MODELADORES DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE CRIANÇAS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR
PROJETO DE INVESTIGAÇÃO
Grupo de trabalho Catarina Salgado, Carolina Constant, Andreia Descalço, Ana Margarida Silva, Margarida Abrantes, Teresa Bandeira
Orientador: Ana Saianda
Índice
1. Título ... 3
2. Palavras chave ... 3
3. Grupo de trabalho ... 3
4. Introdução ... 3
5. Objetivos ... 5
6. Programa de trabalho, calendarização e papel de cada membro da equipa .... 6
7. Resultados previsíveis ... 10
8. Implicações éticas ... 10
9. Bibliografia ... 11
10. Orçamento do projecto ... 13
11. Descrição dos participantes ... 13
12. Anexos ... 15
1. Título
- Modeladores da função respiratória de crianças com Displasia Broncopulmonar
2. Palavras--cchhaavvee
Displasia broncopulmonar, função pulmonar, prematuridade, criança
3. Grupo de trabalho
Nome do proponente: Catarina Salgado (CS)
Equipa de trabalho: Carolina Constant (CC),Andreia Descalço (AD), Ana Margarida Silva (AMS), Margarida Abrantes (MA), Teresa Bandeira (TB)
Orientador científico: Ana Saianda (AS)
44. . Introdução
A definição clínica de displasia Broncopulmonar, adotada após reunião de Consenso do National Institute of Child Heath and Human Development (NICHD,) em 2001, considera a necessidade de oxigénio igual ou superior a 28 dias e determina a data do diagnóstico e estratificação dos critérios de gravidade em função da idade gestacional (IG).1,2
A Displasia Broncopulmonar (DBP) é a causa mais comum de doença respiratória crónica na infância e uma importante causa de morbilidade a longo prazo.3,4 A doença crónica da prematuridade já não pode ser vista como uma doença apenas da infância pois é já considerada uma causa de doença pulmonar crónica do adulto.5 Avanços nos cuidados neonatais alteraram a sobrevivência dos recém-nascidos pré- termo e a expressão clínica da DBP, com desvio para grandes pré-termos e de extremo baixo peso5-10. Em crianças com idade gestacional <32 semanas, a
incidência da DBP varia entre 12-32%, e 97% das crianças com DBP apresentam um peso ao nascimento (PN) <1250 gramas.11 Em contraste com a DBP clássica,
diretamente relacionada com a agressão pulmonar pelo baro e volutrauma da ventilação mecânica e com a toxicidade do oxigénio, as formas atuais (“nova DBP”) resultam essencialmente da imaturidade, inflamação/ infeção perinatal, patência do canal arterial e anomalias no desenvolvimento alveolar e capilar.2,9,12
A “nova DBP” é caracterizada por disrupção no desenvolvimento alveolar, com menor número de alvéolos, mas menor fibrose pulmonar e lesão pulmonar do que na DBP clássica.13,14
Em Portugal, nos RN com idade gestacional inferior a 30 semanas, a incidência de DBP é de13% (rede nacional do registo de Recém nascidos de muito baixo peso (RNMBP).15
Embora a sintomatologia das crianças com DBP apresente melhoria durante a
infância,6,10,16 as alterações nas provas de função pulmonar são comuns em crianças e adolescentes com DBP.17 Frequentemente verifica-se redução do volume expirado no primeiro minuto (FEV1) e redução do ratio FEV1 e capacidade vital forçada
(FEV1/FVC) consistente com limitação do fluxo aéreo e obstrução nas pequenas vias aéreas. 17,18 A obstrução que ocorre na DBP é maioritariamente uma obstrução fixa,
14,19 contudo nalguns casos verifica-se uma componente de reatividade com resposta aos corticóides e broncodilatadores.8,20 A hiperreatividade brônquica (HRB) parece ocorrer em cerca de 50-60% dos adolescentes.3
Quando comparados os recém-nascidos com DBP dos recém-nascidos prematuros (PT) sem DBP existem diversos resultados contraditórios.
