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Transporte ativo: comparação dos padrões de deslocação casa-escola dos alunos do meio rural com o dos alunos do meio urbano

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Academic year: 2020

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junho de 2015

José António Moreira da Costa

Universidade do Minho

Instituto de Educação

Relatório de Atividade Profissional

Transporte Ativo – Comparação dos padrões

de deslocação casa-escola dos alunos do meio

rural com o dos alunos do meio urbano

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Relatório apresentado com vista à obtenção do grau de

Mestre em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário (Decreto-Lei nº 43/2007, de 22 de fevereiro,

Portaria 1189/2010, de 17 de novembro, e despacho RT

38/2011, de 21 de junho)

Trabalho realizado sob orientação da

Professora Doutora Maria Beatriz Ferreira

Leite Oliveira Pereira

Universidade do Minho

Instituto de Educação

junho de 2015

José António Moreira da Costa

Relatório de Atividade Profissional

Transporte Ativo – Comparação dos padrões

de deslocação casa-escola dos alunos do meio

rural com o dos alunos do meio urbano

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Declaração

Nome: José António Moreira da Costa

Endereço eletrónico: costa.joa@gmail.com Telefone: 966743767 Número do Cartão de Cidadão: 10298099 3ZY0

Título do Relatório de Atividade Profissional: “Transporte Ativo – Comparação dos

padrões de deslocação casa-escola dos alunos do meio rural com o dos alunos do meio urbano”.

Orientadora: Professora Doutora Maria Beatriz Ferreira Leite Oliveira Pereira Ano de conclusão: 2015

Designação do Mestrado: Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e

Secundário

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE RELATÓTIO DE ATIVIDADE PROFISSIONAL APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

Universidade do Minho, junho de 2015

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Agradecimentos

“O verdadeiro amigo é aquele que está à nossa disposição, quando por sua vontade estaria noutro lado”.

LEN WEIN

À Professora Doutora Maria Beatriz Ferreira Leite Oliveira Pereira, pela tolerância que teve connosco, pela orientação que nos emprestou ao longo do ano e pela disponibilidade com que nos soube receber.

À Dr.ª Ana Paula Matos e o Dr. Sérgio Souza, pelos colegas que foram ao longo de todo este ano, pela força e incentivo constantes e pelas orientações ricas e oportunas que nos fizeram “ver” sempre mais do que o que estava ao nosso alcance.

À minha esposa Fátima e à minha filha Ana Luís por todo o carinho, compreensão, tolerância e colaboração prestados ao longo da nossa vida.

À minha família, em particular aos meus irmãos, avós e pais, por todo o apoio fornecido ao longo de todos estes anos, tendo procurado educar um Homem.

Aos meus pais, em especial, pela compreensão, disponibilidade e apoio prestados ao longo da minha vida e pelo Homem que pretenderam educar.

A todos os meus alunos, principalmente aos que participaram no estudo de investigação, no que se refere ao questionário utilizado.

Aos meus colegas professores Graça Gomes, Paulo Pedroso e Pedro Resende, pela ajuda e colaboração prestadas sempre que foi necessário.

À minha colega de mestrado Diana Leite por todo o apoio, colaboração e tolerância prestados ao longo do trabalho colaborativo durante este ano de formação.

Aos meus colegas professores, funcionários, alunos e todas as pessoas que comigo trabalharam, pelo muito que também pude aprender com eles, por tudo o que através deles chegou até mim e pelo apoio e tolerância.

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Título

Relatório de Atividade Profissional: “Transporte Ativo – Comparação dos padrões de deslocação casa-escola dos alunos do meio rural com o dos alunos do meio urbano”.

Resumo

A prática profissional ao nível da lecionação da Educação Física; desde a planificação e organização, passando por todas as questões burocráticas a ela inerentes, pela relação com todos os intervenientes do processo ensino-aprendizagem, pela realização das aulas, até à avaliação dos alunos/produto e à análise e reavaliação de todo o processo; para além da transmissão de conhecimentos deve ter como uma não menos importante preocupação, a sensibilização dos alunos para a adoção de hábitos de vida saudável, que se prolonguem ao longo da vida.

A prática de atividade/exercício físico regular é fundamental para contrariar os malefícios causados pelo estilo de vida sedentário adotado por uma grande parte da população. Cada vez mais, o sedentarismo é um entrave ao bem-estar geral e este começa na forma de deslocação que as pessoas utilizam no seu dia-a-dia. Nesse sentido, avaliamos o tipo de transporte utilizado nestes trajetos, comparando os padrões de deslocação casa-escola de alunos do 8º ano de escolaridade de duas escolas de Barcelos, uma do meio rural com outra de um meio urbano. Somente cerca de um terço dos alunos inquiridos, utiliza o transporte ativo para a deslocação casa-escola, verificando-se percentagens mais baixas nas deslocações a pé nos alunos da área rural, sendo nesta maiores as distâncias entre a residência dos alunos e a escola.

Palavras Chave

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Title

Professional Activity Report: “Active Transportation – comparing the patterns of home-school commuting of students from rural and urban areas’’.

Abstract

The professional work of the Physical Education teaching; from the planning and organization process, going through all the intrinsic bureaucratic issues, to the relationship with all the involved in the teaching and learning process; from teaching lessons, to the assessment of students/product and the analysis and revaluation of the whole process; besides the transmission of knowledge there must have a major concern in making students aware of the importance of adopting healthy lifestyle habits which they should follow throughout their life.

The practice of regular physical activity/exercise is essential to oppose the damages caused by the sedentary lifestyle adopted by the majority of the population. The increasingly sedentary lifestyle is an obstacle to the general welfare, and this begins in the way people commute in their daily routines. Therefore, we analyzed the type of transport used in these paths by comparing the home-school commuting patterns of students of the 8th grade from two schools in Barcelos, one in the rural area and another from an urban background. Only about a third of the surveyed students use active transport for the home-school commuting, while the lowest percentages are among students from the rural areas. These also have a bigger distance between home and school.

Key Words

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Índice Geral

1. Introdução --- 11

2. CAPÍTULO I - Reflexão Crítica de Atividade Profissional --- 13

2.1. Enquadramento Pessoal e Institucional --- 13

2.1.1. Enquadramento Pessoal --- 13

2.1.2. Enquadramento Institucional --- 14

2.1.2.1. Meio envolvente --- 14

2.1.2.2. Contexto físico e socioeconómico --- 16

2.1.2.3. Professores, alunos e turmas --- 17

2.2. Enquadramento Pedagógico --- 17

2.2.1. No contexto/domínio científico-pedagógico --- 17

2.2.1.1. Preparação e realização das atividades letivas --- 17

2.2.1.2. Relação pedagógica com os alunos --- 24

2.2.1.3. Processo de avaliação das aprendizagens dos alunos ---- 26

2.2.2. Na participação na Escola e na relação com a comunidade --- 28

2.2.2.1. Contributo para a realização dos objetivos e metas do Projeto Educativo da Escola e do Plano Anual de Atividades --- 28

2.2.2.2. Participação nas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e nos órgãos de administração e gestão --- 29

