Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Instituto de Ciências Biomédicas
–
ICB
Programa de Graduação em Histologia
Tecido Muscular
Origem Embriológica
célula muscular (célula especializada)
sistema de miofilamentos
Tecidos Musculares
1 célula muscular = 1 fibra muscular Responsáveis pelos movimentos corporais, formados por células alongadas, denominadas de células musculares ou fibras musculares, células especializadas que, uma vez
excitadas, são estimuladas para eventos de contração.
MORFOGÊNESE DOS TECIDOS MUSCULARES
a. Tecido muscular estriado esquelético
• Fatores parácrinos produzidos pelo tubo neural induzem a expressão das proteínas
MyoD e Myf5 pelas células mesenquimais das porções dorsolaterais dos somitos (miótomos) Transformação para
mioblastos (células comprometidas com as linhagens de células musculares);
• Alinhamento progressivo de mioblastos e subsequente fusão Formação de miotubos
e produção crescente de proteínas do citoesqueleto características das fibras musculares estriadas esqueléticas;
• Deslocamento dos núcleos de uma posição central para uma posição periférica, e
aquisição de uma lâmina externa (“lâmina basal”) Definição de uma fibra muscular estriada esquelética;
• Mioblastos permanecem como
células-satélites aderidas à superfície externa das fibras musculares estriadas esqueléticas
b. Tecido muscular estriado cardíaco
• Origem a partir do mesoderma
esplâncnico (mesoderma cardiogênico)
Diferenciação de células
mesenquimais em fibras musculares estriadas cardíacas.
c. Tecido muscular liso
Tecido Muscular Estriado
Esquelético
Morfologia
fibras alongadas;
células multinucleadas,
núcleos periféricos,
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO Células Fibras musculares estriadas esqueléticas
Corte longitudinal (M.O.) Corte transversal (M.O.)
Fibras muito espessas, de formato cilíndrico e com estriações transversais (vistas ao corte longitudinal), e dotadas de vários núcleos periféricos (células
Fibras Musculares Estriadas Esqueléticas
Vasos injetados com resina plástica
Organização do Tecido Muscular Estriado Esquelético
Envoltórios conjuntivos:
a. Epimísio – Tecido conjuntivo denso modelado ao redor da massa muscular;
b. Perimísio – Tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado e inervado; forma septos que dividem a massa muscular em fascículos ou feixes de fibras musculares;
Envoltórios Conjuntivos do Tecido Muscular Estriado Esquelético
Perimísio tecido conjuntivo frouxo que divide a musculatura esquelética em septos;
Imunohistoquimica para laminina
Ultraestrutura da Fibra Muscular
Estriada Esquelética:
Nomenclatura utilizada para
componentes ultraestruturais das fibras musculares:
• Membrana plasmática
SARCOLEMA ou MEMBRANA SARCOPLASMÁTICA
• Citoplasma SARCOPLASMA
• Mitocôndrias SARCOSSOMAS
• Retículo endoplasmático liso ou agranular RETÍCULO
SARCOPLASMÁTICO
Sarcoplasma quase totalmente
preenchido (80%) por MIOFIBRILAS
agregados paralelos de filamentos contráteis (MIOFILAMENTOS) e dispostos ao longo do eixo longitudinal de cada fibra muscular estriada
M = fibras musculares
As estriações transversais vistas ao M.O. são consequencia do alinhamento paralelo dos miofilamentos delgados e espessos em faixas específicas alternadas: bandas A (faixas
mais coradas) e bandas I (faixas menos coradas) que são
Sarcômero:
unidade funcional da miofibrila do músculo estriado
esquelético
As miofibrilas são subdivididas em
SARCÔMEROS, que são as unidades de contração muscular.
Um sarcômero (constituido por
miofilamentos) corresponde a uma região localizada entre duas linhas Z
consecutivas, contendo uma banda A inteira e duas semibandas I.
Cada banda A contém miofilamentos
delgados entremeados com miofilamentos espessos; cada banda I contém apenas miofilamentos delgados. As linhas Z são locais de ancoragem dos miofilamentos delgados e espessos.
No centro de cada banda A, no sarcômero em repouso, observa-se a banda H (rica em creatina-quinase); no centro da banda H, observa-se a banda M (pontes de
Fibra Muscular Estriada Esquelética: Miofibrilas e Sarcômeros (MET)
Ultra-estrutura do sarcômero
Sarcômero
–
Ultra-estrutura
Eletromicrografia de um sarcômero de uma miofibrila em uma fibra muscular estriada esquelética. 48.000x
nebulina Alfa-actinina
titina
Outras proteinas (acessórias) relacionadas ao sarcômero
Linha M: miomesina
Aspecto da linha Z em corte longitudinal de uma miofibrila;
os filamentos delgados estão ancorados de cada lado da
linha Z. 117.000x.
