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UTILIZAÇÃO DE LEGUMINOSAS NA ADUBAÇÃO VERDE PARA A CULTURA DE MILHO

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www.interscienceplace.org páginas 96-124

Utilização de leguminosas na adubação verde para a cultura de milho

Priscila Pixoline Eiras1 Fabio Cunha Coelho2

RESUMO

Uma vez que o cultivo de milho é bastante exigente em fertilidade de solo, o uso de leguminosas na adubação verde poderá ser uma alternativa eficiente e ao alcance destes agricultores. Logo, o objetivo do presente trabalho é apresentar informações sobre as principais espécies de leguminosas herbáceas e arbóreas para adubação verde do milho. As espécies estudadas foram: crotalária (Crotalária juncea), feijão-de-porco (Canavalia ensiformes), mucuna (Mucuna sp.), guandu (Cajanus cajan), leucena (Leucaena leucocephala), gliricídia (Gliricidia sepium), sabiá (Mimosa caesalpiniifolia), canafístula (Peltophorum dubium). Todas resultaram em acréscimo de produtividade na cultura do milho quando comparadas à testemunha. Este trabalho de revisão teve um foco maior sobre as leguminosas arbóreas e arbustivas principalmente no sistema de aléia.

Palavras-chave: leguminosas, produtividade, milho, sistema de aléia

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Mestranda em Produção Vegetal, Bolsista UENF, priscilapixoline@yahoo.com.br, Campos dos Goytacazes – RJ, CEP: 28013-602

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 ABSTRACT

Once the corn cultivation is very demanding in soil fertility, the use of leguminous will be able to be an efficient option and within reach their farmers. Soon, the objective of this study is to present information about the herbaceous leguminous and shrubs legumes main species for green manuring in the corn. The species studied were: Crotalaria juncea, Canavalia ensiformes,

Mucuna sp., Cajanus cajan, Leucaena leucocephala, Gliricidia sepium, Mimosa caesalpiniifolia, Peltophorum dubium. All of them resulted in productivity increase in the corn culture when

compared to the witness. This revision work had a larger focus about the shrubs legumes mostly in the alley system.

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 1. INTRODUÇÃO

O milho (Zea mays L.) em função de seu potencial produtivo, composição química e valor nutritivo, constitue-se em um dos mais importantes cereais cultivados e consumidos no mundo. Devido à sua multiplicidade de aplicações, quer na alimentação humana, quer na alimentação animal, assume relevante papel socioeconômico, além de constituir-se em indispensável matéria-prima impulsionadora de diversificados complexos agroindustriais (Dourado Neto e Fancelli, 2004).

Ocorre uma dualidade na produção de milho no Brasil. Uma grande parcela de pequenos produtores não visa a produção comercial e com altos índices de produtividade e uma pequena parcela de grandes produtores, com alto índice de produtividade, utilizam mais terra, mais capital e mais tecnologia na produção de milho. Segundo Salmi et al. (2006) nas últimas décadas, tem-se focalizado os sistemas de produção agrícola sustentável, baseados na conservação do solo, diversificação de culturas, reciclagem de nutrientes, uso sistemático de adubos orgânicos e outras práticas alternativas têm sido desenvolvidas na tentativa de promover a produtividade com a conservação do ambiente.

Dentre os nutrientes essenciais, o nitrogênio (N) é o fator mais limitante do crescimento e produção das plantas. Normalmente, são adicionados aos solos fertilizantes nitrogenados, para a melhoria da produtividade das culturas. Entretanto, nos países de Terceiro Mundo, essa prática está limitada, pois o pequeno produtor utiliza esse insumo agrícola, de alto custo, nas culturas, somente quando o preço de seu produto é estimulador. Além disso, Ros e Aita (1996) afirmam que pela erosão ocorrem perdas expressivas de solo e nutrientes, sendo o nitrogênio o elemento

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 mais afetado nesse processo, o que provoca limitações da produtividade das culturas, em virtude da principal fonte desse elemento no solo ser a matéria orgânica da camada superficial, a qual sofre perda seletiva durante a erosão hídrica. Em solos de textura arenosa a média e em regiões com predominância de temperatura e umidade elevadas, esses efeitos são mais intensos em virtude das altas taxas de decomposição da matéria orgânica nessas condições (Alexander, 1977). Uma das alternativas propostas para amenizar esses problemas é a utilização da prática da adubação verde. Esta prática está associada a quatro pontos básicos nos diferentes sistemas agrícolas: cobertura e proteção do solo; manutenção ou melhoria das condições físicas, químicas e biológicas no solo; desenvolvimento de macro e microrganismos em profundidade no solo e uso eventual da biomassa produzida para alimentação animal ou para outras finalidades (Calegari et al., 1993).

