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A PRODUÇÃO DE VÍDEOS DE TERROR COMO AUXILIO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

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Nº 1, volume 12, artigo nº 2, Janeiro/Março 2017 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v12n1a2 Aceito: 01/ 09/2016 Publicado: 02/03/2017

ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 12 de 173

A PRODUÇÃO DE VÍDEOS DE TERROR COMO AUXILIO NO

PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA

PORTUGUESA

THE PRODUCTION OF HORROR VIDEOS AS AN AID IN

THE TEACHING AND LEARNING PROCESS OF

PORTUGUESE LANGUAGE

Fernanda Santos Curcio1, Francisco Ramos de Farias2

1Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Programa de Pós-Graduação em Memória Social, Mestranda em Memória Social pela Graduada em Serviço Social pela

Universidade Federal Fluminense. Bolsista do CNPq.

nanda_fsc@hotmail.com

2Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/Programa de Pós-Graduação em Memória Social da, Doutor e Mestre em Psicologia pela Fundação Getúlio Vargas. Professor

do Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Bolsista Produtividade PQ 2. Pesquisador da FAPERJ.

frfarias@uol.com.br

Resumo: O artigo apresenta resultados de uma investigação que identificou

vantagens e desafios da produção de vídeos de terror como auxilio no processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa com alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, de natureza aplicada, caracterizada como uma pesquisa ação, na qual os pesquisadores e os estudantes estiveram envolvidos de modo cooperativo e participativo. Dentre os resultados da investigação cabe destacar que as principais vantagens de se utilizar a produção de vídeos de terror no auxílio do processo de ensino aprendizagem nas aulas de Língua Portuguesa é a forma diferenciada da prática pedagógica dos conteúdos tradicionais da disciplina, onde o estudo de textos e a oralidade foram realizadas com uma dinâmica que garantiu o envolvimento de todos os alunos. Ademais, a produção de vídeos nas aulas dessa disciplina conseguiu contemplar

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 13 de 173 várias das questões do conteúdo programático estabelecido no Plano Político Pedagógico da escola, que representa a intencionalidade educativa. O projeto contribuiu notadamente para o uso das mídias digitais no ambiente educacional assim como para fomentar o trabalho em grupo e a socialização da turma. Dentre os desafios cabe destacar que os alunos demonstraram certa insegurança no uso de ferramentas informáticas. Aparentemente as mídias utilizadas de forma cotidiana pelos alunos não são percebidas por eles como possíveis espaços de aprendizagem. Pode-se inferir, portanto, que o fato do aluno ser nativo digital não é sinônimo de que ele saiba obter proveito das tecnologias digitais em pró da sua educação formal. Constatou-se, também, que o uso de recursos digitais ainda não está presente, de forma específica, no currículo, e que o laboratório de informática da escola onde foi realizada a investigação carece de infraestrutura básica, prejudicando a execução de projetos que exigem o uso intensivo de ferramentas computacionais.

Palavras-chave: vídeos de terror, língua portuguesa, mídias na educação.

Abstract: The article presents results of an investigation that identified advantages

and challenges of production of horror videos as an aid in teaching and learning of Portuguese Language with students from 9th grade of elementary school. It is a qualitative and descriptive study of applied nature, characterized as an action research, in which researchers and students were involved in a cooperative and participatory manner. Among research results it is worth noting that the main advantages of using the production of horror movies in aid of teaching and learning process in Portuguese Language classes is the differentiated pedagogical practice of traditional discipline content, where the study of texts and orality were performed with a dynamic which ensured the involvement of all students. In addition, video production in class contemplated a number of issues of the curriculum established in the school Pedagogical Political Plan, which is the educational intentionality. The project contributed to the use of digital media in the educational environment as well as to foster teamwork and socialization. Among the challenges it is worth noting that the students demonstrated some uncertainty in the use of computer tools. Apparently the media used everyday by the students are not perceived by them as possible learning spaces. It can be inferred, therefore, that the fact that the student be digital native is not synonymous that she knows how to use digital technologies for the benefit of her formal education. It was also found that the use of digital resources is not yet present, specifically in the curriculum and that the school computer lab where the research was carried out lacks basic infrastructure, damaging the execution of projects that require intensive use of computer tools.