Linha Z (ou Disco Z)
Local de ancoragem dos miofilamentos
delgados e espessos
Principais proteínas constituintes:
• -actinina
Sarcômero –
Ultra-estrutura
Sarcômero: região da miofibrila entre 2 linhas Z adjacentes.
Proteinas Contráteis dos Miofilamentos
1. Miofilamento Fino : actina F, troponina e tropomiosina
Actina F base do miofilamento delgado; polímero helicoidal de moléculas de actina G; Tropomiosina duas cadeias em disposição helicoidal no sulco formado pela actina F;
Complexo da Troponina constituído por três subunidades: TnT (ligação com a tropomiosina); TnC (ligação com o íon Ca2+); e TnI (inibição à interação entre actina e
Sarcômero
–
Proteinas Contráteis
2. Miofilamento Grosso : miosina II
Moléculas de miosina II:
2 cadeias pesadas trançadas em hélice, com partes em bastão [ou cauda] e
em cabeça [atividade ATPásica],
+
4 cadeias leves associadas à cabeça.
As caudas se alinham paralelamente e as cabeças
ficam voltadas para as extremidades do miofilamento
e para fora ( interação com monômeros de actina do
miofilamento delgado).
Filamento Grosso
Várias moléculas de miosina se agrupam para constituir o
filamento grosso
Outras proteinas que estabilizam as miofibrilas entre si e
com o sarcolema
Desmina: proteina de filamentos
intermediários também presente na célula muscular esquelética
Desmina
Plectina (une os filamentos de desmina entre si)
Alfa-beta-cristalina
Rede estabilizadora para o sarcolema durante a contração
Distrofia Muscular
: miopatia congênita e degenerativaExistem outros complexos proteicos
(proteinas
transmembranares e
distrofina: ptn do citoesqueleto da célula esquelética) importantes para a
estabilização do sarcolema.
•Fraqueza muscular
•Atrofia muscular
•Degeneração muscular
•Duchenne: mutação gênica que efeta a
expressão de
distrofina Tratamento
fisioterápico
Histofisiologia da Contração Muscular – Huxley 1952
Deslizamento dos miofilamentos delgados por entre os miofilamentos espessos
• No estado de repouso, a subunidade TnI da troponina inibe a interação entre uma cabeça da miosina de um miofilamento espesso e um monômero de actina do miofilamento delgado; o sítio de ligação de actina com a miosina se encontra encoberto pela molécula de tropomiosina.
Modificações dos Sarcômeros Durante Ciclos de Contração e Relaxamento
Relaxado
Durante a Contração
Contração Muscular
Consequências na Estrutura do Sarcômero
•Mecanismo de DESLIZAMENTO dos miofilamentos com encurtamento dos
sarcômeoros
•A rigidez que ocorre após a morte se deve a falta de ATP: os filamentos de actina e miosina permanecem ligados (configuração
Cãibra / Câimbra –
contrações fortes, prolongadas e dolorosasCausas:
Acúmulo excessivo de ácido lático;
Perda excessiva de água e sais (sódio e potássio / Mg);
Participação do Retículo Sarcoplasmático (RS) na Contração Muscular
A contração de uma fibra muscular segue o
princípio do “tudo-ou-nada” Quando uma fibra muscular é estimulada a se contrair, ou ela se contrai totalmente ou ela não se contrai.
As
cisternas
do
retículo
endoplasmático
liso
(retículo
sarcoplasmático)
envolvem
as
miofibrilas.
As
cisternas
do
retículo
sarcoplasmático (RS) regulam o
fluxo
de
íons
cálcio
no
sarcoplasma; ou seja: controlam a
liberação e sequestro do íon Ca
2+Despolarização do RS e liberação de cálcio
A despolarização se inicia numa placa motora = Junção
Neuro-Muscular
A chegada do impulso nervoso na célula muscular
desencadeia o processo de contração
Inervação do Tecido Muscular Estriado
Esquelético
Fibras nervosas motoras penetram
na musculatura estriada e formam placas motoras, ou junções mioneurais
(sinapses neuromusculares).
