tal estado nutricional só foi verificada entre os meninos que consumiam de duas a três vezes por semana e entre as meninas que fizeram uso da cantina nos três dias pesquisados.

A baixa proporção de adequação dos alimentos comercializados à recomendação dos instrumentos utilizados neste estudo, vem de encontro com os resultados obtidos por Gaetani e Ribeiro23 em estudo semelhante, realizado em Ribeirão Preto, pois as autoras também verificaram a oferta de alimentos não saudáveis nas cantinas escolares pesquisadas. Esses dados confirmam a teoria de Viuniski24 de que somente proibir a venda de determinados

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 10, p. 19723-19738 oct. 2019 ISSN 2525-8761 alimentos nas cantinas pode não ser suficiente, é preciso, antes de tudo, estabelecer programas educativos que elucidem para a criança e toda a comunidade escolar envolvida, sobre a importância de uma alimentação saudável.

De acordo com Borsoi, Teo e Mussio25, a alimentação escolar, mesmo sendo a mais antiga política pública brasileira na área da alimentação e da nutrição, é pouco utilizada como estratégia de Educação Alimentar e Nutricional. O papel da escola na formação dos hábitos alimentares, é fundamental, já que grande parte das crianças e adolescentes permanecem nesse local boa parte de seu tempo diário. Nesse contexto, é importante que os serviços de alimentação disponíveis no ambiente escolar assumam a responsabilidade de fornecerem e comercializarem alimentos e refeições adequados e balanceados do ponto de vista nutricional e sanitário, além de respeitarem as preferências das crianças26.

O presente estudo observou uma alta frequência de excesso de peso na população estudada, principalmente no público masculino. Observou-se também a incoerência perante à legislação vigente, já que a cantina apresenta alimentos ricos em gorduras (trans e saturadas), açúcares livres e sal. A venda e a aquisição desse tipo de produto devem ser fiscalizadas e reduzidas, para que no futuro as crianças não apresentem excesso de peso e/ou doenças crônicas não transmissíveis.

A Portaria Conjunta COGSP/CEI/DSE14 pode ser vista como uma ferramenta para auxiliar na implantação de uma escola promotora de saúde, proibindo a venda de alimentos que podem ocasionar obesidade, que são prejudiciais à saúde ou não ofertem nutrientes suficientes. No entanto, é importante ressaltar que a regulamentação se restringe apenas às escolas públicas do estado de São Paulo, não abrangendo outras regiões e os colégios privados.

Os 10 passos para a promoção da alimentação saudável nas escolas, apesar de não terem a força de uma legislação, podem direcionar para uma alimentação mais balanceada e adequada nas escolas ao oferecerem orientações específicas para tal.

A ausência de fiscalização da legislação vigente em escolas públicas e principalmente nas particulares, torna mais difícil o controle dos produtos vendidos nas cantinas. Porém, sabe-se também que apenas a elaboração de leis não é suficiente, é preciso que todos os elementos envolvidos na alimentação infantil tenham consciência de seu papel, visando a educação nutricional e uma alimentação mais balanceada e saudável.

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Figura 1: IMC/idade geral e de acordo com sexo
Figura 2: Relação geral do consumo de alimentos vendidos na cantina com o estado nutricional

Referências

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