2.2.2.3. Interação com a comunidade educativa e com o meio envolvente --- 30

2.2.3. Na formação Contínua e Desenvolvimento Profissional --- 31

3. CAPÍTULO II – Desenvolvimento Profissional e Investigativo --- 33

3.1. Enquadramento Teórico --- 33

3.1.1. A Atividade Física e a Saúde --- 33

3.1.2. Os Meios de Mobilidade Suaves --- 35

3.1.3. A Mobilidade Independente --- 35

3.1.4. O Meio Rural e o Meio Urbano --- 37

3.1.5. O Transporte Ativo na Deslocação Casa-Escola --- 38

3.2. Objetivos --- 41

3.3. Metodologia --- 42

3.3.1. Caracterização da Amostra --- 42

3.3.2. Instrumento(s) de Recolha de Dados --- 42

3.3.3. Procedimentos Estatísticos --- 43

3.4. Apresentação dos Resultados --- 43

3.5. Discussão dos Resultados --- 48

3.6. Ação de intervenção/sensibilização --- 52

3.7. Conclusões --- 52

3.8. Recomendações e limitações do estudo --- 53

4. Consideração Finais --- 55

5. Referências Bibliográficas --- 56

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Índice de Quadros

Quadro 1 - Meio de transporte/deslocação utilizado no percurso casa-escola, por meio urbano e rural. --- 43 Quadro 2 - Distância casa-escola, por meio urbano e rural. --- 43 Quadro 3 - Posse de bicicleta, por meio urbano e rural. --- 44 Quadro 4 - Como os alunos gostariam de se deslocar casa-escola, por meio urbano e

rural. --- 44 Quadro 5 - Motivos para a forma como gostavam de se deslocar casa-escola, por

meio urbano e rural. --- 44 Quadro 6 - Opinião dos alunos sobre a possibilidade em fazer o percurso casa-escola

a pé ou de bicicleta, por meio urbano e rural. --- 45 Quadro 7 - Motivos para a possibilidade de deslocação casa-escola a pé ou de

bicicleta, por meio urbano e rural. --- 45 Quadro 8 - Sugestão de alterações para utilizar a bicicleta na deslocação

casa-escola, por meio urbano e rural. --- 46 Quadro 9 - Sugestão de alterações para utilizar o caminhar na deslocação

casa-escola, por meio urbano e rural. --- 46 Quadro 10 - Meio de transporte/deslocação utilizado no percurso casa-escola e

habilitações do encarregado de educação, por meio urbano e rural. --- 46 Quadro 11 - Importância dos meios de transporte ativos na deslocação casa-escola e

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1. Introdução

“...embora eu acredite que os caminhos para novos conhecimentos sejam sempre abertos pelas novas teorias e não pelos experimentos, pelas ideias e não pelas observações, também acredito que é o experimento o fator que nos leva a evitar as rotas sem saída, infrutíferas, obrigando-nos a cogitar de rumos novos”.

KARL POPPER

A formação tem necessariamente implícitos os princípios de continuidade e infinidade, constituindo-se este ano de prática pedagógica como mais uma etapa da minha formação, onde pretendo melhorar a minha competência pedagógica. Tenho a convicção de que nunca saberei tudo ou de que não serei capaz de superar todos os desafios, sendo necessária uma atitude de humildade e profissionalismo, dado que, não aprende mais aquele que julga tudo saber.

O conhecimento teórico concorre e coabita, neste processo de formação, com o conhecimento prático e com outros fatores decorrentes da relação sujeito-objeto.

A educação não é um processo linear, nem uma realidade simples, uniforme, palpável ou conformista, antes pelo contrário, está aberta a imprevistos, a acasos, roturas e desarmonias, a momentos únicos e fugazes. É com este propósito, que espero encontrar neste mestrado mais uma direção ao desenvolvimento adequado da competência pedagógica.

A ação pedagógica, é tão complexa e está sujeita a tantas, e em parte, desconhecidas influências que é muito difícil o seu sucesso, o que foi constatado na minha experiência profissional de 18 anos de serviço ao nível da lecionação da Educação Física e Desporto.

O ser humano não pode utilizar exclusivamente as receitas oferecidas pela ciência ou teoria, porque senão despersonalizar-se-á, hipotecando todo o espaço de invenção, de criatividade, de co-autor do processo de ensino, de sujeito de decisões próprias. Ainda mais grave, será o facto, de todos os alunos serem diferentes, e portanto, o que é bom para um pode não o ser para outro. Não podemos ficar pelo reportório de soluções para intervir, não desenvolvendo a capacidade para intervir, adaptar e criar. Interessa saber o quê, mas mais fundamental é saber o porquê. O perfil profissional é uma variável condicionada pela situação, uma norma referenciada a um tempo concreto, às suas condições e circunstâncias.

É importante consciencializar os jovens para a criação de hábitos de vida saudáveis, já que os jovens de hoje são os principais construtores da futura sociedade, que cada vez mais produz efeitos negativos sobre os seus constituintes. O famoso estilo de vida moderno, com o

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avanço exponencial das tecnologias e do betão, no qual a maior parte do tempo livre é passado a assistir televisão, a usar computadores, e a jogar vídeo jogos, etc., está a tornar-se um problema muito sério para a nossa saúde em particular e para a saúde pública em geral. “O corpo como órgão de sensibilidade da pessoa, como base material da nossa existência, que se apresenta sobretudo de modo cultural e motor, expressa a qualidade de um equilíbrio e revela o estado de saúde” (Bento, 1991). O corpo e o estilo de vida são a base de um conjunto de esforços para a educação e manutenção da saúde. Sendo assim, há que pensar na saúde como um problema pedagógico, passando este a ser do domínio de todos aqueles que estão envolvidos na formação do sujeito. A saúde é considerada um bem instável que é necessário adquirir, defender e reconstruir constantemente ao longo da vida, pelo que há que criar estratégias de ação que consigam motivar e encaminhar as pessoas para uma alteração do seu modo de vida.

Este relatório está dividido em duas partes: uma onde fazemos uma reflexão crítica da minha atividade profissional dos últimos cinco anos, descrevendo os princípios, ideias e formas de atuação nas várias vertentes que compõem o processo ensino-aprendizagem e como parte integrante e ativa da comunidade escolar. Na outra parte, com a investigação escolhida, pretendemos avaliar os padrões de deslocação casa-escola dos alunos, comparando duas realidades distintas, uma rural e outra tipicamente urbana, bem como aferir das razões para a adoção dos comportamentos encontrados. Para isso, inquirimos alunos do 8º ano de escolaridade de uma escola secundária, com 3º ciclo do ensino básico, do centro da cidade de Barcelos e alunos de uma escola situada numa freguesia rural, na periferia dessa cidade. Daí, aferimos que cerca de 70% dos alunos deslocam-se casa-escola através de meios de deslocação não suaves, aumentando ainda essa percentagem para cerca de 83% quando falamos nos alunos do meio rural. Esta menor percentagem de alunos do meio rural que se deslocam a pé para a escola, quando comparados com os alunos do meio rural, é fundamentalmente devido às maiores distâncias que encontramos entre a sua residência e a escola.

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2. CAPÍTULO I - Reflexão Crítica de Atividade Profissional

2.1. Enquadramento Pessoal e Institucional 2.1.1. Enquadramento Pessoal

No ano letivo 1993/1994 iniciei a Licenciatura em Educação Física e Desporto – Opção Complementar de Desporto de Rendimento na área do Futebol, na então Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física de Universidade do Porto (FCDEF – UP).

Após 5 anos, terminei a licenciatura no ano letivo 1997/1998, com a classificação final de 16 valores, sendo premiado nesse ano com o Prémio “Prof. Doutor Jorge Bento – O Melhor Aluno de 1997/1998”.

Assim, tenho neste momento uma carreira docente com 18 anos completos de serviço, tendo passado por 7 estabelecimentos de ensino.

Ao longo deste tempo, acumulei outras atividades ligadas à minha área académica, nomeadamente:

a) prática federada e não federada de Futebol de 11 e Futsal;

b) treinador de futebol de 11 de escalões de formação e escalão sénior; c) professor de natação;

d) assessor técnico pedagógico como coordenador geral de atividades da Divisão de Desporto e Juventude da Câmara Municipal da Trofa, onde durante 13 anos, coordenei e organizei variadíssimas atividades, desde o ensino pré-escolar a atividades com a população sénior do Concelho.

Desde o ano letivo 2005/2006 que estou colocado como efetivo na instituição de ensino onde lecionei este ano, sendo o décimo ano de permanência neste estabelecimento, fazendo então parte do seu quadro de escola/agrupamento.