Keywords: horror movies, portuguese language, media in education.

Introdução

O presente estudo estabelece uma reflexão acerca da influência das mídias digitais no ambiente educacional, abordando notadamente a produção de vídeos no processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 14 de 173 A reflexão torna-se justificável, quando se observa o papel fundamental que as mídias digitais assumem, atualmente, levando em consideração a realidade na qual estão inseridos os alunos no presente.

Libâneo (2004) destaca que é imprescindível que as escolas propiciem condições intelectuais à população, ampliando, sua capacidade crítica e reflexiva em relação à produção e à difusão do saber. Para o citado autor, a informação é necessária, mas por si só não leva ao saber; a informação é o caminho de acesso ao saber, seu instrumento de aquisição. Percebe-se que a habilidade de ler, escrever e dramatizar, acaba por implicar novas habilidades interligadas, tais como a observação, a percepção, a análise e a interpretação; e que a utilização das tecnologias de informação e comunicação (TIC) possibilita a transformação de meras informações em conhecimento.

Em contrapartida, a coautora deste trabalho observou que, nas aulas de Língua Portuguesa que ela ministra no 9º ano do Ensino Fundamental, os alunos proferem um especial interesse por textos do gênero terror, notadamente, contos do autor Edgar Allan Poe (POE, 2000).

Nesse contexto emerge a pergunta de pesquisa que norteia este trabalho: quais as vantagens e os desafios, na percepção dos alunos e dos pesquisadores envolvidos, de utilizar a produção de vídeos de terror no processo de ensino aprendizagem nas aulas de Língua Portuguesa no 9º ano do Ensino Fundamental?

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, (MINAYO, 2011), que trabalhou com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. No que diz respeito a sua natureza, trata-se de uma pesquisa aplicada, pois teve por finalidade suscitar conhecimentos para o aproveitamento na prática pedagógica, destinado à solução de problemas específicos (BARROS e LEHFELD, 2007). Quanto a seus objetivos, a pesquisa é considerada uma pesquisa descritiva (GIL, 2008) e quanto aos procedimentos, trata-se de uma pesquisa-ação, na qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estiveram envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 2008).

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 15 de 173 vantagens e os desafios de se utilizar a produção de vídeos de terror no auxílio do processo de ensino aprendizagem nas aulas de Língua Portuguesa no 9º ano do Ensino Fundamental. Para atingir esse objetivo foram traçados os objetivos específicos descritos a seguir:

a) Identificar como a produção de vídeos pode agregar conteúdo nas aulas de Língua Portuguesa;

b) Observar o envolvimento dos alunos no projeto de produção e edição de vídeos;

c) Estabelecer um contraponto entre o conteúdo programático da disciplina de Língua Portuguesa e a utilização de ferramentas digitais para gravação e edição de vídeos.

A pesquisa foi desenvolvida numa Escola Municipal de Ensino Fundamental, na cidade de Lindolfo Collor/RS, durante o mês de março de 2016, no âmbito da formação docente da coautora deste artigo em nível de pós-graduação em Mídias na Educação.

Segue uma síntese da sustentação teórica do trabalho, assim como os principais resultados que possibilitam desenhar respostas para a pergunta de pesquisa em tela.

Desenvolvimento

A produção de vídeos como ferramenta pedagógica

Estamos assistindo várias mudanças nas organizações sociais, políticas, econômicas, cientificas e culturais. Werthein (2000, p.1) opina que estamos adentrando na Sociedade da Informação, onde, segundo Lévy (2010), o saber é disperso no ciberespaço, que tende a tornar-se a principal infraestrutura de produção, transação e gerenciamento econômicos. Para esse autor, o ciberespaço:

[…] é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço. (LÉVY, 2010, p.17).

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 16 de 173 pela diminuição dos espaços e conquista do tempo. A velocidade com que ocorre a relação com o tempo, implica em uma nova relação com a informação e o conhecimento. A quantidade de informações que recebemos e produzimos não pode ser considerada conhecimento, que depende de processos de reflexão e ponderação; e isso ocorre justamente pela desaceleração, onde as novas tecnologias podem desempenhar um rol importante. O espaço escolar é extremamente sensível a essas mudanças e, nesse sentido, Porto (2012) comenta que embora as novas gerações sejam criadas em ambientes onde a tecnologias é utilizada de forma intensiva, as escolas continuam adotando uma postura tradicional, reticentes para integrar em seu contexto as novas tecnologias que são dominadas pelo som e pela imagem.

