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AVALIACAO DA EFICACIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES ACIMA DO PESO EM NIVEL AMBULATORIAL

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Academic year: 2022

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AVALIACAO DA EFICACIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES ACIMA DO PESO EM NIVEL AMBULATORIAL

Rodrigo Martins da Silva1 Luana Garcia2 Karina Sanches Machado D Almeida3

Resumo:

O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do acompanhamento nutricional, através do Índice de Massa Corpórea (IMC), dos pacientes com objetivo de perda de peso de um ambulatório de nutrição.

Foram analisados os prontuários de pacientes atendidos entre os anos de 2015 e 2017. Os dados coletados foram referentes ao sexo, idade, tempo de acompanhamento nutricional, comorbidades associadas, peso inicial (aferido na primeira consulta) e peso final (aferido na última consulta do prontuário), IMC inicial (da primeira consulta) e IMC final (da última consulta no prontuário). O IMC foi classificado de acordo com os pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde, sendo a faixa de "eutrofia" o IMC de 18,5 a 24,9 Kg/m2, "sobrepeso" o IMC de 25 a 29,9 kg/m² e

"obesidade" o IMC maior ou igual a 30 kg/m². Foram avaliados 48 indivíduos, com média de idade de 42±9 anos, prevalência do sexo feminino 85,4%, com tempo médio do acompanhamento nutricional de 7±3,6 meses, 58,3% ainda relataram alguma comorbidade ou patologia crônica. Observou-se uma perda de aproximadamente 1,5 Kg entre o início do tratamento e o último acompanhamento, com medianas e intervalos interquartil de 84,5 Kg (75,5 - 93,8) para o peso inicial e 82,9 Kg (72 - 92) para o peso final, apresentando diferença estatística p

Palavras-chave: nutrição; perda de peso; ambulatório

Modalidade de Participação: Pesquisador

AVALIACAO DA EFICACIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES ACIMA DO PESO EM NIVEL AMBULATORIAL

1 Técnico Administrativo em Educação. rod.martinss@gmail.com. Autor principal 2 Aluno de graduação. lluanna.g@gmail.com. Apresentador

3 Docente. karinasmdalmeida@gmail.com. Co-orientador

Anais do 9º SALÃO INTERNACIONAL DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO - SIEPE Universidade Federal do Pampa | Santana do Livramento, 21 a 23 de novembro de 2017

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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL DE PACIENTES ACIMA DO PESO EM NÍVEL AMBULATORIAL

1. INTRODUÇÃO

A obesidade e suas comorbidades constituem um problema de saúde pública em ascensão no Brasil, logo, é de extrema importância atuar na prevenção e no tratamento das mesmas, por meio de ações de intervenção dietoterápica e educação nutricional.

Nesta perspectiva, o aconselhamento nutricional desponta como uma estratégia educativa com grande potencial, segundo a qual o profissional de nutrição analisa o problema alimentar em um contexto mais amplo, buscando compreender o indivíduo, e assim, favorecer sua autonomia nas escolhas alimentares (FERREIRA, 2012).

Segundo Teixeira et al. (2013) a educação alimentar tem papel importante em relação ao processo de transformações e mudanças, à recuperação e à promoção de hábitos alimentares saudáveis, que podem proporcionar conhecimentos necessários à auto tomada de decisão para adoção de atitudes, hábitos e práticas alimentares sadias e variadas.

O ambulatório deNutrição da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), campus Itaqui, fornece atendimento nutricional gratuito à comunidade, fornecendo orientações para uma alimentação saudável aplicado à diversas patologias e nos diferentes ciclos da vida, sendo traçadas estratégias nutricionais de acordo com o perfil de cada indivíduo, considerando-se suas necessidades nutricionais.

Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia do acompanhamento nutricional, através do Índice de Massa Corpórea (IMC), dos pacientes com objetivo de perda de peso do ambulatório de nutrição da Unipampa campus Itaqui.

