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Sendo assim, para deixar minha contribuição, nós do grupo concurseiro24horas, resolvemos montar este curso direcionado para o concurso

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Academic year: 2022

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OLÁ, MEUS QUERIDOS CONCURSEIROS!

Quero primeiramente me apresentar. Meu nome é Sidney dos Reis moro em Rondônia. Sou servidor público da Secretária do Estado de Justiça, desde julho de 2010 e, também faço parte da equipe de professores do portal concurseiro24horas, trabalhando com questões comentadas de Direito Previdenciário. Meu objetivo é contribuir de forma satisfatória para a sua aprovação neste tão esperado concurso para AFT.

Muitos de vocês aguardavam inquietos a publicação do tão esperado edital para AFT/201, quando isso ocorreu, o que era tão aguardado se tornou a primeiro momento um obstáculo diante das surpresas apresentadas pelo CESPE/UNB (típico do examinador), digo um obstáculo a primeiro momento, por que tenho convicção que muitos de vocês estão preparados para superar esse obstáculo e muitos outros que possam, e vão surgir ao longo da caminha.

Tornem esse obstáculo em um desafio, e lute pelos seus ideais, fácil todos nós sabemos que não é, mas seja forte e permaneça firme para conquistar os seus sonhos.

FDP = FOCO - DETERMINAÇÃO - PERSEVERANÇA

Seja fiel no cumprimento de todos os seus deveres. Execute com capricho e amor todas as tarefas que recebe, embora pareçam insignificantes. Qualquer coisa que esteja fazendo, por menor que seja, é um passo à frente em seu progresso.

Realize suas tarefas todas, como se delas dependesse - como de fato depende - todo o seu futuro. (Autor desconhecido)

Sendo assim, para deixar minha contribuição, nós do grupo concurseiro24horas, resolvemos montar este curso direcionado para o concurso

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de Auditor Fiscal do Trabalho, abordando a fatia do edital que nos é pertinente, qual seja, o Direito Previdenciário.

O curso tem como metodologia à prática de resolução de questão juntamente com a teoria, sendo assim, iremos estudar de forma simplificada a teoria e praticá-la em resolução de exercícios por meio de questões de concursos anteriores elaboradas pelo CESPE/UNB, a célebre banca que será a realizadora deste concurso.

Deixo aqui uma ressalva, na impossibilidade de encontrarmos questões sobre determinado tema elaborado pelo CESPE/UNB, utilizaremos questões de outras bancas para fins de complemento, de forma que o estudo não seja prejudicado.

Para o estudo de nossa matéria, em complemento às aulas, aconselho indispensavelmente leitura dos arts. 194 a 204 da nossa Constituição Federal de 1988, da Lei nº 8.213/91 (Benefícios Previdenciários), Lei nº 8.212/91 (Plano de Custeio da Previdência), o Decreto nº 3.048/99, que consolida tanto a Lei nº 8.212/91 como a Lei nº 8.213/91, ambas devidamente ATUALIZADAS!

Você pode conseguir este material no site (www.planalto.gov.br). É importante ter o material completo, o texto do Decreto nº 3.048/99 é mais abrangente e atualizado que as leis, toda via, não recomendo abrir mão das leis, até mesmo por que são exigidas em edital.

IMPORTANTE: em se tratando do CESPE todo cuidado é pouco, pois em determinada questão pode acontecer de cobrar conforme Lei nº 8.212/91, em outro momento conforme o Decreto nº 3.048/99, é complicado entender o examinador, mas a realidade é essa. Ao longo de nossa trajetória outras leis irão surgir, mas irei comentá-las fazendo os apontamentos pertinentes.

O curso será composto de 7 (sete) aulas em formato pdf, onde trataremos os assuntos previstos no cronograma a seguir:

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Data Aula Tópicos

15/07/2013 Inaugural

1 Origem e evolução legislativa da Previdência Social no Brasil; 2 A Seguridade Social: Saúde; Assistência Social;

Previdência Social; 2.1 Objetivos Constitucionais da Seguridade Social; 2.2 Princípios implícitos na constituição federal.

18/07/2013 Aula 1

3 Beneficiários do Regime Geral de Previdência Social: 3.1 Segurados Obrigatórios: 3.1.1 Segurado empregado; 3.1.2 Empregado doméstico; 3.1.3 Trabalhador avulso; 3.1.4 Segurado Especial; 3.1.5 Contribuinte individual; 3.2 Segurado Facultativo; 3.3 Dependentes; 3.4 Das Inscrições e filiações. 4 Microempreendedor individual.

22/07/2013 Aula 2 Parte I

4 Planos de benefícios da previdência social: espécies de benefícios e prestações, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor do benefício:

Aposentadoria por invalidez; Aposentadoria por idade;

Aposentadoria por tempo de contribuição; Aposentadoria especial.

26/07/2013 Aula 2 Parte II

4 Planos de benefícios da previdência social: espécies de benefícios e prestações, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor do benefício: Auxílio- doença; Salário-Família; Salário-Maternidade; Auxílio- Acidente.

02/08/2013 Aula 2 Parte III

4 Planos de benefícios da previdência social: espécies de benefícios e prestações, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor do benefício: Pensão por morte; Auxílio-Reclusão; Serviço social; Reabilitação profissional.

09/08/2013 Aula 3 5 Salário-de-contribuição: conceito, 5.1 parcelas integrantes e excluídas, 5.2 limites mínimo e máximo; 5.3 salário-base.

16/08/2013 Aula 4

6 Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP. 7 Legislação acidentária. 7.1 Regulamento do seguro de acidentes do trabalho (urbano e rural). 7.2 Moléstia profissional.

23/08/2013 Aula 5

8 Legislação Previdenciária: conteúdo; fontes e autonomia.

Lei nº 8.212/1991 - Plano de Custeio da Previdência Social- PCPS: Título I - conceituação e princípios constitucionais;

Título II - da saúde; Título III - Da Previdência Social; Título IV - Da Assistência Social; Título V - Da Organização da Seguridade Social; Título VI - Do Financiamento da Seguridade Social e Capítulo I - Dos Contribuintes; Título

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VIII - Das Disposições Finais e Transitórias. Lei nº 8.213/1991 - Plano de Benefício da Previdência Social-PBPS.

30/08/2013 Aula 6

8 Legislação Previdenciária: Lei nº 8.212/1991 - VI - Do Financiamento da Seguridade Social e Capítulo I - Dos Contribuintes; Título VIII - Das Disposições Finais e Transitórias. Lei nº 8.213/1991 - Plano de Benefício da Previdência Social-PBPS.

Feito as considerações iniciais, passamos agora a resolução de questões, tratando primeiramente da origem e evolução legislativa da Previdência Social no Brasil.

