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Fé, encanto e misticismo

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Academic year: 2022

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Fortaleza - Ceará,Quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Fotos: sérgio Carvalho/divulgação

Fotos de sérgio Carvalho que compõem a publicação

“santo sertão” (2021), um mergulho na religiosidade

www.opovo.com.br/vidaearte vidaearte@opovo.com.br | 3255 61 37

Fé, encanto e misticismo

Fotografia é conhecer,

reconhecer e dar importância às pessoas que você fotografou”

sérgio Carvalho Fotógrafo

“Em todos os anos / Setembro e Novembro / Vou ao Juazeiro / Alegre e contente / Cantando na frente / Sou mais um romei- ro / Vou ver meu Padim”. Como entoa Luiz Gonzaga na canção

“Viva Meu Padim”, os peregrinos que chegam até o topo da Colina do Horto, no município de Jua- zeiro do Norte, no Ceará, são re- cebidos pela imagem de Padre Cícero. Os percursos dos devo- tos são celebrados e retratados no livro “Santo Sertão”, do fotó- grafo Sérgio Carvalho, que será lançado virtualmente amanhã, 30, no canal da Imagem Brasil Galeria no Youtube.

A primeira vez que Sérgio acompanhou profissionalmen- te uma romaria - grande fenô- meno da religiosidade brasilei- ra - mobilizada pela figura do

“Padim” foi na produção de um projeto sobre trabalho infan- til no País. A concentração de cultura por trás das peregri- nações, todavia, surpreendeu o fotógrafo. Ele decidiu se de- dicar a estes eventos durante 10 anos, entre 2007 e 2017, para mergulhar no tema e no leque de simbolismos e sentidos pre- sentes no imagético místico dessas expressões sociais.

“Até decidir o que fotografar é um processo bem lento, mi- nucioso, sem pressa, porque é uma explosão de imagens. Você tem que absorver, para depois ir filtrando o que você vai ver com os seus olhos, qual a vi- sualidade você quer dar da ro- maria”, descreve Sérgio. Como

| fotografia | Livro “Santo Sertão”

explora a religiosidade sertaneja envolvida nas romarias de Juazeiro do Norte, no Ceará

selecionar, então, aspectos de uma manifestação tão massi- va? O fotógrafo decidiu ir além do mito em torno do líder reli- gioso Padre Cícero e focar nos romeiros, aqueles que viajam na intenção de cumprir pro- messas ou agradecer às bên- çãos alcançadas. “Precisa dar uma segurada nas emoções, ficar impregnado daquela si- tuação toda das romarias, da fé, para depois trilhar o seu trajeto. O romeiro e o caminho são os personagens”, evidencia.

Com o propósito de expres- sar a realidade dos devotos por meio de retratos, Sérgio se comprometeu em criar uma re- lação íntima com quem buscava fotografar. Ele divide o livro em dois ensaios. O primeiro, “Sala dos Santos”, retrata em cores saturadas as “paredes votivas”

nas salas das casas da Ladei- ra do Horto, rua que dá acesso à estátua do Padre. Os devotos enfeitam altares domésticos com imagens dos santos e de entes vivos ou mortos, a pedi- do do “Santo do Sertão”. “Vai recriando uma corte celestial particular. Para esse ensaio é preciso muita intimidade com o dono da casa. Permitir que você fotografe esse santuário envolve muita proximidade”, comenta.

Já o segundo ensaio, “Cami- nho de Pedra e Areia”, contras- ta o universo da crença com imagens em preto e branco do percurso feito pelos romeiros, entre o alto do Horto e o San- to Sepulcro, local de refúgio da personalidade religiosa e eventual esconderijo dos can- gaceiros. “É uma caminhada longa, de quilômetros, muitos Lara MontezuMa

lara.montezuma@opovo.com.br

carregam pedras, como uma representação da fé, da jorna- da terrena”, detalha. As duas propostas, apesar de opostas,

“formam um todo” da visão do profissional acerca da romaria, entre a intimidade da adoração e os sacrifícios da peregrinação.

Ambos espelham a “devoção cega” da maioria dos fiéis, inde- pendente do teor polêmico vin- culado à figura do Padre Cícero.

O contato com o coronelismo, a relação com o cangaço e até mesmo o banimento temporá- rio da Igreja Católica passam despercebidos aos olhos da- queles que dedicam suas rezas ao “Padim”. “Ele criou um modo de falar com as pessoas mais simples muito direto, ele con- seguiu se transformar no mito.

Toda essa mística em torno dele se deve muito a forma que ele

tratava a pessoa que tinha fé, até o sertanejo mais simples, ele tinha uma relação muito próxi- ma”, conecta Sérgio.

“Santo Sertão” é baseado na exposição homônima, realiza- da em 2020 na Imagem Brasil Galeria. A iniciativa foi inter- rompida após a pandemia, quando começou o processo de edição do livro a partir da vitória no VIII Edital das Artes da Secretaria da Cultura de Fortaleza - CE (Secultfor). Com curadoria de Carlos Carvalho e produção de Vanessa Ramos, o produto final resulta de uma ação coletiva entre fotógrafo, autor, editor, curador e desig- ner. “É fundamental o trabalho em sintonia”, aponta.

Em uma grata coincidência,

“Santo Sertão” marca 25 anos da carreira fotográfica de Sér- gio Carvalho. Piauiense radica- do no Ceará desde os anos 1990, Sérgio explora a composição imagética das manifestações religiosas, culturais e sociais em sua trajetória. “É um pro- jeto de volta ao sertão”, define.