Kerckhove (2009) chama a atenção para o fato de que, desde a era da televisão, ou melhor, das tecnologias de vídeo, o mundo vem passando por uma acelerada transformação no que tange às relações entre informação, conhecimento e aprendizagem. Nesse contexto, o Ministério da Educação criou em 1997 o Programa Nacional de Informática na Educação, Proinfo, partindo do pressuposto que é:

[…] vital para a sociedade brasileira que a maioria dos indivíduos saiba operar com as novas tecnologias da informação e valer-se destas para resolver problemas, tomar iniciativas e se comunicar. Uma boa forma de se conseguir isto, é usar o computador como prótese da inteligência e ferramenta de investigação, comunicação, construção, representação, verificação, análise, divulgação e produção do conhecimento. E o locus ideal para deflagrar um processo dessa natureza é o sistema educacional (BRASIL, 1997, p.2)

Para Kerckhove (2009, p.52), “os computadores criaram uma nova forma de cognição intermediaria, uma ponte de interação continuada, um corpus collosum, entre o mundo exterior e os nossos eus interiores”. O corpo como um todo está implicado nesse processo: nossa percepção está no nível da pele. Constata-se, portanto, uma nova relação entre docência e aprendizagem que exige de capacitação docente.

Pede-se, então, o repensar da educação. Percebe-se que não é mais somente o tempo que o aluno permanece sentado ouvindo o professor na escola que vai determinar sua aprendizagem. E, também, que não importa mais possuir um grande acervo de conhecimentos, mas sim, a capacidade de geri-los. Nesse sentido

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 17 de 173 Lévy comenta:

A mediação digital remodela certas atividades cognitivas fundamentais que envolvem a linguagem, a sensibilidade, o conhecimento e a imaginação inventiva. A escrita, a leitura, a escuta, o jogo e a composição musical, a visão e a elaboração das imagens, a concepção, a perícia, o ensino e o aprendizado, reestruturados por dispositivos técnicos inéditos, estão ingressando em novas configurações sociais. (LÉVY, 2007, p.17).

O grande desafio de reinventar a educação passa por uma redefinição do papel do professor. Ao contrário do papel de transmissor e difusor do conhecimento, o que se impõe hoje é a necessidade de pensar a docência como a mediadora de processos cognitivos. Perceber que o conhecimento é cada vez mais uma construção de rede e que ter um papel nessa rede implica em trocas e interdependência é fundamental para a formação do cidadão no mundo atual. Em um mundo de circulação acelerada de informações, a escola tem o papel de capacitar o aluno para o desenvolvimento de estratégias de filtragens da informação e habilidade para produzir conhecimento. Mas, Sampaio e Leite (2004) alertam da necessidade de desenvolver uma nova pedagogia, pois “as tecnologias e sua linguagem, ao mesmo tempo, requerem e propiciam um modelo didático diferente, de caráter participativo, ativo, contextualizado, interativo, interdisciplinar, em que seja permitido e necessário construir” (SAMPAIO e LEITE, 2004, p.60)

Existe, de fato, um grande intercâmbio de saberes entre o mundo real e o mundo virtual, mas, conforme comenta Lévy (2010), a questão presente na cybercultura não tem como foco a virtualização do espaço educativo, mas sim a transição de um formato de educação e de uma junção especialmente institucionalizada, criando essa troca de saberes. Nesse cenário, a conexão que se torna possível, por meio da internet, é algo extremamente promissor, já que, para Freire (2013), os homens aprendem em comunidade e, segundo Vygotsky (2015), na troca entre as pessoas que são cognitivamente superiores com as inferiores, o desenvolvimento do pensamento é mais propício.