Cada fibra muscular estriada esquelética
tem sua própria placa motora
Eletromicrografia de varredura de um nervo motor e suas ramificações formando placas motoras em fibras musculares
estriadas esqueléticas adjacentes.
Junção Neuro-Muscular
A liberação de acetil-colina
(neurotransmissor)
na fenda
sináptica inicia a despolarização
Toxina Botulínica:
produzida pela bactéria
Clostridium botulinum
A transmissão neuro-muscular pode ser inibida pela neuro-toxina botulínica que
se associa a membrana pré-sináptica inviabilizando a liberação de acetil-colina
Paralisia muscular
A paralisia do diafragma pode impedir a respiração normal e levar à morte por asfixia. Bloqueadores
sintéticos utilizados em procedimentos
Curiosidade....
BOTOX
•
toxina botulínica
industrializada, purificada
e utilizada para fins
estéticos (em doses que não causam a doença).
•
promove o efeito tensor sob a pele, suavizando rugas e linhas de
expressão na região da face.
Miastenia Gravis
Doença auto-imune na qual os indivíduos produzem
anticorpos anti receptores de acetil-colina gerando fadiga extrema e fraqueza muscular.
Ainda não existe cura para a miastenia gravis, mas existem medicamentos que favorecem a permanência da acetilcolina na junção neuromuscular e outros que reduzem a produção
de anticorpos contra os receptores da acetilcolina. Os cortiscoesteroides e os
A onda de despolarização deve atingir as cisternas mais profundas do RS
Tríade:
Local de contato de 1Túbulo T
(que se localiza entre as
bandas A e I) com 2
cisternas laterais
Tríade
A despolarização da
membrana do túbulo T
desencadeia a
liberação da Ca
2+ pelas
cisternas laterais do
RS, dando início ao
Tipos de Fibras Esqueléticas
–
diferenças estruturais e funcionais1. Fibras vermelhas:
• diâmetro menor
• muitas mitocôndrias
• contração mais lenta
• grande resistência a fadiga
2. Fibras brancas
• diâmetro maior
• menos mitocôndrias
• contração mais rápida
• pequena resistência a fadiga
1
Fibras vermelhas
Fibras de contração lenta e mais resistentes à
fadiga
Fibras brancas
Fibras de contração
rápida e menos resistentes à
HIPERTROFIA, HIPERPLASIA E REGENERAÇÃO DOS TECIDOS MUSCULARES
1. Tecido muscular estriado cardíaco:
• Hipertrofia: em situações patológicas.
• Hiperplasia: nula.
• Regeneração: nula
2. Tecido muscular liso:
• Hipertrofia: boa.
• Hiperplasia: boa.
• Regeneração: boa.
3. Tecido muscular estriado esquelético:
• Hipertrofia: devido a células satélites
• Hiperplasia: nula.
Regeneração e Hipertrofia - Células satélites
Células satélite
Proliferação
Fusão de novas células entre si e/ou com a célula
esquelética pré-existente
Eletromicrografia de uma célula satélite associada a uma fibra muscular estriada esquelética. O
núcleo é eucromático e o
citoplasma rico em ribossomas. As setas indicam a lâmina basal comum à célula satélite e à fibra
muscular. 24.000x.
Eletromicrografia de uma célula satélite associada a uma
fibra muscular estriada esquelética. As duas células compartilham da mesma lâmina
basal, setas. A célula satélite apresenta poucas organelas de
modo geral. 24.000x.
Curiosidade... Esteróides Anabolizantes
Testosterona: hormônio esteróide
androgênico
anabolizante
Hormônios esteróides sintéticos (pacientes com atrofia muscular)
• minimiza efeito androgênico e maximiza efeito anabolizante
Efeitos colaterais do uso de testosterona pura ou de esteróides sintéticos:
• Aumento das características sexuais masculinas secundárias;
• Diminuição de função testicular (redução da produção de espermatozóides);
• Alterações de comportamento e humor;
• Riscos de cardiopatias
• Disfunções hepáticas.
Atletas da Copa 2014, foram submetidos a alguns testes anti-dopping realizados pelo Laboratório Suíço de Análise do Doping (LAD), em acordo com a Agência Mundial Antidoping (WADA).
.
Tecido Muscular Estriado
Cardíaco
Tipo de tecido muscular que forma a musculatura do coração (miocárdio).