Nas avaliações realizadas no período neonatal os recém- nascidos com DBP apresentaram menor compliance e resistência aumentada.6
Vollsaeter et al21 não verificaram diferenças significativas entre crianças nascidas com extremo baixo peso (EBP) ou prematuridade extrema com DBP ou sem DBP em nenhuma das variáveis estudadas da função pulmonar. Outros estudos também não demonstraram diferenças significativas8,9 podendo ser devido ao facto de ser estudada a DBP ligeira, com poucas crianças com DBP moderada ou grave9
Pelo contrário Praprotnik et al7 verificaram que as crianças com 7-9 anos de idade com DBP apresentavam uma diminuição significativa da função pulmonar
relativamente às crianças PT sem DBP.
Outros fatores neonatais podem ter relevância na avaliação da função pulmonar, como a relação encontrada entre a idade gestacional e o baixo peso e o FEV1. Assim é importante perceber a implicação da DBP na função pulmonar a longo prazo e diferenciá-la da repercussão da prematuridade em si.
Ao contrário dos múltiplos estudos realizados sobre a função pulmonar das crianças e adolescentes com DBP clássica, existe pouca literatura relativa à nova expressão da doença.3,10,22 Apesar da dificuldade em comparar os dados, não existe evidência de que as crianças nascidas na era pós surfactante apresentem melhores resultados da espirometria na idade escolar.3
Contrariando esta teoria, Vollsaeter et al 21 compararam duas coortes de crianças nascidas com prematuridade extrema ou EBP (idade gestacional <28 semanas ou peso <1000g) com uma década de diferença (1991-1992 vs 1999-2000). As crianças nascidas entre 1999-2000 mantinham obstrução das vias aéreas de pequeno calibre e HRB, mas apresentavam melhoria na função pulmonar, especialmente no grupo das crianças com DBP. Também Kotecha et al 23 na revisão que realizaram, verificaram melhoria da função pulmonar nos anos mais recentes.
Tendo em conta os importantes avanços nos cuidados neonatais nas últimas
décadas, nomeadamente a estandardização dos cuidados com o uso de corticóides antenatais, o surfactante exógeno e o melhor conhecimento das estratégias
ventilatórias6,7 questiona-se se estes cuidados se traduzem em melhores outcomes nas crianças com DBP. Desta forma, a DBP como causa de doença pulmonar crónica do adulto carece de caracterização prospectiva da função pulmonar para melhor compreensão da fisiopatologia e história natural da doença, com o objetivo máximo de poder melhorar estratégias terapêuticas.
A espirometria é considerada o melhor exame para estudo de alterações
pulmonares em crianças nascidas prematuras, com o maior poder discriminativo,7,24 no entanto os testes de broncoconstrição/ provocação são mais sensíveis no
diagnóstico de HRB do que esta ou do que os testes de reversibilidade, pois
algumas alterações podem não ser aparentes usando apenas a espirometria.7,25 Dois estudos demonstraram que a broncoconstrição induzida pelo exercício pode
diferenciar as crianças com asma de outras crianças com doença pulmonar crónica em idade pré-escolar26,27 sendo que a resistência pulmonar basal nas crianças com DBP é significativamente mais alta do que nas outras crianças. 28
A maioria das crianças com DBP participa em atividades físicas na vida diária sem sintomas, mas persiste alguma preocupação relativa à sua reserva respiratória.
A prova de marcha de 6 minutos (6mwt – six minutes walk test) é um teste simples e barato para avaliar a capacidade funcional usada nas atividades da vida diária, sendo particularmente útil em crianças com doença pulmonar crónica.7 Existem poucos estudos relativos capacidade de exercício das crianças PT, particularmente nas crianças com DBP.7 Tsopanoglou et al29 verificou diferença entre a coorte de crianças nascidas PT e crianças de termo, com correlação entre a dependência de O2 aos 28 dias com a diminuição da distância atingida. Já Praprotnik et al7
atribuíram a diminuição da prova nas crianças com DBP ao menor peso destas e não à DBP em si.