Um dos sistemas de produção em que se utiliza a adubação verde é o sistema de cultivo em aléias ou alamedas (“alley cropping”). Kang et al. (1990) definiram-no como um sistema de cultivo, que consiste no plantio de arbustos ou árvores com crescimento rápido e

preferencialmente que tenham simbiose com bactérias fixadoras de N2, em fileiras

suficientemente espaçadas entre si, para permitir o plantio de culturas alimentares ou comerciais entre elas.

Uma vez que o cultivo de milho é bastante exigente em termos de fertilidade de solo, o uso de leguminosas arbóreas e arbustivas poderá ser uma alternativa eficiente e ao alcance dos pequenos produtores para aumentar a produção de milho na Região Norte Fluminense (Queiroz, 2006). Isto certamente resultará em aumento da receita devido ao ganho de produtividade e melhoria da qualidade do produto, preservação do solo e redução do custo de produção.

2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Adubação Verde

Para Crews e Peoples (2004) durante o século XX, produtores em todo mundo substituíram rotações com leguminosas e outras fontes tradicionais de nitrogênio (N) por

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 fertilizantes sintéticos. Uma porcentagem considerável da população humana agora depende destes fertilizantes para sobrevivência. Em décadas recentes, N sintético foi ligado a perigos ambientais numerosos, inclusive marinhos, aquecimento global, contaminação do lençol freático e destruição da camada de ozônio.

Mas, segundo Tiessen et al. (1994) e Nascimento et al. (2003) o uso de fertilizantes químicos nitrogenados e fosfatados é bastante reduzido, devido ao seu alto custo e ao baixo poder aquisitivo da maioria dos agricultores, bem como ao risco proporcionado pela variabilidade do regime de chuvas. Por esse motivo, o manejo da fertilidade do solo depende principalmente do manejo da matéria orgânica.

O uso da adubação verde é uma forma viável para amenizar os impactos da agricultura moderna, trazendo sustentabilidade para os solos agrícolas (Alcântara et al., 2000). Entre os efeitos da adubação verde sobre a fertilidade do solo está o aumento do teor de matéria orgânica; a maior disponibilidade de nutrientes; a maior capacidade de troca de cátions efetiva do solo; o favorecimento da produção de ácidos orgânicos, de fundamental importância para a solubilização de minerais; a diminuição dos teores de Al trocável pela sua complexação; e o incremento da capacidade de reciclagem e mobilização de nutrientes lixiviados ou pouco solúveis que estejam nas camadas mais profundas do perfil (Calegari et al., 1993).

A matéria orgânica é capaz de influenciar de forma positiva a retenção de nutrientes de plantas e diminuir as perdas por lixiviação; o efeito mais importante da decomposição de restos vegetais é a melhoria da estrutura do solo, que, conseqüentemente, melhora a relação água-ar, além de permitir aumentos da infiltração de água, da retenção de água e nutrientes no solo, e desenvolvimento mais adequado das raízes. Além disso, a melhoria na estrutura proporciona maior controle da erosão hídrica.

Em levantamento efetuado por Almeida et al. (1986) no Estado do Rio de Janeiro, foi demonstrado que a utilização de leguminosas como adubação verde é pouca expressiva. Este estudo revelou que as principais causas dessa baixa utilização de leguminosas nas propriedades rurais eram a falta de conscientização da importância das leguminosas, a pouca disponibilidade de sementes e a falta de divulgação dos resultados de pesquisa relacionados ao assunto.

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 Sistemas de manejo em rotação de culturas com adubos verdes são eficientes no aumento do teor de carbono orgânico do solo (Vitti et al., 1979) além da proteção que estas exercem contra os efeitos erosivos, proporcionam maior retenção de água e menor variação térmica do solo. Por sua vez, estes autores afirmam também, que o uso de adubação verde é uma prática viável por contribuir para o restabelecimento do equilíbrio solo-planta e, conseqüentemente, aumento da produtividade. Para Sarrantonio & Scott (1988) e Tanaka (1981) os adubos verdes são importantes para a reciclagem de nutrientes, por produzirem grandes quantidades de fitomassa por área e por apresentarem concentrações elevadas de nutrientes na matéria seca da parte aérea. Isto devido à eficiência de seu sistema radicular em recuperar os nutrientes lixiviados para as camadas mais profundas do solo.

