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GLEIDISMARA DOS SANTOS CARDOZO DE CASTRO FRANZONI

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Academic year: 2019

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GLEIDISMARA DOS SANTOS CARDOZO DE CASTRO FRANZONI

A PERCEPÇÃO DE EDUCADORES

SOBRE A EXPLORAÇÃO SEXUAL

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – FAED

MESTRADO EM EDUCAÇÃO E CULTURA

GLEIDISMARA DOS SANTOS CARDOZO DE CASTRO FRANZONI

A PERCEPÇÃO DE EDUCADORES

SOBRE A EXPLORAÇÃO SEXUAL

Dissertação apresentada no Curso de Mestrado em Educação e Cultura da Universidade Estadual de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Educação e Cultura.

Orientadora: Profª. Drª. SÔNIA MARIA MARTINS DE MELO

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Dedico este trabalho aos meus pais, luzes em meu caminho em busca da paz: “in memorian”

Mãe, Pai,

“Por que Deus permite “Pode ser que daí você sinta,

que as mães vão se embora? qualquer coisa entre esses vinte ou trinta Mãe não tem limite, Longos anos em busca de paz....

é tempo sem hora, Pai, pode crer, eu tô bem eu vou indo, luz que não se apaga tô tentando vivendo e pedindo

quando sopra o vento Com loucura pra você renascer... e chuva desaba, Pai, eu não faço questão de ser tudo, veludo escondido só não quero e não vou ficar mudo na pele enrugada, Pra falar de amor pra você”

água pura, ar puro, (Fábio Júnior) puro pensamento.

Fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei:

Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele,

velho embora, será pequenino feito grão de mil

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Dedico também

Ao meu amor Aos meus filhos amados Quinze anos de emoção Filhos queridos vocês são como pérolas... meu amor verdadeiro jóias brilhantes frutos de um belo amor meu hippie estradeiro raios de luz que iluminam todo o meu viver. das caronas e cidades Quantas vezes estive ausente...

do mundo inteiro. Não posso pedir perdão

Meu companheiro de política pois estava atrás de um belo sonho. de greve, “fora Collor”, passeata Não apenas de um projeto de mestrado Lula lá e crise de identidade: mas de um projeto de vida!

Esta cara é da esquerda? Filhos amados mesmo nos dias Meu colega de profissão, em que não estivemos próximos meu gorducho brincalhão. vocês estavam em mim.

Você e eu sabemos: Porque depois de vocês um mais um são cinco nunca mais fiquei só.

frutos desta loucura Vocês não sabem quantas vezes meu comparsa preencheram meus vazios meu cúmplice encheram minha alma nos dias de desespero alimentaram meus sonhos. nas dívidas infindáveis Filhos, amo vocês!!!!!! nas noites de paixão

nos projetos de minuto nos sonhos de vida inteira nas noitadas e madrugadas nas chatices das limpezas nos sorrisos e tristezas.

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Às minhas entrevistadas, minha admiração e meu mais sincero agradecimento por se deixarem desvelar nesta caminhada de emoções:

NOSSO MEDO

Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo

é que somos poderosos além de qualquer medida. É a nossa luz, não as nossas trevas,

o que mais nos apavora. Nós nos perguntamos:

Quem sou eu para ser Brilhante, Maravilhoso, Talentoso e Fabuloso? Na realidade, quem é você para não ser? Você é filho do Universo.

Você se fazer de pequeno não ajuda o mundo. Não há iluminação em se encolher,

para que os outros não se sintam inseguros quando estão perto de você.

Nascemos para manifestar

a glória do Universo que está dentro de nós. Não está apenas em um de nós:

está em todos nós.

E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.

E conforme nos libertamos do nosso medo,

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AGRADECIMENTOS

Pessoas são presentes que a vida nos concede. Presentes valiosos. Com elas aprendemos, crescemos,vivemos...

Compartilham de nossas decepções e de nossas vitórias. A essas pessoas devo muito...não apenas agradecimentos. Porque “obrigado” é pouco para exprimir o que sinto agora. Agradeço a Deus por tê-los colocado em meu caminho.

No fim desta caminhada quero dizer o quanto vocês todos foram importantes.