O encerramento deste ciclo é de alegria, com resquícios de sau- dades das romarias. “O pro- cesso produtivo é mais rico do que o livro em si. Fotografia é conhecer, reconhecer e dar im- portância às pessoas que você fotografou. Elas são mais im- portantes que a fotografia”.

Lançamento virtual do livro “Santo Sertão”

Quando: Amanhã, 20, às 19 horas

Onde: No canal da Imagem Brasil Galeria no Youtube

espeCial para o povo

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VIDA&ARTE

FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2021

􀣥

HENRIQUE ARAÚJO*

henriquearaujo@opovo.com.br

*ESCREVE ÀS QUARTAS C O N F I R A E STA E O U T R A S C O LU N A S E M W W W. O P O V O . C O M . B R / C O LU N A S

HOUVE ÉPOCA EM QUE O VENTO ERA AINDA AMENO, NÃO ESSA VARRIÇÃO DE CALÇADA E PLANTAS DERREADAS, ROUPAS CAÍDAS E POEIRA NOS OLHOS

O que o vento carrega

Perdi o sono, o vento me acordou zunindo pela casa, até que me levantei pra fechar a janela. Sinfonia de assobios que começam na sala e seguem pelo corredor, depois se perdem no quarto, no banheiro, não sei. Encontram uma maneira de entrar e sair sem serem no- tados, de sua passagem ficamos somente com esse passo ruidoso, como almas penadas cujo espectro produz essa presença sonora.

Examino se tranquei a veneziana do quar- to menor, que tem serventia própria: acumu- lar os objetos inservíveis, um nem morto nem vivo. Nele o vento não se acumula. Procuramos registros de seu percurso, algo parecido com o que fazem os caça-fantasmas, direcionando aqueles equipamentos que detectam o ecto- plasma para certos locais onde haja oscilação de energia, uma luminescência que denuncia o estranho e o infamiliar.

Mas não há nada, o quarto está vazio, ne- nhum objeto atirado ao chão por mão invisível ou corrente rastejando entre móveis, desvian- do-se da mesa e escapando por frestas. Toda

casa tem suas falhas, suas fossas, seus enca- namentos com sinuosas curvaturas perdendo- se dentro das paredes, que fazem percutir esse estribilho involuntário.

Houve época em que o vento era ainda ame- no, não essa varrição de calçada e plantas derreadas, roupas caídas e poeira nos olhos, portas batendo às duas da tarde, vidraças tre- pidando às três, enfim, uma sorte de ocorrên- cias paranormais que ou embalam ou atrapa- lham o sono.

No meu caso atrapalhou. Acordei e depois não consegui mais dormir. E então pensei que o vento chegou mais cedo, que é como se tives- se pressa e houvesse aportado antes do com- binado, como visita ansiosa que se antecipa e marca presença enquanto aguarda. O vento está nesse compasso de espera, desarruma e volteia, insufla as cortinas brancas muito fi- nas, que esvoaçam e se enroscam nas plantas que compramos e as instalamos nos cantos, uma para cada quina, aos poucos também elas inclinadas à força do vento.

Gosto dessas plantas como estão, mas ele as castiga, as folhas logo se dobram, perdem o viço. Uma delas morreu, foi entortando até não haver mais jeito de torná-la rija novamen- te. Ressecou e morreu, como diz a música.

Mas outras verdejam ainda, estão a salvo das correntes mais fortes, dos golpes que se disfarçam de carinho. Para essas criamos obs- táculos, fechamos a janela do lado esquerdo, e agora nenhum vento passa. Servem-se de cal- maria durante todo o tempo. Criamos o meio onde se mantêm.

Outro dia li uma nota da Capitania dos Por- tos sobre a quadra. Dizia que “a intensificação dos ventos alísios poderá provocar ventos de direção sudeste a leste, com intensidade de até 60 km/h (33 nós), na faixa litorânea do Ceará”.

Em seguida, anotava os dias de maior ocorrência, encerrando o registro nesse tom formal com que tentam recobrir os fenôme- nos da natureza.

Nada nessas palavras capta o que o vento carrega e traz.

Escrita livre no Teatro é tema de debate com Suzana Carneiro nas Rotas de Criação do Porto Iracema

JAQUELINE RODRIGUES/DIVULGAÇÃO

Na série de lives “Janela UBC”, a cantora Paula Lima conversa com a rapper MC Soffia, que completa 10 anos de carreira em 2021

DIVULGAÇÃO

Jonnatha Horta Fortes ministra o curso “O Ator Multimeios” pelo Conservatório de Tatuí

PEDRO MOTTA/DIVULGAÇÃO

O MELHOR DA A G E N DA C U LT U R A L

Q U E R D I V U L GA R S E U E V E N T O ? M I G U E L A R AUJ O @ O P O V O . C O M . B R

TRANSFORMAÇÕES CULTURAIS

BARULHO DELAS

CENTRO CULTURAL BELCHIOR

BRUTA FLOR

“Jornalismo, cultura e memória” é o tema do novo episódio do “Podcast do Bel”, mídia do Centro Cultural Belchior (CCBel). O programa em áudio vai ao ar hoje, 29, às 15 horas, no serviço de streaming Spotify e na plataforma de vídeos YouTube. Participam deste episódio: Marcos Sampaio, jornalista, crítico de música e editor do Vida&Arte O POVO; e o músico Mimi Rocha. No bate-papo, trajetórias no jornalismo, memórias e transformações na cena musical.

Quando: hoje, 29, a partir das 15 horas

Onde: Centro Cultural Belchior no YouTube e Spotify

O festival “Barulhinho Delas” apresenta uma noite de shows, feira e cinema hoje, 29, das 18h às 21 horas.

No palco, Clau Aniz, Laya, Marta Aurélia e ILYA (foto).