Um estudo comparou a capacidade aeróbia, função pulmonar e participação em atividades físicas em crianças e adolescentes nascidas PT (com ou sem DBP) e de termo.30 Apesar das diferenças encontradas entre os dois grupos na função pulmonar, estas não se repercutiam na capacidade física das crianças. Como as crianças com comorbilidades físicas ou cognitivas foram excluídas deste estudo, a capacidade pulmonar e tolerância ao exercício podem estar sobrestimadas.
Deste modo, a investigação nesta área é importante para definir a história natural das crianças com DBP, relativamente às alterações funcionais respiratórias e capacidade física. Esta caracterização facilita a avaliação do efeito de eventuais intervenções terapêuticas.
5. Objetivos Objetivo principal:
Caracterização da morbilidade respiratória, função pulmonar, HRB e capacidade física nas atividades da vida diária de crianças com DBP na era pós surfactante.
Hipótese a testar: A nova DBP mantém morbilidade respiratória com alteração da função pulmonar a longo prazo, superior à clinica e aos pares, na maioria dos casos com obstrução fixa.
Objetivos secundários:
- Comparação entre a morbilidade respiratória, função pulmonar, HRB e capacidade física nas atividades da vida diária de crianças prematuras; crianças com DBP ligeira e DBP moderada a grave (dependência de oxigénio às 36 semanas de idade pós menstrual).
- Identificação de fatores neonatais e ambientais com implicação na função pulmonar das crianças com DBP
- Compreensão do impacto da DBP na prática de atividade física das crianças em idade escolar
6. Programa de trabalho, calendarização e papel de cada membro da equipa
Tarefa 1:Selecção e recrutamento da população
Para o projeto foi selecionada a faixa etária dos 9-11 anos - tweens (pré
adolescentes). Esta idade foi escolhida porque assegura colaboração e capacidade maturidade cognitiva e pulmonar e, ainda, a ausência de alterações consequentes da puberdade. 31
Grupo I – Crianças/ pré adolescentes com o diagnóstico de DBP Critérios
Inclusão:
• Grupo I: 9-11 anos no período da tarefa 2
• Diagnóstico de DBP (definida como dependência de oxigénio aos 28 dias)
• Internamento na Unidade de Cuidados Intensivos (UCIN) do Hospital Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte (HSM-CHLN)
Exclusão:
• Cardiopatia congénita
• Malformações congénitas major
• Doenças genéticas
• Imunodeficiência
• Incapacidade de colaboração na execução do estudo funcional respiratório.
Grupo II – Crianças/ pré adolescentes, nascidos prematuramente e/ou com baixo peso
Critérios Inclusão:
• 9-11 anos no período da tarefa 2
• Parto <32 semanas de Idade Gestacional e/ ou peso <1501g
• Internamento na Unidade de Cuidados Intensivos (UCIN) do Hospital Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte (HSM-CHLN)
• Exclusão:
• Displasia Broncopulmonar
• Cardiopatia congénita
• Malformações congénitas major
• Doenças genéticas
• Imunodeficiência
• Incapacidade de colaboração na execução do estudo funcional respiratório.
Os indivíduos para os dois grupos serão selecionados a partir do registo de Recém- nascidos de muito baixo peso (RNMBP) internados na UCIN do HSM- CHLN. Serão recrutados por via telefone após explicação do estudo em questão.
Tarefa 2: Aplicação de questionário e observação clínica
Será aplicado um questionário em português elaborado especificamente para este projeto relativamente aos antecedentes familiares, dados perinatais, exposição ao fumo ambiental de tabaco (FAT), desenvolvimento psicomotor, sintomas respiratórios, intercorrências infecciosas, internamentos e participação em
atividades físicas das crianças. O inquérito será efetuado na consulta pelos investigadores do projeto, (Anexo 1) e deve ser complementado com os dados do Boletim de Saúde Infantil e Juvenil e com os dados do registo dos RNMBP.
No mesmo dia será realizada a observação clínica com avaliação da somatometria, malformações, conformação torácica e parâmetros respiratórios (frequência respiratória em repouso, saturação periférica de oxigénio e auscultação pulmonar).