01 – [CESPE – 2006 - AGU - Advogado da União] Após o modelo de previdência social concebido por William Beveridge, implantado na Inglaterra a partir de 1946, novos sistemas surgiram no cenário mundial: o social-democrata, adotado nos países nórdicos, cujo objetivo era assegurar rendas a todos mediante redistribuição igualitária; e o liberal ou residual, cujo exemplo mais expressivo é o do Chile, caracterizado, especialmente, pela individualização dos riscos sociais.

Certo [ ] Errado [ ]

A assertiva nos permite uma análise histórica para entendermos como surgiu a Previdência Social e sua perpetuação por diversos Países.

A seguridade social, como regime protetivo, surgiu a partir da luta dos trabalhadores por melhores condições de vida. As primeiras normas protetivas editadas tiveram caráter eminentemente assistencial. Em 1601, foi editado na

1 ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

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públicos aos necessitados, estabelecendo o marco da criação da assistência social.

Na Inglaterra, o Plano Beveridge (1941), reformado em 1946, elaborado pelo Lord Beveridge, tinha como objetivo constituir um sistema de seguro social que garantisse ao indivíduo proteção diante de certas contingências sociais, tais como a indigência ou incapacidade laborativa. A segurança social deveria ser prestada do berço ao túmulo (Social security from the cradle to the grave). O Plano Beveridge tinha como características estabelecer a universalidade de proteção social para todos os cidadãos; unificar os seguros sociais existentes;

igualdade de proteção social e tríplice forma de custeio, com predominância de custeio estatal.

Sob a ótica previdenciária, o primeiro ordenamento legal foi editado na Alemanha, por Otto Von Bismark, que instituiu diversos seguros sociais destinados aos trabalhadores. Criou-se, em 1883, o seguro-doença, que era obrigatório para os trabalhadores da indústria, custeado pelas contribuições dos empregados, dos empregadores e do Estado. Em 1884, criou-se o seguro de acidente de trabalho, ficando o custeio a cargo dos empregadores. Já em 1889, instituiu-se o seguro de invalidez e velhice, também custeado pelos trabalhadores, empregadores e Estado. Foi a primeira vez que o Estado ficou responsável pela organização e gestão de benefício custeado por contribuições recolhidas compulsoriamente das empresas.

As leis instituídas por Bismark, que criaram os seguros sociais, foram pioneiras para a criação da previdência social no mundo. Elas objetivavam evitar as tensões sociais existentes entre os trabalhadores, através de movimentos socialistas fortalecidos com a crise industrial.

Em seguida, outros países da Europa editaram suas primeiras leis de proteção social, toda via, o Plano Beveridge é tomado como ponto inicial no estudo da evolução histórica mundial dando origem à seguridade social moderna por meio da integração universal de todas as categorias de trabalhadores e, instituindo a cobrança compulsória de contribuições para financiar as três áreas da seguridade social: saúde, previdência social e assistência social.

O modelo trazido pelo Plano Beveridge foi substituído por alguns países, como Chile e Uruguai, por políticas previdenciárias sem qualquer participação do Estado, modelos estes, caracterizado especialmente, pela individualização dos riscos sociais (sistema de capitalização baseado em contas individuais operadas por entidades privadas).

No senário brasileiro, o seguro social iniciou-se com a organização privada, sendo que, aos poucos, o Estado foi apropriando-se do sistema por meio de políticas intervencionistas.

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No Brasil a preocupação com a proteção social do indivíduo nasceu com a necessidade de implantação de instituições de seguro social, de cunho mutualista e particular, podendo-se observar a criação das santas casas de misericórdia, montepios e sociedades beneficentes. As primeiras entidades a atuarem na seguridade social foram às santas casas de misericórdia, em 1553, que prestavam serviços no ramo da assistência social.

No ano de 1808 surgiu o montepio para a guarda pessoal de D. João VI. Os montepios são manifestações de Previdência Social que, mediante o pagamento de cotas garantia a seus membros o direito de deixar pensão por morte pagável a alguém de sua escolha. A assistência pública, no Brasil, foi prevista pela Constituição de 1824, cujo art. 179, § 31, garantia os socorros públicos.

Em 22 de junho de 1835 foi criada a primeira instituição privada, o Montepio Geral dos Servidores do Estado (Mongeral), espécie de associação de pessoas que contribuíam para a formação de um fundo para cobrir a ocorrência de determinados infortúnios. Através da Lei nº 3.397 de 24 de novembro de 1888 o Governo autoriza a criação de uma “Caixa de Socorro” para os trabalhadores de cada uma das estradas de ferro estatais e, a partir de então no ano de 1889, passou a ser criado um montepio para os funcionários dos Correios, fundo de pensão para os empregados das Oficinas da Imprensa Régia.

Apesar da existência dos diversos dispositivos legais sobre a matéria, a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923) é considerada como marco inicial da Previdência no Brasil, porque ela de fato estruturou o sistema previdenciário através da criação das CAPs, tornando assim, o sistema previdenciário organizado.

QUESTÃO CORRETA

02 – [CESPE - 2013 - SEGER-ES - Analista Executivo - Adaptada] Apesar de não ser a primeira norma a tratar de seguridade social, a Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nº 4.682/1923) é considerada pela doutrina majoritária o marco inicial da previdência social brasileira.

Certo [ ] Errado [ ]

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O Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923 (Lei Eloy Chaves), como ficou conhecida, é entendida pela doutrina majoritária com o MARCO INICIAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL EM NOSSO PAÍS.

A Lei Eloy Chaves instituiu para as categorias dos ferroviários as CAIXAS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES (CAPs), contemplando-os com os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária (atual aposentadoria por tempo de contribuição), a pensão por morte e a assistência médica. Essas CAPs eram individualizadas, o que vale dizer que, existia uma para cada empresa ferroviária, e eram organizadas mediante as contribuições dos trabalhadores das empresas. Os beneficiários eram os empregados e diaristas que executavam serviços de caráter permanente nas empresas de estrada de ferro existentes no país.

ATENÇÃO: Embora a Lei Eloy Chaves seja considerada o marco inicial da Previdência Social no Brasil, não é verdade que ela tenha sido a primeira norma jurídica a tratar de assuntos previdenciários, antes dela já existia outras leis esparsas que tratavam de determinados temas relacionados à previdência.

A Lei Eloy Chaves é entendida como marco inicial da Previdência porque ela de fato estruturou o sistema previdenciário através da criação das CAPs, tornando assim, o sistema previdenciário organizado. Desse modo, os benefícios da Lei Eloy Chaves foram estendidos aos empregados das empresas portuárias, de serviços telegráficos, de água, transporte aéreo, gás, mineração, entre outras, que posteriormente foram unificadas na Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos.

Em 1933, surgem os IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões), decorrente da unificação das Caixas de Aposentadoria e Pensões - CAPs. Os IAPs são autarquias de nível nacional, centralizadas no governo federal, organizados em torno de categorias profissionais.