Com a popularização da rede mundial de computadores, internet, o surgimento de novas formas de propagação de informações e de produção de conhecimento tornou-se ainda mais relevante. A Web 2.0 (O’REILLY, 2005, p.3) trouxe consigo o sentido da colaboração, o que ocasionou a democratização da produção de conteúdo para a rede, quando se pode não somente pesquisar, mas ser coautor do que nela é publicado, construindo o que Lévy (2007) denomina de

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 18 de 173 “inteligência coletiva”.

Nesse sentido, a Web 2.0 apresenta-se de forma interativa e dinâmica, possibilitando a publicação e edição de conteúdos por todos os usuários da rede, utilizando aplicativos destinados às redes sociais. O termo 2.0 faz alusão à ruptura na maneira com que a internet passou a interagir com usuários e desenvolvedores, ou seja, uma evolução da Web anterior, supostamente de nível 1.0.

No âmbito da Web 2.0, uma das redes sociais que se destaca é o YouTube, que além de permitir assistir os vídeos ali armazenados e fazer comentários a seu respeito, também possibilita que os usuários postem vídeos da sua autoria, apresentando, segundo Mattar (2009, p.4), “inúmeros recursos que [...] podem ser utilizados com muito sucesso em educação”.

Efetivamente, a gravação de vídeos, onde os atores são os próprios alunos, tem sido um recurso utilizado com sucesso no processo de ensino e aprendizagem. Orofino (2005) apresenta o exemplo executado em uma escola localizada na periferia de Florianópolis que recebe alunos carentes. Segundo a autora, o projeto foi desenvolvido com a finalidade de gravar um vídeo de autoria dos próprios alunos, que teve como tema central a sexualidade e atitudes preventivas com relação à transmissão da AIDS. No final, após a elaboração e apresentação do vídeo editado, a turma demonstrou satisfação e reconhecimento pelo trabalho realizado. A citada autora destaca a participação e empenho que tiveram os alunos, tanto para a organização das questões prévias à encenação e o comprometimento dos atores envolvidos diretamente com as filmagens, bem como com os coadjuvantes e demais alunos que auxiliaram na preparação dos ambientes de filmagem.

Quanto à questão da utilização dos contos de terror com adolescentes, a experiência da professora Raposo (2009), ao fazer uso de contos de terror na disciplina de Língua Portuguesa com alunos do sétimo ano, garantiu a ela o Prêmio Victor Civita - Professor Nota 10, em 2009. A citada autora afirma que o gênero de terror atrai os alunos de sétimo ano, mas que para trabalhar com ele é preciso desvendar alguns pontos específicos do gênero, utilizando pesquisa, seleção de textos, bancos de ideias e de palavras. Na experiência de Raposo (2009), os alunos apreciaram os conceitos do gênero terror e chegaram à produção de narrativas, a qual teve várias etapas até a finalização do texto. Ao escolher o gênero terror a

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 19 de 173 autora esclarece que o gênero “terror também tem outras marcas que o distinguem [...] costurando ações, personagens e ambientes, os autores transportam o leitor para o que pode ser chamado de transgressão”.

A escolha do gênero terror se justifica pela forma instigante que confere a sua interpretação. Segundo Prieto (2016)

No mundo da ciência e da tecnologia é comum pensarmos que tudo está sob controle, porém muitas vezes a vida é impiedosa e o acaso faz nos lembrar de nossa condição humana. [...] O conto de mistério [e de terror], injustamente mal visto, pode ser considerado como uma das mais democráticas formas de literatura (PRIETO, 2016).

Segundo a citada autora, existem inúmeras vantagens em se utilizar os contos de terror no ambiente escolar, como: a exploração dos advérbios que fazem parte desse tipo de narrativa (repentinamente, subitamente, entre outros), onde por meio de sua acentuação durante a leitura, percebe-se a quebra do tempo rotineiro. O relato pessoal também é uma forte característica do texto escrito no gênero terror, com um “tom de confissão”, os adjetivos e os verbos utilizados na narrativa também são imprescindíveis para a interpretação do texto. Uma pausa na narrativa é sempre um sinal do suspense que a mesma atribui aos fatos, onde “vozes aflitas” na descrição dos mesmos, pedem auxilio e companhia (PRIETO, 2016).