Tarefa 3: Estudo funcional respiratório (EFR)
Todas as crianças executarão prova da marcha de 6 minutos (6mwt – six minutes walk test), espirometria e prova de broncodilatação desde que não apresentem doença respiratória aguda ou outras precauções/contra indicações para a realização das provas. Serão determinados peso e altura no dia do estudo.
A prova da marcha de 6 minutos, pretende determinar a distância que um individuo consegue caminhar num período de 6 minutos. Será realizada de acordo com as regras da ATS32 e por questões de segurança, apenas naqueles que apresentem normotensão e frequência cardíaca normal e após 4h de pausa de exercício físico.
Antes e depois da caminhada, será medida a saturação periférica de oxigénio e a frequência cardíaca.
A espirometria será efetuada com recurso a Jaeger PFT Viasys Healthcare®, Germany, versão 5.3.0 de acordo com regras padronizadas de execução e análise da American Thoracic Society/European Respiretory Society (ATS/ERS).33
Os dados serão registados e analisados posteriormente em simultâneo com as curvas débito-volume utilizando equações atuais e para todos os grupos etários. Os valores de FEV1, FVC e FEV1/FVC serão interpretados de acordo com a idade, género, altura e raça/etnia da criança.34
Prova de broncodilatação, consiste na realização de espirometria 15 minutos após a inalação de Salbutamol (200μg). A prova é considerada positiva quando existe variação significativa de FEV1 após inalação de broncodilatador (ie: aumento>12% e 200mL relativamente ao estudo basal).35
A prova de broncoconstrição de esforço com tapete rolante será efetuada de acordo com as recomendações da ATS.36,37 As provas de broncoprovocação serão efetuadas numa segunda visita ao laboratório apenas nas crianças colaborantes e com exames basais que cumpram os critérios de acordo com as normas já mencionadas.
Os procedimentos serão explicados e exemplificados. Durante a realização da espirometria serão utilizados incentivos informáticos.
Tarefa 4: Tratamento estatístico dos dados
Desenho do estudo: observacional, transversal, prospetivo População do estudo
Grupo I e Grupo II previamente definidos Seleção e tamanho da amostra
Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão à população base, a população alvo será:
-Grupo I: 49 crianças/ pré- adolescentes entre os 9-11 anos com diagnóstico de DBP nascidos entre 2005-2007 no HSM-CHLN e inseridas no registo RNMBP.
- Grupo II: 49 crianças/ pré- adolescentes nascidos com <32 semanas de gestação e/ou PN <1501g, sem DBP entre 2005 -2007 no HSM- CHLN (por cada criança participante com DBP no ano de 2005-2007, será identificada uma criança do Registo dos RNMBP sem DBP nascida no mesmo intervalo de tempo – ratio 1:1).
O recrutamento será feito via telefone, sendo excluídos aqueles que não atendam o telefone após 3 chamadas telefónicas ou que se recusem a colaborar.
Para cada criança/pré-adolescente com DBP nascido no período de 2005-2007 será identificado, no Registo dos RNMBP, a criança/pré-adolescente nascido exatamente a seguir sem o diagnóstico de DBP e convidado a participar. Se recusar/ não atender o telefone após 3 chamadas, criança/ pré-adolescente subsequente elegível será convidada até ser conseguida uma correspondência ajustada para o género.
Recolha de dados
Na primeira consulta será realizado o questionário, observação clínica, 6mwt e o estudo da função respiratória. Numa eventual segunda visita será efetuada prova de broncoconstrição de esforço com tapete rolante às crianças/pré-adolescentes colaborantes e com exames basais que cumpram os critérios necessários. Em ambas ocasiões as provas apenas serão realizadas conquanto a criança/pré-adolescente esteja livre de doença respiratória aguda há pelo menos 3 semanas. A 6mwt e a prova de broncoconstrição serão efetuadas em ocasiões diferentes de forma a permitir uma ausência de esforços físicos nas 4h prévias à realização de ambas as provas.
Se não for possível obter resultados adequados do estudo funcional respiratório por insuficiente colaboração da criança/pré-adolescente, poderá ser marcada uma visita adicional para a sua realização de acordo com disponibilidade dos participantes.