LEMBRE-SE: As caixas de aposentadorias e pensões (CAPS) eram organizadas por empresas, DIFERENTE dos institutos de aposentadorias e pensões (IAPS) que eram organizados em torno das categorias profissionais.

O primeiro instituto a ser criado foi o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), através do Decreto nº 22.872, em 29/06/1933. Em seguida, surgiram vários outros como: Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) em1934, Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB) em 1934, Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) em 1936, Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP)em 1953.

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A organização dos IAPs em torno de categorias profissionais permite uma maior abrangência de modo que, dentro de um IAPs é possível um maior número de pessoas, pois incorpora todos os trabalhadores de uma mesma categoria, diferentemente das CAPs, que eram compostas apenas por trabalhadores da mesma empresa.

QUESTÃO CORRETA

03 – [CESPE - 2010 - DPU - Defensor Público] A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo n.º 4.682/1923), considerada o marco da Previdência Social no Brasil, criou as caixas de aposentadoria e pensões das empresas de estradas de ferro, sendo esse sistema mantido e administrado pelo Estado.

Certo [ ] Errado [ ]

A Lei Eloy Chaves, Decreto Legislativo nº 4.682, de24/01/1923, foi a primeira norma a instituir no país a previdência social, com a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs) para os ferroviários. Considerado o marco da previdência social no Brasil, a referida lei estabeleceu que cada uma das empresas de estrada de ferro deveria ter uma caixa de aposentadoria e pensão para os seus empregados. A primeira foi a dos empregados da Great Western do Brasil. A década de 20 caracterizou-se pela criação das citadas caixas, vinculadas às empresas e de natureza privada. Eram assegurados os benefícios de aposentadoria e pensão por morte e assistência médica. O custeio era a cargo das empresas, dos trabalhadores e do Estado.”

A previdência social no Brasil era de natureza privada, uma vez que, não era o Estado o responsável em arrecadar recursos previdenciários, mas sim determinar que as empresas de estrada de ferro criassem as caixas de aposentadoria e pensão para a concessão de benefícios.

O modelo contemplado pela Lei Eloy Chaves assemelhava-se ao modelo alemão de 1883 (modelo de Bismarck, governante alemão daquela época), que apresentava as seguintes características: (a) a proteção não era universal, geralmente limitada aos trabalhadores; (b) financiamento por meio de contribuições dos trabalhadores, das empresas e do Estado; (c) regulamentação e supervisão a cargo do Estado; e (d) ação limitada a

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Quanto à manutenção, o Estado contribuía também, mas o fazia juntamente com os trabalhadores e a empresa. O enunciado da questão faz transparecer que a manutenção caberia apenas ao Estado.

No que tange à administração, eram dirigidas por sociedades civis, independentes do governo, veja o transcrito do artigo 41 da referida Lei Eloy Chaves:

“Art. 41. A Caixa de Aposentadorias e Pensões dos ferroviários será dirigida por um Conselho de Administração, de que farão parte o superintendente ou inspector geral da respectiva empresa, dois empregados do quadro - o caixa e o pagador da mesma empresa - e mais dois empregados eleitos pelo pessoal ferroviário, de três em três anos, em reunião convocada pelo superintendente ou inspector da empresa ferroviária”.

O erro da questão consiste em dizer que será mantido e administrado pelo Estado.

QUESTÃO ERRADA

04 – [CESPE - 2010 - TCE-BA – Procurador] Na evolução da previdência social brasileira, o modelo dos institutos de aposentadoria e pensão, que abrangiam determinadas categorias profissionais, foi posteriormente substituído pelo modelo das caixas de aposentadoria e pensão, que eram criadas na estrutura de cada empresa.

Certo [ ] Errado [ ]

Caixas de aposentadoria e pensão (CAPs) - criadas por meio da Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923) para os empregados das empresas ferroviárias, tinha como finalidade assegurava, para esses trabalhadores, os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária (equivalente à atual aposentadoria por tempo de contribuição), pensão por morte e assistência médica. Os beneficiários eram os empregados e diaristas que executavam serviços de caráter permanente nas empresas de estrada de ferro existentes no País. Essas CAPs eram individualizadas, o que vale dizer que, existia uma para cada empresa ferroviária, e eram organizadas mediante as contribuições dos trabalhadores das empresas.

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Institutos de aposentadorias e pensões – Criado em 1933, os IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões), decorrente da unificação das Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAPs. Os IAPs são autarquias de nível nacional, centralizadas no governo federal, organizados em torno de categorias profissionais.

A Lei Eloy Chaves por meio do Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923 instituiu para as categorias dos ferroviários as CAIXAS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES (CAPs), posteriormente ocorreu a unificação das CAPs, dando origem aos Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPs no ano de 1933. O primeiro instituto a ser criado foi o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), através do Decreto nº 22.872, em 29/06/1933. Em seguida, surgiram vários outros como:

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) em 1934,

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB) em 1934,

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) em 1936,

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP) em 1953.

Podemos observar que o examinador inverteu as bolas, com a finalidade de confundir o candidato.

QUESTÃO ERRADA

05 – [CESPE - 2013 - SEGER-ES - Analista Executivo – Adaptada] A Constituição de 1934 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio da previdência, realizada com contribuições do Estado, do empregado e do empregador.

Certo [ ] Errado [ ]

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Em 1934 a nossa Carta Magna além de mencionar a competência do Poder Legislativo para instituir normas de aposentadoria e proteção social ao trabalhador e à gestante. Foi criado também o Regime do servidor público que previa da aposentadoria compulsória dos funcionários públicos aos 68 anos de idade, bem como a sua aposentadoria por invalidez e os proventos integrais em determinadas situações, passou também a disciplinar a forma de custeio dos institutos, no caso tríplice (ente público, empregado e empregador). A Constituição Federal de 1934 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio, constituindo um relevante passo para o equilíbrio financeiro do sistema.

Dispunha o artigo 121, §1º, alínea “h”: “assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte”.

QUESTÃO CORRETA

06 – [CESPE - 2012 - DPE-ES - Defensor Público] A publicação, em 1954, do Decreto n.º 35.448, que aprovou o Regulamento Geral dos Institutos de Aposentadorias e Pensões, é considerada, pela doutrina majoritária, o marco inicial da previdência social brasileira.

Certo [ ] Errado [ ]

Como já vimos, o marco inicial da previdência social é a Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923), responsável pela criação das caixas de aposentadorias e pensões (CAPs) para os empregados das empresas ferroviárias, contemplando-os com benefícios de aposentaria por invalidez, aposentadoria ordinária (nossa aposentadoria por tempo de contribuição atualmente), a pensão por morte e a assistência médica. A partir de então, passou a surgir no Brasil diversas outras caixa de aposentadorias e pensões.

Mas a primeira foi das empresas ferroviárias, e existia uma CAPs para cada empresa.