A experiência sonora contará com trabalhos autorais e parcerias. A direção é assinada pela cantora e compositora Clau Aniz. Além das apresentações, o evento contará com feira expositiva, exibição de filmes, live paint, brechó, trancista, retratista, comidas e mais. A programação ocorre no espaço cultural Bruta Flor. Também estarão Ayla Lemos, Brenna Freire, Clarisse Aires e Naiara Lopes. O local funciona com cuidados contra a Covid-19, como uso de máscaras e distanciamento.

Quando: hoje, 29, a partir das 18 horas Onde: Bruta Flor

(rua Juvenal Galeno, 710 - Benfica)

INFORMAÇÕES SOBRE ATRAÇÕES, DATAS E HORÁRIOS SÃO DE RESPONSABILIDADE DOS ORGANIZADORES DOS EVENTOS

CRIAÇÕES DE TEATRO

MC SOFFIA

PORTO IRACEMA DAS ARTES

BATE-PAPO

A produtora Cultural, atriz, capoeirista e dramaturgista Suzana Carneiro participa de debate sobre escrita livre no Teatro, hoje, 29, às 14 horas. A atividade é promovida pelas “Rotas de Criação”, programação formativa da Escola Porto Iracema das Artes. A discussão será realizada a partir do módulo ministrado por Suzana no Percurso Básico de Teatro. Professora e alunos discutirão estéticas e poéticas da cena teatral, com transmissão pelo canal no YouTube da Escola.

Quando: hoje, 29, às 14 horas

Onde: Porto Iracema das Artes no YouTube Mais info: @portoiracemadasartes no Instagram

Na programação de hoje, 29, da série “Janela UBC”, a cantora Paula Lima conversa com a rapper MC Soffia. O bate-papo on-line acontece às 18 horas, com transmissão gratuita pelo Instagram da União Brasileira de Compositores.

Neste ano, Soffia completa 10 anos de carreira.

A artista iniciou na música aos sete anos, quando participou do “Projeto Futuro do Hip Hop”.

Quando: hoje, 29, às 18 horas Onde: @ubcmusica no Instagram

FORMAÇÃO

FORTALECER A CULTURA

ARTES CÊNICAS

SECULT CEARÁ

O Conservatório de Tatuí está com inscrições abertas até as 23h59min de amanhã, 30, para o curso livre “O Ator Multimeios”.

Ministrada por Jonnatha Horta Fortes, a atividade é gratuita, com aulas virtuais às quartas-feiras, das 14h às 17 horas, a partir de 6 de outubro. As vagas são limitadas.

Mais info: https://forms.office.com/r/Xi52fx6WBT

A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult/CE) lança o Programa de Fortalecimento do Sistema Estadual da Cultura (Pro-SIEC), com encontro on-line hoje, 29, às 15 horas, no YouTube. Além do secretário da cultura Fabiano Piúba, a live contará com participação de gestores culturais do Estado, como Valéria Cordeiro, Ernesto Gadelha, Luisa Cela e mais.

Quando: hoje, 29, às 15 horas Onde: Secult Ceará no YouTube

ILYA participa do festival Barulhinho Delas, no espaço cultural Bruta Flor. O local funciona com cuidados contra a Covid-19, como uso de máscaras e distanciamento.

TAÍS MONTEIRO/DIVULGAÇÃO

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FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2021

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& MÚSICA

Desde que lançou seu álbum de estreia, “Cabelos de San- são”, de 1982, Tiago Araripe está acostumado a trabalhar com grandes grupos. Naquele primeiro, por exemplo, apre- sentado em meio à geração de compositores e músicos que ficou conhecida como Van- guarda Paulista, o cearense contava com até mais de 10 pessoas em cada faixa, fosse tocando algum instrumento ou reforçando o coro. Quase 40 anos depois, ele começa a gra- var um novo disco, mas o con- texto da pandemia exigia um novo método de trabalho, uma vez que aglomerações eram sinônimo de risco de vida.

“Terramarear”, além de não ser econômico no número de músicos, nasceu sem ter- ritório fixo, sem nacionalida- de única e com o passaporte recheado de carimbos. Re- correndo a estúdios caseiros, gravações a distância e mui- ta comunicação eletrônica, o terceiro álbum do compositor cratense conta com 37 artis- tas, entre portugueses, afri- canos, paulistanos, cearenses, pernambucanos, maranhen- ses e por aí vai. “Depois que veio a pandemia, passei a gravar a distância. Me adap- tei aos novos tempos, isolado em casa. Adquiri um equipa- mento básico e passei a gra- var em casa. Apesar de morar numa rua super tranquila, fi- quei preocupado com um ba- rulho eventual. Então gravei a voz de ‘Nenhuma igual a você’

numa biblioteca de Bombar- ral, o baixo em Lisboa, gui- tarra e violão em Roma, piano e bateria em Recife, mixagem e masterização em Fortaleza”, detalha Tiago que mora há quase 5 anos em Bombarral, vila do interior de Lisboa.

