UF
SC/ODONTOLOGIA
BIBLIOTECA S.1IAI
GISELE LUZ BUSTAMANTE
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS DAS PROTEÍNAS
ÓSSEAS
MORFOGENÉTICASGISELE LUZ BUSTAMANTE
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS DAS PROTEÍNAS ÓSSEAS MORFOGENÉTICAS
Trabalho de conclusão apresentado ao Curso de Especialização de Periodontia da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para obtenção do titulo de Especialista em Periodontia.
Orientadora: Professora Fernanda Boabaid
00
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS DAS PROTEÍNAS ÓSSEAS MORFOGENÉTICAS
GISELE LUZ BUSTAMANTE
Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do
Titulode Especialista em
Odontologia, especialidade em
Periodontia eaprovada em sua forma final pelo Programa de
Pós-Graduaçãoem Odontologia.
Coordenador
do Curso de
Pós-GraduaçãoBanca
Examinadora:Profa.
Fernanda Boabaid (Orientador)Profa.
AriadneCruz
(Banca
Examinadora)Prof. Marco Aurélio
BianchiniAGRADECIMENTO
Como é impossível realizar um trabalho sozinho, tenho que agradecer aos meus pais, meu irmão e ao Rodrigo, que direta ou indiretamente ,auxiliaram-me nesta tarefa.
E a todos que me incentivaram e, de alguma forma, contribuíram para realização deste trabalho.
Aos professores do curso de especialização em Periodontia da UFCS-CEPID em especial a minha amiga e orientadora do monografia de Periodontia e Mestrado em implantodontia Fernanda Boabaid, por todas as orientações e dedicação com o trabalho.
BUSTAMANTE, GISELE LUZ . PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS DAS PROTEÍNAS ÓSSEAS MORFOGENÉTICAS .Trabalho
de
conclusão (Especializaçãoem
Periodontia)- Cursode
Especializaçãoem
Periodontia,Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis.
RESUMO:
Sucesso na
colocaçãode implantes
endósseosrequer que o implante esteja
estávelno
osso alveolar. Em certos casos, o implante pode ser estabilizado no osso natural do paciente,
mas alguma parte do implante não
estácoberto de tecido
ósseo. Istoacontece
freqüentementedurante a
colocaçãode implantes em locais de
extraçãoou em Areas onde
reabsorção ósseaaconteceu e a largura do alvéolo
nãoé suficiente para cercar o implante completamente.
Nesses casos, o
clinicoemprega normalmente um procedimento para acelerar a
formaçãode
osso. Estes procedimentos incluem enxerto osso e ou terapia com membrana. Recentes
avanços conduzem ao
isolamento,e
produçãode proteínas humanas
recombinantesque
estimulam
formaçãode osso. Uma das
proteínas morfogenética óssea (rhBMP-2)foi estudado
extensivamente em modelos de animal e tem sido testado atualmente em tentativas clinicas
humanas.
0objetivo deste trabalho foi revisar a literatura atual a respeito da
utilizaçãodas
proteínas de
morfogenética óssea.BUSTAMANTE, GISELE
LUZ
. PRINCÍPIOSBIOLÓGICOS DAS
PROTEÍNAS ÓSSEAS MORFOGENETICAS .Trabalho de conclusão (Especialização em Periodontia)- Curso de Especialização em Periodontia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.ABSTRACT:
Successful endosseous implant placement requires that the implant be stable in alveolar bone. In certain cases, the implant can be stabilized in native bone but some part of the implant is not covered by bone tissue. This often occurs during placement of implants into extraction sites or in areas where bone resorption has occurred and the ridge width is not sufficient to completely surround the implant. In those cases, the clinician usually employs a procedure to encourage bone formation. These procedures typically include a bone graft and/or membrane therapy. Recent advances have led to the isolation, cloning, and production of recombinant human proteins that stimulate bone formation. One of these bone morphogenetic proteins (rhBMP-2) has been extensively studied in animal models and is currently being tested in human clinical trials.The objective of this work was to review the current literature regarding bone morphogenetic proteins.
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO 07
2 REVISÃO DA LITERATURA 09
2.1. QUANTIDADE ÓSSEA E SUBSTITUTOS ÓSSEOS 09
2.2.FATORES DE CRESCIMENTO 13
2.3.1-11STÓRIA E DESENVOLVIMENTO DAS PROTEÍNAS ÓSSEAS
MORFOGENÉTICAS
ia
2.4. USO ECTÓPICO DE BMP 19
2.5. TIPOS DE BMP E SUAS FUNÇÕES 21
2.6.CARREADORES 27
2.7. USO DE BMP EM PEQUENOS DEFEITOS 29
2.8. USO DE BMP EM GRANDES DEFEITOS 31
2.9 USO DE BMP ASSOCIADO A MEMBRANAS 35
2.10 GENS BMPS 38
2.11 OUTRAS AREAS DE USO CLINICO POTENCIAL DE BMPS 39
3 DISCUSSÃO 40
4 CONCLUSÕES 43
1 INTRODUÇÃO
A terapia com implantes
osseointegrados é o
tratamento deeleição
parareabilitar pacientes
edêntulos
totaise
parciais. Aprevisibilidade e o
sucesso dessaterapia depende de fatores como qualidade
e
quantidade de tecidoósseo, localização
no arco
e
adequadaestabilização inicial
dos implantes.A
reconstrução tecidual
delesões
amplas, causadas por traumas, processosinfecciosos,
neoplasias
ou anomalias de desenvolvimento, representa um desafio emcirurgias
ósseas maxilofaciais. 0
resultado de tratamentos utilizados mostra-semuitas vezes
imprevisível,
demandandoinvestigações
continuadas sobre a naturezada
osteogênese e
métodos decontrolá-la e estimulá-la.
Diversas
substâncias
demonstraram propriedades de acelerar ou iniciaro
processo de reparo, induzindo a
osteogênese.
As matrizesóssea (HOTZ;
HERR,1994;(JRIST, 1965) e dentinária (KAWAI; URIST, 1989),
utilizadas comomaterial de implante
osteoindutor,
apresentampotencial osteogênico e quimiotático,
sendo esta propriedade
atribuida
àpresença
deproteínas ósseas morfogenéticas,
presentes nestes tecidos
(KAWAI; URIST, 1989).
As pesquisas
biomoleculares
sobreo
desenvolvimentoe
areparação óssea
permitiram a descoberta de uma nova
família
de proteínas reguladoras daformação
óssea e
cartilaginosa, in vivo. Capazes de iniciar aneoformação óssea quando
implantadas em sítios
extra-ósseos.
Estas proteínassão
denominadas deproteínas
ósseas morfogenéticas
ouBMPs. (GONÇALVES.; GUIMARÃES; GARCIA,1998)
BMPs são glicoproteinas responsáveis
pelo recrutamento de célulasosteoprogenitoras
para os locais deformação óssea (SOMMERNAN M,1983).
A
purificação e
acaracterização
dasBMPs contribuíram
para afundamentação
do conhecimento molecular
e
celular do processo de reparoósseo.
A respostatecidual
ao implantee BMPs
ocorre de modo similar ao desenvolvimentoósseo
embriológico,
possibilitando aformação e o
desenvolvimento dareparação
naosteogênese pós-natal (GONÇALVES.; GUIMARÃES; GARCIA,1998).
8
0 presente estudo tem por finalidade a realização de uma revisão da literatura
abordando os avanços do uso da proteína morfogenética óssea (BMP) na reparação
do tecido osseo e seus mecanismos de ação no tecido lesionado. 0 estágio atual de
isolamento, as características, bem como as diversas possibilidades de aplicações
C)
2.REVISÃO
LITERATURA
2.1 QUANTIDADE OSSEA
E
SUBSTITUTOS OSSEOS0 tecido
ósseo é
um tecido conjuntivo altamente especi:vizado que contém 33% de matriz orgânica, dos quais 28% são colageno do tipo I. (' s 5 Yo restantes sãoproteínas
não colágenasconstituídas
por osteoneoctina, osteccalcina,proteína óssea
morfogenética (BMP), proteoglicanas ósseas
e
sialoprotein,ióssea.
