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Pandemia do SARS COVID-19: estudo bibliométrico

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Pandemia do SARS COVID-19: estudo bibliométrico

SARS COVID-19 pandemic: babliometric study

SARS COVID-19 pandemic: estudio bibliométrico

Vitoria Vilas Boas da Silva Bomfim

1

*, Emilie dos Santos Aleluia¹, Mariza Araujo dos Santos Dias¹,

Victor de Matos Leal¹, Juliana Pinheiro Gomes¹, Keila Soares do Carmo¹, Maria Ledijane Reis de

Carvalho¹, Aglaya Oliveira Lima Cordeiro de Almeida

2

, Marizete Maria dos Santos¹, Edna do Espírito

Santo Leotta dos Santos¹.

RESUMO

Objetivo: Estudo bibliométrico que objetivou descrever as características da produção científica relacionada a pandemia SARS COVID-19. Métodos: Foram utilizados os termos coronavírus e COVID-19, na coleta de dados que foi realizada em maio de 2020, através da base Web of Science (WoS). As variáveis observadas foram instituições, autores, países, idiomas, periódicos e áreas de conhecimento. Resultados: Evidenciaram 3947 indexações num período de dezembro de 2019 a maio de 2020. Das publicações 25.91% foram da China, o Brasil está no 18° no ranking das publicações. 97.03% das publicações estão na língua inglesa, todos foram artigos originais, a autora que mais publica encontra-se no Reino Unido. Considerações Finais: Evidencia-se que a temática é importante para equipe multiprofissional em saúde para aprimorar o conhecimento e as práticas seguras, reduzindo o internamento, o custo hospitalar e a morbimortalidade. A produção científica foi maior e crescente no último mês, o estudo também evidencia o envolvimento científico brasileiro com a temática para que haja um crescimento progressivo sobre o assunto no país.

Palavras-chave: Infecções por coronavírus, Betacoronavírus, Pandemia. ABSTRACT

Objective: Bibliometric study that aimed to describe the characteristics of scientific production related to the SARS COVID-19 pandemic. Methods: The terms coronavirus and COVID-19 were used in the data collection that was carried out in May 2020, through the Web of Science (WoS) database. The variables observed were institutions, authors, countries, languages, journals and areas of knowledge. Results: There were 3947 indexes in a period from December 2019 to May 2020. Of the publications 25.91% were from China, Brazil is in 18th place in the ranking of publications. 97.03% of the publications are in the English language, all were original articles, the author who publishes the most is in the United Kingdom. Final Considerations: It is evident that the theme is important for a multidisciplinary health team to improve knowledge and safe practices, reducing hospitalization, hospital costs and morbidity and mortality. The scientific production was higher and growing in the last month, the study also shows the Brazilian scientific involvement with the theme so that there is a progressive growth on the subject in the country.

Keywords: Coronavirus infections, Betacoronavirus, Pandemic. RESUMEN

Objetivo: Estudio bibliométrico que tuvo como objetivo describir las características de la producción científica relacionadas con la pandemia de SARS COVID-19. Métodos: Los términos coronavirus y COVID-19 se usaron en la recopilación de datos que se llevó a cabo en mayo de 2020, a través de la base de datos de Web of Science (WoS). Las variables observadas fueron instituciones, autores, países, idiomas, revistas y áreas de conocimiento. Resultados: Hubo 3947 índices en un período comprendido entre diciembre de 2019 y mayo de 2020. De las publicaciones, el 25,91% eran de China, Brasil ocupa el puesto 18 en el ranking de

1 Centro Universitário Jorge Amado (UNIJORGE), Salvador - BA. *E-mail: vitoriavilasboas31@gmail.com 2 Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador - BA.

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publicaciones. El 97.03% de las publicaciones están en idioma inglés, todas fueron artículos originales, el autor que más publica está en el Reino Unido. Consideraciones finales: Es evidente que el tema es importante para que un equipo de salud multidisciplinario mejore el conocimiento y las prácticas seguras, reduciendo la hospitalización, los costos hospitalarios y la morbilidad y mortalidad. La producción científica fue mayor y creció en el último mes, el estudio también muestra la participación científica brasileña con el tema para que haya un crecimiento progresivo sobre el tema en el país.