Nos últimos 5 anos, de 2010/2011 a 2014/2015, lecionei sempre a disciplina de educação física quer a turmas do 3º ciclo do ensino básico quer a turmas do ensino secundário e tive a meu cargo também um grupo equipa de desporto escolar na modalidade de ténis, tendo desempenhado várias funções e pertencido a algumas comissões de trabalho:

1. Serviço letivo:

· lecionei a disciplina de educação física a turmas do 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º anos de escolaridade;

· lecionei a disciplina de formação cívica a turmas do 8º e 9º anos de escolaridade. · lecionei desporto adaptado a alunos com necessidades educativas especiais;

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· vogal da Comissão Administrativa Provisória (órgão de gestão) do novo Agrupamento de Escolas. Nesta comissão tive a função de vogal, equiparado a adjunto, sendo responsável pelas pastas de horários dos professores, turmas, clubes e atividades, sala de estudo, direções de turma, testes intermédios, exames nacionais, matrículas, reuniões, parque informático e funcionários;

. diretor de turmas do 8º e 9º anos de escolaridade.

3. Projetos:

· coordenador e professor do Projeto Movimento é Vida, que apresenta como principais objetivos proporcionar oportunidades de prática extra de atividades lúdico-desportivas para toda a comunidade educativa (alunos, professores, pais e auxiliares), bem como sensibilizá-la para a importância da prática regular de atividade física e da alimentação adequada;

· professor responsável pelo grupo-equipa de Ténis do Clube de Desporto Escolar.

4. Comissões:

· sub coordenador da comissão de secretariado de exames; · membro da comissão de secretariado de exames;

· membro da comissão para a prevenção da indisciplina;

· membro da comissão de preparação e elaboração de documentos e dados para a distribuição de serviço docente e horários das turmas;

· membro do júri de seleção dos professores para as atividades de enriquecimento curricular – atividades físicas desportivas (AEC – AFD) do Agrupamento;

. membro da comissão de elaboração e realização das provas de equivalência à frequência da disciplina de Educação Física.

5. Avaliação de Desempenho Docente:

. no biénio 2009 a 2011, foi concluído um período de avaliação da minha atividade docente, com observações de aulas por um docente avaliador entre outros aspetos avaliados, onde obtive a classificação final de Muito Bom (8,8 em 10). Penso ser importante referir que, também no biénio 2007 a 2009, fui avaliado com a nota de Muito Bom (8 em 10), onde também se verificou a avaliação das aulas ministradas.

2.1.2. Enquadramento Institucional 2.1.2.1. Meio envolvente

O Concelho de Barcelos está localizado na região norte de Portugal, na região do Minho, no distrito de Braga, tendo uma área aproximada de 379 km². A agricultura, mais

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concretamente a produção de forragens para alimentação de animais bovinos, a produção leiteira e a vinicultura são as atividades do setor primário mais marcantes. No setor secundário, verificamos a presença no Concelho em causa de vários grupos económicos com dimensão nacional e internacional, sendo a indústria têxtil a atividade com maior preponderância. A olaria e a cerâmica são também atividades características desta região com uma forte tradição artesanal, onde estão instalados vários nomes importantes da nossa cultura tradicional.

Este Concelho integra neste momento 61 freguesias, com uma população de 120 391 habitantes, de acordo com o Censos de 2011, e registou uma perda global de 1,4%, na última década, consequência da redução da natalidade e do aumento do fluxo de emigração.

A rede escolar é servida por transportes públicos e por transporte ferroviário, no que se refere a este último aos estabelecimentos de ensino da zona urbana.

O Agrupamento de Escolas tem ainda uma vida curta, já que só foi constituído em 2012, afirmando-se então como uma nova realidade no panorama educativo da região, agregando escolas que cobrem um território que se estende do centro para nascente do concelho e integra alunos oriundos de freguesias de marcada importância na afirmação da identidade local, pelo seu dinamismo, mas também pela sua genuinidade cultural. Apesar deste Agrupamento ter apenas dois anos e meio, resultando duma mega agregação, a escola sede já tinha ultrapassado os cinquenta anos de existência, sempre caracterizada pela sua elevada vertente ao nível do ensino profissional e relação com o mundo do trabalho, sendo designada em tempos longínquos por Escola Industrial.

A área de influência do então Agrupamento de Escolas desdobra-se em duas zonas com características muito diferentes. Uma área urbana, cidade, onde se insere a Escola Secundária onde leciono, sede do Agrupamento; área em que se destacam os serviços, o comércio e a indústria. Uma outra área, mais híbrida, onde a ruralidade se irmana com a indústria e se situa a norte do rio Cávado, abrangendo várias freguesias. Esta zona é caracterizada pela existência de micro e pequenas empresas (olaria e indústria têxtil) com características familiares que, no contexto atual, têm vindo a sofrer o impacto da crise económica que afeta, naturalmente, estes setores de atividade, com consequências nefastas para a situação económica das famílias. O meio onde se enquadram os estabelecimentos de educação e ensino do Agrupamento é considerado rico em termos culturais, nomeadamente no âmbito do artesanato, sobretudo a arte de trabalhar o barro, património histórico, folclore, bandas musicais, associações culturais, recreativas e desportivas, o que se traduz numa mais-valia para situações de aprendizagens significativas por parte dos alunos.

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O Agrupamento agrega realidades que, apesar de apresentarem como visão comum uma educação de qualidade, não escondem as suas idiossincrasias muito peculiares: a Escola Secundária, escola tipicamente urbana que no respeito às suas origens contempla para além do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário científico-humanístico, uma forte vertente de ensino profissional; e um anterior Agrupamento de Escolas mais recente que articula o espaço rural com a proximidade urbana.

O Agrupamento conta com a participação da comunidade envolvente na vida do mesmo, plasmada na celebração de protocolos, apoios e colaboração mútua. A cedência de espaços, os patrocínios, os intercâmbios, os subsídios, a formação e a promoção da saúde e da segurança têm sido, igualmente, apoios efetivos por parte da autarquia, do centro de saúde, dos clubes e associações do Concelho e de outras entidades. Para o desenvolvimento do Plano Anual de Atividades, o Agrupamento conta com importantes parcerias celebradas com várias entidades, entre as quais se destacam: Associações de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas; Rede de Bibliotecas Escolares; Empresas que têm proporcionado a formação em contexto de trabalho aos alunos dos cursos de educação e formação e dos cursos profissionais; Comissão de Proteção de Crianças e Jovens; Associações Culturais e Associações/Clubes Desportivos; Instituição de Ensino Superior; Câmara Municipal de Barcelos; Centro de Estudos Profissionais; Associação de Pais e Amigos das Crianças (APAC); Associação de Pais e Amigos das Crianças Inadaptadas (APACI); Escola Segura; entre outras.

2.1.2.2. Contexto físico e socioeconómico

São 10 os estabelecimentos de educação e ensino que compõem este Agrupamento Vertical de Escolas: dois Jardins de Infância, duas escolas do 1.º ciclo do ensino básico, quatro Escolas Básicas do 1.º ciclo com Jardins de Infância integrados, a Escola Básica com 1.º, 2.º e 3.º Ciclos e a Escola Secundária com 3.º ciclo e secundário, que é a escola sede do Agrupamento. As obras de requalificação realizadas na maioria dos estabelecimentos de ensino possibilitam o desenvolvimento normal do processo ensino aprendizagem.

O Agrupamento integra alunos de estratos sociais diferenciados, sendo significativa a proveniência de famílias com baixos recursos.

Relativamente ao nível profissional dos pais, verifica-se um leque de profissões diversificado e a maior parte dos Pais e Encarregados Educação são trabalhadores por conta de outrem, do setor secundário e terciário. É de salientar, também, um aumento de pais desempregados, resultado da crise económica e social em que se vive.

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2.1.2.3. Professores, alunos e turmas

Neste ano letivo, frequentam este Agrupamento de Escolas 2758 alunos. 233 na educação pré-escolar, 388 no 1º ciclo do ensino básico, 149 no 2º ciclo do ensino básico, 861 no 3º ciclo do ensino básico 1127 no ensino secundário.