Essa matriz orgânicaé
permeada por cristais de hidroxiapatita Ca to[PO4]6[01-1]2) que representam 67% de sua constituição (PONTUAL et al.,200410 tecido
ósseo
apresenta crescimento rápido, principalmente duranteo
desenvolvimento embrionário, basicamente caracterizado na superfície do periosteo. Como
transcorrer desse crescimento ocorre um importante aumento no comprimentoe
na espessuraóssea.
A atividade de renovação óssea or meio de ativação , reabsorção,e formação óssea,
apesar de ocorrer na fast' adulta,é
mais lenta (PONTUAL et al.,2004).As reações do tecido
ósseo
frente à consolidação das fraturas, das osteotomias maxilomandibulares, do reparo alveolarapós
exodontia, dos enxertosósseos,
da distração osteogênicae
do fenômeno de osseointegração nos implantes dentais passam por uma fase inflamatória inicial, seguida de um reparo e, por fim, uma fase de remodelagem. No entanto,é
importante saber que a duração de cada fase depende do tipo de osso envolvido, da idade doindivíduo,
do estado de saúde gerale
I ()
0 aumento da quantidade de osso com o objetivo de permitir a inserção de
implantes se realiza por meio de várias técnicas e diferentes tipos de materiais,
incluindo-se o osso autógeno, osso alógeno, hidroxiapatita e substitutos ósseos
compostos (LOURENÇO,2002). 0 osso autógeno apresenta os resultados mais
previsíveis de sucesso, enquanto os biomateriais citados possuem diferentes indices
de sucesso e sua utilização deve seguir critérios rígidos de seleção baseando-se no
conhecimento da biologia da formação e reparo ósseo.
0 suprimento sanguíneo adequado, a formação e a manutenção do coágulo são
os fatores necessários para desencadear a cascata de eventos inflamatórios que
levarão ao reparo de um defeito ósseo. Esta reparação tecidual possui limitações
quando o defeito excede o tamanho critico para aquela região, idade e espécie a ser
tratada. Estas restrições geram dificuldades na resolução de tratamentos na
Ortopedia, na Cirurgia Bucomaxilofacial, na Periodontia e na Implantodontia.
(LOURENÇO,2002).
Intensificou-se nas últimas décadas a busca por um substituto ósseo ideal,
disponibilizando ampla variedade de materiais sintéticos como a hidroxiapatita, vidro
bioativo, carbonato de cálcio e o fosfato tricálcico. Estes materiais possuem
capacidade apenas de osteocondução e geralmente estão associados a enxertos
autógenos ou alógenos, como o osso liofilizado desmineralizado e o mineralizado.
(LOURENÇO, 2002).
0 material ideal para enxerto deve promover osteogênese, possuindo ou
permitindo a incorporação de citocinas e fatores de crescimento responsáveis pelo
mecanismo de osteoindução; permitir a angiogènese e a osteocondução, estar
disponível em quantidade suficiente para o tratamento proposto, ser de fácil
manipulação e aplicabilidade; apresentar estrutura física capaz de manter o espaço
para a formação óssea; ser reabsorvível e não gerar resposta imune (LOURENÇO,
0 enxerto autógeno preenche basicamente iodos estes requisitos. Considerado
o melhor material para este propósito, exceto pela sua limitada disponibilidade e pela morbidade relacionada a sua obtenção.
Os materiais que simplesmente fornecem um arcabouço para o crescimento vascular e posterior calcificação são conhecidos como osteocondutores. Os materiais denominados osteoindutores possuem fatores de crescimento, que regulam a
proliferação celular de tecidos diferenciados. Os morfogenes, incluindo a proteina
óssea morfogenética, são osteoindutores. Eles controlam as substâncias que iniciam
o desenvolvimento de tecidos, órgãos e sistemas pela indução de células indiferenciadas a conversão fenotípica (LOURENÇO,2002).
0 termo osteoindução foi designado para um principio fundamental de
regeneração óssea desencadeado pela ação das proteínas ósseas morfogenéticas (Urist, 1965; Urist ; Strat 1971).Estas proteínas possuem papel crucial no crescimento
e na diferenciação de uma variedade de tipos celulares, incluindo os osteoblastos e são os únicos morfogenes identificados até hoje nos mamíferos não são detectados apenas durante o período embrionário, mas também durante o desenvolvimento Os-fetal (LOURENÇO,2002).
Proteínas ósseas morfogenéticas (BMPs) induzem a diferenciação de células mesenquimais para células da linhagem de osteoblástica e também aumentam a função de diferenciação dos osteoblastos. Uma conseqüência secundária dos efeitos
é o aumento da osteoclastogenesis. Isto pode ser alcançado por mecanismos de avaliação locais, ligação de fatores de crescimento, proteínas, e fatores intracelulares. A maioria do conhecimento sobre reguladores extracelulares de
12
As
BMPs
induzem aformação óssea
através deossificação endocondral.
Células
mesenquimais indiferenciadas
migram parao
local do implantee
proliferamCondroblastos,
derivados as célulasmesenquimais, secretam
componentes da matrizextracelular e
formam uma estruturacartilagínea (Mastrocinque,
S. et al2004).
A cartilagem hipertrofiada
e
a matrizextracelular
tornam-sevascularizada
por célulashematopoiéticas e endoteliais; osteoblastos e osteoclastos
aparecem localmentee
a cartilagemé reabsorvida e substituida
por osso (WANG; ROSEN; CORDES,1988 apud KIRKER-HEAD, 1995).
A
formação heterotópica
de osso pode ocorrer emfunção
de trauma muscular,de
miosite ossificante traumática,
de traumacirúrgico,
de tumores derivados decélulas
osteogênicas
oucondrogênicas,
deosteossarcoma,
deosteoma osteáide,
deosteoblastoma e
umaalteração
do tecido conjuntivo, denominada demiosite
ossificante
progressiva, que leva aalterações
no desenvolvimentoesquelético e
ossificarem progressiva dos tecidos moles.
0
motivo dos tecidosextra-osseos
ossificam sempre interessou a comunidade cientifica,
não
apenas pelo aspectopatológico,
mas na esperança de utilizar estasinformações
nareparação
do tecidoósseo (LEE,1997).
Diversos produtos sintéticos têm sido utilizados para
o
preenchimento de defeitosósseos,
bem como naindução
daformação óssea,
tais comoproteína
morfogenética
(Sato,Urist ,1985;
Nilsson etal.1986; Yasko ,1992),
matrizóssea
desmineralizada (Bolander, Balian,1986) e hidroxiapatita (Gauthier,1997).
Para umaefetiva
osteoindução, proteínas osteogênicas precisam
ser implantadas com umasubstância carreadora propriada,
que devem sersolúveis
emágua e
prontamentedifusiveis (Urist , DeLange , Finerman ,1983).
13
reconstrutivas
é a eficiência do materialcarreador.
Ocarreador
ideal deve aumentar aexposição dos tecidos do hospedeiro à
substância
de crescimento e assegurar umadistribuição
uniforme, sem permitir que o material implantado ultrapasse os limites dositio.
0 carreador
deve ser absorvido à medida em que for ocorrendo a formaçãoóssea. Além disso,deve
ser seguro,biodegradável, biocompativel
e formulado parapermitir tamanhos e formas adequados para o enxerto.