Músculo Estriado Cardíaco - Morfologia
•células cilíndricas pequenas;
•células bifurcadas (extremidades ramificadas),
•células mono ou binucleadas
•núcleo em posição central,
•estriações no sarcoplasma,
Fibras musculares estriadas cardíacas comuns: cardiomiócitos
corte longitudinal corte transversal
Fibras de formato cilíndrico, núcleos alongados e de formato ovoide, unidas por discos intercalares (traços escalariformes mais intensamente corados); estriações não
muito nítidas.
Fibras de formato circular irregular e variável de fibra para fibra; núcleos centrais
de formato arredondado; fibras sem núcleo devido ao plano de corte fora do plano
Cardiomiócitos
Cardiomiócitos: cortes transversais
Organização do Tecido Muscular Estriado Cardíaco
Não há epimísio ou perimísio associados; existe apenas o endomísio : tecido conjuntivo frouxo intensamente rico em
capilares e lâmina basal.
Ultraestrutura da Fibra Muscular Estriada Cardíaca
Grande quantidade de mitocôndrias;
Miofibrilas distribuídas longitudinalmente no sarcoplasma
(mesmo mecanismo de contração que o das fibras musculares
Túbulos T maiores e mais largos, porém menos abundantes, ao nível das linhas Z (1 túbulo T por sarcômero); Retículo sarcoplasmático menos desenvolvido menor quantidade de túbulos anastomosados e pequena quantidade de pequenas cisternas terminais não há a delimitação
perfeita do contorno das miofibrilas, que se continuam umas com as outras; a função do retículo sarcoplasmático é controle do sequestro e de liberação de íons Ca2+ no sarcoplasma;
Díade
Díade:
Local de contato
doTúbulo T (que
se localiza ao
longo da Linha Z) +
1 cisterna lateral
do retículo
sarcoplasmático
(num mesmo
Tecido Muscular Estriado Cardíaco
–
Corte Transversal
Grande quantidade de mitocôndrias, a continuidade entre as miofibrilas e, na eletromicrografia, a presença de um capilar do endomísio entre as fibras musculares estriadas cardíacas. No esquema: 1, miofibrilas; 2, grânulos de glicogênio; 3, retículo sarcoplasmático; 4, fibras reticulares do endomísio; 5,
Fibras Musculares Estriadas Cardíacas
–
M.E.V
.
Vista superficial das estriações transversais
Estruturas encontradas exclusivamente no tecido muscular estriado cardíaco.
Regiões juncionais
especializadas que unem as extremidades das fibras musculares estriadas cardíacas, tornando o miocárdio um sincício funcional.
Aparecem com estreitos traços de formato
escalariforme (ou em zigue-zague), mais intensamente corados, transversalmente às fibras musculares estriadas cardíacas.
discos intercalares
Discos Intercalares
Regiões e Tipos de Junções nos Discos Intercalares:
• Região Transversal:
zônulas de adesão (1): regiões de inserção dos miofilamentos dos sarcômeros terminais;
Desmossomas (2): locais de inserção dos filamentos intermediários de desmina;
• Região Longitudinal:
Tecido Muscular Estriado Cardíaco – Corte Longitudinal – Disco Intercalar (M. E. T.)
G
G
A eletromicrografia mostra duas fibras musculares estriadas cardíacas unidas por um disco intercalar, no qual se observam as regiões transversais com as zônulas de adesão (setas) e desmossomas (D), e as regiões longitudinais com
junções comunicantes (G). M, mitocôndria.
D
Isquemia Cardíaca
cardiomiócitos normais
Necrose inicial de cardiomiócitos Isquemia miocárdica
24h
Cardiomiócitos necróticos 3 dias após
isquemia
Lesão e Reparo:
baixa capacidade de regeneração; substituição por tecido cicatricial.Tecido Muscular Liso
Células: Fibras musculares lisas
• Tipo mais delgado entre todos os tipos de células musculares,
encontrado na estrutura de
diferentes órgãos e vísceras (por isso, também chamado de tecido
muscular visceral), formando camadas de diferentes espessuras;
• Presente no trato respiratório (traqueia, brônquios e bronquíolos), nos vasos sanguíneos (artérias e veias), no trato gastrointestinal
(estômago e intestinos), na parede da vesícula biliar, no trato urinário (vias urinárias), nos tratos genitais
Músculo Liso - Morfologia
•células fusiformes;
•células mononucleadas;
•comprimento muito variável;
Tecido Muscular Liso –
M.O.
Esquema tridimensional das células musculares lisas Corte longitudinal: fibras muito delgadas, em formato fusiforme, com
núcleo único – também de formato fusiforme – e em posição central.