A partir de 1933, iniciou-se uma nova fase com a criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões, entidades de proteção social que reuniam

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categorias profissionais. Os institutos, ao serem organizados por categorias profissionais, passaram a ter um abrangência maior, ou seja, nível nacional.

O primeiro instituto a ser criado foi o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), através do Decreto nº 22.872, em 29/06/1933. Em seguida, surgiram vários outros como:

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) em 1934,

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB) em 1934,

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) em 1936,

 Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP) em 1953.

Em 1954, o Decreto n° 35.448 aprovou o Regulamento Geral dos Institutos de Aposentadorias e Pensões, uniformizando todos os princípios gerais aplicáveis a todos os institutos de aposentadoria e pensões.

QUESTÃO ERRADA

07 – [CESPE - 2010 - DETRAN-ES – Advogado] A Lei n.º 3.807/1960, conhecida como Lei Orgânica da Previdência Social, notabilizou-se por ter uniformizado a legislação previdenciária dos diversos institutos de aposentadoria e pensão.

Certo [ ] Errado [ ]

Os institutos de aposentadorias e pensões foram frutos de diversos diplomas legais diferentes. Por conseguinte, operavam de forma distinta, fazendo-se, cada vez mais, necessária a uniformização da legislação aplicável a Previdência Social, bem como a sua unificação administrativa, com a criação de um instituto único para todos.

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No ano de 1945, diversas tentativas foram realizadas no sentido de uniformizar e unificar a Previdência Social, no entanto, somente em 28 de agosto de 1960, com a edição da Lei nº 3.807/1960, chamada de Lei Orgânica da Previdência Social (Lops), foi possível a uniformização da legislação previdenciária, o mesmo disposto permitiu a inclusão de novos benefícios como o auxílio-reclusão, o auxílio-funeral e o auxílio-natalidade, e abrangendo um maior número de segurados, como os empregadores e os profissionais liberais. A unificação administrativa só veio ocorrer em 1966, por meio do Decreto nº 72, o que permitiu a fusão dos institutos de aposentadorias e pensões (IAP’s), originando o Instituto Nacional de previdência Social (INPS).

QUESTÃO CORRETA

08 – [C24HORAS – 2013 - MTE - Ministério do Trabalho e Emprego – Auditor Fiscal do Trabalho - Inédita] A Lei nº 8.029 de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS (fusão do INAMPS e IAPAS), vinculado ao então Ministério da Previdência e Assistência Social, tendo sido regulamentado pelo Decreto nº 99.350, de 27/06/90.

Certo [ ] Errado [ ]

A Lei nº 8.029 de 12/04/1990, criou o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS (fusão do INPS e IAPAS), vinculado ao então Ministério da Previdência e Assistência Social, tendo sido regulamentado pelo Decreto nº 99.350, de 27/06/90. Os demais órgãos que faziam parte da estrutura do SINPAS foram lentamente extintos, permanecendo apenas até os dias atuais (2013) a DATAPREV.

O SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social), subordinado ao Ministério da Previdência Social – MPS, foi criado por intermédio da Lei nº 6.439/77 com a finalidade de reestruturar a Previdência Social, revendo as formas de concessão e manutenção de benefícios e serviços, e reorganizando a gestão administrativa, financeira e patrimonial. A seguir é apresentado a estrutura de operacionalização do SINPAS.

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Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) cuidava da concessão e manutenção das prestações pecuniárias;

Instituto Nacional de Assistência Médica de Previdência Social (INAMPS) tratava da assistência médica;

Fundação Legião Brasileira de Assistência (LBA) prestava assistência social à população carente;

Fundação do Bem-Estar do Menor (FUNABEM) promovia a execução da política do bem-estar social do menor;

Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREV) era responsável pelo processamento de dados da Previdência Social;

Instituto da Administração Financeira da Previdência Social (IAPAS) era responsável pela arrecadação, fiscalização, cobrança das contribuições e outros recursos e administração financeira;

Central de Medicamentos (CEME) responsável pela distribuição medicamentosas pessoas carentes.

Em consequência da fusão do INPS e IAPAS, como estes tinham respectivamente a função de conceder e controlar a manutenção de benefícios e arrecadar, fiscalizar e cobrar as contribuições previdenciárias passa então serem cumulativamente atribuições do INSS.

Atualmente o INSS não é responsável pela a arrecadação e fiscalização da Previdência Social. Pois, a Lei nº 11.098/05, criou a Secretaria da Receita Previdenciária vinculada ao Ministério da Previdência Social (MPS), retirando assim, a função de arrecadação e fiscalização das contribuições previdenciárias do INSS, e transferindo para o próprio MPS. No ano de 2007 foi editada a Lei nº 11.457, que transferiu a competência de arrecadar e fiscalizar as contribuições previdenciárias para a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), o mesmo diploma legal extinguiu a Secretaria da Receita Previdenciária. A SRFB é responsável pela arrecadação e fiscalização de todos os tributos federais, incluindo as contribuições sociais previdenciárias.

QUESTÃO ERRADA

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09 – [CESPE – 2008 - SEMAD/ARACAJU - Secretaria Municipal de Administração de Aracaju - Procurador Municipal] A positivação do modelo de seguridade social na ordem jurídica nacional ocorreu a partir da Constituição de 1937, seguindo o modelo do bem-estar social, em voga na Europa naquele momento. No caso brasileiro, as áreas representativas dessa forma de atuação são saúde, assistência e previdência social.

Certo [ ] Errado [ ]

A Constituição de 1937 não trouxe nenhuma positivação do modelo de seguridade na ordem jurídica nacional. Somente com a Constituição de 1988 com a inclusão do termo Seguridade Social pela primeira vez, foi possível definir a seguridade social como um conjunto integrado de ações do poder público e da sociedade a serem implementados na efetivação da saúde, assistência e previdência social, evidenciando a atuação do Estado em universalizar a proteção social contra os infortúnios da sua população.

É pertinente utilizarmos da oportunidade para fazer um síntese acerca do tema previdência social no contexto das Constituições Federais.

Constituição 1891 não faz menção a direitos previdenciários, exceto aposentadoria por invalidez aos funcionários públicos a serviço da nação. Foi a primeira Constituição a trazer em seu texto a expressão aposentadoria, a qual era devida apenas para os funcionários públicos em caso de invalidez, custeada integralmente pelo Estado. Artigo 75, da Constituição de 1891 cita que: "a aposentadoria só poderá ser dada aos funcionários públicos em caso de invalidez no serviço da Nação".