Palabras clave: Infecciones por coronavirus, Betacoronavirus, Pandemia. INTRODUÇÃO

A saúde da humanidade, assim como a saúde animal juntamente com o estado dos ecossistemas têm em comum uma ligação. Sabe-se que boa parte das doenças infecciosas emergentes e reemergentes tem origem zoonótica, entretanto, existem vírus que habitam somente o organismo de animais, ou seja, são incapazes de infectar humanos, porém o vírus pode sofrer uma espécie de mutação e conseguir romper as membranas das células e se instalar no organismo humano, como ocorreu com o novo Coronavírus ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) (Coronavírus 2019) COVID – 19 (OPAS/OMS, 2020a).

Pouco se sabe a respeito das consequências causadas pela SARS COVID – 19, entretanto é de conhecimento de todos que o SARS COVID -19 é uma nova infecção viral ameaçadora para a humanidade. O aumento exponencial de casos confirmados ao redor do mundo, demonstra que há uma necessidade urgente de implementar estratégias para o combate a esse vírus assim como o correto tratamento dos pacientes graves ou críticos além de planos e ações para casos mais leves(KSID, 2020).

A forma mais comum de transmissão do coronavírus ocorre por meio de gotículas lançadas no ambiente quando uma pessoa previamente infectada espirra ou tosse próxima a outro indivíduo sadio, ou seja, o contágio ocorre principalmente de pessoa para pessoa. As gotículas carregadas de vírus percorrem o trajeto das vias aéreas e contaminam o sistema respiratório dos indivíduos. A transmissão pode ocorrer ainda que a pessoa contaminada não apresenta sintomas clínicos.

As gotículas podem também ser depositadas em superfícies e objetos tais como: maçanetas, celulares, corrimãos e mobiliários, desta forma ao entrar em contato com as superfícies e ou objetos contaminados, o indivíduo que não tiver adotado os critérios de higienização, possivelmente será contaminado. Entretanto, ressalta-se que a dinâmica de transmissão do coronavírus entre humanos, dependem também de outros fatores, como a resposta imune do hospedeiro, a eficiência da replicação viral ou a taxa de mutação do vírus (OPAS, 2020a; XU X, et al., 2020)

De acordo com Organização Pan-Americana de Saúde / Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS), algumas pessoas podem contrair o coronavírus e não desenvolver a doença em sua forma grave, apresentando assim, sintomas leves, semelhantes a uma gripe comum, outros nem apresentam sintomas. Dentre os sintomas mais comuns da COVID-19 inclui-se: febre, cansaço e tosse seca. Alguns pacientes podem apresentar dores, congestão nasal, cefaléia, conjuntivite, faringite, amigdalite, diarréia, aguesia, anosfrasia, anosmia e erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Cerca de 80% das pessoas que contraíram o coronavírus se recuperaram sem necessidade de tratamento em âmbito hospitalar (OPAS/OMS, 2020b).

Entretanto, uma em cada seis pessoas infectadas por COVID-19 tem exacerbação dos sintomas, podendo desenvolver quadros graves de pneumonia pulmonar, necessitando assim de assistência médica em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As pessoas idosas e as que possuem comorbidades, como: hipertensão arterial, cardiopatias, diabetes, portadoras de câncer e portadoras de problemas pulmonares, são mais susceptíveis em desenvolver os sintomas mais graves da COVID-19 (OPAS/OMS, 2020b).

O alto potencial de disseminação e o avanço da enfermidade levou a OMS a anunciar em 30 de janeiro de 2020 uma “Emergência de Saúde pública de importância mundial”, considerada uma pandemia. Desse modo, criou-se ações para prevenir a transmissão e diminuir episódios de novas infecções. Dentre as recomendações estão: isolamento social, higienização constante das mãos e objetos, uso de máscara de tecido, monitorização dos casos e notificação (OPAS, 2020a).