A adubação verde melhora o aproveitamento dos fertilizantes minerais, proporcionando aumentos na produção, porque o adubo verde mobiliza os nutrientes das camadas mais profundas, tornando-os disponíveis para as culturas subseqüentes. Kiehl (1985) afirma que os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação. O autor recomenda, ainda, não atrasar a implantação da cultura comercial, pois os adubos verdes após incorporação tendem a se decompor e a liberar rapidamente os nutrientes. Já Alvarenga et al. (1995) afirmam que o fato de uma espécie reter grande quantidade de nutrientes não significa que eles estejam prontamente disponíveis à cultura seguinte.

Schroth et al. (1995) prefere o mulch ao adubo verde incorporado por razões de proteção do solo e economia de trabalho. Este autor destaca também uma menor oscilação na temperatura do solo e melhor retenção da umidade no solo com a cobertura, promovendo-se condições mais favoráveis ao crescimento da população de minhocas. Entretanto, Sampaio e Maluf (1999) relataram que uma das limitações da adubação verde, por meio do cultivo de cobertura com leguminosas e sua incorporação ao solo, é que, com exceção do N, a incorporação da biomassa da leguminosa não repõe os nutrientes retirados do solo pelas culturas comerciais.

Um dos sistemas utilizados para adubação verde é o cultivo em alamedas ou aléias (“alley cropping”), que consiste no crescimento de culturas alimentares ou comerciais entre ruas formadas por árvores e arbustos, em fileiras suficientemente espaçadas entre si, para permitir o

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 plantio de culturas alimentares ou comerciais entre elas Kang et al. (1990). O manejo desse sistema é feito por podas da parte aérea das leguminosas durante a estação de crescimento da cultura principal e o produto das podas aplicado no solo, onde se decompõem e fornecem nutrientes às plantas. O número de cortes realizados por ano depende da velocidade de rebrota das leguminosas, após cada corte, e da adequação às características das espécies semeadas nas entrelinhas. Essa semeadura nas entrelinhas ocorre no início das chuvas, ocasião em que é feita uma poda drástica da leguminosa, para retardar a rebrota e recomposição da copa e com isto atenuar seu efeito competitivo (Barreto e Carvalho Filho, 1992). Espera-se que, com a incorporação periódica de quantidades expressivas de biomassa das leguminosas nas entrelinhas, obtenham-se melhorias nas características químicas, físicas e biológicas dos solos, com conseqüente aumento do seu potencial produtivo.

De uma maneira geral, a escolha das espécies de leguminosas que apresentam rápido desenvolvimento inicial, tolerância ao Al tóxico, sistema radicular profundo e produção de fitomassa suficiente para a cobertura do solo, baixa taxa de decomposição e a relação C/N apropriada às culturas subseqüentes è que favorecerá o grau de sucesso obtido com a utilização dessa prática (Fernandes et al., 1999). Relação C/N dos resíduos de coberturas verdes de 23-24 mostrou ser mais adequada para o milho, proporcionando mineralização uniforme de N (Heinzmann, 1985).

2.2 Leguminosas

As plantas da família das Leguminosas (ou Fabaceae) são as mais utilizadas como adubo verde. De acordo com Silva e Menezes (2007), a principal razão para essa preferência está

em sua capacidade de simbiose com bactérias fixadoras do N2 atmosférico. O autor cita também

a rusticidade, à elevada produção de matéria seca e ao sistema radicular geralmente profundo e ramificado, capaz de extrair nutrientes das camadas mais profundas do solo. Além disso, Fernandes et al. (1999) destaca também o efeito alelopático e supressivo sobre as plantas daninhas como ocorre com o feijão-de-porco, a crotalária e a mucuna preta.