Sal
ler
e Kolb(1994), após
umarevisão
dos sucessos relevantes das proteínasósseas
morfogenéticas
nas cirurgiasbuco-maxilo-facial
e ortopédicas, demonstrarama
eficácia
do purificado, ou seja, do preparo concentrado deBMPs,
naindução óssea,
em
áreas
com implantes aparentemente perdidos.Ripamonti
eReddi (1994)
afirmaram que, além das funções naosteogênese
pós-fetal,
asBMPs
podem exercermúltiplas
funções no desenvolvimentoembriogênico
eorganogênico,
incluindoesqueletogênese,
desenvolvimento crâniofacial e dos tecidos dentais.
2.2
FATORES DE CRESCIMENTOA
osteoindução,
ou seja, o processo deprodução
de tecidoósseo
a partir decélulas
indiferenciadas
vem sendo intensamente pesquisada, principalmente no quetange ao emprego de proteínas indutoras de
tecido ósseo
e outros fatores decrescimento, os quais
poderão
ainda serasssociados
aos enxertosósseos
atravésda
administração
local ou de maneira sistêmica(Mastrocinque
etal.,2004).
0
termo "fator de crescimento" denomina urn grupo depolipeptídios
queestão
envolvidos naproliferação
celular,diferenciação
emorfogênese
de tecidos eórgãos
durante
embriogênese, infância
e idade adulta. Alguns fatores de crescimentosão
também
morfogênicos,
ou seja podem mudar ofenótipo
as células alvo14
Para Lindsey
(2001)alguns fatores de crescimento assumem um efeito
endócrino
e
sãoestabelecidos devido a elevados níveis serum. Muitos fatores de
crescimento
sãodepositados na matriz
extracelularonde
sãoliberados durante
degradação
da matriz e agem como parte de uma complexa rede de sinais com
efeitos durante a
regeneraçãoe
remodelaçãode tecidos.
0efeito dos fatores de
crescimento é mediado através das superfícies receptoras das células alvo, ativando
enzimas fosforilases intracelulares,
que em seguida induzem uma via de
sinalização intracelularpela
agregaçãode co-fatores e outras proteínas as quais migram para o
núcleo.
No
núcleoos fatores de crescimento conectam-se ao DNA e, juntamente com
outros fatores, induzem a
transcriçãoe ativam um conjunto de genes.
Todos os fatores de crescimento
descritos têmum importante papel no
crescimento e desenvolvimento.
Oringer (2002)relatou fatores de crescimento e de
diferenciação
da seguinte forma:
.
a) fatores de crescimento
sãoproteínas que afetam o crescimento e
funçãode
uma célula especi fica (por exemplo, os
fibroblastose os
osteoblastos),afetando a
proliferação
celular e a síntese da matriz
extracelular.Os fatores de crescimento mais
intensamente estudados na
regeneraçãoperiodontal
sãoos derivados da insulina
(IGF)
e derivados das plaquetas
(PDGF);. b)
fatores de
diferenciaçãocontrolam a
condição fenotipicadas
células.Fazendo
com que células precursoras a se tornem funcionalmente maduras
,como a
diferenciaçãode células
mesenquimais indiferenciadasem
osteoblastos.Proteínas ósseas
morfogenética (BMPs) são fatoresde
diferenciaçãoestudados
para a
regeneração ósseae periodontal. Os fatores de crescimento e os de
diferenciação
têm sido combinados com materiais de suporte (como exemplo, o
colágeno,osso mineral e proteínas sintéticas), num esforço de facilitar a
regeneraçãoUFSC/ODONTOLOGIA
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A' 150 tecido ósseo possui a
característica
única de crescimentoe
remodelamentoao longo da vida, sendo dotado de habilidade regenerativa
e
adaptativa(Mastrocinque et al.,2004).
Segundo Schiliephake (2002) na regeneração óssea após
o
nascimento,o
fatorPDGF apresenta um importante papel na indução da proliferação
e
diferenciação decélulas mesenquimais.
E
também um importante mediador da cicatrizaçãoe
daremodelação óssea durante traumas
e
infecções. Ele pode aumentar a regeneraçãoóssea junto com outros fatores de crescimento, mas
é
improvável que apresentepropriedades osteogênicas completas isoladamente.
A rigidez do osso
é
determinada pelo balanço de formação óssea osteoblasticae
reabsorção osteoclástica. O aumento do estresse mecânico promove formação óssea, enquanto estados de desusoe
doençascrônicas
levam a reabsorção(Mastrocinque et al.,2004).
Dois mecanismos são responsáveis pela homeostase do osso: regulação
sistêmica por hormônios reguladores de cálcio
e
fósforo, por exemplo, hormônio daparatire6ide, vitamina D
e
calcitoninae
regulação local, mediante a função deproteínas morfogenéticas
e
fatores de crescimento (Mastrocinque et al.,2004).Graves
e
Cochran (1994) descreveram afamília
dos cinco fatores decrescimento que tinham potencial para induzir regeneração periodontal, quando
colocados em contato com osteoblastos
e
células do ligamento periodontal in vitro ein vivo. Nesse caso, incluíram
o
fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF),fator de crescimento dos fibroblastos (FGF), fator de crescimento transformador beta
(TGF-13), fator de crescimento semelhante à insulina (IGF)
e
asproteínas
ósseasmorfogenéticas. Os autores relataram ainda a existência das seguintes BMPs:
BMP-4, BMP-5, BMP-6
e
BMP-7. As BMP-2 a BMP-7, apresentam estruturas molecularesI ()
2.3.HISTORIA E DESENVOLVIMENTO DAS PROTE1NAS ÓSSEAS
MORFOGENÉTICAS
No inicio da década de 60, vários pesquisadores investigaram o mecanismo de calcificação nos tecidos extra -ósseos. Os primeiros questionamentos sobre processos que determinam a neoformação óssea desmineralizada em sítios desprovidos de tecidos ósseos, as propriedades osteocondutoras e osteoindutoras da matriz óssea foram descobertas por Marshall Urist, em 1965. Para ele um fator central seria o responsável por este efeito. Esse fator foi relatado como uma substância indutora de formação óssea, presente na matriz óssea. As células indutoras e as células induzidas eram provenientes do hospedeiro e estas mesmas células indutoras seriam descendentes de histiocitos e células do tecido conjuntivo perivascular (URIST,
1965).
A descoberta chave atribuída a Urist (1965), que consistiu na implantação de fragmentos ósseos desmineralizados no tecido subcutâneo e intramuscularmente de coelhos e ratos . Estes fragmentos possuíam a capacidade de induzir a formação óssea ectopica, formando nova cartilagem e osso. Isto levou a hipótese da formação ossea por auto-indução, na qual uma célula indutora - um monócito - atua sobre uma célula induzida - um macrófago ou um pericito - causando a diferenciação tanto para uma célula osteoprogenitora quanto para uma célula condroprogenitora. A procura pelos fatores responsáveis por esta indução resultou na identificação da família das Proteínas Ósseas Morfogenéticas (BMPs).
17
estão presentes no osso cortical em proporções muito pequenas, aproximadamente 1-2pg BMP/kg de osso cortical, e por isso, grandes quantidades de osso são
necessárias para produzir BMPs para experimentos. Entretanto, com o avanço da
engenharia genética, proteínas morfogenéticas ósseas recombinantes podem ser
produzidas em quantidades ilimitadas, sendo empregadas em estudos laboratoriais e
clínicos . Fato de extrema importância a ser citado, se refere a homologia entre os
códigos genéticos das BMPs nas diferentes espécies de mamíferos, o que permite o
emprego de BMPs recombinantes de uma espécie para outra, sem estimular resposta
antigênica (Mastrocinque, S. et a1,2004).
Wozney et al.( 1988) de uma seqüência de aminoácidos de extrato altamente
purificado, obtiveram clones de DNA que continham o código de cada proteína. Ao
todo, obtiveram 8 proteínas e 7 delas são denominadas de BMPs e apresentam
características estruturais semelhantes. Através da purificação da BMP presente em
osso bovino chegou-se a detalhes sobre a identificação e clonagem molecular de
fatores com atividade da BMP. Com o isolamento de vários polipeptideos, os autores
determinaram a seqüência de vários aminoácidos e sintetizaram sonda de
oligonucleotideos.
