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HIGIENE DOS ALIMENTOS

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Academic year: 2022

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HIGIENE DOS ALIMENTOS

4. Os microrganismos e a conservação dos alimentos

Objectivos

• Conhecer os métodos de que a indústria alimentar moderna dispõem para evitar a deterioração

microbiana dos produtos

• Compreender, com base numa perspectiva histórica, a evolução dos métodos empregues para conservar os alimentos

• Compreender as bases teóricas subjacentes aos métodos de processamento estudados

• Conhecer as vantagens e desvantagens de cada método de conservação

• Avaliar criticamente os efeitos a longo prazo das técnicas de conservação actualmente empregues

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Conteúdos

4.1. Processamento térmico

4.2. Armazenagem a baixas temperaturas

4.2.1. Refrigeração 4.2.2. Congelação

4.3. Conservantes

4.3.1. ácidos orgânicos e ésteres 4.3.2. Nitrito

4.3.3. Dióxido de enxofre 4.4.4. Conservantes “naturais”

4.4. Modificação da atmosfera de embalagem 4.5. Controlo da actividade da água

4.6. Compartimentação

4.1. Processamento térmico

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Processamento térmico. História

•Nicolas Appert, 1810 – descoberta do calor como agente conservante dos alimentos

•Pasteur – mecanismo de acção do calor:

inactivação de microrganismos causadores de putrefacção

4.1. Processamento térmico. História

•Primeira patente para o uso de latas – Reino Unido, 1810

•Primeira fábrica de enlatados – Londres, 1812

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Tipos de processamento térmico

• Apertização

• Pasteurização

• Processamento UHT

Pasteurização

• Tipicamente, 60 – 80ºC por alguns min

• Objectivos:

–Eliminação de microrganismos patogénicos

Imposição legal em produtos de elevado risco

Melhora a sua segurança (leite, ovos líquidos, misturas para gelados)

Também pode destruir deteriorantes

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Pasteurização

–Prolongamento da vida de prateleira

»Principal objectivo da pasteurização de produtos ácidos (sumos, cerveja, pickles, molhos)

»Contributo bastante pequeno se o alimento não tiver outros factores que contribuam para a inactivação dos mos (acidez, aw)

»Esporulados, Gram-positivos não esporulados (Enterococcus, Microbacterium, Arthrobacter) conseguem sobreviver e deteriorar à temp.

ambiente

»Necessidade de refrigerar o produto

Apertização

• processos em que os únicos organismos que sobrevivem ao processamento não são patogénicos e não conseguem

desenvolver-se no produto nas

condições normais de armazenagem

• produtos apertizados têm vidas de

prateleira longas, mesmo armazenados à

temperatura ambiente

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Apertização

• Apertização = esterilização comercial

• Preferível apertização – esterilização implica ausência total de mos

• alimento apertizado não é necessariamente estéril - poderá não estar completamente isento de mos viáveis

• num alimento enlatado, num clima temperado, não faz mal terem sobrevivido alguns esporos viáveis dum termófilo – não conseguirão

desenvolver-se à temperatura ambiente

Quantificação da morte térmica dos microrganismos

• Morte microbiana pelo calor – processo de primeira ordem:

• a uma dada temperatura letal, a taxa de morte depende do número de células viáveis

presentes

dN/dt = – cN (40)

dN/dt - taxa de morte

N -número de células viáveis presentes c -constante de proporcionalidade

• sinal negativo - N diminui

(7)

7

Quantificação da morte térmica dos microrganismos

• Para obter informação sobre o número de células que sobrevivem após

diferentes períodos de aquecimento, pode integrar-se (40) entre o tempo zero e o tempo t:

log

e

(N/N

0

) = –ct (41)

N eN0-números de células viáveis presentes, respectivamente, nos tempos t e 0

Quantificação da morte térmica dos microrganismos

• É mais simples usar logaritmos de base 10:

log

10

(N/N

0

) = –kt (42)

K = c/loge

10 = c/2,303

(8)

8 Representação gráfica de

log10(N/N0) = –kt

Representação gráfica de log

10

(

N

/

N0

) = –

kt

- valor

D

• medida da resistência térmica dum microrganismo

• útil para determinar a letalidade do processo térmico

• valor D = tempo de redução decimal

• = tempo necessário, a uma dada temperatura, para que a população sobrevivente sofra uma redução de um ciclo logarítmico, isto é, de 90%

• temperatura indica-se como índice, por ex., D65

(9)

9

Cáculo de D

• Inverso do declive (1/k)

• D = (t2 – t1)/(log N1 – log N2) (43)

N1e N

2 - números de sobreviventes ao fim de t

1e t

2, respectivamente

• não é possível prever com certeza absoluta o número de reduções decimais que um

processo térmico deverá atingir para que um produto fique estéril (a sua letalidade) – log N2 é uma impossibilidade matemática quando N2 = 0

Cáculo de D

• população microbiana inicial = 10

n

• Aplica-se um processo térmico que produz n reduções decimais (nD)

• haverá um microrganismo sobrevivente

no produto (log 1=0)

(10)

10

Cáculo de D

• Se aplicarmos um processo térmico mais intenso:

• Ex: (n+1)D, (n+2)D ou (n+4)D

• número de sobreviventes será 10-1, 10-2, ou 10-4

• Do ponto de vista físico, não faz sentido dizer que sobreviveu uma fracção dum

microrganismo

• Probabilidade de sobrevivência: de 1:10, de 1:100 ou de 1:10 000 de um só microrganismo sobreviver ao processo térmico

Exemplo:

• Salmonella Seftenberg 775W (+ termo- resistente)

• valor D72 em leite de 1,5 s

• pasteurização HTST (15 s a 72ºC) irá originar uma redução de 10D no número de viáveis

• se incidência no leite cru = 1 ufc/l, após a pasteurização terá reduzido para 10-10 ufc l-1, ou seja, para (1 ufc 1010 l)-1

• estando o leite embalado em pacotes de 1

litro, um pacote em cada 10 biliões (1010) teria salmonela

Referências

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