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 A contribuição de N pelas leguminosas para outras culturas em consórcio depende das espécies de leguminosas, da fixação biológica de N e do crescimento das leguminosas, que é determinado pelo clima, pelo solo e pelo manejo dos resíduos (Rao e Mathuva, 2000). Estes autores afirmam que as leguminosas de dupla aptidão que produzem alimento para o homem, como caupi, amendoim, guandu e forragem para os animais como Stylosanthes, são mais atrativas para os agricultores de pequena escala que praticam o sistema de culturas em consórcio, pois além da geração de grãos e de produtos dos animais alimentados, como carne e leite, essas leguminosas trazem benefícios à produção de cereais cultivados em seqüência a estas em rotação, pela melhoria nas características físicas e químicas.

2.2.1 Leguminosas herbáceas utilizadas como adubo verde

As mais utilizadas em regiões tropicais são a crotalária, o feijão-de-porco e a mucuna.

2.2.1.1 Crotalária (Crotalária juncea)

A crotalária (Figura 1) é cultivada em toda região tropical, vegeta muito bem em solos pobres, inclusive nos arenosos de várias fertilidades e bem drenados. A crotalária é exigente em calor, luz e umidade, suportando geadas leves (Calegari, 1993).

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 A produção de fitomassa e acúmulo de nutrientes e fixação biológica de nutrientes dos adubos verdes milheto e crotalária foram determinados em pesquisa realizada na Zona da Mata Mineira. A crotalária apresentou maior produção de fitomassa, que foi 108% maior que a vegetação espontânea e 31% superior à do milheto. A presença de crotalária resultou em maiores teores de N e Ca, enquanto o milheto e as plantas espontâneas apresentaram maiores teores de potássio. O acúmulo de P e Mg foi influenciado pela produção de fitomassa, atingindo valores elevados com a presença da crotalária, ao passo que o acúmulo de N e de Ca resultou tanto dos maiores teores quanto da maior produção de fitomassa nos tratamentos com a leguminosa. A crotalária contribuiu, em associação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio, via

fixação biológica do nitrogênio, com 173 kg ha-1 de N (Perin et al., 2004).

Duarte Junior (2006) avaliando plantas de cobertura para sistema de plantio direto, em Campos dos Goytacazes, observou maior taxa de cobertura do solo proporcionada pela crotalária, em torno de 87% aos 35 dias após a emergência (DAE), sendo 15, 40 e 748% superior, respectivamente, ao feijão-de-porco, mucuna preta e vegetação espontânea. A crotalária

aos 92 DAE, produziu 17.852 kg ha-1 de matéria seca, 41, 78 e 407% superior a do

feijão-de-porco, da mucuna preta e da vegetação espontânea. Estas leguminosas avaliadas acumularam maior quantidade de N e Cu na fitomassa que a vegetação espontânea. A crotalária e o feijão-de-porco, em média, acumularam 66% a mais de P na parte aérea que a mucuna preta. A crotalária apresentou maior acúmulo de K, Mg, S, Zn e Fe que feijão-de-porco, mucuna e vegetação espontânea.

Reis et al. (2007) estudaram três sistemas de manejo (rolo-faca, triturador de palhas e herbicida) das espécies crotalária e mucuna-cinza. As análises dos valores obtidos permitiram verificar que o fator manejo não interfere na decomposição da massa seca das coberturas vegetais e que as duas culturas de cobertura apresentaram massas semelhantes aos 30; 70 e 125 dias após a semeadura, diferindo aos 97 dias, época na qual a crotalária apresentou maior quantidade de massa seca devido à escassez de chuvas e ao rápido crescimento inicial da crotalária. Aos 30; 51 e 71 dias após o manejo, as massas secas das culturas foram semelhantes.

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 2.2.1.2 Feijão-de-porco (Canavalia ensiformes)

O feijão-de-porco (Figura 2) é leguminosa anual ou bianual, de crescimento inicial lento, resistente a altas temperaturas, tolerante ao sombreamento parcial, entretanto, não suporta geada. São plantas muito resistentes à seca, rústicas, desenvolvendo-se bem em solos compactados e argilosos (Calegari, 1993).

Figura 2 – Feijão-de-porco

Entre os adubos verdes, o feijão-de-porco tem apresentado bom desempenho em consórcio com o milho, pois se adaptada à condição de luz difusa e explora profundidades e volumes de solo diferente das plantas de milho.

