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PREVALÊNCIA DE DISCINESE ESCAPULAR EM ATLETAS.

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Academic year: 2022

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Amazônia: desafios, avanços e contribuições na Educação, Saúde e Meio ambiente.

25 a 27 de setembro de 2019 1

PREVALÊNCIA DE DISCINESE ESCAPULAR EM ATLETAS.

Mario Thiago Santos Mourão1 Rennan Adonis Pinheiro da Silva2

Yuzo Iagarashi3 Anderson Bentes de Lima4 Ivete Furtado Ribeiro Caldas5 Resumo: As lesões no membro superior de atletas são muito frequentes, principalmente em esportes que geram grandes sobrecargas para essas articulações, dentre as lesões que mais acometem a articulação do ombro a Discinese Escapular está entre as principais lesões, apesar de não ser uma patologia isolada, sabe-se que disfunções biomecânicas no ritmo da escápula geram não apenas lesões, como também limitações dos movimentos.

Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de Discinesia Escapular em Atletas e verificar se há associação entre Disicinesia Escapular e atividade física. Foi realiza na pesquisa uma revisão aprofundada da literatura através das bases de dados Lilacs, Medline, Biblioteca Cochrane e Scielo, onde foram incluídos na pesquisa trabalhos publicados a partir do ano de 2009 a 2015. Observou-se que os estudos demonstram um número grande prevalência de discinese escapular em praticantes de atividades físicas. As alterações causadas pela discinese escapular, prejudicam o ritmo escápuloumeral e podem contribuir para o surgimento de condições dolorosas no ombro do atleta.

Palavras-chave: Ensaio Clínico. Musculo Esquelético. Desempenho Atlético.

Rendimento Atlético. Discinese Escapular.

_____________________________

1 Graduação em Fisioterapia. Pós-Graduado em Fisioterapia Traumato-Ortopédica no Esporte e na Saúde: Fisioterapia, Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ), Belém, PA – Brasil.. e-mail:

mariomo472@gmail.com

2 Mestrando no Programa de Cirurgia e Pesquisa Experimental da Universidade do Estado do Pará. e- mail: rennan_adonis@hotmail.com

3Graduação em Fisioterapia. Pós-Graduado em Fisioterapia Traumato-Ortopédica. e-mail:

yuzoiagarashi@yahoo.com.br

4 Professor Assistente II da Universidade do Estado do Pará. e_mail: andersonbentes@uepa.br

5Docente Auxiliar I da Universidade do Estado do Pará , Brasil. e_mail: ivbeiro@yahoo.com.br

PREVALENCE OF SCAPULAR DYSKINESE IN ATHLETES.

Abstract: Injuries to the upper limb of athletes are very frequent, especially in sports that generate large overloads for these joints. Among the injuries that most affect the shoulder joint, Scapular Dyskinesis is among the main injuries, although it is not an isolated pathology, you know. It is shown that biomechanical dysfunctions in the

scapula rhythm generate not only injuries, but also movement limitations. Thus, the aim of this study was to evaluate the prevalence of scapular dyskinesia in athletes and to

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verify if there is an association between scapular dyskinesia and physical activity. The research carried out a thorough literature review through the databases Lilacs, Medline, Cochrane Library and Scielo, which included studies published from 2009 to 2015. It was observed that the studies show a high prevalence. of scapular dyskinesis in physical activity practitioners. The alterations caused by scapular dyskinesis impair the scapulomeral rhythm and may contribute to the emergence of painful conditions in the athlete's shoulder.

Keywords: Clinical Trial. Skeletal muscle. Athletic performance. Athletic income.

Scapular dyskinesis.