Na escola secundária, que é onde leciono, no 3º ciclo para além de 21 turmas do ensino regular, existem 2 turmas de cursos de educação formação (CEF), perfazendo um total de 692 alunos. No ensino secundário, para além das 23 turmas dos 4 cursos cientifico-humanísticos com 692 alunos, existem 18 turmas distribuídas pelos 6 cursos do ensino profissional com 435 alunos.

Em todo o Agrupamento estão colocados 200 professores, sendo que na escola secundária lecionam 160 professores. Quanto à disciplina de educação física, na escola básica do 2º e 3º ciclo lecionam 4 professores e na escola secundária onde leciono somos 12 professores.

Frequentam o Agrupamento vários alunos com necessidades educativas especiais, apresentando problemáticas nos domínios cognitivo, emocional e sensorial.

2.2. Enquadramento Pedagógico

2.2.1. No contexto/domínio científico-pedagógico 2.2.1.1. Preparação e realização das atividades letivas

O ato de planear implica a intenção de projetar objetivos e definir meios para os alcançar. Importa escolhermos o local para onde ir e ao mesmo tempo decidir qual o caminho que vamos utilizar para lá chegar, tendo sempre a noção que os imprevistos e a ação dos sujeitos podem obrigar a alguns desvios, mas sempre com o objetivo de voltar ao caminho certo. Só assim, com esta ação racional e intencional, conseguiremos trabalhar de forma competente e consistente (Luckesi, 2008).

As aulas de Educação Física devem ter como principal função estimular os alunos no seu desenvolvimento integral (físico, psico-cognitivo, social, cultural e afetivo) e proporcionar-lhes momentos de alegria e satisfação, que os ajudem a encarar a vida pessoal e estudantil com prazer, bem como sensibilizá-los e motivá-los para a aquisição de hábitos de vida saudável (Correia, 1996).

O modo de funcionamento, o tipo de relações, a sua estrutura e ordem externa, o tipo de planeamento que requisitam e o tipo de disciplina que empregam fazem, das aulas de Educação Física, diferentes de todas as outras, pelo que exigem um bom planeamento, para que os objetivos adjacentes sejam alcançados. Para isto, o professor é obrigado a trabalhar

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afincadamente em vários aspetos. Se antes da aula tem de se preocupar com o seu planeamento, durante a mesma é obrigado a uma atenção concentrada e um esforço intenso, que requerem uma boa capacidade volitiva, psicológica, etc. Se por um lado, tem como missão transmitir conhecimentos e, para isso, tem que se “fazer ouvir” (atenção dos alunos, linguagem adequada, etc.), por outro, tem de ter a capacidade de se adaptar e dar resposta a novas situações e no final da aula tem de analisar e refletir sobre o que aconteceu para tomar as decisões para as aulas seguintes (Januário, 1992). Não podemos esquecer, ainda, que estas aulas colocam em risco, de uma ou outra forma, num menor ou maior grau, a integridade física dos alunos e, é o professor, o responsável por tudo o que se passa na sua aula.

Assim, antes do início do ano letivo analisei minuciosamente o programa nacional da disciplina de educação física para o ensino básico e para o ensino secundário, bem como a análise e avaliação do ano letivo anterior feitas pela área disciplinar, de forma a programar os conteúdos e definir os objetivos e competências práticas e teóricas para este ano letivo.

O professor deve selecionar do programa nacional da disciplina de educação física os conteúdos a abordar e os objetivos a atingir, preocupando-se em desenvolver o seu processo ensino-aprendizagem, analisando os objetivos e efetuando a estruturação dos conteúdos e adotando as estratégias e metodologias capazes de proporcionar a todos os alunos uma aprendizagem segura e eficaz, com vista à apreensão e obtenção dos mesmos, através de um processo ativo de apropriação da matéria de ensino (Bento, 2003).

Desenvolvi em estreita colaboração com os outros elementos da área disciplinar de educação física a planificação geral das atividades (Anexo 1), a planificação anual por ano de escolaridade (Anexo 2) e a elaboração de unidades didáticas de referência (Anexo 3) para cada ano e modalidades a abordar, bem como a planificação das várias atividades e projetos a integrar no plano anual de atividades da escola (Anexo 4).

As unidades didáticas são um suporte indispensável para o bom funcionamento das aulas, no sentido em que apresentam aos professores e alunos etapas claras e bem distintas de ensino e aprendizagem. Estas constituíram-se como uma orientação, que permitiu traçar facilmente o perfil de cada aula. No entanto, isto não significa, que podemos prever tudo o que vai acontecer. Com as unidades didáticas, tentamos supor uma evolução possível e refletir à priori como é que os conteúdos devem ser abordados nesta ou naquela turma, com este ou com aquele aluno, para que nada seja feito à pressa. As pressas podem esconder aspetos e estratégias mais adequadas que, com um tempo de reflexão, vimos a descobrir. A boa planificação pode precaver a realização de erros, quando somos confrontados com situações imprevistas. A reflexão e diálogo acerca das aulas a ministrar alerta-nos também para

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possíveis situações passíveis de acontecer, o que nos faz pensar em maneiras de as evitar e de as solucionar, correta e rapidamente, caso aconteçam (Januário, 1992). A construção das unidades didáticas modelo decorreu de muitas horas de conversa em grupo e de consulta bibliográfica, assim como, dos pedidos de opinião solicitados aos colegas do grupo de Educação Física. Apesar, delas terem sido construídas em conjunto, foram depois ajustadas por cada um consoante o seu planeamento, os alunos em causa e o que foi constatado nas avaliações diagnósticas.

Efetuei o planeamento mais pormenorizado e individualizado do ano letivo, com a planificação das atividades letivas por período (Anexo 5 e 6) e elaborei minuciosamente o plano de cada aula (Anexo 7), tendo em conta as competências a atingir, de acordo com o que foi realizado e atingido na aula anterior no que respeita ao desenvolvimento dos alunos, nunca perdendo a referência da unidade didática elaborada, com vista à progressão e aprendizagem adequadas (Bento, 2003).

Durante a planificação das aulas tive como preocupação evitar a monotonia, mas nunca “perder de vista” a continuidade e repetição necessárias a uma correta aprendizagem e também incluir exercícios para o desenvolvimento específico da condição física. Aquando da realização dos planos de aula, preocupei-me sempre, em desenvolver e imaginar um projeto da forma como ela deveria ocorrer. Tentava imaginar, através de uma imagem mental e, não tão poucas vezes, ilustrada no papel, se a organização da aula seria a mais correta, se as transições iriam ser rápidas, se os exercícios estariam adequados aos alunos em causa e às instalações disponíveis, etc. Na escolha dos exercícios e na elaboração dos objetivos procurei, sempre, saber se dominava perfeitamente a matéria a lecionar, refletindo sobre ela e consolidando aspetos que poderiam estar menos presentes. Só assim, se consegue dar um ótimo e adequado contributo no processo de ensino/aprendizagem.

A organização e gestão da aula são fundamentais para o sucesso da mesma, reportando-se às condições espácio-temporais, materiais e características das turmas, dos alunos e das atividades. Sempre que considerei benéfico, o material e respetivos “esquemas”, percursos e circuitos necessários à realização da aula, foram montados previamente no espaço, onde esta iria decorrer. Com isso pretendi, evitar as perdas de tempo na montagem do material, eliminando também quebras de ritmo na atividade. Penso que, tal facto, constituiu-se como muito vantajoso, já que, assim, é proporcionado aos alunos um maior tempo potencial de aprendizagem e as quebras de ritmo são evitadas. Para a obtenção destes aspetos, contribuiu também a criação de rotinas e hábitos de organização ao longo das aulas.

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Promovi uma pedagogia diferenciada, adequando as estratégias e métodos de ensino-aprendizagem e apoio de acordo com as características das turmas em geral e dos alunos em particular, bem como do tipo de conteúdos a lecionar, das dificuldades encontradas e das diferentes capacidades e aptidões dos alunos, procurando atingir o sucesso e a realização de cada aluno.