Heinrichs et al.(2005) avaliaram as espécies: mucuna anã (Mucuna deeringiana), guandu anão (Cajanus cajan), crotalária (Crotalaria spectabilis) e feijão-de-porco (Canavalia

ensiformis) em cultivo consorciado com o milho. O feijão-de-porco apresentou maior produção

de fitomassa e acúmulo de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Além de o feijão-de-porco apresentar melhor desenvolvimento e adaptação ao sistema proposto em relação aos demais tratamentos, constatou-se redução na ocorrência de plantas daninhas, causando possivelmente, um efeito supressor alelopático a estas plantas. Estes autores destacam a necessidade do desenvolvimento de máquinas agrícolas apropriadas à semeadura dessa cultura, dificultada pelo uso de máquinas convencionais, em virtude do acentuado tamanho de suas sementes. No primeiro ano de cultivo, o rendimento de grãos de milho não foi influenciado pelo cultivo consorciado com adubos verdes. No entanto, no segundo ano, o rendimento de milho foi

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 beneficiado pelo cultivo consorciado com de-porco. Comparando o tratamento com feijão-de-porco nos dois anos de cultivo, a média de rendimento de grãos de milho foi 23 % maior no segundo ano em relação ao primeiro cultivo. Possivelmente, o milho cultivado no segundo ano foi beneficiado pela maior disponibilidade de nutrientes, principalmente nitrogênio, proporcionada pela maior produção de fitomassa do adubo verde no ano anterior. Os autores salientaram que a consorciação de milho com feijão-de-porco não atrapalhou a colheita mecânica do milho, por ser o feijão-de-porco uma espécie de hábito de crescimento prostrado.

2.2.1.3 Mucuna

Entre as várias espécies de mucuna as principais são mucuna anã (Mucuna

deeringiana), mucuna cinza (Styzolobium cinereum) e mucuna preta (Styzolobium aterrimum)

(Figura 3). A mucuna preta é uma planta anual que vegeta bem nas regiões tropicais e subtropicais, necessita de climas quentes, de invernos suaves, sem ocorrência de geadas, sendo bastante resistentes à seca. Desenvolve tanto nos solos arenosos como nos argilosos e intermediários, podendo ainda tolerar solos ácidos, sombreamento, temperaturas elevadas e encharcamento por períodos curtos (Calegari, 1993). A mucuna anã possui hábito herbáceo-determinado com altura de 0,6 a 1,0 m. Cresce bem em solos tropicais e subtropicais apresentando, resistência à seca e pouco exigente quanto a fertilidade. É uma planta de razoável rusticidade que pode ser utilizada como adubação verde. Segundo Costa et al. (1993), pode ciclar

até 76 kg ha-1 de N e produz de matéria seca cerca de 2 a 4 Mg ha-1.

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 Scivittaro et al. (2000) observaram que o rendimento de grãos do milho obtido pela

utilização de mucuna preta associado a 100 kg ha-1 de N-uréia foi superior em 82% ao verificado

para a testemunha sem adubação verde e química. O mesmo resultado foi encontrado por Spagnollo et al. (2001), entretanto, em comparação ao tratamento testemunha, as leguminosas, dentre elas o feijão-de-porco, aumentaram o rendimento do milho de 17 a 93% (423 a 2.256 kg ha-1).

O rendimento da cultura do feijão dobrou com a utilização da adubação verde com a mucuna preta em relação ao tratamento em sucessão à cultura do milho (Arf et al., 1999). Outro estudo mostrou que as plantas de mucuna em cobertura do solo incrementaram em 32% a produtividade do feijão em comparação ao solo sem cobertura (Andreola et al., 2000).

Spognollo et al (2001) em análise econômica sobre a utilização de leguminosas na cultura do milho, concluíram que o cultivo de leguminosas para a cobertura do solo demonstrou-se uma alternativa viável para aumentar significativamente a receita líquida da cultura do milho. Além disso, constataram que as espécies capazes de se destacar em relação ao seu efeito nesta receita foram a mucuna cinza, o feijão-de-porco e o guandu anão.

2.2.2 Leguminosas arbóreas utilizadas como adubo verde

2.2.2.1 Guandu (Cajanus cajan)

O guandu ocupa mundialmente o 6o lugar mundial em importância alimentar dentre as

leguminosas, sendo usado extensivamente na Ásia para alimentação animal e humana (Figura 4). Para o produtor rural, o guandu proporciona baixos custos de produção, que refletem diretamente no lucro da atividade pecuária e melhorias na fertilidade do solo, decorrentes da habilidade que esta forrageira apresenta para a fixação simbiótica do nitrógeno (Rao et al., 2002).