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Nas estatísticas mundiais, os casos de COVID-19 aumentam desde o primeiro caso confirmado em Wuhan, em dezembro de 2019, números chegam à marca de 6.5 milhões. Enquanto os óbitos ultrapassam a marca de 387 mil, sendo estes 4 mil nas últimas 24 horas. O país mais afetado é os Estados Unidos com 1.9 milhões de casos, seguido do Brasil com 630 mil casos. O número de pacientes curados já chega à marca de 3.2 milhões (WHO, 2020).

No Brasil, dados revelam que a taxa de incidência da COVID-19 cresce diariamente desde o primeiro caso confirmado no país, em fevereiro de 2020, onde já ultrapassa os 630 mil casos. O número de óbitos já ultrapassou os 34 mil, com mais de 1.4 mil mortes confirmadas em 24 horas. Os pacientes tratados e recuperados somam um total acima dos 288 mil. A região Sudeste é a mais afetada pelo vírus, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro. Em terceiro lugar está à região Nordeste, onde a Ceará é um dos estados mais afetados (JHU, 2020).

Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 08 de maio de 2020 o Brasil era o 8º em número de casos confirmados e o 11º em número de óbitos. Até esta data foram confirmados 145.328 casos por COVID-19 no Brasil. Deste total, 9.897 (6.8%) foram a óbito, 76.134 (52.4%) estão em acompanhamento e 59.297 (40.8%) já se recuperaram da doença. De acordo com o boletim epidemiológico, no dia 29 de agosto de 2020, o Brasil passou a ocupar o segundo lugar com 3.846.153 casos (BRASIL, 2020).

A incidência de transmissibilidade, pico epidemiológico e mortes pelo COVID-19 nos grandes centros urbanos do país, apresentaram números elevados e ganharam atenção do Ministério da Saúde brasileiro. Houve números alarmantes nas grandes metrópoles. Cidades como Fortaleza e Manaus apresentaram grande incidência. Além de alta transmissibilidade o vírus foi responsável por elevada mortalidade (SOUSA GJB, 2020).

Por se tratar de uma doença nova, ainda não existem vacinas disponíveis. Logo, iniciou-se uma corrida contra o tempo para a produção de uma cura. O mundo espera ter em breve vacinas contra a COVID-19, como uma das medidas mais custo-efetivas para controlar a pandemia e diminuir seu impacto na saúde, na economia e na sociedade (OPAS, 2020a).

Assim, faz-se necessário um estudo bibliométrico, que se justifica por ser uma prática frequente nas pesquisas em ciências sociais aplicadas de maneira geral, que auxilia no entendimento de novas temáticas (SILVA FQ et al., 2016), este estudo objetivou descrever as características da produção científica relacionada a pandemia do SARS COVID -19.

Diante do exposto, este estudo objetivo de descrever as características da produção científica no mundo, relacionada a pandemia do SARS COVID -19.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, do tipo bibliométrico, que consiste na aplicação de técnicas estatísticas para análise de atributo (s) em produções científicas sobre um determinado assunto. Os estudos bibliométricos quantificam, descrevem e prognosticam o processo de comunicação escrita (SILVA FQ, et al., 2016).

A base indexadora definida para realização da pesquisa foi a Web of Science (WoS) que é uma base de dados internacional e multidisciplinar, onde oferece acesso a teses, dissertações, periódicos, resumos, contendo mais de 38 mil publicações e atualizado semanalmente (CAPES, 2020).

O período definido para a busca foi dezembro de 2019 a maio de 2020, pois o ano inicial trata-se do marco em que começou a investigar, estudar sobre o tema SARS COVID-19, em Wuhan na China, desde então vem implementado esforços para desenvolver estudos relacionados à SARS COVID-19.