Constituição de 1934 além de mencionar a competência do Poder Legislativo para instituir normas de aposentadoria e proteção social ao trabalhador e à gestante. Foi criado também o Regime do servidor público que previa da aposentadoria compulsória dos funcionários públicos aos 68 anos de idade, bem como a sua aposentadoria por invalidez e os proventos integrais em determinadas situações, passou também a disciplinar a forma de custeio dos institutos, no caso tríplice (ente público, empregado e empregador). A Constituição Federal de 1934 foi a primeira a prever a forma tripartite de custeio, constituindo um relevante passo para o equilíbrio financeiro do sistema.

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Dispunha o artigo 121, §1º, alínea “h”: “assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte”. A Constituição faz referência pela primeira vez à expressão "

previdência", embora não a adjetivasse de social.

Constituição de 1937 estabeleceu "a instituição de seguros de velhice, de invalidez, de vida e para os casos de acidente do trabalho" (art. 137, m). A Carta Política de 1937 emprega a expressão seguro social, em vez de previdência social. A Constituição de 1937 não apresentou inovações em relação à Constituição de 1934, não versou sobre a forma de custeio e suprimiu o sistema tripartite de contribuição.

Constituição de 1946 a primeira a empregar o termo "previdência social" em seu texto. Retomou a forma tripartite de contribuição, mediante contribuição da União, do empregador e do empregado, em favor da maternidade e contra as consequências da doença, da velhice, da invalidez e da morte.

No ano de 1965 a Emenda Constitucional nº 11/65 acrescentou a Constituição de 1946 o princípio da precedência da fonte de custeio em relação aos benefícios e serviços, segundo o qual “nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício compreendido na previdência social poderá ser criada, majorada ou estendida sem a correspondente fonte de custeio total” que foi repetido nos textos seguintes e que proíbe a criação de benefícios sem a correspondente fonte de custeio total.

Constituição de 1967 não inova em relação à de 1946, exceto com a criação do seguro-desemprego no artigo 158, XVI, regulamentado pela Lei nº 4.923/65, com o nome de auxílio-desemprego. Assegura a aposentadoria à mulher aos 30 anos de serviço, com salário integral. Em 1981, a Emenda Constitucional nº 18, que alterou a CF/67, concedeu aposentadoria privilegiada para o professor e para a professora após 30 e 25 anos de serviço, respectivamente.

Constituição de 1988 finalmente consagrou a Seguridade Social, incluindo Previdência, Assistência Social e Saúde, destinado um capítulo inteiro ao tema e desvinculando totalmente o direito previdenciário do direito do trabalho, nos artigos 194 a 204.

A Seguridade Social é entendida como o gênero do qual são espécies desse

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sociais passaram a ser financiar as ações do Estado nestas três áreas, e não apenas no campo da previdência social. A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a adotar a expressão seguridade social, de forma a incluir previdência social, assistência social e saúde.

QUESTÃO ERRADA

10 – [CESPE - 2013 - DPE-RR - Defensor Público - Adaptada] A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência, à assistência social e à moradia.

Certo [ ] Errado [ ]

O art. 6º da CF/88 enumera os direitos sociais que, disciplinados pela Ordem Social, destinam-se à redução das desigualdades sociais e regionais.

Dentre eles está a seguridade social, composta pelo direito à saúde, assistência social e previdência social.

A Constituição Federal de 1988 traz, em seu Capítulo II, art. 194, disposições relativas à Seguridade Social. “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.

Assim, vale dizer que, a Seguridade Social é o gênero e à previdência social, à saúde e à assistência social são as espécies que integram esse gênero. O termo “seguridade” foi adotado pelo constituinte de 1988, a partir do termo espanhol seguridad. Por isso em Portugal fala-se em “segurança social”. Para nosso estudo, seguridade e segurança social são expressões

2 A SEGURIDADE SOCIAL: SAÚDE; ASSISTÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA SOCIAL

(18)

sinônimas. Da mesma forma, é comum chamar-se a previdência social de

“seguro social”, que para nosso estudo, devem também ser compreendidas como sinônimos.

Pela definição constitucional, a seguridade social compreende o direito à saúde, à assistência social e à previdência social, sendo que cada uma dessas espécies possui norma constitucional e infraconstitucional específica. Trata-se de normas de proteção social, destinadas a prover o necessário para a sobrevivência com dignidade, que se concretizam quando o indivíduo, acometido de doença, invalidez, desemprego, ou outra causa, não tem condições de prover seu sustento ou de sua família.

ATENÇÃO: Em provas de concursos é comum a banca organizadora inserir dentro do conceito de Seguridade Social algumas espécies que não pertença a esse gênero. Ex: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos, à previdência e à assistência social e à moradia. Veja que moradia, educação ou qualquer outra espécie não faz parte da Seguridade Social, APENAS SAÚDE, PREVIDÊNCIA SOCIAL e ASSISTÊNCIA SOCIAL INTEGRAM a SEGURIDADE SOCIAL.

QUESTÃO ERRADA

11 – [CESPE - 2011 - FUB - Médico do Trabalho] A seguridade social, destinada a assegurar o direito relativo à saúde e à assistência social, compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa exclusiva dos poderes públicos.

Certo [ ] Errado [ ]

Diante do que foi visto no comentário da questão anterior, podemos identificar dois erros nessa assertiva. Passamos para uma análise do art. 194, da CF/88,

“A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de

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iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.

A Constituição Federal de 1988 prevê que os direitos à Previdência Social fundam-se no modelo bismarckiano, ou seja, é necessário contribuir diretamente para o sistema para ter acesso aos benefícios do INSS. Já os direitos à Saúde e à Assistência Social seguem o modelo beveridge, isto é, os Poderes Públicos garantem uma prestação mínima a todos os cidadãos, independentemente de contribuição direta por parte dos beneficiados.

O modelo brasileiro de seguridade abrange a previdência e a assistência social e também o conjunto de ações destinadas à saúde, que é direito de todos e dever do Estado, garantido, mediante políticas sociais e econômicas, que visem à redução do risco de doença e de outros agravos, o acesso universal e igualitário a ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (art.

196 da CF).

QUESTÃO ERRADA

12 – [CESPE - 2010 - TCE-BA – Procurador] O conceito de seguridade social compreende a saúde, a previdência e a assistência social e está positivado expressamente no ordenamento jurídico brasileiro, tanto no texto constitucional quanto na legislação infraconstitucional.

Certo [ ] Errado [ ]

A Constituição Federal de 1988 traz, em seu Capítulo II, art. 194, disposições relativas à Seguridade Social. “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. Assim, vale dizer que, a Seguridade Social é o gênero e à previdência social, à saúde e à assistência social são as espécies que integram esse gênero. Concorrentemente temos a definição dada pelo Decreto nº 3.048/99, art. 1º, “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, e à previdência e à assistência social.

QUESTÃO CORRETA

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13 – [CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário - Área Administrativa] A previdência social, por seu caráter necessariamente contributivo, não está inserida no sistema constitucional da seguridade social.

