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Avaliação macroscópica da cicatrização de feridas de pele tratadas com extrato da folha de pequizeiro (Caryocar brasiliense) / Macroscopic evaluation of the healing of skin wounds treated with pequi tree leaf extract (Caryocar brasiliense)

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Academic year: 2020

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Avaliação macroscópica da cicatrização de feridas de pele tratadas com

extrato da folha de pequizeiro (Caryocar brasiliense)

Macroscopic evaluation of the healing of skin wounds treated with pequi tree

leaf extract (Caryocar brasiliense)

DOI:10.34117/bjdv6n4-075

Recebimento dos originais: 01/03/2020 Aceitação para publicação: 03/04/2020

José Eduardo de Oliveira

Graduando em Medicina Veterinária da Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde-GO, Brasil.

Email: zezinho25oliveira@hotmail.com

Daniela Lemes Martins

Medica Veterinária pela Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde-GO, Brasil.

Mariana Paz Rodrigues Dias

Professora Mestre do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde-GO, Brasil

Tiago Luis Eilers Treichel

Professor Doutor do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde-GO, Brasil

Tales Dias do Prado

Professor Doutor do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Rio Verde (UniRV), Rio Verde-GO, Brasil

RESUMO

O uso da fitoterapia tem ganhado cada vez mais importância no cenário nacional. O pequizeiro (Caryocar brasiliense) possui destaque em uma vasta área do território brasileiro e na medicina popular é utilizado como anti-inflamatório. O presente trabalho é um estudo de avaliação morfológica macroscópica, que utilizou extrato aquoso de folhas do pequizeiro para averiguar os seus efeitos na cicatrização em lesões experimentalmente provocadas em coelhos. Foi avaliado o tempo de fechamento das lesões, a presença ou não de edema, hiperemia e de exsudato, seja seroso ou purulento para averiguar o efeito anti-inflamatório do composto. Houve diferença estatística na análise de hiperemia, favorecendo o grupo que utilizou o extrato. Não ocorreu diferença estatística na análise de tempo de cicatrização das lesões. Conclui-se que o extrato aquoso da folha de pequi apresentou alterou a ocorrência de hiperemia, fato que sugere a possibilidade de atividade anti-inflamatória. Acredita-se que as plantas medicinais podem constituir alternativas de grande relevância para o processo de cicatrização de feridas, considerando que seu uso seja validado por estudos que afirmem seu potencial cicatrizante, o que sugere novos estudos de comprovação clínica, custos e benefícios, e a constante atualização acerca das publicações realizadas.

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ABSTRACT

The use of phytotherapy has gained increasing importance on the national scene. The pequi tree (Caryocar brasiliense) is highlighted in a vast area of the Brazilian territory and in popular medicine it is used as an anti-inflammatory. The present work is a macroscopic morphological evaluation study, which used aqueous extract of pequi tree leaves to investigate its effects on healing in lesions experimentally caused in rabbits. The lesion's closing time, the presence or not of edema, hyperemia and exudate, whether serous or purulent, were evaluated to ascertain the compound's anti-inflammatory effect. There was a statistical difference in the analysis of hyperemia, favoring the group that used the extract. There was no statistical difference in the analysis of wound healing time. It is concluded that the aqueous extract of the pequi leaf has altered the occurrence of hyperemia, a fact that suggests the possibility of anti-inflammatory activity. It is believed that medicinal plants may constitute alternatives of great relevance to the wound healing process, considering that their use is validated by studies that affirm their healing potential, which suggests new studies of clinical evidence, costs and benefits, and the constant update about the publications made.

Keywords: Healing, Phytotherapy, Pequi

1 INTRODUÇÃO

O termo fitoterapia remete ao tratamento que utiliza plantas como matéria prima. Plantas medicinais são todos e qualquer vegetal que possua substancias que possam ser utilizadas para fins terapêuticos (SILVA et al., 2017). A utilização da fitoterapia remonta a milhares de anos, há relatos que comprovam que os sumérios na Mesopotâmia já manuseavam plantas com finalidade medicamentosa desde 3000 a.C.

A utilização das ervas medicinais em território brasileiro é fundamentada originalmente pela cultura indígena, que posteriormente foi mesclada com os conhecimentos trazidos da Europa (Silva

et al., 2017). Além do fato do Brasil possuir grande parcela da biodiversidade mundial, a fitoterapia

é uma alternativa economicamente viável de tratamento, esses fatores são fundamentais para haver aumento de uso dessa terapia no Sistema Único de Saúde (SUS) (SILVA et al., 2018).

A Caryocar brasiliense Camb, conhecida como pequizeiro, é uma árvore símbolo da região do Cerrado, pertencente à família Cariocaraceae. Ocorre em regiões mais secas do bioma Cerrado nos estados do Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Bahia e Piauí (SALVIANO et al., 2002).