Figura 1. Esquema exemplificativo do projeto: 1 coorte de crianças com DBP nascida em 2005-2007 e os correspondentes prematuros sem DBP
Tratamento e análise estatística
Os dados serão introduzidos numa base depois de codificados de forma a manter anonimização. Na análise descritiva os valores serão expressos em números absolutos e percentagens; médias e desvios-padrão ou medianas e intervalos interquartis dependendo do tipo de variável. Posteriormente será feita comparação entre os dois grupos com cálculos de estimativas de risco relativo (RR) e respetivos intervalos de 95% de confiança.
Será estabelecido um nível de significância de 5% para aplicação de testes estatísticos, excepto se ocorrerem limitações extremas dos tamanhos de amostra, caso em que será adotado o nível de 10%.
Toda a análise estatística será executada usando o programa estatístico SPSS versão 22.0 ou superior.
Crianças/pré adolescentes internadas na UCIN do HSM-CHLN e incluídas no Registo de RNMBP
Crianças com diagnóstico de DBP
2005-2007
Após critérios de exclusão
N= 49
Crianças < 32 semanas e/ ou PN< 1501 g sem o diagnóstico de DBP
2005-2007
População alvo:
49
Questionário, observação clinica, função pulmonar, capacidade física
Fluxograma do projeto
Calendário Tarefa
Out/16 – Mar/17 Maio/17 – Jul/16
1 Equipa: CS, MA
2 Equipa: CS, CC, AS
Carga: 2x semana
3 Equipa: CS, CC, AD, AMS
Carga: 2x semana
4 Equipa: CS, CC, AS, TB
7. Resultados previsíveis
O melhor esclarecimento da função pulmonar das crianças com a “nova” DBP e a documentação da existência/ausência de HRB nestas crianças, servirá como contributo na compreensão da história natural da doença e a sua evolução para doença pulmonar crónica do adulto. As consequências previsíveis deste programa seriam: redução da morbilidade associada à DBP através da implementação de programas terapêuticos direcionados.
A disseminação do projeto far-se-á através da comunicação e publicação de resultados em revistas, reuniões e congressos nacionais e internacionais relevantes.
8. Implicações éticas
As questões éticas serão contempladas nas diferentes fases do protocolo. A participação será livre e dependerá do consentimento escrito, informado e explicado oralmente, dos pais, ou representantes legais, e assentimento da criança, de acordo com orientações da Declaração de Helsínquia.
As alterações encontradas nos testes realizados serão comunicadas ao médico assistente através do Boletim Individual de Saúde.
O projeto já foi aprovado pela Comissão de ética do Centro Académico de Medicina de Lisboa em 15/09/2016 (anexo 2)
9. Bibliografia
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3. Eber E, Zach MS. Long term sequelae of bronchopulmonary dysplasia (chronic lung disease of infancy). Thorax 2001; 56: 317-323.
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23: 349-358
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BPD predicts lung function at school age: follow- up study and meta-analysis.
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25. Airway hiperresponsiveness to mannitol and methacholine and exhaled nitric oxide: A random- sample population study.
26. Avital A, Springer C et al. Adenosine, methacholine, and exercise challenges in children with asthma or paediatric chronic obstructive pulmonary disease.
Thorax 1995;50:511-516
27. Godfrey S, Springer C et al. Exercise but not methacholine differentiates asthma from chronic lung disease in children. Thorax 1991;46:488-492
28. Kalliola S, Malmberg LPet al. Assessing direct and indirect airway
hyperresponsiveness in children using impulse oscillometry. Ann Allergy Asthma Immunol. 2014;113(2):166-72
29. Tsopanoglou SP1, Davidson J, Goulart AL, Barros MC, dos Santos AM. Functional capacity during exercise in very-low-birth-weight premature children. Pediatr Pulmonol. 2014;49(1):91-8
30. Clemm H, Roksund O, Thorsen E, Egil Eide G, Markestad T, Halvorsen T. Aerobic capacity and exercise performance in young people born extremely preterm.