O álbum, inclusive, nas- ceu a partir dessa travessia do Brasil para Portugal. “Na véspera da viagem, gravei um EP chamado ‘Na mala só a viagem’. Dentro de mim já havia esse sentido da viagem, de conhecer novos horizon- tes, novas descobertas. Vim pra Portugal e comecei a fa- zer alguns singles. Gravei em Almada com músicos portu- gueses, com a (cantora) Mara,

| ÁLBUM | Conectando músicos de diferentes continentes e explorando novas sonoridades,

Tiago Araripe lança “Terramarear”. Entre as parcerias, Zeca Baleiro, Marcos Lessa e Nonato Luiz

DIÁRIOS D’ALÉM MAR

MARCOS SAMPAIO

marcossampaio@opovo.com.br

Tiago Araripe – Terramarear

Participações de Isadora Melo, Marcos Lessa, Nonato Luiz, Vânia Bastos, Zeca Baleiro e Mara 14 faixas

Disponível nas plataformas digitais

LÍBIA FIORENTINO/ WCOM PORTUGAL/ DIVULGAÇÃO

que se apresenta muito, prin- cipalmente, na Espanha. Essa gravação, além de ser a pri- meira, a gente experimentou fazer uma fusão da música nordestina com a portuguesa.

Chamei o Walter Areia (que fez parte da banda Mundo Li- vre SA), que convidou a Mara”, explica se referindo à faixa

“Tudo no lugar”.

Ainda sobre a viagem, “Ter- ramarear” ganhou esse nome por causa de uma coleção de aventuras que Tiago Arari- pe lia ainda no Crato. Eram histórias de marinheiros, ex- ploradores, conquistadores, viajantes, terras estranhas, tudo conectado com seu novo momento. “Eu senti uma si- milaridade dessa coleção com esse meu trabalho. De modo mais modesto, reproduzi uma aventura, numa idade que as pessoas costumam ficar mais quietas – embora tenham pessoas em plena atividade depois dos 70”, explica ele que

reuniu 14 parcerias inéditas.

Entre elas, tem “Você é um oá- sis”, dividida com Zeca Balei- ro, responsável pela reedição de “Cabelos de Sansão” em CD e pelo lançamento do seu su- cessor, “Baião de Nós” (2013).

Já “Meus para-choques”

conta com a voz e a parceria de Marcos Lessa. “Uma le- tra mais antiga. A ideia é, de uma forma brincalhona, dar uns toques. Por que a gente fica reclamando dos dirigen- tes, mas a gente está fazendo a nossa parte enquanto cida- dão? A música fala dessa coisa de não desperdiçar alimenta- ção até não jogar fora talento, imaginação, etc.”. Depois de tirar o segundo lugar no Fes- tival de Música do Ceará, onde foi interpretada por Luiza Nobel, “Lugar ao sol” ganhou a voz de Vânia Bastos, resga- tando a conexão de Tiago com a Vanguarda Paulista. Outro destaque de “Terramarear” é

“Seis Cordas” uma homena-

gem ao violonista Nonato Luiz que conta com a participação do próprio homenageado.

Falando ainda sobre a ex- pectativa por tempos melho- res, necessidade de cuidar de si, do outro e do mundo, e sobre um País dividido por opiniões ideológicas, “Terra- marear” é um retrato de Tia- go Araripe sobre o seu tempo.

Não bastasse todo o drama causado pela crise sanitá- ria, ele também teve projetos cancelados, como uma turnê do novo disco e um show – montado, agendado e ensaia- do – para celebrar os 40 anos do “Cabelos de Sansão”, que aconteceria no SESC SP. “Eu faço um acompanhamento que me preserve a sanidade, por que são muitas notícias negativas. A covid, a situa- ção política... Eu leio jornal, mas não fico atrás da notícia a toda hora. Faço uma leitura seletiva pra preservar minha sanidade”, defende-se.

Obra cênica questiona símbolos nacionais

Resumo da Ópera: Grupos No Barraco da Constância tem! e Teatro Máquina se apresentam para plateia reduzida

LORETA DIALLA/DIVULGAÇÃO

| PRESENCIAL | Foyer do TJA recebe “NING”, uma prévia do projeto “Resumo da Ópera”

Após meses de prepara- ção, entre pesquisa, ensaios e encontros virtuais, um pú- blico limitadíssimo poderá conferir, hoje e amanhã, a obra “NING”, uma prévia do projeto “Resumo da Ópera:

da arquitetura de uma nação à invenção de um outro Gua- rani”, criado pelos grupos No barraco da Constância tem! e Teatro Máquina.

O Theatro José de Alencar, que foi cenário e ao mesmo tempo “personagem” desse trabalho, abre o foyer para uma plateia de até 15 pessoas em cada uma das oito sessões que serão realizadas (4 por dia), nos horários de 14h30, 16h30, 18h30 e 20h30.

O local seguirá todos os protocolos de segurança reco- mendados em decorrência da pandemia da Covid-19, como, distanciamento social, dispo- nibilidade de álcool gel e está expressamente proibida a en- trada de pessoas sem máscara.

O projeto, com direção de Honório Félix (No barraco da Constância tem!), conta com uma equipe de 32 profissio- nais envolvendo linguagens artísticas como literatura, teatro, música, audiovisual, artes visuais, além de pesqui- sadores das áreas de história, arquitetura e antropologia.

Na contramão de uma pro- vável homenagem, o trabalho livremente inspirado no “O

Guarani” - romance de José de Alencar - e “II Guarany” - ópera de Carlos Gomes, insti- ga a crítica e busca desmontar a ideia de simbolismo nacio- nal propagada, a exemplo dessa criação operística, que completou 150 anos em 2020.

Para essa releitura, os gru- pos traçam uma linha para- lela com o gênero de ficção científica de produções ci- nematográficas, explorando principalmente as estraté- gias simbólicas das potências mundiais para a romanti- zação de suas colônias e ex- plorações espaciais. Outras fontes de investigação foram obras do gênero space-opera, clássicos filmes de guerra e a

construção dos seus heróis, a conquista-invasão de territó- rios, o apagamento da diver- sidade de povos em nome de um projeto único de nação e, principalmente, as ferramen- tas socioculturais (Artes e Comunicação, dentre outras) utilizadas e financiadas para a difusão em massa de todas essas práticas.