Organizei as aulas imprimindo sempre muito dinamismo, mantendo os alunos ativos, reduzindo ao essencial, os momentos de paragem. Neste sentido, implementei sobretudo o trabalho em circuito, em percurso e por grupos, uma vez que mais facilmente me permitem ter todos os alunos em atividade positiva. Assim, tentei sempre conciliar, num só tempo, o espaço disponível e o número de alunos e material com as características dos alunos e dos conteúdos a abordar, de forma a proporcionar uma quantidade e qualidade de experiências, que permitissem alcançar a correta aprendizagem. Para aumentar a densidade motora das aulas, atribuí tarefas alternativas aos alunos que não se encontravam na tarefa principal. No trabalho efetuado em percurso ou circuito, estabelecia sempre estações principais e outras secundárias, onde por exemplo os alunos faziam exercícios para trabalhar a condição física. Assim, tinha sempre os alunos em prática ativa e eu podia intervir mais e melhor junto dos alunos em tarefa principal.

Cada método e cada estratégia, por si só, não têm valor nenhum. A sua importância está no modo como poderá proporcionar percentagens elevadas de tempo potencial de aprendizagem, considerando os objetivos, o tipo de atividades e o contexto em que se desenvolve, sempre com a finalidade de eficácia. Não existe, uma estratégia e/ou um método de ensino ideal. A escolha das metodologias e das estratégias a utilizar dependem dos contextos em que acontece a ação, das características de cada sujeito e de cada turma, dos objetivos adjacentes, dos conteúdos a abordar, do tipo de atividade, das condições e materiais disponíveis, etc. Ao longo do ano utilizei ora o método global, ora o método analítico. O trabalho era, ora individual, ora em grupo.

Aos alunos dispensados ou com atestado médico, era solicitado a colaboração no controle ou arbitragem de determinadas tarefas da aula, a realização de um relatório da aula e/ou ainda, a realização de pequenos trabalhos teóricos referentes a temas relacionados com a matéria abordada.

Proporcionei iguais oportunidades educativas para todos os alunos e criei frequentemente situações alternativas que permitiam aos alunos atingir o objetivo e, desta forma, desenvolver a confiança e segurança em si próprios.

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Apoiei os meus alunos individualmente ou em grupo, sempre que necessário, tendo acompanhado de uma forma especial os que apresentavam mais dificuldades, demonstrando sempre expetativas positivas quanto ao sucesso dos mesmos.

Recorri sobretudo ao reforço positivo, elogiando ou valorizando, particularmente os alunos que demonstraram mais insegurança. A crítica e correção foram, sempre, feitas pela positiva, elogiando e incentivando os alunos, quer pela progressão na aprendizagem, quer pelo esforço desenvolvido. Tentei sempre, motivar os alunos, quer nas situações em que obtinham erros, quer nas de insucesso. Para isso, utilizei incentivos e reforços positivos, demonstrando aos alunos que conseguirão atingir sempre mais, se se empenharem na tarefa. Foi sempre, minha intenção, possibilitar aos alunos com dificuldades uma adequada aprendizagem, através de situações facilitadoras e um acompanhamento mais constante e, aos mais desenvolvidos, nunca lhes travar a evolução. Com isto pretendia motivar os alunos, de forma a que eles sentissem prazer na atividade e que não viessem para as aulas de Educação Física por obrigação curricular.

Não me limitei a uma posição estática no espaço da aula, movimentando-me constantemente e usando uma linguagem não-verbal rica e dinâmica de forma a dar vivacidade ao diálogo, motivando os alunos para as tarefas.

Em todas as aulas procurei que a informação fosse adequada à prestação e nível dos alunos. Procurei, ter sempre o cuidado de utilizar uma linguagem percetível e clara e uma terminologia correta, aliadas a um discurso breve e objetivo. Tentei, para isso, familiarizar os alunos com palavras-chave e ao mesmo tempo procurar transmitir-lhes a importância da autocorreção e da correção dos próprios colegas. Sou da opinião que a observação e crítica, assim como, a sensação, a imagem e a reflexão da própria realização se constituem como um potencial meio de ensino/aprendizagem. Optei, não poucas vezes, por utilizar simultaneamente a informação verbal e a visual (demonstrações). Penso que, a informação visual é muito mais elucidativa e mais facilmente captada pelos alunos. Se, juntamente com a demonstração, utilizarmos a informação verbal, para indicar os pontos-chave, conseguiremos certamente ainda melhores resultados.

Tentei variar as formas e processos de intervenção, evitando assim a perda de impacto que as ações repetidas podem exercer.

Relativamente às situações de aprendizagem preocupei-me em proporcionar aos alunos aquelas que visam a aquisição de conhecimentos relativos a princípios e fatores que regem a aprendizagem de uma habilidade; as que visam a aquisição de certos automatismos

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próprios a essa habilidade e as que têm como objetivo o “transfert” de aquisições realizadas anteriormente em contextos mais complexos.

Em cada opção, preocupei-me sempre, com o princípio das dificuldades progressivas, com as capacidades e nível dos alunos (inicial e consoante a sua evolução), com o respeito pelo tempo potencial de aprendizagem, com a obtenção dos objetivos adjacentes, assim como, com o facto de proporcionar aos alunos o prazer da atividade, utilizando muitas vezes situações lúdicas e sempre formas agradáveis de trabalho.

Articulei com eficácia competências, conteúdos, objetivos, estratégias e avaliação e adequei as estratégias ao nível etário, maturidade e dificuldades ou nível dos alunos.

Estabeleci com os alunos regras de trabalho, incutindo-lhes o sentido de organização e responsabilidade. A ordem e a disciplina foram e sempre serão para mim, fatores muito importantes, para o sucesso do processo de ensino/aprendizagem. Depositei desde sempre, bastante empenho na sua concretização, já que, a forma e/ou estrutura das nossas aulas, fazem com que seja mais fácil transgredir certas normas e condutas indispensáveis ao bom funcionamento das aulas, do que nas outras disciplinas. O facto de os alunos estarem quase sempre em movimento, por um espaço alargado, com material para usar, etc, constituiu uma dificuldade acrescida no seu controlo.

Como já afirmei anteriormente e acreditando, piamente, na necessidade de um relacionamento humano, de recíproco entendimento para o sucesso, decidi optar inicialmente por uma atitude séria e de grande rigor, colocando alguma distância entre mim e os alunos. Com o decorrer do tempo e de acordo com a resposta e atitude responsável dos alunos fui deixando processar-se uma progressiva aproximação. Penso poder referir que, a opção foi correta pois nunca perdi o controlo da turma e nunca me vi confrontado com qualquer problema disciplinar relevante. O ambiente da aula foi sempre extremamente positivo, onde reinava a alegria e a descontração. Hoje, encontro na relação com os alunos, uma amizade e sinto que todos eles têm um certo “carinho” para comigo.

Consegui manter, durante as aulas, um clima de descontração responsável e disciplinado favorável ao processo de ensino-aprendizagem, explorando as motivações e interesses dos alunos, de forma a tornar a aprendizagem mais fácil e apelativa, e valorizei pequenas (e grandes) vitórias.

Acompanhei permanentemente a qualidade de aprendizagem de cada aluno o que me permitiu refletir frequentemente sobre a sua atividade e adaptar, por vezes, as metodologias de ensino às diferenças individuais observadas na aprendizagem.

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Procurei incentivar os meus alunos a participar na vida da escola, pois é um espaço que dividem, e é um pouco de cada um, levando-os a aprender a estar, a pensar, a refletir, a descobrir, e aprender a aprender.

Empenhei-me durante as aulas na aquisição por parte dos alunos, de uma cultura de prática de atividade física e desporto, como forma de combater o sedentarismo e a inatividade física.

No sentido, do respeito pela formação integral, nunca pude esquecer de estimular e desenvolver, para além das capacidades motoras, as cognitivas e psicológicas e, ainda, o sentido da responsabilidade, o espírito de entreajuda, a autonomia e a educação da vontade e do carácter, etc. (Correia, 1996).