Minha família foi o alicerce desta conquista, em meus pais encontrei o incentivo necessário para seguir com disciplina nos estudos, hoje ausentes, ficaram seus preciosos ensinamentos.

Como é bom poder contar com meu irmão, sempre meu companheiro, mesmo estando a quilômetros de distância, vibrou em todas as minhas conquistas, desde o dia em que eu passei na seleção para o mestrado; seu alto-astral me impulsionou nos momentos em que eu desanimei; me encheu de energia quando surgiram obstáculos. É maravilhoso ter você em minha vida e me sentir tão amada. Amo você!

Deus brindou-me com mais um irmão: Adilson, obrigada pelas palavras de incentivo, pelo carinho, você é um amigo gigante “pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração”.

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Obrigada, Sônia, pela sensibilidade poética, por ter me apresentado Merleau-Ponty e Míriam Comiotto, por nunca ter desistido de mim e nunca ter me deixado esmorecer, principalmente pela paixão que dedica à arte de educar e por ter acreditado que este sonho era possível. Na sua pessoa, agradeço a todos os meus mestres, certamente, suas palavras foram meu norte no decorrer desta jornada.

Relembro com carinho minha orientadora no Curso de Especialização em Metodologia do Atendimento à Criança e ao Adolescente, Professora Drª. Josiane Rose Petry Veronese, cujas contribuições foram essenciais no início desta trajetória.

Meu sincero agradecimento a toda equipe profissional que atua no Departamento de Assistência à Pesquisa e Extensão da Universidade do Estado de Santa Catarina – DAPE/UDESC, pela competência e profissionalismo.

Aos companheiros de estudo, de todas as disciplinas, desejo que este sonho se realize, e deixo minhas congratulações a todos que alcançaram esta meta, que seja incentivo e início de uma nova caminhada rumo ao doutorado.

Agradeço à Professora Drª. Maria Aparecida Lemos Silva, e à Professora Drª. Vera Lúcia Chacon Valença, pelas horas dedicadas à avaliação deste trabalho, pela sensibilidade, bem como pelas valiosas sugestões.

Não poderia deixar de mencionar amigos como Vânia Luzia Gorges, Lisarb Morales Freire, Samantha Chantal Dobrowolski, Ana Maria Guerrero Guimarães, pelo apoio operacional, pelas palavras de incentivo, pelo carinho e compreensão. Agradeço também aos profissionais da biblioteca do Ministério Público Federal, pelas orientações metodológicas e pelas contribuições bibliográficas.

Agradeço a todas as pessoas que doaram seu tempo e transformaram sentimentos em palavras nas inúmeras entrevistas que realizei, nos diversos órgãos de atendimento à criança e ao adolescente, nas Associações dos Profissionais do Sexo.

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RESUMO

O presente trabalho, apresentado no curso de Mestrado em Educação e Cultura, da Universidade Estadual de Santa Catarina- UDESC, buscou compreender a percepção de educadoras sobre a Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes no município de Florianópolis. As questões norteadoras deste estudo enfatizaram a procura do desvelamento dos reflexos desta percepção, na ação pedagógica, junto aos sujeitos vítimas de violência. O trabalho também procura elencar, à partir dos discursos das educadoras, sugestões de enfrentamento à exploração sexual, visualizando o educador como defensor dos direitos da infância e da adolescência, bem como cidadão transformador da realidade. Inicialmente, relata o mundo vivido pela pesquisadora como educadora, psicóloga e servidora do Ministério Público Federal, considerando que sua vivência foi permeada de conflitos a cerca dessa problemática tanto no processo educativo, quanto na prática terapêutica. No diálogo com os cúmplices teóricos, ficou evidenciado que os direitos sexuais são direitos humanos, portanto amparados na legislação nacional e internacional, e que a exploração sexual é uma violação de direitos, requerendo uma intervenção sistêmica para punição dos aliciadores. Por meio dessa dissertação pretende proporcionar à sociedade, especialmente aos comprometidos com a efetiva proteção aos sujeitos explorados sexualmente, material de apoio que possa auxiliar nas reflexões, debates e programas de erradicação desta forma hedionda de obtenção de prazer e lucro. Entendendo a escola como um espaço privilegiado de informação e formação da identidade sexual que poderá significativamente contribuir na construção da cultura de paz, foram entrevistadas cinco educadoras que desempenham variadas funções em escolas públicas localizadas na periferia de Florianópolis. Foi utilizado como caminho teórico-filosófico-metodológico a fenomenologia, baseada principalmente nas obras de Merleau-Ponty, seguindo os passos básicos do método fenomenológico. Os dados coletados nas entrevistas foram analisados seguindo os cinco passos de Giorgi, enriquecidos pelo sexto passo proposto por Comiotto. A partir da análise das entrevistas, fluíram três essências, são elas: I - Um olhar para si, no encontro com o outro: A percepção das múltiplas violências sentidas; II - Enfrentamento à exploração sexual: um compromisso de todos; III- A construção de uma cultura de paz: sugestões de enfrentamento à exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. O trabalho pretende também criar subsídios ao desenvolvimento de políticas públicas que possibilitem o atendimento psicológico e social às vítimas de exploração sexual comercial e que auxiliem o educador na prevenção e no enfrentamento da exploração sexual.