Certo [ ] Errado [ ]

PREVIDÊNCIA SOCIAL, em um conceito simplório, é uma espécie de seguro social, denominado social em razão de atender a sociedade contra os riscos sociais. Os riscos sociais são os infortúnios que qualquer pessoa está sujeita ao longo de sua vida, como doenças, acidentes, invalidez, velhice etc.

Constituição Federal de 1988 em art. 194, trata da previdência social como uma das espécies da Seguridade Social, note o disposto transcrito a seguir: “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”.

A previdência social é comumente definida como seguro sui generis, pois é de FILIAÇÃO COMPULSÓRIA para os regimes básicos Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), além de coletivo, contributivo e de organização estatal, amparando seus beneficiários contra os riscos sociais. Dos três seguimentos da Seguridade Social à PREVIDÊNCIA SOCIAL é a única que tem CARÁTER CONTRIBUTIVO, ter caráter contributivo é o mesmo que depender de contribuição, significa dizer que, para o segurado gozar dos benefícios (prestação pecuniária, pagamento em dinheiro) e serviços (bem imaterial posto à disposição do beneficiário) previdenciários deverá fazer aportes (contribuições) a Seguridade Social para garantir direitos como segurado para si e seus dependentes.

O conceito é dado pelo art. 201 da CF, na redação dada pela EC 20, de 15.12.1998: “a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial”.

O RGPS está regulado pela Lei nº 8.212 (Plano de Custeio da Seguridade Social - PCSS) e Lei nº 8.213 (Plano de Benefícios da Previdência Social - PBPS), ambas de 24.07.1991, regulamentadas pelo Decreto nº 3.048, de 06.05.1999

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SAÚDE é direito de todos e dever do Estado (art. 196, CF/88), ou seja, independente de contribuição, qualquer pessoa tem o direito de obter atendimento na rede pública de saúde. A saúde é segmento da seguridade social que NÃO exige contribuição, ou seja, todos os cidadãos têm direito a requerer atendimento na rede hospitalar pública, inexistindo a possibilidade de limitação. O art. 196 da CF/88 dispõe que o direito à saúde deve ser garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

O dispositivo atende ao princípio da universalidade, seja da cobertura, seja do atendimento. Da cobertura, porque se dirige a todas as etapas: promoção, proteção e recuperação. Do atendimento, porque garante a todos o direito e o acesso igualitário às ações e serviços de saúde.

O serviço de assistência à saúde é serviço público, quer seja prestado diretamente pelo Estado ou pela iniciativa privada. A falta ou deficiência do serviço, caso acarrete dano para o usuário, poderá dar origem à responsabilidade objetiva do Estado e, consequentemente, ao dever de indenizar. A relação jurídica entre o titular do direito e o Estado garante apenas prestação de serviços, uma vez que não há até o momento previsão legal de pagamento de benefícios.

ASSISTÊNCIA SOCIAL será prestada a quem dela necessitar (art. 203, CF/88), ou seja, àquelas pessoas que não possuem condições de manutenção próprias, igualmente a saúde independe de contribuição para o sistema.

Entretanto sua abrangência é condicionada, tendo como requisito para a concessão do auxílio assistencial a impossibilidade do indivíduo conseguir manter suas necessidades básicas. Os objetivos da Assistência Social estão enumerados no art. 203 da CF/88: a proteção à família, à maternidade, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a habilitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Regulamentada pela Lei nº 8.742, de 07.12.1993, a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), defini assistência social como Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada por meio de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Isso significa que deve garantir ao assistido o necessário para a sua existência com dignidade. Em complemento as lacunas deixadas pela previdência social, umas vez que, esta é de caráter contributivo e atende apenas os segurados e seus

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dependes, a Assistência Social, é o instituto que melhor atende o preceito de redução das desigualdades sociais e regionais, pelo fato de ter como objetivos combate à pobreza, atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais, possibilitando aqueles não abarcados pela previdência e que se encontram em situação de necessidade, possam ser acolhidos pela assistência social.

PREVIDÊNBCIA SOCIAL: Direito do segurado e seus dependentes, Depende de contribuição prévia e Caráter compulsório.

SAÚDE: Direito de todos e dever do Estado, independe de contribuição.

ASSISTÊNCIA SOCIAL: Direito de todos os necessitados, independe de contribuição.

QUESTÃO ERRADA

14 – [CESPE - 2013 - SEGER-ES - Analista Executivo - Adaptada] A CF estabelece o caráter contributivo e a filiação obrigatória da seguridade social e determina a observância de critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.

Certo [ ] Errado [ ]

Constituição Federal de 1988 traz, em seu Capítulo II, art. 194, disposições relativas à Seguridade Social. “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social”. Assim, vale dizer que, a Seguridade Social é o gênero e à previdência social, à saúde e à assistência social

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Pela definição constitucional, a seguridade social compreende o direito à saúde, à assistência social e à previdência social, sendo que cada uma dessas espécies possui norma constitucional e infraconstitucional específica. Trata-se de normas de proteção social, destinadas a prover o necessário para a sobrevivência com dignidade, que se concretizam quando o indivíduo, acometido de doença, invalidez, desemprego, ou outra causa, não tem condições de prover seu sustento ou de sua família.

Das espécies que compõem a Seguridade Social, apenas a Previdência Social possui caráter COMPULSÓRIO e CONTRIBUTIVO.

ATENÇÃO: NÃO é a SEGURIDADE SOCIAL que tem caráter compulsório e contributivo e sim a PREVIDÊNCIA SOCIAL.

QUESTÃO ERRADA

15 – [CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Técnico Judiciário] A despeito do princípio constitucional da universalidade da cobertura e do atendimento, os menores de dezesseis anos não podem ser segurados do RGPS.

Certo [ ] Errado [ ]

O texto constitucional define os princípios constitucionais como objetivos da seguridade social que devem ser observados pelo Poder Público na organização

2.1 OBJETIVOS CONSTITUCIONAIS DA SEGURIDADE SOCIAL

(24)

do sistema. Os objetivos da Seguridade Social estão fixados no art. 194 da nossa Constituição Federal. O Decreto nº 3.048/99, em seu art. 1º, enumera esses mesmos objetivos, no entanto, denomina-os princípios e diretrizes da Seguridade Social.

Os objetivos da Seguridade Social, também chamados de princípios são aplicáveis à saúde, à assistência social e à previdência social. Toda via, a Lei nº 8.213/91, que trata dos Planos de Benefícios da Previdência Social aborda princípios específicos da previdência social, os quais serão estudados em momento oportuno.

CF/88, Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. (EC nº 20/98)

Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

I – universalidade da cobertura e do atendimento;

II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;

V – equidade na forma de participação no custeio;

VI – diversidade da base de financiamento;

VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados.