Dessa forma, foi possível a clonagem das BMPs de 2 a 9 (BM-2 a BMP-9), que
constituem membros da família de fator de crescimento transformador beta (TGF43).
Os membros desta superfamilia podem exercer efeito inibitório ou estimulatório sobre
as células, dependendo do estágio de diferenciação celular em que venham a atuar
(Wozney,et a1,1988).
Segundo Wozney (1998), a atividade osteoindutiva das proteínas ósseas
morfogenéticas somado à sua presença no tecido ósseo sugerem que elas são
importantes reguladores no processo de reparação óssea e podem estar envolvidas
na manutenção destes tecidos. Elas fazem parte da família de fator de crescimento
Is
aminoácidos. E relatou que as
BMPs
podem se apresentar sob duasformas . 1)
proteínas
morfogenéticas ósseas
derivadas doosso; 2)
proteínasmorfogenéticas
6sseas
humanasrecombinantes (rhBMP).
Kawai
eUrist(1989)
analisaram a atividadeosteoindutora
de proteínas extraídasde tecidos dentais bovinos e sugeriram que estas proteínas eram
comparáveis
as proteínasósseas morfogenéticas bovinas.
Wang et
al.(1990)
eWozney
etal.(1992),
afirmaram que a proteínaóssea
morfogenética recombinante
humana purificada- 2 (rhBMP-2), quando
implantada emaltas doses pode induzir a
formação óssea.
0
efeito daBMP
quanto àformação
dadentina
reparadora foi examinado porNakashima (1990)
através daimplantação
das referidas proteínas ósseasmorfogenéticas
sobre polpasdentarias
amputadas de animais.0
autor verificou queestas proteínas estimularam mitoses de células
mesenquimais
e induziram adiferenciação
deosteodentin6citos.
Aosteodentina
resultante pode desempenharalguma
função
nadiferenciação
dososteoblastos
Ripamonti
eTasker(2000),
afirmaram que a engenharia deregeneração tecidual
2.4 USO EC -I-INDIC° DE
BMPHá mais de
30anos pesquisas têm sido conduzidas para isolar e purificar as
proteínas ósseas
morfogenéticas (BMPs), substânciasque induzem formação óssea
heterot6pica
em
váriasespécies animais.
Aspenberg
et al.
(1988)estudaram a
induçãode osso em
primatas,retirando
segmentos da fibula de macacos adultos e desmineralizando-os antes de
enxertá-losnos quadriceps do mesmo animal doador (enxerto
autógeno).Na
experiênciacontrole, foi preparada matriz
ósseade rato, exatamente da mesma forma e
implantada em outros ratos
(enxerto alógeno). Após 6semanas, os enxertos foram
retirados e preparados
histologicamente.Nos ratos, a
análisedo
conteúdode
cálcioindicou que
20%da matriz original foi reposta por novo osso. Quando analisadas as
amostras apresentaram níveis insuficientes de
cálcioe
nãoapresentaram evidências
de
ossificação,e
nãofoi visto osso nos cortes
histológicos.Estes resultados
levantaram duvidas sobre o uso de matriz óssea humana
desmineralizadacomo
indutor ósseo.
Bessho, Tagama,
Murata
(1991) extrairam,separaram e purificaram
BMPsderivadas de matriz
ósseahumana e bovina a fim de analisar
seqüênciade
aminoácidos,
para melhor entender a estrutura bioquímica e o mecanismo de
açãodestas
BMPs,visando futura
aplicabilidadeclinica. Os resultados sugeriram que as
BMPs
purificadas
sãoaltamente solúveis,
in vivo quandousadas sem algum veiculo.
Uma mistura de
BMPe
colágenotipo I foi implantada em
músculode ratos
Wistare
após 3
semanas ocorreu
neoformaçãoóssea. No mesmo experimento observou-se
que a
BMPfoi capaz de induzir
osteogênese in vivo,o
usoin vitroinduziu somente
cartilagem.
20
Gao
et al.(1995)
estudaram, através de métodohistoquimico,
os mecanismos pelos quais asBMPs
induziramformação óssea
em tecidonão ósseo.
Elesverificaram que este efeito poderia ser controlado através da
expressão
celular decertas
substâncias,
tais como,fibronectina, BMP endógena e fosfatase
alcalina.Puleo (1997)
estudouo
tempo deexposição
arhBMP-2
requerido para se obtercaracterísticas osteoplasticas
expressivase
retentivas comsubseqüente
formação deuma matriz
extracelular
mineralizada em culturas de célulasmesenquimais.
Elasforam cultivadas, em
rhBMP-2
por0, 7, 14, 21
ou28
dias,e
por mais4
semanas naausência
derhBMP-2.
Quanto mais longa aexposição
das célulasmesenquimais
arhBMP-2,
mais extensa a quantidade de mineral depositadoe
melhorconteúdo
totalde matriz mineral. Em
contrapartida, o
desenvolvimento celularnão
foi afetado pelaretirada da
rhBMP - 2.
Ripamonti e Reddi. (1997)
fizeram um estudo entreo
fator de crescimentohumano- 13
1 recombinante (FGF-
p
1) e
aproteína osteogênica recombinante
humana(0P-I, BMP-7),
enxertando-os em cavidadesextra-esqueletais
de macacos adultosafricanos
(papio ursinus).
Eles mostraram, através deanalises histológicas,
bioquímicas, morfométricas e estatísticas
que aTGF -
13
1
e
OP-I induziram forma aoóssea endocondral.
Acombinação
de OP-Ie TGf
13
1
induziu, em15
dias,geração
denovos
ossiculos e
acorticalização
de novo ossoformado
e, em30
dias,geração
deosso medular.
0
tecido formado pelaaplicação
combinada de OP-Ie TGF —
13
1
mostrou
diferenças morfológicas
distintas,quando
comparado com as espécimestratadas com OP-I, com largas zonas de desenvolvimento
endocondral e
extensaformação
de osso medular.Ripamonti e Duneas (1998)
fizeram umarevisão
sobre amorfogênese
dostecidos
e
aregeneração
provocada pelasproteínas ósseas morfogenéticas.
Essesautores postularam que a
regeneração tecidual
na vidapós-natal mimetiza
eventos21
similarmente reguladas por seleta família de
morfogênese.
Dessa forma, teria-seatuação
de todas asBMPs
no desenvolvimento de tecidos eórgãos,
algumas commaior
expressão
de proteínas especificas como nos rins(BMP-3
eBMP-7),
no sistema nervoso central e periférico, fígado(BMP-9), pulmão (BMP-3
eBMP-4),
coração,
dentes,gônadas,
pele e fígado(BMP-9).
0
efeito daBMP
quanto à formação dadentina
reparadora foi examinado porNakashima (1990).
através daimplantação
das referidas proteínas ósseasmorfogenéticas
sobre polpasdentárias
amputadas de animais.0
autor verificou queestas proteínas estimularam mitoses de células
mesenquimais
e induziram adiferenciação
deosteodentinócitos.
Aosteodentina
resultante pode desempenharalguma
função
nadiferenciação
dososteoblastos.
2.5
TIPOS DEBMP
E SUAS FUNÇÕESDevido ao alto custo e a dificuldade de
obtenção
de osso humanoviável
em quantidade, e a proibição emvários
países dacomercialização
de produtos deórgãos
e tecidos humanos, foram lançados no mercado brasileiro e europeu produtos originados de osso bovino, com as mesmas finalidades do osso humano
(TAGA
et al.,1997).
Mais de
250.000
enxertos de ossossão
realizados, anualmente, nos EUA, fazendo com que este seja o segundo tipo de enxerto mais comum(KENLEY
et al.,1993).