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ABSTRACT

This study, presented in the Masters program in Education and Culture of the State University of Santa Catarina (UDESC), sought to understand teachers’ perceptions about Commercial Sexual Exploitation of Children and Adolescents in the municipality of Florianópolis. The guiding issues of this study focused on a search to unveil the reflections of this perception on pedagogical activities with victims of such violence. The work also sought to identify, based on the discourse of teachers, suggestions for confronting sexual exploitation, understanding the educator as a defender of the rights of children and adolescents, and as a citizen who transforms reality. The study first portrays the world experienced by the researcher as an educator, psychologist and employee of the Federal Public Ministry, considering that her experience is permeated by conflicts about this problem both in the educational process and in therapeutic practice. The theoretical support for the research reveals that sexual rights are human rights, and thus supported by Brazilian and international legislation. Sexual exploitation is clearly a violation of rights that requires systematic intervention to punish the violators. By means of this dissertation I intend to offer society, especially those committed to the effective protection of sexually exploited subjects, material that can assist in the reflections, debates and programs to eradicate this heinous form of obtaining pleasure and profit. Understanding the school as a special place of information and education about sexual identity that can significantly contribute to the construction of a culture of peace, five teachers were interviewed who performed various functions in public schools located in the periphery of Florianópolis. The theoretical-philosophical-methodological route to phenomenology was based principally on the works of Merleau-Ponty, following the basic steps of the phenomenological method. The data collected in the interviews were analyzed according to the five steps proposed by Giorgi, enriched by the sixth step proposed by Comiotto. Based on the analysis of the interviews, three essential concepts were revealed: I – A look at oneself, when meeting the other: The perception of the multiple violence that is felt; II – Confronting sexual exploitation is everyone’s responsibility; III- The construction of a culture of peace: suggestions for confronting the commercial sexual exploitation of children and adolescents. The work also intends to create elements that can assist in the development of public policies that provide psychological and social services to the victims of commercial sexual exploitation and that assist teachers in the prevention and confrontation of sexual exploitation.