A busca foi realizada no dia 12 de maio de 2020 utilizando a Plataforma Capes na intranet da Universidade Federal da Bahia. A definição dos termos apropriados para busca ocorreu através da utilização das palavras chaves através da equação booleana (coronavirus or coronavírus or covid-19 or covid 19). Dentre os documentos disponíveis na WoS foram incluídos para esse estudo artigos originais publicados em periódicos. De forma que a amostra final foi composta por 3947 artigos.

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A coleta de dados foi realizada adotando as palavras chaves coronavírus or COVID 19 or coronavírus or COVID-19 elegidos associado ao corte de temporal adotado. Dos quais foram extraídos os resultados disponibilizados pela WoS. Os indicadores adotados para a análise bibliométrica foram: instituições, autores, países, idiomas, periódicos, áreas de conhecimento, seguido dos seus respectivos dados em números absolutos.

A análise consistiu na aferição das medidas de tendência central (médias e medianas), frequências, curvas de evolução temporal e análises univariadas e bivariadas. No sentido de normalizar os dados e estabelecer os grandes produtores/publicadores sobre a temática, o número de artigos foi colocado em escala logarítmica (log10) e procedemos ao ranqueamento.

Os dados foram demonstrados através de tabelas e gráficos adequados aos tipos de análises empreendida. Os dados foram exportados e tratados no Excel®, versão 2010, através da construção de tabelas e gráficos, que permitiram a análise da progressão, bem como de cada variável detalhada. Como não se trata de pesquisa com seres humanos, dispensa apreciação de comitê de ética, conforme a resolução CNS 466/12 (BRASIL, 2013).

RESULTADOS

Aplicada a estratégia de busca descrita na metodologia, retornaram inicialmente 3947 artigos originais na WoS publicados no período dezembro de 2019 a maio de 2020. De forma que, a primeira publicação sobre o tema – utilizando os escolhidos – foi registrada em dezembro de 2019.

Ao observar as instituições de vínculo dos autores, foi realizado o cálculo de média de publicações por instituição, considerando que os autores podem ter mais de um vínculo por instituição, o resultado foi 0.80%. As 10 instituições que mais publicam no mundo detêm 18.4% de artigos publicados, as mesmas encontram-se situadas na Inglaterra, Estados Unidos e na China, estas informações encontram-encontram-se descritas na Tabela 1.

Tabela 1 - Instituições de vínculo dos autores que publicaram artigos originais indexados. Salvador - 2020.

Instituição N %

University Of London 110 2.7

Huazhong University Of Science Technology 84 2.1

University Of Hong Kong 80 2.0

Harvard University 77 1.9

Chinese Academy Of Sciences 75 1.9

University Of California System 74 1.8

Wuhan University 69 1.7

Chinese Academy Of Medical Sciences Peking Union Medical College 61 1.5

Fudan University 58 1.4

Zhejiang University 57 1.4

Total 745 18.4

Fonte: Bomfim VVBS, et al., 2020.

Os autores que produzem sobre o tema no período estudado foi de 10843, sendo MAHASE, E. a autora que mais produz sobre o tema com 45 artigos publicados, seguido de ZHANG Y. com 29 publicações. Com essas informações podemos afirmar que os maiores pesquisadores, produtores, autores sobre o tema estudado se encontram na Inglaterra, como demonstra a Tabela 2.

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Tabela 2 – Autores (grandes publicadores) * de artigos originais indexados. Salvador - 2020. Autores N % Mahase, E. 45 1.1 Zhang, Y. 29 0.7 Wang, Y. 27 0.6 Wang, L. 26 0.6 Iacobucci, G. 23 0.5 Memish, Za. 23 0.5 Chen, J. 22 0.5 Liu, Y. 22 0.5 Wang, J. 22 0.5 Li, J. 21 0.5 Li, Y. 21 0.5 Rimmer, A. 20 0.5 Yang, Y. 20 0.5 Total 321 7.5

Legenda: *Só foi inserido os autores com no mínimo 20 publicações. Fonte: Bomfim VVBS, et al., 2020.