Refleti sistematicamente sobre os resultados dos alunos e informei-os regularmente sobre os seus progressos e necessidades de melhoria, adequando as estratégias de ensino em conformidade (Bento, 2003).

Penso ser importante referir que, após cada aula, era dedicado um certo período de tempo para refletir sobre a validade ou adequabilidade das metodologias e das estratégias utilizadas, em função dos objetivos pretendidos e do funcionamento da aula (ambiente, disciplina, ritmo, etc.).

Disponibilizei tempo para, quando fosse solicitado, prestar apoio educativo fora do horário letivo dos alunos, caso considerassem essencial para a melhoria da sua prestação, o que veio a acontecer em algumas situações, nomeadamente nos tempos destinados ao projeto movimento é vida.

Articulei com os alunos com mais dificuldades momentos/apoios extra aula para recuperarem os seus défices, também inserido no projeto movimento é vida.

Indiquei e forneci sites, livros, revistas e manuais e/ou outros tipos de documentação teórica e vídeos de jogos e provas/competições aos alunos para a sua utilização, no sentido de os apoiar na melhoria do seu desempenho.

Utilizei o material didático disponível na escola, quer o específico da modalidade em causa quer outro tipo de material variado que adaptei para a abordagem de determinados conteúdos e mesmo para o desenvolvimento da condição física.

Em algumas aulas também utilizei as tecnologias de informação e comunicação (computador, vídeo, internet, etc.) e livros como forma de demonstração de determinadas condicionantes técnicas e táticas.

Utilizei também como outros instrumentos pedagógicos auxiliares de aprendizagem os vários materiais e equipamentos desportivos que utilizo nas progressões pedagógicas, que

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muitas vezes não são específicos da modalidade em causa mas são adaptados de forma a proporcionar o alcance do objetivo proposto.

Nos treinos do grupo/equipa de Ténis consegui motivar, com sucesso, os alunos para a prática da modalidade, verificando-se ao longo do ano o acréscimo de alunos que participaram nos treinos, bem como a sua satisfação.

No trabalho efetuado com os alunos de Ensino Especial procurei ir ao encontro das necessidades dos mesmos, explorando uma panóplia de exercícios e atividades que lhes permitisse evoluir positivamente, ao mesmo tempo que os tinha motivamos e alegres no desenvolvimento da tarefa.

Posso referir que todos os programas e competências mínimas elaboradas e estabelecidas foram cumpridos quase integralmente, apesar deste ou aquele ajuste necessário ao longo do ano.

Através da diversificação de estratégias e metodologias, consegui que os meus alunos alcançassem o sucesso, com a obtenção das competências definidas para cada ano escolar, denotando em cada um deles um desenvolvimento harmonioso entre o saber fazer, o saber estar e o saber ser, que se traduziu na superação das classificações obtidas nas avaliações diagnósticas realizadas, tendo também como referência o projeto educativo da escola, nomeadamente os pontos referentes aos valores e princípios orientadores da ação e vetores de desenvolvimento da ação educativa e as problemáticas de processo ensino-aprendizagem, educação para a saúde e prevenção e segurança.

2.2.1.2. Relação pedagógica com os alunos

O ser educador e professor tem a sua grande exigência e obstáculo, no ser ou não capaz de, rapidamente, identificar as dificuldades e características individuais dos alunos e, aí, alterar de certa forma as situações individuais e/ou coletivas para que a aprendizagem e melhoria de desempenho dos alunos evolua e não estabilize ou recue.

É fundamental conhecer os alunos não só em relação às capacidades e habilidades técnicas e táticas mas também no que respeita às suas características individuais ao nível da personalidade, ambiente familiar, etc. A relação pedagógica que está por detrás da transmissão de saberes pode implicar o sucesso da mesma. Neste sentido, procurei, para além das informações recolhidas dos alunos na aula de apresentação, recolher dados pertinentes abordados nos conselhos de turma, bem como em diálogos informais estabelecidos com o diretor de turma e os outros professores. Procurei ter a perfeita noção que cada aluno é diferente do outro, quer no que diz respeito ao patamar de aprendizagem, quer na capacidade

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de apreensão e evolução da mesma, de forma a planear as aulas para que todos consigam e tenham oportunidade de evoluir, quer os menos desenvolvidos quer os que apresentam mais capacidades (Bento, 2003 e Luckesi, 2008).

Estabeleci com os alunos, quer na sala de aula quer fora dela, uma relação próxima com base no diálogo e no respeito mútuo e uma comunicação simples e concisa e uma camaradagem pautada pela abertura de ideias, sinceridade e honestidade, tendo sempre em linha de conta que a atividade docente não se esgota no perfil institucional do professor.

Tentei colocar-me ao lado dos alunos e proporcionar-lhes a utilização da sua capacidade de mudança e desenvolvimento, estimulando neles a confiança em si e a tomada de consciência de todo o processo e de todas as atitudes realizadas, já que estes são os requisitos fundamentais para uma aprendizagem eficaz.

Pretendi ser “educador” e não um mero transmissor de conhecimentos, bem como, criar um bom ambiente de aula, onde seja possível observar um grupo de trabalho alegre, mas motivado e empenhado.

Tentei igualmente que os alunos participassem ativamente em todos os problemas inerentes à didática da aula, o que penso ter conseguido, uma vez que era evidente a alegria e entrega dos alunos durante a realização das aulas e a frequentemente entreajuda entre eles.

Utilizei, sistematicamente, uma linguagem clara e precisa, acompanhada de um tom de voz audível e apropriado e escutei sempre, e de forma atenta, as opiniões dos alunos, intervindo sempre que era importante fomentar a participação ou estimular a cooperação entre todos.

Forneci feedbacks com frequência sobre a execução dos exercícios, bem como o desempenho dos alunos e promovi, frequentemente, e com eficácia ambientes de trabalho exigentes e motivadores.

Estabeleci claramente o equilíbrio perfeito entre autoridade e permissividade e disponibilizei-me sempre para colaborar ou ajudar os alunos.

Procurei sensibilizar e responsabilizar os alunos, quer nas aulas quer noutras situações oportunas, para a preservação dos diferentes espaços e equipamentos, para a criação de atitudes e valores condicentes com uma educação para a cidadania; para a criação de hábitos, atitudes e comportamentos cívicos em relação ao meio envolvente e para as questões da saúde, particularmente, a educação alimentar e a importância da prática da atividade física para o bem-estar físico, social, afetivo e psicológico.

Com tudo isto, e tendo também como referência o projeto educativo da escola, nomeadamente o ponto referente aos valores e princípios orientadores da ação e as

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problemáticas assunção de uma verdadeira cidadania e ambiente/espaço escolar, consegui ter uma excelente relação com todos os alunos, que demonstraram um nível de motivação elevado, um grande interesse pela disciplina e um desenvolvimento acentuado no que respeita ao espírito crítico, a uma maior autonomia e a uma responsabilidade ativa e consciente.

2.2.1.3. Processo de avaliação das aprendizagens dos alunos

A avaliação é, em qualquer disciplina, uma tarefa difícil e, ao mesmo tempo, ingrata. A avaliação implica tomadas de posição com vista a uma decisão, sobre a qualidade da tarefa ou objeto avaliados. O ato de avaliar não deve ser um ato impositivo e autoritário, mas antes um ato de diálogo e construção, sempre com o objetivo da transformação à procura do efetivo desenvolvimento dos alunos. O professor deve utilizar o ato de avaliar sobretudo para reorientar e direcionar a aprendizagem dos alunos, quer seja para reforçar os conteúdos já ministrados quer seja para evoluir para patamares subsequentes da aprendizagem, e não tanto para o simples ato classificatório (Luckesi, 2008).

Não nos podemos esquecer que, um fator importante para a motivação dos alunos, é a valorização da sua prestação. É importante para os alunos terem sucesso na sua ação porque, senão, podemos entrar num clima de desmotivação, bastante difícil de ultrapassar, que dificultará a correta aprendizagem. No entanto, as demasiadas facilidades também são favoráveis ao clima de desmotivação e, por isso, é necessário ter estes dois aspetos em conta aquando da formulação dos objetivos e durante a realização das aulas.