Os relatos das experiências apresentados pelas professoras Raposo e Prieto, possibilitam perceber as vantagens do uso gênero de terror entre os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental, pois, além de estarem construindo a sua identidade, nessa faixa etária, estão sempre dispostos a apreciar novas e empolgantes aventuras, ainda mais quando trabalhadas por meio de ferramentas digitais.

Dinâmica das atividades da pesquisa

Como foi antecipado, o projeto foi desenvolvido numa Escola Municipal da cidade de Lindolfo Collor/RS, notadamente, junto às turmas A e B do 9º ano do Ensino Fundamental, com 12 e 13 alunos respectivamente; procurando identificar as vantagens e os desafios na utilização da produção de vídeos de terror no processo de ensino aprendizagem nas aulas de Língua Portuguesa. Nesse sentido, foi escolhido um conto do autor Edgar Alan Poe (POE, 2000) para cada turma, que posteriormente deveria ser encenado e gravado em vídeo pelos alunos.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 20 de 173 Apresenta-se a seguir a dinâmica das atividades realizadas junto a turma B utilizando o conto “O gato preto”, sendo que a mesma dinâmica foi realizada com a turma A, porém abordando o conto “O escaravelho de ouro” (POE, 2000).

Inicialmente, a professora apresentou aos alunos a biografia do escritor Edgar Alan Poe, por meio da exibição de slides, relatando aspectos da vida e da obra do autor. Na sequência, foi entregue aos alunos uma cópia do conto “O gato preto” e cada aluno leu uma parte do conto para apreciação do grupo.

Em seguida, foi apresentada aos alunos uma atividade intitulada “Roteiro de leitura”, com vinte questões acerca do conto, as quais os alunos tiveram que responder. O objetivo da atividade consistiu em uma maior aproximação do aluno com o texto sendo estudado.

Depois foi feita a descrição de cenas do conto, de forma coletiva e, na sequência, a divisão das personagens, bem como a listagem do material necessário para as filmagens, figurino e adereços, indispensáveis para a produção do vídeo.

Quanto à divisão das personagens, a mesma foi feita de forma voluntária. Assim, os alunos que possuíam mais interesse em participar atuando como personagens, ou que se sentiam mais a vontade para tanto, puderam se manifestar. Na turma A, seis alunos atuaram e os demais auxiliaram na preparação dos cenários, na filmagem, no figurino, bem como na organização em geral e na edição final do vídeo. Já na turma B, foram três os alunos que aturam como personagens; os demais auxiliaram em todas as outras etapas.

Por fim, foram feitos os primeiros ensaios da encenação/dramatização do conto. O espaço onde ocorreram os ensaios e as filmagens foi um centro de retiros próximo a escola, cuja utilização foi agendada previamente. Toda a filmagem ocorreu em uma manhã para cada turma. As câmaras digitais utilizadas foram disponibilizadas pela professora e pela escola.

Os figurinos e os adereços necessários para a produção do vídeo foram elencados de forma conjunta, previamente em uma aula, e solicitados conforme a possibilidade de cada um. Contudo, os figurinos ficaram a cargo, principalmente, dos próprios atores. A maquiagem e o cuidado com a aparência dos atores ficaram sob incumbência de uma aluna, que se ofereceu para trazer o material necessário para a maquiagem das personagens. Quanto à iluminação, a mesma de deu de forma

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 21 de 173 natural, ou seja, foi utilizada luz solar.

Concluídas as filmagens iniciou-se o processo de edição dos vídeos. Os notebooks utilizados no processo de edição foram o da professora e também de alguns alunos que trouxeram os mesmos para a aula, pois a situação do laboratório de informática da escola era precária. Os softwares utilizados foram o Movie Maker para edição do vídeo e o Audacity para edição de áudio.

A edição dos vídeos foi feita na escola. O trabalho de edição foi realizado primeiro com a turma B e depois com a turma A. Nesse processo cada vídeo foi dividido em três partes e após a edição foi feita a junção das mesmas. A edição ocorreu de forma coletiva. A tela do notebook da professora foi projetada, por meio do projetor móvel disponibilizado pela escola, para que todos os alunos pudessem acompanhar e contribuir no processo de edição dos vídeos.