Os autores publicaram em 114 países. O Brasil ocupa o 18° do ranking mundial com 64 (1.6%) autores. Os três primeiros países que mais publicam sobre o tema são: China, Estados Unidos e Inglaterra totalizando 57.8% dos autores totais de produções mundiais. O idioma adotado para a escrita dos artigos foi o inglês em 3830 (97%) publicações, conforme apresentada na Tabela 3 a seguir.

Tabela 3 – Idiomas dos artigos originais indexados na WoS. Salvador - 2020.

Idiomas N % English 3830 97.03 German 42 1.06 Spanish 18 0.45 Hungarian 14 0.35 French 10 0.25 Portuguese 5 0.12 Turkish 5 0.12 Norwegian 4 0.10 Polish 4 0.10 Czech 3 0.07 Dutch 3 0.07 Italian 3 0.07 Korean 3 0.07 Russian 3 0.07 Total 3947 100

Fonte: Bomfim VVBS, et al., 2020.

No período estudado foram encontradas na base de dados 1220 revistas que publicaram artigos originais sobre o coronavírus, média de 3 publicações por periódico. Dessas a que mais publicou no ranking geral foi BMJ Britsh Medical Journal, seguida da Lancet conforme a Tabela 4 apresenta.

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Tabela 4 – Periódicos que publicaram* artigos originais indexados na WoS. Salvador - 2020.

Revista N %

BMJ British Medical Journal 238 6.0

Lancet 100 2.5

Journal Of Medical Virology 77 1.9

Nature 53 1.3

Cureus 47 1.1

Journal Of Virology 45 1.1

Chemical Engineering News 41 1.0

Eurosurveillance 40 1.0

Science 36 0.9

Emerging Microbes Infections 34 0.8

Head And Neck Journal For The Sciences And Specialties Of The

Head And Neck 32 0.8

Canadian Journal Of Anesthesia Journal Canadien D Anesthesie 28 0.7

Nature Medicine 28 0.7

New Scientist 27 0.6

Total 826 20.4

Legenda: *Incluídos apenas periódicos que publicaram mais que trinta artigos. Fonte: Bomfim VVBS, et al., 2020.

Dentre as 119 áreas de conhecimento definidas pela WoS foram atribuídas aos artigos, podendo o mesmo receber mais de uma classificação (média de 3%). As classificações atribuídas foram GENERAL INTERNAL MEDICINE (Medicina Interna Geral), VIROLOGY (Virologia) e INFECTIOUS DISEASES (Doenças Infecciosas), apresentados pela Tabela 5.

Tabela 5 – Áreas de classificação* dos artigos originais indexados na WoS. Salvador - 2020.

Áreas de Pesquisa N %

General Internal Medicine 727 18.4

Virology 360 9.1

Infectious Diseases 313 7.9

Public Environmental Occupational Health 261 6.6

Microbiology 209 5.2

Science Technology Other Topics 203 5.1

Veterinary Sciences 188 4.7

Immunology 173 4.3

Biochemistry Molecular Biology 170 4.3

Research Experimental Medicine 135 3.4

Surgery 131 3.3

Pharmacology Pharmacy 125 3.1

Radiology Nuclear Medicine Medical Imaging 119 3.0

Total 3114 78.4

Legenda: *Incluídos apenas periódicos com mais de 100 artigos publicados Fonte: Bomfim VVBS, et al., 2020.

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DISCUSSÃO

O registro de periódicos com o referido tema não consta nessa base de dados até novembro 2019, uma hipótese para isso é a descoberta do vírus, a partir daí houve um crescimento com progressão geométrica e rápida indexação de artigos sobre a temática. Considerada pandemia em 11 de março de 2020 pela OMS (WHO, 2020).

Em relação aos autores, quem mais publica mundialmente sobre o tema é Elisabeth Mahase, Repórter de Notícias Clínicas do British Medical Journal, anteriormente Vice-Editora de Notícias da Pulse; Medical Journalist Association Newcomer 2019, PPA 30 abaixo de 30, altamente recomendada MHP 30 abaixo de 30; Mestre em Comunicação Científica pelo Imperial College London e Graduada em ciências biomédicas (MAHASE E, 2020a).