2. METODOLOGIA

Foram analisados os prontuários de pacientes atendidos no ambulatório de nutrição da UNIPAMPA campus Itaqui, entre os anos de 2015 e 2017. Adotou-se como critérios de inclusão no estudo os prontuários de pacientes adultos com idade

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Os dados coletados dos prontuários foram referentes ao sexo, idade, tempo de acompanhamento nutricional, comorbidades associadas (Diabetes mellitus, hipertensão, dislipidemias e outras patologias crônicas relatas pelos pacientes), peso inicial (aferido na primeira consulta) e peso final (aferido na última consulta do prontuário), IMC inicial (da primeira consulta) e IMC final (da última consulta no prontuário).

O IMC foi classificado de acordo com os pontos de corte preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998 VHQGR D IDL[D GH ³HXWURILD´ R ,0& GH 18,5 a 24,9 Kg/m2 ³VREUHSHVR´ R ,0& GH D NJ Pð H ³REHVLGDGH´ R ,0& PDLRU ou igual a 30 kg/m².

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Os dados coletados dos prontuários, foram tabulados com o auxílio do programa Microsoft Office Excel, versão 2010. A análise estatística dos dados foi realizada no programa estatístico SPSS 20.0 (SPSS, Chicago). Foi aplicado o teste do qui quadrado de Pearson sendo considerado um nível de significância de 5%.

3. RESULTADOS e DISCUSSÃO

A tabela 1 demonstra a caracterização da amostra estudada, onde foram avaliados um total de 48 indivíduos. No que se refere a idade foi observada uma média de 42±9 anos, sendo a maioria do sexo feminino. O tempo médio do acompanhamento nutricional foi de aproximadamente 7±3,6 meses. Em um estudo similar SILVA et al. (2016), avaliando a perfil de pacientes obesos atendidos em um ambulatório de nutrição do Sul do Brasil, também observou a prevalência do sexo feminino com 79,2% (n= 171), sendo o tempo médio de acompanhamento de aproximadamente 3 meses.

Observa-se que 58,3% dos indivíduos em acompanhamento nutricional relataram algum tipo de comorbidade ou patologia crônica, tal prevalência vai de encontro ao já descrito amplamente na literatura, onde observa-se que o sobrepeso e/ou obesidade frequentemente derivam, predispõem ou agravam outras patologias (MARCON et al. 2011).

Tabela 1 ± Caracterização dos pacientes em acompanhamento nutricional no ambulatório de nutrição.

Sexo, n (%) Feminino

Masculino 41 (85,4)

7 (14,6)

Idade (anos), média ± DP 42,7 + 9,1

Tempo de acompanhamento (meses), média ± DP 7,0 ± 3,6 Comorbidades associadas

Sim

Não 28 (58,3)

20 (41,7) Peso (kg), mediana (P25 ± P75)

Inicial

Final 84,5 (75,5 ± 93,8)

82,9 (72 ± 92) IMC (kg/m2), mediana (P25 ± P75)

Inicial Final

31,6 (29,7 ± 36,9) 31,4 (28,2 ± 35,4)

Com relação a perda de peso dos indivíduos, em acompanhamento nutricional, observa-se uma perda de aproximadamente 1,5 Kg entre o início do tratamento e o último acompanhamento, com medianas e intervalos interquartil de 84,5 Kg (75,5 ± 93,8) para o peso inicial e 82,9 Kg (72 ± 92) para o peso final, apresentando diferença estatística p<0,001. Nesse contexto, Zoche et al. (2012) ao avaliarem impacto do acompanhamento nutricional na perda de peso de adultos,

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observaram resultados de perda de peso superiores ao presente estudo, sendo de 2,7 Kg para as mulheres e 3,4 Kg para os homens, sendoacompanhados no período de quatro meses .

A mediana do IMC na primeira e última consultas foram de 31,6 Kg/m2 (29,7 ± 36,9) e 31,4 Kg/m2 (28,2 ± 35,4), respectivamente, não sendo observada uma variação significativa, mantendo-se assim a faixa de Obesidade Grau I, de acordo com os pontos de corte preconizados pela OMS. Os resultados do presente estudo reforçam a incidência da obesidade, que tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, como demonstra o Ministério da Saúde através de pesquisas, onde observou-se que frequência de excesso de peso e obesidade entre indivíduos adultos brasileiros é de 53,3% e 18,9%, respectivamente (BRASIL, 2016).