A atividade
osseoindutora
da proteínamorfogenética
óssea-2 tem sido amplamente examinada emcomparação
com a atividade da proteínamorfogenética
1")
O uso de
BMP
bovina(bBPM)
tem sido maisfreqüentemente
relatado empesquisas devido
á
maior disponibilidade de ossos destes animais, bem como asamplas
dimensões
apresentadas por estes ossos, possibilitando aobtenção
dequantidades superiores de matriz
óssea
e,conseqüentemente,
deBMPs (HOTZ;
HERR,1994).
Groeneveld;Burger (2000)
afirmaram queBMPs não
estimulamosteoblastos
maduro, os autores também verificaram que
fibroblastos
maduros tratados comBMP
não
expressamparâmetros osteogênicos.
Estes resultados indicam que ainfluência
osteogênica
dasBMPs está
dirigida para células imaturas e demultipotentes.
Hughes et al
(2006a,)
afirmam que entre asfamílias
deBMPs.
As2,
BMP-4
eBMP-7
têm papéis fundamentais duranteproliferação
ediferenciação
osteoblástica. 0
efeitoprimário
dasBMPs
ocorre nas célulaspluripotentes,
quesão
capaz de diferenciar-se em outras célula
mesenquimal ,
e aBMP-2
pode dirigir estas células para seguir a um caminhoosteoblástico
podendo seBMP-4
eBMP-6.
Hughes et al
(1995)
testaram os efeitos das proteínaóssea morfogenética
(BMP-2, -4,
e-6 )
foram testados nadiferenciação
de célulasosteoprogenitoras
derato. As
BMPs
estimularam a formação de osso. Os resultados demonstram que asBMP-2, -4
e-6
estimulam adiferenciação
dososteoblastos
emcalvária
de ratos.Independente de qualquer efeito em células de
condrocititos
é visto com até mesmouma
exposição
curtaBMPs
as células podem iniciar uma cascata de eventos dediferenciação,
resultando emdiferenciação
terminal deosteoblastos. BMP-2
e-4
estimula células
osteoprogenitoras,
mas esteefeito não
foi visto comBMP-6.
Osdados mostram sutil diferenças entre as
ações
deBMP-6
eBMP-2
e-4,
sugestionando a possibilidade que
BMP-6
pode agir uma fase inicial dapopulação
de23
Wozey (1988)
fornece detalhes sobre aidentificação e clonagem
molecular daBMP. Pó
meio dapurificação
daBMP
presente em osso bovino. Através doisolamento de
vários polipeptidicos,
os autores determinaram aseqüência
devários
aminoácidos e
sintetizaram uma sonda deoligonucleotideos.
Dessa forma, foipossível
aclonagem
dasBMPs,
identificadas de1
a9,
revelando ainda que asBMPs
de
2
a9 (BMP-2
aBMP-9)
constituem membros dafamília TGF-.
ri
AsBMPs
descobertas em extratos
ósseos
indutivos, purificadase
derivadas do osso,são
sintetizadas como
proteína
precursora maior. Estasproteínas
apresentam: umaseqüência
secretora, que permite aproteína
sair da célula; um grandepropetideo
dominante
e
ainda umaregião carboxi-terminal
de100
a130 resíduos
deaminoacidos,que
constituem a parte ativa ou madura da moléculae
onde seencontram os
7
resíduos decisteina
emligações bissulfeto.
Os principais fatoresimpedindo testes em ampla escala de implantes de
hBMP têm
sido a quantidadelimitada deste material em ossos
(6 necessária
uma tonelada depó
de osso paraextrair um grama de
BMP),
a dificuldade paraextrai-lo e o
processo extremamentedispendioso.
Na atualidade com
o avanço
da biotecnologia derecombinações
genéticas, foipossível produzir
e
caracterizarvárias proteínas morfogenética ósseas
humanas aBMP-1,2,-3,-4,-5,-6,-7,-8,-9,-10,-11. (TAGA
et al.,1997).
Groeneveld,Burger (2000)
caracterizaram além desses onze tipos deBMPs,
asBMPs 12,13,14,15.
Dessa forma quinzeBMPs
têm atualmente sido identifi
cadase
são
divididas emsubfamilias
de acordo com assemelhanças
desucessão
deaminoácido
delas.BMPs-2 e -4
formam um subgrupo,BMPs-5-8
formam um segundosubgrupo,
e
um terceiro subgrupo contémBMP-3 e GDF-10 .
Hughes et al.
(2006)
relatam em seu artigo aexistência
de mais de20 proteínas
BMP-relacionadas e
identificadas. Ha diversidadeda
atividadebiológica e
afinidades,24
A BMP-1 não esta relacionado a
famíliaBMF' visto que não mostra capacidade
osteoindutora
etem recentemente sido identificado como
proteínapró-colagena
C(
GROENEVELD;BURGER ,2000)
A utilização destes produtos baseia-se no relativo sucesso da utilização da
BMP bovina no tratamento de centenas de extensas lesões
ósseasda face
ecrânio
ena homologia das BMPs humanas comparadas as de osso bovino (RIPAMONTI;
REDDI, 1994). Em pesquisas de recombinação genética, constatou-se, através da
técnica de clonagem de DNA, a homologia entre as BMPs recombinantes humanas
(rhBMPs)
eas BMPs nativas isoladas de matriz
ósseade vários animais. Dessa
forma a seqüência de aminoácidos da osteogenia, uma
proteínaosteogênica isolada
de osso bovino, são idênticos à rhBMP-3 (RIPAMONTI; REDDI, 1994).
Lyons; Telton; Hogan et al.(1990) sugeriram que BMP-2 desenvolve múltiplas
funções na morfogênese
eno padrão de embriões de vertebrados. Usando
hibridização
in situ,mostraram que RNA de BMP-2 manifesta-se em uma variedade
de tecidos embrionários como: epitelial, mesenquimal
edo sistema esquelético.
Dessa forma, RNA de BMP-2 foi encontrado em órgãos como: coração, foliculos
pilosos, botão dentário, mesênquima crânio facial
eoutros
sítios.Hughes et al.(1995) demonstraram, através de testes,
in vitro,com células
osteoprogenitoras de rato, que BMP-6, BMP-4
eBMP-2 podem estimular
diferenciação osteoblástica. Sugeriram que uma célula osteoprogenitora precoce
éuma importante célula para a ação das BMPs durante indução
óssea.Lee (1997) revisou as bases biológicas das proteínas
ósseasmorfogenéticas
esuas implicações na reconstrução oral. Relatou que os materiais utilizados como
enxerto ósseo poderiam oferecer uma osteocondução na presença de uma matriz
osteoindução como ato ou processo de estimular a osteogênese, desta forma o
osteoblasto ajudaria a matriz óssea.
Lynch et al (1991 a,b). observaram que a rhBMP-2 apresenta liberação lenta
rápida eliminação sistêmica. Outros estudos farmacocinéticos, como a absorção, a
distribuição, o metabolismo e a excreção confirmaram a falta de efeitos tóxicos destas
rhBMP-2. A capacidade das BMPs em induzir a formação de osso através de processo endocondral ou intramembranoso não estava ainda claro. Sugeriram que
uma série de fatores, como dose da BMP aplicada, local da implantação, respostas
das células no local do implante, vascularização e natureza do material carreador,
seriam os responsáveis pela determinação do tipo de ossificação.
Rutherford et al. (1994) deteminaram a capacidade de BMP-7 em preservar a
vitalidade, apos colocação da referida proteína sobre polpas vitais amputadas de
macacos.
Song et al. (1995) sugeriram que BMP-9, atuando num conjunto de novos
receptores, desempenharia uma função reguladora no crescimento e na função
hepática.
Bennett; Hunt; Thorogood (1995) confirmaram a real função da BMP-2 e BMP-4
como reguladores do desenvolvimento orofacial, e demonstraram os diferentes
campos da expressão fenotipica da BMP-2 no desenvolvimento do epitélio da
mucosa oral.