Resumo da Ópera

Quando: hoje e ama- nhã, 14h30, 16h30, 18h30 e 20h30

Onde: Foyer – Theatro José de Alencar (R. Liberato Barro- so, 525 – Centro)

Ingressos: sympla

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VIDA&ARTE

FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2021

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O que é e como jogar

1.O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados.

2.Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9.

3.Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.

4. Nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.

SUDOKU

PALAVRAS CRUZADAS

23 DE SETEMBRO A 22 DE OUTUBRO 23 DE OUTUBRO A 21 DE NOVEMBRO 22 DE NOVEMBRO A 21 DE DEZEMBRO 21 DE JUNHO A 22 DE JULHO 23 DE JULHO A 22 DE AGOSTO 23 DE AGOSTO A 22 DE SETEMBRO

22 DE DEZEMBRO A 20 DE JANEIRO 21 DE JANEIRO A 19 DE FEVEREIRO 20 DE FEVEREIRO A 20 DE MARÇO 21 DE MARÇO A 20 DE ABRIL 21 DE ABRIL A 20 DE MAIO 21 DE MAIO A 20 DE JUNHO

Brincar

Os mundos de Liz. DANIEL BRANDÃO

www.estudiodanielbrandao.com

Os Intrépidos. KARLSON GRACIE E BRENO TAVEIRA

@karlsongracie

Mulher Listrada. DOMITILA ANDRADE

@mulherlistrada

HORÓSCOPO PERSONARE

www.personare.com.br | a.martins@personare.com.br

PEIXES AQUÁRIO

CAPRICÓRNIO

SAGITÁRIO ESCORPIÃO

LIBRA

VIRGEM LEÃO

CÂNCER

GÊMEOS TOURO

ÁRIES

Momento exige polidez e comedimento, pois a tensão com o Sol e Marte é sugestiva de confl itos que tendem levar a problemas. Lua, Vênus e Netuno se harmonizam no segmento trabalho-fi nanças- cotidiano, sugerindo fase prazerosa para organizar as demandas e exercitar a criatividade.

Estar em paz consigo é essencial para lidar com desafi os estressantes apontados na tensão com Sol e Marte. A Lua pode destacar o lado sensível da sua personalidade ao transitar no setor espiritual e se harmonizar com Vênus e Netuno, evidenciando a necessidade de valorizar e nutrindo seu bem-viver.

Busque prevenir o estresse através de atividades relaxantes. A harmonia entre Lua, Vênus e Netuno pode lhe fazer encarar os acontecimentos de modo brando e a se expressar com delicadeza. Isso é fundamental para superar confl itos interpessoais associados à tensão com Sol e Marte.

Procure ser cuidadosa no uso do dinheiro, já que a tensão com Sol e Marte contraindica gastos sem planejamento.

Harmonizando seu signo e o circuito social, os trígonos que a Lua forma com Vênus e Netuno podem elevar a empatia no trato interpessoal, deixando-lhe atenta ao que o entorno precisa.

Tente cultivar serenidade, como sugere a harmonia lunar com Vênus e Netuno, que benefi cia a vivência ligada ao meio íntimo e aos afetos. A Lua transita pelo setor de crise, sob tensão com Sol e Marte na área da comunicação, predispondo- lhe a reações exageradas frente aos problemas.

É preciso ser criteriosa no cotidiano, como alerta a tensão com Sol e Marte, evitando ações não planejadas. Fase reserva momentos agradáveis com os entes queridos, na vivência do cotidiano e nos meios virtuais, elevando a autoestima e o usufruto afetivo, dada a harmonia lunar com Vênus e Netuno.

Tente cultivar boas parcerias para se alcançar o que quer.

As relações humanas podem experimentar momentos de gentileza e solidariedade em meio aos conflitos ligados ao trabalho e à gestão prática do dia a dia, visto que a Lua se harmoniza com Vênus e Netuno, e se estressa com Sol e Marte.

Zelar por entendimento nas parcerias é importante, já que Sol e Marte tensionados podem fragilizar o trato humano, nutrindo o estresse.

As energias harmonizadas de Lua, Vênus e Netuno sugerem momento aprazível na realização de atividades ligadas à profi ssão e ao exercício da criatividade.

Procure estar atenta para não negligenciar questões essenciais ao funcionamento do dia a dia, a exemplo do orçamento, como alertam Sol e Marte tensionados.

Prazeres tendem a lhe tirar da rotina e deixar a jornada agradável, dada a harmonia lunar com Vênus e Netuno.

Busque se divertir!

Busque oferecer solidariedade àqueles que estejam passando por contratempos. Os trânsitos harmonizados de Lua, Vênus e Netuno podem pedir zelo com a rotina doméstica e os vínculos familiares para que os desafi os apontados na tensão com Sol e Marte não afetem no cotidiano de forma estressante.

Tente valorizar os aspectos positivos do convívio e se mostrar fl exível quanto às diferenças. O grande trígono envolvendo Lua, Vênus e Netuno tende a estimular trocas afetivas nas relações, apesar da tensão com Sol e Marte pedir diplomacia ao lidar com atritos que podem afl orar.

As relações interpessoais fi cam fragilizadas pela tensão lunar com Sol e Marte.

Busque cuidar atentamente da comunicação. Lua, Vênus e Netuno harmonizados tendem a destacar uma fase em que a criatividade afl ora na gestão dos recursos materiais, contribuindo com o funcionamento do cotidiano.