Em suas publicações, Elisabeth apresenta temas que envolvem a estimativa de duração do surto no Reino Unido, a ineficiência de testar apenas casos de pacientes sintomáticos em ambiente hospitalar, o novo sistema de gerenciamento de pacientes que apresentam sintomas leves em casa e a possibilidade de haver necessidade do retorno de médicos que se aposentaram recentemente aos seus cargos e de atrasar atendimentos não urgentes, fazendo menção de relatos do secretário de saúde do Reino unido e do Planejamento estratégico do governo para controle da evolução (MAHASE E, 2020b; MAHASE E, 2020c).

A segunda que mais publica, Yamin Zhang atualmente trabalha no Centro de Saúde Mental e Laboratório Psiquiátrico do Hospital Oeste da China, Universidade de Sichuan (ZHANG Y, 2020). Yamin faz pesquisas em transtornos mentais, genética e bioinformática e aborda temas relacionados à ocorrência de danos na pele e eficácia de adesivos de hidrogel na prevenção de danos faciais causados pela compressão da máscara usada no combate à Covid-19 (DONG L ,et al., 2020; LAN J, et al., 2020).

A terceira autora que mais publica Yiming Wang, é engenheira, doutora em filosofia e pesquisadora de pós doutorado em Princeton desde setembro de 2019 (WANG Y, 2019). Em suas publicações, Yiming descreve temas que envolvem os sinais comuns encontrados na tomografia computadorizada de tórax, a expressão da proteína nucleocapsídeo recombinante do coronavírus e sua indução de respostas imunes e aspectos da espectrométrica de massa de protease do tipo 3C de coronavírus SARS (BAO C, 2019; HAIFANG S, 2020).

A quarta autora que mais pública é Liu Yang, é uma astronauta da China, e a primeira Chinesa a ir pro espaço, Piloto da Força Aérea do Exército de Libertação Popular, líder de esquadrão aéreo e major da Aeronáutica, integrou a tripulação da Shenzhou 9, quarta missão tripulada do programa espacial e primeira ao laboratório espacial Tiangong 1, lançado à órbita em setembro de 2011, é membro do Partido Comunista Chinês e casada, exigência para todos taikonautas femininos chineses (YANG L, 2020a).

Entre suas publicações, Liu fala sobre o prazo para detecção do vírus, do início e da persistência dos sintomas (YANG L et al. 2020b). O quinto autor, Gareth Iacobucci, é repórter de questões de interesse dos médicos no Reino Unido. Ingressou no BMJ em 2012. Antes disso, Gareth era repórter e editor no título de clínico geral pulse por cinco anos. Ele obteve um diploma de pós-graduação em jornalismo pela City University, em Londres, em 2006, depois de concluir o curso de graduação em comunicação na Universidade de Loughborough, em 2004 (IACOBUCCI G, 2020a).

Em suas publicações, Gareth descreve os novos avanços e posicionamentos do governo frente à pandemia, comentando temas relacionados a novos testes e sorologias utilizadas para examinar as taxas atuais de infecção e suspensão de cirurgias eletivas na Inglaterra (IACOBUCCI G, 2020b; IACOBUCCI G, 2020c).

Nos dados encontrados por áreas de pesquisa identificamos que a pandemia do coronavírus trata-se de assuntos de discussão transversal na área da saúde e de interesse interdisciplinar, mas face ao exposto ficou claro que as áreas que mais pesquisam e publicam sobre o tema pesquisado são: serviços de GENERAL INTERNAL MEDICINE (Medicina), VIROLOGY (Infectologia) e INFECTIOUS DISEASES (Infectologia) respectivamente. Essas publicações ajudam na disseminação de maiores informações sobre a COVID-19 acerca de sua forma de transmissibilidade, taxa de letalidade, incidência ou alguma descoberta sobre o vírus, por exemplo, assim como enriquecem as variadas fontes de pesquisa.