Wozney (1995) descreveu o potencial terapêutico da rhBMP-2 na reconstrução
dental e maxilofacial. As BMPs representam o único fator de diferenciação que induz
neoformação óssea no local onde foi implantada. A rhBMP - 2, por exemplo, tem
demonstrado potencial para induzir formação óssea ectopica em seres vivos. Estudos
26
células mesenquimais
precursoras em célulasósseas
e de cartilagem. Alem dissoem estudos com animais, as
rhBMP-2
tem-se mostrado capaz de regenerar grandesdefeitos
ósseos (2,5cm)
em mandíbulas decães,
cicatrizando uma variedade dedefeitos em ossos longos, e de reparar
defeitos
em modelos animais onde foisimulado perda
óssea
por doençasperiodontais.
Harris
(1997)
ressaltou para a existência de15 BMPs
e afirmou ser aBMP 2
umdos mais potentes agentes
osteoindutores.
Kusumoto
et al.(1997)
examinaram,radiograficamente
ehistologicamente,
opotencial
osteoindutivo
darhBMP-2, quando
colocada em posiçõesectópicas.
Concluíram que a
rhBMP-2
é capaznão
somente de induzirformação óssea,
mastambém um sistema
ósseo
auto-suportado dentro domúsculo.
Wozney (1998)
afirmou que asBMPs
eram membros dasuperfamilia TGF
13
edividiu-as em subgrupos quanto a semelhança de
aminoácidos. BMP-2
eBMP-4,
oprimeiro subgrupo;
BMP-5, BMP-6, BMP-7
eBMP-8,
o segundo subgrupo.Curiosamente,2 proteínas
de Drosophila, DPP e60A
encontram-se dentro dosubgrupo
BMP-2/4
eBMP 5/6/7/8,
respectivamente. Isso indica a existência dehomólogos
em urna grande variedade de espécies, e um subgrupo daBMP-3.
Ripamonti
eDuneas (1998)
postularam que aregeneração tecidual
na vidaOs-natal
mimetiza
eventos que ocorrem no curso normal do desenvolvimentoembrionário
emorfogenética,
similarmente regulados por seleta família demorfogênese.
Desta forma, todas asBMPs
atuariam no desenvolvimento de tecidos eórgãos,
alguns com maiorexpressão
de especificasproteínas
como rinsBMP-7
eBMP-3,
sistema nervoso central e periférico, fígadoBMP-9, pulmão BMP-4
eBMP-3,
2.6 CARREADORES
Embora
BMP
possa induzirformação óssea quando
adicionada em umasolução e não
somente a umcarreador,
a dose precisa induzirformação óssea
endocondral.
Dessa forma, aBMP
precisa ser combinado com umcarreador
apropriado
(URIST, DELANGE, FINERMAN, 1983).
A
aplicação tópica
deBMP
em defeitosósseos
deve ser realizada através decarreadores,
pois asolução
aquosaé
rapidamente dissolvidae
degradada por viaproteolitica.
Portanto,colágeno,
fosfato decálcio,
osso bovinodesproteinizado,
ossodesmineralizado,
coágulo sanguíneo autógeno,
gel decolágeno e polímeros
biodegradáveis
tem sido usados comocarreadores
para asBMPs
(PONTUAL etai.
,2004).Em
prática
clinicao colágeno
foi usado para mais de25
anos nasubstituição
deligamentos,
tendões e
outros tecidos moles.Porém,
por causa dospossíveis
riscosde
transmissão
depatógenos
dos materiaisalogênios
ouxenogênico,
a procura porcarreadores
sintéticos continua. Os candidatos potenciais comocarreadores
deBMP
incluicerâmica,
vidrobioativo, e polímeros ( GROENEVELD;BURGER ,2000).
As
BMPs
em particularBMP2, BMP4
e BMP7,
parecem ser os maispromissores de todos os fatores de crescimento atualmente discutidos em
relação
reparação óssea
no esqueletomaxilofacial. Há
poucos estudos com resultadonegativo ou duvidoso com
o
uso deBMPs, e estão
mais relacionados aoscarreadores
porpossuírem
estabilidademecânica
insuficiente,liberação
inadequadados fatores ou por causarem
reação inflamatória tecidual.
(PONTUAL etal.,2004).
27
A
eficácia
dasBMPs
para reparar os defeitosósseos
parece estar bastante28
apesar de elevada
e
grande liberação de BMPs nas primeiras horas têm demonstradoser suficientes para desencadear a introdução inicial da "cascata" de formação
óssea
endocondral,o
que permite a reparação óssea em defeitos criados em váriosmodelos experimentais (PONTUAL et al.,2004).
Minamide et al.( 2001) avaliaram dois sistemas de carreamento para as BMPs,
o
primeiro foi uma estrutura porosa chamada true bone ceramics
e o
outro foio
colágeno tipo I. Os resultados mostraram que
o
primeiro apresentava sua estruturaporosa preenchida por osso
e
foi mais efi
ciente queo
colágeno tipo I,e
quepromoveu um rápido crescimento com formação de osso resistente.
Nevins et al.(1996) analisaram a eficácia, segurança
e
facilidade técnica eminduzir formação óssea em defeitos ósseos em cães,
e
levantamento da membranado seio maxilar com
o
uso de uma esponja de colágenoabsorvível
impregnada derhBMP-2. Os resultados sugeriram substancial formação
óssea e
em 68% dos defeitos ósseos tratados, novo osso foi formado.Polimeros
e
vidro bioativo são materiais promissores para entrega de BMPs,devido as propriedades cinética dos materiais
e
sua liberação, podendo ser variadomudando
o
procedimento de produção ou a relação dos componentes. Porém, umassunto de preocupação com estes carreadores
é
que uma grande proporção dasproteínas
não retém atividade depois liberadas pelo carreador.(GROENEVELD;BURGER ,2000).
Vidro bioativo
e polímero
de PLA/PGA degradam depois do contato (corpo)fluidos , considerando que degradação de colágeno
e
cerâmica reabsorvivel nãodepende da atividade celular .Quando a
degradação
está muito lenta,formação
doosso pode ser inibida; quando
o
degradaçãoé
muito rápida, são libertados BMPsde endógeno de formação óssea. Adição de BMP para um carreador afeta o taxa de reabsorção do carreador(GROENEVELD;BURGER ,2000)
As propriedades geométricas de um carreador podem ter uma grande influencia no desempenho do enxerto de BMP. Parâmetros geométrico como tamanho e forma podem influenciar na taxa de degradação do carreador, na taxa de liberação de BMP, e a união do osso ao implante. (GROENEVELD;BURGER ,2000).
0 uso de colageno e sistemas carreadores associados ao colageno, embora amplamente difundido, esta associado a algumas desvantagens. Entre estas estão incluidas a fraca estabilidade mecânica, a resposta imunogênica e o potencial de transmissão de antígenos virais. 0 substrato carreador ideal preencheria os seguintes requisitos: 1) relativa insolubilidade em condições fisiológicas; (2) ser biodegradável; (3) proteger contra atividades proteoliticas; (4) funcionar como substrato para a adesão e proliferação celular; (5) ser inerte imunologicamente; (6) obter a liberação vagarosa de BMP através da degradação biológica controlada; (7) ter estabilidade mecânica para unir defeitos ósseos(HOTZ; HERR,1994).
BMPs, BMP-2, BMP-4 e BMP-7 em particular, parecem ser os mais efetivos fatores de crescimento em termos de osteogênese e reparo de defeitos ósseos. A eficácia de reparo das BMPs e dependente do tipo de carreador, por exemplo o colageno tipo I e hidroxiapatita, como material ostecondutor no processo de regeneração (KARSENTY;DUCY,2000).