O pequi, muito apreciado na culinária regional brasileira, é rico em vitaminas A, C e E. Estudos confirmaram a presença de carotenóides, que evitam a formação de radicais livres, em seus frutos. Popularmente, o chá da casca é recomendado no combate à febre e também como anti-inflamatório (AZEVEDO-MELEIRO; RODRIGUEZ-AMAYA, 2004).

Várias espécies da família Caryocaraceae são usadas no Brasil, como fontes de alimento, enquanto que na medicina popular como cicatrizantes, anti-inflamatórios e no tratamento de afecções do sistema respiratório, reumatismo, dores musculares e lesões gástricas (OLIVEIRA et al., 2010).

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Estudos conduzidos por Roesler (2007) demonstraram que os extratos etanólico e aquoso de casca de pequi, possuem excelente capacidade de sequestrar radicais livres, ou seja, atividade antioxidante.

A cicatrização de feridas é um processo complexo que envolve a organização de células, sinais químicos e matriz extracelular com o objetivo de reparar o tecido. Por sua vez, o tratamento de feridas busca o fechamento rápido da lesão de forma a se obter uma cicatriz funcional e esteticamente satisfatória. Imediatamente após o rompimento tecidual nos animais vertebrados, inicia-se o processo de reparo, que compreende uma sequência de eventos moleculares objetivando a restauração do tecido lesado (MENDONÇA; COUTINHO NETTO, 2009).

Embora a reparação tecidual seja um processo sistêmico, é necessário favorecer condições locais através de terapia tópica adequada para viabilizar o processo fisiológico. Para o tratamento de feridas tem-se intensificado a pesquisa de produtos naturais que auxiliam a cicatrização tais como o óleo de copaíba, papaína, vitamina a, o fruto e casca do fruto do pequizeiro, dentre outros (EURIDES

et al., 1988).

Devido à grande procura por terapias alternativas, atualmente, nota-se o retorno do interesse pelas plantas medicinais. Isto se deve principalmente à ineficácia de alguns produtos sintéticos, ao alto custo dos medicamentos alopáticos e à busca da população por tratamentos menos agressivos ao organismo, principalmente no atendimento primário à saúde (RIBEIRO et al., 2005).

A disponibilidade da planta em nosso bioma assim como o amplo consumo dos frutos e a utilização popular do chá da casca desta árvore corroboram a necessidade de estudos mais aprofundados acerca do possível potencial anti-inflamatório e/ou antibiótico atribuído a essa espécie de planta. Portanto, este estudo morfológico visou verificar o efeito extrato da casca do pequi na cicatrização de feridas cutâneas que foram produzidas experimentalmente em coelhos, bem como definir se essa formulação foi capaz de induzir melhor cicatrização nas mesmas.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente trabalho foi submetido à aprovação pelo Comitê de Ética e Experimentação Animal da Universidade de Rio Verde (UniRV), sob protocolo N° 09/17.

Material vegetal e preparação do extrato: Foram realizadas as coletas de folhas verdes de pequizeiro de plantação natural de uma única propriedade rural privada, localizada no município de Rio Verde-GO, durante os meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019, estas foram previamente selecionadas, desidratadas e moídas. Realizou-se então, a extração à quente das soluções aquosas utilizando-se um recipiente com 20 g de folhas e 150 mL de água filtrada que permaneceram em ebulição por 5 minutos.

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Animais: Foram utilizados seis coelhos da raça Nova Zelândia, pesando aproximadamente 2 kg, com idade entre quatro e seis meses, sendo três foram machos e três fêmeas. Os animais foram adquiridos no setor de cunicultura da Universidade de Rio Verde (UniRV) e submetidos a um período de quarentena em que foram desverminados e observados quanto ao estado de saúde geral. Só então foram destinados à realização dos experimentos. Os animais foram separados e mantidos em gaiolas individuais sob condições adequadas de higiene, luz e temperatura, recebendo ração comercial e água

ad libitum. Os procedimentos experimentais foram realizados de acordo com as normas de

experimentação animal do Colégio Brasileiro. Não houve necessidade de eutanásia dos animais ao término do experimento.

Indução e tratamento das lesões experimentais: Previamente, os coelhos foram anestesiados por via intramuscular na região do quadríceps, utilizou-se cloridrato de cetamina (22 mg/kg), acepromazina (0,04 mg/kg), midazolan (0,4 mg/kg) e cloridrato de tramadol (2 mg/kg). Foram produzidas quatro lesões no dorso de cada animal, sendo duas de cada lado, paralelamente a coluna vertebral a 3 cm de distância, entre a escápula e a tuberosidade ilíaca com um punch de 8 mm (técnica modificada), incluindo lesionamento da pele, tecido celular subcutâneo e músculo cutâneo do tronco. As identificações das feridas seguiram a sua localização, portanto, foram denominadas cranial direita (CRD), cranial esquerda (CRE), caudal direita (CAD) e caudal esquerda (CAE). Em cada ferida, foi aplicada topicamente e de forma padronizada (Figura 1): CRD e CAD água filtrada – Grupo Controle), CRE e CAE (solução de Caryocar – Grupo Pequi). Cada tratamento foi administrado a cada 12 horas, no mesmo horário. As lesões craniais foram tratadas por 7 dias enquanto que as caudais por 14 dias. No D7 e no D14, as lesões foram seccionadas e encaminhadas para análise histológica, para posterior análise.