O SANTO

Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

O ANJO

Mihael

Para entendermos a importância destes santos anjos precisamos conhecer o significado da palavra Arcanjo, que vem do grego arkhaggelos, sendo a junção de arkhos: principal, primeiro e aggelos: mensageiro, ou seja, os Arcanjos representam a mais elevada hierarquia celeste, aqueles que são mais próximos de Deus.

Segundo a Bíblia, São Miguel é um dos sete espíritos assistentes

ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. Além de ser chamado de O Protetor dos Filhos de Deus. Conhecido por levar boas novas, foi São Gabriel quem anunciou a Maria que ela seria a mãe do filho de Deus. São Rafael é citado no Velho Testamento no livro de Tobias, onde se apresenta curando as dores físicas e

espirituais de Tobias, Tobit e Sara.

Este Anjo ajuda a conservar a paz e a união entre os esposos. Dá inspiração para desvendar os segredos e tudo que precisa ser descoberto. Facilita a geração sadia das espécies, a amizade e a fidelidade. Será pacífico, carinhoso, amará profundamente a todos e cuidará da preservação do bem estar da comunidade. Intelectual, defenderá o direito da mulher na sociedade.

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FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2021

􀎑

CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS

CLÓVIS

HOLANDA

CLOVISHOLANDA@OPOVO.COM.BR | *ESTA COLUNA É PUBLICADA TODOS OS DIAS

HOLANDA

Pause O POVO

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SACRAMENTO 

Letícia Teixeira e Gabriel Dias Branco batizaram o filho Emanuel, na manhã do último domingo, em cerimônia no casarão da bisavó paterna, Consuelo Dias Branco, seguida de brinde em família. O bebê é neto de Regina Dias Branco, e de Nestor Teixeira e Débora de Queiroz. Apadrinharam a criança a avó Regina e Rafael Leal. Seguem registros com o desejo de bênçãos sobre a família...

O QUE SERÁ QUE SERÁ...

A desistência do senador Tasso Jereissati (PSDB) de participar das prévias tucanas rumo à disputa pela Presidência da República desapontou a turma dos

“terceirizados”, que é como vou chamar aqui os esperançosos em algo fora do

“bolsopetismo” e do insistente Ciro Gomes...

Tasso reuniria, nas avaliações de parte deste grupo, as condições de aglutinar os diversos setores e interesses da sociedade que orbitam entre o radicalismo dos extremos opostos que divide o Brasil.

Se Dória não é unanimidade dentro do partido e nem na opinião pública, o jovem Eduardo Leite é um perfil disruptivo, digamos assim, para o conservadorismo e a tradição político-eleitoral do País.

É hora de se jogar em mais uma “novidade”? Respondam vocês...

Até já brinquei aqui com a expectativa de bacanas pela cena de dona Renata, muito bem trajada em renascença

“made in Ceará”, subindo a rampa do Planalto... Aquele simbolismo todo transferindo, mais uma vez, o sonho de uma Pátria mais justa e digna para todos. Só lembranças...

Rumos incertos... Eis nossa única certeza...

Como cantava o monsenhor Jonas Abib: “Para onde irei?

Para onde fugirei?”, dizia seu famoso cântico, até hoje entoado nas igrejas e que certamente deve motivar esse verdadeiro êxodo do Brasil, real e imaginário...

Não precisa ser de ONG da periferia e nem “comunista”

para compreender que um gás de cozinha a R$ 112, mais de 10% de um salário mínimo, coloca a situação para além da caristia. É o salve-se quem puder das massas...

Lembrando que economia é um

círculo. Quem está vivo, de A a Z, faz parte dele. 

Uma amiga diz que se sente igual aquele axé de Márcia Freire dos anos 90: “Não sei se vou ou se fico, não sei se vou ou se fico...”, lembram?

Se sair de casa, gasta o “ouro líquido” vendido nos postos de combustível, bebe um capuchino (de pó misturado) a R$ 17, como vi num desses cafés daqui, e não consegue mais relaxar como antes, tendo de fazer as contas enquanto aprecia sua Mimosa do brunch...

Se opta pelo conforto do

lar, compra as “joias” das gôndolas dos supermercados e oferece aos amigos o novo indicativo de alta consideração: liga a central de ar condicionado em 18 graus, com todas as lâmpadas estrategicamente pensadas pelo arquiteto, emanando energia, não a positiva, a cara... 

Rindo para não chorar e brincando com a realidade para não pirar. Pelo menos, metade dos adultos estão vacinados com a segunda dose contra a covid-19. Com fé, sobreviveremos... Agora, às flores! 

CENÁRIOS

Um dos mais representativos empresários brasileiros da atualidade, Jorge Gerdau Johannpeter, atualmente Membro do Grupo de Controle da Gerdau, é o palestrante do próximo almoço-debate do Lide Ceará. Nesta quinta-feira, em evento restrito a associados e convidados, ele discorre sobre o tema

“Custo Brasil – Do Equilíbrio Econômico ao Social”. 

BID/ LEO DE AZEVEDO/ DIVULGAÇÃO

MERCADO 

Empresário Allan Sankey, sócio-diretor da Ferrovia, comemora os 27 anos de mercado da marca apostando em um novo braço de negócios: lançou suas lentes de grau, homologadas pela fabricante alemã Rodenstock, uma das maiores companhias do segmento ótico do mundo. 

AFP

Muitas estrelas compareceram à

inauguração, última semana em Los Angeles, do Academy Museum of Motion Pictures.

Mas os holofotes foram todos para Olivia Rodrigo, a cantora e atriz, de apenas 18 anos, que dos musicais da Disney se tornou, em pouco tempo, uma estrela pop internacional. Para além do sucesso, ela optou por generoso decote do pretinho nada básico de Saint

Laurent e batom vermelho, a combinação fatal. Sobre o Museu do Cinema, reúne grande acervo da história da Sétima Arte e foi avaliado em 484 milhões de dólares.

