INFRAESTRUTURA PARA TELECOMUNICAÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO
TELECO 2021
SUMÁRIO
3
Introdução4
Metodologia5
Resultados13
ConclusõesABRINTEL
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA PARA TELECOMUNICAÇÕES
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INTRODUÇÃO
Estudo de Infraestruturas para telecomunicações na Região Metropolitana do Rio de Janeiro avaliou indicadores de quantidade de antenas existentes nos municípios e seu relacionamento com a renda dos domicílios, procurando demonstrar o impacto das restrições impostas pela legislação municipal à implantação de antenas para o celular no município.
Este trabalho permite identificar quais municípios estão sofrendo um impacto maior destas restrições.
A metodologia da avaliação é apresentada a seguir.
O
Infraestrutura para telecomunicações na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
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METODOLOGIA
Apurou-se inicialmente a quantidade
de antenas para os municípios.
• A quantidade de infraestruturas foi estimada pela Teleco a partir da Base de dados de ERBs da Anatel que apresenta as coordenadas geográficas de cada uma.
• Considerou-se a
existência de apenas uma infraestrutura quando mais de uma ERB nesta base de dados apresentam a mesma localização.
Calculou-se então os seguintes indicadores para os municípios:
• Quantidade de habitantes por infraestrutura.
• Infraestrutura por km².
Estes indicadores foram categorizados em mapas da região de modo a permitir uma comparação com a renda correspondente de cada município.
• Como indicador de renda foi considerado o percentual dos domicílios com renda superior a 1,5 Salários Mínimos (SM).
Foram utilizadas as seguintes fontes de informação para realização do Estudo
• Base de dados de ERBs da Anatel.
• População e Distribuição dos Domicílios, por Faixas de Renda per Capita, segundo Distritos Município na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (2000). IBGE.
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5 Infraestrutura para telecomunicações na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
POR QUE A REGIÃO METROPOLITANA DO
RIO DE JANEIRO PRECISA DE MAIS ANTENAS
A área geográfica de prestação do serviço é dividida em células.
Cada célula corresponde a 1 antena.
As células variam de tamanho conforme a quantidade de pessoas a serem atendidas.
São menores e com potência menor nas áreas de maior densidade populacional.
A capacidade da célula é compartilhada.
Com o aumento de usuários em uma área é necessário aumentar a quantidade de células.
Quanto mais antenas em
uma cidade, mais pessoas
podem ser atendidas com
qualidade pelo sistema.
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A QUANTIDADE DE INFRAESTRUTURAS É O 1º INDICADOR DE QUE UM
DISTRITO ESTÁ BEM ATENDIDO
Os municípios com mais de 100 infraestruturas
são os de maior população.
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O 2º INDICADOR É A QUANTIDADE DE
INFRAESTRUTURAS POR KM 2
Os municípios com até 2
infraestruturas por km
2estão entre os de renda mais baixa
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O 3º INDICADOR É O PRINCIPAL:
HABITANTES ATENDIDOS POR UMA
INFRAESTRUTURA
A qualidade é pior quando mais pessoas são atendidas por uma mesma antena.
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QUAL A QUANTIDADE
ACEITÁVEL DE HABITANTES POR INFRAESTRUTURA?
Menos que 1 mil habitantes por
infraestrutura é a quantidade aceitável, como acontece nos EUA que possui 837 hab. por estação. Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro nenhum município está nesta categoria. A média do município é de 1,9 mi hab. por infraestrutura, o que é considerado limítrofe.
Habitantes por infraestrutura
5.000 4.000 3.000 2.000
0 EUA 6.000
1.000
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Petrópolis Niterói
Rio Bonito Rio de Janeiro
Maricá Guapimirim
Goiânia Itaguaí
Cachoeiras de Ma cacu
São Pa ulo Seropédica
Itaboraí Tanguá Duque de
Caxias Magé
Queimados Paracambi
Nova Iguaçu Japeri
São Gonç alo
Mesquita
São João de Meriti Nilópolis
Belford Roxo
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OS DISTRITOS DE RENDA
MAIS BAIXA TEM MAIS
HABITANTES POR INFRAESTRUTURA
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RANKING DOS MELHORES MUNICÍPIOS
Regiões Hab./ infraestrutura Infraestrutura/ km² Infraestruturas Domicílios com renda > 1,5 SM
1 Petrópolis 1.424 0,3 207 47,6%
2 Niterói 1.465 2,5 331 68,3%
3 Rio Bonito 1.487 0,1 37 33,6%
4 Rio de Janeiro 1.489 17,0 4.221 57,8%
5 Maricá 1.632 0,2 78 51,1%
6 Guapimirim 1.772 0,1 29 30,9%
7 Itaguaí 1.816 0,2 60 36,6%
8 Cachoeiras de Macacu 2.007 0,0 27 32,4%
9 Seropédica 2.500 0,2 31 35,1%
10 Itaboraí 2.755 0,2 79 30,7%
11 Tanguá 2.771 0,0 11 23,4%
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RANKING DOS PIORES MUNICÍPIOS
Regiões Hab./ infraestrutura Infraestrutura/ km² Infraestruturas Domicílios com renda > 1,5 SM
1 Belford Roxo 4.834 1,2 97 27,4%
2 Nilópolis 4.494 1,8 35 46,6%
3 São João de Meriti 4.244 0,4 108 37,1%
4 Mesquita 4.105 1,0 41 39,3%
5 São Gonçalo 3.682 7,7 271 39,9%
6 Japeri 3.587 0,3 26 21,8%
7 Nova Iguaçu 3.370 0,5 236 32,0%
8 Paracambi 3.287 0,1 14 35,7%
9 Queimados 3.204 0,6 43 29,1%
10 Magé 3.099 0,2 73 31,9%
11 Duque de Caxias 3.072 0,6 278 34,2%
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
As restrições impostas pelos municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro à implantação de infraestruturas, levaram a uma quantidade insuficiente de antenas e, por consequência, a uma condição ruim, com dezesseis dos vinte e dois municípios sendo atendidos por uma antena para mais de 2 mil habitantes, quando o aceitável para proporcionar um melhor atendimento aos usuários de celular é de menos de mil habitantes por infraestrutura.
A carência maior de infraestrutura está entre os municípios que apresentam renda mais baixa, como o Nilópolis, que possuem:
• Mais pessoas atendidas por uma infraestrutura
• Menos infraestrutura por km²
• Menor quantidade de infraestruturas
Os municípios com renda domiciliar mais alta e maior população como Rio de Janeiro possuem:
• Menos pessoas atendidas por uma infraestrutura
• Mais infraestrutura por km²
• Maior quantidade de infraestruturas
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