Corte transversal: contorno arredondado e de pequeno diâmetro em cada fibra, e núcleo arredondado e
central; algumas fibras não apresentam núcleo devido ao plano de
TECIDO MUSCULAR LISO
–
M.O.
Corte Longitudinal
Organização do Tecido Muscular Liso
Não há epimísio ou perimísio associados; existe apenas o endomísio: tecido conjuntivo frouxo intensamente rico em capilares e lâmina basal.
TECIDO MUSCULAR LISO
–
M.E.V.
Ultraestrutura da Fibra Muscular Lisa
Não há miofibrilas; miofilamentos em
disposição tridimensional maior sobreposição entre os miofilamentos maior força de
contração;
Miofilamentos delgados constituídos apenas por actina F e tropomiosina, sem troponina; • Corpos densos locais de ancoragem dos miofilamentos delgados, constituídos por
-actinina e proteína cap Z estruturas
equivalentes aos discos Z das fibras musculares estriadas;
Cavéolas vesículas de endocitose formadas
a partir de “rafts” lipídicos, encarregadas de
veiculação do íon Ca2+ para o sarcoplasma
função equivalente às do retículo
sarcoplasmático (= típico REL) e dos túbulos T (ausentes nas fibras musculares lisas);
Pequena quantidade de organelas de síntese situadas nas regiões do sarcoplasma próximas aos polos nucleares;
Eletromicrografia de uma fibra muscular lisa em corte longitudinal. (N) núcleo. Mitocôndrias, aparelho de Golgi e ribossomas particularmente abundantes na região perinuclear. O restante do sarcoplasma da fibra é ocupado por miofilamentos delgados e
corpos densos (setas), nos quais os miofilamentos se inserem. 17.220x.
Eletromicrografia de fibras musculares lisas em corte transversal. Delicadas fibrilas colágenas entre as fibras musculares. As setas indicam os corpos densos
subsarcolemais (onde os miofilamentos se ancoram no sarcolema) e citossólicos (onde os miofilamentos se ancoram em meio ao sarcoplasma).
TECIDO MUSCULAR LISO
–
CORTE TRANSVERSAL
–
M.E.T.
Eletromicrografia de uma fibra muscular lisa em corte transversal, mostrando em grande aumento os miofilamentos delgados e espessos no sarcoplasma. As
•
Alterações da conformação da fibra muscular lisa durante a contração• Uma rede de filamentos intermediários de desmina
mantém os corpos densos sarcoplasmáticos e
subsarcolemais fixos em suas
HIPERTROFIA, HIPERPLASIA E REGENERAÇÃO DOS TECIDOS
MUSCULARES
1. Tecido muscular estriado cardíaco:
• Hipertrofia: em situações patológicas.
• Hiperplasia: nula.
• Regeneração: nula
2. Tecido muscular liso:
• Hipertrofia: boa.
• Hiperplasia: boa.
• Regeneração: boa.
3. Tecido muscular estriado esquelético:
• Hipertrofia: devido a células satélites
• Hiperplasia: nula.
• Regeneração: variável, dependendo da extensão da lesão; possível
graças às células satélites
Esquema de uma cavéola para a demonstração da mobilização de Ca2+ para o sarcoplasma de uma fibra
muscular lisa. Canais de Ca2+ do tipo L (CCTL) estão localizados nas cavéolas e próximos a elas. O
retículo sarcoplasmático (RS) próximo às cavéolas libera o Ca2+ quando canais sensíveis à rianodina
(não mostrados) são estimulados. O Ca2+ no sarcoplasma entre as cavéolas e o retículo
sarcoplasmático pode ser fornecido pelo RS ou por canais do tipo L nas cavéolas. O Ca2+ é removido
do sarcoplasma pelo trocador Na+-Ca2+ (não mostrado), ou por Ca2+-ATPases no sarcolema (não
mostrado), ou ainda por Ca2+-ATPases na membrana do RS. Adaptado de Daniel et al., 2006, Journal of Cellular and Molecular Medicine, vol. 10, no. 2, pp. 529-544.
Ativação das moléculas de miosina II e formação de miofilamentos espessos em fibras musculares lisas
ESTADO INATIVO (cadeias leves da miosina II não-fosforiladas e cauda da miosina
Miofilamentos e Mecanismo de Contração
Sarcoplasma:
•Miofilamentos finos e grossos (NÃO formam sarcâmeros)
•Filamentos intermediários de desmina e de vimentina no
caso do m. liso vascular.
•Miofilamentos finos (actina) e filamentos intermediários são