Equipamento será aberto ao público amanhã, 30. 

Letícia, Emanuel e Gabriel Dias Branco

PAULO MAXIMO

Ivens Dias Branco Jr. e Morgana Regina, Emanuel e Consuelo Dias Branco

Rebeca e Bruno Bastos

Cláudio Dias Branco e Suyane

Teatro da Praia terá novo endereço

Após desabamento de parte do telhado, Carri Costa busca outro endereço para espaço cultural

FCO FONTENELE

| APÓS DESABAMENTO | Diretor do equipamento, Carri Costa está em busca de um novo prédio

Quatro meses após o desa- bamento de parte do telhado do Teatro da Praia, Carri Cos- ta, diretor do espaço, anunciou o encerramento das atividades no endereço original, localiza- do na rua José Avelino, na Praia de Iracema. Através de uma live no Instagram, Carri explicou os motivos e anunciou seus planos para que o Teatro da Praia não deixe de existir.

Segundo o diretor, na sex- ta-feira de carnaval de 2020, os proprietários pediram o imóvel, devido uma proposta de uma construtora, que queria com- prar o espaço do Teatro e os gal- pões ao lado para construir um condomínio. Com a pandemia de Covid-19, os planos mudaram,

mas o diretor enfrentou o de- safio de manter o local, sem o dinheiro das bilheterias.

O Teatro da Praia chegou a ser contemplado na Lei Al- dir Blanc, conseguindo recur- sos para se manter em meio a crise sanitária. Mas durante a madrugada do dia 27 de maio, o telhado do espaço desabou.

Em janeiro, o local havia pas- sado por reformas nas arqui- bancadas e no telhado, mas em entrevista ao O POVO no dia do acontecimento, Carri explicou que era necessário uma obra mais ampla, pois o galpão, que surgiu na década de 1930, apre- sentava fragilidades estrutu- rais “profundas”.

Com o desastre, o diretor

chegou a recorrer à vaquinha on-line para arrecadar dinheiro e reformar o espaço novamente.

“Uma vez que o Teatro desabou, eu passei para a cidade inteira essa problemática”, explicou.

Mesmo com a campanha de arrecadação, Carri decidiu não continuar com o imóvel no en- dereço original, pois ele avaliou que não seria justo arcar com as despesas da reforma, uma vez que os proprietários afir- maram que não iriam renovar o contrato de aluguel. “O Tea- tro da Praia não vai acabar, a gente vai para outro endereço.

Já estou correndo atrás disso”, garantiu o diretor. Os recursos arrecadados até então serão usados no novo espaço.

O diretor também adiantou que tem uma reunião com o secretário da Cultura de Forta- leza, Elpídio Nogueira, e que o secretário da Cultura do Es- tado, Fabiano Piúba, interme- diou contato com o Governador do Estado, Camilo Santana.

Carri agradeceu as compa- nhias e artistas que passaram pelo Teatro, revelando que mui- tos deles abriam mão de cachê para que o aluguel e as contas do espaço fossem pagas. “Não é fácil manter um espetáculo.

Ele foi muito bem administra- do, sim. Se não, não teria vivido 28 anos”, pontuou. “O Teatro da Praia sempre foi um teatro aco- lhedor, afetuoso e festivo”, afir- mou. (Ana Flávia Marques) gôndolas dos supermercados

Sankey, sócio-diretor da Ferrovia, comemora os 27 anos de mercado

Rodenstock, uma das maiores companhias

Letícia, Emanuel e Gabriel Dias Branco

Regina, Emanuel e Consuelo Dias Branco

Evidência

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VIDA&ARTE

FORTALEZA - CE, QUARTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2021

􀠾

PUBLICAÇÃO

&

A nova edição do Anuário do Ceará reserva um capítulo de- dicado exclusivo para a cultura, em 37 páginas. Chama-se “Cea- rá da Cultura”, contendo em sua íntegra o cenário atualizado sobre o tema. Nele, é possível ter acesso a uma lista detalha- da, com a dimensão histórica de cada, de todos os “bens tom- bados pelo Iphan, pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Fortaleza”, apresenta Joelma Leal, editora-executiva res- ponsável pelo Anuário.

A publicação enumera 200 ao total, contemplando, entre eles, a Assembleia Provincial (Museu do Ceará), no Centro de Fortaleza, e o Sobrado do Barão de Aracati (Instituto do Mu- seu Jaguaribano), em Aracati.

Também entram nessa lista, o Casarão Hotel (sobrado que re- flete a aristocracia de Barbalha do século XIX) e a Vila dos In- gleses (campo de concentração da seca de 1932), em Senador Pompeu, atualmente em pro- cesso de tombamento.

“Há, ainda, a lista dos Tesou- ros Vivos e os maiores mece- nas”, ressalta Joelma. Os Tesou- ros Vivos, sendo 106 mestres, 13 grupos, e três coletividades, identificados por foto e princi- pal contribuição à cultura cea- rense, somam-se a outros de- talhes, revelados ao decorrer da publicação, como os cinco maiores investidores do Edital Mecenas 2020-2021, e o Ceará em números. “Uma das novi- dades desta edição 2021-2022”, observa Joelma, “é a lista de museus existentes no Estado”.

São 180, sem falar na quantida- de de bibliotecas e teatros. Es- tes passam dos 200. Saiba que tem o Minimuseu Firmeza, mas

também o Museu da Motocicleta (Moto Museu Século XX) e o Mu- seu do Humor Cearense e mais.