Para conseguir ser o mais justo possível, respeitei sempre os critérios gerais de avaliação e normas processuais emanados pelo conselho pedagógico (domínio cognitivo e domínio transversal).

Respeitei sempre o que foi decidido em área disciplinar ao nível do domínio cognitivo, o peso que cada uma das modalidades teria ao longo do ano e, mesmo dentro de cada modalidade quanto valiam a componente teórica, a técnica e as de foro tático por ano de escolaridade, de forma a encontrarmos um consenso no que respeita à uniformização da avaliação.

Respeitei também o que a área disciplinar definiu ao nível do tipo de avaliação e/ou exercícios que se devem utilizar para a avaliação em cada unidade didática, bem como a articulação pedagógica efetuada com os outros colegas da área.

Informei os alunos logo no início do ano letivo sobre o tipo de avaliação a efetuar e que a mesma era contínua, bem como dos critérios de avaliação. De forma a aumentar o incentivo dos alunos, optei por informá-los, direta ou indiretamente, acerca dos domínios de

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avaliação e das “metas” a atingir. A consciência do alvo a alcançar, faz com que os alunos comecem a viver para um objetivo futuro e, ao mesmo tempo, aprendam a “controlar” a sua evolução, em direção a esse fim. Claro que, ao mesmo tempo, íamos introduzindo “metas intermédias” e a curto prazo, que se constituíram ao longo do ano como pontos importantes de motivação, assim como, formas de eu verificar a sua evolução e possíveis dificuldades, no intuito de construir o “caminho certo”, em direção à correta aprendizagem.

Elaborei grelhas informatizadas de avaliações diagnósticas (Anexo 8), formativas e sumativas (Anexo 9) por unidade didática, sendo que a primeira avaliação permitiu-me estabelecer um ponto de partida e efetuar uma planificação específica da modalidade em causa mais eficaz com vista ao sucesso e a segunda possibilitou-me ir ajustando as estratégias e metodologias para que no final da unidade didática a avaliação sumativa tivesse o resultado esperado, ou seja que fossem alcançados os objetivos com êxito. No início de cada unidade didática, procedeu-se à avaliação diagnóstica, para verificar o nível inicial dos alunos, através da ajuda de grelhas elaboradas para o efeito, de forma a se efetuar um planeamento adequado. Em todas as aulas, os alunos foram alvo de observações/avaliações sistemáticas e contínuas, onde na reflexão de cada aula eram realçados os aspetos importantes como evoluções, dificuldades, aspetos relacionados com a sua postura na aula (empenho, entreajuda, motivação, etc.). Eram, ainda, registadas possíveis formas de ultrapassar as dificuldades encontradas, de maneira a se proceder a uma evolução adequada. No final das unidades didáticas, foram realizadas avaliações sumativas que, através da ajuda de grelhas, nos indicaram o nível final de cada aluno, assim como a sua evolução, pela comparação com os dados obtidos na avaliação diagnóstica. (Bento, 2003)

Elaborei também grelhas informatizadas de avaliação das competências do domínio transversal e grelhas de registo de presenças e observações (Anexo 10), para no final de cada aula registar alguns dados importantes, quer ao nível do comportamento quer ao nível da prestação dos alunos (avaliações sistemáticas e contínuas) para ajustar as estratégias e conteúdos a abordar nas aulas seguintes.

Efetuei também no final de cada aula um momento de diálogo de autoavaliação e reflexão dos alunos e no final dos períodos a hétero e autoavaliação.

Para finalizar o processo, elaborei grelhas informatizadas de avaliação de período (Anexo 11) onde constam todos os parâmetros a avaliar, que foram recolhidos ao longo do período.

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Para que se tornasse mais fácil a avaliação, preocupei-me em formular objetivos precisos, rigorosos e claros. Pretendi assim, verificar facilmente a ocorrência ou não dos objetivos em causa e, em caso do não alcance, descobrir até que ponto o aluno evoluiu.

Para um correto contributo no processo ensino/aprendizagem, temos de ter sempre presente que não interessa avaliar apenas os conhecimentos e capacidades do aluno, mas sim formá-lo e compreendê-lo em todas as suas dimensões, proporcionando-lhe uma grande maturidade cívica e sócio afetiva.

Penso que só assim consegui ser o mais justo possível nas classificações finais de cada período, que foram no geral muito boas e progressivas ao longo do ano letivo, já que a avaliação deve ter um carácter contínuo e abrangente em vários domínios, pautando-se pela transparência.

2.2.2. Na participação na Escola e na relação com a comunidade

2.2.2.1. Contributo para a realização dos objetivos e metas do Projeto Educativo da Escola e do Plano Anual de Atividades

Os projetos e atividades são muitas vezes o espelho da qualidade do processo ensino-aprendizagem e de todos os seus intervenientes, pelo que estes devem ser envolvidos e motivados a participar das mais diferentes formas.

Assim, divulguei, sensibilizei e promovi junto dos professores, dos alunos, dos pais e encarregados de educação e dos assistentes todas as atividades realizadas na e pela escola, particularmente as da responsabilidade da área disciplinar de educação física e do clube de desporto escolar.

Organizei, dinamizei, participei e colaborei como membro integrante da Área Disciplinar de Educação Física e do Clube de Desporto Escolar:

· Torneio de Basquetebol 3x3, nível Escola | Concelhio | Distrital; · Torneio de Voleibol 4x4;

· Corta Mato Escolar, nível Escola | Distrital;

· Comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (vários desportos adaptados e exposição);

· Comemorações do Dia Mundial da Atividade Física (várias atividades desportivas e exposição;

· Dia Aberto do Agrupamento – várias atividades desportivas; . Torneio de Futebol 5x5, 3º CEB;

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. Prova de Duatlo; . Aula de Pilates;

. Aula de Dança Sociais;

. Exposição “O Transporte Ativo – Meios de Mobilização Suaves”; · Encontro de Boccia;

Organizei, dinamizei, participei e colaborei como Coordenador do Projeto Movimento é Vida, no:

· Torneio de Badminton 1x1; . Torneio de Ténis de Mesa; . Mega aula de Ginástica Aeróbia; . Caminhada;

. Exposições sobre a temática “A Alimentação, a Atividade Física e a Saúde – À Procura do Bem-Estar”;

. Palestras sobre a temática “A Alimentação, a Atividade Física e a Saúde – À Procura do Bem-Estar”;

Como coordenador do Projeto Movimento é Vida, pretendemos ainda proporcionar à comunidade educativa várias oportunidades de prática de atividade física regular (futsal, aulas de pilates, aulas de dança, etc.), bem como vários momentos semanais de prática extra letiva para os alunos e, em conjunto com a associação de pais e outras áreas disciplinares, apetrechamos a escola com vários equipamentos lúdico-desportivos de exteriores e suportes para bicicletas, com o intuito de sensibilizar a comunidade escolar para prática regular da atividade física e mais ainda para utilização especifica mais regular da bicicleta como meio de transporte.

Inserido também no Projeto Movimento é Vida, promovi uma campanha de recolha de alimentos para oferecer aos alunos mais carenciados da escola e colaborei na Revista Alcaides, elaborando um texto para publicação com o título “À procura do bem-estar”.

2.2.2.2. Participação nas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica e nos órgãos de administração e gestão

Participei nas reuniões de departamento curricular, cumprindo com as minhas obrigações e não me recusando a realizar as tarefas que me foram atribuídas.

Participei nas reuniões de área disciplinar e de desporto escolar cumprindo com as minhas obrigações, dando o contributo para a definição das planificações quer do que se refere às aulas quer no que diz respeito às atividades realizadas, para as análises dos

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resultados escolares no fim de cada período, para a elaboração da prova de equivalência à frequência do 12º ano, para a escolha dos manuais escolares, e demais resoluções, não me recusando a realizar as tarefas que me foram atribuídas.