Avaliação das lesões: As lesões foram submetidas a avaliação macroscópica diária, verificando-se os seguintes parâmetros: edema, hiperemia e presença de exsudato. Também realizou um estudo morfométrico visando a mensuração do halo da ferida no dia da indução da ferida no 7° e 14° dia pós-indução, através da colocação de plástico transparente sobre a ferida e demarcação com caneta de retroprojetor, submetendo-se este traçado a mensuração com planímetro. A área da ferida foi determinada através da medida de seu diâmetro, em sentido longitudinal. Os resultados das diferenças de tamanho entre as feridas experimentais e controle foram comparados.

Análise estatística: A análise de variância (ANOVA) foi realizada para todas as medidas obtidas relativas à área da ferida (mm), os dados posteriormente foram submetidos ao Teste T Student, aceitando-se 5% (P<0,05) como nível de significância para interpretação dos resultados. A presença ou ausência das alterações cutâneas (edema, eritema, secreção serosa ou purulenta) foram analisadas pelo Teste Mann-Whitney.

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Figura 1: Lesões cutâneas preparadas para o início do tratamento. CRD e CAD, Grupo Controle. CRE e CAE, Grupo Pequi.

UniRV, 2019

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o estudo morfométrico proposto, as feridas cirúrgicas foram mensuradas nos dias 7 e 14 (Figuras 2 e 3) após os procedimentos cirúrgicos (Tabela 1) e os resultados demonstraram que em ambos os dias não houve diferença significativa (p>0,05) entre os grupos, indicando que o os animais tratados com o extrato da folha do pequizeiro de forma tópica não apresentaram feridas menores que os do grupo controle (não tratados) nos dias avaliados. Vale ressaltar que no 14º dia quatro animais de cada grupo (não tratados e tratados) já apresentavam as feridas completamente cicatrizadas. Em Bezerra et al. (2015), observaram resultados significativos com o uso de óleo do pequi na redução de cicatrizes cutâneas em ratos, que reduziu o tempo de fechamento de lesão, e ainda promoveu uma menor mobilização de células inflamatórias.

Figura 2: Lesões cutâneas no 7° dia de avaliação macroscópica. CRD e CAD, Grupo Controle. CRE e CAE, Grupo Pequi

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Figura 3: Lesões cutâneas no 14° dia de avaliação macroscópica. CAD, Grupo Controle. CAE, Grupo Pequi. UniRV, 2019

Tabela 1 - Médias dos tamanhos das feridas cirúrgicas, em centímetros, no 7º e no 14º dias após as cirurgias. UniRV, 2019 Tamanho da ferida (cm) Dia 07 Dia14 Média DP Média DP Grupo Controle 0,60 0,12 0,27 0,04 Grupo Pequi 0,54 0,12 0,31 0,04

Análise de Variância complementada pelo Teste t (P > 0,05)

Apesar dos dados demonstrarem no dia 07 que o grupo controle apresentou média de lesões menores quando comparados as lesões do grupo controle, a análise estatística mostra que não houve diferença significativa entre grupos, o que indica que possivelmente não ocorra efeito cicatrizante atribuído ao uso da planta em estudo na concentração utilizada. Entretanto, Eurides et al. (1988) e Oliveira e Scariot (2010) acreditam que o uso de plantas da família do pequizeiro pode promover efeitos similares a agentes anti-inflamatórios.

Figueiredo et al. (2016) identificaram ação antiinflamatória com uso do óleo fixo na dieta de camundongos em todas as concentrações utilizadas. Batista et al. (2010) corroboram esses dados, apesar de terem utilizado o óleo de pequi de modo tópico. No decorrer do estudo o grupo tratado com pequi apresentou processo de inflamação mais brando que o controle, destacando que no dia 7 havia edema, exsudato purulento e regiões de hiperemia nos animais controle enquanto que o grupo pequi permaneceu sem evidências de inflamação.

Os resultados das análises macroscópicas realizadas mostraram que a ocorrência de secreção serosa apenas no grupo controle e também que não ocorreu secreção purulenta em nenhum grupo. Os dois grupos apresentaram edema, mas não houve diferença estatística, corroborando com Dorneles et

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al. (2003), que realizaram um experimento de cicatrização de feridas cutâneas em coelhos e

observaram que os mesmos não apresentaram quaisquer tipos de exsudatos.