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RESUMEN

El presente trabajo, presentado en el curso de Maestría en Educación y Cultura, de la Universidad del Estado de Santa Catarina - UDESC, buscó comprender la percepción de educadoras sobre la Explotación Sexual Comercial de Niños y Adolescentes en el municipio de Florianópolis. El principal objetivo de este estudio es mostrar los reflejos de esta percepción en la acción pedagógica, ejercida con los sujetos víctimas de violencia. El trabajo también busca elegir, a partir de los discursos de las educadoras, sugerencias de enfrentamiento a la explotación sexual, enfocando al educador como defensor de los derechos de la infancia y de la adolescencia y también como ciudadano transformador de la realidad. Primeramente, relata el mundo vivido por la investigadora como educadora, psicóloga y servidora del Ministerio Público Federal, considerando que su experiencia fue repleta de conflictos acerca de este asunto, tanto en el proceso educativo como en la práctica terapéutica. En el diálogo con los cómplices teóricos, se hizo evidente que los derechos sexuales son derechos humanos, por lo tanto amparados en la legislación nacional e internacional, y que la explotación sexual es una violación de derechos, que requiere una intervención sistemática para punir a los instigadores. Por medio de esta disertación, se pretende ofrecer a la sociedad, y especialmente a los comprometidos con la efectiva protección de los sujetos explotados sexualmente, material de apoyo que pueda ayudar en las reflexiones, debates y programas de erradicación de esta forma abominable de obtención de placer y lucro. Considerando a la escuela como un espacio privilegiado de información y formación de la identidad sexual que podrá contribuir significativamente para la construcción de la cultura de paz, fueron entrevistadas cinco educadoras que desempeñan diferentes funciones en escuelas públicas ubicadas en los suburbios de Florianópolis. Se utilizó como camino teórico/filosófico/metodológico la fenomenología, apoyada principalmente en las obras de Merleau-Ponty, siguiendo los pasos básicos del método fenomenológico. Los datos recogidos en las entrevistas fueron analizados siguiendo los cinco pasos de Giorgi, enriquecidos por el sexto paso propuesto por Comiotto. A partir del análisis de las entrevistas, surgieron tres esencias, a saber: I - Una mirada a si mismo, en el encuentro con el otro: la percepción de las múltiples violencias sentidas; II – Enfrentamiento a la explotación sexual: un compromiso de todos; III- La construcción de una cultura de paz: sugerencias de enfrentamiento a la explotación sexual comercial de niños y adolescentes. El trabajo también pretende crear subsidios para el desarrollo de políticas públicas que brinden la atención psicológica y social para las víctimas de explotación sexual comercial y que ayuden al educador en la prevención y en el enfrentamiento de la explotación sexual.

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SUMÁRIO

UMA HISTÓRIA DE VIDA 13

Meu Eu Refletido no Outro

1. O DESAFIO DOS DIREITOS HUMANOS 28

A legislação nacional e internacional

2. REPENSANDO ESTIGMAS 69

2.1 Conseqüências da exploração sexual para a formação da identidade 75

3. O CAMINHO ESCOLHIDO 83

3.1 O caminho percorrido no encontro com o outro 89

4. DESNUDANDO VIDAS 95

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4.1 - Um olhar para si, no encontro com o outro: 97 A percepção das múltiplas violências sentidas.

¾ A percepção da violência: o paradoxo entre perceber que existe 99 e negar sua existência

¾ Reencontrar-se no Outro na percepção das violências 106

¾ A educadora pede socorro 110

4.2 - Enfrentamento à exploração sexual: Um compromisso de todos 117

¾ A família como primeiro espaço de prevenção 119 ¾ A escola e seus papéis como núcleo preventivo secundário 125

¾ O desvelamento do Estado em sua responsabilidade 139

institucional de prevenção

4.3 - A construção de uma cultura de paz: 150 Sugestões de enfrentamento à exploração sexual comercial de crianças

e adolescentes

CONSIDERAÇÕES FINAIS 160

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AVALIAÇÃO

Professora Drª. Vera Lúcia Chacon Valença:

“Considero um presente de encerramento do ano letivo. Destaco a elegância de estilo, a imensa sensibilidade e o cuidado ao abordar o assunto. Enfatizo as poesias escritas no texto, a interação entre o acadêmico e o poético, a assimilação da percepção à essência filosófica de Merleau Ponty; a identificação das essências extraídas da experiência. Soube, como poucas, articular os capítulos entre si, introduzindo o seguinte no final de cada capítulo. Gostei em particular do capítulo “Um olhar para si no encontro com o outro”, há reflexão, há distanciamento, olhar para fora de si. Existe um ir e vir com objetividade, uma relação dialética entre percepções e subjetividades sem perda de limites. Ultrapassa a mera cartase, objetiva a subjetividade. Sugiro adaptar para publicação.”

Professora Drª.Maria Aparecida Lemos Silva:

“Num ir e vir aos dados, Em meio às dúvidas, . Questionamentos,

Reflexões, pensamentos, E buscas que não se encerram aqui, Pois, como borboletas

Na conquista do espaço, Aqui chegou a Gleidismara

E prosseguirá, com certeza, Nessa inquietação

Que a fará, intensamente, Caminhar, sair do casulo Encontrar-se e deixar Fluir a emoção

Que flui do coração

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