Cooperei e colaborei com os meus colegas de área disciplinar para que as aulas de educação física e as atividades do clube de desporto escolar fossem lecionadas e realizadas da forma mais adequada ao sucesso dos alunos e que conseguíssemos criar na Escola um leque de atividades desportivas que, pela sua qualidade e pela satisfação dos alunos e restante comunidade escolar, nos orgulhasse.

Procurei nos conselhos de turma estar sempre a par do comportamento e desempenho dos alunos em todas as disciplinas para que, dentro do espírito de trabalho de grupo, pudéssemos solidificar os aspetos positivos e tentar identificar e corrigir os negativos.

Fiz ainda parte da comissão para a prevenção da indisciplina na escola, onde desenvolvemos algumas tarefas que contribuíram certamente para uma melhoria do clima e disciplina ao longo do ano.

Por solicitação do órgão de gestão, fiz também parte de uma comissão de serviço para colaborar com o respetivo órgão na preparação e elaboração de documentos para a distribuição de serviço do próximo ano letivo.

Fiz também parte do júri de seleção dos professores para as atividades de enriquecimento curricular – atividades físicas desportivas (AEC – AFD).

2.2.2.3. Interação com a comunidade educativa e com o meio envolvente

A relação de cooperação e a boa e responsável interação entre os diversos intervenientes de um grupo de trabalho é a chave do sucesso.

Neste sentido, fui sempre pontual e assíduo, tendo cumprido integralmente o serviço que me foi atribuído, quer a nível da componente letiva quer na não letiva. Estive sempre presente nas atividades realizadas pela área disciplinar de educação física e do clube de desporto escolar, bem como em muitas outras atividades realizadas na escola.

Desenvolvi ainda estratégias de trabalho colaborativo e partilha de conhecimentos. Trabalhei sempre em equipa, contribuindo para a partilha de saberes e experiências, de forma a enriquecer a minha formação, a minha atividade profissional e a organização da própria escola.

Ao longo de vários anos a esta parte, tenho estabelecido parcerias com a Associação de Pais, quer no que respeita à aquisição de material/equipamentos desportivos para a utilização dos alunos nos tempos livres e nas aulas do Projeto Movimento é Vida (mesas de

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ténis de mesa antivandalismo, mesas de matraquilhos, tabelas de basquetebol exterior, bicicletas, suportes para estacionamento de bicicletas, etc.) quer na realização de atividades desportivas para toda a comunidade escolar (megas aulas de ginástica, jogos tradicionais portugueses, caminhadas, etc.).

A Câmara Municipal também tem sido um apoio em algumas atividades por mim organizadas, nomeadamente na colaboração em algumas caminhadas, quer na definição do percurso quer como guia das mesmas e na informação às pessoas sobre alguns monumentos ou pontos históricos do percurso.

No âmbito do Projeto Movimento é Vida, o Centro de Saúde, a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e o Clube de Basquetebol de Barcelos, têm sido uma mais-valia, quer na realização de palestras sobre a tema da alimentação, quer na promoção da importância da prática regular de atividade física.

2.2.3. Na Formação Contínua e Desenvolvimento Profissional

A formação contínua é indispensável para um correto desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem. Só através da atualização de conhecimentos, o professor pode exercer as suas funções pedagógicas com dignidade e com a competência requerida. Não nos podemos esquecer, que nada é estático e, por isso o que hoje é o ideal amanhã não o é, quase de certeza.

A formação contínua deve ser entendida como um direito e um dever e emitir uma satisfação pessoal e profissional ao professor, assegurando-lhe uma atualização de conhecimentos e competências.

Após a minha licenciatura destaco 3 cursos que tirei, com vista à melhoria dos conhecimentos:

· Curso de Treinador de Futebol de II Nível – Diploma B – BASIC/UEFA; · Curso de Monitor de Atividades Aquáticas e Hidroginástica;

· Curso de Monitor de Musculação e Culturismo;

Ao longo da minha vida profissional participei em variadíssimas ações, formações, congressos, seminários, etc. Abaixo apresento somente as formações creditadas ao nível do Ministério da Educação e Ciência, consideradas para efeito de progressão/avaliação nos últimos 5 anos letivos:

1. Oficina de Formação: “Saltar à corda como brincadeira para o desenvolvimento coordenativo, rítmico e expressivo na infância”

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Entidade formadora: centro de formação do SIPE

2. Oficina de Formação: “Promoção da Educação Sexual em Meio Escolar: Implementação do Programa Presse”

Duração: 29 de março a 16 de abril de 2012 (50 horas)

Entidade formadora: Centro formação da associação de escolas dos concelhos de Barcelos e Esposende.

3. Ação de Formação: “As Danças Sociais no Contexto Educativo – Nível Introdução”

Duração: 17 de outubro a 5 de dezembro de 2012 (50 horas)

Entidade formadora: Centro formação da associação de escolas dos concelhos de Barcelos e Esposende.

4. Ação de Formação: “Portefólios Educativos Digitais”

Duração: 28 de maio a 11 de junho de 2013 (30 horas)

Entidade formadora: SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores

5. Curso de Formação Profissional: “Espandir Limites”

Duração: 28 de setembro de 2013 (8 horas)

Entidade formadora: Solfut, Consultoria e Formação, Lda.

6. Ação de Formação: “Voleibol no Ensino Básico”

Duração: 11 de março a 1 de abril de 2014 (25 horas)

Entidade formadora: SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores

7. Oficina de Formação: “As Danças Sociais no Contexto Escolar – Nível Introdução”

Duração: 23 de março a 30 de maio de 2014 (50 horas)

Entidade formadora: Centro formação da associação de escolas dos concelhos de Barcelos e Esposende.

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3. CAPÍTULO II – Desenvolvimento Profissional e Investigativo

3.1. Enquadramento teórico

O estilo de vida atual está provocar nas pessoas e no ambiente efeitos negativos que poderão condicionar fortemente em termos de futuro próximo a qualidade de vida das pessoas. A adoção de uma vida cada vez mais sedentária e a forte poluição que o homem provoca ao nosso planeta, são sem dúvida dois dos aspetos mais importantes a discutir.

3.1.1. A Atividade Física e a Saúde

A atividade física é todo e qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, que resulta em gasto energético acima dos níveis de repouso segundo Caspersen, Powel e Christenson (1985).

Hoje em dia, a atividade física e a prática de exercício físico adequado estão cada vez mais relacionados positivamente com o bem-estar físico, psíquico e emocional, ou seja com a qualidade de vida. Esta está associada à boa saúde, sendo que a Organização Mundial de Saúde define saúde como “um bem-estar corporal, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade” (Organização Mundial de Saúde).

Segundo Marques (2012) um estilo de vida saudável comporta a prática regular de atividade física, uma vez que o nosso estado de saúde apresenta fatores de risco modificáveis e não modificáveis e, a atividade física é um dos fatores de risco modificáveis.

A atividade e o exercício físico funcionam fundamentalmente como um escape à rotina diária e como preparação do corpo para enfrentar as tarefas diárias, sendo que o dia-a-dia na maioria das pessoas é passado dentro de quatro paredes, quase sempre sentados, sem haver necessidade de se mexerem para desempenharem as suas funções e tarefas.

Atualmente a maioria das pessoas tem um estilo de vida sedentário, uma vez que as atividades disponíveis que apelam e seduzem para esta inatividade são imensas (ver televisão, usar o computador, deslocar-se de automóvel, etc.) (Sardinha e Magalhães, 2012), o que aliado ao aumento da tecnologia e mecanização das tarefas profissionais, faz com que o nível de atividade física diária seja muito reduzido (Morouço, Amaro e Matos, 2011 e Pereira et al., 2013).

Também Marques (2012) refere que a diminuição do tempo de lazer devido à necessidade de aumentar o tempo de trabalho por motivos económicos, a insegurança e receio em “andar na rua”, a redução dos espaços para lazer ao ar livre e o avanço tecnológico e o consequente facto do estilo de vida atual exigir menos do nosso corpo físico, ou seja termos

Referências

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