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Em relação aos países, a China ocupa o primeiro lugar no ranking de publicações, isso se confirma por ser o país pioneiro em casos do COVID-19, um dado que corrobora essa informação é o fato da pandemia ter começado na cidade de Wuhan, como base nos dados acima, os artigos e o idioma mais predominante é o inglês. O Brasil encontra-se em 18° lugar no ranking mundial de publicações sobre o tema, isso se dá pelo fato de ter políticas públicas de promoção e prevenção à saúde.

Nas revistas que mais publicam a BRITISH MEDICAL JOURNAL (BMJ), ocupou o primeiro lugar com mais publicações, trata-se de uma revista de Medicina situada no Reino Unido que publica assuntos relacionados a especialidades médicas, tem por objetivo atingir o público em geral e tem contribuições interdisciplinares de todas as áreas da saúde (BMJ, 2020).

A BMJ explorou o campo da comunicação elaborando uma cobertura ao surto de coronavírus, em sua maior parte as publicações são de caráter informativo ao público geral, por exemplo, o boletim de suspensão de cirurgias de grande porte por diversas instituições médicas. De acordo com a BMJ, após a confirmação dos testes que deram positivos para o cornovírus, realizados nos integrantes da equipe de prática, houve a necessidade do encerramento de duas práticas por quinze dias (IACOBUCCI G, 2020b).

Em segundo lugar, The Lancet é uma revista de acesso aberto, revisada por pares, que considera artigos sobre todos os aspectos da Medicina, e é uma das mais antigas e prestigiadas do mundo. Para cobrir os custos de revisão, edição de cópias, layout e hospedagem e arquivamento on-line, a revista cobra uma taxa de processamento de artigos de US$ 5000 após a aceitação dos artigos de pesquisa enviados que escolhem a opção de acesso aberto "ouro" (THE LANCET, 2020). Suas publicações foram exploratórias e bastante contributivas ao conhecimento das características do vírus e suas relações com outras doenças, por exemplo, doenças digestivas pré-existentes e o coronavírus.

Nesse contexto, no dia 11 de março de 2020, foi publicado um artigo na The Lancet, que abordou as possíveis complicações do trato gastrointestinal desencadeadas pela COVID-19, o artigo relatou que dentre os indivíduos mais susceptíveis a complicações do trato gastrointestinal, após infecção pela COVID-19 destacaram-se os pacientes imunocomprometidos, todavia, os estudos ainda são inconclusivos aceca da gravidade das comorbidades digestivas e suas implicações no tratamento da COVID-19, necessitando uma investigação ampliada acerca do assunto (MAO R, et al., 2020).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa atingiu o objetivo que foi descrever as características da produção bibliométrica mundial de 2019-2020 de acordo com termos COVID-19 e coronavírus. Deve-se considerar a importância de pesquisas in loco para o avanço das produções sobre tema bem como a criação de tratamentos e formas de prevenção da doença. Constatou-se crescimento exponencial do número de artigos produzidos a partir de 2019, o ano de maior produção foi 2020, os autores e instituições destaques sobre a temática estão situados no Reino Unido e a língua de publicação foi o inglês. Os grandes produtores sobre a temática estão vinculados a instituições prementes no campo científicos e acabaram por executar atividades de coordenação e intervenção sobre a temática em pauta. Contudo notamos que o Brasil ainda tem muito o que avançar para tornar-se um país de primeiro mundo em relação ao referido tema, mas que já se encontra em busca desses avanços. No entanto todo o tema é importante para toda a equipe interdisciplinar em saúde visto que o aprimoramento desse conhecimento e as práticas seguras levam a redução de: internamento, custo hospitalar e morbimortalidade. O acesso para pesquisa só foi possível pela intranet da Universidade Federal da Bahia, o que limitou o estudo pois só os discentes e docentes da Universidade têm acesso.

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Tabela 1 - Instituições de vínculo dos autores que publicaram artigos originais indexados
Tabela 3 – Idiomas dos artigos originais indexados na WoS. Salvador - 2020.
Tabela 4 – Periódicos que publicaram* artigos originais indexados na WoS. Salvador - 2020

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