“Embora laico, por conta da relevância social e políti- ca”, consta em sua abertura, o Anuário se centra na entrega de um “mapa das dioceses”. Tam- bém informa “quem é quem na cúpula da Igreja Católica no Ceará”; alguns espaços reli- giosos, como a Igreja Matriz de Santana, em Iguatu, no interior do Ceará, que tem suas facha- das tombadas pela União, apa- recem junto a outras, como um patrimônio da arquitetura e da

tradição histórico-social, em diversas localidades do Estado.

A publicação - já disponível - continua com uma retrospec- tiva dos mestres e mestras das tradições. Uma delas, lembra- da na página “de 2007”, é a pio- neira nas artes plásticas Nice Firmeza (1921-2013) - Mestra Dona. Se viva fosse, este ano, seria centenária.

Com 680 páginas, o Anuário é dividido em 13 capítulos. Nesta edição, homenageia os 60 anos do Museu de Arte da UFC (Mauc) e apresenta 20 obras de 15 ar- tistas que expõem no Museu. Na

capa, está a obra “Conselheiro pregando sertão adentro”, da Coleção Descartes Gadelha, do Mauc. A obra “Gato”, de Aldemir Martins, foi escolhida para ilus- trar o capítulo correspondente da cultura.

“O Anuário do Ceará é uma publicação que se renova a cada ano. Tem uma mes- ma matriz de dados, que são atualizados constantemente.

Destaco o aspecto utilitário informativo dele, com atuali- zação de estatísticas, tabelas e gráficos, por exemplo”, comen- ta Jocélio Leal, editor-geral

do Anuário. De acordo com ele, o conteúdo mais analítico do Anuário se fortaleceu des- de a edição passada. “O Anuá- rio faz uma leitura econômica do Ceará, vislumbrando o ce- nário pós-pandemia também.

O capítulo especial foi muito fe- liz neste ano, com a celebração dos 60 anos do Mauc”, enfatiza.

A primeira edição do Anuá- rio foi publicada em 1872, sendo assim a mais antiga publicação em circulação no Estado. A segunda mais anti- ga é O POVO, fundado em 1928.

(Jully Lourenço)

| ANUÁRIO | Capítulo contendo panorama dos bens e

equipamentos, além de Tesouros Vivos, integra nova edição do Anuário do Ceará, lançado também em formato virtual

CEARÁ

DA CULTURA

Caminhos da produção musical

Angel History ministra curso no Centro Cultural Bom Jardim

DIVULGAÇÃO

| FORMAÇÃO | Centro Cultural Bom Jardim segue com inscrições abertas para 12 cursos

Muitas pessoas, principal- mente jovens de baixa renda, podem ter o sonho de come- çar a produzir música. Mas há um problema: o custo para um computador de qualida- de é alto. Quem não consegue comprar uma tecnologia com um preço mais caro, porém, tem a possibilidade de utilizar as ferramentas que existem no celular. Foi assim que Angel History, cantora, compositora e produtora musical, começou há seis anos. Agora, ela ministra o curso gratuito “Iniciação à Pro- dução Musical com Celular”, que está com inscrições abertas até o dia 30 de setembro, pelo Cen- tro Cultural Bom Jardim (CCBJ).

Todas as composições que a artista lança nas plataformas

digitais foram feitas com um telefone. Após assistir a várias videoaulas e colocar em prática seus conhecimentos, consegue utilizar o aparelho eletrônico para trabalhar. “Fui aprenden- do e hoje me considero uma grande produtora. Uma das melhores referências de pro- dução com celular daqui. Para além das aulas do curso, eu também utilizo nos meus sho- ws, lanço minhas músicas nas plataformas”, explica.

Para a artista, a importân- cia de disseminar os conheci- mentos sobre o assunto está na acessibilidade. “Acho que a grande importância é a aces- sibilidade, para quebrar esse tabu de que produzir é mui- to caro, que precisa ter muito

dinheiro, que é uma coisa só de artista que já ganha a vida com isso. Quando, na verdade, o ce- lular é uma ferramenta super potente, onde dá para a gente ter vários recursos de produ- ção, de mixagem”, afirma.

O curso, que terá 15 vagas, será destinado a jovens das pe- riferias de Fortaleza. “A pande- mia foi um período muito fraco financeiramente para nós, ar- tistas de periferia, artistas que não têm tanta visibilidade e, por consequência, oportunidades.

Então muitas pessoas come- çaram a produzir pelo celular.

Tem muitas pessoas que estão se inscrevendo. Eu acompanho o trabalho de muita gente que já está abalando na produção no computador e no celular”, conta.

Inscrições para os cursos

Quando: até amanhã Onde: site do CCBJ ou pelo e-mail selecaocursos.ccbj@

idm.org.br Museu do Ceará: entrega do restauro para 2022

AURELIO ALVES

Além das aulas com Angel History, o CCBJ ainda está com inscrições abertas para outros 11 cursos em áreas distintas, como circo, dança, fotografia e audiovisual. Também há temá- ticas como “Poesia em Libras”,

“Audiodescrição” e “Design e Animação: Processos Criativos”.

Alguns dos nomes que minis- tram os encontros são: Sâmia Bittencourt, Ricardo Graça, An- tônia Kanindé e o Coletivo Banho de Chuva. (Clara Menezes)

Para adquirir o Anuário

Onde comprar: bancas, livra- rias e sede do O POVO

Venda avulsa: R$ 99

Venda para assinantes: R$ 79 Mais informações: no site e @ anuariodoceara no Instagram

TJA: Imprime os estilos art nouveau e neoclássico

AURELIO ALVES

Passeio Público: Jardins originais (1881)

THAIS MESQUITA

Referências

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