1. INTRODUÇÃO

As lesões do membro superior no esporte são muito frequentes e, em várias modalidades esportivas, podem exigir do profissional um conhecimento mais detalhado da sua fisiopatologia para que o melhor tratamento seja alcançado. Apesar de alguns esportes que causam lesões frequentes no membro superior não serem muito praticados no Brasil (como o caso específico do beisebol, que conta com vasta coleção de trabalhos publicados na literatura), modalidades como o tênis, voleibol e handebol, por exemplo, necessitam de grande demanda biomecânica do ombro (SILVA; COHEN; JORGE, 2002). As lesões nos membros superiores apresentam grande incidência na pratica de esportes, em diversas modalidades, como: tênis voleibol e handebol, e exigem dos profissionais um conhecimento mais detalhado da sua fisiopatologia para que o melhor tratamento seja desenvolvido. (SILVA, 2010).

Neste contexto, os esportes supracitados necessitam de uma grande demanda biomecânica do ombro, fazendo com que a articulação tenha que ser submetida a forças suprafisiológicas durante boa parte do gesto esportivo (SILVA, 2010). E esta demanda faz com que a articulação tenha que ser submetida a forças suprafisiológicas durante boa parte do movimento esportivo – na hora do saque, por exemplo, um tenista amador pode gerar forças de rotação angular da ordem de 7.000 graus por segundo, na fase de aceleração (SILVA; COHEN; JORGE, 2002).

Estima-se que as lesões do ombro representem de 8% a 13% do total de lesões esportivas (HILL, 1983). Segundo Silva (2010) a Discinese Escapular está entre as principais lesões do membro superior no esporte, seguido de Lesão da epífise distal

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do rádio (gymnast’s wrist), lesão da Epífise proximal umeral (Little Leaguer’s shoulder), Osteocondrite do capítulo umeral, instabilidade de ombro e hiperfrouxidão articular (SILVA, 2010).

A articulação do ombro é uma estrutura complexa, sendo a mais móvel de todo o corpo, desta forma, é considerada pouco estável devido sua anatomia, especialmente na região glenoumeral. Sendo necessária uma harmonia sincrônica e constante entre todas as estruturas estáticas e dinâmicas, que mantêm sua biomecânica normal (METZKER, 2010).

As alterações no movimento escapular aumentam a possibilidade de causar, sobrecarga à musculatura, limitação na força, restrição da amplitude de movimento e queixa álgica na região da cintura escapular. (MELLO et al, 2014).

Durante a elaboração do presente estudo foi elaborada uma estratégia de busca nas bases de dados eletrônicas com utilização dos Decs (Descritores em Saúde), onde foram selecionados artigos científicos que utilizaram como objetivos gerais e específicos em suas pesquisas a relação de discinese escapular em praticantes de atividade física. Foram encontrados trabalhos publicados no ano de 2000 a 2013 como citado no referencial teórico.

Portanto, este estudo tem o objetivo de verificar a associação entre a presença de disfunção escapular em praticantes de atividades físicas, alertando para a importância da manutenção do equilíbrio muscular na região escapular. Além de constatar a presença de dor em praticantes de atividades físicas, o presente estudo teve como objetivos específicos verificar se o método de avaliação proposto por Kibler et al.

possui confiabilidade entre os avaliadores e categorizar os achados de disfunção escapular de acordo com a classificação proposta por Kibler et al. (2002/2003), assim como relacionar a dor no ombro em atletas com Discinesia Escapular. A hipótese que norteia o estudo é de que a discinesia escapular é um achado frequente nos praticantes de atividade física, assim como a queixa de dor no ombro, o que demonstra uma possível associação entre essas manifestações.

2. MATERIAL E MÉTODOS

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Trata-se de uma revisão da literatura sobre a prevalência de Discinese Escapular em praticantes de atividade Física. Vale ressaltar que revisão da literatura é um tipo de estudo que visa mapear estudos mais recentes a fim de atualizar a comunidade cientifica sobres as pesquisas mais atuais.

Foram utilizados como estudos primários ensaios clínicos nos quais tiveram o objetivo de analisar a prevalência de discinese escapular em praticantes de atividades físicas, independente da modalidade esportiva.