2.7 USO DE BMP EM PEQUENOS DEFEITOS
30
grupo
1,
uma perfeitaadaptação
entre o implante e o osso, o qual se apresentavadisposto de maneira regular, enquanto no grupo
2
ainda havia pequenas areas detecido fibroso recobrindo o implante, indicando
que
a taxa deosseintegração
foiaumentada pelas
BMPs.
Wang et al.
(1994),
complementando o trabalho anterior submeteram asamostras, removidas dos cachorros
edêntulos,
amicroscopia eletrônica
de varredura.Uma
formação óssea
ativa tinha ocorrido entre o implante e o osso hospedeiro emtodas as amostras do grupo
1, já
na quarta semanaapos
aimplantação.
Contudo, noterceiro mês
apos
ainserção
dos implantes do grupo2,
ainda foi possível observartecido fibroso circundando os implantes, conformando o potencial das
BMPs
naindução
daformação óssea.
Ripamonti Reddi (1994)
investigaram se aBMP
era capaz de induzir aregeneração
em macacos adultos, através do implante deBMP
em conjunto comuma matriz
colágena
e apenas matrizcolagena
em defeitos defurca
classe li criadosnos primeiros e segundos molares mandibulares. Analises
histológicas
revelaram queBMP
emassociação
com a matrizcolágena
induziu aregeneração
do cemento,ligamento periodontal e osso alveolar.
Sigurdsson
et al.(1995)
avaliaram aregeneração
de cemento e osso emdefeitos tratados com
rhBMP-2
através de cirurgia emcães
belgas, na qualcriaram-se defeitos
ósseos supra-alveolares.Os
mesmos receberamrhBMP-2
através departículas
biodegradáveis
misturadas ao sangueautógeno
(grupo experimental) e ogrupo controle somente a cirurgia. Foi observada
regeneração
do cemento em todosos defeitos experimentais e em
15
dos17
defeitos controles. Uma pequenaquantidade de
reabsorção
foi exibida no grupo experimental, enquanto que, umasubstancial reabsorção
foi exibida no controle, portanto a presença derhBMP-2
nacicatrização
teve um potencial significativo naestimulação
daregeneração
31
mm, proporcionava um alto potencial regenerativo do osso alveolar e do cemento,
bem como uma significante capacidade para supressão da reabsorção
radicular.Dessa forma, demonstraram que a incorporação da reabsorção de rhBMP-2,
em terapia periodontal reconstrutiva, e extremamente promissora.
Nevins et al. (1996) utilizaram rhBMP-2 como material de enxerto no
levantamento de seio maxilar de 6 cabras adultas. A formação ossea foi observada
através de seqüenciais radiografias, tomografias computadorizadas e análises
histopatológicas. Os resultados mostraram que a rhBMP-2 foi capaz de induzir a formação ossea, com presença de osso medular trabeculado isolado e denso, no
assoalho do seio maxilar sem nenhuma resposta adversa apos 12 semanas.
Nunes;Tames;Valcanaia (1997) pesquisaram os resultados sobre a osteogênese
promovida pelo transplante autógeno cheio de fatores de crescimento, subperiosteal
de osso imaturo, em fêmur de rato, através de perfuração cirúrgica transcortical,
próximo a cabeça do fêmur. Esse trabalho demonstra claramente que os transplantes
utilizados com o objetivo de ganhar mais osso são vantajosos, não apenas por ser
proveniente do mesmo individuo (autógeno), mas também por manter todos os
componentes biomoleculares relacionados da osteogênese. Clinicamente, regiões
como perfurações ósseas provocadas, ou alvéolos em cicatrização podem ser os
locais eleitos para doação do osso imaturo em regeneração.
2.8 USO DE BMP EM GRANDES DEFEITOS
ÓSSEOS
Toriumi et al. (1991) realizaram um estudo experimental em 26 cachorros e os
submeteram à reconstrução de defeitos mandibulares de 3cm, e estabilizaram estes
defeitos com placas de reconstrução de aço inoxidável. Depois dos defeitos
estabilizados, foram feitos enxertos de matriz óssea de cachorro e recombinante
grupo controle (Grupo
2)
sem implantes, e em4
animaisnão
foi colocado nada(Grupo
3).
Os animais foram mortos3
e6
mesesapós
ascirurgias;os
segmentos dereconstrução óssea
foram avaliados por radiografias, analises de estabilidadefuncional, histologia,
histomorfométria,
analise daforça biomecânica,
usando3
pontoscomo teste. Os autores revelaram que a força
biomecânica
dos defeitos reconstruidoscom
rh-BMP-2
cresceu significativamente do terceiro ao sextomês,
e foi relacionadocom
0
grau demineralização
e espessura de osso que une o defeito.Ferguson;
Urist;
Allen(1994)
fizeram um estudo comparativofisiológico
deregeneração ossea,
induzindo defeitos emcrânios
de3
macacos Rhesus (Macacaspeciosa).Dois
dos animais receberambBMP
parcialmente purificada.BMP
incorporada ao acido
copolimero polilatico poliglicolico (1: 1)
foi enxertada no terceiroanimal. Cavidades
cirúrgicas
controle foram realizadas nos3
macacos e preenchidascom albumina bovina (BSA)
.0s
animais foram sacrificados em8,10
e16a
semanaapos
a suacolocação
e submetidos analisehistológica.
Os resultados mostraram queas
BMPs
produziram umaregeneração
mais completa que os enxertos controle, ouseja, elas induziram a
osteogênese
no processo regenerativo.0 copolimero
pareceliberar
BMP,
porem pode ser urna barreira noestagio
final dereposição
do novoosso.
Sailer e Kolb
(1994)
utilizaramcompósitos
volumosos de tiras de cartilagemliofilizada
intercaladas com laminas deBMP
para preencher defeitosósseos
detrauma tardio, de
áreas
doadoras docrânio,
e emmalformações
congênitas, comonas síndromes de Apart e
Crouzon.
Também utilizaramBMP
bovina em combinaçãocom osso
autógeno
de suporte para reconstruir completamente o crânio emmalformações sinostóticas.
Os implantes estratificados intercalados comBMP
induziram
formação óssea
precoce e seriam rígidos o bastante para servir comoponte para elementos
dentários
e para suporte de ossoautógeno,
que serve comoum arcabouço semelhante a uma gaiola para
reconstrução
das estruturas frontais. As33
indicaram, segundo os autores, que o processo de calcificação e ossificação de cartilagem liofolizada isoladamente e consideravelmente acelerado em combinação com BMP, neste caso BMP purificada bovina. Portanto, os autores concluíram que, no período de observação de mais de 1 ano, houve urna completa consolidação de todos os implantes, sem sinais de reabsorção, e que estes implantes podem ser seguros neste tipo de reconstrução.
Boyne (1996) realizou defeitos ósseos de 2,2 cm da mandíbula de 7 macacos Macacas fasciculares (rhesus). Três macacos tiveram 2 lojas cirúrgicas preenchidas com doses diferentes de rhBMP-2 (0,8mm/cc e 0,2mm/cc). Em 4 macacos um defeito ósseo recebeu 0,4mm/cc de rhBMP-2 e o outro foi preenchido com osso autógeno. Apos 4 meses as áreas enxertadas receberam implantes de titânio, sendo
possível observar a completa regeneração óssea nos 7 animais. A análise histológica de 3 macacos revelou altas taxas de matriz óssea calcificada, assim como varias camadas de osso lamelar no rebordo, indicando que a rhBMP-2 e capaz de induzir a regeneração de defeitos ósseos críticos. Os demais animais (os 4) continuam em estudo, sendo observado a função do osso formado ao redor dos implantes de titânio instalados.
34
Taga et al. (1997) avaliaram
o
potencial da matriz ossea bovina desmineralizada, no reparo de defeitosósseos
perenes provocados em crânios de cobaias.Um total de 24 defeitos de 8 mm dediâmetro
foi produzido com trefina cirurgica na calvária de 12 cobaias machose
adultos. Em cada animal, um defeito foi preenchido compartículas
da matriz ossea bovina, aglutinadas com sangue dopróprio
animal,e
outro com coagulosanguíneo.