Pediatrics 2012; 129 (1): e97-105.
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319–338
34. www.dgs.pt PNDR 2012-2016 Boas práticas e orientações estratégicas para o controlo da asma no adulto e na criança.
35. Ferreira JMR et al. Provas de função pulmonar – controlo de qualidade (2ª parte). Rev Port Pneumol 2002; VIII (1): 33-63
36. American Thoracic Society. ATS Statement: Guidelines for Methacoline and exercice challenge testing – 1999.Respir Crit Care Med 2000; 309-329.
37. American Thoracic Society. An official ATS Clinical Practice Guideline: Exercice – induced bronchoconstrition.Respir Crit Care Med 2013; 1016-1027.
10. Orçamento do projecto
Euros
Aquisição de Serviços 885
Deslocações no país e/ou estrangeiro para apresentação
de resultados à comunidade científica 1300
Deslocação para frequência de cursos 1000
Despesas correntes 700
Despesas gerais 1075
TOTAL 4960
11. Descrição dos participantes Catarina Salgado
Interna do 3º ano Complementar de Pediatria. Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro Académico de Medicina
Carolina Constant
Assistente hospitalar. Unidade de Pneumologia. Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro Académico de Medicina
Andreia Descalço
Técnica Cardiopneumologista do Laboratório Pediátrico de Função Respiratória do Hospital de Santa Maria
Ana Margarida Silva
Técnica Cardiopneumologista do Laboratório Pediátrico de Função Respiratória do Hospital de Santa Maria
Margarida Abrantes
Assistente hospitalar. Serviço de Neonatologia, Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro Académico de Medicina Teresa Bandeira
Assistente Hospitalar Graduada de Pediatria
Professora Auxiliar Convidada da Faculdade de Medicina de Lisboa
Responsável pelo Laboratório Pediátrico de Estudos da Função Respiratória e do Sono do Serviço de Pediatria Médica.
Coordenadora da Unidade de Pneumologia. Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro
Académico de Medicina Colaboradora do ISAMB Ana Saianda
Assistente hospitalar. Unidade de Pneumologia. Serviço de Pediatria, Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria – Centro Hospitalar Lisboa Norte, Centro Académico de Medicina
12. Anexos
Anexo 1. Questionário clínico e exame objetivo
MODELADORES DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE CRIANÇAS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR
QUESTIONÁRIO CLÍNICO E EXAME OBJETIVO
Identificação
Nome:
NSC:
Sexo: F M
Data Nascimento: - -
Etnia:
Morada:
Telefone:
Data do inquérito: - -
Critérios de Exclusão
Critérios de exclusão
Grupo I
Tem alguma das seguintes doenças?
Cardiopatia congénita Sim Não
Malformações congénitas major Sim Não
Doenças genéticas Sim Não
Imunodeficiência Sim Não
Critérios de exclusão
Grupo II
Tem alguma das seguintes doenças?
Displasia Broncopulmonar Sim Não
Cardiopatia congénita Sim Não
Malformações congénitas major Sim Não
Doenças genéticas Sim Não
Imunodeficiência Sim Não
Inquérito na Consulta
Antecedentes familiares
Pai: Idade: Anos Mãe: Idade Anos
Educação
Pai: A. Escolaridade Mãe: A. Escolaridade
A 1. Não frequentou escola; 2.<9 anos; 3. 9 – 12 anos; 4. 13 - 15anos 4.16 anos
Ocupação Pai: Profissão:
GG 1 ; 2 ; 3 ; 4 ; 5 6 7 8 anos
Mãe: Profissão:
GG 1 ; 2 ; 3 ; 4 ; 5 6 7 8 anos
GG 1. Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores
2. Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas 3. Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio
4. Pessoal Administrativo e Similares 5. Pessoal dos Serviços e Vendedores
6. Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas 7. Operários, Artífices e Trabalhadores Similares
8. Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores de Montagem 9. Trabalhadores Não Qualificados
Classificação Nacional de Profissões de acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional
Irmãos: Sim Não Nº mais velhos: Nº mais novos:
Doenças:
Pai: ____________________________________________________________
Mãe: ___________________________________________________________
Irmãos: _________________________________________________________
Outros:_________________________________________________________
12.1.1.1.1.1
Tem animais domésticos?: cão ; gato ; pássaro ; outro Especifique
Habitação: D 1 ; 2 ; 3 ; 4 ; 5
D 1. Quantas divisões (sem casas de banho e cozinha)?