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 Figura 4 – Guandu

Alvarenga et al. (1995), avaliando diferentes espécies de adubos verdes, observaram que o guandu destacou-se como a espécie de maior potencial para recuperação do solo, com maior produção de biomassa seca. Já Suzuki e Alves (2006) observaram uma menor produção de massa verde e matéria seca do guandu o que, segundo os autores, pode estar associada ao seu lento desenvolvimento, que possibilitou o surgimento de plantas daninhas, que competiram por água, luz e nutrientes. Porém, os autores ressaltam que a menor produção de matéria seca do guandu pode estar relacionada à densidade de semeadura, pois para se obter melhor rendimento de matéria seca, estes sugerem que seja semeado com espaçamento de 0,25 m entre linhas. Entretanto, Alcântara et al. (2000) verificaram alta capacidade do guandu na produção de

fitomassa seca. Estes autores obtiveram, respectivamente, 13.800 kg ha-1 no sudoeste do Paraná e

13.200 kg ha-1 em Lambari-MG de fitomassa seca com o guandu, comprovando a alta capacidade

de produção de massa seca.

O guandu tem se mostrado uma excelente leguminosa para inclusão em sistema de

cultivo em aléia, que pode produzir até 11.000 kg ha-1 de fitomassa seca, o que pode incorporar

ao sistema até 283 kg ha-1 de N e 23 kg ha-1 de P (Alves et al., 2004).

Salmi et al. (2006) avaliando a produção de fitomassa aérea, seus teores de N, P e K, e a dinâmica de liberação desses nutrientes, em seis genótipos de guandu, em sistema de cultivo em

aléias, observou a produtividade média de biomassa de 5,9 Mg ha-1; o acúmulo de N variou de

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 diferença estatística entre os genótipos avaliados. As curvas de liberação mostraram que, aos 56 dias aproximadamente 60% do N e 65% do P e do K, contidos na biomassa remanescente, haviam sido liberados para o solo. Todavia, considerando-se a elevada taxa de liberação do N, P e K das leguminosas, logo depois do seu manejo, é importante a busca de estratégias para maximizar o aproveitamento de nutrientes pelas culturas comerciais. Os resultados indicam que os seis genótipos avaliados foram igualmente eficientes em produzir biomassa e em liberar nutrientes de modo satisfatório, no primeiro ano de estudos. Estes destacam também, que aproximadamente 75% da fitomassa ainda restava sobre o solo, aos 30 dias depois da deposição. Isto acarretou ao sistema uma boa cobertura do solo. Essa proteção ao solo, nos primeiros 30 dias depois do corte, coincide com o período mais crítico, caso uma lavoura comercial seja implantada entre as faixas, diminuindo, assim, a competição com plantas daninhas e favorecendo a conservação da umidade do solo.

Queiroz (2006) avaliando, nos anos de 2003 a 2005, a produtividade de fitomassa da parte aérea de sete espécies de leguminosas (Albizia lebbeck, Peltophorum dubium, Leucaena

leucocephala, Cajanus cajan, Sesbania virgata, Mimosa caesalpiniaefolia e Gliricidia sepium) e

o acúmulo de N, P e K nestas leguminosas arbóreas em sistemas agroflorestais de aléias, bem como o efeito da adição de fósforo sobre as leguminosas,verificou tanto em experimento com adição de P, quanto sem aplicação de P, que a maior produtividade de fitomassa seca da parte

aérea foi obtida pelo guandu, respectivamente 5.371 kg ha-1 e 6.017 kg ha-1. O autor afirma que o

guandu é menos exigente em P que as demais leguminosas avaliadas, e que, possivelmente, possua associação com micorrizas bastante eficiente, uma vez que conseguiu manter elevada produtividade de fitomassa seca, em baixo conteúdo de P no solo, em comparação com as demais espécies. Suzuki e Alves (2006) verificaram valores de produção de massa verde para o

guandu de 32.708 kg ha-1. No entanto, Pirai (2004) menciona que a produção de massa verde de

feijão guandu anão, cultivar IAPAR 43 Aratã é de 20.000 a 30.000 kg ha-1.