Passamos a análise do Princípio Constitucional da Seguridade Social:

Universalidade da cobertura e do atendimento (CF, art. 194, parágrafo único, inciso I): O termo universalidade tem sua aplicabilidade em duas vertentes, universalidade da cobertura, entendida como (universalidade objetiva), estabelecendo que, a seguridade deve abranger todas as contingências sociais que geram necessidade de proteção social as pessoas, tais como maternidade, velhice, doenças, acidentes, invalidez e morte.

(25)

A universalidade do atendimento equivale a (universalidade subjetiva), todas as pessoas residentes no país, inclusive estrangeiras podem participar da proteção social patrocinada pelo Estado.

Com relação à saúde, esse princípio é aplicado sem nenhuma restrição. No tocante à assistência social, será aplicado para todas aquelas pessoas que necessitem de suas prestações. Quanto à previdência social, por ter caráter contributivo, todos, desde que contribuam para o sistema, podem participar. Para atender a esse princípio constitucional, foi criada, no regime geral de previdência social, a figura do segurado facultativo. Assim, todos, mesmo que não exerçam atividade remunerada, têm a cobertura previdenciária, para tanto, é necessário contribuir para o sistema previdenciário.

ATENÇÃO: Em provas de concurso é comum o examinador trocar as terminologias dos princípios. Ex.: UNIVERSALIDADE da cobertura e do atendimento, por UNIFORMIDADE da cobertura e do atendimento. O examinador vai fazendo essa espécie de trocadilhos.

Quanto ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS, os menores de dezesseis anos podem ser segurados, na qualidade de segurados obrigatórios observado as exigências prevista na legislação. A regra geral é idade mínima de dezesseis anos, porém, a Constituição Federal prevê exceção à regra (art. 7º, inciso XXXIII), tornando possível a filiação aos quatorze anos de idade na condição de menor aprendiz, na qualidade de segurado empregado.

O menor aprendiz, que é o maior de 14 anos e menor de 24 anos de idade, sujeito à formação técnica-profissional metódica, sob a orientação de entidade qualificada, conforme disposto nos arts. 428 e 433 da CLT, na redação dada pela Lei nº 11.180/05, deve contribuir obrigatoriamente na qualidade de segurado obrigatório.

QUESTÃO ERRADA

16 – [CESPE - 2008 - INSS - Analista do Seguro Social] De acordo com o princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, uma das condições para a aposentadoria por idade do trabalhador rural é a exigência de que atinja 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos de idade, se mulher.

Certo [ ] Errado [ ]

(26)

A Constituição Federal implementou algumas diferenças em relação aos benefícios e serviços previdenciários das populações urbanas e rurais, com a finalidade de adequar a prestação às características de cada atividade. A própria Constituição prevê que os trabalhadores rurais pode aposentar-se por idade, com redução de 5 anos, ou seja, enquanto o trabalhador urbano se aposenta com 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher, os rurais aposentam- se com 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher.

CF/88, art. 201, § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:

[...]

II – sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

É fato que o preceptivo em epígrafe é a franca especificação do indigitado art.

194, parágrafo único, inciso II, permitindo-se a adoção do importante aforismo do princípio Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais, o qual, propende corrigir defeitos da legislação previdenciária rural que sempre apresentou um tratamento desigual em relação ao trabalhador rural.

A uniformidade diz respeito às contingências que irão ser cobertas, logo, os benefícios previdenciários devem ser idênticas para trabalhadores rurais e urbanos, não sendo lícita a criação de benefícios diferenciados. No que se refere à Seguridade Social, equivale dizer que as mesmas contingências que receberam, garantia no meio urbano deverão também receber garantia no meio rural.

Anterior a Carta de 1988 o tratamento dado à população rural era diferenciado, sendo que em regra, agora seguem a mesma normatização previdenciária, contudo existem exceções postas pela própria Constituição (art. 195, § 8º e 201, § 7°), por conta das peculiaridades dos trabalhadores rurais na condição de segurado especial que tem uma forma ímpar de contribuir para o sistema e para comprovar sua atividade rural.

A equivalência refere-se ao aspecto pecuniário dos benefícios ou à qualidade dos serviços, que não serão necessariamente iguais, mas

(27)

está relacionada com o valor pecuniário do benefício, que entre urbanos e rurais o valor deve ser equivalente, não necessariamente igual.

O fato de não ser necessariamente igual, é atribuído à forma diferenciada adotada para o cálculo do benefício a ser concedido. Como exemplo citamos a aposentadoria por tempo de contribuição, que para o cálculo do valor deste benefício é levado em consideração à idade do segurado, o tempo de contribuição, a expectativa de sobrevida, o salário-de-contribuição, elementos estes que podem influenciar no valor do benefício para mais ou para menos, a depender dos critérios previstos em lei.

Sendo assim, comparando os benefícios concedidos a diferentes segurados, é perfeitamente presumível a existência de benefícios com valores diferenciados, toda via a mesma fórmula matemática adotada para os trabalhadores urbanos, será também utilizado para os trabalhadores rurais, o resultado final da aplicação da fórmula vai depender dos critérios considerados para o cálculo do benefício.

Equivalência dos serviços dos trabalhadores urbanos e rurais, não tem como relacionar com valor pecuniário, até porque serviços não é prestação pecuniária. Para relacionar a equivalência dos serviços entre trabalhadores urbanos e rurais é atribuída a qualidade na concessão dos serviços, o que vale dizer que, a qualidade do serviço prestado a população urbana deve ser equivalente à população rural.

IMPORTANTE: Qualquer diferenciação entre os benefícios e serviços dos trabalhadores urbanos e rurais deve estar prevista no corpo do texto constitucional, sob pena de poder ser declarada inconstitucional, por afronta ao princípio em estudo.

QUESTÃO ERRADA

17 – [CESPE - 2013 - SEGER-ES - Analista Executivo – Adaptada] A aplicação do princípio da seletividade e distributividade dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais objetiva a correção dos equívocos da legislação previdenciária anterior, com a eliminação de qualquer discriminação entre trabalhadores urbanos e rurais.

Certo [ ] Errado [ ]

(28)

O princípio que objetiva a correção dos equívocos da legislação previdenciária anterior, com a eliminação de qualquer discriminação entre trabalhadores urbanos e rurais atualmente, é o princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais (art. 194, inciso II, CF/88). Vide comentário da questão 16.

Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços (CF, art. 194, inciso III). Trata-se de princípio constitucional cuja aplicação ocorre no momento da elaboração da lei e que se desdobra em duas fases, quais sejam, a seleção de contingências e distribuição de proteção social.

A SELETIVIDADE atua na escolha dos benefícios e serviços a serem mantidos pela seguridade social. Seletividade na prestação dos benefícios e serviços implica dizer que, deve ser feita uma seleção pela lei quanto à outorga de benefícios ou serviços às pessoas, visto que pode acontecer de um risco social não acarretar dano a uma determinada pessoa.