As calvárias de grupos de 4 cobaiasforam coletadas apos 1, 3
e
6 meses. Os espécimes descalcificados foram processadose
foram feitos cortes histológicos semi-seriados de 6pm. A analise histológica indicou que: a) todos os defeitosósseos
preenchidos com apenas coagulosanguíneo
estavam totalmente abertose
continham tecidos conjuntivos fibrosos;e
b)nos defeitos
ósseos
preenchidos com matriz ossea bovina, aspartículas
foram reabsorvidas, em quase sua totalidade já apos 3 meses. Aos 6 meses, espaço da lesão estava totalmente ocupado por tecido osseo em estado avançado de organização lateral. Boyne, Nathe
Nakamura (1998) realizaram um estudo para comparar a utilização daproteína
os sea morfogenética (rhBMP-2)e
osso medular autogeno particulado esponjoso (PMCB) histologicamente durante a regeneração de defeitos criados cirurgicamente, simulando fissuras maxilares em macacos jovens da espécie Macaca mulata (rhesus).Concluiram que rhBMP-2 em combinação com um osteocondutor apropriado pode ser um substituto efetivo para enxerto autogeno de PMCB na reconstrução de defeitosósseos
de fissuras congênitas de maxila.UFSC/ODONTOLOGIA
BIBLIOTECA
SET(I
AJ I 5isoladamente resultou na reconstrução da
mandíbula;
mas a implantação docomplexo rhBMP- 2/PLA mostrou apenas um pequeno aumento na formação
óssea.
A combinação de enxerto de rhBMP-2/PGLA
e
osso medular resultou em um menorgrau de formação
óssea;
a combinação 2: 1 mostrouo
mesmo resultado daimplantação de osso medular isolado. Portanto os autores
concluíram
que acombinação de enxerto de rhBMP-2
e
osso medular,e
um método seguro parareconstrução de defeitos mandibulares segmentares, neste modelo de estudo animal.
Marukawa et al. (2001) avaliaram os efeitos das rhBMP-2 na formação
óssea
dedefeitos no osso alveolar mandibular de primatas jovens (macacos rhesus), de forma
isolada
e
saturada em esponja gelatinosa revestida de acido glicelico-co-polilatico(PGLA),
e
chegaram à conclusão que em combinação com PGLA, sua técnica podeser uma alternativa efetiva na substituição do enxerto
ósseo
autógeno parareconstrução cirúrgica na pratica clinica, entretanto na forma isolada, a rhBMP-2 não
demonstrou tanta eficiência,exigindo então um material osteocondutor para grandes
defeitos ósseos.
2.9 USO DE BMP ASSOCIADO A MEMBRANAS
Fritz et al. (2000) fizeram experimento em 18 macacos adultos da espécie
Macaca mulatta para determinar como membranas de grande comprimento podem
permanecer em posição em grandes defeitos
ósseos,
para promover regeneraçãoóssea guiada. Eles criaram 36 lesões nas
mandíbulas
dos 18 macacos, com defeitospadronizados de 8 x 19 mm. Sobre os defeitos foram fixadas membranas reforçadas
(ePFTE) com mini parafusos. Nenhum material foi adicionado ao defeito. Os resultados indicam, através de radiologia digital
e
histomorfometria, que nenhumaumento
ósseo
foi observado nas membranas expostas por 1 mês ou menos, poremhouve um ganho
ósseo
de aproximadamente mais de 9% dos defeitos, onde foi3 ()
meses
(p<0,0001).
Nenhumadiferença significativa
de ganhoósseo
foi observada em12
meses, pelas membranas posicionadas no lugar com intervalos variando de2
a12
meses. Uma
significante correlação
entre a contagem de ganhoósseo
observado, em3 e 12
meses, foi verificado(p<0,0001).
Portanto, com base nos dados de seutrabalho, os autores sugeriram que membranas fixadas no lugar por
1
mês ou menosresultaram em
mínimo
ganhoósseo
comparado com membranas fixadas no lugar de2
a12
meses. No mais, exameshistológicos
claramente mostram queo
ossó
produzido depois de
2
meses dainserção
da membranaé
maduro.Galgut (1993)
utilizou membranasbiodegradáveis
naregeneração tecidual
guiada
e
verificou umacicatrização rápida,
cornrecuperação
da anatomiae
doepitélio queratinizado e
minimaretração
do tecido mole.0
autor concluiu que essematerial
biodegradável
eliminaria um segundo procedimentocirúrgico
deremoção e
pode ser utilizado como rotina em procedimentos
cirúrgicos
deregeneração.
Hedner e
Linde(1995)
estudaramo
efeito nacicatrização
em defeitosósseos
em
mandíbulas
de rato, padronizados em5 mm,
deBMPs
de origem bovina,protegidos por membranas de
politetrafluoretileno (e-PTFE).
Os autores colocarambBMP
em alguns defeitose
em outrosnão, e
protegeram apenas alguns defeitos commembranas,
não
a totalidade deles. Fizeramavaliações histológicas após 12 e 24
dias de cirurgia,
e concluíram
que os grupos combBMp
protegidos com asmembranas,
e
os grupos sembBMPs,
mas protegidos com as membranas, tiveramos mesmos resultados mais
rápido
emrelação
aos outros grupos. as autoressugerem que a
presença
de urna membrana dee PTFE
previne adegradação
domaterial
carreador,
desse modo reduzindo a viabilidade dasBMPs.
Zellin e
Linde(1997)
investigaram se as barreiras de membranas que foramprecocemente expostas para promover
cicatrização óssea
no esqueletocraniofacial
são
capazes de produzircicatrização óssea
em defeitosósseos
longos isoladamente3 7
coelhos. Eles fizeram um defeito no osso radio de rata de 10 mm, tamanho critico em
coelhos, e trataram com fixação de membranas dilatadas de politetrafluoretileno, e o
resultado mostrou a formação minima de osso no interior do defeito, e o colapso das
membranas foi muito comum. Porém, quando utilizaram as membranas em
combinação com o implante de rhBMP-2, ocorreu a formação de um filete Osseo
ligando os dois cotos dos defeitos em 10 semanas. Segundo os autores, que
membranas osteoindutoras combinadas com rhBMP-2 podem produzir uma completa
cicatrização dos ossos longos de coelhos.
Jones et al (2006) avaliaram o efeito de rhBMP-2 ao redor de implantes
intra-ósseo com o carreador polímero de polylactide/glycolide. (PLGA) com e sem
membranas em modelo canino. Com quatro semanas de avaliação quando nenhum rhBMP-2 estava presente, algum osso novo fol achado mas a quantidade era
pequena e situada à base do defeito.Porém, quando rhBMP-2 mais membrana na 4
semanas ,foram observados significativamente mais volume de osso quando
comparado às mesmas condições sem rhBMP-2. Com doze semanas de avaliação foi
observada uma quantidade maior de tecido ósseo e sendo um osso mais
maduro.Quando é somado rhBMP-2,mais osso é achado, e este osso novo enche
mais o defeito.
Dimitris et al (2002) Avaliaram o efeito de doses da rhBMP-2 no aumento de
osso alveolar e na osseointegração dos implantes em defeitos peri-implantares em
cães.As observações histológicas encontradas foram formação óssea limitada em
todos os grupos com neoformação óssea sobre o cover em alguns grupos, espaços
medulares amplos, pouca ou nenhuma formação óssea nas regiões expostas.
Concluindo que não há diferenças significantes entre os grupos de doses quanto a
altura de osso neoformado, densidade radiográfica e potencial de
osseointegração.Entretanto, a ausência de dose-dependência in vivo pode estar
relacionada aos eventos cicatriciais de cada espécie estudada, ao tempo de trabalho