Rao e Mathuva (2000) conseguiram com o cultivo intercalar de milho-guandu, 24% a mais na produtividade da cultura de milho do que no cultivo contínuo de milho solteiro.

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 Entretanto, no milho em rotação com guandu a produção foi equivalente ao milho solteiro em cultivo continuo.

Juo et al. (1995) observaram, em estudo de longa duração, que a produção de milho foi sustentável quando cultivado em aléias de leucena ou guandu. O guandu teve um alto valor de N (2,6%) nos resíduos que foram aplicados ao solo.

2.2.2.2 Leucena (Leucaena leucocephala)

A leucena é leguminosa perene, arbustiva, originaria do Peru (Figura 5). É pouco exigente em nutrientes e tolera solos ácidos. Seu uso como planta de elevado potencial forrageiro para regiões tropicais e semi-áridas tem sido relatado. Destaca-se sua capacidade de manter a folhagem verde, de alto valor nutritivo, graças a um sistema radicular capaz de explorar as reservas de águas nas camadas mais profundas do solo, o que lhe confere resistência à seca. Apresenta folhas com alto teor de nitrogênio e habilidade para resistir a sucessivas podas (Seiffert e Thiago, 1983). Segundo Barreto e Carvalho (1992), uso de leucena em consórcio com milho e feijão, além de proporcionar uma expressiva produção de forragem, pode ser uma alternativa viável para produção de lenha em pequenas propriedades do Nordeste Brasileiro.

Estes autores obtiveram 3.400 kg ha-1 de lenho seco de leucena plantadas no espaçamento de 2,5

m entre fileiras e uma planta por metro, consorciada com milho ou feijão.

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www.interscienceplace.org páginas 96-124 Pereira Filho et al. (2000), em Sete Lagoas-MG, empregaram a leucena como fonte de nitrogênio para o milho. Os resultados obtidos indicaram que a leucena proporcionou rendimento

médio de grãos de 5.373 kg ha-1 na ausência de nitrogênio, o que equivale a 178% do rendimento

obtido na ausência de nitrogênio e de leucena. A produtividade máxima de 5.849 kg ha-1, foi

obtida com 107 kg ha-1 de N na ausência da leucena. O mesmo rendimento foi verificado na

presença da leucena, adicionando-se apenas 23,5 kg ha-1 de N. A leucena, devido à reciclagem de

nutrientes, também aumentou os teores de Ca, Mg, K e matéria orgânica na faixa de solo analisada.

Também Heineman et al. (1997) obtiveram melhores produtividades com milho

consorciado com a leucena (3.300 kg ha-1) ou com a gliricídia (2.460 kg ha-1) que quando junto

com a sesbânia (1.800 kg ha-1).

De acordo com Vanlauwe et al. (1996), uma aplicação das folhas de leucena (6,25 Mg

de matéria fresca por hectare) fornece 78 kg ha-1 de N. Kang et al. (1990) reportaram aumento da

produção de grãos de milho de 13% com aplicação de folhas podadas da leucena, quando comparada com a do milho solteiro sem aplicação de fertilizantes. Estes autores não relatam se este aumento na produção levou em consideração a perda de área.

2.2.2.3 Gliricídia (Gliricidia sepium)

A gliricídia é leguminosa arbórea originária da América Central, amplamente difundida nos trópicos e apresenta uso múltiplo, podendo ser utilizada como quebra-vento, cerca-viva, forrageira, para produção de madeira e adubo verde e tem grande potencial para contribuir com a fertilidade de áreas degradadas, pois tolera solos ácidos e pobres, resiste a podas anuais, produz grande quantidade de biomassa e concentra relativamente mais nutrientes que outras leguminosas (Figura 6). Esta leguminosa tem sido utilizada em sistemas em aléias no semi-árido da Região Nordeste do Brasil por apresentar bom desenvolvimento em condições de estresse hídrico. A adubação verde de gliricídia, utilizada como cerca-viva em sistemas agroflorestais

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forneceu 5.500 Mg ha-1 ano-1 de matéria seca, aumentando a disponibilidade de nutrientes

principalmente de nitrogênio, potássio, fósforo e magnésio (Costa e Arruda, 2006).