2. Quantas pessoas vivem na sua casa?
3. Quantas pessoas dormem no quarto da criança?
Quarto próprio (QP); nº pessoas
4. Alguma das pessoas do quarto fuma? A Sim; B. Não 5. A criança tem cama própria? A Sim; B. Não História familiar positiva para exposição a tabagismo passivo
Pai:
Fuma regularmente? (> 1 cigarro/dia): Sim Não
Se sim: Cigarros Nº/dia Charutos Nº/dia Cachimbo Se deixou de fumar, diga quando: Ano
Mãe:
Gravidez
Fuma regularmente? (> 1 cigarro/dia): Sim Não
Se sim: Cigarros Nº/dia Charutos Nº/dia Cachimbo Se deixou de fumar, diga quando: Ano
Outro convivente intra-domiciliário
Antecedentes Pessoais
Gravidez: vigiada? Sim Não Tempo gestação: sem
Maturação pulmonar Completa
Intercorrências: ______________________________
Parto:
Eutócico Fórceps Ventosa Cesariana IA __/__
Peso ao nascer: g Comprimento cm PC cm Reanimação neonatal? Sim Não
Se sim como: ________________________________________________
Surfactante sala de partos Surfactante UCIN
Surfactante sala de partos + UCIN
Período neonatal
Internamento em UCI N Tempo dias
Oxigenioterapia Tempo dias semanas (idade pós menstrual) FiO2 > 0,3 Tempo dias semanas (idade pós menstrual)
Ventilação não invasiva (VNI) Tempo dias semanas (idade pós menstrual)
Ventilação mecânica (VM) Tempo dias semanas (idade pós menstrual)
Traqueostomia
Corticoide Qual? __________________________
Diurético Qual? ____________________________
Persistência do canal arterial Tratamento___________________________
Retinopatia da prematuridade Hipertensão pulmonar
Hemorragia intraventricular
Enterocolite necrosante
Intercorrência infeciosa Sépsis Meningite Pneumonia
Dependência tecnológica às 36 sem de idade corrigida O2 VNI VM Dependência tecnológica na alta O2 VNI VM Traqueostomia Outros: ____________________________________________________________
Alimentação
Aleitamento materno
Aleitamento exclusivo Até quando? mês
Ainda era amamentado: ao 1º mês ; 1- 4º mês : 3. 4- 6º mês Diversificação alimentar aos meses
Intercorrências Quais? _________________________________________
Desenvolvimento/neurológico
Estaturo ponderal adequado Peso P Estatura P
Má progressão estaturo ponderal Desde quando? ____________________
Psicomotor adequado
Atraso global do desenvolvimento psicomotor Perturbação do desenvolvimento intelectual Paralisia cerebral
Perturbação do espectro do autismo Défice de atenção e hiperatividade Dificuldades de aprendizagem
Perturbação específica da linguagem
Outro Qual? __________________________________________________
Frequentou ou frequenta creche, infantário ou escola? Não Sim Ama: (> 3 crianças ou <3 crianças ) desde: ____ m/anos;
Creche ou Infantário: ; desde: ____ m/anos;
Escola: ; desde: ___ m/anos Atualmente: ________________
Se está na escola: Excelente Bom Mau Péssimo aluno Já reprovou? Estatuto especial
Atividade física
Na escola Que tipo?
- Andar Correr Bicicleta Natação
- Futebol Basquetebol Voleibol Artes marciais - Outro Qual?____________________
Fora da escola Que tipo?