Já a DISTRIBUTIVIDADE direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade. É pertinente a distributividade dos benefícios e serviços da Seguridade Social, estabelecer preferências, de acordo com as possibilidades econômico-financeiras dos indivíduos. O princípio da seletividade é um desdobramento do princípio da igualdade, no sentido de que devem ser tratados os desiguais como desiguais, favorecendo, portanto, os que se encontrem em situação inferior. O princípio da distributividade é melhor aplicável à previdência e à assistência social.

Para uma melhor compreensão tomamos como exemplo a seguinte situação.

Imagine o benefício criado pelo legislador chamado de aposentadoria por invalidez, o risco social nesta situação é a invalidez para o trabalho, logo, o benefício deve ser direcionado não as pessoas que possuem capacidades para trabalhar, e sim para as pessoas que perderam a capacidade laboral. Outro exemplo interessante é a própria assistência social, que somente será prestada a quem dela necessitar, o que restringe a sua cobertura.

18 – [CESPE - 2012 - AGU – Advogado] Em face do princípio constitucional da irredutibilidade do valor dos benefícios previdenciários, a aplicação de novos critérios de cálculo mais benéficos estabelecidos em lei deve ser automaticamente estendida a todos os benefícios cuja concessão tenha corrido sob regime legal anterior.

(29)

Certo [ ] Errado [ ]

O princípio da irredutibilidade deve ser entendido como uma garantia de que os benefícios não terão seu VALOR DE FACE (inicial) reduzido.

O valor do benefício deve suprir os mínimos necessários à sobrevivência com dignidade, e, para tanto, não pode sofrer redução no seu valor mensal. O princípio da irredutibilidade deve ser entendido como uma garantia de que os benefícios não terão seus valores NOMINAIS reduzidos. Assim sendo, o STF entende que esse mandamento não exige que os valores dos benefícios sejam corrigidos, para preservar seu valor real, mas apenas que o valor nominal dos benefícios não seja reduzido (RE 298.694 - DJ 23/04/2004 e MS 24.875-1 - DJ 06/10/2006). O princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios é princípio da Seguridade Social, aplicado à Previdência Social e à Assistência Social, exceto a Saúde, pois a saúde não é um benefício e sim um serviço comum a todos que dela necessitar.

É importante fazermos algumas considerações quanto ao dispositivo do art.

201, § 4º, da Constituição Federal de 1988, que diz: “É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei”.

O texto constitucional faz alusão à preservação do valor real do benefício concedidos pela PREVIDÊNCIA SOCIAL, significa que periodicamente o benefício da previdência deverá ser reajustado para que possa ser mantido o seu poder de compra, corrigindo os efeitos provocados pela inflação. Sem grandes complicações, é pacífico o entendimento que APENAS os benefícios da previdência social encontram-se amparados pelo princípio da irredutibilidade dos benefícios e pelo princípio da preservação do valor real dos benefícios.

Sendo assim, o princípio constitucional da irredutibilidade do valor dos benefícios previdenciários, não se confunde com a aplicação de novos critérios para cálculo mais benéficos estabelecidos em virtude de lei nova.

Será aplicada a lei vigente na época do requerimento do benefício ou em momento anterior desde que o segurado possuía direito adquirido ao benefício, ou seja, aplica-se o princípio tempus regit actum para a concessão de benefício.

EMENTA: PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. BENEFÍCIO CONCEDIDO ANTERIORMENTE À MAJORAÇÃO DO COEFICIENTE DE CÁLCULO DAS PARCELAS PREVIDENCIÁRIAS, IMPLEMENTADA PELAS LEIS 8.213/91 E 9032/95.

IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO. ENTENDIMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL

(30)

FEDERAL. RECURSO PROVIDO. REVOGAÇÃO DA TUTELA ANTECIPATÓRIA CONCEDIDA, SEM REPETIÇÃO DOS VALORES, DE CARÁTER ALIMENTAR E DE BOA-FÉ PERCEBIDOS. 1. Ressalvado entendimento pessoal, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que os benefícios previdenciários se regerão pela legislação vigente à época de sua concessão. Súmula 359, STF. 2. As Leis 8.213/91 e 9.032/95, ao majorarem o coeficiente de cálculo dos benefícios previdenciários por elas disciplinados, sem conferirem retroatividade a seus efeitos, submetem-se à exigência normativa estabelecida no art. 195, § 5º, da Constituição: “Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total” (RE 518124 / PE).

QUESTÃO ERRADA

19 – [CESPE - 2013 - SEGER-ES - Analista Executivo - Adaptada] Em virtude do princípio da equidade na forma de participação no custeio, é possível, no âmbito do regime geral de previdência social (RGPS), a estipulação de alíquotas de contribuição social diferenciadas, de acordo com as diferentes capacidades contributivas.

Certo [ ] Errado [ ]

Equidade na forma de participação no custeio previsto na (CF/88, art.

194, inciso V), tem como fundamento a justiça social fundada na igualdade.

Este princípio desdobra os princípios da igualdade e da capacidade contributiva, tendo como destinatário o legislador ordinário, uma vez que, cabe ao legislador mediante lei, instituir contribuições sociais destinadas ao financiamento da Seguridade Social, buscando exigir do indivíduo quando possível, contribuição equivalente a seu poder aquisitivo.

Assim, significa que cada indivíduo deve contribuir na medida de suas possibilidades, quer seja pelo lucro do empregador, quer seja pelos salários dos empregados. Apenas os que estiverem em igualdade de condições poderão contribuir da mesma forma.

LOGO: QUEM GANHA MAIS R$, PAGA MAIS. QUEM GANHA MENOS R$, PAGA MENOS.

(31)

Este princípio assegura que, a norma previdenciária estabeleça contribuições diferenciadas, art. 195, § 9º, CF/88 “As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho”.

QUESTÃO CORRETA

20 – [CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público] No que concerne à diversidade da base de financiamento, a seguridade social deve ser financiada por toda a sociedade, de forma direta, mediante contribuições provenientes do trabalhador, da empresa e da entidade a ela equiparada, da União e dos demais segurados e aposentados da previdência social e, ainda, das contribuições sobre a receita de concursos de prognósticos.

Certo [ ] Errado [ ]

Diversidade da base de financiamento (CF, art. 194, parágrafo único, VI). O financiamento da Seguridade Social será feito através de várias fontes, o sentido da expressão do texto constitucional é de que haja diversificação dos contribuintes, para que o financiamento da Seguridade não recaia apenas sobre um grupo de contribuintes.

CF/88, Art. 195. “A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de FORMA DIRETA E INDIRETA, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da união, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios e das seguintes contribuições sociais”.

DIRETA - Contribuições Sociais: art. 195. Incisos: I; II; III; IV da CF/88.

INDIRETA – Recursos do Orçamento: União, Estados, DF e Municípios.

Referências

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