Figura 6 - Gliricídia

Os aumentos na fertilidade do solo e na produção de milho são possíveis quando a gliricídia é cultivada em aléias. Estudos na África têm mostrado que a gliricídia pode produzir

acima de 5.400 kg ha-1 por ano de biomassa seca, no espaçamento de 4,5 m entre fileiras e 0,9 m

entre plantas (Maghembe e Prins, 1994).

2.2.2.4 Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth)

O sabiá é leguminosa arbórea, nativa da região semi-árida do Nordeste Brasileiro com grande potencial devido a sua resistência a estiagens prolongadas, seu rápido crescimento (Almeida et al., 1986), alto teor protéico, além da grande produção de serapilheira. Está se tornando uma espécie importante, pois pode servir para formação de cercas-vivas e quebra-ventos, uma vez que apresenta uma densa ramificação, possui espinhos, alem de seu potencial melífero e boa madeira. O sabia poderá ser utilizado pelos agricultores como madeira para cabo de ferramenta e para mourão, com alta durabilidade (Stamford et al., 1997). Stamford e Silva (2000), pesquisando o efeito da calagem e inoculação de sabiá em solo álico, observaram que o uso de calcário para cultivo dessa leguminosa é pouco necessário até mesmo em solos ácidos.

(18)

www.interscienceplace.org páginas 96-124 O material formador da serapilheira é constituído principalmente por folhas, representando, em média, 70,9% dos resíduos depositados anualmente e 65,8% da acumulada.

Segundo Ferreira et al. (2007) a deposição mensal da serapilheira foi estimada em 669,72 kg.ha

-1

, com mínima e máxima de 292,65 e 1.624,22 kg.ha-1, respectivamente, em junho de 2001 e

novembro de 2000. As diferentes épocas de máxima e mínima deposições de material formador de serapilheira observadas no sabiá são características que podem ser usadas estrategicamente para o processo de recuperação de solos. Estes autores demonstraram que ocorreu maior deposição da serapilheira ao início do período seco afirmando ser a sabiá uma espécie que perde

suas folhas com a escassez de água. A sabiá deposita 7.830 kg.ha-1. ano-1 de serapilheira com

acúmulo de 8.906 kg.ha-1 e predominância de folhas.

Resende et al. (1999) estudando a resposta de diversas espécies florestais nos estádios iniciais, fase de muda, e notaram que a espécie pioneira sabiá foi responsiva ao fornecimento de P indicando a necessidade do suprimento deste nutriente para o adequado desenvolvimento desta espécie.

2.2.2.5 Canafístula (Peltophorum dubium)

A canafístula é espécie nativa do Brasil, heliófita, com boa resistência ao frio, cresce adequadamente em solos pobres em N disponível, fato similar ao que ocorre com leguminosas arbóreas nodulíferas (Figura7). É considerada promissora por apresentar valor econômico comprovado, em função da qualidade da madeira. O seu crescimento é rápido sendo utilizada como espécie com aptidão à regeneração artificial. É também considerada uma espécie promissora para produção de madeira no Centro-Sul do Brasil (Carvalho, 1994). A semeadura direta de canafístula é uma alternativa para implantação da espécie, possibilitando transformar áreas de capoeiras em sistemas agroflorestais no futuro (Mattei e Rosenthal, 2002).

(19)

www.interscienceplace.org páginas 96-124 Figura 7 – Canafistula

Para Dias et al. (2007) a canafistula é uma espécie não-nodulífera considerada não fixadora de nitrogênio (FBN), mas isso não garante que não seja beneficiada ou mesmo que receba contribuição da fixação biológica de nitrogênio, o que explicaria seu bom crescimento e acúmulo de N mesmo em solos com baixos teores de N.

(20)

www.interscienceplace.org páginas 96-124 Com base nos dados apresentados, podemos concluir que a baixa produtividade de grãos no milho, tal como nas lavouras do Norte Fluminense, poderia ter sua produtividade elevada apenas com o uso de sistemas consorciados com leguminosas.

A leguminosa guandu pode ter melhor aceitação, pois pode colher seus grãos, amplamente apreciados na culinária local e com alto valor no mercado varejista na região Norte Fluminense nos anos quando se optar por não efetuar a poda. Porem não resiste por mais de dois anos com o manejo de podas drásticas.

(21)

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Imagem

Figura 1 - Crotalária
Figura 2 – Feijão-de-porco
Figura 3 – Mucuna anã e crotalária
Figura 5 - Leucena
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Referências

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