Durante a execução do projeto aconteceram três rodas de conversa junto aos alunos de cada turma, ocasiões nas quais os depoimentos dos participantes foram devidamente anotados no diário de bordo da professora.

A primeira roda de conversa se deu quando da apresentação do autor e do conto. A segunda roda de conversa ocorreu quando da distribuição dos papéis e da organização do vídeo antes de sua filmagem. A última, e mais produtiva roda de conversa, se deu depois que as turmas assistiram aos vídeos finalizados. Nessa ocasião foram reunidas as duas turmas, A e B, para um bate papo, que deu origem a diversos contrapontos estabelecidos pelos próprios alunos.

Por fim, os vídeos O escaravelho de ouro1 e O gato preto2 foram postados na Internet, no YouTube.

Resultados

Durante os trabalhos foram registrados o engajamento e o envolvimento dos alunos no projeto, desde a leitura e compreensão do texto até a finalização do vídeo, merecendo destaque a questão de se firmar um contraponto entre conteúdo programático da disciplina de Língua Portuguesa e a utilização das ferramentas digitais. Contraponto no sentido de se obter pontos de vista distintos acerca da utilização de mídias no ambiente educacional.

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Disponível em: www.youtube.com/watch?v=w5ljqX4U0g8 2

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 22 de 173 Constatou-se que trabalhar questões interpretativas acerca da leitura do conto facilitaram a compreensão do texto, possibilitando um melhor entendimento do mesmo por parte dos alunos, que precisaram envolver-se na atividade de forma ativa para as gravações dos vídeos.

Quando interrogados a respeito das vantagens de utilizar a gravação de um vídeo para a aula de Língua Portuguesa, o aluno A13 comentou que "será uma aula diferente, fora das quatro paredes da sala de aula". Ao mesmo respeito, a aluna A2 corroborou dizendo que "poderemos usar câmeras digitais e ainda fazer algo diferente de copiar conteúdo, fazer atividades e, após, avaliação". Já a aluna A3 comentou que “será a melhor aula do trimestre”.

Entretanto, poucos alunos declararam ter utilizado gravação de vídeos em outras disciplinas. A esse respeito, a aluna A4 comentou: "é a primeira vez que, aqui na escola, temos um projeto que saímos da escola e ao mesmo tempo um envolvimento tão direto, onde poderemos ser protagonistas diretos da atividade"

Nesse sentido é perceptível que os alunos anseiam por atividades de ensino e aprendizagem que vão de encontro ao contexto em que se encontram inseridos. Ainda, após a finalização do projeto, os alunos foram questionados quanto a percepção que tiveram do projeto, se perceberam que o mesmo agregou conteúdo à disciplina de Língua Portuguesa.

O aluno B1 afirmou que: “é muito melhor trabalhar um conto clássico, como O

gato preto, de uma forma mais dinâmica [...] acredito que conseguimos compreender

muito mais o conto dessa forma”. Já a aluna B2 argumentou que “a aula de português se tornou muito mais agradável, pois não ficamos apenas na leitura e escrita, fomos além”. Contudo o aluno B3 salientou que faltou um maior envolvimento do aluno na parte de edição de vídeo. O que demonstra um dos contrapontos observados na execução do projeto, ou seja, a falta de investimentos na área de mídias nos espaços educacionais públicos.

A aluna A6 observou que quando lhe foi apresentando um autor tão antigo quanto Edgar Allan Poe, pensou que seria um texto chato, porém, após a encenação pode estabelecer algumas questões que mesmo vindas de um texto tão antigo, podem fazer sentido em nossas vidas cotidianas. Assim, a aula de português pode

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 23 de 173 atrair a atenção do aluno por meio de dinâmicas que fogem da gramática, do livro didático e do trabalho centrado dentro da sala de aula, entre quatro paredes.

O aluno B4 enfatizou a utilização de ferramentas digitais na aula de português, ressaltando a importância do uso de mídias que algumas vezes são privados de utilizar na escola, como o celular e a própria câmera digital. O aluno B1 acrescentou que projetos como esse deveriam ser construídos em mais disciplinas e por mais professores que costumam apenas utilizar o livro didático para leitura e exercícios quase que prontos, e após uma avaliação, e assim sucessivamente, tornando a aula monótona e sem graça. O aluno A5 acrescentou: "gostaria de ter mais atividades assim".