- Andar Correr Bicicleta Natação
- Futebol Basquetebol Voleibol Artes marciais - Outro Qual?____________________
- Competição
Frequência
Baixa: ≤ 1x/semana: Moderada: 2-3x/semana:
Elevada: ≥ 4x/semana: Todos os dias
Duração
Baixa: ≤ 1h/semana: Moderada: 2-3h/semana:
Elevada: ≥ 4h/semana:
Sistema Respiratório
Episódios de dificuldade respiratória nos últimos 12 meses pieira tosse farfalheira
Se dificuldade respiratória ou pieira Número de crises por ano? ________
Necessidade de broncodilatador corticoide nas crises?
Necessidade de internamento nas crises Se tosse nos últimos 12 meses
Frequência? ________
Após o exercício
Sem relação com infeção respiratória Diagnóstico de sibilância recorrente
Número de crises por ano? ________
Todas associadas a coriza
Necessidade de broncodilatador corticoide nas crises?
Necessidade de internamento nas crises
Tratamento de manutenção Qual? ___________________
Seguimento em consulta Diagnóstico de asma
Idade de início ____________
Número de crises por ano? ________
Necessidade de broncodilatador corticoide nas crises?
Necessidade de internamento nas crises
Tratamento de manutenção Qual? ___________________
Seguimento em consulta
Diagnóstico de hipertensão pulmonar Seguimento em consulta
Tratamento Qual? ___________________
Malácea das vias aéreas Laringe Traqueia Brônquios Seguimento em consulta
Tratamento Qual? ___________________
Outros _________________________________________________________
Outros tratamentos ______________________________________________
Dependência tecnológica em ambulatório
Oxigénio FiO2 % 24 h noturno Tempo: meses VNI 24 h noturno Tempo: meses
VM Tempo: meses Traqueostomia Tempo: meses
Sistema CV
Cor pulmonale Tratamento Qual? _________________________________
Outras doenças ___________________________________________________
Se sim tratamento Qual? ___________________________________________
Olhos
Doenças: ___________________________________________________________
Se sim tratamento Qual? ___________________________________________
ORL
Doenças: ___________________________________________________________
Se sim tratamento Qual? ___________________________________________
Sistema GI
Refluxo gastro esofágico Tratamento Qual? _________________________
Outras doenças ___________________________________________________
Se sim tratamento Qual? ___________________________________________
Outros
Roncopatia SAOS Eczema Rinite
Alergia a polens alimentar
Outros __________________________________________________________
Intercorrências infecciosas
Otites médias agudas frequentes Nasofaringites recorrentes
Pneumonia Número ____
Outra __________________________________________________________
Seguimento em consulta Neonatologia
Pneumologia Alergologia
Pediatria Geral
Outra Qual:_______________________________________________________
Motivo de seguimento: _______________________________________________
Internamentos Número _____/ ano
Ultimo internamento: _______ (mês)/____(ano) aos anos (idade da criança) Motivos de internamento:
1. _____________________________________
Tratamento: Salbutamol Ipratrópio Corticoide oral Antibiótico Outro Qual? _________________________________________
Dependência tecnológica: O2 VNI VM Traqueostomia
2. _____________________________________
Tratamento: Salbutamol Ipratrópio Corticoide oral Antibiótico Outro Qual? _________________________________________
Dependência tecnológica: O2 VNI VM Traqueostomia
3. _____________________________________
Tratamento: Salbutamol Ipratrópio Corticoide oral Antibiótico Outro Qual? _________________________________________
Dependência tecnológica: O2 VNI VM Traqueostomia
4. Outros internamentos
Motivos ______________________________________________________
12.1.1.2 Exame Objectivo
Peso (kg/P): Comp./Altura (cm/P):
Otoscopia: Fossas Nasais: SpO2:
Orofaringe:
Deformação cranio-facial:
Conformação torácica:
Malformações:
Hipocratismo digital:
AP:
Mv mantido e simétrico Sim Não Aumento do tempo expiratório Sim Não Sibilos dispersos Sim Não
Sibilos localizados Sim Não Onde?___________________
Fervores dispersos Sim Não
Fervores localizados Sim Não Onde? ___________________
Outros ruídos adventícios?
Anexo 2. Parecer da Comissão de ética