No trabalho de Campos et al. (2016) observou-se que o uso do extrato de Coité (Crescentia

cujete) induziu uma cicatrização em feridas cutâneas de equinos, além de contar com fortes indícios

de que há ação antisséptica nesse composto, por ter reduzido as secreções mucopurulentas das feridas tratadas.

A hiperemia foi constatada em alguns animais por no máximo 07 (sete) dias (Tabela 2).

Tabela 2 - Incidência de hiperemia nas feridas cirúrgicas de coelhos. UniRV, 2019

Hiperemia

Grupos Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7

Controle 50% 58,33%A 41,66% 58,33%A 58,33%A 50% 16,66%

Pequi 33,33% 16,66%B 33,33% 16,66%B 16,66%B 25% 0%

As porcentagens de ocorrência de hiperemia marcadas nas colunas indicam que, mediante aplicação do teste Mann Whitney, houve diferença significativa entre os grupos, com P < 0,05

Houve diferença significativa entre os grupos analisados nos dias 2, 4 e 5. A hiperemia é uma manifestação esperada em função da instauração do processo inflamatório, contudo o grupo cujas feridas foram tratadas com solução aquosa à base das folhas de pequizeiro apresentou menor ocorrência de hiperemia. Vasconcelos et al. (2007) inferem que os sinais de inflamação como edema, hiperemia e presença de exsudato constituem achados esperados após a realização de uma lesão e podem ser minimizados por agentes que favoreçam a cicatrização.

No presente trabalho desenvolvido foi verificada presença de edema até o quarto dia no grupo controle, e no grupo do pequi até o terceiro dia, havendo uma redução amostral. No trabalho de Batista

et al. (2010) foi encontrado redução de sinais inflamatórios nas feridas cirúrgicas dos animais tratados

com o óleo de pequi quando comparados com o controle.

O pequi possui atividade antimicrobiana a Staphylococcus aureus, quando utilizado concentrações de 50g/mL (MACHADO et al., 2018). Arruda et al. (2012), também observaram a ação bactericida relacionada ao pequi. Diversas atividades farmacológicas foram observadas com relação ao uso da Caryocar brasiliense, de acordo com as diferentes partes da planta que já foram estudadas, dentre eles ação antioxidante, antifúngica, leishmanicida, além de auxiliar no controle do desenvolvimento de neoplasias (ARRUDA et al., 2012; PELÚZIO et al., 2018).

Em Pelúzio et al. (2018) acreditam que em questão de tempo a Caryocar brasiliense será inserida no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Brasil, devido à presença de

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componentes como flavonóides, antocianinas e taninos, assim como por possuir ação terapêutica reconhecida no tratamento de diversas doenças.

Arruda et al. 2012, ainda apontam a toxicidade do extrato do farelo da casca de pequi, ao usar a via intraperitoneal em camundongos, foi obtida CL50% (concentração letal de 50%) igual a 0,31 mg ml-1.Fonseca et al. (2016), analisaram e encontraram que o extrato das folhas possui tanto a DL10

como DL50 inferiores aos valores encontrados do extrato das cascas dos frutos. Traesel (2017) relata

a existência de efeito tóxico, apesar da carência de estudos avaliando a toxicidade dos subprodutos provenientes do Caryocar brasiliense, embora pelo fato de apresentar grande valor do ponto de vista nutricional, medicinal, social e econômico.

4 CONCLUSÃO

A feridas cutâneas tratadas com solução aquosa à base da folha do pequizeiro (Caryocar

brasiliense) não apresentaram maior redução de sua área quando comparadas às feridas tratadas com

o grupo controle. Contudo, observou-se que durante o processo de cicatrização houve menor ocorrência de hiperemia no grupo tratado com a planta, fator possivelmente indicador de certa atividade anti-inflamatória, podendo caracterizar como vegetal de potencial medicinal.

Acredita-se que as plantas medicinais podem constituir alternativas de grande relevância para o processo de cicatrização de feridas, considerando que seu uso seja validado por estudos que afirmem seu potencial cicatrizante, o que sugere novos estudos de comprovação clínica, custos e benefícios, e a constante atualização acerca das publicações realizadas.

AGRADECIMENTOS

À Universidade de Rio Verde (UniRV) pela concessão de bolsa de estudo através do Programa de Iniciação Científica (PIBIC/UniRV).

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Imagem

Figura 2: Lesões cutâneas no 7° dia de avaliação macroscópica. CRD e CAD, Grupo Controle
Figura 3: Lesões cutâneas no 14° dia de avaliação macroscópica. CAD, Grupo Controle. CAE, Grupo Pequi
Tabela 2 - Incidência de hiperemia nas feridas cirúrgicas de coelhos.

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