Os resultados da investigação evidenciam que o uso das ferramentas digitais de gravação de vídeos conseguiu provocar um maior envolvimento do aluno com o conteúdo escolar da disciplina Língua Portuguesa. Nesse sentido, os resultados corroboram as ideias de Moran (1995, p. 27) de que o vídeo mexe com o corpo, ajuda o estudante a experimentar sensorialmente o outro, o mundo e a ele mesmo, combinando a comunicação sensorial sinestésica, com a audiovisual a intuição com a lógica, a emoção com a razão.

Observando os resultados da pesquisa coincidimos com Burlamaque (2005), quando a autora afirma que a escola, na figura dos professores, tem a função de resgatar a dimensão lúdica da leitura por meio dos mais variados gêneros textuais e também dos suportes multimídias, habilitando-se a promover a leitura desde a criação ou dinamização das bibliotecas escolares até o uso de atividades em sala de aula, e que isso oportuniza aos alunos vivenciar diferentes histórias e emoções, permitindo-lhes, assim, uma visão mais crítica do mundo. Os resultados da investigação oferecem evidências que possibilitam ampliar o escopo da afirmação da citada autora para outros elementos abordados pela disciplina Língua Portuguesa, sem ficar restritos apenas à leitura.

As vantagens da utilização do vídeo para o ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa se dão também pela intimidade que alguns alunos demonstram ter com as ferramentas digitais, bem como por serem nativos digitais (PRENSKY, 2001), assim é quase que impossível deixar de conciliar as ferramentas digitais com os conteúdos programáticos da disciplina.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 24 de 173 Contudo, a falta de investimentos e a situação precária dos recursos midiáticos nas escolas públicas, em especial na escola onde foi realizada a pesquisa, acabam por tirar grande parte do brilho do projeto, pois um dos objetivos principais seria a utilização de programas para edição de vídeos de forma coletiva, ou seja, todos estarem interligados e poderem trabalhar e editar de forma conjunta a finalização do projeto.

Nesse sentido, a realidade encontrada no ambiente educacional é um grande contraponto quando nos deparamos com o que se encontra estabelecido nas diretrizes do Proinfo (1997), quando afirma que “é vital para a sociedade brasileira que a maioria dos indivíduos saiba operar com as novas tecnologias da informação e valer-se destas para resolver problemas, tomar iniciativas e se comunicar”. Os contrapontos acerca do que apresenta o texto Proinfo e a realidade são gigantescos, pois ao mesmo tempo em que o aluno tem o direto ao uso das ferramentas digitais é também limitado o seu uso no ambiente mais propício: a escola.

Conclusões e considerações finais

Analisando a pesquisa como um todo, pode-se perceber que os resultados da mesma conseguem ter relevante significação na disciplina de Língua Portuguesa, combinando o estudo de um importante autor da Literatura Ocidental, Edgar Allan Poe, com questões acerca da análise, interpretação e compreensão de narrativas, mediante a produção de vídeos por parte dos alunos.

O modo de se trabalhar o estudo de texto e a oralidade de forma mais dinâmica, mediante filmagens, fez com que se conseguisse atingir um número maior de alunos, ou ainda todos. Comprovou-se que o envolvimento dos alunos em projetos que fogem da naturalidade da sala de aula é notório, e que participar em atividades diferenciadas, utilizando ferramentas digitais, é algo motivador para eles e para o professor, visto que é grande a participação e o empenho de todos.

Constatou-se, porém, que embora as mídias da Web são habitualmente utilizadas por alunos com intenções diversas, nem sempre são percebidas por eles como espaços de aprendizagem. Para compreendê-las como espaço cultural, de comunicação e de aprendizagem é preciso elencar os atributos cognitivos desse modelo de leitor estudado por Santaella (2004 p. 34) que analisa a partir das

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 25 de 173 transformações sensórias, perceptivas e cognitivas para chegar a um novo tipo de sensibilidade corporal, física e mental.