Quanto a mudança de classificação de IMC durante o acompanhamento nutricional (Figura 1), observa-se que na primeira consulta do prontuário nenhum dos indivíduos avaliados apresentava-se eutrófico, no entanto, na última consulta do prontuário ocorreu ganho de 6,3% nesta faixa de classificação estado nutricional, demonstrando que o acompanhamento nutricional foi efetivo para estes indivíduos.

Figura 1 ± Evolução do IMC nas etapas de início e final do tratamento dos pacientes em acompanhamento nutricional no ambulatório de nutrição.

Observa-se que cerca de 12% da amostra apresentou alteração no estado nutricional mudando de categoria de obesidade grau I para sobrepeso, consequentemente a faixa de sobrepeso apresentou um acréscimo de 8,3% de pacientes, o que reforça a adesão ao tratamento. Resultados semelhantes ao presente estudo foram observados por Silva et al. (2016), onde à alteração do IMC entre a primeira e a última consulta foi de 14% da amostra, apresentando alteração no estado nutricional mudando de categoria de obesidade para sobrepeso.

Ressaltasse ainda que a redução de pacientes na faixa de Obesidade Grau I poderia ser maior, no entanto, esta faixa recebeu a inserção de pacientesadvindos da faixa de Obesidade Grau II.

Os resultados deste estudo demonstram que o acompanhamento nutricional oferecido aos pacientes contribuiu para a redução de peso e consequentemente do IMC favorecendo para a redução dos riscos associados ao sobrepeso/obesidade e melhora da qualidade de vida.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos neste estudo demonstram que a prevalência de pacientes atendidos no ambulatório, com objetivo de perda de peso, encontram-se

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em sua maioria na faixa de sobrepeso e obesidade. A redução nos valores de peso e IMC finais demonstram que há eficácia no acompanhamento nutricional dos paciente atendidos no ambulatório que buscam a perda de peso. Assim reforça-se que uma intervenção nutricional contínua e efetiva se faz necessária para melhorar o estado nutricional e promover qualidade de vida para os pacientes com sobrepeso ou obesidade, bem como para a população em geral que procura este serviço de saúde.

5. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2016:

vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de riscos e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2016.

FERREIRA, N. L. Efetividade do aconselhamento nutricional em mulheres com excesso de peso atendidas na Atenção Primária à Saúde.161f.2012. Dissertação (Mestrado em Saúde e Enfermagem). Escola de Enfermagem. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.

MARCON, E. R.; GUS. I.; NEUMANN, C.R. Impacto de um programa mínimo de exercícios físicos supervisionados no risco cardiometabólico de pacientes com obesidade mórbida. Arq Bras Endocrinol Metab. v. 55, n. 5, p: 331-338, 2011.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE - OMS. Obesity: preventing and managingthe global epidemic. Report of a WHO consultation, Geneva, 3-5 Jun 1997.

Geneva: World Health Organization, 1998.

SILVA, R. H. S.; SACCON, T. D.; PRETTO, A. D. B.; CARLA, A. P.; MOREIRA, A. N.

Perfil e variação de peso corporal de pacientes obesos atendidos em um ambulatório de nutrição do Sul do Brasil. Nutr. clín. diet. hosp. v. 36, n. 2, p:30-37, 2016.

ZOCHE, E. Z.; NEVES, G. M.; LIBERALI, R. Impacto do acompanhamento nutricional na perda de peso de adultos.Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v.6, n.36, p: 376-382, 2012.

TEIXEIRA, P. D. S.; REIS, B. Z.; VIEIRA, D. A. S.; COSTA, D. COSTA, J. O.;

RAPOSO, O. F.; WARTHA, E. R. S. A.; NETTO, R. S. M. Intervenção nutricional educativa como ferramenta eficaz para mudança de hábitos alimentares e peso corporal entre praticantes de atividade física. Ciência & Saúde Coletiva, v.18, n. 2, p:347-356, 2013.

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