Realizou-se uma busca dos estudos nas bases de dados Lilacs, Medline, Biblioteca Cochrane e Scielo. Onde foi elaborada uma estratégia de busca para cada uma das bases de dados pesquisadas, utilizando os seguintes descritores combinados em saúde (DeCS) “Ensaio Clínico”; “Musculo Esqueletico”; “Rendimento Atlético”;

‘Desempenho Atlético”; “Discinese Escapular”. Foram selecionados todos os artigos nas línguas inglesa e portuguesa, independente do ano de publicação e gratuitos.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na busca bibliográfica encontrou-se 12 trabalhos científicos. Foram excluídos desse total 7 trabalhos que não se encaixavam nos critérios de inclusão do estudo.

As idades dos participantes foram todas superiores a 17 anos. O tamanho amostral variou de 12 participantes a 64 participantes. Quanto ao tipo de tratamento utilizado, a maior parte dos estudos utilizou avaliou a prevalência de discinese escapular em atletas.

Em virtude da especificidade da pergunta de pesquisa observou-se um número limitado de pesquisas sobre o tema. Entre os estudos encontrados: cinco demonstraram a prevalência de discinese escapular em indivíduos praticantes de alguma modalidade esportiva associando-a com a presença de dor.

Nesta revisão sistemática, observou-se que os estudos demonstram um número grande prevalência de discinese escapular, em um estudo realizado por Solaiman et al. (2015). Os resultados da presença da discinese foram de 75% da

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amostra no pré treino e houve aumento para 83% nos pós treino, considerando um “n”

amostral de 12 praticantes de voleibol feminino.

As alterações causadas pela discinese escapular, prejudicam o ritmo escápuloumeral e podem contribuir para o surgimento de condições dolorosas no ombro. (OLIVEIRA, 2013) A pesquisa realizada por Almeida et al em 2014 pode-se associar a dor com a diferença de ritmo escapular da discinese demonstrou que atletas de handebol que relataram dor no ombro durante o arremesso apresentaram maior pontuação no SICK Scapula e suas subescalas em comparação aos atletas sem dor.

4. CONCLUSÕES

Como pode ser observado, as lesões do membro superior no esporte podem fazer parte do dia a dia de qualquer médico, até mesmo daqueles que não cuidam exclusivamente de tenistas. As tendinopatias, comuns destas regiões, devem ser objeto de estudo, para que possamos evitar cada vez mais a sua forma crônica, o que pode fazer com que o paciente necessite de tratamentos mais demorados e custosos para o sistema de saúde. Recentemente, tem crescido o interesse pelo estudo das alterações biomecânicas que acometem o complexo do ombro. Através do presente estudo podemos concluir que a assimetria escapular está presente na maioria dos atletas com lesões no ombro.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, G. P. L., et al. Análise do sick scapula em jogadores de handebol com e sem dor no ombro durante o arremesso, Rev Bras Med Esporte, v. 20, n. 4 – Jul/Ago, 2014

COOLS, A.M., et al. Scapular Muscle Recruitment Patterns: Trapezius Muscle Latency with and without Impingement Symptoms. Am J Sports Med. 2003;31:542- 9.

MELLO, A. M. S. et al. Associação entre discinese escapular e dor no ombro em praticantes de musculação, Revista Brasileira de Ciências da Saúde, v. 8, n. 4, p. 309- 314, 2014

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METZKER, C. A. B., Tratamento conservador na síndrome do impacto no ombro, Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 1, p. 141-151, jan./mar. 2010

MIRANDA, A. L. R., et al. Lesões de ombro em atletas amadores de voleibol, Revista UNILUS Ensino e Pesquisa v. 10, n. 21, out. /dez. 2013, p. 2318-2083

MEISTER, K. Injuries to the shoulder in the throwing athlette Part one:

biomechanics/ pathophysiology/ classification of injury. Am J Sports Med.

2000;28:265-75

MCKENNA L.; CUNNINGHAM J.; STRAKER L. Inter-tester reliability of scapular position in junior elite swimmers. Physical Therapy in Sport. 2004;5:146-55.

KIBLER, W. B; MCMULLEN J. Scapular Dyskinesis and its relation to shoulder pain. J Am Acad Orthop Surg. 2003;11:142-51.

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