A utilização de ferramentas digitais nas aulas de Língua Portuguesa, em especial a produção de vídeos, conseguiu contemplar várias questões acerca do conteúdo programático da disciplina, estabelecido no Projeto Político Pedagógico da escola onde a pesquisa foi realizada, que representa a intencionalidade educativa. Uma vez que a filosofia da escola, segundo o citado Projeto, é que esta deve buscar vivenciar uma educação que envolva os aspectos físicos, emocionais, espirituais, intelectuais, éticos e estéticos, partindo da realidade do aluno, possibilitando a construção de um cidadão, sujeito da sua história, transformador da sociedade em que vive, através de uma concepção epistemológica sócio interacionista.

Foi constatado que a pesquisa também contribuiu para a socialização da turma, levando em consideração que a mesma se deu no início do ano letivo, quando, muitas vezes, se faz necessárias atividades e dinâmicas de integração dos alunos.

Um dos desafios enfrentados durante a pesquisa se deu na sua finalização, pois ao ser desenvolvida, a edição dos vídeos deveria ser feita no laboratório de informática da escola, onde cada aluno deveria ter acesso a um computador e todos estivessem interligados em rede. Porém, atualmente, a escola, em seu laboratório de informática, conta com 23 computadores, dos quais apenas um está em funcionamento. Cabe destacar que a escola possui aproximadamente 500 alunos em seu quadro de estudantes.

Isto remete a falta de investimentos na área tecnológica dentro das instituições públicas de ensino, corroborado por Cortês (2009, p.18), quando enfatiza que “não podemos mais adiar o encontro com as tecnologias”, os alunos anseiam por utilizar ferramentas que são de seu cotidiano, porquanto “já falam outra língua, pois desenvolveram competências explicitadas para conviver com eles.”. A escola precisa ser protagonista desse novo modelo de comunicação e propagação de informação, até porque, com alguns usos indevidos dos recursos digitais, novamente a escola poderá suprir esse contraponto, mostrando a utilização saudável da internet, para pesquisa, comunicação, troca e propagação do conhecimento.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 26 de 173 demonstraram saber manusear a câmera digital, mas poucos queriam se comprometer com a filmagem, isso mostra um tanto de insegurança que o jovem tem frente as novas tecnologias digitais. Mesmo sendo um nativo digital (PRENSKY, 2001), ele apenas tem domínio no momento de usar a ferramenta para entretenimento, redes sociais, jogos, porém quando é colocado a prova de fazer algo em benefício do processo de aprendizagem, demonstra um grau de insegurança. Pode-se inferir, portanto, que o fato do aluno ser nativo digital não é sinônimo de que ele saiba obter proveito das tecnologias digitais em pró da sua educação formal.

Outro desafio perceptível durante a pesquisa foi a sua inclusão dentro do conteúdo programático de Língua Portuguesa, pois o mesmo ainda contempla muitas questões do currículo no que se refere a gramática e a linguística, porém deixa algumas lacunas acerca do uso das ferramentas digitais no âmbito educacional. Para contemplar o preenchimento do caderno trimestral de classe das turmas de 9º anos, foi necessária uma adaptação, tanto nas nomenclaturas, quanto na distribuição do projeto dentro do conteúdo preestabelecido para o trimestre. Contudo, a flexibilização foi bem aceita pela coordenação pedagógica da escola, que percebeu que a pesquisa agregou em muito, questões de estudo de conto, oralidade, trabalho em grupo e utilização de tecnologias audiovisuais.

Percebe-se que com o uso das citadas tecnologias, surge um novo paradigma, estabelecendo novas práticas e exigindo um novo perfil de educador. Esse novo paradigma exige que o docente seja audacioso, que tenha um olhar de pesquisador e que esteja aferindo incansavelmente a sua prática, pois a agilidade da alteração tecnológica deve ser seguida por uma ação educativa que proporcione a real visão e percepção de mundo ao aluno.

Para finalizar, cabe lembrar que as conclusões aqui apresentadas se baseiam nos resultados obtidos na investigação que contemplou duas turmas de alunos do 9º ano da mesma escola. Recomenda-se realizar pesquisa de igual teor em outras escolas e em outras turmas para possibilitar a comparação dos resultados e assim avançar no desenvolvimento cientifico na área.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 27 de 173

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